Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sanguineus and Melancholicus Sonatas (+Telemann, Vivaldi, Boismortier e J.B. Bach)

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sanguineus and Melancholicus Sonatas (+Telemann, Vivaldi, Boismortier e J.B. Bach)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um baita CD deste originalíssimo compositor irmão de PQP Bach por parte de pai. Ouçam as faixas 5 e 6 me digam se aquilo não é um passo para o futuro. E, curiosidade, ainda temos aqui uma jovem Rachel Podger. Com apenas 19 anos, ela fazia parte deste excelente grupo chamado Florilegium como uma de suas fundadoras.

O que me fascina na ainda bastante misteriosa música de câmara de CPE Bach é sua maneira única de combinar uma marca muito digna de seriedade e uma concentração e originalidade muitas vezes perturbadora pelas surpresas nos momentos dramáticos, tudo isso sem perder o foco na simetria e na organização formal. Ele foi um mestre na arte das modulações estranhas. As tonalidades se modificam de uma forma realmente diferente do habitual. E eu adoro isso!

Carl Philipp Emanuel Bach foi o segundo filho de Johann Sebastian Bach e Maria Barbara Bach. Seu talento se manifestou já na infância, recebendo completa e esmerada educação musical de seu pai, mas inicialmente tencionava dedicar-se profissionalmente ao Direito, estudando na Universidade de Leipzig e na Universidade de Frankfurt. Para nossa sorte, seus planos deram errado. Ao terminar o curso em 1738 foi empregado pelo rei Frederico II da Prússia como cravista, para quem trabalharia pelos trinta anos seguintes… Em 1768 sucedeu seu padrinho, Georg Philipp Telemann, na posição de kantor do Johanneum de Hamburgo, uma escola latina, bem como tornou-se diretor de música municipal, responsável pela música das cinco principais igrejas da cidade e pela ornamentação de cerimônias cívicas, onde permaneceria ativo até sua morte em 1788. Foi um grande dinamizador do ambiente musical de Hamburgo, além de ligar-se a importantes figuras da literatura e da filosofia, participando de clubes e sociedades de debates. Deixou obra volumosa, com mais de 750 composições entre peças para teclado solo, concertos, sinfonias, música sacra, música de câmara e lieder.

Obs.: há um problema na faixa 14 (Telemann), mas não tenho como corrigir. Se alguém puder mandar uma versão com o CD completo em mp3 de 320, por favor.

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sanguineus and Melancholicus Sonatas (+Telemann, Vivaldi, Boismortier e J.B. Bach)

Quartet In D Major Wq 94 (1788)
Composed By – C.P.E. Bach*
1 Allegretto 5:19
2 Sehr Langsam Und Ausgehalten 4:33
3 Allegro Di Molto 4:48

4 Larghetto From Sonata In G Minor Wq 88 (1759)
Composed By – C.P.E. Bach*
6:10

Sonata In C Minor ‘Sanguineus And Melancholicus’ Wq 161 Nr.4 (1749)
Composed By – C.P.E. Bach*
5 Allegretto-Presto 5:02
6 Adagio 4:00
7 Allegro 6:22

Sonata In A Minor Wq 132 (1747)
Composed By – C.P.E. Bach*
8 Poco Adagio 4:09
9 Allegro 3:16
10 Allegro 2:52

Trio Sonata In C Major Wq 147 (1731)
Composed By – C.P.E. Bach*
11 Allegro 3:53
12 Adagio 5:04
13 Allegro 3:00

14 Allegro
Composed By – Telemann*

15 Allegro From Sonata In G Minor Opus 34
Composed By – Boismortier*

16 Allegro From Concerto In G Minor RV 107
Composed By – Vivaldi*

17 La Joye From Ouverture In D Major
Composed By – J.B Bach*

Florilegium:
Cello – Daniel Yeadon
Flute – Ashley Solomon
Harpsichord – Neal Peres Da Costa
Violin – Lucy Russell, Rachel Podger

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Pieter de Jode (1570-1634), depois de Maerten de Vos: Os Quatro Temperamentos (1590-1632)

PQP

J. S. Bach (1685-1750) – Suítes Orquestrais – Concerto Italiano & Rinaldo Alessandrini

J. S. Bach (1685-1750) – Suítes Orquestrais – Concerto Italiano & Rinaldo Alessandrini

Johann

Bernhard ◦ Sebastian ◦ Ludwig

Bach

Ouvertures

 

 

Este álbum contêm as quatro Suítes para Orquestra (Ouvertures) de Johann Sebastian Bach e mais duas, de dois de seus primos, Johann Bernhard e Johann Ludwig Bach.

Vocês podem imaginar a confusão de nomes nas reuniões familiares. Aqui está a árvore genealógica com os nossos três compositores do álbum em destaque pelas molduras.

Do livro de Karl Geiringer

As quatro suítes de Bach são peças belíssimas e diferem um pouco entre si especialmente pela orquestração. A Suíte No. 1, em dó maior, é para trio de oboés e fagote, além das cordas e contínuo e lembra, em algum sentido, um concerto grosso, neste aspecto de orquestração. A abertura (por isso o nome alternativo, Ouverture) é espetacular, com um momento de transição entre os primeiros acordes solenes e a sequência de desenvolvimento, que nesta gravação ocorre a 2’10, especialmente mágico. Desde a primeira vez que ouvi este trecho, fiquei completamente fascinado por estas obras.

Buffardin

A Suíte no. 2, em si menor, é famosa pelo solo de flauta, que é o único instrumento de sopro em sua orquestração. É possível que Pierre-Gabriel Buffardin, famoso flautista da corte de Dresden, fosse o destinatário desta maravilhosa peça.

As outras duas Suítes, Nos. 3 e 4, são ambas em ré maior e têm a mesma orquestração, com dois oboés, três trompetes, tímpanos, cordas e contínuo. São peças espetaculares. A Suíte No. 3 se destaca pela Aria, movimento no qual os instrumentos de sopro descansam.

O movimento de abertura da Suíte No. 4 foi usado por Bach no coro inicial da Cantata de Natal BWV 110 – “Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de jubilosos cânticos”. Bem, acho que vocês entenderam… Fica a dica.

As outras duas suítes, dos primos de Johann Sebastian, são diferentes em suas orquestrações. Johann Bernard manteve ótimas relações com Johann Sebastian. Eram compadres e Sebastian tinha grande apreço pela obra do primo. Johann Bernard trabalhou com Georg Philipp Telemann, que produziu muitas aberturas. A Suíte em mi menor de Johann Bernard é orquestrada para cordas e contínuo e não usa instrumentos de sopros.

Johann Sebastian tinha também estima pelas obras de seu outro primo, Johann Ludwig. Na verdade, algumas das suas cantatas só chegaram até nós devido ao fato de terem sido apresentadas por Johann Sebastian em Leipzig, tendo portanto suas partes copiadas e preparadas lá para essas apresentações. A Suíte em sol maior dá algumas indicações de instrumentação, designando algumas de suas seções para oboés, indicando maior uso de instrumentos de sopros.

Estas peças maravilhosas muito possivelmente foram apresentadas em Leipzig, no Café de Gottfried Zimmermann, pelo Collegium Musicum. Este grupo de músicos se apresentava às quartas e sextas-feiras e apesar de uma certa informalidade, era excelente e famoso. A direção do Collegium foi exercida por Telemann, depois por Melchior Hoffman e posteriormente por Georg Balthasar Schott. Schott e Bach se davam muito bem e quando Schott mudou-se para Gotha para assumir um posto musical, em 1729, Bach assumiu a direção do Collegium. A combinação do pessoal da Thomaskirche com os músicos do Collegium permitia que Bach apresentasse obras de grande porte como a Paixão Segundo São Mateus e outras grandes cantatas.

Imagine estar no Café Zimmernann e ouvir a Cantata do Café, depois uma Suíte de Johann Ludwig e outra ainda de Johann Sebastian… Qual das quatro você escolheria?

Este álbum, a despeito de sua capa um tanto inusitada, é muito bom. É claro, o grupo usa instrumentos e práticas de época, mas as grandes aberturas são apresentadas solenemente, pelo menos sob minha perspectiva e com excelente sonoridade. Eu gostei de tudo, do começo ao fim, mas aviso, I’m easy to please. Você só precisa baixar e ouvir… Aposto que vai gostar!

CD1

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

[1-5] – Suíte No. 3 em ré maior, BWV 1068

Johann Bernard Bach (1676-1749)

[6-13] – Suíte em mi menor

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

[14-20] – Suíte No. 1 em dó maior, BWV 1066

CD2

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

[1-5] – Suíte No. 4 em ré maior, BWV 1069

Johann Ludwig Bach (1677-1731)

[6-11] – Suíte em sol maior

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

[12-18] – Suíte No. 2 em si menor, BWV 1067

Concerto Italiano

Rinaldo Alesandrini

Mais informações poderão ser obtidas no livreto que acompanha os arquivos.

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FLAC | 735 MB

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MP3 | 320 KBPS | 314 MB

Rinaldo Alessandrini

Uma crítica equilibrada deste álbum pode ser encontrada aqui.

Aproveite!

René Denon