Imaginem um mundo ainda pior do que o nosso, um mundo onde Haydn (1732), Mozart (1756) e Beethoven (1770) tivessem sucumbido à alta mortalidade infantil de suas épocas. Bem, neste caso, Hummel seria muito famoso. OK, você, que é inteligente, dirá que se o trio fundamental acima não tivesse produzido nada, o Hummel que ouvimos seria outro, pois ele foi formado por Haydn e Mozart e foi contemporâneo de Beethoven. Concordo e peço que não levem tão a sério minha ficção. O que desejo dizer é que Hummel é um sub-Beethoven que não merece o pouco caso que nossa época dá a ele. Tudo porque ele é MUITO BOM. Estas sonatas para piano gravadas por Stephen Hough para a sensacional Hyperion deveriam fazer parte do repertório usual de pianistas que tocam obras do período clássico. Peço a vocês que confiram. Se as sonatas de Hummel não superam as de Mozart e Beethoven, deixam longe as de Haydn e as de quase todos os compositores do período. Ah, não acreditam? Então ouçam. BAITA CD.
Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Sonatas para Piano, Op. 81, 106 e 20 (Hough)
Piano Sonata in F sharp minor, Op 81
1. Allegro
2. Largo Con Molt’espressione
3. Vivace
Piano Sonata in D major, Op 106
4. Allegro Moderato, Ma Risoluto
5. Un Scherzo All’antico: Allegro, Ma Non Troppo
6. Larghetto A Capriccio
7. Allegro Vivace
Piano Sonata in F minor, Op 20
8. Allegro Moderato
9. Adagio Maestoso
10. Presto
Stephen Hough
Stephen Hough é um tremendo pianista que, dentre outros, especializou-se em Hummel
A Sonata de Moscheles é muito boa, mas a verdadeira surpresa deste CD são os Estudos Melódicos e Contrapontísticos do mesmo Moscheles sobre Prelúdios de Bach nas faixas 5, 6 e 7. Já a Sonata de Hummel é rotineira, ainda mais se considerarmos sua luminosa obra, especialmente as Sonatas de nosso próximo e excelente post (PQP o postará na terça pela manhã). Para variar, a Hyperion nos brinda com um disco com repertório raro e que vale a pena conhecer. Serve bem a uma tarde preguiçosa de domingo.
Ignaz Moscheles (1794-1870) e Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Sonatas para Violoncelo e Piano (Bárta, Milne)
Cello Sonata in E major, Op 121 [Moscheles]
1. Movement 1: Allegro espressivo e appassionato
2. Movement 2: Scherzo ‘ballabile’. Allegretto quasi allegro
3. Movement 3: Ballade ‘in böhmische Weise’. Andantino
4. Movement 4: Allegro vivace, ma non troppo
Melodisch-contrapunktische Studien, Op 137 [Bach & Moscheles]
5. No 4: Andante con moto espressivo ‘Well-tempered Klavier II Prelude No 7 in E flat major’
6. No 8: Allegro maestoso ‘Well-tempered Klavier II Prelude No 6 in D minor’
7. No 9: Andante espressivo ‘Well-tempered Klavier I Prelude No 4 in C sharp minor’
Cello Sonata in A major, Op 104 [Hummel]
8. Movement 1: Allegro amabile e grazioso
9. Movement 2: Romanze. Un poco adagio e con espressione
10. Movement 3: Rondo. Allegro vivace un poco
Como muitos, um disco muito bem interpretado em cima de obras pouco interessantes. Hummel é um austríaco, velho conhecido nosso — tem um belo Concerto para Trompete e vários Concertos para Piano mais ou menos –, já o menino Onslow é um francês de ascendência inglesa, cuja reputação declinou rapidamente após sua morte, o que também aconteceu com Hummel, mas nem tanto. Em comum, ambos conheciam Beethoven, porém não adiantou. A luz do talento brilha para poucos. De qualquer maneira, este é um disco agradável, que não agride nem irrita ninguém. Sabem? Achei o menino Onslow mais interessante que o velho Hummel no repertório deste CD.
Johann Nepomuk Hummel (1778-1837) / George Onslow (1784-1853): Quintetos para Piano (Nepomuk)
Quintet Opus 74 In D Minor
Composed By – Johann Nepomuk Hummel
1 Ellegro Con Spirito 14:57
2 Menuetto O Scherzo (Allegro) 5:54
3 Andante Con Variazioni 8:29
4 Finale (Vivace) 8:32
Quintet Opus 70 In B Minor
Composed By – George Onslow
5 Allegro Grandioso E Non Troppo Presto 11:55
6 Andantino Cantabile E Simplice 6:31
7 Allegretto Molto Moderato 8:58
Um bom disco com uma capa horrível, né, Dona Chandos? Hummel teria sido um cara famosíssimo, se sua música não tivesse sido tão parecida com a de Mozart e Haydn e, bem, se não houvesse Mozart e Haydn. Ah, e se ele não fosse tão contemporâneo de Beethoven. Seus concertos para bamdolim e trompete são excelentes — certamente estão entre suas melhores obras — e Howard Shelley é um tremendo especialista em Hummel. Shelley gravou quase tudo do austríaco com raro brilho e competência. Pode-se dizer que é o Mensageiro de Hummel no mundo. O compositor nasceu em Preßburg (hoje Bratislava, Eslováquia), filho de um importante músico. Foi criança prodígio, tendo sido discípulo de Mozart, Muzio Clementi, Haydn e Salieri. Foi também amigo de Beethoven e de Schubert, além de mestre de capela em Weimar a partir de 1819. Brilhante concertista, contribuiu para o desenvolvimento da técnica pianística. Compôs obras para piano, óperas, bailados, peças orquestrais etc.
Sua obra mais tocada é Concerto para Trompete que está esplendidamente interpretado por Urban Agnas neste CD.
Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Concertos para Bandolim e Trompete / Das Zauberglöckchen / Freudenfest Overture
1. Freudenfest Overture, S148 6:23
Mandolin Concerto in G major, S28* 17:34
2. I Allegro moderato 7:54
3. II Andante con variazioni: 4:34
4. III Rondo: Allegro 5:04
Trumpet Concerto in E major, S49/W1† 19:03
5. I Allegro con spirito 9:17
6. II Andante (versione prima) – 5:41
7. III Rondò – Minore – Maggiore 4:04
Ballet Music for ‘Das Zauberglöckchen’, S206/W31 16:30
8. 1 Ensemble: Allegro energico 2:10
9. 2 Pas de deux: Un poco lento – Allegretto grazioso 4:14
10. 3 Pas seul, et pas de trois à la fin: Grave – Tempo di polacca – Poco più mosso 3:29
11. 4 Groteschi: Allegro non troppo – 4:02
12. 5 Ballo generale: Allegro molto vivace 2:32
Alison Stephens, bandolin
Urban Agnas, trompete
London Mozart Players
Howard Shelley
Com menos de vinte anos, a romana Cecilia Bartoli já era uma celebridade — ela disse que nasceu cacarejando… Hoje, aos 53 anos, ela segue como uma das principais cantoras líricas em atividade e nos prova que uma cantora pode ao mesmo tempo cantar bem , ser inteligente, ter auto-ironia e agir sem grandes poses. Sua praia é principalmente as óperas de Mozart e Rossini, mas ela explora outros repertórios em seus discos individuais.
Mais ou menos a cada dois anos, Cecilia Bartoli lança um álbum solo onde canta árias escolhidas. O primeiro que conheci, o espetacular The Vivaldi Album (1999), era belíssimo. Depois ouvi o também excelente Opera Proibita (2005), inteiramente dedicado a Handel, Scarlatti e Caldara. Ela é um sucesso de público e estes trabalhos receberam Grammys e o o escambal. Gosto muito dela e, por isso, atirei-me de cabeça neste recém lançado Maria.
Aqui, novamente — como faz em todos os seus álbuns — ela apresenta nada menos do que oito árias nunca antes gravadas, incluindo uma bonita Se un mio desir…Cedi al duol da ópera Irene, cuja partitura completa não chegou a nossos dias. Esta mistura de pesquisa e highlights como Casta Diva tornam interessantes os álbuns desta cantora que só cria álbuns de primeira linha, como The Gluck Album e The Salieri Album.
Na minha opinião, as melhores faixas são as que tem música de Bellini. Ontem, ao ouvir o CD, fui conferir por três vezes a faixa que estava tocando e sempre era uma de Bellini. Não é o melhor de seus discos. Há umas coisas tirolesas um pouco enervantes, mas uma cantora como Bartoli sempre vale a pena ouvir.
Cecilia Bartoli — Maria
1. Irene: Se un mio desir…Cedi al duol (3:45)
Composer Giovanni Pacini (1796 – 1867)
2. Irene: Ira del ciel (2:25)
Composer Giovanni Pacini (1796 – 1867)
3. Ines de Castro: Cari giorni (4:09)
Composer Giuseppe Persiani (1799-1869)
4. Infelice, Op. 94 (12:19)
Composer Felix Mendelssohn (1809 – 1847)
Maxim Vengerov (Violin) <—– ATENÇÃO, FDP!
5. El poeta calculista: Yo que soy contrabandista (2:28)
Composer Manuel García (1775 – 1832)
6. La sonnambula: Ah, non credea mirarti.
Composer Vincenzo Bellini (1801 – 1835)
7. La sonnambula: Ah, non giunge
Composer Vincenzo Bellini (1801 – 1835)
8. Air à la tirolienne avec variations, Op. 118 (7:27)
Composer Johann Nepomuk Hummel (1778 – 1837)
9 La figlia dell’aria: E non lo vedo…Son regina (7:05)
Composer Manuel García (1775 – 1832)
10 La fille du régiment: Rataplan (2:28)
Composer Gaetano Donizetti (1797 – 1848)
11. Tancredi: Di tanti palpiti (3:20)
Composer Gioachino Rossini (1792 – 1868)
12. I puritani: Qui la voce sua soave…
Composer Vincenzo Bellini (1801 – 1835)
A inglesa Alison Balsom é um show. E este CD é uma preciosidade, pois, desde a célebre gravação de Wynthon Marsalis, não tínhamos um registro tão bom dos concertos para trompete de Hummel e Haydn, talvez os melhores do gênero. A orquestra também é ótima. Die Deutsche Kammerphilharmonie Bremen acompanha Balsom com muito mais que dignidade. A habilidade fantástica de Balsom cria belos fraseados com timbres e articulações coerentes com o repertório.
Para velhinhos como eu, reouvir estes concertos é um renovado deleite, mas, sei lá, talvez os jovens pequepianos ainda os desconheçam. Bem, são muito bons, viram?
Hummel / Haydn / Torelli / Neruda: Concertos para Trompete
Trumpet Concerto In E Flat
Composed By – Johann Nepomuk Hummel
1 Ⅰ. Allegro Con Spirito 9:25
2 Ⅱ. Andante 4:45
3 Ⅲ. Rondo 3:40
Trumpet Concerto In E Flat Hob.Ⅶ E:Ⅰ
Composed By – Joseph Haydn
4 Ⅰ. Allegro 6:37
5 Ⅱ. Andante 3:31
6 Ⅲ. Finale: Allegro 4:35
Trumpet Concerto In D
Composed By – Giuseppe Torelli
7 Ⅰ. Allegro 2:00
8 Ⅱ. Adagio – Presto – Adagio 2:18
9 Ⅲ. Allegro 1:33
Trumpet Concerto In E Flat
Composed By – Jan Křtitel Jiří Neruda*
10 Ⅰ. Allegro 5:13
11 Ⅱ. Largo 4:34
12 Ⅲ. Vivace 4:35
Trumpet – Alison Balsom
Orchestra – Die Deutsche Kammerphilharmonie Bremen
Johann Nepomuk Hummel Piano Quintet in E flat major
The Schubert Ensemble of London
Era o ano de 2008. Àquela altura, não havia nem Facebook nem Whatsapp como os conhecemos hoje. O Orkut mandava no pedaço. O Youtube começava o seu domínio na área dos vídeos. Sabia-se que havia um potencial na rede mundial de computadores. E naquele momento projetava-se uma dependência com a informatização da vida. Foi o início do compartilhamento massivo de informações. Músicas e imagens passaram a ser consumidas por tudo mundo que tivesse uma boa banda larga.
Foi em um contexto como esse que eu encontrei o PQPBach. Certo dia, eu estava “garimpando” preciosidades, entre elas a Sinfonia No. 11, de Shostakovich, “O ano de 1905”, um dos trabalhos de que mais gosto. Ao digitar as informações no Google, fui remetido para a página do PQPBach – e quão grande foi a minha surpresa. Eu havia, simplesmente, achado um rio caudaloso de possibilidades. Estavam ali as gravações que eu desejava.
À época, se não me falha a memória, o PQP Bach era tripulado pelo PQP, FDP, CDF, CVL, Clara Schumann, Avicenna, Marcelo Stravinsky e Bluedog. Mais tarde, outros nomes foram agregados. Baixei tudo o que eu encontrei por lá. E o mais interessante eram os comentários, as famosas apresentações – ora sérias ora descontraídas – uma das marcas do blog. Há um nível de respeito que admiro bastante entre os integrantes do blog. Penso que seja isso importante para a manutenção da página. Encontrei-me com alguns deles. Aprendi bastante com as conversas. Os caras que compõem o PQPBach são sujeitos bastante cultos. Sabem o que estão falando. Amam a música! E não existe outra razão para manter o espaço por doze anos. Longa vida ao PQP Bach!
Fui convidado para fazer uma postagem em homenagem ao aniversário do espaço. Fiquei bastante lisonjeado! Fiz contribuições módicas e humildes entre 2009 e 2010. Pensei na postagem que realizaria. Veio-me a ideia de postar Shostakovich para combinar com o primeiro encontro que tive no espaço. Bruckner também chegou a ser considerado. Finalmente, decidi-me por Schubert e Hummel – principalmente por causa do primeiro. Vamos de A Truta, uma das obras de câmara mais bonitas e inquietantes – pelo nível de alegria – da história. A obra foi escrita em 1819, quando Schubert gozava juvenis 22 anos. É evidente a atmosfera festiva e positiva da obra. A melodia envolvente de “A Truta” foi extraída de uma das suas 600 canções. A obra atesta a criatividade e a genialidade de Schubert, um dos compositores mais extraordinários da história. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!
Franz Schubert (1797-1828) Piano Quintet in A major ‘Trout’, D667 01. Allegro vivace 02. Andante 03. Scherzo: Presto 04. Thema: Andantino – Variations 1 05. Finale: Allegro giusto
Johann Nepomuk Hummel (1778-1837) Piano Quintet in E flat major, Op.87 06. Allegro e risoluto assai 07. Minuet and Trio: Allegro con fuoco 08. Largo 09. Finale: Allegro agitato
The Schubert Ensemble of London Jacqueline Shave violin Roger Tapping viola Jane Salmon cello Peter Buckoke double bass William Howard piano
Hummel é um caso curioso na história da música. Bom compositor, foi contemporâneo dos gênios Haydn, Mozart e Beethoven, sendo bem inferior a este trio de ouro. O resultado é que pouca gente ouve ao “Mozart sem magia” representado por Hummel. Sua música é competente e agradável, sem transcendência, mas sem merecer o limbo. O pianista e maestro Howard Shelley é uma espécie de mensageiro de Hummel, tanto que gravou uma série de CDs com a obra do compositor. Com o selo de alta qualidade da Chandos, a série é um primor, mas, sabem?, é Hummel.
Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Concertino Op. 73, Concerto para Piano Op. 113, Rondó Op. 117
Concertino in G major Op. 73 16:25
1.I Allegro moderato 8:13
2.II Andante grazioso 3:56
3.III Rondo 4:12
Piano Concerto in A flat major Op. 113 29:44
4.I Allegro moderato 15:42
5.II Romanze: Larghetto con moto 4:47
6.III Rondo alla Spagniola: Allegro moderato 9:13
7. Gesellschafts-Rondo in D major Op. 117 12:47
London Mozart Players
Howard Shelley piano / director
Neste outro belo CD de Howard Shelley interpretando os Concertos para Piano de Hummel temos o de Nº 4, e o Concerto para Violino e Piano Op. 17. É interessante para podermos identificar o desenvolvimento do autor enquanto compositor, principalmente naquele momento de transição do classicismo para o romantismo. Shelley explora muito bem essa transição, nos mostrando um compositor que conhece muito bem os recursos e possibilidades do instrumento.
O Concerto para Violino e Piano é no mínimo curioso e mostra a versatilidade de Hummel ao trabalhar com dois instrumentos solistas bem diferentes. Os diálogos pedem uma certa cumplicidade entre os músicos pois a interação é necessária para o desenvolvimento da obra. Só penso que para um compositor que viveu na mesma época em que os gigantes dominavam a Terra, como Mozart, Beethoven e Haydn, a orquestração é um tanto quanto ingênua. Talvez seja esse o principal problema. Hummel era um pianista-compositor, e não um compositor-pianista, se é que me faço entender. É o mesmo problema que se identifica em Paganini, por exemplo.
Mas enfim, trata-se de mais um CD de excelente qualidade de gravação e interpretação do selo Chandos, Mais uma vez tiro o chapéu para a iniciativa de Howard Shelley em nos mostrar que haviam sim ótimos compositores além dos citados acima entre o final do século XVIII e início do século XIX.
Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Concerto para Piano Nº 4, Op. 110 / Concerto Duplo para Violino e Piano, Op. 17
01 – Piano Concerto No. 4_ I. Allegro Pomposo E Spiritoso
02 – Piano Concerto No. 4_ II. Andante Con Moto
03 – Piano Concerto No. 4_ III. Rondo_ Allegro Moderato Ma Con Brio
04 – Concerto for Piano & Violin_ I. Allegro Con Brio
05 – Concerto for Piano & Violin_ II. Theme & Variations_ Andante Con Moto
06 – Concerto for Piano & Violin_ III. Rondo
Hagai Shaham – Violin
London Mozart Players
Howard Shelley – Piano & Conductor
Hummel não foi genial. Foi um bom compositor que seria mais famoso se não tivesse nascido na época de Haydn, Mozart, Beethoven e outros. Escreveu um belo Concerto para Trompete e Orquestra que está consolidado no repertório de nossa época. Este disco mostra com boa dose de exatidão quem ele foi: um brilhante concertista. Tem que ser bom pianista para interpretar estes concertos que, no entanto, carecem de transcendência. Amigo de Beethoven e aluno de Mozart, Hummel merece ser conhecido, mas não creio que será alvo de grandes paixões.
Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Piano Concertos / Theme and Variations
1 Piano Concerto in F Major, Op. posth. 1: I. Allegro moderato 13:46
2 Piano Concerto in F Major, Op. posth. 1: II. Larghetto 6:31
3 Piano Concerto in F Major, Op. posth. 1: III. Finale: Allegro con brio 8:05
4 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Theme 1:10
5 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 1 1:09
6 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 2 1:09
7 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 3: Sostenuto ed espressivo 2:31
8 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 4 1:03
9 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 5 1:04
10 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 6: Poco larghetto con espressione 3:47
11 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 7: Allegretto – Cadenza – Tempo I 4:09
12 Piano Concerto in A Major, WoO 24, S4: I. Allegro 9:43
13 Piano Concerto in A Major, WoO 24, S4: II. Romanze: Adagio 6:34
14 Piano Concerto in A Major, WoO 24, S4: III. Rondo 6:58
London Mozart Players
Howard Shelley, piano e regência
Hummel não tem a qualidade de Mozart ou Beethoven, mas seu estilo é uma mistura dos três. É um bom compositor austríaco de origem eslovaca que aqui recebe tratamento luxuoso da parte de Stephen Hough e Bryden Thomson. Seu Concerto Op. 85 é indiscutivelmente bom. Hummel foi discípulo de Wolfgang Amadeus Mozart e amigo de Beethoven. Trabalhou como mestre de capela em Weimar a partir de 1819. Brilhante concertista, contribuiu para o desenvolvimento da técnica pianística. Compôs obras para piano, óperas, bailados, peças orquestrais etc. Sua principal obra é um belíssimo Concerto para Trompete e Orquestra que fez enorme furor nas mãos — e nos lábios — de Wynton Marsalis.
Johann Nepomuk Hummel (1778-1837) : Piano Concerto Op. 89 & Piano Concerto Op. 85
Piano Concerto In A-Minor Op. 85 (30:19)
1 I – Allegro Moderato 15:28
2 II – Larghetto 4:24
3 III – Rondo: Allegro Moderato 10:24
Piano ConcertoIn B-Minor Op. 89 (35:59)
4 I – Allegro Moderato 16:49
5 II – Larghetto 7:53
6 III – Finale: Vivace 10:51
Stephen Hough, piano
English Chamber Orchestra
Bryden Thomson
Existem alguns compositores no classicismo que ficaram meio que no esquecimento simplesmente por terem sido contemporâneos de gênios como Mozart, Beethoven e Haydn. Hummel com certeza foi um deles. Felizmente, o pianista Howard Shelley retirou do limbo os concertos para piano que este excelente compositor escreveu. E o rapaz tinha um círculo de amigos privilegiado, incluíndo aí o próprio Beethoven, Haydn, Schubert e o grande poeta alemão, Goethe, entre outros.
Estes concertos para piano que vou trazer nas próximas postagens seguem a estrutura dos concertos do classicismo. São de difícil execução, e de rara beleza. Ecos de Mozart e do próprio Beethoven podem ser ouvidos, sem dúvida alguma, mas pode-se identificar uma linguagem própria. Hummel foi um pianista virtuose em sua época, e acompanhou a própria evolução do instrumento e obviamente, da escrita pianística. Pouco antes de morrer, escreveu um Manual sobre execução em pianoforte que lhe rendeu um boa fonte de renda no final de sua vida.
Howard Shelley é o grande nome do piano nas terras da rainha nas últimas décadas. Esse seu trabalho de recuperação das obras de Hummel é admirável e deve ser apreciado devidamente. Além de ser o solista, também dirige o excelente London Mozart Players. Mais uma admirável gravação do ótimo selo inglês Chandos.
01 – Concertino for piano & small orchestra in G major 1 – Allegro moderato
02 – Concertino for piano & small orchestra in G major 2 – Andante grazioso
03 – Concertino for piano & small orchestra in G major 3 – Rondo
04 – Piano Concerto in A flat major, Op. 113- No. 1, Allegro moderato
05 – Piano Concerto in A flat major, Op. 113- No. 2. Romanze: Larghetto con moto
06 – Piano Concerto in A flat major, Op. 113- No. 3. Rondo alla Spagniola – Allegro moderato
07 – Gesellschafts Rondo for piano & orchestra in D major, Op. 117
London Mozart Players
Howard Shelley – Piano & Conductor
É, estou tentado voltar a vida do blog. Fiquei um tempo afastado pois meus estudos consomem cada vez mais meu tempo. A postagem de hoje nos revela uma belíssima mulher.. quero dizer Trompetista. O Concerto para Trompete de Haydn deu-se pela invenção do trompete de chaves que tem a capacidade de executar toda a gama de notas, oitavas e seus respectivos harmônicos. Possiu maior extensão que a Corneta. Tal mudançãs possibilitou uma abertura a composição para esse instrumento, já que só era usado para dar cornetadas para exército e para fazer fanfarras. Adota a forma Allegro ( sonata ), Andante ( sonata ) e Finalle Allegro. Um típico concerto modelo Haydniano. Por mais que eu toque Clarineta, não deixo de admirar outros concerto também, acho que o esse concerto uma das melhores composições do período clássico para instrumento solo. Não consigo perceber pelo som, se o trompete é o que se usa hoje em dia em conjuntos musicais ou se é usado instrumento de época. O importante é que o concerto é bonito pra caramba, e mulher também.
Enfim, boa audição.
Johann Nepomuk Hummel ( 1778 – 1837 )
Trumpet Concerto in E flat
1. I. Allegro con spirito:- Concerto in E flat major for Trumpet and Orchestra (1806)
2. II. Andante:- Concerto in E flat major for Trumpet and Orchestra (1806)
3. III. Rondo:- Concerto in E flat major for Trumpet and Orchestra (1806)
Joseph Haydn ( 1732 – 1809 )
Trumpet Concerto in E flat
4. Allegro:- Concerto in E flat for Trumpet & Orchestra Hob. VII e:I
5. Andante:- Concerto in E flat for Trumpet & Orchestra Hob. VII e:I
6. Finale. Allegro:- Concerto in E flat for Trumpet & Orchestra Hob. VII e:I
Giuseppe Torelli ( 1658 – 1709 )
Trumpet Concerto in D
7. I. Allegro:- Concerto for Trumpet & Orchestra in D major “Estienne Roger”
8. II. Adagio – Presto – Allegro:- Concerto for Trumpet & Orchestra in D major “Estienne Roger”
9. III. Allegro:- Concerto for Trumpet & Orchestra in D major “Estienne Roger”
Krtitel Jiri Neruda ( 1711 – 1776 )
Trumpet Concerto in E flat
10. I. Allegro:- Concerto for Trumpet and Strings in E flat major
11. II. Largo:- Concerto for Trumpet and Strings in E flat major
12. III. Vivace:- Concerto for Trumpet and Strings in E flat major
Alison Balson – Trumpet
Bremen German Chamber Philharmonic