RESTAURADA – W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para dois pianos e orquestra No. 10, K. 365 / Chick Corea (1941-2021): Fantasia para dois pianos / Friedrich Gulda (1930-2000): Ping Pong

RESTAURADA – W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para dois pianos e orquestra No. 10, K. 365 / Chick Corea (1941-2021): Fantasia para dois pianos / Friedrich Gulda (1930-2000): Ping Pong


Um CD incrível, diferente, ótimo. Gulda, Chick Corea e Harnoncourt fazem um trio fabuloso nestes concertos de grande magnitude e versatilidade. Clássico e jazzístico se fundem – se é que devemos utilizar esta classificação. Chick Corea é um jazzista americano polivalente. Suas habilidades com o repertório erudito são fato patente desde a mais tenra infância do moço. Dizem que aprendeu a tocar piano aos 4 anos. Suas primeiras lições foram com obras de Bach, Mozart, Chopin, Beethoven, Scarlatti e outros. Cresceu com propensões para as fusões musicais. Tocou com Miles Davis, Gillespie, Hancock, Burton. Chegou a tocar em bandas de jazz-rock. Como se pode ver, o homem é um excursionista musical. Um David Bowie do jazz. Isso apenas realça o grande músico que é. Neste CD, Chick (apelido que ganhou da tia enquanto era menino ainda – “bochechudo”), está ao lado de Gulda, outra figura da versatilidade. Ao final da obra de Mozart, temos duas peças, uma do Chick e outra do Gulda. Um registro imperdível. A regência na obra de Mozart, como antecipei, é do grande Nikolaus Harnoncourt, maestro que ao meu modo de ver, dispensa maiores apresentações pela competência que lhe é peculiar. Uma boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concertos para dois pianos e orquestra No. 10 em E bemol maior, KV 365 (316a), Chick Corea (1941 -) – Fantasia para dois pianos, Friedrich Gulda (1930-2000) – Ping Pong

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) –
Concertos para dois pianos e orquestra No. 10 em E bemol maior, KV 365 (316a)
01. Allegro [10:15]
02. Andante [8:00]
03. Rondeaux: Allegro [6:48]

Chick Corea (1941-2021) –
Fantasia para dois pianos

04. Fantasia para dois pianos [11:46]

Friedrich Gulda (1930-2000) –
Ping Pong [9:56]

Concertgebouw Orchestra, Amsterdam
Nikolaus Harnoncourt, regente
Friedrich Gulda, piano
Chick Corea, piano

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Corea e Gulda de mãos dadas. Que coisa mais amada!
Corea e Gulda de mãos dadas. Que coisa mais amada!

Carlinus [restaurado por Vassily em 15.2.2021, em homenagem ao maravilhoso Chick Corea, falecido no dia 9 do mesmo mês]

Beethoven (1770-1827): Os 5 Concertos para Piano com Paul Lewis (revalidado)

Conheci Paul Lewis através de uma gravação ao vivo da última sonata de Beethoven, a Op. 111. Realização extraordinária, cuja aparente simplicidade e profunda verdade cativaram minha atenção ao pianista para sempre.

Não muito tempo depois consegui a gravação integral das sonatas em estúdio, que Paul Lewis realizou entre 2006 e 2008 (disponibilizada aqui), e viciei: confesso que de lá pra cá raramente consigo suportar ouvi-las nas realizações de outros pianistas.

Nada mais natural, portanto que também quisesse disponibilizar os concertos de Beethoven com Lewis – o que fiz aqui originalmente em 16/09/2012 – mas confesso que não senti o mesmo entusiasmo que com as sonatas. Na ocasião levantei a hipótese de que o maestro não estivesse à altura da genialidade interpretativa do pianista –

… mas admito que pode ser um julgamento totalmente injusto. O fato é que qualquer interpretação de Lewis (inclusive as das sonatas) exige algum tempo de convívio, de audição repetida, até chegarmos a reconhecer toda a sua sutil grandeza. E é engraçado como a idade vem me tirando o gosto de ouvir massas orquestrais, me deixando cada vez mais fã da beleza do pequeno… E então simplesmente não parei para ouvir estas gravações por tanto tempo quanto a das sonatas. Quer dizer: ainda não me concedi a chance de me entusiasmar.

Seja como for, a esta altura já não dá pra falar de piano de Beethoven no século XXI sem levar Paul Lewis em conta. No mínimo por isso, estas gravações merecem ser conhecidas. Por isso tratei de incluí-las logo na “campanha de revalidação” dos links das postagens de Ranulfus (iniciada há poucos dias com as duas postagens de Porgy and Bess: na versão original e integral de Gershwin, e na extraordinária releitura de Louis Armstrong e Ella Fitzgerald).

Mas, enfim, falávamos de Beethoven; vamos a ele, então!

BEETHOVEN: OS CINCO CONCERTOS PARA PIANO
BBC Symphony Orchestra regida por Jirí Belohlávek
Piano: Paul Lewis

Concerto No 1, em Do Maior, op.15 (1796-97)
I. Allegro con brio
II. Largo
III. Rondò: Allegro scherzando

Concerto No 2, em Si b Maior, op.19 (1787-89-95)
I. Allegro con brio
II. Adagio
III. Rondò: Molto allegro

Concerto No 3, em Do menor, op.37 (1800)
I. Allegro con brio
II. Largo
III. Rondò: Allegro

Concerto No 4, em Sol Maior, op.58 (1805-06)
I. Allegro moderato
II. Andante con moto in E minor
III. Rondò (Vivace)

Concerto No 5, em Mi b Maior, op. 73, “Imperador” (1809-11)
I. Allegro
II. Adagio un poco mosso
III. Rondò: Allegro ma non troppo

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Ranulfus, com a colaboração de FDP Bach

.:interlúdio:. Reunion Cumbre – Astor Piazzolla, Gerry Mulligan

1Esta foi uma das mais ricas colaborações que já tive a oportunidade de apreciar em 50 anos de vida: o genial Astor Piazzolla e o mestre do sax barítono, Gerry Mulligan.

Em um primeiro momento podemos até pensar que o negócio não iria dar certo. Afinal de contas tratam-se de duas escolas bem diversas, um tocador de bandoneon argentino e um músico de jazz norte-americano. Mas algo mais forte os une: a música. E tudo o mais pode ir para o inferno.

São apenas oito faixas, meros 37 minutos de duração, mas são 37 minutos de pura magia e sedução. Ambos os músicos estavam no apogeu de suas carreiras, e nada tinham a perder, ao contrário, nós, meros mortais, é que ficamos com o privilégio de apreciar a música que estes dois gênios criaram.

01. Hace Veinte Anos
02. Cierra Tus Ojos y Escucha
03. Anos de Soledad
04. Deus Xango
05. Veinte Anos Despues
06. Aire de Buenos Aires
07. Reminiscencia
08. Reunion Cumbre

Astor Piazzolla – Bandoneón
Gerry Mulligan – Baritone Sax
Angel “Pocho” Gatti – Piano
Tullio de Piscopo – Bateria e Percusión
Giuseppe Prestipino – Bajo Eléctrico
Alberto Baldán y Gianni Zilioli – Guitarras Eléctricas
Umberto Benedeti Michelangeli (primer violin)
Renato Riccio – Primera Viola
Ennio Miori – Primer violoncelo

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.: interlúdio :. Klez-Edge: Ancestors Mindreles NaGila Monsters

.: interlúdio :. Klez-Edge: Ancestors Mindreles NaGila Monsters

O Klez-Edge é a versão instrumental do Klezmokum. O grupo foca-se em músicas folclóricas semitas dos Balcãs. A ênfase é em improvisações baseadas em uma ampla variedade de material: arranjos de clássicos atemporais judaicos e originais de Burton Greene baseado no klezmer, sefardita e tradições dos Balcãs. O Klez-Edge também faz arranjos modernos de peças tradicionais do jazz com base em modos judeus (muitas vezes de compositores que desconhecem que estavam usando esses modos em sua músicas). O grupo é internacional, sendo formado por um polonês, um líbio, um sérvio, dois norte-americanos, etc.

Ancestors Mindreles NaGila Monsters

1. Mindrele 8:14
2. Odessa On The Hudson 6:01
3. Ancestral Folk Song 7:34
4. Funk Tashlikh 7:25
5. Prelude In D Minor For Andrzej 4:55
6. Oy Joy 4:45
7. Bagdad 6:36
8. Moldavian Blues 7:55
9. Have Another Nagila Monster 6:21

Klez-Edge

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klezmokum_new

PQP

Vivaldi / Sammartini / Monza / Boccherini / Demachi: Improvisata — Sinfonie con titoli

Vivaldi / Sammartini / Monza / Boccherini / Demachi: Improvisata — Sinfonie con titoli

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um CD alegre, verdadeiramente luminoso, de música barroca italiana. Daquelas coisas para se ouvir e ficar feliz. Vale muito a pena ouvir esta estreia de dois novos compositores no PQP: Monza e Demachi. A participação de Vivaldi não é muito grande, mas talvez fosse importante para dar uma grife ao disco… São 53 minutos de boa e colorida música, com baixos pesados e muito ritmo. A Europa Galante é um tremendo conjunto e você deveria ouvir este Improvisata, principalmente se gostar do barroco italiano.

Antonio Vivaldi (1678-1741)
1. Sinfonia (Improvvisata) in C major: I Allegro 2:40
2. Sinfonia (Improvvisata) in C major: II Menuet – Allegro assai 0:42

Giovanni Battista Sammartini (1700/01-1775)
3. Overture (Sinfonia) in G minor (J-C 57): I Allegro 1:58
4. Overture (Sinfonia) in G minor (J-C 57): II Andante 3:24
5. Overture (Sinfonia) in G minor (J-C 57): III Allegro 3:47

Carlo Monza (c.1735-1801)
6. Sinfonia in D major (detta La tempesta di mare) (Ed. Biondi): I Allegro 2:31
7. Sinfonia in D major (detta La tempesta di mare) (Ed. Biondi): II Andante 1:54
8. Sinfonia in D major (detta La tempesta di mare) (Ed. Biondi): III Allegro assai 1:18

Luigi Boccherini (1743-1805)
9. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: I Andante sostenuto 1:25
10. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: II Allegro assai 4:24
11. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: III Andantino con moto 5:27
12. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: IV Andante sostenuto 1:20
13. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: V Allegro con molto 6:37

Giuseppe Demachi (1732-af.1791)
14. Sinfonia in F major (Le campane di Roma): I Allegro assai 7:05
15. Sinfonia in F major (Le campane di Roma): II Andante 5:20
16. Sinfonia in F major (Le campane di Roma): III Presto 3:35

Europa Galante
Fabio Biondi

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A turma do Europa Galante
A turma do Europa Galante

PQP

Kyung Wha Chung – Con Amore

coverKyung Wha Chung é uma violinista coreana, que foi uma criança prodígio, encantando a todos com seu talento, e conquistando os Estados Unidos antes dos vinte anos e depois disso, o mundo. Suas gravações pelo selo DECCA venderam milhões de cópias, elevando-a ao topo dos grandes músicos do século XX.

Esse CD que ora vos trago é uma coletânea de peças de diversos autores, como Brahms, Elgar, Kreisler, entre outros. É uma excelente amostra do talento e do virtuosismo da pequena coreana, pequena no tamanho mas gigante no talento. Ouçam o Noturno de Chopin, faixa 11, e depois me digam se não tenho razão.

1  Kreisler – La Gitana
2 Kreisler – Liebesleid
3 Poldini – Dancing Doll
4 Wieniawski – Scherzo-Tarantella
5 Elgar – Salut d’amour
6 Elgar – La Capricieuse
7 Tchaikovsky – Valse sentimentale
8 Kreisler – Praeludium und Allegro
9  Novacek – Moto perpetuo
10 Debussy – Beau soir.
11 Chopin – Nocturne in C sharp minor
12 Wieniawski – Caprice in A minor
13 Gossec – Gavotte
14  Kreisler – Liebesfreud
15 Chaminade – Serenade espagnole
16  Saint-Saens – Caprice
17 Brahms – Hungarian Dance No.1

Kyung Wha Chung – Violin
Phillip Moll – Piano

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George Gershwin (1898-1937): PORGY AND BESS – ópera completa (Simon Rattle)

Postado inicialmente em 16.10.2010

Ouve-se muito Porgy and Bess em mil releituras e adaptações – nem todas tão grandiosas como a de Louis Armstrong & Ella Fitzgerald, postada pelo colega FDP em 2008, e que acabo de revalidar.

Mas já não é com tanta freqüência que se ouve a ópera completa, com todos os seus 3 atos, e da forma como Gershwin a escreveu. Então, pra compensar sua longa ausência, o monge Ranulfus traz logo esse pacotaço para vocês.

Mas, como disse o Mestre PQP há pouco em seu post das sinfonias de Brahms… “Comentar as obras? Mas pra quê, cara pálida?” Tem coisas que são clássicos dos quais todo mundo devia saber, e se não sabe taí a wikipedia e o resto da net pra procurar, sem falar dos livros!

Ainda assim, como sou bonzinho, incluí no pacote de download um “guia de estudo de Porgy and Bess” em PDF, de alguma instituição de ensino dos USA. Divirtam-se!

De resto aproveito pra dar meu “alô” a toda a cambada que freqüenta o blog, de quem estou morrendo de saudades, mas ainda vai demorar um pouco pra eu voltar à plena atividade: em outubro provavelmente será este pacotaço e nada mais. Aliás, passemos a ele:

George Gershwin (1898-1937): PORGY AND BESS, ópera em 3 atos (1935)
Gravação lançada em 1997, com base em produção de palco de 1989

London Philharmonic Orchestra e The Glyndenbourne Chorus
regidos por Sir Simon Rattle

Com Harolyn Blackwell, Ted Maynard, William Johnson, Mervin Wallace, Willard White, Marietta Simpson, Maureen Braithwaite, Cynthia Clarey, Damon Evans, Raemond Martin, Wayne Marshall, Autris Paige, Gregg Baker, Curtis Watson, Colenton Freeman, Bruce Hubbard, Camellia Johnson, Linda Thompson, Paula Ingram, Alan Tilvern, Billy J. Mitchell, Ron Travis, Johnny Worthy, Michael Forest, Cynthia Haymon

ATO I
01 Introduction, Jasbo Brown solo, chorus 04:19
02 Summertime 03:28
03 Oh, nobody knows when the Lawd id goin’ to call 06:20
04 Give him to me / Lissen to yo’ daddy warn you: a woman is a sometime thing 03:28
05 Here’s the ol’ crap shark! No, no, brudder 04:17
06 Here comes Big Boy! 07:09
07 Six to make! 04:06
08 Jesus, he’s killed him! That you, Sportin’ Life? 05:05
09 Where is brudder Robbins? Come on, sister! 04:53
10 Overflow, overflow 00:59
11 A saucer-burying set-up, I see 03:50
12 My man’s gone now 03:59
13 How the saucer stan’ now, my sister? 02:06
14 Oh, the train is at the station 04:04

ATO II
15 Oh, I’m agoin’ out to the Blackfish Banks 03:30
16 Mus’be you mens forgot about de picnic / Oh I got plnety o’ nuttin’ 03:26
17 Lissen there, what I tells you… I hates yo’ struttin’ style 02:28
18 Mornin’, Lawyer, looking for somebody?
19 Boy! Come here, boy! 02:41
20 Buzzerd keep on flyin’ over 03:03
21 ‘Lo Bess, goin’ to picnic? 02:58
22 Honey, we are [sure?] strut our stuff today! Bess, you is my woman now 06:15
23 Oh, I can’t sit down 04:16
24 I ain’t got no shame 02:33
25 It ain’t necessarily so… Shame on all you sinners 05:06
26 Crown! 04:07
27 Oh, what you want wid Bess? 04:11
28 Honey, dat’s all de breakfast I got time for 02:06
29 Take yo’ han’s off me 02:28
30 Oh doctor Jesus 02:14
31 Oh dey’s so fresh an’ fine 04:60
32 Porgy, Porgy, dat you there, ain’t it? 02:44
33 I wants to stay here 03:53
34 Why you been out on that wharf so long, Clara? 02:49
35 Oh, Doctor Jesus 03:47
36 One of dese mornings you goin’ to rise up singin 01:52
37 Oh, dere’s somebody knockin’ at de do’ 01:23
38 You is a nice parcel of Christians 04:06
39 A red-headed woman make a choo-choo jump its track 02:18
40 All right, I’m goin’ out to get Clara / Oh Doctor Jesus 02:20

Ato III
41 Clara, Clara, don’t you be downhearted
/ You low-life skunk, ain’t you got no s… 06:35
42 Summertime 04:20
43 Wait for us at the corner 03:45
44 Come out here, both of you 02:26
45 Oh, Lawd, what I goin’ do?
Oh, Gawd! They goin’ make him look on Crown’s face 03:42
46 Listen: there’s a boat dat’s leavin’ soon for New York 04:28
47 Introduction 02:26
48 Good mornin’, sistuh! It’s Porgy comin’ home 03:30
49 Dem white folks sure ain’t put nuttin’ over on this baby 04:01
50 Here Mingo, what’s de matter wid you all? 01:49
51 Where’s Bess? 03:06
52 Bess is gone 02:02
53 Oh Lawd, I’m on my way 01:22

Arquivo único 420 MB
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Ranulfus

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943) – Trio Elégiaque No.1 in G Minor for Piano, Violin and Cello, Peter Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893) – Piano Trio in A Minor, Op.50 – Maisky, Repin, Lang

4778099Esse é daqueles cds que se espremer saem lágrimas, é romantismo ao extremo, interpretado por três excepcionais músicos: o pianista Lang Lang, o violinista Vadim Repin e o lendário violoncelista Mischa Maisky.

O CD abre com o idílico Trio Elégiaque de Rachmaninov, que já de cara mostra as intenções do trio e conclui com um belíssimo Trio de Tchaikovsky. Podem pegar um lenço pois são muitas emoções a flor da pele, e creio que os mais sensíveis deixarão cair algumas lágrimas dos olhos. Sim, o negócio é sério, Tchaikovsky e Rachmaninov juntos é certeza de emoções extremas.

1. 1. Trio élégiaque No. 1 in G minor
2. 1. Pezzo elegiaco (Moderato assai – Allegro giusto)
3. 2. (A) Tema con variazioni: Andante con moto
4. Var. I: L’istesso tempo
5. Var. II: Più mosso
6. Var. III: Allegro moderato
7. Var. IV: L’istesso tempo
8. Var. V: L’istesso tempo
9. Var. VI: Tempo di valse
10. Var. VII: Allegro moderato
11. Var. VIII: Fuga (Allegro moderato)
12. Var. IX: Andante flebile, ma non tanto
13. Var. X: Tempo di mazurka
14. Var. XI: Moderato
15. 2. (B) Variazione finale e Coda (Allegretto risoluto e con fuoco

Mischa Maisky – Piano
Lang Lang – Piano
Vadim Repin – Violin

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Friedrich der Grosse (1712-1786): Sonatas para Flauta

Friedrich der Grosse (1712-1786): Sonatas para Flauta

Frederico IIFrederico II foi um rei da Prússia (1740-1786). Ele ficou conhecido como Frederico, o Grande (Friedrich der Große). Quando não estava matando seus inimigos em guerras, era um músico talentoso que tocava flauta transversa. Ele compôs 100 sonatas para flauta, bem como quatro sinfonias. Não era grande coisa, mas mantinha a dignidade. Ao mesmo tempo em que se ocupava de seus interesses na literatura e na arte da guerra, Frederico também foi capaz de transformar a Prússia em uma potência econômica. Por esse vasto leque de sucessos dentro e fora dos campos de batalha, Frederico foi apelidado de “o Grande”. Amigo das letras, culto, grande colecionador de arte francesa, escritor com prosápias de filósofo, atraiu Voltaire à Prússia, além de numerosos sábios franceses. Foi o tipo perfeito do déspota esclarecido do século XVIII. Deixou Memórias, em francês.

Friedrich der Grosse (1712-1786): Sonatas para Flauta (15 faixas)

1. Sonate n.2 c-moll
2. Sonate n.117 A-Dur
3. Sonate n.9 e-moll
4. Sonate n.11 d-moll
5. Sonate n.14 Es-Dur

Marianne Steffen, flauta
Stanislav Heller, cravo

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Frederico: bom de guerra, mais ou menos na múisca
Frederico: bom de guerra, mais ou menos na música

PQP

Alfred Deller: Portrait of a voice

Alfred Deller: Portrait of a voice

Alfred Deller foi o dono de uma das belas vozes que já existiram. O extraordinário contra-tenor inglês foi, praticamente sozinho, o responsável pelo renascimento da música para contra-tenor no século XX . Também foi um pioneiro na popularização da prática da música antiga com instrumentos originais. Durante os primeiros anos de sua carreira, Deller concentrou-se sobre o barroco inglês, principalmente em Purcell (de quem foi o maior divulgador) e Dowland. Sua enorme erudição e musicalidade trouxeram-lhe muitos admiradores. Em 1950, Deller formou seu próprio conjunto vocal e instrumental, o Deller Consort. De 1955 a 1979, o grupo trouxe a música da Renascença e do Barroco a um novo público que simplesmente desconhecia aquele gênero. Durante este período, Deller e seu grupo fizeram mais de 50 gravações para a Harmonia Mundi. Graças a estas gravações, sua voz excepcionalmente expressiva ainda pode ser apreciada.

Alfred Deller, Solo Songs

Anon.: Twelfth night, V, 1
1 The Wind and the Rain (When that I was)

Thomas Morley: As you like it, V, 3
2 It was a lover and his lass

Thomas Morley: Twelfth night or what you will, II,3
3 O mistress mine

Anon.: Othello, IV, 3
4 Willow song

Anon.: Henry V, mentioned at IV, 4
5 Caleno custure me

Anon., 17th c.:
6 Miserere my Maker

Thomas Campion:
7 I care not for these ladies

John Bartlett:
8 Of all the birds

Philip Rosseter:
9 What then is love

John Blow:
10 The Self-banished

Jeremiah Clarke:
11 The glory of the Arcadian groves

John Dowland:
12 Fine knacks for ladies
13 Flow my tears

Henry Purcell
14 If music be the food of love (Z 379a)

Henry Purcell: The Comical History of Don Quixote (Z 578)
15 (Act V) From rosy bow’rs

Henry Purcell:
16 O Solitude (Z 406, 1685)

Alessandro Scarlatti/Giulio Caccini:
17 Pien d’amoroso affetto

Alessandro Scarlatti/Saracini:
18 Pallidetto qual viola

Giulio Caccini:
19 Amarilli mia bella

Alessandro Scarlatti:
20 Infirmata vulnerata

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Alfred Deller: grande voz e grande pioneiro!
Alfred Deller: grande voz e grande pioneiro!

CVL

Giuseppe Verdi (1813-1901) – Chöre – Abbado, Coro e Orchestra del Teatro alla Scala

coverJá que não é muito comum trazermos óperas, trago alguns corais verdianos nas mãos de um especialista, Claudio Abbado, regendo a excepcional Orquestra e Coro do Teatro alla Scala. Definitivamente, trata-se de um CD com fortes emoções, como não poderia deixar de ser.
Esse repertório é bem conhecido dos fãs de Verdi, e algumas faixas, como “Va pensiero, sull´ali dorate” são passagens ainda mais conhecidas. Abbado está perfeito, com um perfeito domínio da orquestra e do coral, dos quais foi diretor.

01. Nabucco Gli arredi festivi
02. Nabucco Va’, pensiero, sull’ali dorate
03. Il trovatore Vedi, le fosche notturne
04. Otello Fuoco di gioia
05. Ernani Si ridesti il Leon de Castiglia
06. Aida Gloria all’Egito
07. Aida O tu che sei d’Osiride
08. Macbeth Che faceste dite su!
09. Macbeth S’allontanarono!
10. Macbeth Patria oppressa
11. I lombardi Gerusalem
12. I lombardi O Signore, dal tetto nation
13. Don Carlo Spuntato ecco in di d’esultanza
14. Un ballo in maschera Posa in pace
15. Simon Boccanegra Maria! Maria!  Viva Simon
16. Requiem Dies Irae
17. Requiem Tuba mirum
18. Requiem Sanctus

Coro e Orchestra del Teatro alla Scala
Claudio Abbado

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Ignaz Moscheles (1794-1870) e Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Sonatas para Violoncelo e Piano

Ignaz Moscheles (1794-1870) e Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Sonatas para Violoncelo e Piano

A Sonata de Moscheles é muito boa, mas a verdadeira surpresa deste CD são os Estudos Melódicos e Contrapontísticos do mesmo Moscheles sobre Prelúdios de Bach nas faixas 5, 6 e 7. Já a Sonata de Hummel é rotineira, ainda mais se considerarmos sua luminosa obra, especialmente as Sonatas de nosso próximo e excelente post (PQP o postará na terça pela manhã). Para variar, a Hyperion nos brinda com um disco com repertório raro e que vale a pena conhecer. Serve bem a uma tarde preguiçosa de domingo.

Moscheles (1794-1870) e Hummel (1778-1837): Sonatas para Violoncelo

Cello Sonata in E major, Op 121 [Moscheles]
1. Movement 1: Allegro espressivo e appassionato
2. Movement 2: Scherzo ‘ballabile’. Allegretto quasi allegro
3. Movement 3: Ballade ‘in böhmische Weise’. Andantino
4. Movement 4: Allegro vivace, ma non troppo

Melodisch-contrapunktische Studien, Op 137 [Bach & Moscheles]
5. No 4: Andante con moto espressivo ‘Well-tempered Klavier II Prelude No 7 in E flat major’
6. No 8: Allegro maestoso ‘Well-tempered Klavier II Prelude No 6 in D minor’
7. No 9: Andante espressivo ‘Well-tempered Klavier I Prelude No 4 in C sharp minor’

Cello Sonata in A major, Op 104 [Hummel]
8. Movement 1: Allegro amabile e grazioso
9. Movement 2: Romanze. Un poco adagio e con espressione
10. Movement 3: Rondo. Allegro vivace un poco

Jiří Bárta, violoncelo
Hamish Milne, piano

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Bartá
Jiří Bárta: esse sujeito dá um banho neste CD

PQP

Antonio Carlos Gomes (1836-1896): Todas as óperas [links atualizados em 2017]

E dá-lhe, Carlos Gomes!

(portado originalmente em 19 de junho de 2012)

Caso você tenha perdido, conheceu o P.Q.P.Bach há pouco tempo, aproveite pra ver as óperas do Carlos Gomes. Estão todas aqui, o que é para nós um grande orgulho.

E Carlos Gomes foi genial! Nenhum compositor posterior a ele conseguiu tirar-lhe o título de maior compositor operístico das Américas. E para nós, brasileiros, é inevitável entendê-lo como o grande nome da música erudita da segunda metade do século XIX gerado no seio desta pátria.

E são belíssimas as óperas de Nhô Tonico. Se você ouvi-las todas, em sequência, perceberá que Carlos Gomes foi num crescendo de qualidade técnica e melódica. Não é à toa que era o segundo compositor mais executado na Itália de seu tempo, atrás somente do imbatível Verdi.

Aqui as temos:
1. A Noite do Castelo (gravação de 1978 – Benito Juarez)
2. Joanna de Flandres (trechos)
3. Il Guarany (gravação de 1959 – Armando Belardi)
3. Il Guarany (gravação de 1994 – John Neshling)
4. Fosca (gravação de 1973 – Armando Belardi)
4. Fosca (gravação de 1997 – Luís Fernando Malheiro)
5. Salvator Rosa (gravação de 1977 – Simon Blech)
5. Salvator Rosa (gravação de 2004 – Maurizio Benini)
6. Maria Tudor (gravação de 1978 – Mario Perusso)
6. Maria Tudor (gravação de 1998 – Luís Fernando Malheiro)
7. Lo Schiavo (gravação 1959 – Santiago Guerra)
8. Odalea/Condor (gravação 1986 – Armando Belardi)
9. Colombo (gravação de 1964 – Armando Belardi)
9. Colombo (gravação de 1997 – Ernani Aguiar)

Ouça! Deleite-se sem a menor moderação!

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“Humm! Gostei das óperas desse moço Carlos Gomes!”

Bisnaga

Luigi Boccherini (1743-1805) – Cello Concertos vol. 1 – Hugh, SCO

frontBoccherini é um compositor que apareceu pouco aqui no PQPBach, o que é uma pena. Lembro que Anner Bylsma, um dos maiores violoncelistas de todos os tempos, gravou uma série de oito cds dedicados a esse compositor italiano, que viveu em um período muito interessante, de transição, sendo contemporâneo de Haydn, Mozart, Beethoven, entre tantos outros.
Estes concertos para violoncelo que ora vos trago são uma prova do talento desse italiano nascido na Toscana, que além de compositor também foi um dos principais violoncelistas de sua época. Ajudou e muito na divulgação de seu instrumento enquanto solista.
A interpretação é do excelente Tim Hugh, que é acompanhado da Scottish Chamber Orchestra, dirigida por Anthony Halstead. Duas curiosidades sobre Tim Hugh: é formado em Medicina, e foi aluno de Jacqueline Du Pré.

Este cd traz quatro concertos. Logo trarei o segundo cd da série.

01 – 03 Concerto No. 1 in C Major
04 – 06 Concerto No. 2 in D Major
07 – 08 Concerto No. 3 in G Major
10 – 12 Concerto No. 4 in C Major

Tim Hugh – Cello
Scottish Chamber Orchestra
Anthony Halstead – Conductor

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Sol Gabetta & Bertrand Chamayou – The Chopin Album

The Chopin Album - sleeveAqui no PQPBach é tudo meio que improvisado, como os senhores já puderam reparar diversas vezes. E poucas vezes combinamos as postagens. Na verdade, a idéia sempre foi de postar aquilo que estamos ouvindo, essa seria a premissa básica.
Já tinha planejado postar esse CD da Sol Gabetta há algum tempo atrás. Como o meu tempo livre anda curto ultimamente, só tenho tido tempo para postar no domingo, isso quando não viajo, o que aconteceu nas últimas duas semanas. Mas enfim, falo isso porque o próprio PQPBach postou recentemente (ontem, para ser mais exato) um CD com essa mesma sonata de Chopin, mas com a Jacqueline Du Pré e seu então marido, Daniel Baremboim.
Vai ser interessante compararmos essas versões. Duas violoncelistas jovens, de grande talento, e grande entrega emocional em suas interpretações. Sol Gabetta faz jus ao nome, seu talento ilumina nossas vidas, assim como Du Pré tinha a incrível capacidade de extrair a alma de seu instrumento. Entre estas duas gravações temos um espaço de tempo de mais de quarenta anos, outro motivo que torna ainda mais interessante essas comparações.
O CD também traz algumas peças curiosas e deveras interessantes, como as transcrições de August-Joseph Franchomme de peças do próprio Chopin para a mesma combinação de violoncelo e piano e até mesmo de Glazunov.

01. Sonata for Cello and Piano in G Minor, Op. 65I. Allegro moderato
02. Sonata for Cello and Piano in G Minor, Op. 65II. Scherzo. Allegro con brio
03. Sonata for Cello and Piano in G Minor, Op. 65III. Largo
04. Sonata for Cello and Piano in G Minor, Op. 65IV. Finale. Allegro
05. Polonaise brillante, Op. 3
06. Grand Duo concertant in E Major
07. Étude, Op. 25, No. 7 in C-Sharp Minor (transcribed in E Minor)
08. Nocturne, Op. 15, No. 1 (Arr. for Cello and Piano)
09. Nocturne for Cello and Piano, Op. 14, No. 1

Bertrand Chamayou – Piano
Sol Gabetta – Cello

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Frédéric Chopin (1810-1849) e César Franck (1822-1890): Sonatas para Violoncelo e Piano

Frédéric Chopin (1810-1849) e César Franck (1822-1890): Sonatas para Violoncelo e Piano

Jacqueline Du Pré (1945-1987) foi uma lenda. Talentosa desde a infância, teve sua carreira tragicamente encurtada em razão de uma esclerose múltipla, que a forçou deixar os palcos aos vinte e oito anos de idade. Em 1971, aos 26 anos, Jacqueline du Pré começou um irreversível declínio, com a perda de sensibilidade nos dedos e outras partes de seu corpo. Ela foi diagnosticada com esclerose múltipla em outubro de 1973. Seu último álbum é exatamente este que temos aqui, de sonatas de Chopin e Franck, gravadas em dezembro de 1971. Em janeiro de 1973, ela retomou seus concertos e fez uma turnê pela América do Norte. Seu último concerto em Londres aconteceu em fevereiro de 1973, com a Orquestra Nova Philharmonia, sob regência de Zubin Mehta. Suas últimas apresentações públicas foram em Nova Iorque, em fevereiro de 1973, tocando o Concerto Duplo de Brahms, com Pinchas Zukerman e a Filarmônica de Nova Iorque, sob a regência de Leonard Bernstein. No entanto, ela tocou em apenas três das quatro récitas previstas, cancelando a última. No início da década de 1980, seu marido, Daniel Barenboim, iniciou uma relação amorosa com a pianista russa Elena Bashkirova, com quem viria a ter dois filhos, ambos nascidos em Paris: David Arthur (n. 1983) e Michael Barenboim (n. 1985). Ele tentou ocultar esse romance de Jacqueline e acredita ter conseguido. Em 1988, ele e Bashkirova se casaram. A Fundação Vuitton leiloou seu Stradivarius Davidov por um milhão de libras, sendo arrematado pelo também violoncelista Yo-Yo Ma. A violoncelista russa Nina Kotova é a atual dona de seu Stradivarius 1673. O cello Peresson, de 1970, foi emprestado por Daniel Barenboim ao violoncelista Kyril Zlotnikov, do Jerusalem Quartet.

Frédéric Chopin (1810-1849) – Sonata In G Minor

01. I. Allegro Moderato [11:08]
02. II. Scherzo [05:20]
03. III. Largo [04:01]
04. IV. Finale [06:47]

César Franck (1822-1890) – Sonata In A Major

05. I. Allegro Ben Moderato [06:24]
06. II. Sonata In A Major II Allegro [08:45]
07. III Recitativo-Fantasia [07:38]
08. IV Allegretto Poco Mosso [06:52]

Jacqueline Du Pré, Cello
Daniel Barenboim, Piano

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O casal Jacqueline Du Pré e Daniel Barenboim.
O casal Jacqueline Du Pré e Daniel Barenboim.

Carlinus

Nils Mönkemeier, viola – Antonio Rosetti (1750-1792), Johann Sebastian Bach (1685-1750), Franz Anton Hoffmeister (1754-1812) [link atualizado 2017]

UM ACHADO ESSE ÁLBUM !!

(postado originalmente em 08 de agosto de 2012)

Estava fuçando na internet, como me é de hábito,  em busca de conhecer mais obras para viola, instrumento esse que tanto aprecio. Sempre em uma nova pesquisa nos deparamos com alguma coisa que antes não tinha chamado a  atenção e que, numa segunda visita, acaba saltando à vista. Foi exatamente assim que encontrei o concerto do Antonio Rosetti, separado de um conjunto, sem informação de intérprete ou qualquer coisa. “Rosetti? Nunca vi menção do nome desse compositor… será que presta?” (isso que já tem obra dele postada aqui no PQPBach). Resolvi conhecer a peça e… Puta que Pariu! Como o concerto desse cara, que eu desconhecia até este ano de 2012, é lindo!
Saí então à caça de CDs que tivessem essa peça executada e encontrei mais uma pérola: este álbum de hoje. Grande seleção de obras e muito boa interpretação! Esse lemãozinho, o Nils Mönkemeyer, é ponta-firme mesmo e executa de maneira tão natural as obras que o CD transcorre, flui…

Inicia-se com o belíssimo concerto classicista de Antonio Rosetti (nascido Anton Rosler e que italianizou seu nome após se mudar para o Lácio): vivo, dinâmico, perfeito para uma manhã ensolarada. Vem então as transcrições das cantatas de Johann Sebastian Bach (olha só, primeira vez que posto algo do maior figurão do PQP…), muito elegantemente adaptadas para o timbre e a tessitura central da viola. Por fim, outra muito grata supresa que meu desconhecimento me proporcionou: o concerto de Franz Anton Hoffmeister (que debuta aqui no P.Q.P.Bach). É mais um concerto de características e vivacidade semelhantes ao de Rosetti, e quase tão bonito quanto, encerrando o CD de maneira muito jovial.

Apesar dessa leveza, há, nos entremeios das peças, uma toada melancólica, mas de grande enlevo, que se alterna com movimentos mais alegres, daí talvez o título do CD, Weich Nur Betrübte Schatten (apenas uma suave sombra triste). Ainda assim, eu o colocaria para tocar logo de manhã, para começar bem o dia!

Bom, é show de bola! Ouça sem a menor moderação! Ao final, coloque no repeat e ouça tudo de novo. Seu dia será muito melhor!

Nils Mönkemeier
Weich Nur Betrübte Schatten

Antonio Rosetti (Anton Rosler, 1750-1792)
1. Concerto em Sol para Viola e Orquestra – I. Allegro
2. Concerto em Sol para Viola e Orquestra – II. Grazioso
3. Concerto em Sol para Viola e Orquestra – III. Rondo

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Cantatas (transcritas para solo de viola)
4. Auf, schmetternde Töne der muntern Trompeten (BWV 207a)
5. Weichet nur, betrübte Schatten (BWV 202)
6. Augustus’ Namenstages Schimmer (BWV 207a)
7. Wir eilen mit schwachen, doch emsigen Schritten (BWV 78)
8. Schleicht, spielende Wellen, und murmelt gelinde (BWV 206)
9. Ich habe gernug (BWV 82)

Franz Anton Hoffmeister (1754-1812)
10. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – I. Allegro
11. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – II. Adagio
12. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – III. Rondo

Nils Mönkemeyer, viola
Andreas Lorenz, oboé (faixa 5), oboé d’amore (faixa 6)
Susanne Branny, violino (faixa 7)
Erik Reike, fagote (faixa 9)
Dresdner Kapellsolisten
Helmut Branny, regente

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Ouça! Deleite-se! … Mas, antes ou depois disso, deixe um comentário…


… Mas olhem onde foi parar a viola…

Bisnaga

Hartmut Rohde, Viola Concertos – Henri Casadesus (1879-1945)/ Johann Christian Bach (1735-1782), Franz Anton Hoffmeister (1754-1812), Georg Philipp Telemann (1681-1767) e Paul Hindemith (1895-1963) [link atualizado 2017]

UM BAITA CD !!

(postado originalmente em 14 de agosto de 2012)

Quando comecei a organizar as obras para viola que possuo, passei, da mesma forma, a vasculhar o imenso acervo postado aqui no P.Q.P.Bach para ver o que encontrava, para complementar minha coleção, e também o que não encontrava, as lacunas do acervo. Quando percebi que aqui não tinha o Concerto para Viola do Telemann, o mais conhecido pelos estudantes do instrumento, fiquei perplexo: “Como assim, não tem? Justo essa obra fantástica?!”. Resolvi então fazer justiça com minhas próprias mãos

Alcei de dentro do meu baú das preciosidades (como se fosse algo muito antigo…) o CD Viola Concertos, que tem as peças executadas com belíssimos solos de Hartmut Rohde, este rapaz com cara de louco aí ao lado. Aliás, gosto muito de loucos, me identifico com eles. O jeito de doidão de Rohde de cara provocou a minha empatia: sai-se daquele padrão de músicos arrumadinhos, engomadinhos e sérios e nos mostra uma forma de ver a música (e até mesmo a vida) como uma coisa menos sisuda, mais divertida, mais cativante, por fim, mais leve.

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E sim, se você anda acompanhando as postagens de viola, realmente já possui metade deste álbum, dois dos quatro concertos, mas não pense que já viu tudo! Hartmut Rohde executa o Concerto de Casadesus/J.C.Bach de forma muito mais marcada e mais pesada, mais próximo do  barroco que a interpretação romântica (ainda que belíssima) de Peter Hatch (aqui). Da mesma forma, Rohde extrai de sua viola um som mais ágil e mais vibrante que o elegante e suave Nils Mönkemeyer no belo concerto de Hoffmeister (que aqui está em andamento mais rápido hoje que a versão da semana passada, aqui). Vale muito mesmo conferir.

Ainda, de lambuja, depois desses dois concertos dignos de louvação, nos é dada a dádiva de ouvir o não à toa famoso concerto para viola de Tellemann (maravilhoso), executado na mãos de tantos violistas, mas muito bem tratado por Rohde, que termina nos presenteando com a melancólica e  belíssima Trauermusik (música fúnebre) de Paul Hindemith. O Cd é, no geral, uma bela seleção de músicas que abarca desde o barroco até o século XX.

Mais um álbum que afirmo de peito estufado que é show de bola! O cara é muito bom! Ouça sem moderação!

Hartmut Rohde
Viola Concertos

Henri Casadesus (1879-1945)
01. Concerto para viola e Orquestra em Dó Menor no Estilo de J. C. Bach – I. Allegro
02. Concerto para viola e Orquestra em Dó Menor no Estilo de J. C. Bach – II. Andante
03. Concerto para viola e Orquestra em Dó Menor no Estilo de J. C. Bach – III. Allegro Vivace

Franz Anton Hoffmeister (1754-1812)
04. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – I. Allegro
05. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – II. Adagio
06. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – III. Rondo

Georg Philipp Telemann (1681-1767)
07. Concerto para viola e Orquestra em Sol Maior – I. Largo
08. Concerto para viola e Orquestra em Sol Maior – II. Allegro
09. Concerto para viola e Orquestra em Sol Maior – III. Andante
10. Concerto para viola e Orquestra em Sol Maior – IV. Presto

Paul Hindemith (1895-1963)
11. Trauermusik – I. Langsam
12. Trauermusik – II. Ruhig Bewegt
13. Trauermusik – III. Lebhaft
14. Trauermusik – IV. Choral, sehr langsam

Hartmut Rohde, viola
Lithuanian Chamber Orchestra Vilnius
Georg Mais, regente
Vilna, Lituânia, 1996

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Bisnaga

Henri Casadesus (1879-1947) / Johann Christian Bach (1735-1782) – Concerto para Viola e Orquestra em Dó Menor [link atualizado 2017]


Aos poucos os nossos ouvintes internautas vão descobrindo um pouco mais sobre nós, da equipe do P.Q.P.Bach. Essa será minha primeira postagem de uma obra dedicada a um instrumento de cordas, a viola, e isso tem sua explicação: ao lado das peças para canto e coro, as escritas para cordas dividem um espaço igual em meu coração (e é aí que vem um dado sobre mim): sou violista de meia-pataca (pronto, já estou me preparando para as piadinhas…), fiz três anos de aulas do instrumento e ainda toco mal… Assim, junto aos sublimes  instrumentos que são as vozes humanas, outros tão belos quanto também dividem minha atenção: os da família do violino. Aliás, não sei porque chamam de “família do violino” se a viola é o instrumento mais antigo da prole e violino não quer dizer nada mais que “violinha” em italiano. Mas deixemos as brigas de família de lado e tratemos logo da obra escolhida para esta ensolarada e fria quinta-feira.

Para os violistas, o Concerto para Viola em Dó Menor de Johann Christian Bach é considerado um dos mais belos já escritos, mas ainda poucos sabem que ele é na verdade um grande (e belíssimo) engodo de Henri Casadesus, este respeitável senhor na imagem ao lado.
Casadesus era um exímio violista e aficionado em música antiga. Tornou-se importante intérprete de compositores barrocos e classicistas e pesquisador da música e dos instrumentos dos séculos XVII e XVIII. formou, com seu irmão, cunhada, esposa e um amigo a Societè des Instruments Anciens (1901-1939), que se dedicou por quase quarenta anos a divulgar a música antiga e a executá-la com instrumentos de época: viola d’amore (Henri Casadesus), quinton (Marius Casadesus), viola da gamba (Lucette Casadesus), baixo de viola (M. Devilliers) e cravo (Regine Palamí-Casadesus).

Ocorreu então que os membros da Societè, Henri e Marius, se enveredaram pela composição e, não se sabe se tímidos por não acharem suas obras muito boas, ou  querendo prestar homenagens a outros compositores ou simplesmente por acharem que composições suas não trariam repercussão, colocaram os nomes de outros autores já consagrados em suas obras, inventando histórias de que teriam descoberto peças inéditas dos mesmos. Com grande conhecimento das características compositivas dos que interpretavam, surgiram então obras com autorias forjadas, como a Suíte para Quarteto de Cordas e o Concerto em Ré para Pequena Orquestra, de C.P.E.Bach e os Concertos para Viola e Orquestra em Si Menor de Händel e em Dó Menor de J.C.Bach. Todas foram compostas, na verdade, por Henri Casadesus, que as publicava como sendo apenas seu editor.
No intuito de homenagear seus autores prediletos, Casadesus não percebia que sua obra era de grande qualidade e que merecia levar o nome verdadeiro do autor.
Essas peças foram executadas por anos a fio com as autorias forjadas que o musicista francês lhes deu. Mais recentemente optou-se por colocar a autoria de Henri Casadesus e acrescentar ao título da música que se trata de obra “no estilo” do autor que aparecia na edição original. Ainda assim, é muito comum até os dias atuais que se veja essas obras sendo executadas sob as autorias que lhes foram atribuídas por ele, é só fazer uma busca no youtube para ver.
Dificílimo de ser encontrado gravado, disponibilizo este concerto na versão de Peter Hatch, violista americano muito correto na sua execução, de interpretação muito limpa e clara (embora não utilize uma viola d’amore, como ocorria na formação original, da Societè de Instruments Anciens).
Lembro que isto não é um CD e nem me perguntem onde encontrei, se faz parte de algum outro álbum, porque eu não sei mesmo! É dessas coisas que encontramos sem querer pela internet, nem damos importância e, quando vamos ouvir, ficamos embasbacados.
Fique, então, com o belíssimo Concerto para Viola e Orquestra em Dó Menor, de Henri Casadesus, falsamente atribuído a Johann Christian Bach (semana que vem teremos o concerto que Henri atribuiu a Händel)
É maravilhoso. É IM-PER-DÍ-VEL!!!

Henri Casadesus (1879-1947)
Concerto para Viola em Dó Menor, no estilo de Johann Christian Bach

I. Allegro molto
I. Allegro molto espressivo
I. Allegro molto energico

Peter Hatch, viola

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Bisnaga

Electo Silva (1930) – Misa Caribeña [link atualizado 2017]

BELÍSSIMO!!!
Que tal um pouco de música erudita contemporânea de Cuba?
Então ouçamos um pouco da obra do elegante Electo Silva Gaínza. Nascido em 1930 na Ilha de Fidel, Electo, apesar de pedagogo de formação, enveredou-se pelas vias da música e hoje é professor na Universidad del Oriente, em Santiago de Cuba, a segunda cidade em importância da Ilha, regendo o coro de lá e o Coro Orfeónico de Santiago, um dos mais destacados de seu país.

Por se dedicar aos corais desde 1955, é para eles que dedica a maior parte de suas obras. Essa Misa Caribeña é uma dessas. É uma peça que só pôde ser concebível depois da recente abertura religiosa que o regime comunista cubano permitiu.
Mas não espere sons de batuques e percussões de salsa, rumba, guajira ou outros ritmos cubanos: Electo Silva não faz aqui fusão de ritmos tradicionais com sua música. É, porém, uma missa extremamente elegante, leve, luminosa, matinal. É daquelas peças que imaginamos sendo executadas em igrejas muito brancas numa clara manhã, naqueles belos e ensolarados dias cubanos. Alegre, mas contida. Muito bela!
Não deixe de conhecer! Ouça!

Electo Silva (1930)
Misa Caribeña a seis voces (2007)
01. Kyrie
02. Gloria
03. Credo
04. Sanctus
05. Benedictus
06. Agnus Dei

Choral Octavo, EUA

Veja o Sanctus dessa missa interpretado pelos espanhóis de La Coral de los Corrales de Buelna:

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – PQPShare (18Mb)

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Bisnaga

Dietrich Buxtehude (1637-1707): O Fröhliche Stunde (Cantatas)

Dietrich Buxtehude (1637-1707): O Fröhliche Stunde (Cantatas)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em 1705, aos 20 anos, Johann Sebastian Bach foi de Arnstadt até Lübeck (300 Km) A PÉ só para escutar o organista Dietrich Buxtehude. Este ficou tão impressionado com Bach que ofereceu um emprego e a sua sucessão como organista, desde que Bach se casasse com a sua filha. O negócio parecia maravilhoso para alguém tão jovem, mas Bach não aceitou. Dizem que a moça, coitada, era um raio de feia. Porém havia mais empecilhos: Bach tinha em vista sua bela prima Maria Barbara que — como todas as Bárbaras –, era linda. Buxtehude, dois meses depois, fez a mesma oferta para um outro jovem compositor alemão de 20 anos que também negou a moça: tratava-se de Händel. Pobre moça. Mas a música do tio Bux ficou e é de primeira qualidade. Você não precisa caminhar 300 Km para ouvi-la, basta baixar em seu computador.

Dietrich Buxtehude (1637-1707): O Fröhliche Stunde (Cantatas)

1. Lobe Den Herrn, Meine Seele
2. Ich sprach in meinem Herzen
3. Quemadmodum Desiderat Cervus
4. Canzon in C-Dur – Dietrich Becker
5. Herr, nun laeszt du deinen Diener
6. Singet Dem Herrn
7. Toccata in G
8. O froehliche Stunden
9. Fuga in G
10. Herr, wenn ich nur dich hab

Jean Tubéry
La Fenice
Hans Jörg Mamme

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Buxtehude tentou vender a filha para Bach, que fugiu
Buxtehude tentou vender a filha para Bach, que fugiu

PQP

Grandes Mestres Mexicanos (3 CDs) – Antonio Sarrier (1725-1762), Ricardo Castro (1864-1907), José Rolón (1876-1945), Manuel María Ponce (1882-1948), Candelario Huizar (1883-1970), Silvestre Revueltas (1899-1940), José Pablo Moncayo (1912-1958), Miguel Bernal Jiménez (1910-1956) e Blas Galindo (1910-1993) [link atualizado 2017]

Antes que eu me esqueça: estes três Cds são uma DELÍCIA!!!

Estamos aqui à frente de uma coletânea, com todos aqueles riscos de se postar (e se baixar, e se ouvir) uma coletânea: há sempre que se ter em mente que é um apanhado de execuções, provavelmente boas, mas não as melhores que teremos dessas músicas, que não formam um conjunto pensado por uma orquestra, mas com a importante função de apresentar-nos um novo repertório, do qual somos pouco aprofundados.

E que levante a mão aqui quem é que conhece com relativa profundidade a música erudita mexicana (afora nossos internautas mexicanos, que não são lá tantos assim)! Aí nos damos conta de como desconhecemos a vastíssima música latino-americana, à exceção de uns pontinhos de luz em Brasil, Argentina e México (isso para ficar apenas nos três latinos de maior produção erudita)… Nada! Sabemos muito pouco! E são tantos ritmos, tantas colorações, tantas influências que se entrecruzam nessas músicas…

Abrir essa caixa da música mexicana é como abrir um universo! E um universo belíssimo: temos obras aqui desde o barroco Antonio Sarrier (lindo concerto!), passando pelos românticos/nacionalistas Manoel Maria Ponce, Ricardo Castro  e José Rolón, até chegar aos modernos Candelario Huizar, Silvestre Revueltas, José Pablo Moncayo (que coisa o seu Huapango!), Miguel Bernal Jiménez e Blas Galindo, cobrindo quase 250 anos da música de concerto da Nova Espanha. Uma boa antologia para quem quer conhecer mais da música produzida no teto da Hispano-América.

Em tempo: se quiser conhecer mais, visite o blog do Música Iberoamericana de Concierto (essa coletânea não tem lá). Você vai adorar!

E pra você ter uma noção, a Huapango, que abre o CD1 (no vídeo aqui com Dudamel regendo a Simon Bolívar):

Ouça! Ouça! Deleite-se!

GRANDES MAESTROS MEXICANOS
de la Música Clásica y sus obras.

CD 1
José Pablo Moncayo (Guadalajara, 1912 – Ciudad de México, 1958)
01. Huapango
Manuel María Ponce (Fresnillo, 1882 – Ciudad de México, 1948)
02. Romanzetta
03. Estampas Nocturnas, I. La Noche
04. Estampas Nocturnas, II. En Tiempos del Rey Sol
05. Estampas Nocturnas, III. Arrulladora
06. Estampas Nocturnas, IV. Scherzo de Puck
Ricardo Castro (Nazas, 1864 – Ciudad de México, 1907)
07. Minueto en Sol Mayor Op. 23
José Pablo Moncayo (Guadalajara, 1912 – Ciudad de México, 1958)
08 Bosques

CD 2
Blas Galindo (San Gabriel, 1910 – Ciudad de México, 1993)
01. Sones de Mariachi
Silvestre Revueltas (Santiago Papasquiaro, 1899 – Cidade do México, 1940)
02. Sensemaya
03. Redes
04. La Noche de los Mayas, I. Noche de los Mayas
05. La Noche de los Mayas, II. Noche de Jaranas
06. La Noche de los Mayas, III. Noche de Yucatán
07. La Noche de los Mayas, IV. Noche de Encantamiento
08. Janitzio
Antonio Sarrier (Espanha, 1725 – México, 1762)
09. Sinfonía en Re Mayor, I. Obertura (Andante)
10. Sinfonía en Re Mayor, II. Andante
11. Sinfonía en Re Mayor, III. Fuga (Allegro)

CD 3
Candelario Huizar (Jerez de García Salinas, 1883 – Ciudad de México, 1970)
01. Pueblerinas, I. Moderato Flessibile-Allegro
02. Pueblerinas, II. Lento
03. Pueblerinas, III. Allegro Vivo
Miguel Bernal Jiménez (Morelia, 1910 – León, 1956)
04. El Chueco
José Rolón (Zapotlán el Grande, 1876 – Ciudad de México, 1945)
05. Concierto para Piano y Orquesta, I. Allegro Enérgico
06. Concierto para Piano y Orquesta, II. Poco Lento
07. Concierto para Piano y Orquesta, III. Allegro con Fuoco

Créditos:
CD1
Orquesta Sinfónica Nacional / Sergio Cárdenas, regente / Sala Nezahualcóyotl, Ciudad de México, 1980 (Faixas 01 e 08)
Camerata de la Orquesta Sinfónica Nacional / Luis Samuel Saloma, violín / Sergio Cárdenas
Sala Nezahualcóyotl, Ciudad de México, 1981 (Faixas 02 a 07)
CD2
Orquesta Sinfónica Nacional / Luis Herrera de la Fuente / 1969 (Faixa 01)
New Philharmonia Orchestra / Eduardo Mata / 1976 (Faixas 02, 03 e 08)
Orquesta Sinfónica de Xalapa / Luís Herrero de la Fuente / Sala Nezahualcóyotl, Mexico, 1980 (Faixas 04 a 07, e 09 a 11)
CD3
Orquesta Filarmónica de la Ciudad de México / Fernando Lozano / Sala Nezohualcóyotl, Ciudad de México, 1981 (Faixas 01 a 04)
Orquesta Sinfónica Nacional / Miguel García Mora, Piano / Luis Herrero de la Fuente / 1969 (faixas 05 a 07)

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Rai-ai-ai! Y viva México!

Bisnaga

W. A. Mozart (1756-1791): Grande Missa em Dó Menor, K. 427 e Exsultate, Jubilate, K. 165

W. A. Mozart (1756-1791): Grande Missa em Dó Menor, K. 427 e Exsultate, Jubilate, K. 165

Há uma boa gravação aqui no PQP BACH da Grande Missa em C menor de Mozart com Raymond Leppard. É uma extraordinária obra, cheia de solenidade. O Kyrie dessa missa é de uma beleza única. Todavia, neste CD, a obra que me chamou a atenção foi a Exsultate, Jubilate, uma peça relativamente curta, mas de grande beleza. A condução é do inominável Nikolaus Harnoncourt, regente que reputo como um dos maiores da atualidade. O CD ao lado é da obra sacra completa do Mozart gravada por Harnoncourt. Este CD que apresentamos faz parte da caixa, a qual não temos completa.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Grande Missa em Dó Menor, K. 427 e Exsultate, Jubilate, K. 165

Grande Missa em Dó Menor, K. 427
1. Kyrie [08:29]
2. Gloria in Excelsis [02:52]
3. Laudamus Te [04:53]
4. Gratis Agimus Tibi [01:30]
5. Domine Deus [02:52]
6. Que Tollis Peccata Mundi [06:27]
7. Quoniam Tu Solus Sanctus [04:17]
8. Jesu Crhistie [00:46]
9. Cum Sancto Spiritu [04:12]
10. Credo in Unum Deum [03:58]
11. Et Incarnatus Est [08:28]
12. Sanctus [02:03]
13. Osanna [02:16]
14. Benedictus [06:30]

Konzertvereinigung Wiener Staatsopernchor
Walter Hagen-Groll, Chorusmaster
Krisztina Láki, Zsuzsanna Dénes, soprano
Kurt Equiluz, tenor
Robert Holl, bass
Nikolaus Harnoncourt, regente

Exsultate, Jubilate, K. 165
15. Exsultate, Jubilate [4:51]
16. Fulget amica dies
17. Tu virginum corona [6:31]
18. Alleluja [2:42]

Concetus musicus Wien
Barbara Bonney, soprano
Nikolaus Harnoncourt, regente

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Harnoncourt: caras de louco é com ele mesmo
Harnoncourt: caras de louco é com ele mesmo

Carlinus (Revalidado por PQP)

.: interlúdio :. Diana Krall – All For You

.: interlúdio :. Diana Krall – All For You

413845Q2EMLNão há como não se apaixonar pelo estilo de Diana Krall. Ela exala sensualidade por todos os poros, e sua voz quase sussurante, por vezes meio rouca, é para nos deixar loucos. E sua técnica pianística também é impecável, com solos muito bem elaborados, puxando de vez em quando para o blues

Este CD dedicado a Nat King Cole é um primor, onde todos estes ingredientes se somam à dois excelentes acompanhantes, curioso, um trio sem baterista, enfim, ela é acompanhada pelo guitarrista Russel Malone e pelo baixista Paul Keller.

Enfim, um cd sensacional, que os clientes da amazon adoraram, cinco estrelas. E tenho certeza de que os senhores também vão adorar. Como falei antes, não há como não se apaixonar por Diana Krall.

Diana Krall – All For You

01 – I’m an Errand Girl for Rhythm
02 – Gee Baby, Ain’t I Good to You
03 – You Call it Madness
04 – Frim Fram Sauce
05 – Boulevard of Broken Dreams
06 – Baby Baby All the Time
07 – Hit that Jive Jack
08 – You’re Looking at Me
09 – I’m Tthru with Love
10 – Deed i Do
11 – A Blossom Fell
12 – If I Had You

Diana Krall – Piano, voice
Russel Malone – Guitar
Paul Keller – Bass

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FDP

Guia dos Instrumentos antigos 8/8 – Classicismo + LIVRO 200 pág. [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

Tem na Amazon: aqui.

Chegamos, após uma semana toda de deleites arcaicizantes, à última, derradeira e gloriosa postagem desta série!

Espero que para vocês, nossos estimados usuários-ouvintes, esse passeio pela música com instrumentos de época tenha sido tão prazeroso quanto o foi para mim.

E hoje, neste ensolarado dia das mães (pelo menos aqui na cidade da minha, no pujante interior de paulista – aliás, previsão de sol, porque eu escrevi o texto na véspera), brindemos a completude desta pequena mas valorosa coleção com mais pesos-pesados como Haydn, Mozart e Beethoven, primorosamente escolhidos e executados por instrumentistas dos mais gabaritados.

E, como prometido inicialmente, sege, logo após o link para o 8º CD, o enlace para o riquíssimo livro dos instrumentos, uma pesquisa minuciosa e de uma qualidade inquestionável.

Esquema do funcionamento de um órgão de foles na página 152.
Na página 114, uma iluminura com uma gaita de foles e uma Musette de Cour, utilizada na faixa 14 deste CD.

Essa sequência de superlativações não é à toa: estamos diante de um material estupendo, que auxiliará muitos profissionais e amantes da música a conhecerem e ensinarem outras pessoas a se apaixonarem ainda mais por esse universo maravilhoso!

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se, sem medida!!!

Guide des Instruments Anciens – CD8
Classicismo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (CD8) 184Mb

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (Livro/Book) 59Mb

Pronto! Finalmente toda a coleção está aqui: CD1CD2, CD3, CD4, CD5, CD6 e CD7. Ouça!

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

– Ó, disse pra eu ficar à vontade, já fui ficando, tá?

Avicenna & Bisnaga