Cazzati / Grossi / Jacchini / Lazzari / Melani / Scarlatti / Stradella / Torelli / Vitali / Vivaldi: Music for Trumpets and Strings from the Italian Baroque

Cazzati / Grossi / Jacchini / Lazzari / Melani / Scarlatti / Stradella / Torelli / Vitali / Vivaldi: Music for Trumpets and Strings from the Italian Baroque

Um excelente disco do tempo em que Alison Balsom ainda não era a grande estrela que é hoje – com total merecimento. Até meados do século XVII, o trompete era essencialmente um instrumento cerimonial, tocado por soldados e atendentes da corte. Era normalmente utilizado em bandas de trompetes e bateria, nas quais fanfarras e músicas populares eram tocadas. No entanto, compositores alemães como Michael Praetorius e Heinrich Schütz começaram a experimentar o uso de trompetes em concertos por volta de 1620, e logo após 1650 os compositores começaram a escrever muitas peças para uma ou duas trombetas com órgão e com cordas e continuo. Este é o repertório que é explorado neste disco. Pensa-se normalmente que as primeiras sonatas da trompete foram escritas em Bolonha. E, com efeito, as primeiras sonatas de trompete impressas foram publicadas em 1665 por Maurizio Cazzati, maestro di capella em San Petronio, em Bolonha. No entanto, existem sonatas para trompete em manuscritos nas bibliotecas do norte da Europa que são mais antigas. Um exemplo disso é a sonata do compositor e cantor romano Alessandro Melani. Ela pode ser encontrada em manuscritos de Uppsala, na Suécia, provavelmente copiada nas décadas de 1680 ou 90, embora uma versão mais curta para uma única trombeta em um manuscrito de Oxford possa remontar à metade do século.

Music for Trumpets and Strings from the Italian Baroque

Sonata a 6 in D major[5’43] Ferdinando Lazzari (1678-1754)
1 Presto e spicco[1’58]
2 Grave[0’35]
3 Canzona[0’59]
4 Grave[0’31]
5 Presto[1’40]

6 Sonata a 4 in G minor ‘La sampiera'[3’36]Maurizio Cazzati (1620-1677)

Sonata a 5 in D major Op 3 No 10[5’29] Andrea Grossi (1680-1690)
7 Vivace[1’11]
8 Adagio[2’06]
9 Grave[0’59]
10 Presto[1’13]

Sonata a 5 in D major[4’08] Giuseppe Maria Jacchini (c1663-1727)
11 Grave – Allegro[1’08]
12 Grave[0’38]
13 Allegro[1’06]
14 Grave – Allegro[1’16]
15 Sonata in A minor ‘La sassatelli’ Op 5 No 10[3’06]Giovanni Vitali (1632-1692)

Sonata a 5 in C major[10’19] Alessandro Melani (1639-1703)
16 Adagio – Allegro[2’01]
17 Allegro[3’14]
18 Canzona – Grave[2’42]
19 Vivace[2’22]
20 Sonata in E minor Op 10 No 17[5’15]Giovanni Legrenzi (1626-1690)

Il barcheggio[6’01] Alessandro Stradella (1639-1682)

21 Sinfonia in D major Movement 1: [Allegro][0’56]
22 Sinfonia in D major Movement 2: Andante[2’13]
23 Sinfonia in D major Movement 3: Allegro ma non troppo[1’16]
24 Sinfonia in D major Movement 4: Allegro[1’36]

Sonata a 5 in D major G7[5’23] Giuseppe Torelli (1658-1709)
25 Grave – Allegro[1’02]
26 Adagio[1’26]
27 Allegro[1’11]
28 Grave – Allegro[1’44]

Sonata a 4 No 1 in F minor[5’46] Alessandro Scarlatti (1660-1725)
29 Grave[0’51]
30 Allegro[1’38]
31 Larghetto[2’09]
32 Allemanda[1’08]

Concerto in C major RV537[6’41] Antonio Vivaldi (1678-1741)
33 Vivace[2’52]
34 Largo[0’33]
35 Allegro[3’16]

Crispian Steele-Perkins (trumpet)
Alison Balsom (trumpet)
The Parley of Instruments

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Vocês pensam que Vermeer não gostava de trompete?

PQP

The fam’d Italian Masters: Música Barroca Italiana para 2 Trompetes

The fam’d Italian Masters: Música Barroca Italiana para 2 Trompetes

Um bom CD sobre a (boa) fama dos mestres italianos do barroco. O grupo The Parley of Instruments — incluindo Alison Balsom e Crispian Steele-Perkins nos trompetes — é um especialista na área e dá um verdadeiro espetáculo na sua caminhada de Lazzari e Cazzati até Alessandro Scarlatti e Vivaldi. Apesar de ser um grupo inglês, o espírito da bota está mantido com toda sua alegria e timbres. Não vai mudar a vida de ninguém, mas é um disco agradabilíssimo para se ouvir bem alto porque os trompetes, sabe-se, costumam ser ensurdecedores. E futebol é bola na rede.

The fam’d Italian Masters: Música Barroca Italiana para 2 Trompetes

Sonata a 6 in D major[5’43] Ferdinando Lazzari (1678-1754)
1 Presto e spicco[1’58]
2 Grave[0’35]
3 Canzona[0’59]
4 Grave[0’31]
5 Presto[1’40]

6 Sonata a 4 in G minor ‘La sampiera'[3’36] Maurizio Cazzati (1620-1677)

Sonata a 5 in D major Op 3 No 10[5’29] Andrea Grossi (fl1680-1690)
7 Vivace[1’11]
8 Adagio[2’06]
9 Grave[0’59]
10 Presto[1’13]

Sonata a 5 in D major[4’08] Giuseppe Maria Jacchini (c1663-1727)
11 Grave – Allegro[1’08]
12 Grave[0’38]
13 Allegro[1’06]
14 Grave – Allegro[1’16]

15 Sonata in A minor ‘La sassatelli’ Op 5 No 10[3’06] Giovanni Vitali (1632-1692)

Sonata a 5 in C major[10’19] Alessandro Melani (1639-1703)
16 Adagio – Allegro[2’01]
17 Allegro[3’14]
18 Canzona – Grave[2’42]
19 Vivace[2’22]

20 Sonata in E minor Op 10 No 17[5’15] Giovanni Legrenzi (1626-1690)

Il barcheggio [6’01] Alessandro Stradella (1639-1682)
21 Sinfonia in D major Movement 1: [Allegro][0’56]
22 Sinfonia in D major Movement 2: Andante[2’13]
23 Sinfonia in D major Movement 3: Allegro ma non troppo[1’16]
24 Sinfonia in D major Movement 4: Allegro[1’36]

Sonata a 5 in D major G7[5’23] Giuseppe Torelli (1658-1709)
25 Grave – Allegro[1’02]
26 Adagio[1’26]
27 Allegro[1’11]
28 Grave – Allegro[1’44]

Sonata a 4 No 1 in F minor[5’46] Alessandro Scarlatti (1660-1725)
29 Grave[0’51]
30 Allegro[1’38]
31 Larghetto[2’09]
32 Allemanda[1’08]

Concerto in C major RV537[6’41] Antonio Vivaldi (1678-1741)
33 Vivace[2’52]
34 Largo[0’33]
35 Allegro[3’16]

The Parley of Instruments
Crispian Steele-Perkins: trumpet
Alison Balsom: trumpet
Judy Tarling: violin
Theresa Caudle: violin
Tassilo Erhardt: viola
Mark Caudle: cello
Peter Holman: organ

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london_consort

PQP

L’Arpeggiata e Phillipe Jaroussky, contratenor: Icônes du Seicento – ao vivo (2009)

Icones du SeicentoEntrei em contato com o grupo L’Arpeggiata aos poucos, através de postagens esparsas dos colegas do blog, como esta, esta, e esta.

Gostei de imediato, mas foi só a partir da terceira que me percebi em risco de ficar viciado. Comecei a ver tudo que é vídeo do grupo no YouTube, e foi aí que viciei mesmo: a paixão contida porém visível com que os músicos tocam, o bom humor e discreta teatralidade aqui e ali, e sobretudo o encanto visual dos instrumentos fazem do L’Arpeggiata algo ainda mais rico quando se vê, além de ouvir.

Talvez seja por isso que este lindo trabalho com peças italianas dos anos 1600 nem foi lançado em CD, apenas em vídeo. As faixas disponibilizadas aqui foram extraídas do vídeo. – Mas então por que postar no PQP, se já está no YouTube? – alguém poderá perguntar… e eu responderei: há abundância de ocasiões em que não se pode ver mas se gostaria de ouvir – e nessas ocasiões é prático ter o material dividido em faixas, não é?

Falando de faixas… das cantadas pelo extraordinário contratenor que é Jaroussky, minhas preferidas são a 07 (onde faz valer o sentido das palavras ‘Oh gloriosa senhora!), 09, 11 (Stabat Mater) e 13 (um setting por Monteverdi do tratado de instrumentação da antiguidade que é o Salmo 150). Jaroussky também é magnífico na faixa tratada com mais liberdade estilística, que é a versão jazzy de outra peça de Monteverdi (faixa 15), onde me encantam especialmente os efeitos à Louis Armstrong extraídos do cornetto pelo californiano Doron Sherwin – que, de resto, empresta brilho a quase todas as faixas. Mas quem compete seriamente com Jaroussky pelo estrelato máximo do show é o violinista Alessandro Tampieri, sobretudo nas faixas 06, 08 e 12. E não se deve deixar de mencionar a bela toccata de G. Kapsberger, à qual o grupo deve seu nome, solada à tiorba por sua diretora, a austríaca Christina Pluhar (faixa 10). Espiem lá!

Palhinha: um bis de Monteverdi em versão jazzy (faixa 15)

Philippe Jaroussky com L’Arpeggiata
ICONES DU SEICENTO – ao vivo / live

01 Abertura do vídeo: vinheta da faixa 10 (instrumental) – 01’00
02 Anônimo – Ninna nanna al bambino Gesù – 05’34
03 Maurizio Cazzati – Ciaccona (instrumental) – 03’36
04 Benedetto Ferrari – Queste pungenti spine – 03’16
05 Maurizio Cazzati – Passacaglia (instrumental) – 03’32
06 Pandolfo Mealli – La vinciolina (instrumental) – 02’12
07 Ignazio Donati – O gloriosa domina – 04’00
08 Marco Uccellini – La Luciminia contenta (instrumental) – 04’02
09 Luigi Rossi – Lasciate averno – 06’07
10 Girolamo Kapsberger – Toccata l’Arpeggiata (instrumental) – 02’35
11 Giovanni Felice Sances – Stabat mater dolorosa – 07’00
12 Antonio Bertali – Ciaccona (instrumental) – 04’32
13 Claudio Monteverdi – Laudate Dominum (Salmo 150) – 04’17
14 Anônimo – Ciaccona di paradiso et dell’Inferno – 03’36
15 Claudio Monteverdi – Ohimè, ch’io cado – versão jazzy – 04’19
16 Domenico Maria Melli – Dispiegate, guance amate – 02’05
17 Claudio Monteverdi – Sì dolce è’l tormento – 04’38
__

Philippe Jaroussky – contratenor

L’Arpeggiata
Christina Pluhar, tiorba e direção
• Alessandro Tampieri, violino
• Doron Sherwin, corneto
• Eero Palviainen, arquialaúde e guitarra barroca
• Charles Edouard Fantin, alaúde, guitarra barroca
• Margit Übellacker, saltério
• Haru Kitamika, órgão, cravo
• Richard Myron, violone
• Michèle Claude, percussão

Gravado na Abadia de Ambronay, França, em 18 de setembro de 2008,
dentro do 29º Festival de Ambronay

Website do conjunto: http://www.arpeggiata.com

Material não lançado em CD
Áudio extraído do vídeo disponível no YouTube, código ?v=KFRMwgQLHLk
Directed by Olivier Simonnet © Broadcast by Mezzo, 2008

.  .  .  .  .  .  BAIXE AQUI – download here

Ranulfus

VIA CRUCIS – L’Arpeggiata – Christina Pluhar (2010)

VIA CRUCIS – L’Arpeggiata – Christina Pluhar (2010)

Eis um disco letal para quem por desventura for alérgico a beleza (e olhe que há quem seja). Este disco é um gravíssimo atentado à feiura. Sob a direção da teoerbista austríaca Christina Pluhar (também alaudista e harpista), o grupo L’Arpeggiata vem realizando gravações de extrema excelência e beleza, com rica instrumentação, sobre um repertório de princípios do barroco, mais temas e estilos tradicionais. Explorando bastante o gênero chaconne (caracterizado pelas variações sobre a repetição de uma breve sequência harmônica, com um baixo ostinato). Aqui o L’Arpeggiata conta com uma verdadeira constelação de artistas, a exemplo do impressionante grupo vocal Barbara Furtuna da Corsega (liderado pelo expressivo cantor Maxime Merlandi); também a soprano Nuria Rial, o consagradíssimo Philippe Jaroussky, o barítono Fulvio Bettini e o tenorino napoletano Vincenzo Capezzuto (este, se não é um anjo, canta como tal. Ouçam para crer – faixa 18 ‘Stù Criatu). Como evidencia o título, é um disco no qual se reuniram peças com uma finalidade conceitual e sacra: VIA CRUCIS – Rappresentazzione della Gloriosa Passione de Cristo, à maneira de um Intermedi sacro renascentista. Peças do século XVII se mesclam a temas da Corsega e do Sul da Itália. Um dos arrebatadores momentos do disco é a faixa 3 – Maria, canção composta sobre uma canção tradicional dos pastores de Carpino, La Carpinese – destaque para o cornetto do virtuosíssimo Doron David Scherwin. Assim como também são impressionantes as outras faixas de canto corso nas quais atua o grupo Barbara Furtuna: Suda Sangre, Stabat Mater e Lamentu di Ghjesu sopra La Follia. O disco se divide em três segmentos: Maria – La Visione (faixas 1 a 5), La Morte de Xsto – O diu, tante suffranze (faixas 6 a 13) e Ci vedrem in paradiso (faixas 14 a 18). Tive a felicidade de encontrar esta beleza na Fnac do Chiado, em Lisboa, numa promoção inacreditável, na qual discos da Harmonia Mundi, por exemplo, variavam entre 2 e 9 euros. Este custou 5! Em nosso desventurado país não custaria menos de 80 contos. Como escreveu Tennessee Williams, “às vezes Deus aparece tão de repente…” rs

  • L’Annociation – H. I. F. Von Biber
  • Ninna nanna alla Napoletana – Ann. – P. Jaroussky
  • Maria (sopra La Carpinese, trad.) – Barbara Furtuna.
  • Hor ch’è tempo di dormire – Tarquinio Merula – Nuria Rial
  • L’Aria – H. I. F. Von Biber
  • Lumi, potete piangere – Giovanni Legrenzi – Nuria Rial, P. Jaroussky
  • Suda Sangre – Trad. corso – Barbara Furtuna
  • Queste pungente spine – Benedetto Ferrari – P. Jaroussky
  • Voglio morire – Luigi Rossi
  • Stabat Mater – Trad. corso – Barbara Furtuna
  • Stabat Mater – Giovanni Felice Sances – Nuria Rial
  • Passacaglia – Maurizio Cazzati
  • Lamentu di Ghjesu (sopra La Follia) – Roccu Mambrini e L’ensemble Tavagna
  • Ciaconna – Tarquinio Merula
  • Laudate Dominum – C. Monteverdi – Nuria Rial
  • Canario – Lorenzo Allegri
  • Ciaccona di Paradiso e dell’Inferno – Ann. – P. Jaroussky, Fulvio Bettini
  • ‘Stù Criatu – Enzo Gragnaniello (n.1954) – Vincenzo Capezzuto

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Christina Pluhar
Christina Pluhar

Wellbach