Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para Violino e Orq., Op. 77

P.Q.P. Bach escreve:

Amigos, hoje estou atarafedíssimo em meu trabalho. Vocês sabem aquele dia em que as pessoas parecem desejar virar um caminhão de problemas sobre as nossas cabeças para que os resolvamos todos – e rápido? Pois é.

Por este motivo, libero sem maiores comentários esta extraordinária gravação de um dos Concertos que mais amo neste mundo. Penso que, ao mandar-me postar esta gravação, meu irmão F.D.P. não esperava que eu tornasse público seu entusiasmo, mas como eu sou sacana, todo mundo vai ficar sabendo.

Fala, F.D.P.!!!

P.Q.P., terminei de baixar hoje, e já ouvi duas vezes seguidas, é imperdível. Não poderia deixar de repassar em seguida para você. Trata-se de outra gravação histórica do Oistrakh, tocando o concerto para violino de Brahms, acompanhado pela Cleveland Orchestra em seu apogeu, com a direção do George Szell. Digamos que, na minha contagem, está dois a zero para o Oistrakh. Também estou baixando outra gravação histórica, só que em vídeo, com o Henrik Szering. O pouco que vi até agora também me deixa arrepiado.

Violin Concerto in D major, Op. 77
1. I: Allegro Non Troppo
2. II: Adagio
3. III: Allegro Giocoso, Ma Non Troppo Vivace

Composed by Johannes Brahms
Performed by Cleveland Orchestra with David Oistrakh
Conducted by George Szell

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Claudio Monteverdi (1567-1643) – Scherzi Musicali

Um CD de notável qualidade artística este que reúne a soprano María Cristina Kiehr, o barítono Stephan MacLeod e o Concerto Soave. Não é música para arrasar quarteirões, pelo contrário: ela vem de um reino de delicadeza e gentileza, é divertida, bela e extremamente bem interpretada. Estas canções e temas instrumentais são excertos dos livros de madrigais de 1607 e 1632 de Monteverdi. Destaque para a extraordinária alaudista Monica Pustilnik.

Um CD que vale a pena comprar na loja, pois vem acompanhado de um libreto de 63 páginas com todos os detalhes da obra, da gravação e, fundamentalmente, das letras.

Retirados da reserva especial de P.Q.P. Bach, é um presentinho de domingo para vocês.

1 Fugge ‘L Verno De’ Dolori
2 Come Faro Cuor Mio Quando Mi Parto
3 Lidia Spina Del Mio Core
4 Damigella Tutta Bella
5 Quel Sguardo Sdegnosetto
6 Piu Lieto Il Guardo
7 Et E Pur Dunque Vero
8 Si Dolce E ‘L Tormento
9 Clori Amorosa
10 Ecco Di Dolci Raggi
11 Lo Che’Armato Sin Hor
12 Eri Gia Tutta Mia
13 Maledetto Sia L’Aspetto
14 Aria Detta Balletto (Frescobaldi)
15 Quando Sperai
16 Quando L’Alba In Oriente
17 Toccata Arpeggiata (Anonyme)
18 Se I Languidi Miei Sguardi
19 Ohime Ch’io Cado
20 De La Bellezza Le Dovute Lodi

Total Running Time: 1:12:29

Com
María Cristina Kiehr, Soprano
Stephan MacLeod, Barítono-base
Concerto Soave
Dir: Jean-Marc Aymes

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Sergei Prokofiev (1891-1953) – Concertos para Violino

F.D.P. Bach escreve:

Com esta postagem estou propondo abrir um “duelo”: afinal, qual foi o maior violinista do século XX? Vai ser uma parada dura, pois pretendo botar frente a frente duas lendas: Jascha Heifetz x David Oistrakh. São dois ícones, que, enquanto vivos, conviveram com esses rótulos. Existiam os partidários de Heifetz assim como existiam os partidários de Oistrakh. Alguns podem perguntar: sim, onde está o Yehudy Menuhin nesse confronto? E o Szering? Enfim, é a velha questão das preferências de interpretação. Em minha preferência, eles estão na frente. Apesar de considerar imbatível as sonatas para violino de Beethoven com a dupla Menuhin/Kempf.

Claro que não existirá vencedores nesse embate, mesmo porque ambos já estão mortos, mas tenho certeza de quem vencerá essa parada serão os nossos leitores/ouvintes.

Começarei com essa gravação dos concertos de Prokofiev nas mãos de Oistrakh. Trata-se de uma gravação histórica, quando o genial russo se encontrava em seu apogeu… é uma interpretação antes de tudo virtuosística, pois essas obras assim o exigem. Ah, de quebra, ainda vão levar de brinde a sonata para piano e violino nº 2, onde ele é acompanhado ao piano por Vladimir Yampolsky.

No concerto nº 1 ele é acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Londres, regida por Lovro von Matatic, e no concerto nº 2 é acompanhado pela Philarmonia Orchestra, regida pelo Alceo Galliera. São gravações realizadas na metade da década de 50. Mesmo assim, a qualidade do som é muito boa. Ponto para os engenheiros de som da EMI.

P.S – Vocês irão verificar que o cd foi ripado em arquivo único. Foi desse jeito que peguei no emule, e tive preguiça de separar as faixas… é muito burocrático. A capa e a contracapa do cd foram escaneadas e anexadas, então ali se encontrarão maiores detalhes sobre o nome dos movimentos, etc.

A seu dispor,
FDPBach.

P.Q.P. se intromete:

Ah, a mulinha… O Google resolve tudo em 3 minutos.

Composer: Sergey Prokofiev
Conductor: Alceo Galliera, Lovro von Matacic
Performer: Vladimir Yampolsky, David Oistrakh
Orchestra: London Symphony Orchestra, Philharmonia Orchestra of London
Format: Original recording remastered

Concerto for Violin no 1 in D major, Op. 19 by Sergei Prokofiev
Performer: David Oistrakh (Violin)
Conductor: Lovro von Matacic
Orchestra/Ensemble: London Symphony Orchestra
Period: 20th Century
Written: 1916-1917;
Russia Date of Recording: 11/1954
Venue: London, England
1. I. Andantino
2. II: Scherzo (Vivacissimo)
3. III: Moderato

Concerto for Violin no 2 in G minor, Op. 63 by Sergei Prokofiev
Performer: David Oistrakh (Violin)
Conductor: Alceo Galliera
Orchestra/Ensemble: Philharmonia Orchestra
Period: 20th Century
Written: 1935; Paris, France
4. I: Allegro Moderato
5. II: Andante Assai
6. III: Allegro, Ben Marcato

Sonata for Violin and Piano no 2 in D major, Op. 94bis by Sergei Prokofiev
Performer: Vladimir Yampolsky (Piano), David Oistrakh (Violin)
Period: 20th Century
Written: 1944; USSR
Venue: Colonaille Hall, Brussels, Belgium
Notes: Arranger: David Oistrakh.
Colonaille Hall, Brussels, Belgium (05/22/1955 – 05/25/1955)
7. I. Moderato
8. II: Scherzo (Presto)
9. III: Andante
10. IV: Allegro Con Brio

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J. S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (4 de 8 CDs)

A Cantata BWV 206 é muito boa. Quatro rios, Pleisse (soprano), Danúbio (contralto), Elba (tenor) e Weichsel (baixo), unem suas forças para glorificar o governante Eleitor e sua esposa, através de cujos territórios os rios correm. Na composição, a cada um dos quatro rios é dado um caráter próprio através da orquestração da respectiva ária. O ponto alto da cantata é o primeiro coro, que representa um alegre quadro de águas correndo ora impetuosa ora serenamente.

A BWV 207a foi escrita em honra do onomástico do Eleitor. É também muito boa e tem a curiosidade de incluir material – no coral inicial e no ritornello da ária Nº 6 – do Concerto de Branbenburgo Nº 1. A 207 é a mesma 207a. Neste CD, apenas os recitativos são mostrados, pois é o único fato que diferencia uma Cantata da outra.

1. Cantata BWV 206: No. 1. Chorus: Schleicht, Spielende Wellen, Und Murmelt Gelinde!
2. Cantata BWV 206: No. 2. Recitativo: O Gluckliche Veranderung!
3. Cantata BWV 206: No. 3. Aria: Schleuss Des Janustempels Turen
4. Cantata BWV 206: No. 4. Recitativo: So Recht! Begluckter Weichselstrom!
5. Cantata BWV 206: No. 5. Aria: Jede Woge Meiner Wellen
6. Cantata BWV 206: No. 6. Recitativo: Ich Nehm Zugleich An Deiner Freude Teil
7. Cantata BWV 206: No. 7. Aria(A): Reis Von Habsburgs hohem Stamme
8. Cantata BWV 206: No. 8. Recitativo: Verzeiht, Bemooste Haupter Starker Strome
9. Cantata BWV 206: No. 9. Aria: Hort Doch! Der Sanften Floten Chor
10. Cantata BWV 206: No. 10. Recitativo: Ich Muss, Ich Will Gehorsam Sein
11. Cantata BWV 206: No. 11. Chorus: Die Himmlische Vorsicht Der Ewigen Gute
12. Cantata BWV 207a: No. 1. Chorus: Auf, Schmetternde Tone Der Muntern Trompeten
13. Cantata BWV 207a: No. 2. Recitativo: Die Stille Pleisse Spielt
14. Cantata BWV 207a: No. 3. Aria: Augustus’ Namenstages Schimmer
15. Cantata BWV 207a: Marche
16. Cantata BWV 207a: No. 4. Recitativo: Augustus’ Wohl Ist Der Treuen Sachsen Wohlergehn
17. Cantata BWV 207a: No. 5. Aria: Mich Kann Die Susse Ruhe Laben
18. Cantata BWV 207a: Ritornello
19. Cantata BWV 207a: No. 6. Recitativo: Augustus Schutzt Die Frohen Felder
20. Cantata BWV 207a: No. 7. Aria: Preiset, Spate Folgezeiten
21. Cantata BWV 207a: Marche
22. Cantata BWV 207a: No. 8. Recitativo: Ihr Frohlichen, Herbei
23. Cantata BWV 207a: No. 9. Chorus: August Lebe, Lebe Konig
24. Cantata BWV 207: No. 2. Recitativo: Wen Treibt Ein Edler Trieb
25. Cantata BWV 207: No. 4. Recitativo: Dem Nur Allein Soll Meine Wohnung Offen Sein
26. Cantata BWV 207: No. 6. Recitativo: Es Ist Kein Leeres Wort

Na 206 e 207a:
Christine Schafer (Soprano)
Michael Volle (Bass)
Ingeborg Danz (Alto)
Stanford Olsen (Tenor)

Na 207:
Marlis Petersen (Soprano)
Marcus Ullman (Tenor)
Klaus Hager (Bass)

Conductor: Helmuth Rilling
Performer: Stuttgart Bach Collegium

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Georg Friederich Händel (1685-1759) – Ode for St. Cecilia`s Day

O dia de Santa Cecília é o 22 de novembro. Tá bom, por favor, ignorem esta inexatidão.

Vamos ao que interessa: sugiro a vocês começarem a audição desta fantástica música, escrita sobre versos de John Dryden, pela ária What passion cannot Music raise. Duvido que não sigam ouvindo todo o resto. Du-vi-do!

HANDEL: Ode for St. Cecilia’s Day – HWV 76

1 Overture 03:35
2 Interlude 01:23
3 Recitative: From harmony, from heav’nly harmony 03:20
4 Chorus: From harmony 03:27
5 Air: What passion cannot Music raise 08:19
6 Air and chorus: The trumpet’s loud clangour 03:25
7 March 02:02
8 Air: The soft complaining flute 05:08
9 Air: Sharp violins proclaim 04:10
10 Air: But oh! what art can teach 04:15
11 Air: Orpheus could lead the savage race 01:46
12 Recitative: But bright Cecilia 00:42
13 Air and chorus: As from the powers of sacred lays 07:11

Dorothee Mields, soprano
Mark Wilde, tenor
Performed by: Concerto Polacco
Alsfelder Vocal Ensemble
Conducted by: Wolfgang Helbich

Total Playing Time: 44:43

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Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847) e Max Bruch (1838-1920) – Concertos para Violino

Texto e upload de F.D.P. Bach.

Creio que todos tenhamos uma obra favorita, entre todas as que ouvimos. Seja um concerto para piano, uma sonata, um concerto para violino, enfim, por algum motivo, a elegemos como nossa favorita. Este concerto para violino de Mendelssohn é meu concerto para violino favorito, apesar da paixão que tenho pelo concerto de Brahms e pelo de Beethoven.

A primeira vez que ouvi essa obra eu deveria ter uns 12 ou 13 anos, morava em Curitiba, e fui com minha mãe e minha irmã a uma apresentação de um violinista húngaro no Teatro Guaíra. Nem imagino qual seria o nome do solista, sei que era húngaro pois minha mãe comentou com minha irmã. Claro que com esta idade eu até teria uma tênue noção de onde seria a Hungria, mas daí saber da tradição dos violinistas húngaros é outra história. Enfim, fiquei fascinado com a apresentação e com a música. Nunca tinha ouvido nada parecido. Lembro-me perfeitamente dos trejeitos do solista, ficamos na terceira ou quarta fila, bem próximos do palco, e pude observar seus olhos fechados enquanto tocava, e quando os abria, era para trocar algum sinal com o maestro. Ou seja, me marcou muito. E o público o aplaudiu muito durante vários minutos, ´se não me engano ele até bisou, mas nem me perguntem o quê.

Nessa fase de nossas vidas, a entrada na adolescência, somos extremamente influenciáveis, e com certeza essa apresentação marcou minha vida. Não sei se seria tão apaixonado pela música em si se não fosse esse concerto, entre outros que vim a assistir naquele mesmo palco.

Já tive várias versões desse concerto, umas 20 talvez, mas as que mais me chamaram a atenção foram a do Itzak Perlman, junto com o Andre Previn e a LSO, em uma gravação que também ganhou o Diapason d`or, e esta do Maxim Vengerov. Duas gerações, duas escolas bem diferentes. Toda sensibilidade, delicadeza e alma que Perlman impõe em sua interpretação em Vengerov é substituída pela força, versatilidade e fluência. Diria que encaro estas interpretações como um duelo de titãs, mas cada qual com suas armas, e no final das contas, não há necessariamente um vencedor. Apenas nós, meros ouvintes, somos vencedores, por termos tido oportunidade de ouvir essa obra tão fantástica, e interpretada com tanta competência.

Perguntei ao meu caro irmão P.Q.P. qual a versão que poderia postar, e ele, sem demonstrar qualquer dúvida, sugeriu a do Vengerov. Creio que ele possa explicar sua veneração por este mago do violino, talvez o maior violinista de sua geração. Seu estilo me lembra muito David Oistrakh, pela energia com que toca. É o espírito e a tradição eslavas, com certeza, falando mais alto (e bota mais alto nisso, Oistrakh tinha pelo menos 1,90 de altura).

Antes que me esqueça, nesta gravação Maxim Vengerov é acompanhado por um de meus regentes favoritos, Kurt Masur, que dirige a Leipzig Gevandhaus Orchestra, que por sua vez, também foi dirigida pelo mesmo Mendelssohn há mais de 150 anos atrás…

Violin Concerto No.1 in G minor, Op. 26
Composed by Max Bruch
Performed by Leipzig Gewandhaus Orchestra with Maxim Vengerov
Conducted by Kurt Masur
1. Violin Concerto No. 1 In G Minor, Op. 26: Vorspiel: Allegro Moderato
2. Violin Concerto No. 1 In G Minor, Op. 26: Adagio
3. Violin Concerto No. 1 In G Minor, Op. 26: Finale: Allegro Energico

Violin Concerto in E minor, Op. 64
Composed by Felix Mendelssohn
Performed by Leipzig Gewandhaus Orchestra with Maxim Vengerov
Conducted by Kurt Masur
4. Violin Concerto In E Minor, Op. 64: Allegro Molto Appassionato
5. Violin Concerto In E Minor, Op. 64: Andante
6. Violin Concerto In E Minor, Op. 64: Allegretto Non Troppo – Allegro Molto Vivace

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Claude Debussy (1862-1918) – Obras Orquestrais (Nocturnes, La Mer, Prélude A L’Après-Midi D’Un Faune, etc.)

Você quer baixar um CD que ganhou um Grammy e foi indicado para outro? Ou você quer um que recebeu o Gran Prix du Disque? Talvez você queira dois que tenham a grife do Diapason d`Or? Ou você prefere um Gramophone Record of the Year?

No caso dos CDs abaixo, tanto faz se você gosta mais da Diapason ou da Gramophone ou se considera o Grammy muito comercial em relação ao Gran Prix du Disque, pois Pierre Boulez e a Orquestra de Cleveland interpretando Debussy ganhou todos esses prêmios.

Nem vou falar da música, OK? Ouça!

CD1
1. Prélude A L’Après-Midi D’Un Faune
2. Images Pour Orchestre : N°1 Gigues
3. Images Pour Orchestre : N°2 Iberia : Par Les Rues & Par Les Chemins
4. Images Pour Orchestre : N°2 Iberia : Les Parfums De La Nuit
5. Images Pour Orchestre : N°2 Iberia : Le Matin D’Un Jour De Fête
6. Images Pour Orchestre : N°3 Rondes De Printemps
7. Printemps : Très Modéré
8. Printemps : Modéré

Performed by Cleveland Orchestra Chorus and Cleveland Orchestra,
Conducted by Pierre Boulez,
Franklin Cohen, Clarinete.

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CD2
1. Nocturnes: Nuages. Modéré
2. Nocturnes: Fêtes. Animé et trÞs rythmé
3. Nocturnes: Sirènes. Modérément animé
4. Première Rhapsodie pour Clarinette et Orchestre
5. Jeux
6. La Mer: I. De l`aube a midi sur la mer. Très lent
7. La Mer: II. Jeux de vagues. Allegro
8. La Mer: III. Dialogue du vent et de la mer. Animé et tumultueux

Performed by Cleveland Orchestra Chorus and Cleveland Orchestra,
Conducted by Pierre Boulez,
Franklin Cohen, Clarinete.

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Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach

O Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach não é uma “obra” de meu pai, Johann Sebastian Bach. Trata-se simplesmente, como diz nome, de um caderno de notas mantido por sua segunda mulher, a jovem Anna Magdalena Wilcken (ou Wülckens). Ali estavam anotadas as músicas que executávamos em nossos saraus noturnos. Servia a nossa diversão e a de nossos amigos, é um registro de um hábito que perdeu-se no século XX, substituído pela tela da TV. Antes, saraus com boa música; agora, Faustão. É, nem tudo é evolução. (Rimou…)

São músicas ligeiras e agradáveis. Há de tudo neste caderno: o tema base das Variações Goldberg, a Allemande inicial das Suítes Francesas, o Prelúdio Nº 1 do Cravo Bem Temperado, porém há também temas escritos por meu meio-irmão Carl Philip Emmanuel Bach, por François Couperin – que meu pai amava – e pelos alunos que nos freqüentavam. A ária mais famosa desta série, Bist du bei mir, foi provavelmente escrita por um aluno de nome Stölzel. Sim, ela leva o BWV 508, porém os freqüentadores do PQP devem saber que nem sempre podemos acreditar nos catálogos.

Então, como o Caderno é uma coleção imensa e arbitrária de músicas compostas exclusivamente próprio caderno ou não, cada grupo escolhe o que quer executar e faz o seu Notenbüchlein.

Este é o de Gustav Leonhardt, o que não é pouca coisa.

1. Polonaise g-moll, BWV Anh. 119 0:54
2. Marche Es-dur, BWV Anh.127 1:35
3. Menuet G-dur & g-moll, BWV 114/115 2:40
4. Willst du dein Herz mir schenken, BWV 518 2:27
5. Rondeau B-dur (Fr.Couperin), BWV Anh. 183 4:40
6. Bist du bei mir, BWV 508 2:21
7. Aria fur Clavier G-dur, BWV 988, 1 2:16
8. So oft ich meine Tobackspfeife, BWV 515a 3:47
9. Marche G-dur, (C,Ph.E.Bach), BWV Anh.124 1:27
10. Allemande d-moll, BWV 812, 1 4:08
11. Dir, dir, Jehova, will ich singen, BWV 299 2:29
12. Praeludium C-dur, BWV 846, 1 1:53
13. Menuet G-dur, BWV Anh.116 1:22
14. Marche D-dur (C.PH.E.Bach), BWV Anh. 122 0:54
15. Musette D-dur, BWV Anh.126 0:48
16. BWV 82, 2&3 8:13
17. Chorealbeabeitung Er nur den lieben Gott lasst walten, BWV 691 1:39
18. O Ewigkeit du Donnerwort, BWV 513 (4 stimmig) 1:18

Soprano: Elly Ameling
Barítono: Hans-Martin Linde
Cravo: Gustav Leonhardt
Viola da Gamba: Johannes Koch
Violoncelo: Angelica May
Órgão: Rudolf Ewerhart

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Astor Piazzolla (1921-1992) – Música Completa para Flauta e Violão

Inteiramente baseada no tango, a obra de Piazzolla vai migrando lentamente para os salões de música erudita. uma das discussões mais inúteis que conheço é aquela que pretende decidir o que é clássico e o que é popular. Certamente, a complexidade e virtuosismo exigidos nas composições de Piazzolla, somadas ao fato de que a maioria de suas obras são escritas para pequenos grupos instrumentais, contribuem para que o grande argentino circule nos dois meios sem maiores problemas.

O destaque deste CD é, obviamente, a Histoire Du Tango: seus movimentos Bordel 1900, Cafe 1930, Nightclub 1960 e Concert d’aujourd’hui, dão-nos uma curiosa visão do que foi a evolução do tango. Imperdível.

Outro detalhe: os solistas deste CD são simplesmente espetaculares.

PIAZZOLA: Complete Music for Flute and Guitar

Cinco Piezas para Guitarra Solo
1 Campero 04:05
2 Romantico 04:17
3 Acentuado 03:22
4 Triston 04:54
5 Compadre 02:54
Hugo German Gaido, guitar

Tango Etudes para Flauta Solo
6 Etude No. 1 03:34
7 Etude No. 2 07:21
8 Etude No. 3 03:35
9. Etude No. 4 04:29
10 Etude No. 5 02:11
11 Etude No. 6 04:33
Irmgard Toepper, flute

Histoire du Tango para Flauta e Violão
12 Bordel 1900 03:51
13 Cafe 1930 06:47
14 Nightclub 1960 05:55
15 Concert d’aujourd’hui 05:14
Irmgard Toepper, flute
Hugo German Gaido, guitar

Total Playing Time: 01:07:02

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Claude Debussy (1862-1918) – Suite Bergamasque, Estampes, Children`s Corner, etc.

Debussy é um compositor de enorme importância não só na música francesa. Seu papel como renovador da linguagem harmônica, cujo vocabulário ampliou-se devido às novas concepções na formação e encadeamento dos acordes, foi fundamental para a música moderna e, mesmo que tenham sido consideradas por seus contemporâneos como subversivas dos princípios tradicionais, eram apenas um ousado e inteligente alargamento desses princípios e uma conseqüencia lógica dos trabalhos de Chopin, Liszt e Mussorgsky. Quanto ao ritmo, também foi ponto de partida para muitos compositores do século XX. Bartók, Stravinski e Villa-Lobos devem muito a ele.

Neste CD, o pianista Alexis Weissenberg apresenta algumas das maiores obras para piano do mestre. Tenho certeza de que não precisaremos esperar muito para que Philippe Entremont nos mostre um programa semelhante, pois em breve teremos uma nova colaboradora no PQP e ela prefere a gravação de Entremont. Eu, P.Q.P. Bach, conheço ambas e, sinceramente, gosto das duas.

1. Estampes: Pagodes
2. Estampes: La Soiree Dans Grenade
3. Estampes: Jardins Sous La Pluie
4. Etude N°11 : Arpèges Composés
5. Suite Bergamasque: Prelude
6. Suite Bergamasque: Menuet
7. Suite Bergamasque: Clair De Lune
8. Suite Bergamasque: Passepied
9. Children’s Corner: Doctor Gradus Ad Parnassum
10. Children’s Corner: Jimbo’s Lullaby
11. Children’s Corner: Serenade For The Doll
12. Children’s Corner: The Snow Is Dancing
13. Children’s Corner: The Little Shepherd
14. Children’s Corner: Golliwogg’s Cake-Walk
15. La Fille Aux Cheveux De Lin
16. L’isle Joyeuse
17. La Plus Que Lente

Composé par Claude Debussy
avec Alexis Weissenberg, piano.

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Robert Schumann (1810-1856) – Concerto para Piano e outras obras

F.D.P. Bach nos manda a obra completa para piano e orquestra de Schumann acompanhada deste texto:

Creio que esta obra se encaixe bem com este ciclo brahmsiano, devido à amizade entre ambos, e à influência que ele exerceu sobre o jovem Brahms, e, claro, à paixão platônica (pero no mucho, segundo as más linguas), deste mesmo jovem Brahms pela maravilhosa Clara Schumann. Não importa, o que importa é que trata-se de uma música maravilhosa, extremamente virtuosística, e que mostra Schumann no apogeu de sua qualidade de compositor. Detalhe a se considerar, é o romantismo exacerbado dessa obra. Não há como não se emocionar com ela… há uma profunda sincronia entre piano e orquestra, e em momento algum um permite que o outro se destaque em demasia.

Nesta mesma gravação seguem duas outras obras para piano e orquestra menos conhecidas, mas de igual beleza.

Espero que apreciem.

1. Concerto For Piano And Orchestra, Op. 54, In A Minor: Allegro affettuoso
2. Concerto For Piano And Orchestra, Op. 54, In A Minor: Intermezzo. Andantino grazioso
3. Concerto For Piano And Orchestra, Op. 54, In A Minor: Allegro vivace
4. Konzertstuck, Op. 92 (Introduction & Allegro Appassionato For Piano And Orchestra) In G-Major
5. Konzertstuck, Op. 134 (Introduction & Allegro Concertante For Piano And Orchestra) In D Minor

Composed by Robert Schumann
with Berlin Philharmonic Orchestra,
Murray Perahia, piano
Conducted by Claudio Abbado

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