Chopin (1810-1849): Scherzos, etc – Michelangeli, Richter

Postagem de 2021, links reativados em 2024

Centro e noventa anos atrás,  no dia 8 de setembro de 1831, os russos capturaram Varsóvia após a rebelião ocorrida na Polônia em meio a outras balbúrdias que sacudiram a Europa desde 1830. Chopin, ligado ao grupo que defendia a independência polonesa, jamais voltaria à sua terra natal. Ele estava em uma curta viagem pela Alemanha e, poucos dias depois, ainda em setembro, chegaria a Paris. “Coloco minha tristeza no piano”, escreveu ele em seu diário. Nesses primeiros meses de exílio ele escreveu seu primeiro Scherzo. A palavra italiana, que significa brincadeira, tem aqui um sentido enigmático, talvez de humor doentio e sarcástico, porque são as composições de Chopin mais ligadas ao que Nietzsche nomeia como estado de alma trágico. O Scherzo nº 1, em si menor, começa com acordes pesados, passa por um breve momento de paz com uma citação da canção natalina polonesa “Lulajże Jezuniu” (Dorme Jesus), canção brutalmente interrompida pelos acordes trágicos. Hoje trago dois pianistas da época do vinil, que considero até hoje os maiores intérpretes desse Scherzo.
A gravação dos quatro Scherzi por Richer era uma grande referência do Penguin Guide e outras enciclopédias musicais que deixaram de existir com a internet. Richter era um pianista de múltiplos talentos, mas provavelmente sua maior vocação era para a música mais “séria”, com uma certa solenidade, não era um homem de piadas e brincadeiras (para voltarmos à palavra italiana scherzo). Por isso ele é considerado um grande intérprete das últimas sonatas de Beethoven e de Schubert, bem como do Cravo Bem Temperado de Bach. A exceção que confirma a regra é o Concerto de Gerswhin, que surpreendeu o conselho consultivo do PQPBach por seu swing e leveza. Os Scherzi, gravados em 1977, recebem nessa edição em CD uma boa companhia com a série de miniaturas de Schumann. Aliás, Schumann era um grande admirador de Chopin e escreveu, sobre o primeiro scherzo: “Como se vestirão suas obras graves, se a piada já está sob véus negros?”

F. Chopin (1810-1849):
1. Scherzo No. 1 In B Minor, Op.20
2. Scherzo No. 3 in B-flat Minor, Op.31
3. Scherzo No. 3 in C-Sharp Minor, Op.39
4. Scherzo No. 4, E major, Op.54

R. Schumann (1810–1856):
5-18. Bunte Blätter, Op. 99 (Colorful Leaves – Folhas Coloridas)

Sviatoslav Richter, piano

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Chopin, por Eugène Delacroix

Depois da referência, a obscura gravação ao vivo. Michelangeli se notabilizou pela sua interpretação de um pequeno número de obras de Chopin: a Balada nº 1, a Sonata nº 2 “Marcha Fúnebre” e mais algumas. Perfeccionista, ele lapidava como diamantes as poucas obras de seu repertório. Era um frequente parceiro do maestro Sergiu Celibidache e compartilhava com ele o perfeccionismo e outras manias. Após as mortes dos dois ( Michelangeli em 1995, Celibidache em 1996), foram aparecendo gravações ao vivo disputadas pelos fãs, incluindo algumas dos dois juntos nos concertos de Ravel, Schumann e Beethoven.

Entre elas, essas gravações de Chopin, em recitais ao vivo entre 1962 e 1990. No Scherzo nº 1, a sonoridade de Michelangeli é aquela que os fãs conhecem: meticulosamente planejada, nada é por acaso: mesmo nos acordes mais fortes e intensos, cada nota é necessária para recriar a atmosfera sombria e trágica que passava pela cabeça de Chopin. O andamento bastante lento escolhido por Michelangeli faz parte dessa exposição transparente de todos os momentos, nada fica escondido, e nisso também, na lentidão, podemos lembrar de Celibidache.

Na Fantasia em Fá menor, obra que alterna entre momentos trágicos e outros de bravura virtuosística, Michelangeli mostra que sua técnica é realmente prodigiosa. Nas valsas e mazurkas que completam o álbum, Michelangeli tem concepções interessantes mas bastante excêntricas. Não temos aqui o ritmo dançante das mazurkas de Barbosa, de Novaes ou de Freire – esses pianistas brasileiros que parecem ter nascido para tocar esse Chopin mais dançante, onde o aspecto trágico também está presente mas apenas nas entrelinhas, mascarado pela dança.

1. Scherzo No. 1 in B Minor Op. 20 13:10
2. Fantaisie in F Minor Op. 49 14:30
3. Valse in A Minor Op. 34.2 7:23
4. Valse in A Flat Major Op. 34.1 5:40
5. Valse in A Flat Major Op. 69.1 4:18
6. Mazurka in A Minor Op. 68.2 3:07
7. Mazurka in F Minor Op. 68.4 3:41
8. Mazurka in A Flat Major Op. 41.4 1:45
9. Mazurka in G Sharp Minor Op. 33.1 2:50
10. Mazurka in D Flat Major Op. 30.3 2:58
11. Mazurka in G Minor Op. 67.2 2:34
12. Mazurka in B Minor Op. 33.4 8:06
Arturo Benedetti Michelangeli, piano

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Richter e Michelangeli em 1964

“Quanto precisou sofrer este povo para poder tornar-se tão belo! Agora,
porém, acompanha-me à tragédia e sacrifica comigo no templo de ambas as divindades!”
(Nietzsche – O Nascimento da Tragédia)

Pleyel

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para Piano Nº 1 & 2 (Zimerman, Bernstein)

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para Piano Nº 1 & 2 (Zimerman, Bernstein)

Obs. de PQP: nem venham perguntar. Assim como na postagem anterior, a coisa aqui também está estranha. Por que o Concerto Nº 2 vem antes do Nº 1? Eu sei lá. Só sei que vocês devem ouvir tudinho porque vale muito a pena. Gostei das gravações — são amplas e espaçosas, o piano é ousado e muito “presente”. Gostei. 

A meu ver, uma excelente gravação do — na época — jovem Zimerman com o veteramo Bernstein. Não vou comentar mais porque já postamos este incrível concerto um milhão de vezes.

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para Piano Nº 1 & 2 (Zimerman, Bernstein)

Konzert Für Klavier Und Orchester Nr. 2 B-dur Op. 83
1 Allegro Non Troppo 18:14
2 Allegro Appassionato 9:15
3 Andante 14:30
4 Allegretto Grazioso 9:02

Konzert Für Klavier Und Orchester Nr. 1 D-Moll Op. 15
1. Maestoso 24:32
2. Adagio 16:27
3. Rondo. Allegro Non Troppo 13:00

Com:
Krystian Zimerman, piano
Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein

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Ao saber que seria postado no PQP, Krystian Zimerman aderiu a nosso estilo

FDP

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 3, Variações sobre um tema de Haydn / Sinfonia Nº 1 (Bernstein)

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 3, Variações sobre um tema de Haydn / Sinfonia Nº 1 (Bernstein)

Obs. de PQP: desconheço o motivo destes CDs terem sido postados desta maneira lá em maio de 2010, mas saibam que foi assim e que FDP não é nada maluco e deve ter seus motivos. Primeiro a Sinfonia N° 3 e depois a primeira, com as Variações Haydn no meio. O fato é que tudo aqui merece ser ouvido. A relação de Lenny com os Filarmônicos de Viena deram muito frutos e estes são referência de alta qualidade e musicalidade até hoje. 

Pacotaço para começar bem o domingo.  Já postei esta versão da Sinfonia nº 3, assim como a Sinfonia nº4, e elas são até hoje as minhas gravações de referência. Um sonho de consumo que tenho são os DVDs desta coleção, já que todas estas gravações são ao vivo, mas o preço da DG ainda está salgado. Quem sabe a um dia a gente ganha na Mega Sena…

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 3, Variações sobre um tema de Haydn / Sinfonia Nº 1 (Bernstein)

Symphonie Nr. 3 F-dur Op. 90 = Symphony No. 3 In F Major, Op.90
1 1. Allegro Con Brio 15:33
2 2. Andante 9:41
3 3. Poco Allegretto 7:04
4 4. Allegro 9:33

Variationen Über Ein Thema Von Joseph Haydn Op. 56a = Variations On A Theme By Joseph Haydn, Op. 56a (20:26)
5a Chorale St. Antoni: Andante
5b Variation I: Poco Più Animato
5c Variation II: Più Vivcace
5d Variation III: Con Moto
5e Variation IV: Andante Con Moto
5f Variation V: Vivace
5g Variation VI: Vivace
5h Variation VII: Grazioso
5i Variation VIII: Presto Non Troppo
5j Finale: Andante

Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68
1. Un Poco Sostenuto – Allegro 17:29
2. Andante Sostenuto 10:52
3. Un Poco Allegretto E Grazioso 5:34
4. Adagio – Allegro Non Troppo Ma Con Brio 17:54

Com:
Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein

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Bernstein no balanço de Brahms

FDPBach

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 3 (Haenchen / Netherlands Philh. Orch.)

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 3 (Haenchen / Netherlands Philh. Orch.)

Este Bruckner ficou pra trás nas comemorações, mas também é ótimo. Desconhecia Haenchen e esta orquestra holandesa, mas o fato é que eles dão uma roupagem muito interessante à terceira de Bruckner. Trata-se de uma performance muito animada, que pode ser descrita como agressiva, zombeteira, vigorosa, muito bem tocada  com som claro e completo. É uma performance em que você vai desejar aumentar um pouco o volume, pois a faixa dinâmica é bem ampla; passagens silenciosas são silenciosas como devem ser. Afinal, Bruckner usa o silêncio como ninguém. Isso é especialmente perceptível no início do adágio, mas também em vários pontos nos movimentos de abertura e fechamento. Se você estiver em uma situação em que precisa ouvir em volume baixo, vai se esforçar bastante para conseguir ouvir essas partes… E a festa do último movimento é uma festa mesmo!

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 3 (Haenchen / Netherlands Philh. Orch.)

Symphony No. 3 In D Minor (54:01)
1.1 Mehr Langsam, Misterioso 22:05
1.2 Adagio. Bewegt, Quasi Andante 14:22
1.3 Ziemlich Schnell 6:14
1.4 Allegro 11:20

Netherlands Philharmonic Orchestra
Hartmut Haenchen

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PQP

Percy Whitlock (1903-1946): Obras para órgão (Christoph Keller)

Percy Whitlock (1903-1946): Obras para órgão (Christoph Keller)

Aluno de Vaughan Williams no London’s Royal College of Music, Whitlock tem uma expressão musical que combina elementos de seu mestre e de Elgar. Seu estilo exuberante harmônico também tem traços de Gershwin e de outros compositores populares da década de 1920. Rachmaninov também foi outra importante influência estilística. Como Vaughan Williams e Delius, Whitlock compunha temas que soavem como música folclórica, mas que eram, na verdade, criações originais.

Entre as obras de Whitlock para órgão estão as Five Short Pieces (1929), Four Extemporisations (1933), Sketches on Verses of the Psalms (1934), Plymouth Suite (1937-1939), Sonata in C minor (1936) e Two Fantasie Chorals (1936).

Whitlock foi diagnosticado com tuberculose aos vinte anos e também sofria de hipertensão. Perto do fim da sua vida, ele perdeu a visão por completo, e morreu poucas semanas antes de seu 43º aniversário. Por décadas depois, ele permaneceu em grande parte esquecido. Esta negligência diminuiu nos últimos tempos com o aumento da popularidade da literatura musical.

Música moderna? Nem pensar. Whitlock é tão conservador quando Rachmaninov. Andava de avião e compunha para um passado já inexistente. Mas acho agradáveis seus hinos falsamente folclóricos.

Percy Whitlock (1903-1946): Obras para órgão (Christoph Keller)

Two Fantasie Chorals (1936)
01. No.1 in D flat major 14:14
02. No.2 in F sharp minor 15:55

Sonata in C minor (1937)
03. Grave – animato – Andante cantabile – Poco lento – Andante – Allargando 15:36
04. Canzona 6:57
05. Scherzetto 4:29
06. Choral 21:39

Christoph Keller, at the great Klais organ, Altenberg Cathedral, Germany.

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Mr. Whitlock, I presume.

PQP

Aram Khachaturian (1903-1978): Concerto para Piano & Concerto para Violino (Gutnikov / Servadel / Ivanov / Giunta)

Aram Khachaturian (1903-1978): Concerto para Piano & Concerto para Violino (Gutnikov / Servadel / Ivanov / Giunta)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Khachaturian era georgiano como Stálin, mas é considerado um compositor armênio, pois seus pais eram 100% originários do país vizinho. Ele protagonizou um dos mais patéticos episódios da história da música ao ser obrigado por Stálin a escrever o hino da União Soviética a quatro mãos com Shostakovich. Diz a história que Shosta fez nhé e passou à tarefa ao georgiano — algo do tipo tô fora meu, vocês que são georgianos que se entendam… O hino saiu uma verdadeira bosta, tal a boa vontade de Khat, que escolheu suas piores melodias. Se algum de nossos leitores tiver acesso a este hino, eu até gostaria de ouvi-lo quando da próxima partida do Inter. Bosta por bosta… Mas neste CD não há nada disso. Khat era excelente compositor e o demonstra com sobras aqui. Nada de Dança de Sabres e que tais, é música mesmo. Apenas lamento o fato do engenheiro de som ter gravado o som daquele fantasmal apito — que instrumento é aquele? — do segundo movimento do Concerto para Piano mais ou menos como Enner Valencia bate seus pênaltis. Tsc, tsc, tsc… Vai chutar mal assim lá na Ossétia do Sul, meu.

Aram Khachaturian (1903-1978): Concerto para Piano & Concerto para Violino (Gutnikov / Servadel / Ivanov / Giunta)

Piano Concerto
1. Allegro Maestoso (Piano Concerto)
2. Andante Con Anima (Piano Concerto)
3. Allegro Brillante (Piano Concerto)

Annette Servadei, piano
USSR Symphony Orchestra
Constantin Ivanov

Violin Concerto
4. Allegro Con Fermezza (Violin Concerto)
5. Andante Sostenuto (Violin Concerto)
6. Allegro Vivace (Violin Concerto)

Boris Gutnikov, violino
London Philharmonic Orchestra
Joseph Giunta

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Khachaturian pontificando em casa
Khachaturian pontificando em casa

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (versão para harpa, por Catrin Finch)

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (versão para harpa, por Catrin Finch)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Catrin Finch, harpista galesa, é um verdadeiro fenômeno, sendo hoje talvez o principal nome de seu instrumento. Aqui está uma estreia de gala na Deutsche Grammophon ao abordar as Variações Goldberg.

As Variações Goldberg são um ícone no mundo da música clássica. Foi o desafio mais do que qualquer coisa o que primeiro me atraiu. Não sabia se ia dar certo ou não. Foi muito emocionante fazer a adaptação, era como montar um imenso e perfeito quebra-cabeça. Quando cheguei à última parte e vi que podia ser feito, tinha que aprender a tocar a peça. Há milhares de pessoas ao redor do mundo que são loucos pelas Goldberg. Espero que meu trabalho abra portas a ainda outros. A ária é muito famosa. Serviu de tema até para Hannibal Lecter… Sinto que vou desenvolver a interpretação das Goldberg pela vida inteira. Mesmo assim, estou muito feliz com meu trabalho. É a coisa mais importante que fiz até agora na minha carreira.

EU, PQP BACH, SOU LOUCO PELAS GOLDBERG. É a música que mais ouço e portanto posso dizer que é a que mais gosto dentre todas, pois não sou masoquista. Esta deve ser a quinta ou sexta postagem desta obra no blog. Acho que vocês aguentam.

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (versão para harpa, por Catrin Finch)

Arranged for Harp by Catrin Finch

1 Aria [3:33]
2 Var. 1 a 1 Clav. [1:27]
3 Var. 2 a 1 Clav. [1:59]
4 Var. 3 Canone all’Unisono a 1 Clav. [1:26]
5 Var. 4 a 1 Clav. [1:17]
6 Var. 5 a 1 ovvero 2 Clav. [0:48]
7 Var. 6 Canone alla Seconda a 1 Clav. [1:25]
8 Var. 7 a 1 ovvero 2 Clav. [2:19]
9 Var. 8 a 2 Clav. [1:00]
10 Var. 9 Canone alla Terza a 1 Clav. [1:34]
11 Var. 10 Fughetta a 1 Clav. [1:01]
12 Var. 11 a 2 Clav. [0:58]
13 Var. 12 Canone alla Quarta [2:11]
14 Var. 13 a 2 Clav. [2:47]
15 Var. 14 a 2 Clav. [1:12]
16 Var. 15 Canone alla Quinta in moto contrario [3:48]
17 Var. 16 Ouverture a 1 Clav. [3:38]
18 Var. 17 a 2 Clav. [1:35]
19 Var. 18 Canone alla Sesta a 1 Clav. [1:19]
20 Var. 19 a 1 Clav. [1:17]
21 Var. 20 a 2 Clav. [1:19]
22 Var. 21 Canone alla Settima [2:12]
23 Var. 22 Alla breve a 1 Clav. [1:31]
24 Var. 23 a 2 Clav. [1:13]
25 Var. 24 Canone all’Ottava a 1 Clav. [3:12]
26 Var. 25 a 2 Clav. [7:13]
27 Var. 26 a 2 Clav. [1:24]
28 Var. 27 Canone alla Nona [1:54]
29 Var. 28 a 2 Clav. [1:10]
30 Var. 29 a 1 ovvero 2 Clav. [1:09]
31 Var. 30 Quodlibet a 1 Clav. [2:06]
32 Aria [2:53]

Catrin Finch, harpa

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Catrin Finch, uma versão surpreendente das Goldberg
Catrin Finch, uma versão surpreendente das Goldberg

PQP

Leos Janáček (1854-1928): Música para Piano + Concertino para Piano, 2 Violinos, Viola, Clarinete, Trompa e Fagote (Thomas Hlawatsch)

Leos Janáček (1854-1928): Música para Piano + Concertino para Piano, 2 Violinos, Viola, Clarinete, Trompa e Fagote (Thomas Hlawatsch)

Janáček é um dos meus compositores favoritos. Hlawatsch é  ótimo. Se você não conhece a música para piano de Janáček, talvez conheça suas composições orquestrais: Taras Bulba e a Sinfonietta são talvez excelentes introduções ao seu mundo sonoro. Esta música soa “rústica” (seja lá o que isso signifique, embora eu a reconheça quando a ouço) e pode lembrá-lo de Dvořák. Ainda assim, definitivamente NÃO é Dvořák. Sua música para piano quase faz você querer dançar… Hlawatsch está um pouco acima de András Schiff neste belo repertório. Se você quer outra boa introdução à música de Janáček, não vai errar com este CD da Naxos. E o Concertinho é uma esplêndida e inesquecível joia! Vi-o uma vez tocado por membros da Osesp e aquilo grudou definitivamente nos meus olhos e ouvidos.

Leos Janáček (1854-1928): Música para Piano + Concertino para Piano, 2 Violinos, Viola, Clarinete, Trompa e Fagote (Thomas Hlawatsch)

1 Theme and Variations, Op. 1, JW VIII/6, “Zdenka Variations” 10:21

2. Three Moravian Dances (I. Ej, danaj!: Allegro II. Celadensky: Con moto III. Pilky: Andante) 04:39

3 A Recollection 01:13

4 Music for Exercise Gymnastique I – V 04:01

5 In the Mist, JW VIII/22: IV. Presto (original version) 01:51

In the Mist, JW VIII/22
6 I. Andante 03:57
7 II. Molto adagio 04:14
8 III. Andante 02:42
9 IV. Presto 04:43

Concertino for Piano, Two Violins, Viola, Clarinet and Horn, JW VII/11
10 I. Moderato 05:42
11 II. Più mosso 03:19
12 III. Con moto 03:55
13 IV. Allegro 04:34

Total Playing Time: 55:11

Thomas Hlawatsch, piano

Karoly Ambrus, horn
Csaba Babacsi, viola
Geza Banhegyi, clarinet
Istvan Hartenstein, bassoon
Bela Nagy, violin
Vilmos Olah, violin

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Janáček out of mist.

PQP

Ravel: Trio / Debussy, Respighi: Sonatas para violino e piano (Heifetz, Rubinstein, Piatigorsky, Bay)

Jascha Heifetz é a estrela do CD, mas os fãs de Arthur Rubinstein vão certamente se interessar pelo Trio de Ravel, muito bem gravado, com perfeito equilíbrio entre os três instrumentos. E, claro, com Rubinstein no piano e Piatigorsky no violoncelo a interpretação é cheia de nuances e de brilho.

Todos eles compostos na década de 1910, o Trio de Ravel e as Sonatas para violino de Debussy e Respighi eram obras contemporâneas para esses músicos aqui gravados. O Duo de Bohuslav Martinů, de 1927, mais ainda.

O Trio de Ravel e as peças de Debussy trazem todas as sutilezas da música francesa daquele período – aliás, aqui Ravel e Debussy se parecem, mais do que na música orquestral de ambos… E a Sonata do italiano Ottorino Respighi, obra relativamente pouco tocada, também merece o seu lugar ao sol. O encarte do álbum fala assim dela: a sonata robusta e expressiva, que equilibra com sucesso força emocional e substância musical, foi uma das várias boas obras que Heifetz retirou do anonimato: por anos ele foi o único violinista famoso a colocá-la no repertório dos seus recitais.

1-3. Debussy: Sonata para Violino e Piano em sol menor
4. Debussy: La fille au cheveux de lin (dos Prelúdios para Piano, transcrição A. Hartmann)
5-7. Respighi: Sonata para Violino e Piano em si menor
8. Ravel: Menuet (da Sonatina para Piano, transcrição L. Roques)
9-12. Ravel: Trio para Piano, Violino e Violincelo
13-14. Martinů: Duo nº 1 (Preludium – Rondo) para Violino e Violincelo, H 157

Recorded: 1950 (except track 8: 1947; tracks 13-14: 1964)
Jascha Heifetz – violin
Emmanuel Bay – piano (tracks 1-8)
Arthur Rubinstein – piano (tracks 9-12)
Gregor Piatigorsky – cello (tracks 9-14)

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Cuidado Monsieur Ravel, a cinza do cigarro vai cair nas teclas!

Pleyel

Antonio Vivaldi (1678 – 1741): Vivaldi x 2² (Concertos Duplos) – La Serenissima & Adrian Chandler ֍

Antonio Vivaldi (1678 – 1741): Vivaldi x 2² (Concertos Duplos) – La Serenissima & Adrian Chandler ֍

Vivaldi x 2²

Este disco é recente, foi produzido o ano passado, e é repleto de concertos duplos compostos pelo Padre Vermelho.

Chandler reclamando do fotógrafo do blog que só levou filmes em pb para a Rolleiflex…

Esses concertos eram compostos para ocasiões especiais – festas religiosas – e são cheios de grandeur, esperavam impressionar suas audiências mais do que os concertos para um instrumento solista. E certamente o faziam, caso fossem interpretados assim como o são aqui, com flair e maestria, pela excelente La Serenissima e seu fundador, Adrian Chandler.

A maioria dos concertos são para pares de instrumentos solistas: dois violoncelos, duas flautas, dois violinos ou dois oboés. No entanto, o primeiro concerto do disco é ainda mais suntuoso, empregando seis solistas: dois violinos, dois oboés e duas flautas doce. Fechando o cortejo com chave de ouro temos o famoso Concerto Il Proteo ò il Mondo al Roverscio para violino, violoncelo, duas flautas, dois oboés e cravo, além das cordas e contínuo.

Antonio Vivaldi (1678 – 1741)

Concerto for 2 violins, 2 oboes, 2 recorders, strings & continuo in C Major, RV 557
  1. Allegro non molto
  2. Largo
  3. Allegro non molto
Concerto for 2 cellos, strings & continuo in G Minor, RV 531
  1. Allegro
  2. Largo
  3. Allegro
Concerto for 2 flutes, strings & continuo in C Major, RV 533
  1. Allegro molto
  2. Largo
  3. Allegro
Concerto for 2 violins, strings & continuo in G Major, RV 516
  1. Allegro molto
  2. Andante
  3. Allegro
Concerto for 2 oboes, strings & continuo in C Major, RV 534
  1. Allegro
  2. Largo
  3. Allegro
Concerto for 2 violins, strings & continuo in B-Flat Major, RV 524
  1. Allegro
  2. Andante
  3. Allegro
Concerto Il Proteo ò il Mondo al Roverscio for violin, cello, 2 flutes, 2 oboes, harpsichord, strings & continuo in F Major, RV 572
  1. Allegro
  2. Largo
  3. Allegro

Oliver Cave, violino

Rachel Chaplin, oboé

Katy Bircher, flauta e flauta doce

Mark Baigent, oboé

Vladimir Waltham, Carina Drury, violoncelos

Flavia Hirte, flauta

Samuel Staples, violino

Robin Bigwood, cravo e órgão

La Serenissima

Adrian Chandler, violino e regência

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MP3 | 320 KBPS | 180 MB

Agora sim, todo mundo feliz com as cores…

A follow up to their album Vivaldi X2, this new offering from baroque specialists Las Serenissima combines further double concerti by Antonio Vivaldi with works for violin, cello, oboe, recorder and continuo. The previous album received rave reviews including Recording of the Month from BBC Music Magazine. These are some of Vivaldi’s most colourful and joyful works, and with director Adrian Chandler at the helm listeners can look forward to further baroque excellence from this dynamic ensemble. [Signum]

… after being obsessed by the composer and his musical world for more than 30 years, Chandler by now is almost Vivaldi incarnate…The playing style is forthright without being strident, and the notes are dispatched without the quirky additions (folksy improvisations, stamped feet) beloved of free spirits such as Nigel Kennedy. [The Times – August 2024]

Aproveite!

René Denon

Veja também o primeiro da série:

Vivaldi (1678-1741): Concertos Duplos – La Serenissima – Adrian Chandler

Berg (1885 – 1935) – Shostakovich (1906 – 1975) – Ligeti (1923 – 2006): Quartetos de Cordas – Minetti Quartet ֍

Berg (1885 – 1935) – Shostakovich (1906 – 1975) – Ligeti (1923 – 2006): Quartetos de Cordas – Minetti Quartet ֍

Berg: Quarteto Op. 3

Shostakovich: Quarteto No. 7

Ligeti: Quarteto No. 1

 

A postagem de hoje é um convite para uma voltinha pelo lado mais selvagem da música. Assim como investidores, os amantes da música se dividem em conservadores, moderados, arrojados e aqueles que vivem em outro planeta.

Os conservadores se destacam por insistir sempre no mesmo repertório ou na segurança daqueles eternos mesmos intérpretes, mesmo quando esses tais intérpretes começam a definhar. No outro lado do espectro encontramos uma tribo que se interessa por novos intérpretes ou intérpretes menos badalados, ou compositores que ainda não conseguiram o ticket para o panteão da imortalidade. Aqui estou pensando nos ouvintes arrojados, pois que os que estão em outro planeta podem ser bem fora das caixinhas, com programas de música experimental, construção de novos instrumentos ou tudo junto e misturado.

Eu gostaria de crer que me encontro entre moderado e arrojado (moderojado?). Nos meus dias de arrojo, instigado pela curiosidade, deixo a segurança dos selos mais conhecidos e tradicionais, de repertório conhecido por algum cheiro de novidade. Foi o caso desse disco da postagem. Simpatizei com o Quarteto Minetti, que pelo repertório de seus discos é bastante conservador: Haydn, Beethoven, Schubert e Mendelssohn. Mas tem também esse álbum, que começa com uma maravilha – o Quarteto Op. 3 de Alban Berg, um desses compositores mais esquisitões, mas que compôs peças dolorosamente bonitas. Ouça os dois movimentos que formam este quarteto e entenderão o que eu quero dizer.

Shostakovich é um grande enigma para mim. Sei que é compositor respeitadíssimo, que o boss aqui da repartição o tem em altíssima conta, que adora suas peças e que ele compôs uma enfiada de quartetos de cordas e de sinfonias, além de muitas outras coisas, como ópera, inclusive. Ouvir um quarteto de Shosta (é assim que a ele se refere o patrão…) é uma das minhas ousadias. E não foi que gostei! Acho que vou insistir um pouco mais nessas coisas. Tem um outro quarteto dele que já ouvi mais de uma vez, creio que seja o Oitavo.

O resto do disco tem o Primeiro Quarteto de Ligeti, cuja obra foi bastante divulgada aqui em nossas páginas por ocasião da celebração de seu centenário de nascimento.

Então é isso, fica a dica, é muito bom ouvir umas novidades de vez em quando… a menos que você seja do time dos arrojados e já conheça todas essas músicas. Se bem que o ainda jovem quarteto seja bastante bom e você que já é perito nesse tipo de música poderá desfrutar bastante do disco.

O nome “Quarteto Minetti” faz referência a uma peça do escritor Thomas Bernhard, que viveu em Ohlsdorf, no Salzkammergut, onde os dois violinistas do quarteto cresceram.

O Quarteto Minetti é vencedor de vários concursos internacionais de música de câmara (Concurso Schubert, Concurso Haydn) e recebeu o prêmio austríaco “Grande Gradus ad Parnassum”, a bolsa de estudos inicial do Ministério Federal Austríaco e a bolsa Karajan.

Entre os mentores do Quarteto Minetti temos Johannes Meissl e os membros do Quarteto Alban Berg na Universidade de Música de Viena, onde o quarteto se reuniu em 2003. Como participantes da Academia Europeia de Música de Câmara (ECMA), eles também foram muito incentivados e receberam apoio artístico de Ferenc Rados, Alfred Brendel e dos membros dos Quarteto Artemis, Quarteto Amadeus e Quarteto Hagen. A Hänssler Classic lançou quatro gravações de CD com quartetos de cordas de Haydn, Mendelssohn, Beethoven e Schubert, e a Avi music lançou quintetos de clarinete com Matthias Schorn, todos com ótimas críticas.

Alban Berg (1885 – 1935)

Quarteto de Cordas, Op. 3

  1. Langsam
  2. Mäßige Viertel

Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)

Quarteto de Cordas No. 7 em fá sustenido menor, Op. 108

  1. Allegretto
  2. Lento
  3. Allegro – Allegretto

György Ligeti (1923–2006)

Quarteto de Cordas No. 1 ‘Métamorphoses nocturnes’

  1. Allegro grazioso
  2. Vivace
  3. Adagio, mesto
  4. Presto
  5. Prestissimo
  6. Andante tranquillo
  7. Tempo di valse, moderato con eleganza, un poco capriccioso
  8. Subito prestissimo
  9. Allegretto, un poco gioviale
  10. Prestissimo
  11. Ad libitum, senza misura
  12. Lento

Minetti Quartet

Maria Ehmer, violino
Anna Knopp, violino
Milan Milojicic, viola
Leonhard Roczek, violoncelo

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MP3 | 320 KBPS | 126 MB

O Quarteto Minetti esperando na entrada do PQP Bach Saal, em POA, antes de sua apresentação…

The Minettis show a marked aff inity for the soundworld of 20th-century string quartet repertoire, rising to the Berg’s tortured passion and performing with characterful range and versatility in Ligeti’s ‘Métamorphoses nocturnes’. For my money, though, Shostakovich No. 7 is the album’s gem, its sparser textures allowing more room for rhythmic elegance and elasticity. [BBC Music Magazine]

Aproveite!

René Denon

Shosta, depois de ter lido a crítica do disco pela BBC Music Magazine

.: interlúdio :. Chick Corea: Rendezvous in New York

.: interlúdio :. Chick Corea: Rendezvous in New York

Rendezvous in New York é um álbum onde o pianista estadunidense Chick Corea reuniu embros das nove bandas com as quais tocou no passado. Os músicos incluíam Terence Blanchard, Gary Burton, Eddie Gomez, Roy Haynes, Bobby McFerrin, Joshua Redman, Gonzalo Rubalcaba, Michael Brecker e Miroslav Vitous, dentre outros. Um timaço para celebrar sei 60º aniversário. Corea é, sem dúvida, um dos pianistas de jazz mais fluentes em improvisação de todos os tempos, além de ser um compositor talentoso e grande líder de banda. Pode ser um muito exibido, pode ser intrusivo, quebrando momentos mágicos que ele se esforçou muito para construir: às vezes tem uma incapacidade completa de esquecer ou ignorar o público, algo que está amplamente ausente em Jarrett, por exemplo. No entanto, os discípulos de Corea estarão interessados ​​neste notável e educado álbum duplo ao vivo, gravado ao longo de três semanas de apresentações no Blue Note de Nova York. Corea recebeu uma oportunidade que só um artista de sua estatura e poder de atração tem: a chance de tocar em nove conjuntos separados com uma variedade de amigos musicais. Cada banda tocou no Blue Note por duas noites, e o melhor de tudo isso foi capturado aqui. As três peças de dueto de abertura com o vocalista McFerrin são mais brincalhonas do que musicais, e dão ao show um começo esquisito. Mas depois disso, o pianista irrompe de uma forma assustadora em um trio com Roy Haynes e Miroslav Vitous, e continua em sua melhor imprevisibilidade malódica em uma banda expandida celebrando o pianista Bud Powell em Glass Enclosure e Tempus Fugit. Em Crystal Silence, a insensibilidade de Corea à necessidade de abrir espaço está sob sublime controle em um dueto sussurrante com o vibrafonista Gary Burton, e depois o grupo maior Origin exibe as cores ousadas do líder. Mas o dueto de dois pianos com Gonzalo Rubalcaba em um medley de Concierto D’Aranjuez e a própria Espanha de Corea é o destaque deslumbrante – um turbilhão de corridas entrelaçadas brilhantes, acordes latinos percussivos, intensidade e swing jubiloso.

Chick Corea: Rendezvous in New York

1-1 Chick Corea & Bobby McFerrin Duet– Armando’ Rhumba
Piano – Chick Corea
Vocals – Bobby McFerrin
4:56
1-2 Chick Corea & Bobby McFerrin Duet– Blue Monk
Piano – Chick Corea
Vocals – Bobby McFerrin
5:31
1-3 Chick Corea & Bobby McFerrin Duet– Concierto De Aranjuez / Spain
Piano – Chick Corea
Vocals – Bobby McFerrin
8:12
1-4 Now He Sings, Now He Sobs Trio– Matrix
Bass – Miroslav Vitous
Drums – Roy Haynes
Piano – Chick Corea
10:45
1-5 Remembering Bud Powell Band– Glass Enclosure / Temps Fugit
Bass – Christian McBride
Drums – Roy Haynes
Piano – Chick Corea
Tenor Saxophone – Joshua Redman
Trumpet – Terence Blanchard
16:08
1-6 Chick Corea & Gary Burton Duet*– Crystal Silence
Piano – Chick Corea
Vibraphone – Gary Burton
10:02
1-7 Chick Corea Akoustic Band– Bessie’s Blues
Bass – John Patitucci
Drums – Dave Weckl
Piano – Chick Corea
8:38
2-1 Chick Corea Akoustic Band– Autumn Leaves
Bass – John Patitucci
Drums – Dave Weckl
Piano – Chick Corea
11:32
2-2 Origin (12)– Armando’s Tango
Alto Saxophone – Steve Wilson (2)
Bass – Avishai Cohen
Drums – Jeff Ballard
Piano – Chick Corea
Tenor Saxophone – Tim Garland
Trombone – Steve Davis (7)
12:08
2-3 Ckick Corea & Gonzalo Rubalcaba Duet– Concierto De Aranjuez / Spain
Piano – Chick Corea, Gonzalo Rubalcaba
13:23
2-4 Chick Corea New Trio*– Lifeline
Bass – Avishai Cohen
Drums – Jeff Ballard
Piano – Chick Corea
11:59
2-5 Three Quartets Band– Quartet N° 2 Part I
Bass – Eddie Gomez
Drums – Steve Gadd
Piano – Chick Corea
Tenor Saxophone – Michael Brecker
11:42

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Nas bandas de Lagoa da Canoa (AL), ele também conhecido como Chico Correa

PQP

Giovanni Gabrieli (1553/6-1612): Música para Metais (Vol. 1) (Crees / London Symph Orch Brass)

Giovanni Gabrieli (1553/6-1612): Música para Metais (Vol. 1) (Crees / London Symph Orch Brass)

Um bom CD de música antiga. As 16 peças neste CD têm todas cinco minutos ou menos de duração, e a seleção varia de obras compostas entre 1597 até 1615. As peças são maravilhosamente tocadas e brilhantemente apresentadas, mantendo a marca registrada de Gabrieli na amplitude e beleza melódica. Antecedendo Bach e o Barroco mais conhecido por mais de 100 anos, a música de Gabrieli permanece como um testamento de um gênio artístico. Em termos de história da música, Gabrieli será lembrado pela influência pan-europeia que teve em seu tempo, pelo número de jovens compositores que estudaram com ele, lançando até as bases do barroco alemão, e por muitas obras corais importantes. Porém, se a música para metais tivesse sido tudo o que sobreviveu de sua grande obra, ele seria aclamado somente por isso.

Giovanni Gabrieli (1553/6-1612): Música para Metais (Vol. 1) (Crees /London Symph Orch Brass)

1 Canzoni et sonate: Canzon No. 17 (arr. E. Crees for brass) 02:40
2 Sacrae symphoniae: Canzon septimi et octavi toni a 12 (arr. E. Crees for brass) 02:40
3 Canzon IX (arr. E. Crees for brass) 03:02
4 Sacrae symphoniae: Canzon duodecimi toni I a 10 (arr. E. Crees for brass) 03:04
5 Canzon in echo a 12 (arr. E. Crees for brass) 03:26
6 Canzon XIV 03:10
7 Canzon VII 03:59
8 Canzon septimi toni II a 8 03:02
9 Sonata pian e forte a 8 05:09
10 Canzon XXVIII a 8, “Sol sol la fa mi” (arr. E. Crees for brass) 01:50
11 Canzoni et sonate: Canzon No. 11 (arr. E. Crees for brass) 03:38
12 Sacrae symphoniae: Canzon noni toni a 8 (arr. E. Crees for brass) 03:12
13 Canzoni et sonate: Sonata No. 13 (arr. E. Crees for brass) 02:27
14 Sacrae symphoniae: Canzon duodecimi toni III a 10 (arr. E. Crees for brass) 03:12
15 Canzoni et sonate: Canzon No. 8 (arr. E. Crees for brass) 04:24
16 Sacrae symphoniae: Canzon noni toni a 12 (arr. E. Crees for brass) 03:29

Total Playing Time: 52:24

Composer(s): Gabrieli, Giovanni
Arranger(s): Crees, Eric
Conductor(s): Crees, Eric
Ensemble(s): London Symphony Brass

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Gabrieli em visita recente à Accademia Veneziana da PQP Bach Corp.

PQP

Manuel de Falla (1876-1946): La vida breve / El amor brujo / El sombrero de tres picos (Victoria De Los Angeles, Rafael Frühbeck De Burgos, Carlo Maria Giulini, Orquestra Nacional De España, Philharmonia Orchestra)

Manuel de Falla (1876-1946): La vida breve / El amor brujo / El sombrero de tres picos (Victoria De Los Angeles, Rafael Frühbeck De Burgos, Carlo Maria Giulini, Orquestra Nacional De España, Philharmonia Orchestra)

Este disco é um “must have”, obrigatório para todos os que apreciam a música espanhola, mais especialmente a obra do grande Manuel de Falla.

Temos aqui as principais obras de Falla, “La Vida Breve”, “El Amor Brujo” e “Lo Sombrero de Tres Picos”, além de outras obras menos conhecidas, porém não  menos belas, na interpretação que consagrou a grande mezzo´soprano Victoria de Los Angeles.

O então jovem Carlo Maria Giulini a acompanha regendo a Filarmônica de Londres, em “El Amor Brujo”, enquanto que o regente espanhol Rafael Fruhbeck de Burgos a dirige em “La Vida Breve”, e em “El Sombrero de tres picos”.

“La Vida Breve” é uma pequeno Drama Lírico dividido em dois atos e quatro quadros. A música de Falla é uma homenagem à música flamenca, e são diversos os momentos em que se pode destacar na obra.

“El Amor Brujo” é uma obra para balé encomendada a Falla por Pastora Imperio, a mais famosa bailarina flamenca de sua época. De acordo com a sinopse tirada da Wikipedia, El Amor brujo cuenta la historia de Candela, una muchacha gitana, cuyo amor por Carmelo se ve atormentado por su descreído antiguo amante. La obra es de carácter marcadamente andaluz, tanto en lo musical como en lo literario. El libreto fue escrito por Gregorio Martínez Sierra en dialecto andaluz, si bien se ha llegado a poner en duda su autoría, en favor de su mujer, María de la O Lejárraga García, feminista apasionada que publicó obras bajo el nombre de su marido. La música contiene momentos de gran belleza y originalidad, e incluye las famosas Danza del fuego fatuo y Danza del terror.

“El Sombrero de Tres Picos” é outro balé,  “baseado en la novela homónima del escritor decimonónico Pedro Antonio de Alarcón. Se estrenó el 22 de julio de 1919 en el Alhambra Theatre de Londres bajo la batuta de Ernest Ansermet.

* En la historia de la danza teatral del siglo XX, ‘El sombrero de tres picos’ de Manuel de Falla puede reclamar un lugar tan significativo como el de la Petrushka de Ígor Stravinski. Ambas obras fueron producidas por el gran empresario Sergei Diaghilev y representadas por sus Ballets Rusos. Las dos rompen con las primitivas tradiciones temáticas que poblaban el género de princesas, apariciones y cisnes. Pero todavía más importante, quizás, es su visión de la burguesía con una cierta simpatía. En este sentido, en El sombrero… se reflejan las actitudes y aspiraciones de la Andalucía rural.

* Tras su estreno en Londres, la obra tuvo un rotundo éxito, elogiándose la acertada síntesis de música, baile, drama y decorado.

* Una primera versión de la obra, llamada El corregidor y la mujer del molinero fue representada en 1917 en el Teatro Eslava de Madrid como un fragmento de una pantomima de dos partes. Más tarde, Diaghilev conoció a de Falla y le convenció de la necesidad de retocar la obra con la intención de dotarla de mayor estructura teatral; el autor modificó su obra dándole más profundidad y sustancia.

* El ballet está basado en un cuento folclórico que comparte el espíritu de Beaumarchais, su brío y su profundo respeto por los recursos y el espíritu del segundo estrato de la sociedad.

Três obras primas de Manuel de Falla que encerram minha humilde e modesta homenagem à musica espanhola, tão rica e emotiva em detalhes. Volto a repetir que esta gravação é um primor, altamente recomendável.

Manuel de Falla: La vida breve; El amor brujo; El sombrero de tres picos

La Vida Breve
Acto Primero / Erster Akt / Act One / Premier Acte
¡Ah! ¡Ah! ¡Ande La Tarea! 2:51
Mi Querer Es Como El Hierro 3:05
¡Ramicos De Claveles! 2:38
Abuela, ¡No Viene! 2:13
Solo Tengo Dos Cariños 2:16
¡Ande La Tarea! 1:50
¡Vivan Los Que Ríen! 3:14
¡Malhaya El Hombre, Malhaya! 1:55
Salud…¿Qué? ¿Qué Pasa? 1:00
¡Paco! ¡Paco!…¡Mi Salud! 1:36
Dime, Paco 1:36
¡Paco!…¡Mi Chavala! 0:50
¿Ande Vas? 1:01
¡Mahlaya La Jembra Pobre! 2:20
Intermedio / Intermezzo 6:52

Acto Segundo / Zweiterr Akt / Act Two / Deuxième Acte
¡Olé!… ¡Ay! Yo Canto Por Soleares 3:08
Danza / Dance 3:19
¡Allí Está! Riyendo 3:32
¡Ay Qué Mundo Y Ay Qué Cosas! 0:41
¿No Te Dije? ¿La Ves? 2:35
¡Malhaya La Jembra Pobre! 1:39
Intermedio / Intermezzo 3:26
Danza / Dance 3:50
¡Carmela Mía! 1:48
¡Qué Gracia! 1:00
¡Yo No Vengo A Cantar! 3:35

Siete Canciones Populares Españolas
El Paño Moruno 1:19
Seguidilla Murciana 1:12
Asturiana 2:52
Jota 2:51
Nana 1:34
Canción 1:00
Polo 1:29

El Sombrero De Tres Picos
Introducción / Introduction 1:27
El Mirlo 1:47
El Petimetre Y El Cortejo 1:56
La Chica 1:09
El Corregidor 0:47
Danza De La Molinera 2:35
Minueto 1:05
Las Uvas 2:14
Fandango 1:53
Danza De Los Vecinos (Seguidilla) 3:16
Danza Del Molinero 3:04
La Detenciòn 1:33
Nocturno 2:43
Danza Del Corregidor 2:43
La Confrontación 2:08
Retorno Del Molinero 2:29
Danza Final 6:20

El Amor Brujo
Introducción Y Escena 0:34
En La Cueva 2:20
Canción Del Amor Dolido 1:38
El Aparecido 0:14
Danza Del Terror 2:01
El Circulo Mágico 2:44
A Medianoche 0:30
Danza Ritual Del Fuego 4:12
Escena 1:09
Canción Del Fuego Fatuo 1:34
Pantomimia 4:40
Danda Del Juego De Amor 3:00
Final = Finale: Las Campanas Del Amanecer 1:21

Soneto A Córdoba 2:26

Psyché 5:00

Baritone Vocals [El Cantaor] – Gabriel Moreno (tracks: 1-1 to 1-26)
Baritone Vocals [Manuel] – Luis Villarejo* (tracks: 1-1 to 1-26)
Bass Vocals [El Tío Sarvaor] – Víctor De Narke (tracks: 1-1 to 1-26)
Bass Vocals [La Voz De Un Vendedor] – Juan De Andia (tracks: 1-1 to 1-26)
Chorus – Orfeón Donostiarra (tracks: 1-1 to 1-26)
Chorus Master – Juan Gorostidi (tracks: 1-1 to 1-26)
Conductor – Carlo Maria Giulini (tracks: 2-18 to 2-30), Rafael Frühbeck De Burgos (tracks: 1-1 to 1-26, 2-1 to 2-17,)
Libretto By – Carlos Fernández Shaw (tracks: 1-1 to 1-26)
Mezzo-soprano Vocals [La Abuela, 2a. Vendedora] – Inés Rivadeneira (tracks: 1-1 to 1-26)
Orchestra – Orquesta Nacional De España (tracks: 1-1 to 1-26), Philharmonia Orchestra (tracks: 2-1 to 2-30)
Piano – Gonzalo Soriano (tracks: 1-27 to 1-33)
Soprano Vocals – Victoria De Los Angeles (tracks: 1-27 to 2-32)
Soprano Vocals [Carmela, 3a. Vendedora] – Ana María Higueras* (tracks: 1-1 to 1-26)
Soprano Vocals [Salud] – Victoria De Los Angeles (tracks: 1-1 to 1-26)
Tenor Vocals [Paco] – Carlo Cossutta (tracks: 1-1 to 1-26)
Tenor Vocals [Una Voz En La Fragua, Una Voz Lejana] – José María Higuero (tracks: 1-1 to 1-26)

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de Falla em visita ao RS para saber porque um grupo de rock adotou seu nome

FDP Bach

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Lady Macbeth de Mzensk (Chung)

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Lady Macbeth de Mzensk (Chung)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Myung-Whun Chung e sua trupe fazem um monumental trabalho nesta versão da segunda e última ópera de Shostakovich.

Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk é uma ópera em quatro atos de Dmitri Shostakovitch. O libreto é inspirado na novela de mesmo nome publicada em 1865 por Nikolai Leskov. Ambientada na Rússia do século XIX, conta a história de uma mulher casada e solitária, Katerina Lvovna Ismailova, que se apaixona por outro homem e termina cometendo assassinatos. O argumento é sombrio, com bastante violência e sexo. O título faz referência a Lady Macbeth, a anti-heroina da tragédia shakespeareana Macbeth (1606).

A estreia ocorreu em 1934 em Leningrado (São Petersburgo) com enorme sucesso de público e crítica. Nos anos seguintes foi encenada nos palcos de todo o mundo. A ópera, porém, tornou-se mais famosa ainda pela intervenção das autoridades soviéticas: em 1936, funcionários do governo comunista – incluindo Josef Stálin – assistiram a uma apresentação no Teatro Bolshoi. Na edição de 28 de janeiro do jornal Pravda foi publicada uma severa crítica que descrevia a ópera como “ruído ao invés de música”, entre outras coisas (Stálin teria chamado a ópera de uma pornofonia). Frente a essa denúncia, Shostakovitch passou a temer por sua liberdade artística e até por sua vida, e em 1937 escreveu sua Quinta Sinfonia em um tom muito mais convencional, descrita pelo próprio artista como “a resposta de um artista soviético a uma crítica justa”.

Esta foi a última ópera de Shostakovich. Nos anos 60, ele a revisou, suprimindo as partes mais quentes. Atualmente, porém, a composição original é a mais executada, claro.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Lady Macbeth de Mzensk (Chung)

01. Akh, Ne Spitsya Bol’se, Poprobuyu
02. Gribli Segodnya Budut?
03. Govori/ Zacem Ze Ti Uyezzayes’, Khozyain/ Vot, Papa, Posmotri/ Proscay, Katerina…
04. Interlude
05. Ay! Ay! Ay! Ay, Besstiziy, Oy, Ne Scipli/ Otpustite Babu
06. Mnogo Vi, Muziki, O Sebe Vozmectali/ Cto Eto?
07. Interlude
08. Spat’ Pora. Den’ Prosol
09. Zerebyonok K Kobilke Toropitsya
10. Kto Eto, Kto, Kto Stucit?/ Proscay/ Uydi Ti, Radi Boga, Ya Muznyaya Zena
11. Cto Znacit Starost’: Ne Spitsya
12. Proscay, Katya, Proscay!/ Stoy! Gde Bil?/ Smotri, Katerina, Zanyatnoye Zrelisce
13. Ustal – Prikazete Mne Postegat?/ Progolodalsya Ya
14. Vidno, Skoro Uz Zarya. Ekh!/ Gde Tut Umirayut?/ Batya, Ispovedat’sya/ …
15. Interlude

01. Sergey, Seryoza! Vsyo Spit
02. Opyat’ Usnul/ Katerina L’vovna, Ubiyca!/ Nu? Cego Tebe?/ Andante(Orchestra)
03. Slusay, Sergey, Sergey!/ Katerina! – Kto Tam?/ Teper’ Sabas
04. Cto Ti Tut Stois?/ U Menya Bila Kuma/ Interlude
05. Sozdan Policeyskiy Bil Vo Vremya Ono/ U Izmaylovoy Seycas Pir Goroy/ Vase Blagorodiye!/ …
06. Interlude
07. Slava Suprugam, Katerine L’vovne I Sergeyu Filippicu, Slava!/ Nikogo Net Krase Solnca V Nebe?/ …
08. Vyorsti Odna Za Drugoy Dlinnoy Polzut Verenicey
09. Stepanic! Propusti Menya
10. Ne Legko Posle pocota Da Poklonov Pered Sudom Stoyat
11. Moyo Pocten’ Ye!/ Dostanu! Katya!/ Is, Zver’!/ Adagio
12. V Lesu, V Samoy Casce, Yest’ Ozero/ Znayes Li, Sonetka, Na Kogo S Toboy Mi Pokhozi?
13. Vstavay! Po Mestam! Zivo!

Maria Ewing
Elena Zaremba
Aage Haugland
Sergei Larin
Philip Landridge
Carlos Alvarez
Philippe Duminy
Anatoly Kotcherga
Johann Tilli
Bastille Opera Orchestra
Myung-Whun Chung, regente

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Maria Ewing não é nenhuma Galina Vishnevskaya, mas faz uma Lady Macbeth de primeira linha.
Maria Ewing não é nenhuma Galina Vishnevskaya, mas faz uma Lady Macbeth de primeira linha.

PQP

Franz Schubert (1797-1828): Arpeggione Sonata, 3 Sonatines, op. 137 (P. Wispelwey, P. Giacometti)

Ah, essa Sonata “Arpergionne” de Schubert é uma delícia. Não há como não nos emocionarmos com ela. A beleza das melodias é única, como diria nosso colega PQPBach, provavelmente Schubert foi um dos maiores dos melodistas da história da música.

A dupla Wispelwey / Giacometti faz aqui neste cd uma leitura mais contida, não tão romantizada da “Arpeggione”, como as que estamos acostumados a ouvir. Talvez seja a sonoridade do pianoforte de Giacometti que contenha o excelente violoncelista holandês, o fato é que a dupla funciona muito bem, e explora com maestria os meandros dessa obra prima do repertório do violoncelo.

No cd eles também tocam as Sonatinas, op. 137, que originalmente foram escritas para violino, e que já trouxemos aqui mesmo no blog. A transcrição foi feita pelo próprio Wispelwey.

Franz Schubert (1797-1828): Arpeggione Sonata, 3 Sonatines, op. 137 (P. Wispelwey, P. Giacometti)

01 Sonata in a minor D 821 Arpeggione – I. Allegro moderato
02 Sonata in a minor D 821 Arpeggione – II. Adagio
03 Sonata in a minor D 821 Arpeggione – III. Allegretto

04 Sonatina in D major D 384 Opuis 137 No 1 – I. Allegro molto
05 Sonatina in D major D 384 Opuis 137 No 1 – II. Andante
06 Sonatina in D major D 384 Opuis 137 No 1 – III. Allegro vivace

07 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – I. Allegro moderato
08 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – II. Andante
09 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – III. Menuetto and Trio
10 Sonatina in a minor D 385 Opus 137 No 2 – IV. Allegro

11 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – I. Allegro giusto
12 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – II. Andante
13 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – III. Menuetto and Trio
14 Sonatina in g minor D 408 Opus 137 No 3 – IV. Allegro moderato

Pieter Wispelwey – Cello (Bohemian, 19th century)
Paolo Giacometti – Pianoforte (Salvatore Lagrassa, vienese school, circa 1815)
Recording: Deventer, Doop. Kerk, 1996

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Schubert ao Piano – pintura de Gustav Klimt, 1899

FDP (2015), revalidado por Pleyel (2024)

Franz Schubert (1797-1828): Quinteto para Cordas D 956 (Orpheus Quartet, P. Wispelwey)

Entre os melômanos mais dedicados existe um quase consenso de que a música de câmara permite aos compositores uma atenção aos detalhes – e aos ouvintes a audição transparente desses detalhes na voz de cada um dos instrumentos que se combinam – que fica impossibilitada nas obras para grande orquestra. Cada instrumento, em um trio ou quarteto, tem sua voz autônoma e elas ao mesmo tempo dialogam entre si, isso fica muito evidente desde as Trio Sonatas que surgem por volta do ano 1700, primeiro na Itália e logo depois na Alemanha de Händel e J.S. Bach. No classicismo vienense, o quarteto de cordas se torna o veículo principal para esse tipo de música, não sem relação com um certo ideal de equilíbrio entre as sonoridades dos instrumentos, equilíbrio que é justamente um dos fundamentos para a música da corrente iniciada por Haydn ser chamada classicismo – pois, para além do uso banal do tipo “são clássicos imortais”, o clássico na cultura ocidental envolve certas ideias de simetria, harmonia, ordem etc. que os românticos (e depois os modernistas) vão denunciar como uma ordem autoritária que atrapalha as fantasias e sonhos.

Eu gosto enormemente desse quinteto de Schubert, mais do que dos seus quartetos: não é um gosto racional, é uma daquelas obras que simplesmente tocam mais fundo em alguns de nós, mas, tentando interpretar esse gosto em termos racionais, diria que o quinteto mantém em certos momentos o diálogo transparente da música de câmara e em outros momentos dá uns passos em outra direção. Nessa obra, uma das últimas de Schubert, a transparência já não é completa: cinco instrumentos já estão bem no limite das nossas capacidades de acompanhar as melodias individuais, mas além disso os dois violinos e os dois violoncelos às vezes se fundem no agudo e no grave. Também gosto bastante, claro, do quinteto com piano e contrabaixo “A Truta”, mas aqui neste quinteto mais tardio em dó maior parece que essa mistura das vozes dá um toque diferente que também faz parte da transição entre o classicsmo vienense e a sensibilidade romântica. Sem falar em tantas melodias belíssimas, mas isso é chover no molhado em se tratando de Schubert.

Orpheus Quartet e P. Wispelwey fazem aqui uma interpretação mais contida do que outras que se ouve por aí. Esse quarteto teve uma carreira meteórica, encerrada após a morte precoce do seu primeiro violinista.

Franz Schubert (1797-1828): Quinteto para Cordas D. 956
I. Allegro ma non troppo
II. Adagio
III. Scherzo: Presto – Trio – Andante sostenuto
IV. Allegretto
Orpheus Quartet e Pieter Wispelwey
Recorded: Dutch Reformed Church, Kortenhoef, NL, june 1994

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Pieter Wispelwey

Pleyel

Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 7 / Brahms (1833-1897): Sinfonias 1, 3 & Abertura Trágica / Dvořák (1841-1904): Sinfonia Nº 8 (Wiener Philharmoniker – Herbert von Karajan) ֎

Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 7 / Brahms (1833-1897): Sinfonias 1, 3 & Abertura Trágica / Dvořák (1841-1904): Sinfonia Nº 8 (Wiener Philharmoniker – Herbert von Karajan) ֎

The Best of Jurassic World!

Beethoven #7

Brahms #1 & #3

Dvořák # 8

Wiener Philharmoniker

Herbert von Karajan

Houve um período no qual enormes maestrossáuros andavam pelos territórios musicais e regiam tudo à sua volta! Uma dessas típicas criaturas era Herr Karajan, que dominava as melhores orquestras, os melhores festivais e casas de ópera. Com a Berliner Philharmoniker ele gravava (over and over) seu vasto repertório sinfônico para o selo amarelo, iniciando tudo de novo a cada novo avanço tecnológico. Em geral, suas melhores contribuições ocorreram na década de 1960. A postagem de hoje, no entanto, explora outra parte de suas gravações, feitas com a Wiener Philharmoniker para a gravadora DECCA. O produtor aqui era John Culshaw, uma verdadeira lenda das gravações. O repertório aqui incluía óperas e música sinfônica, mas nada de ciclos completos.

Reuni para essa postagem quatro sinfonias:  Sétima de Beethoven, Primeira e Terceira de Brahms e Oitava de Dvořák. Uma festa para quem gosta dessas sinfonias interpretadas com grande orquestra.

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Sinfonia No. 7 em lá maior, Op. 92

  1. Poco sostenuto – Vivace
  2. Allegretto
  3. Presto – Assai meno presto
  4. Allegro con brio

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Abertura Trágica, Op. 81

  1. Allegro Non Troppo

Sinfonia No. 1 em dó minor, Op. 68

  1. Allegro
  2. Andante sostenuto
  3. Un poco allegretto e grazioso
  4. Allegro non troppo ma con brio

Sinfonia No. 3 em fá maior, Op. 90

  1. Allegro con brio
  2. Andante
  3. Poco allegretto
  4. Allegro

Antonin Dvořák (1841 – 1904)

Sinfonia No. 8 em sol maior, Op. 88

  1. Allegro con brio
  2. Adagio
  3. Allegretto grazioso
  4. Allegro ma non troppo

Wiener Philharmoniker

Herbert von Karajan

Gravações feitas na Sofiensaal, Viena

1959 (Beethoven 7 & Brahms 1); 1961 (outras)

Produção: John Culshaw

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MP3 | 320 KBPS | 378 MB

Maestrossáuro pronto para dar um bote…

Regendo a Filarmônica de Viena: Em Salzburgo, em 1934, von Karajan liderou a Filarmônica de Viena pela primeira vez e, de 1934 a 1941, foi contratado para conduzir concertos de ópera e orquestra sinfônica no Teatro Aachen.

Sobre a criatura: Como diretor e administrador, ele tolerava pouca interferência, mas como maestro, ele era camaleônico em sua abordagem às orquestras: um professor nato e um ensaiador habilidoso que, nas palavras de Walter Legge, “conhecia a psicologia de uma orquestra provavelmente melhor do que qualquer pessoa viva”.  Os críticos notaram isso pela primeira vez no Festival de Salzburgo de 1957 quando, após um cancelamento de Otto Klemperer, Karajan foi obrigado a reger a Filarmônica de Viena e sua própria Filarmônica de Berlim em noites sucessivas. Ambas as orquestras são carros dos melhores fabricantes, observou o Die Presse de Viena, e Karajan dirige ambos com igual habilidade. “No caso da Filarmônica de Viena, sua direção é calma e sem ostentação. Ele não pressiona a orquestra; ele sabe que ela prefere um ritmo fácil e uma maneira relaxada. Os berlinenses, por outro lado, tocam da ponta de seus assentos.” Dito isso, a Filarmônica de Viena também podia tocar da ponta de seus assentos, particularmente em grandes peças orquestrais, como mostram essas gravações.

Aproveite!

René Denon

Maestrossáuro, para colorir…

.: interlúdio:. Brad Mehldau – The Art of Trio

Esse texto aí de baixo é da postagem original, lá de 2013. Muita água rolou por baixo da ponte, muita coisa aconteceu, e depois de ler o texto de apresentação pensei que talvez fosse a hora de trazer novamente essa espetacular série, desta vez completa, com seus cinco cds, um melhor que o outro, lhes garanto. Mehldau não é mais um menino, ao contrário, é hoje um sóbrio senhor, que ainda vem encantando seu público com seu virtuosismo, sensibilidade e técnica apuradíssima. 

Vou botar os cinco cds de uma só vez, para serem apreciados devidamente, se possível, na sua sequência, não que isso seja obrigatório, ouçam da forma que quiserem. 

Volto a reforçar que o texto abaixo é de 2013, claro que o Milton Ribeiro nesta altura do campeonato já conhece muito bem este pianista. 

Nosso amigo Milton Ribeiro confidenciou-me dia destes que desconhecia Brad Mehldau. Eu fiquei espantando, ainda mais sabendo que o Milton é uma verdadeira enciclopédia da música, e conhece muita coisa e muita gente. Surpreendeu-me realmente, afinal de contas, o jovem pianista (nasceu em 1970) já está há um bom tempo na área, e já gravou com um monte de gente conhecida, como Pat Metheny, Anne Sophie von Otter, entre diversos outros.

Meu caro Milton, imagine um Keith Jarrett sem ter passado por todas as fases que passou até chegar à sua versão de trio acústico. Sei que estou exagerando, mas vejo Brad Mehldau como a evolução daquilo que Keith Jarrett acrescentou e ainda acrescenta à técnica do piano. O rapaz é um fenômeno e não teme se arriscar. Claro que não podemos esquecer de Bill Evans, Herbie Hancock, Thelonius Monk, Chick Corea, para citar apenas algumas das influências visíveis do rapaz;  Então, una estas técnicas apuradíssimas,  conseguidas através de anos sentados atrás do instrumento, aliadas a um virtuosismo espantoso, desconte a idade e a quantidade de heroína que Bill Evans consumiu… então podes ter uma idéia de quem é Brad Mehldau. Aí comece a ouvir este cd pela sua terceira faixa, uma homenagem a Thelonius Monk… e depois me diga o que achas. Se o conheço mais ou menos bem, sei que sua expressão será: onde diabos eu estava que não conheci esse cara antes?

Num primeiro momento, o espanto… depois a certeza de que estamos diante de um novo fenômeno do piano, e o que é mais importante, ainda jovem, e ainda podendo evoluir, e muito. Quando comecei a ouvir este rapaz, há pelo menos uns dez anos atrás, achei muita presunção da parte dele lançar uma série de cinco cds com o título de “Art of Trio”. Pensei comigo mesmo, quem esse cara está pensando que é? Ainda mais com toda a lista de excepcionais músicos que vieram antes dele e deram forma à este estilo tão característico do jazz, o Piano Trio. Depois entendi que na verdade se tratava de uma homenagem à todos aqueles gigantes que vieram antes dele, me apropriando de uma frase meio clichê, ele se apoiava sobre os ombros dos gigantes para mostrar a evolução da técnica, e do próprio jazz.

Em todos os CDs os músicos que acompanham serão sempre os mesmos: o baixista Larry Grenadier e o baterista Jorge Rossi.

As gravações foram realizadas entre 1997 e 2001.

Volume One
1 Blame It On My Youth
2 I Didn’t Know What Time It Was
3 Ron’s Place
4 Blackbird
5 Lament For Linus
6 Mignon’s Song
7 I Fall In Love Too Easily
8 Lucid
9 Nobody Else But Me

 

Live At The Village Vanguard – The Art Of The Trio Volume Two 
1 It’s Alright With Me
2 Young And Foolish
3 Monk’s Dream
4 The Way You Look Tonight
5 Moon River
6 Countdown

 

 

Volume Three – Songs
1 Song-Song
2 Unrequited
3 Bewitched, Bothered And Bewildered
4 Exit Music (For A Film)
5 At A Loss
6 Convalescent
7 For All We Know
8 River Man
9 Young At Heart
10 Sehnsucht

Volume 4 Back At The Vanguard
1 All The Things You Are
2 Sehnsucht
3 Nice Pass
4 Solar
5 London Blues
6 I’ll Be Seeing You
7 Exit Music (For A Film)

 

 

Volume 5 Evolution Art Of The Trio
CD 1
1 The More I See You – Live
2 Dream’s Monk – Live
3 The Folks Who Live On The Hill
4 Alone Together – Live
5 It Might As Well Be Spring
6 Cry Me A River – Live
7 River Man – Live

 

CD 2
1 Quit – Live
2 Secret Love – Live
3 Sublation – Live
4 Resignation – Live
5 Long Ago And Far Away – Live
6 How Long Has This Been Going On? – Live

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE (OS CINCO CDS ESTÃO COMPACTADOS EM ARQUIVO ÚNICO)

FDP

Johannes Brahms (1833-1897): As Sonatas para Clarinete (Karl Leister, Gerhard Oppitz)

Johannes Brahms (1833-1897): As Sonatas para Clarinete (Karl Leister, Gerhard Oppitz)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um joia perfeita. O repertório é incrível e a interpretação nem se fala. As Sonatas para Clarinete, Op. 120, Nos. 1 e 2, foram escritas em 1894 e são dedicadas ao clarinetista Richard Mühlfeld. As sonatas são de um período tardio na vida de Brahms, onde ele descobriu a beleza do som e da cor tonal do clarinete. A forma da sonata para clarinete era nada desenvolvida até a conclusão dessas sonatas, após o que a combinação de clarinete e piano foi mais usada em novas obras de compositores (vide Poulenc). Essas foram as últimas peças de câmara que Brahms escreveu antes de sua morte e são consideradas duas das grandes obras-primas do repertório de clarinete. Leister foi um gênio do instrumento, além de ter uma especial predileção por Brahms.

Johannes Brahms (1833-1897): As Sonatas para Clarinete (Karl Leister, Gerhard Oppitz)

Sonata No. 1 In F Minor
1 Karl Leister, Gerhard Oppitz– Allegro Appassionato 8:00
2 Karl Leister, Gerhard Oppitz– Andante un poco Adagio 5:24
3 Karl Leister, Gerhard Oppitz– Allegretto grazioso 4:36
4 Karl Leister, Gerhard Oppitz– Vivace 5:19

Sonata No. 2 In E Flat Major
5 Karl Leister, Gerhard Oppitz– Allegro Amabile 8:21
6 Karl Leister, Gerhard Oppitz– Allegro appassionato – Sostenuto 5:26
7 Karl Leister, Gerhard Oppitz– Andante con moto – Allegro 7:29

Clarinet – Karl Leister
Piano – Gerhard Oppitz

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Ô, PQP, te liga! Tenho 87 e estou vivão da Silva!

PQP

Frédéric Chopin (1810-1849): Mazurkas Completas (Rubinstein)

Frédéric Chopin (1810-1849): Mazurkas Completas (Rubinstein)

Como já avisou inúmeras vezes meu irmão PQPBach, nosso SAC é uma porcaria como os demais. Acontece que a diretoria do blog não está nem aí com as solicitações de seus leitores. Mas não somos tão cruéis. Quando podemos, atendemos. Se temos em nosso acervo, o que custa? Por exemplo, o leitor Carlos Eduardo Amaral solicitou valsas e outras obras de Strauss. PQP disse que não tinha, mas felizmente possuo uma gravação que irá satisfazer ao nosso leitor, e que deverá estar sendo postada nos próximos dias.

Mas por enquanto, irei atender ao nosso leitor do outro lado do mundo, diretamente da Nova Zelândia, que pediu Chopin, espeficicamente as Mazurkas. Aqui estão elas. Um aviso: antes que comecem as intermináveis discussões dos que irão defender Arrau, Horowitz, Ashkenazy, Pires, Polllini, sempre estarei postando Chopin com meu intérprete favorito, Arthur Rubinstein. E sei que terei a Laís Vogel para me defender, pois ela também é fã do bom velhinho. Talvez seja culpa de minha mãe, que já colocava os discos de Chopin sempre interpretados por ele, ou então, do programa “Concertos para a Juventude”, que a Globo transmitia nos idos dos anos 70, aos domingos de manhã. Quem é de minha geração ou mais velho, há de se lembrar deste programa. Rubinsten, Karajan, Böhm, Amadeus Quartet eram frequentadores assíduos do programa. Não me lembro se tinha um apresentador, acho que o Karabitchevisky apresentou durante um período. Enfim, foi o programa que apresentou a tal da música clássica para minha geração. Enfim, falei deste programa porque foi ali que ouvi as Polonaises e as Baladas de Chopin, e ali me fascinei por aquele velhinho empertigado sobre um Steinway, tocando divinamente. Sempre me chamou a atenção sua postura, coluna ereta, olhos fechados, total concentração, e no final um sorriso discreto, de saber que tinha cumprido seu dever.

A Mazurka é originária do folclore polonês, e Chopin compôs 57. É um monte, mesmo. Mas são peças relativamente curtas, 3 minutos em média de duração. É isso aí.

Frédéric Chopin (1810-1849): Mazurkas Completas (Rubinstein)

4 Mazurkas, Op. 6
1-1 No. 1 In F-Sharp Minor 2:38
1-2 No. 2 In C-Sharp Minor 2:42
1-3 No. 3 In E Major (Vivace) 2:05
1-4 No. 4 In E-Flat Minor (Presto Ma Non Troppo) 0:41

5 Mazurkas, Op. 7
1-5 No. 1 In B-Flat Major (Vivace) 2:35
1-6 No. 2 In A Minor (Vivo Ma Non Troppo) 3:30
1-7 No. 3 In F Minor 2:52
1-8 No. 4 In A-Flat Major (Presto Ma Non Troppo) 1:06
1-9 No. 5 In C Major (Vivo) 0:36

4 Mazurkas, Op. 17
1-10 No. 1 In B-Flat Major (Vivo E Resoluto) 2:29
1-11 No. 2 In E Minor (Lento Ma Non Troppo) 1:59
1-12 No. 3 In A-Flat Major (Legato Assai) 4:21
1-13 No. 4 In A Minor (Lento Ma Non Troppo) 4:33

4 Mazurkas, Op. 24
1-14 No. 1 In G Minor (Lento) 2:49
1-15 No. 2 In C Major (Allegro Non Troppo) 2:15
1-16 No. 3 In A-Flat Major (Moderato) 2:08
1-17 No. 4 In B-Flat Minor (Moderato) 5:06

4 Mazurkas, Op. 30
1-18 No. 1 In C Minor (Allegretto Non Tanto) 1:38
1-19 No. 2 In B Minor (Vivace) 1:28
1-20 No. 3 In D-Flat Major (Allegro Non Troppo) 2:53
1-21 No. 4 In C-Sharp Minor (Allegretto) 3:43

4 Mazurkas, Op. 33
1-22 No. 1 In G-Sharp Minor (Mesto) 1:37
1-23 No. 2 In D Major (Vivace) 2:46
1-24 No. 3 In C Major (Semplice) 1:36
1-25 No. 4 In B Minor 5:33

4 Mazurkas, Op. 41
1-26 No. 1 In C-Sharp Minor (Maestoso) 3:30
2-1 No. 2 In E Minor (Andantino) 2:12
2-1 No. 3 In B Major (Animato) 1:11
2-3 No. 4 In A-Flat Major (Allegretto) 2:11

3 Mazurkas, Op. 50
2-4 No. 1 In G Major (Vivace) 2:31
2-5 No. 2 In A-Flat Major (Allegretto) 3:08
2-6 No. 3 In C-Sharp Minor (Moderato) 5:21

3 Mazurkas, Op. 56
2-7 No. 1 In B Major (Allegro Non Tanto) 4:22
2-8 No. 2 In C Major (Vivace) 1:44
2-9 No. 3 In C Minor (Moderato) 5:47

3 Mazurkas, Op. 59
2-10 No. 1 In A Minor (Moderato) 3:51
2-11 No. 2 In A-Flat Major (Allegretto) 2:36
2-12 No. 3 In F-Sharp Minor (Vivace) 3:40

3 Mazurkas, Op. 63
2-13 No. 1 In B Major (Vivace) 2:17
2-14 No. 2 In F Minor (Lento) 1:45
2-15 No. 3 In C-Sharp Minor (Allegretto) 2:18

2-16 Mazurka In A Minor, Op. Post. “A Emile Gaillard” 2:33

2-17 Mazurka In A Minor, Op. Post. “Notre Temps” 3:17

4 Mazurkas, Op. Posth. 67
2-18 No. 1 In G Major (Vivace) 1:10
2-18 No. 2 In G Minor (Cantabile) 1:59
2-20 No. 3 In C Major (Allegretto) 1:37
2-21 No. 4 In A Minor (Allegretto) 3:05

4 Mazurkas, Op. Posth. 68
2-22 No. 1 In C Major (Vivace) 1:41
2-23 No. 2 In A Minor (Lento) 2:47
2-24 No. 3 In F Major (Allegro Ma Non Troppo) 1:27
2-25 No. 4 In F Minor (Andantino) 3:14

Arthur Rubinstein – Piano

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Rubinstein: a elegância ao piano

FDP

Schumann (1810-56) – Ravel (1875–1937) – Stravinsky (1882–1971) – Movements – George Li (piano) ֎

Schumann (1810-56) – Ravel (1875–1937) – Stravinsky (1882–1971) – Movements – George Li (piano) ֎

Movimentos

George Li, piano

George Li é um pianista americano de 28 anos. Li fez sua primeira apresentação pública no Steinway Hall de Boston aos dez anos de idade e, em 2011, se apresentou para o presidente Obama na Casa Branca em uma noite em homenagem à chanceler Angela Merkel. Entre os muitos prêmios de Li, ele recebeu o Avery Fisher Career Grant de 2016, o Gilmore Young Artist Award de 2012 e o primeiro prêmio das audições internacionais de jovens artistas de concerto de 2010. George começou seus estudos de piano aos 4 anos com Dorothy Shi, antes de continuar com Wha Kyung Byun no New England Conservatory aos 12 anos. Em 2019, ele concluiu o programa de dupla graduação Harvard/New England Conservatory, com um bacharelado em literatura inglesa e um mestrado em música. Posteriormente, ele se formou com um diploma de artista no New England Conservatory em 2022. Quando não está tocando piano, George é um leitor e fotógrafo ávido, além de um fanático por esportes.

Li é um artista exclusivo da Warner Classics, com seu álbum de recital de estreia lançado em outubro de 2017, que foi gravado ao vivo no Mariinsky. Sua segunda gravação para o selo apresenta obras solo de Liszt e o Concerto para Piano No. 1 de Tchaikovsky, que foi gravado ao vivo com Vasily Petrenko e a Filarmônica de Londres e lançado em outubro de 2019. Este maravilhoso disco é seu terceiro álbum com o selo, que inclui peças solo de Schumann, Ravel e Stravinsky.

A primeira peça do disco é o Arabesco, que faz jus ao nome, e a coleção de peças Davidsbündlertänze que faz parte de um ótimo disco que postei há pouco tempo.

Tudo muito lindo, as últimas notas de Schumann fazem parecer que ele foi embora à francesa. Em seguida, uma interpretação espetacular das Valsas Nobres e Sentimentais, do ótimo Maurice Ravel. Impossível não querer retornar a elas vez e outra ainda.

Para completar, os três movimentos de Petrushka, só para mostrar que Stravinsky que era bamba de orquestração, também sabia muito de piano. Por que será o nome do disco, Movements? Ouça tudo e me conte depois…

Robert Schumann (1810-56)

Arabeske in C major, Op. 18
  1. Arabesco
Davidsbündlertänze, Op. 6, Heft I
  1. 1, Lebhaft
  2. 2, Innig
  3. 3, Mit Humor
  4. 4, Ungeduldig
  5. 5, Einfach
  6. 6, Sehr rasch
  7. 7, Nicht schnell
  8. 8, Frisch
  9. 9, Lebhaft
Davidsbündlertänze, Op. 6, Heft II
  1. 10, Balladenmäßig. Sehr rasch
  2. 11, Einfach
  3. 12, Mit Humor
  4. 13, Wild und lustig
  5. 14, Zart und singend
  6. 15, Frisch
  7. 16, Mit gutem Humor
  8. 17, Wie aus der Ferne
  9. 18, Nicht schnell

Maurice Ravel (1875–1937)

Valses nobles et sentimentales
  1. 1, Modéré, très franc
  2. 2, Assez lent, avec une expression intense
  3. 3, Modéré
  4. 4, Assez animé
  5. 5, Presque lent, dans un sentiment intime
  6. 6, Vif
  7. 7, Moins vif
  8. 8, Épilogue. Lent

Igor Stravinsky (1882-1971)

Three Movements from Petrushka
  1. Russian Dance
  2. Petrushka’s Room
  3. The Shrovetide Fair

George Li, piano

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MP3 | 320 KBPS | 177 MB

Mr. Li

A bracing, fearless account…Mr. Li’s playing combined youthful abandon with utter command.
New York Times

I can’t think of another pianist who portrays Ravel’s aesthetic with greater relish or sympathy. The subtlest rhythmic impulses are given their due, even as the colour and dynamic spectra seem almost incalculably wide.      … da sisuda Gramophone…

Igor, por Pablo

F. J. Haydn (1732-1809): Concertos para Violoncelo (Perényi, Rolla)

F. J. Haydn (1732-1809): Concertos para Violoncelo (Perényi, Rolla)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu prometo não fazer nenhuma piada de quinta série com o nome do regente até o final, tá? Neste disco maravilhoso, o cellista Miklós Perényi evita qualquer coisa que possa ser considerada virtuosística ou teatral, ele escolhe corretamente  se concentrar no lirismo terno de Haydn, acoplado à forma silenciosa de paixão que é a marca registrada do compositor. Também o papel que János Rolla e a Franz Liszt Chamber Orchestra cumpre são fundamentais, fornecendo apoio ao solista. Novamente, não há nada chamativo ou individualista – apenas um suporte sólido para as linhas e motivos de Haydn. Eles são todos capturados em bom som. Eles decidiram que fariam um Haydn perfeito e o fizeram. Aliás, esse Perényi é um monstro! Trata-se de um CD para ser ouvido, reouvido, triouvido, tetraouvido… Prossigam vocês.

F. J. Haydn (1732-1809): Concertos para Violoncelo (Perényi, Rolla)

Cello Concerto No. 1 In C Major
1 Moderato 9:26
2 Adagio 8:48
3 Allegro Molto 6:20

Cello Concerto No. 2 In D Major
4 Allegro Moderato 14:43
5 Adagio 6:04
6 Allegro 5:04

Cello – Miklós Perényi
Conductor – János Rolla
Orchestra – Franz Liszt Chamber Orchestra

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Miklós Perenyi

PQP

.: interlúdio :. Pat Metheny: MoonDial

.: interlúdio :. Pat Metheny: MoonDial

MoonDial (2024) é o terceiro álbum solo que Pat Metheny grava no violão barítono construído para ele pela famosa luthier canadense Linda Manzer. (Ela também construiu muitos de seus outros instrumentos, incluindo sua famosa guitarra Pikasso de três braços e 42 cordas.) Os dois álbuns anteriores foram One Quiet Night (2003), que mistura originais de Metheny e covers, What’s It All About (2011), o primeiro álbum de Metheny a apresentar apenas covers. Ambos ganharam Grammys, por (surpreendentemente) melhor álbum New Age (?).

A escolha de covers de Metheny para MoonDial abrange o cancioneiro padrão e a música popular mais recente, sempre escolhendo boas melodias: You’re Everything‘ (Chick Corea), Here, There and Everywhere (Lennon/McCartney), a tradicional Londonderry Air (também conhecida como Danny Boy), Everything Happens to Me / Somewhere (a última desta dupla sendo uma música de Bernstein para West Side Story ), e duas músicas de filmes dos anos 50 que se tornaram standards do jazz, My Love and I (também conhecida como Love Theme, do filme Apache e Angel Eyes (do filme Jennifer ).

Como esperado de um músico do calibre de Metheny, todos os covers são reinterpretados, auxiliados pelas possibilidades liberadas por um instrumento que é naturalmente afinado uma quarta ou quinta abaixo de um violão convencional, com a diferença de que Metheny eleva as duas cordas do meio em uma oitava. Em um vídeo promovendo o álbum, ele explica que essa afinação incomum permitiu que ele tirasse vantagem de cordas soltas e encontrasse tonalidades e vozes estranhas que seriam impossíveis de tocar em um violão normal. Não entendo nada dessas coisas e só copiei…

Pat Metheny: MoonDial

1 Moondial 6:24
2 La Crosse 4:48
3 You’re Everything 2:38
4 Here, There And Everywhere 4:24
5 We Can’t See It, But It’s There 2:59
6 Falcon Love 7:14
7 Everything Happens To Me /
8 Somewhere 7:12
9 Londonderry Air 5:03
10 This Belongs To You 5:28
11 Shõga 3:15
12 My Love And I 3:50
13 Angel Eyes 6:56
14 Moondial (Epilogue) 1:13

Pat Metheny, violão barítono

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Metheny com seu “Manzer Baritone”

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741), Johann Sebastian Bach (1685-1750), George Phillip Telemann (1681-1767): Concertos e Suíte (Rampal)

Antonio Vivaldi (1678-1741), Johann Sebastian Bach (1685-1750), George Phillip Telemann (1681-1767): Concertos e Suíte (Rampal)

Capa ilustrativa, pois não sei de onde saiu este bom CD. 

FDP Bach continua sua saga rampaliana, trazendo para seus ouvintes/leitores mais deste gigante francês, Jena Pierre Rampal. Neste cd, ele toca Vivaldi, Bach e TelemanN. Prestem muita atenção na facilidade com que ele aparentemente toca. Há momentos em que pensamos, poxa, mas quando é que este cara respira… feeling único, com uma técnica fantástica. Enjoy.

Antonio Vivaldi (1678-1741), Johann Sebastian Bach (1685-1750), George Phillip Telemann (1681-1767): Concertos e Suíte (Rampal)

Antonio Vivaldi (1678-1741) –

1. Concerto For Flute & Orchestra in D Major, Op. 10, No. 3, RV 428 ‘Ill gardellino’ : I. Allegro
2. Concerto For Flute & Orchestra in D Major, Op. 10, No. 3, RV 428 ‘Ill gardellino’ : II. Largo
3. Concerto For Flute & Orchestra in D Major, Op. 10, No. 3, RV 428 ‘Ill gardellino’ : III. Alegro
4. Concerto for Flute & Orchestra in F Major, Op. 10, No. 1, RV 433 ‘La tempesta di mar’: I. Allegro
5. Concerto for Flute & Orchestra in F Major, Op. 10, No. 1, RV 433 ‘La tempesta di mar’ : II. Largo
6. Concerto for Flute & Orchestra in F Major, Op. 10, No. 1, RV 433 ‘La tempesta di mar’ : III. Presto

Performed by I Solisti Veneti
with Jean-Pierre Rampal, Dorothy Linell, Isaac Stern, Daniele Roi
Conducted by Claudio Scimone

Johann Sebastian Bach (1685-1750)
7. Concerto for Flute, Strings and Basso continuo in G minor , BWV 1056: I. …
8. Concerto for Flute, Strings and Basso continuo in G minor , BWV 1056: II. Largo
9. Concerto for Flute, Strings and Basso continuo in G minor , BWV 1056: III. Presto
10. Concerto for Flute, Strings and Bass continuo in C Major, BWV 1055: I. Allegro
11. Concerto for Flute, Strings and Bass continuo in C Major, BWV 1055: II. Larghetto
12. Concerto for Flute, Strings and Bass continuo in C Major, BWV 1055: III. Allegro ma non
tanto
Performed by Prague Ars Rediviva Orchestra
with Frantisek Slama, Jean-Pierre Rampal, Isaac Stern, Frantisek Posta, Josef Hala
Conducted by Milan Munclinger

George Phillip Telleman (1681-1767)
13. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Ouverture
14. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Les Plaisirs
15. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Air a l’italien
16. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Menuets I & II
17. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Rejouissance
18. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Passepieds I & II
19. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Polonaise

with Isaac Stern, Jerusalem Music Centre Chamber Orchestra
Conducted by Jean-Pierre Rampal

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Esse era bom! Melhor ainda quando ajeitava os óculos.

FDP