A ideia não é nova – András Schiff gravou um disco para a TELDEC em 1994 reunindo peças de Handel, Brahms e Reger. Confesso que não lembro da peça de Max Reger, mas certamente me lembro das peças de Handel e Brahms.
Seong-Jin Cho
A reverência de certos compositores para com mestres do passado quase sempre resulta em boa música. Ravel é um desses e Stravinsky, a seu modo, também. Foi com essa perspectiva que abordei esse disco que achei excelente. Três suítes de Handel, incluindo aquela que termina com variações e fuga – O Ferreiro Harmonioso – seguidas das Variações e Fuga sobre um tema de Handel, de Brahms. Como bônus, a título de encores, mais uma peça de Handel e um arranjo do venerando Wilhelm Kempff.
Outro grande pianista que dedicou parte de um álbum a música de Handel é Murray Perahia. O paralelo não termina aqui. Após anos de dedicação à música dos períodos clássico e romântico, Perahia que passava por um período afastado do piano devido à uma lesão, mergulhou na música do período barroco – Handel, Scarlatti e Bach – e em seu retorno à atividade ganhamos alguns ótimos discos. Felizmente Seong-Jin Cho não precisou se machucar para encontrar na música para teclado do período barroco novos estímulos para sua arte.
George Handel (1685–1759)
Suíte No. 2 em fá maior HWV 427
Adagio
Allegro
Adagio
Allegro [Fugue]
Suíte No. 8 em fá menor HWV 433
Prélude
Allegro [Fugue]
Allemande
Courante
Gigue
Suíte No. 5 em mi maior HWV 430
Prélude
Allemande
Courante
Air – Double I–V [Air com 5 Variações “The Harmonious Blacksmith”]
Johannes Brahms (1833–1897)
Variações e Fuga sobre um Tema de Handel em si bemol maior op. 24
George Handel (1685–1759)
Sarabande em si bemol maior HWV 440/3 (3º. Mov. da Suíte No. 7 em si bemol maior)
Menuetto em sol menor (Arr. Wilhelm Kempff) anteriormente tratado como 4º. Mov. da Suíte em si bemol maior, HWV 434
“For me, Handel’s music comes directly from the heart, so people can easily follow it.”, says Cho. He was also keen to explore the ways in which Handel influenced later composers and so chose to record Brahms’s enormously creative response to music from one of the suites as well. Brahms based his twenty-five variations on the Air from Handel’s Suite No. 3 in B flat major HWV 434, a simple theme on which Handel himself built four short variations.
Espero que você goste deste álbum tanto quanto eu…
Aproveite!
René Denon
Seong-Jin Cho achando o Salão de Pianos do PQP Bach Co-op um ‘must’…
Nas décadas de 1720 e 1730 a cidade de Londres passou por enormes transformações. Estava em curso a Revolução Industrial e a cidade crescia e mudava constantemente. Essas mudanças também ocorriam na cultura e nas artes. Neste período ocorreu a publicação do livro Robinson Crusoe de Daniel Defoe, a produção por William Hogarth de uma série de pinturas e gravuras chamada The Rake’s Progress, a apresentação de The Beggar’s Opera de John Gay, com arranjos musicais de Johann Christoph Pepusch.
Dois teatros inaugurados nessa época estão ativos até hoje: Haymarket Theatre e o Covent Garden. Handel compôs e apresentou obras nesses teatros, no fim da década de 1730, quando então compunha oratórios. Na década de 1720 ele reinou absoluto compondo e produzindo ópera séria (italiana). Essas produções eram riquíssimas e reuniam músicos e artistas que tocavam na orquestra e cantavam. Nos intervalos dessas produções Handel reunia convidados – nobres e artistas – para desfrutarem de jantares, que Handel era amante da boa mesa. E a plateia deliciava-se com números musicais tocados nessas ocasiões (e com a sua própria comida e bebida), repletos de ‘citações’ das melodias ‘favoritas’ do compositor. Essa prática, de usar o mesmo material das árias e números das óperas ou oratórios em sonatas ou concertos era uma maneira de se manter na memória do público.
Esse disco é alusivo a essa prática, na qual alguns membros da orquestra ou o próprio compositor tocavam essas melodias handelianas na forma de sonatas ou concertos. E a música seria posteriormente impressa e devidamente vendida… Um concerto para flauta doce contralto que começou a vida como uma sonata para flauta (HWV 369) é transformada em um de seus muitos concertos para órgão, o qual ele mesmo usava para entreter a plateia entre os atos de um de seus oratórios (HWV 293), aqui encontra uma versão entre as duas possibilidades, com Steger improvisando entre o segundo e o terceiro movimento. Música de outros compositores contemporâneos, desde que boa, também poderia ser usada…
Eu sei, um disco com proeminência de flauta doce pode ser uma coisa perigosa, mas não há o que temer aqui, apesar do virtuosismo de todos os envolvidos. Um disco extravagante, bigger than life, como era o saxão mais inglês que já houve.
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Concerto para flauta doce em fá maior
Larghetto. Adagio
Allegro
[Improvisation]
Alla Siciliana
Presto
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Suíte de Danças
Chaconne. Tanz der spanischen Damen und Cavallier (de Almira, HWV 1)
Bourrée (de Almira, HWV 1)
Sarabanda (de Almira, HWV 1)
Ritornello (de Almira, HWV 1)
Rondeau (de Almira, HWV 1)
Rigaudon (de Almira, HWV 1)
Allegro (do Concerto para Oboé, HWV 287)
Francesco Geminiani (1687 – 1762)
Concerto para flauta em sol maior
Preludio. Adagio
Allegro
Adagio
Vivace
Gavotta. Allegro
Gottfried Finger (1660 – 1730)
A Ground em ré menor para flauta doce
Ground
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Sonata em lá menor para flauta doce e contínuo, HWV362, Op. 1 No. 4
Larghetto
Allegro
Adagio
Allegro
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Passacaille em sol maior, HWV 399
Passacaille
William Babell (1690 – 1723)
Concerto for descant recorder e cordas em dó maior Op. 3 No. 1
London in the 1730s – musical life was flourishing around the figure of Handel. The Saxon composer also served as director; at the height of his fame he surrounded himself with the finest London musicians and was joined by many foreign composers to occupy the long breaks between the acts of his oratorios. Their musical interludes accompanied lavish dinners, during which Mr Handel escaped from the pit to indulge his gourmet tendencies.
This isn’t an album over which the wind is always whistling in your ears, though. For instance, there’s Gottfried Finger’s ground: always a bewitching number but here especially so with its luscious bass-line continuo richness and its luminous timbres. I’m really not sure what Steger can do to top this album. Although, knowing him, I suspect he might
Steger’s latest offering is a funfilled imagining of the sorts of musical interludes that might have accompanied Handel’s interval dinners while his operas ruled the roost on London’s various stages …extreme ensemble virtuosity, and the crackest of crack continuo units, are absolute non-negotiables when Steger’s around and La Cetra deliver on these throughout in joyous spadefuls. [Gramophone]
Aproveite!
René Denon
Maurice adorando dar um passeio de barco pela Baía da Guanabara…
Fazia algum tempo que o rótulo acima não aparecia. Mas este CD torna obrigatório seu retorno. Os Concerti Grossi Opus 3 de Händel são provavelmente o conjunto de peças orquestrais mais famoso e executado do compositor. E embora estas peças sejam tantas vezes apresentadas, o conjunto Silete Venti!, sob a regência de Corrado Rovaris, realizou algo único. Sim, são italianos como o espírito destas peças e tiveram uma compreensão superior delas. O disco é complementado com uma gravação de estreia mundial do Concerto oppio “di Signore Handel”, com os ótimos solistas Simone Toni (oboé) e Laurent Le Chenadec (fagote). Esta obra, cuja autoria não pode ser atribuída com absoluta certeza a Handel, impressiona pelo maravilhoso desenvolvimento de temas que ficam imediatamente na memória do ouvinte.
Georg Friedrich Händel (1685-1759): Concerti Grossi Op. 3 – Concerto Doppio (Rovaris, Silete Venti!)
Concerto Doppio “del Signor Haendel” in G minor
01. I. Adagio
02. II. Allegro
02. III. Adagio (affettuoso)
04. IV. Tempo di minuetto
Concerto Grosso in B flat major Op. 3 No. 1 HWV 312
05. I. Allegro
06. II. Largo
07. III. Allegro
Concerto Grosso in B flat major Op. 3 No. 2 HWV 313
08. I. Vivace
09. II. Largo
10. III. Allegro
11. IV. Moderato (minuetto)
12. V. Allegro (gavotte)
Concerto Grosso in G major Op. 3 No. 3 HWV 314
13. I. Largo e Staccato
14. II. Allegro
15. III. Adagio
16. IV. Allegro
Concerto Grosso in F major Op. 3 No. 4 HWV 315
17. I. Andante – Allegro (Ouverture)
18. II. Andante
19. III. Allegro
20. IV. Minuetto alternativo: Allegro
Concerto Grosso in D minor Op. 3 No. 5 HWV 316
21. I. Largo (Ouverture)
22. II. Fuga: Allegro
23. III. Adagio
24. IV. Allegro ma non troppo
25. V. Allegro
Concerto Grosso in D major Op. 3 No. 6 HWV 317
26. I. Vivace
27. II. Cadenza
28. III. Allegro
Simone Toni, oboe
Laurent Le Chenadec, bassoon
Silete Venti!
Corrado Rovaris, director
Este interessantíssimo disco para piano solo é interpretado pelo estreante aqui no blog (pelo menos como solista) – Inon Barnatan – distingue-se por seu programa não usual.
Sala de gravação do disco…
O título, Time Traveler’s Suite (Suíte do Viajante do Tempo), indica que teremos uma sequência de peças – talvez inspiradas em danças – mas que foram colecionadas ao longo de uma jornada, não linear, no tempo.
Pode parecer estranho, peças de períodos diferentes e compositores diferentes, colocadas uma depois da outra, mas o resultado é surpreendente, gostei de ouvir todo o disco. A viagem começa na geração dos compositores que nasceram em 1685 com uma das Toccatas de Bach, seguida de uma deliciosa Allemande da Quinta Suíte de Handel. A próxima parada da nave-ampulheta de Inon é em Paris, com o ponteiro ainda marcando um passado mais distante. Duas peças dos grandes compositores franceses para teclado – uma Courante de Rameau e de François Couperin a peça chamada Atalanta.
Depois desses mestres do barroco, Barnatan regula seu ponteiro para avançar até o século XX, chegando a uma das composições de Ravel – o Rigaudon da sua suíte Tombeau de Couperin, que ele escreveu durante a Primeira Guerra tanto para reverenciar o seu colega antecessor como para homenagear os amigos cujas vidas foram perdidas na guerra.
Inon avistou de sua escotilha a TARDIS, do Dr. Who…
A viagem segue e a próxima parada é na Londres de nossos dias – composição de Thomas Adès, Blanca Variations, uma espetacular peça para piano de uns seis minutos que é a um tempo inovadora, com sonoridades belíssimas, mas que também tem um olhar voltado para a música do passado. E depois disso, vamos com o pianista até a Hungria da metade do século XX, agora com duas peças de um conjunto composto por György Ligeti, chamado Musica Ricercata. Aqui ouvimos as Décima e Décima Primeira peças, mas em ordem retrógrada. Essa diversidade toda evidencia a técnica e as habilidades ao piano de Inon Barnatan. E como a última peça de Ligeti é compatível com a próxima parada, agora a Fuga composta como último movimento da Sonata para Piano que Samuel Barber compôs para o pedido de Volodya Horowitz, o mais virtuoso dos pianistas.
Para terminar a viagem e o programa, o pianista escolheu a integral das Variações Handel, de Brahms, outro compositor que reverenciava a música do passado.
O disco é recente e a produção é excelente!
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Toccata in E minor, BWV914
Toccata
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Suite em mi maior, HWV 430 – ‘The Harmonious Blacksmith’
Allemande
Jean-Philippe Rameau (1683 – 1764)
Suíte em lá menor das “Nouvelles suites de pièces de clavecin (c1729–30)”
Courante
François Couperin (1668 – 1733)
Pièces de clavecin II: Ordre 12ème em mi maior
L’Atalante
Maurice Ravel (1875 – 1937)
Le Tombeau de Couperin
Rigaudon. Assez vif “Piere & Pascal Gaudin”
Thomas Adès (nascido em 1971)
Blanca Variations
Variações
György Ligeti (1923 – 2006)
Musica Ricercata
11, Andante misurato e tranquillo “Girolamo Frescobaldi”
On his third PENTATONE album Time Traveler’s Suite, pianist Inon Barnatan redefines our notions of the suite by taking us on a journey through time and space, from Baroque pieces byBach, Handel, Rameau and Couperin to more recent works by Ravel, Barber, Adès and Ligeti. The program culminates in Brahms’s ingenious Variations and Fugue on a Theme by Handel. Inon Barnatan is one of the most admired pianists of his generation (New York Times). His complete recordings of Beethoven’s piano concertos together with the Academy of St Martin in the Fields and Alan Gilbert were released on PENTATONE in 2019 and 2020.
Barnatan plays with delightful alertness of phrasing and his ornamentation is sublimely executed. Some musical transitions work better than others, and I did wonder whether all of the Baroque works needed to be bunched at the start…Still, I love the concept, and anything that can so effectively and seamlessly bring old and new together is very welcome. BBC Music Magazine
Barnatan is palpably in his element [in the Barber], with a real clarity to his thinking and a whole range of colours and shadings from the most delicate pianissimos to stomping fortissimos…Barnatan is utterly at home in the midst of counterpoint. He’s beautifully recorded too. A winner! Gramophone
Estes dois discos têm me acompanhado no caótico trânsito de minha cidade nas últimas semanas e me dado tanto prazer que decidi fazer a postagem. Se o carro para no sinal, na geleia geral do trânsito ou no posto de gasolina, abro os vidros e deixo que essa exuberante arte do excesso se espalhe e impressione as pessoas, que me olham com alguma curiosidade.
As óperas têm estado presentes no blog, especialmente nas edições completas (e vastamente comentadas), mas aqui temos uma proposta diferente – coleção de árias – o crème de la crème. Veja o título: 40 Most Beautiful Arias – 40 Mais Belas Árias !
Há uma certa simplificação, pois que nem todas as faixas são árias, há alguns duetos também.
Eu confesso que costumava olhar com um certo desdém para este tipo de edição, por parecer um pouco populista, mas rendi-me à efetividade do produto, adorei ouvir essas belezuras, uma depois da outra… Realmente, é fácil criticar este tipo de lançamento, inclusive por deixar esta ou aquela outra ária de fora, pois que há muitas tantas tão bonitas, mas no fim dos discos chegamos ao entendimento de porque tantas pessoas se apaixonam por ópera. Além disso, a alternância tanto dos tipos de vozes quanto de estilos funcionou bem para mim.
No pacote há 18 compositores representados e o campeão é Puccini, com 11 árias, seguido de Mozart e Verdi, cada um com 5 números. Bizet tem 4 faixas, Handel 2 e o resto, uma cada.
Na escolha dos intérpretes os produtores devem ter tido um olho nos contratos, de forma que se poderia dizer que este ou aquele intérprete teria sido uma melhor opção. Mas não nos prendamos a essas coisas e se deixe levar pela onda da ópera, no que ela tem de melhor.
Há uma certa aura em torno de música clássica, ópera em especial, deixando uma impressão de inacessibilidade, que é necessário ter um gosto adquirido para de fato apreciar, mas isso é falso. As pessoas gostam (sempre gostaram) de ópera. Eu gosto do filme ‘O Feitiço da Lua’ (Moonstruck) pela história, mas também pela cena da ópera. O mocinho do filme (Nicholas Cage, quando jovem) é um padeiro que ama ópera e consegue levar a mocinha (Cher, a noiva de seu irmão mais velho) para uma noite na ópera. Mas não é um teatro qualquer, é o Metropolitan! A cena transmite toda a excitação e expectativa que antecede o espetáculo e mostra como as pessoas se envolvem com a apresentação. Pois bem, nem precisa vestir sua roupa de domingo, apenas ouça e deixe-se encantar pela magia dessas peças.
Moonstruck – Loretta e Ronny vão à Opera
As estrelas do disco:
Disco 1
Nessun dorma (Ninguém durma) – ária do Ato III de Turandot (1926), de Giacomo Puccini. A princesa Turandot decretara que ninguém poderia dormir na cidade de Pequim até o nome do príncipe (Calaf) lhe ser revelado. Calaf havia concordado que morreria caso seu nome fosse descoberto antes do amanhecer. Ele canta certo de que o esforço será em vão e que ao amanhecer ele mesmo dirá seu nome à princesa ganhando assim a sua mão em casamento. O papel é de um tenor. Neste disco, a ária é cantada por Placido Domingo que teve uma voz maravilhosa…
Turandot, no Met…Carmen foi uma ópera revolucionária
L’amour est un oiseau rebelle (O amor é um pássaro rebelde) – Habanera – Ária do Ato I de Carmen (1875), de Georges Bizet. A ária é cantada pela própria protagonista, ao sair do trabalho, na fábrica de charutos. Carmen é a própria sedução, falando sobre o amor e as loucuras de amar. O papel é escrito para um mezzo-soprano, e a intérprete é Julia Migenes. Carmen é uma ópera especial entre todas, não só pela música maravilhosa, mas pela audácia dos temas e, é claro, termina em tragédia.
Una furtiva lacrima – ária de L’elisir d’amore (1832), ópera de Gaetano Donizetti, cantada por Nemorino, um jovem camponês. Ele está cheio de confiança por ter tomado a segunda dose da Poção do Amor (na verdade, apenas vinho) e esnoba todas as belas da vila, reunidas e interessadas nele devido à fortuna que acabara de herdar. Entre elas está Adina, que fica magoada com sua indiferença e sai. Nemorino assim descobre que ela está interessada nele e canta sua alegria por descobrir que ela o ama. Aqui o tenor é Roberto Alagna.
Je dis que rien ne m’épouvante (Posso dizer que nada me assusta…) – ària de Carmen, cantada por Micaëla, uma jovem da vila de Don José e que está apaixonada por ele. Carmen mete Don José em tantas confusões que a ele só resta unir-se aos contrabandistas (Dancaïre e Remendado, ótimos nomes…) que vivem escondidos nas montanhas. A pobrezinha Micaëla vai a sua procura e para afugentar seu próprio medo, canta essa canção.
Bizet
Au fond du temple saint também é de Bizet, mas da ópera Les pêcheurs de perles (1863) e não é uma ária, é um dueto. Os personagens são Nadir e Zurga, dois vértices de um (surpresa) triângulo amoroso. Os cantores aqui são Jerry Hadley e Thomas Hampson.
Ombra mai fu (também conhecida como Largo de Handel) – é uma ária da ópera Xérxes (1739), de Georg Frideric Handel. Muito conhecida, a ária é cantada por Xérxes para uma árvore, um plátano, louvando suas maravilhas… Aqui Xérxes é a cantora Jennifer Larmore.
When I am laid in earth – é um lamento cantado por Dido, na ópera Dido and Aeneas (década de 1680) de Henry Purcell. O sem-coração do Aeneas se apaixona por Dido, uma rainha, mas deve retornar à sua pátria e a abandona. É claro que ela vai se matar por isso, mas não sem antes nos cantar este maravilhoso lamento… Remember me, remember me, but ah! forget my fate! Aqui o lamento é da maravilhosa Véronique Gens.
Voi che sapete che cosa è amor – ária da ópera Le Nozze di Figaro (1786) do cara que sabia de tudo sobre ópera, Wolfgang Amadeus Mozart. A ária é cantada por Cherubino, um jovem pajem que vive apaixonado por todas as mulheres da ópera e canta para elas essa linda canção sobre o amor de dentro de seu uniforme militar… É claro que o papel é sempre de uma cantora (contralto) e aqui é a spettacolare Cecilia Bartoli.
Soave sia il vento – duetto de Così fan tutte (1790), outra do grande Mozart. Esta ópera é sobre (in)fidelidade no amor – rola uma aposta e dois casais serão submetidos a uma série de provas. Os mocinhos partem em um barco (de mentirinha, é claro) e as mocinhas, Dorabella e Fiordiligi, junto ao cético Don Alfonso, dão adeusinhos a eles, desejando que bons ventos os levem… As cantoras aqui são as famosas Kiri Te Kanawa e Frederica von Stade, que leva nobreza até no nome.
Mon coeur s’ouvre à ta voix – ária da ópera Samson and Delilah (1877) de Camille Saint-Saëns. Não consigo pensar nessa ópera sem lembrar dos filmes de Cecil B. DeMille, com Victor Mature e a deslumbrante Hedy Lamarr (deve ser um lance de numerologia, esse nome). Mas, voltando ao assunto, temas bíblicos como esse eram usados para um bom libreto, e essa ária é o momento no qual Dalila encanta e seduz o povero Sansão. A cantora aqui é o mezzo-soprano Olga Borodina e no finalzinho da ária o tenor José Cura da a voz a um balbuciante Sansão.
Nossa foto é apenas ilustrativa…
Pourquoi me réveiller, ária da ópera Werther (1887), de Jules Massenet. Você provavelmente sabe, Os Sofrimentos do Jovem Werther é um livrinho escrito por Goethe contando a história do mísero Werther, que está apaixonado pela Charlotte, que o ama de volta, mas está casada com outro homem. Sofrência no úrtimo com o terrível desfecho, suicídio do pobrezinho. O livro é um clássico, dizem autobiográfico (menos a parte do suicídio…) e gerou uma onda de suicídios nos dias de seu lançamento. Nesta ária, Werther lembra-se, ao lado de Charlotte, das suas leituras de poesias… O cantor é o tenor Jerry Hadley.
La donna è mobile, canzone do ato III, de Rigoletto (1851) ópera de Giuseppe Verdi. Essa é uma dessas óperas que você precisa ouvir pelo menos uma vez. Aqui o Duque de Mantua, um grande mulherengo, a là Don Giovanni, canta disfarçado de soldado está linda ária com palavras nada altaneiras sobre o caráter mundano das mulheres… O tenor aqui é Richard Leech.
Canção da Lua é uma ária da ópera Rusalka (1901), de Antonín Dvořák, mais conhecido pelo seu belíssimo Concerto para Violoncelo e pela Sinfonia ‘do Novo Mundo’. Rusalka conta a história de uma ninfa aquática que se apaixona por um humano. Aqui ela implora à Lua que revele ao príncipe (claro que o humano seria um príncipe…) o seu amor. A popularidade da ária sobrepujou a ópera e faz parte do repertório de grandes sopranos. Aqui está a cargo de Eva Urbanová.
Un bel di é uma ária de nosso campeão Puccini, da ópera Madama Butterfly (1904). Cio-Cio-San, a Madame Butterfly, espera já há três anos a volta de seu marido americano. Sua empregada Suzuki tenta convence-la que ele não retornará, mas ela crê na volta dele – Un bel di, vedreno o barco chegando e tal… Aqui a cantora é Cristina Gallardo-Domâs.
Donna non vidi mai é uma ária da ópera Monon Lescaut (1893), de (ta dã…) Puccini. O jovem cavaleiro Renato des Grieux acaba de conhecer e se apaixonar por Manon Lescaut. Desafortunadamente ela deve atender ao chamado de seu irmão, mas promete retornar. Ficando sozinho des Grieux canta nesta ária todo o seu amor por Manon. Quem empresta a voz a des Grieux aqui é José Cura.
Brindisi, de outra maravilhosa ópera de Verdi. Mais uma que precisa ser ouvida – La Traviata (1853). Alfredo, o mocinho da ópera, é convencido por Gastone e Violetta, a mocinha, a exibir sua voz. Ele então canta esta Canção de Brindar. Na gravação Alfredo é Neil Shicoff.
La Divina interpretou Tosca como poucas…
Vissi d’arte é a ária! Como todas as próximas neste disco, é de Puccini, da ópera Tosca (1900), talvez a ópera das óperas. A mocinha é ela mesma uma cantora de ópera (o cara era bom). Amor e música – as razões de viver de Tosca (Vissi d’arte = Eu vivo para a arte). A primeira cantora a cantar no papel de Tosca foi Giuditta Pasta, a mais famosa cantora lírica do século XIX. Foi Desdemona em Otello e teve três grandes óperas escritas para ela – Anna Bolena, La Sonnambula e Norma, na qual está a ária Casta Diva, que faz parte do segundo CD. Foi a partir daí que se passou a chamar essas mega artistas de Diva. Giuditta Pasta foi a primeira Diva! Aqui a Diva é Kiri Te Kanawa.
Che gelida manina (Que mãozinha gelada!) ária cantada por Rodolfo para Mimi, quando eles se encontram pela primeira vez. Eles são os protagonistas de mais uma ópera emblemática, La Bohème (1896), de (adivinhe) Giacomino Puccini. Ele aproveita para dizer que está apaixonado por ela. Aqui, o Rodolfo é o ótimo José Carreras.
Si, mi chiamano Mimi é da mesma ópera, mesmo momento. Rodolfo acabou de se declarar a Mimi e pede que lhe fale algo sobre ela. Bom, ela então lhe diz (cantando lindamente) que a chamam Mimi, apesar de seu nome ser Lucia. Ah, o amor! Mimi aqui é interpretada pela espetacular Barbara Hendricks.
O soave fanciulla– Depois dessas duas árias, os enamorados se reúnem nesse dueto que encerra o Primeiro Ato da ópera La Bohème. De novo, José Carreras e Barbara Hendricks são Rodolfo e Mimi.
Disco 2
O mio babbino caro (cuidado, não é ‘bambino’!) é uma ária famosa de uma (não tão famosa) ópera de um ato de Puccini, chamada Gianni Schicchi (1918). A ária é cantada por Lauretta, que implora a seu pai (babbino) – Ganni Sichicchi – que a ajude casar-se com o amor de sua vida, Rinuccio. Bom, nem os nomes ajudam muito, mas a ária é daquelas que está no repertório de todas as grandes cantoras. Aqui, Lauretta é interpretada por Cristina Gallardo-Domâs.
Ebben? Ne Andrò Lontana é uma ária da ópera La Wally (1892), escrita por Alfredo Catalani. Essa ária é cantada pela heroína, quando ela decide sair de casa para sempre. Bom, ela é uma garota tirolesa que morre jogando-se em uma avalanche de neve… Pois é, vá entender libretos de óperas. A cantora aqui também é Cristina Gallardo-Domâs.
Les Contes d’Hoffmann, no Met!
Barcarolle é um dueto para soprano e mezzo-soprano de Les Contes d’Hoffmann (1881), a última ópera de Jacques Offenbach. Offenbach foi ótimo violoncelista e compôs inúmeras operetas de enorme sucesso. Essa Barcarolle tem uma das melodias mais populares do mundo e aposto como você vai se lembrar de já tê-la ouvido antes. Aqui as intérpretes são Jennifer Larmore e Hei-Kyung Hong.
La fleur que tu m’avais jetéeé outra pérola de Carmen, de Bizet. A canção da flor é um dos momentos mais líricos da ópera e traz o motivo do destino. Don José aqui é interpretado por Placido Domingo.
Puccini
Signore, ascolta! É uma ária de Turandot, que como você já sabe, é de Puccini. A ária é cantada por Liu, uma escrava, para o príncipe Calaf, por quem está secretamente apaixonada! Ela o alerta para não arriscar sua vida pela fria princesa Turandot… Liu aqui é interpretada por Kiri Te Kanawa.
Un di felice é um dueto do primeiro ato da espetacular La Traviata (1853) de Giuseppe Verdi. Alfredo e Violetta cantam o tema mais famoso da ópera, que aqui são interpretados por Neil Shicoff e Edita Gruberova.
Dôme épais le jasmin– dueto da ópera Lakmé (1883), de Léo Delibes, cantado por Lakmé e sua serva Mallika, enquanto vão colher flores às margens de um rio. Um destes temas que são maiores do que a própria ópera, assim como a Barcarolle, de Offenbach. Aliás, cantados aqui pelas mesmas intérpretes, Jennifer Larmore e Hei-Kyung Hong.
Porgi amor– Cavatina do Segundo Ato de Le Nozze di Figaro (1786), de Mozart. A condessa, Rosina, só em seu quarto, lamenta a infidelidade de seu marido, o Conde de Almaviva. Ária curta, sem repetições, na qual a quase impossível simplicidade de Mozart transborda numa pequena joia. Aqui a condessa é Lella Cuberli.
Esse sabia de tudo e mais ainda, sobre óperas…
Dalla sua pace – Ária da ópera Don Giovanni (1787), composta pelo divino Mozart, e é cantada por Don Otavio, noivo de Donna Anna. Eu tinha um amigo que o chamava Don Otário, pois o personagem é assim, um dois de paus, nada faz de interessante, mas é o tenor da ópera, onde o Don, Leporello e Masetto são todos baixo-barítonos. Isso sem contar o Comendador, que é um baixo à la Ghiaurov. Dalla sua pace foi composta para a apresentação da ópera em Viena, depois do sucesso em Praga, pois o tenor do dia não conseguia cantar a segunda ária de Don Otavio – Il mio tesoro – cuja parte …cercate…, é de matar de difícil. Aqui a bela Della sua pace está aos encargos de Hans Peter Blochwitz.
Casta Diva, assim como Vissi d’arte, é uma das mais famosas árias do repertório de soprano. A ópera é Norma (1831), de Bellini. Não é o capitão da Seleção Brasileira de Futebol de 1958, cuja estátua se encontra em frente ao Maracanã, mas Vincenzo Bellini, que escreveu o papel para Giuditta Pasta, a primeira das Divas. Aqui, a intérprete é Maria Callas, a Diva do século XX. O que realmente torna uma cantora uma Diva é a paixão que coloca em suas interpretações, assim como seu senso teatral.
Lascia ch’io pianga – Retornando no tempo, essa é uma ária da ópera Rinaldo (1705), de Handel. Como você pode imaginar, este é um lamento, construído sobre uma sarabanda. Logo após se casar com Rinaldo, Almirena é raptada por Armida. Ela está só no jardim de Armida e canta este seu lamento. A cantora na gravação é Marilyn Horne.
J’ai perdu mon Eurydice – essa memorável ária é da versão em francês de Orpheé et Eurydice (adaptada em 1774 da versão em italiano). Em italiano é Che faro senza Euridice (1762). Uma das mais lindas melodias colocadas em uma ária. Inesquecível mesmo após a primeira audição. A cantora aqui é Susan Graham.
Bein Männern, welche Liebe fuhlen – é um dueto da ópera Die Zauberflöte (1791), de Mozart. Pamina e Papageno cantam juntos um dueto sobre o amor em geral, mas não cantam um para outro, pois que não são parte de um par amoroso. Nesta gravação os cantores são Rosa Mannion e Anton Scharinger
Celeste Aidaé a ária na qual Radamés, escolhido para comandar os invasores etíopes, canta sua esperança de ser o grande vencedor para assim ganhar também o amor de Aida. A ópera Aida (1871), de Giuseppe Verdi, é uma daquelas obras que é reconhecida por todos e as suas montagens podem envolver quase um universo. Aqui Radamés está ao encargo de Placido Domingo.
Chi il bel sogno di Doretta, da ópera La Rondine (A Andorinha) (1917) de Puccini. Nesta ária a protagonista Magda conta como Doretta se apaixonou por um estudante. Na ópera, por sua performace, Magda ganha um colar de pérolas, que aqui vai para Kiri Te Kanawa.
Quizz do PQP Bach: Qual é a série de cuja trilha sonora esta ária faz parte?
Amor ti vieta é uma ária da ópera Fedora, de Umberto Giordano. Como parte de seu plano de vingança, Fedora (1898) seduz o Conde Loris Ipanov. Nesta ária eles se encontram em uma festa e ele diz a ela que realmente a ama. O conde aqui é Placido Domingo.
Es lebt eine Vilja (Vilja-Lied) é da ópera Die Lustige Witwe (1905), de Franz Lehár. Em sua festa Hanna conta a história de um espírito da montanha, uma Vilja, que vaga por lá e seduz os caçadores com sua beleza. A cantora aqui é Karita Mattila.
E lucevan le stelle é do Terceiro Ato de Tosca, de Puccini. Mario Cavaradossi é o mocinho (literalmente) da ópera, um jovem e liberal pintor, amante de Tosca. Nesta belíssima ária Cavaradossi troca sua última posse, um anel, para que um guarda leve uma carta para sua amada Tosca. Enquanto ele escreve a carta, canta seu amor por Tosca e pela vida. Mais uma vez, a voz linda de Placido Domingo.
Verdi
Ave Maria é uma ária da ópera de maturidade de Verdi, Otello (1887). Desdemona reza à Virgem Maria um pouco antes de Otello entrar e cego de ciúmes, matá-la. Pois é, feminicídio é comum nas óperas… A Desdemona da vez é Cristina Gallardo-Domâs.
Non più mesta accanto al fuoco é da ópera La Cenerentola (1817), de Gioacchino Rossini. Ele mão poderia faltar , este genial compositor. Essa ópera é baseada no conto de fadas Cinderela, e foi composta em apenas 24 dias. Este é um dos momentos finais da ópera, onde a Cinderela canta que já não fica mais triste perto do fogo. Muito virtuosismo, mas a melodia aqui é a mesma de uma ária cantada pelo Conde Almaviva no final de O Barbeiro de Sevilha. Não por pouco que Rossini tinha fama de preguiçoso. Compunha deitado em sua cama. Se a folha em que estava escrevendo caísse, em vez de pegá-la do chão, ele começava tudo novamente em uma outra mais à mão. A cantora aqui é Jennifer Larmore.
Um excelente disco! Da minha perspectiva, do lugar periférico de onde espreito o movimento musical, Danny Driver começa a corrigir o desserviço prestado a este repertório de Händel pelo famoso — e mão pesada — Scott Ross. Por exemplo, o que Driver faz nas Suítes Nº 3, 5 e 7 é absolutamente maravilhoso, tirando-as da posição constrangida em que ficaram nas ultra divulgadas — e péssimas — interpretaçães de Ross. Estas suítes foram em grande parte escritas quando o compositor morava na Inglaterra. São um mosaico inspirado e muito idiossincrático de danças da corte francesa, lirismos vocais italianos, contrapontos teutônicos e melodias inglesas. Enquanto as suítes para teclado de Bach seguem padrões estruturais sempre semelhantes, as de Handel são imprevisíveis, sem duas suítes iguais no número e na ordem de seus movimentos. (Não pensem que esta seja uma crítica à Bach, deus me livre de tal blasfêmia). Há fugas, árias com variações, movimentos de sonata ao estilo italiano e até uma Passacaglia. Comparadas com o acabamento elaborado das suítes de Bach, as de Handel muitas vezes dão a impressão de improvisações escritas. Na verdade, aqui temos as oito grandes suítes e mais alguns extras, terminando em uma chacona de onze minutos. Eles são impecavelmente executados por Danny Driver. Driver me chamou a atenção ouvi seus dois álbuns de obras para piano solo de CPE Bach e os achei maravilhosos (aqui e aqui). Handel tem mais em comum com o filho mais talentoso de Johann do que pode parecer à primeira vista, notadamente seu amor pela improvisação em suas composições. E Driver é um bom pianista para ambos, abençoado com dedos ágeis e um belo senso de tempo, não dado a excessos românticos. Sem desmerecer os recursos do pianoforte, Driver não esquece que essas peças foram originalmente concebidas para cravo. Então, ele não nos ataca com excessos românticos de dinâmica ou andamentos. Ele faz com que essas belas e eloquentes peças soem como recém-descobertas.
Georg Friedrich Händel (1685-1759): The Eight Great Suites (Driver)
1 Suite No 1 in a Major HWV426 Prelude [2’22]
2 Suite No 1 in a Major HWV426 Allemande [3’50]
3 Suite No 1 in a Major HWV426 Courante [2’31]
4 Suite No 1 in a Major HWV426 Gigue [3’13]
5 Suite No 2 in F Major HWV427 Adagio [2’30]
6 Suite No 2 in F Major HWV427 Allegro [2’19]
7 Suite No 2 in F Major HWV427 Adagio [1’31]
8 Suite No 2 in F Major HWV427 Allegro Fugue [2’09]
9 Suite No 3 in D minor HWV428 Prelude [1’01]
10 Suite No 3 in D minor HWV428 Allegro Fugue [2’32]
11 Suite No 3 in D minor HWV428 Allemande [3’46]
12 Suite No 3 in D minor HWV428 Courante [1’32]
13 Suite No 3 in D minor HWV428 Air, with Five Variations [8’51]
14 Suite No 3 in D minor HWV428 Presto [4’25]
15 Suite No 4 in E minor HWV429 Allegro Fugue [3’21]
16 Suite No 4 in E minor HWV429 Allemande [2’35]
17 Suite No 4 in E minor HWV429 Courante [1’52]
18 Suite No 4 in E minor HWV429 Sarabande [5’13]
19 Suite No 4 in E minor HWV429 Gigue [1’48]
20 Suite No 5 in E Major HWV430 Prelude [1’54]
21 Suite No 5 in E Major HWV430 Allemande [4’10]
22 Suite No 5 in E Major HWV430 Courante [1’49]
23 Suite No 5 in E Major HWV430 Air, with Five Variations the Harmonious Blacksmith [4’05]
Disc: 2
1 Suite No 6 in F Sharp minor HWV431 Prelude [2’12]
2 Suite No 6 in F Sharp minor HWV431 Largo [1’57]
3 Suite No 6 in F Sharp minor HWV431 Allegro Fugue [2’47]
4 Suite No 6 in F Sharp minor HWV431 Gigue [3’00]
5 Suite No 7 in G minor HWV432 Ouverture [6’07]
6 Suite No 7 in G minor HWV432 Andante [3’21]
7 Suite No 7 in G minor HWV432 Allegro [2’25]
8 Suite No 7 in G minor HWV432 Sarabande [3’23]
9 Suite No 7 in G minor HWV432 Gigue [1’35]
10 Suite No 7 in G minor HWV432 Passacaille Chaconne [4’26]
11 Suite No 8 in F minor HWV433 Prelude [2’19]
12 Suite No 8 in F minor HWV433 Allegro Fugue [2’27]
13 Suite No 8 in F minor HWV433 Allemande [2’51]
14 Suite No 8 in F minor HWV433 Courante [1’50]
15 Suite No 8 in F minor HWV433 Gigue [2’36]
16 Suite in C minor Partita HWV444 Prelude [1’44]
17 Suite in C minor Partita HWV444 Allemande (HWV445 Version) [4’26]
18 Suite in C minor Partita HWV444 Courante [1’50]
19 Suite in C minor Partita HWV444 Gavotte [1’03]
20 Suite in C minor Partita HWV444 Menuet [1’01]
21 Suite in E minor HWV438 Allemande [2’58]
22 Suite in E minor HWV438 Sarabande [3’09]
23 Suite in E minor HWV438 Gigue [1’45]
Um disco médio, que não me deixou apaixonado. Parte disto é culpa dos intérpretes e parte culpa do repertório escolhido. Às vezes, o (quase) ineditismo cobra um alto preço, né? Aqui, o foco são os compositores italianos — não esqueçam que Händel foi bem jovem para a Itália e lá compôs uma sensacional série de Cantatas Italianas, né? Já Domenico Scarlatti cavou um lugar na imortalidade em razão de suas Sonatas para Cravo. Aqui, são apresentadas 3 delas, mas sem grande brilho. Gaminiani é um cara de que gosto muito e sua Sonata para Violoncelo não decepciona, só que ela sofre da mesma anemia das Sonatas scarlatianas…
Händel / Scarlatti / Geminiani: Mi Palpita il Cor e outras Cantatas de Câmara e Sonatas (La Voce Umana)
1 Georg Friedrich Handel – Mi palpita il cor, HWV 132a
2 Domenico Scarlatti – Sonate A-Dur, K. 208 L. 238, Andante è cantabile
3 Domenico Scarlatti – Sonate a-moll, K. 149 L. 93, Allegro
4 Georg Friedrich Handel – Nice, che fa?, HWV 138
5 Francesco Geminiani – Sonate III C-Dur für Violoncello und Basso Continuo
6 Georg Friedrich Handel – Dolce pur d’amor l’affanno, HWV 109b
7 Domenico Scarlatti – Sonate F-Dur, K. 82 L. 30
8 Georg Friedrich Handel – Lucrezia
La Voce Umana
Gabriele Näther, soprano
Joachim Fiedler, cello
Jürgen Trinkewitz, keyboard
Este não é apenas um oratório ou ópera que tem o mais belo título que conheço, é boa música. Handel era jovem, tinha 22 anos, estava com todo o leite e não perdeu a viagem. No texto do oratório as personagens Beleza, Prazer, Desengano e Tempo levam um papo. O tempo e o desengano triunfam sobre a beleza e o prazer, mas, mesmo assim, você pode ouvir o CD duplo.
Agora, deem uma olhada abaixo no nome de quem regeu a estreia da obra… Olhem, olhem!
IL TRIONFO DEL TEMPO E DEL DISINGANNO Oratorio in 2 parti
Libretto di Benedetto Pamphili Musica di Georg Friedrich Händel Roma, Collegio Clementino , giugno 1707 PERSONAGGI VOCI BELLEZZA Soprano (Beauty)
PIACERE Soprano (Pleasure)
DISINGANNO Alto (Disillusion)
TEMPO Tenor (Time)
Direttore: Arcangelo Corelli
G. F. Handel (1685-1759): O Triunfo do Tempo e do Desengano (Il Trionfo del Tempo a del Disinganno) (Haim / Le Concert d’Astree)
Disc 1:
1. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707): Overture 4:54
2. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria : “Fido specchio” (Bellezza) 4:59
3. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Io che sono il Piacere” (Bellezza/Piacere) 0:25
4. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Fosco genio, e nero duolo” (Piacere) 3:08
5. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Ed io, che’l Tempo sono” (Disinganno/Tempo) 0:21
6. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Se la Bellezza perde vaghezza” (Disinganno) 4:03
7. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.:”Dunque si predan l’armi” (Bellezza/Piacere) 0:15
8. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Una schiera de piaceri” (Bellezza) 3:28
9. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “I colossi del sol” (Tempo) 0:15
10. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Urne voi, che racchiudete” (Tempo) 7:04
11. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Sono troppo crudeli” (Piacere) 0:10
12. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Duo: “Il voler nel fior degl’anni” (Bellezza/Piacere) 5:01
13. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Della vita mortale” (Bellezza/Disinganno) 0:29
14. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Un pensiero nemico di pace” (Bellezza) 3:54
15. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recti.: “Folle, tu niegh’l tempo” (Bellezza/Piacere/Disinganno) 0:56
16. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Nasce l’uomo” (Tempo) 2:14
17. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “L’uomo sempre se spesso” (Disinganno) 2:35
18. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Questa è la reggia mia” (Piacere) 1:30
19. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Sonata: “Taci, qual suono ascolto!” (Bellezza) 2:35
20. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Un leggiadro giovinetto” (Piacere) 3:43
21. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Fra nella destra l’ali” (Bellezza) 0:13
22. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria “Venga il Tempo” (Bellezza) 3:18
23. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Crede l’uom ch’egli riposi” (Disinganno 7:53
24. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Tu credi che sia lungi” (Bellezza/Disinganno/Tempo) 0:50
25. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Folle, dunque tu sola presumi” (Tempo) 3:28
26. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “La reggia del Piacer vedesti” (Disinganno/Tempo) 0:18
27. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Quartetto: “Se non sei più ministro” (Bellezza/Piacere/Disinganno/Tempo) 4:09
Disc 2:
1. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Se del faso Piacere” (Tempo) 0:59
2. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Chiudi, chiudi vaghi rai” (Piacere) 3:21
3. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “In tre parti divise” (Tempo) 0:46
4. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Io sperai trovar nel vero” (Bellezza) 6:57
5. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Tu vivi invan dolente” (Piacere) 0:13
6. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Tu giurasti di mai non lasciarmi” (Piacere) 3:58
7. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Sguardo, che inferno ai rai” (Tempo) 0:21
8. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Io vorrei due cori in seno” (Bellezza) 3:45
9. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Io giurerei, che tu chiudesti” (Bellezza) 0:39
10. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Più non cura” (Disinganno) 4:51
11. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “E un’ ostinato errore” (Tempo) 0:12
12. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “E ben folle quel nocchier”(Tempo) 2:15
13. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Dicesti il vero” (Bellezza) 0:18
14. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Quartetto: “Voglio Tempo” (Bellezza/Piacere/Disinganno/Tempo) /Ann Hallenberg/Sonia Prina/Pavol Breslik 3:53
15. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Presso la reggia ove’l Piacer” (Bellezza/Disinganno) 1:14
16. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Lasci la spina” (Piacere) 6:25
17. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Con troppo chiare note” (Bellezza/Disunganno) 0:28
18. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Voglio cangiar desio” (Bellezza) 5:17
19. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Or che tiene la destra” (Bellezza) 0:16
20. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Chi già fu del bondo crine” (Disinganno) 2:12
21. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Mà che beggio? Che miro?” (Bellezza) 0:39
22. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Rico pino, nel cammino” (Bellezza) 4:03
23. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Si bella penutenza” (Bellezza) 0:45
24. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Duetto: “Il bel pianto dell’Aurora” (Disinganno/Tempo) 6:24
25. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Piacer, che meco già vivesti” (Bellezza) 0:28
26. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Come membo que fugge” (Piacere) 5:29
27. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Pure del cielo intelligenze” (Bellezza) 0:47
28. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Tu del ciel ministro eletto” (Bellezza) 6:05
Natalie Dessay
Sonia Prina
Ann Hallenberg
Pavol Breslik
Patrick Beaugiraud
Astushi Sakai
Um excelente CD, muito bem interpretado, com perfeito senso de estilo. O Concerto Doppio para fagote e oboé — seja autêntico ou não –, é absolutamente maravilhoso e esta é sua primeira gravação. Ele complementa perfeitamente e é um belo bônus para a gravação do merecidamente conhecido Op.3, que fazem lamentar que Handel não tenha deixado mais música para violoncelo. O desempenho do Silete Venti! em todas as obras é enérgico e emocionante, no melhor estilo da música historicamente informada. A gravação é clara e equilibrada para que todos os instrumentos sejam ouvidos facilmente. Soa italiano? Claro! Bem, jamais esqueçam que Handel andou bastante pela Itália. Já ouviram as belíssimas Cantatas que estou linkando pra vocês aí? Ouçam!
G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, Op. 3 / Concerto Doppio (Silete Venti! Ensemble / Rovaris)
1 Concerto Doppio In Sol Minore Per Oboe E Fagotto – Adagio
2 Concerto Doppio In Sol Minore Per Oboe E Fagotto – Allegro
3 Concerto Doppio In Sol Minore Per Oboe E Fagotto – Adagio (Affettuoso)
4 Concerto Doppio In Sol Minore Per Oboe E Fagotto – Tempo Di Minuetto
Não são quaisquer CDs. Trata-se de dois monumentos da literatura musical do ocidente, os oratórios “Saul” e “Messiah”, obras que sei que dispensam apresentações. Porém, em anexo aos arquivos segue um belíssimo booklet trilíngue, com direito ao libreto das obras para os senhores melhor compreenderem o que ouvem. A interpretação está ao cargo do excelente René Jacobs, um excepcional contra-tenor em sua juventude, e que depois de envelhecer se transformou num dos grandes regentes do repertório barroco e do classicismo à frente de excelentes orquestras especializadas em gravações ditas históricas. Com tal proposta, as orquestras tem poucos instrumentistas assim como os corais tem poucos cantores. Assim, alguns podem estranhar a sonoridade destas orquestras, acostumadas que podem estar com gravações das grandes orquestras e regentes.
G. F. Handel (1685-1759): Oratórios Saul & O Messias (ambos completos) (Jacobs)
Saul
Performed:
Michal – Rosemary Joshua
Merab – Emma Bell
David – Lawrence Zazzo
Jonathan – Jeremy Ovenden
High Priest / Witch of Endor – Michael Slattery
Amalekite / Abner – Finnur Bjarnason
Doeg / Samuel – Henry Waddington
Saul – Gidon Saks
RIAS Kammerchor
Concerto Köln
Conductor – René Jacobs
Track List:
CD1:
01.Symphony Allegro – Larghetto – Allegro – Andante larghetto
02.ACT ONE. Scene I. 1. Chorus How excellent Thy name, o Lord
03.2. Air Soprano An infant raised by thy command/ 3. Trio Alto, tenore, basso Along the monster atheist strode
04.4. Soprano, alto, tenore, basso The youth inspired by Thee, o Lord/ 5. Chorus How excellent Thy name, o Lord
05.Scene II. 6. Recit & 7. Air Michal He comes, he comes! – O God-like youth!/ 8. Recitative Abner, Saul, David Behold, o King, the brave, victorious youth
06.9. Air David O king, your favours with delights/ 10. Recitative Jonathan Oh early piety!
07.11. Air Merab What abject thoughts a prince can have!/ 12. Recitative Merab Yet think, on whom this honour you bestow
08.13. Air Jonathan Birth and fortune I despise!
09.14. Recitative High Priest Go on, illustrious pair!/ 15. Air High Priest While yet thy tide of blood runs high
10.16. Recitative Saul, Merab Thou, Merab, first in birth, be first in honour/ 17. Air Merab My soul rejects the thought with scorn/ 18. Air Michal See, with what a scornful air/ 19. Air Michal Ah, lovely youth, wast thou designed
11.20. Symphony Andante allegro/ 21. Recitative Michal Already see the daughters of the land/ Scene III. 22. Chorus Welcome, welcome, mighty king!
12.23. Accompagnato Saul What do I hear?/ 24. Chorus David his ten thousands slew/ 25. Accompagnato Saul To him ten thousands/ 26. Air Saul With rage I shall start burst his praises to hear
13.Scene IV. 27. Recitative Jonathan, Michal Imprudent women!/ 28. Air Michal Fell rage and black despair possessed
14.29. Recitative High Priest This but the smallest part of Harmony/ 30. Accompagnato High Priest By thee this universal frame
15.Scene V. 31. Recitative Abner Racked with infernal pains/ 32. Air David O Lord, whose mercies numberless
16.33. Symphony Largo/ 34. Recitative Jonathan ‘Tis all in vain, his fury still continues
17.35. Air Saul A serpent, in my bosom warmed/ 36. Recitative Saul Has he escaped my rage?
18.37. Air Merab Capricious man
19.Scene VI. 38. Accompagnato Jonathan O filial piety!/ 39. Air Jonathan No, cruel father, no!
20.40. Air High Priest O Lord, whose providence/ 41. Chorus Preserve him for the glory of Thy name
21.ACT TWO. Scene I. 42. Chorus Envy! Eldest born of hell!
22.Scene II. 43. Recitative Jonathan Ah! dearest friend/ 44. Air Jonathan But sooner Jordan’ stream, I swear
23.45. Recitative David, Jonathan Oh strange vicissitude!/ 46. Air David Such haughty beauties rather move
CD2:
01.47. Recitative Jonathan My father comes/ Scene III. 48. Recitative Saul, Jonathan Hast thou obeyed my orders
02.49. Air Jonathan Sin not, o king, against the youth/ 50. Air Saul As great Jehovah lives/ 51. Air Jonathan From cities stormed, and battles won
03.Scene IV. 52. Recitative Jonathan, Saul Appear, my friend/ 53. Air David Your words, o king, my loyal heart/ 54. Recitative Saul Yes, he shall wed my daughter! 4.Scene V. 55. Recitative Michal A father’s will has authorised my love/ 56. Duet Michal, David O fairest of ten thousand fair/ 57. Chorus Is there a man
05.58. Symphony Largo – Allegro
06.Scene VI. 59. Recitative David Thy father is as cruel/ 60. Duet David, Michal At persecution I can laugh
07.Scene VII. 61. Recitative Michal, Doeg Whom dost thou seek/ 62. Air Michal No, no let the guilty tremble
08.Scene VIII. 63. Recitative Merab Mean as he was, he is my brother now/ 64. Air Merab Author of peace, who canst controul
09.Scene IX. 65. Symphony Allegro
10.66. Accompagnato Saul The time at length is come/ Scene X. 67. Recitative Saul, Jonathan Where is the son of Jesse?
11.68. Chorus Oh fatal consequence of Rage
12.ACT THREE. Scene I. 69. Accompagnato Saul Wretch that I am/ 70. Recit – Accompagnato Saul ‘Tis said, here lives a woman
13.Scene II. 71. Recitative Witch, Saul With me what would’st thou/ 72. Air Witch of Endor Infernal spirits
14.Scene III. 73. Accompagnato Samuel, Saul Why hast thou forced me from the realms of peace
15.74. Symphony Allegro
16.Scene IV. 75. Recitative David, Amalekite Whence comest thou?/ 76. Air David Impious wretch, of race accurst!
17.77. March Grave
18.Scene V. 78. Chorus Mourn, Israel
19.79. Air High Priest Oh let it not in Gath be heard
20.80. Air Merab From this unhappy day
21.81. Air David Brave Jonathan is bow never drew/ 82. Chorus Eagles were not so swift as they
22.83. Air Michal In sweetest harmony they lived!/ 84. Solo David and Chorus O fatal day!/ 85. Recitative Abner Ye men of Judah, weep no more!
23.86. Chorus Gird on thy sword, thou man of might
Performer:
Kerstin Avemo, soprano
Patricia Bardon, alto
Lawrence Zazzo, contre-ténor
Kobie van Rensburg, ténor
Neal Davies, basse
The Choir of Clare College
Freiburger Barockorchester
Direction – René Jacobs
Track List:
CD1:
PART I
01. Sinfony
02. Accompagnato (tenor): Comfort y, my people, saith your God
03. Air (tenor): Every valley shall be exalted
04. Chorus: And the glory of the Lord shall be revealed
05. Accompagnato (bass): Thus saith the Lord of Hosts
06. Air (countertenor): But who may abide the day of His coming?
07. Chorus: And He sahll purify the sons of Levi
08. Recitative (alto): Behold, a virgin shall conceive/Air (alto) & Chorus: O, thou that tellest good tidings to Zion, arise
09. Accompagnato (bass): For behold, darkness shall cover the earth
10. Air (bass): The people that walked in darkness
11. Chorus: For unto us a child is born
12. Sinfonia pastorale/Recitative (soprano): There were shepherds abiding in the field And
13. Chorus: Glory to God in the highest
14. Air (soprano): Rejoice greatly, O daughter of Zion
15. Recitative (alto): Then shall the eyes of the blind be opened/ Air (alto & countertenor): He shall feed His flock like a shepherd
16. Chorus: His yoke is easy, and His burthen is light
PART II
17. Chorus: Behold the lamb of God
18. Air (alto): He was despised and rejected of men
19. Chorus: Surely He hath borne our griefs
20. Chorus: And with His stripes we are healed
21. Chorus: All we like sheep have gone astray
CD2:
01. Accompagnato (tenor): All they that see Him laugh Him to scorn
02. Chorus: He trusted in God that He would deliver Him
03. Accompagnato (tenor): Thy rebuke hath broken His heart
04. Arioso (tenor): Behold and see if there be any sorrow
05. Accompagnato (soprano): He was cut off out of the land of the living / Air (soprano): But Thou didst not leave His soul in hell
06. Chorus: Lift up your heads, O ye gates
07. Recitative (tenor): Unto which of the angels said He at any time
08. Chorus: Let all the angels of God worship Him
09. Air (countertenor): Thou art gone up on high
10. Chorus: The Lord gave the world
11. Air (countertenor): How beautiful are the feet of them
12. Chorus: Their sound is gone out into all lands
13. Air (bass): Why do the nations so furiously rage together
14. Chorus: Let us break their bonds asunder
15. Recitative (tenor): He that dwelleth in heaven shall laugh them to scorn/Air (tenor): Thou shalt break them with a rod of iron
16. Chorus: Hallelujah!
PART III
17. Air (soprano): I know that my redeemer liveth
18. Chorus: Since by man came death
19. Accompagnato (bass): Behold, I tell you a mystery/Air (bass): The trumpet shall sound
20. Recitative (alto): Then shall be brought/ Duet (alto & tenor): O Death, where is thy sting?
21. Chorus: But thanks be to God who giveth us the victory
22. Air (countertenor): If God be for us, who can be against us?
23. Chorus: Worthy was the Lamb that was slain Amen
Eu não senti a falta do livro de ouro nestes dias que antecederam mais este Natal com distanciamento social. Se bem que o tal distanciamento tem encurtado muito pra meu gosto e o social está em plena expansão…
O desfile de letras gregas continua, para a minha enorme preocupação, mas se você está lendo estas linhas, é véspera de Natal ou mesmo o próprio dia de Natal de 2021, o segundo que vivemos sob a sombra da pandemia.
A ocasião é propícia para uma avaliação do que temos feito de nossos dias e eu posso dizer que tenho me esforçado para fazer bom uso de todos os recursos, que são cada vez mais limitados. Busco ouvir apenas os discos mais promissores, progredi bastante nas técnicas de preparação para atividades a distância – síncronas ou assíncronas. Tenho tentado aplicar os três res: reuse, reduza e recicle!
Finalmente retomei alguma atividade física prazerosa – tênis uma vez por semana. Na primeira vez quase morri e lembrei-me da cena do filme em que Nick Nolte faz um jogador de futebol americano acordando num dia pós-jogo. Ainda bem que o tênis não é um dos chamados jogos de contato físico, limitando-se ao contato da bolinha com a raquete.
E você? O que tem feito de seus dias? Muito fb e poucas leituras? Maratonando aquelas séries ou maratonando as Sinfonias de Bruckner? Seja lá como for, espero que encontre um equilíbrio e que tenhas conseguido adentrar a lista de Papai Noel!
Para garantir, preparei aqui este presente natalino, uma gravação do Messias, Messiah, como quiser. A Emmanuelle Haïm tem todas as credenciais e qualificações para a obra. Ótima regente de coro e orquestra, acompanha os cantores maravilhosamente e tem muita experiência com a obra de Handel. Isso a permite até algumas liberdades e como o Messias é uma obra que foi apresentada muitas, muitas vezes, mesmo ao longo da vida do compositor, há muitas variantes. Portanto, você terá a oportunidade de ouvir tudo novamente.
A orquestra no melhor estilo ‘quem …. ?’
Eu gosto especialmente dos coros. Nem precisa mencionar o Hallelujah, ainda no primeiro disco você ouvirá o His yoke is easy, his burthen is light, mas o que me emociona sempre é o For unto us a child is born! O segundo arquivo começa com o assertivo Surely He hath borne our grifes, continua com outro coro, And with His stripes we are healed, que se completa com o delicioso All we, like sheep, have gone astray. Mas há árias, para tenor, contralto, soprano e baixo. Maravilhosas. O dueto O death, where is thy sting já prenuncia a vitória do Senhor sobre a morte. É verdade que no Natal celebramos o nascimento de Jesus, mas impossível não associar sua passagem por aqui sem considerar a morte e a ressurreição. Eis uma boa mensagem para todos aqui, seja qual for a sua fé ou mesma a sua não fé. Enquanto isso, vamos de boa música. Eu mesmo não me envergonho de quando em vez tirar um pequeno cisco do olho quando ouço esta música.
Muito bom disco apesar do bit rate baixo dos arquivos. The King’s Consort dá um espetáculo com todos os benefícios de timbre e textura autênticos e um impecável time de cantores. Handel compôs o oratório Judas Maccabeus no Verão de 1746, após Messiah, Samson, Belshazzar e Israel in Egypt. Com libreto do Rev. Thomas Morell, Judas Maccabeus relata a história da revolta dos Macabeus contra a ocupação dos sírios e também celebra a vitória do Duque de Cumberland sobre o Príncipe Carlos Eduardo da Escócia. O primeiro livro dos Macabeus relata a resistência do povo judeu à conquista da Judeia pelos sírios em 169 a.C. Com o oratório, Händel, um leal partidário da sucessão de Hanover ao trono de Inglaterra, pretendia celebrar a vitória militar do Duque de Cumberland na batalha de Culloden, que teve lugar em Abril de 1746. A rebelião jacobita do Príncipe Carlos Eduardo, sucessor dos Stuart e pretendente ao trono de Inglaterra, terminou em Culloden. Nesta mistureca militar, separadas por mais de 1500 anos, Händel escolheu o tema da vitória militar dos Macabeus para coroar a sua habitual série londrina de concertos de oratório. Estreada em 1 de Abril de 1747 em Londres no Teatro de Covent Garden, o oratório Judas Maccabeus foi um sucesso na sua estreia e tornou-se um dos mais populares de Händel. Durante a vida do compositor, foi executado pelo menos 54 vezes, 33 das quais sob a sua direção.
Georg Friedrich Händel (1685-1759): Judas Maccabaeus (Robert King)
CD1:
01. Act I. Overture: [Grave] – Allegro – Lentement – Allegro
02. Chorus: Mourn, ye afflicted children, the remains
03. Recitative: Well, may your sorrows, brethren, flow (Israelitish man, Israelitish woman)
04. Duet: From this dread scene, these adverse pow’rs (Israelitish man, Israelitish woman)
05. Chorus: For Sion lamentation make
06. Recitative: Not vain is all this storm of grief (Israelitish man)
07. Air: Pious orgies, pious airs (Israelitish man)
08. Chorus: O Father, whose almighty pow’r
09. Recitative: I feel, I feel the Deity within (Simon)
10. Air – Chorus: Arm, arm, ye brave! A noble cause (Simon)
11. Recitative: ‘Tis well, my friends; with transport I behold (Judas Maccabaeus)
12. Air: Call forth thy pow’rs, my soul, and dare (Judas Maccabaeus)
13. Recitative: To heav’n’s almighty king we kneel (Israelitish woman)
14. Air: O liberty, thou choicest treasure (Israelitish woman)
15. Air: Come, ever-smiling liberty (Israelitish woman)
16. Recitative: O Judas, may these noble views inspire (Israelitish man)
17. Air: ‘Tis liberty, dear liberty alone (Israelitish man)
18. Duet: Come, ever-smiling liberty (Israelitish man, Israelitish woman)
19. Chorus: Lead on, lead on! Judah disdains
20. Recitative: So will’d my father, now at rest (Judas Maccabaeus)
21. Semi-chorus: Disdainful of danger, we’ll rush on the foe
22. Recitative: Ambition! If e’er honour was thine aim (Judas Maccabaeus)
23. Air: No unhallow’d desire (Judas Maccabaeus)
24. Recitative: Haste we, my brethren, haste we to the field (Israelitish man)
25. Chorus: Hear us, O Lord, on thee we call
26. Act II. Chorus: Fall’n is the foe; so fall thy foes, O Lord!
27. Recitative: Victorious hero! Fame shall tell (Israelitish man)
28. Air: So rapid thy course is
29. Recitative: Well may we hope our freedom to receive (Israelitish man)
30. Duet – Chorus: Sion now her head shall raise (Israelitish man, Israelitish woman)
31. Recitative: Oh, let eternal honours crown his name (Israelitish woman)
32. Air: From mighty kings he took the spoil (Israelitish woman)
CD2:
01. Duet – Chorus: Hail, hail, Judea. Happy land! (Israelitish man, Israelitish woman)
02. Recitative: Thanks to my brethren; but look up to heav’n (Judas Maccabaeus)
03. Air: How vain is man, who boasts in fight (Judas Maccabaeus)
04. Recitative: O Judas, O my brethren! (Messenger)
05. Air – Chorus: Ah! wretched, wretched Israel! Fall’n, how low (Israelitish woman)
06. Recitative: Be comforted, nor think these plagues are sent (Simon)
07. Air: The Lord worketh wonders (Simon)
08. Recitative: My arms! Against this Gorgias will I go (Judas Maccabaeus)
09. Air – Chorus: Sound an alarm! Your silver trumpets sound (Judas Maccabaeus)
10. Recitative: Enough! To heav’n we leave the rest (Simon)
11. Air: With pious hearts, and brave as pious (Simon)
12. Recitative: Ye worshippers of God (Israelitish man, Israelitish woman)
13. Air: Wise men, flatt’ring, may deceive us (Israelitish woman)
14. Duet – Chorus: Oh! Never, never bow we down (Israelitish woman, Israelitish man)
15. Act III. Air: Father of heav’n! From thy eternal throne (Priest)
16. Recitative: See, see yon flames, that from the altar broke (Israelitish man, Israelitish woman)
17. Air: So shall the lute and harp awake (Israelitish woman)
18. Recitative: From Capharsalama on eagle wings I fly (Messengers)
19. Chorus: See, the conqu’ring hero comes! (Chorus of youths, Chorus of virgins)
20. March
21. Chorus: Sing unto God, and high affections raise
22. Recitative: Sweet flow the strains, that strike my feasted ear (Judas Maccabaeus)
23. Air: With honour let desert be crown’d (Judas Maccabaeus)
24. Recitative: Peace to my countrymen; peace and liberty (Eupolemus)
25. Chorus: To our great God be all the honour giv’n
26. Recitative: Again to earth let gratitude descend (Israelitish woman)
27. Air: O lovely peace, with plenty crown’d (Israelitish woman)
28. Air – Chorus: Rejoice, O Judah! and, in songs divine (Simon)
Judas Maccabaeus – Jamie MacDougall
Israelitish woman – Emma Kirkby
Israelitish man – Catherine Denley
Simon – Michael George
Priest, Messenger – James Bowman
Eupolemus, Messenger – Simon Birchall
New College Choir, Oxford
The King’s Consort
Conductor – Robert King
Não sei se Pinnock e seu The English Concert gravaram o Messias antes deste disco de 1986, apenas sei que, há 30 anos atrás, eles já estavam preparados para fazerem aquele que é, na minha opinião, o melhor registro do famoso oratório de Händel. Pois esta turma tem (ou tinha) Händel no DNA. Essas aberturas, ouvidas juntas, guardam algo de pomposo, talvez de repetitivo, mas a sonoridade da orquestra de Pinnock estava finamente preparada para mais. Como amo a música barroca, me lambuzei e me satisfiz mesmo aqui. Um belo disco.
Georg Friedrich Händel (1685-1759): Aberturas
Alceste; HWV 45 Act 1: Grand Entrée
1 Maestoso 2:46 Agrippina;
HWV 6 Sinfonia:
2 Without Tempo Indication – Allegro – Adagio 4:04 Il Pastor Fido; HWV 8a
3 Without Tempo Indication – Lentement 4:12
4 Largo 3:53
5 Allegro 2:12
6 (Menuet) 2:00
7 Adagio 8:20
8 (Allegro) 3:24 Saul; HWV 53
Act 1: Sinfonia
9 Allegro 4:05
10 Larghetto – Adagio 2:42
11 Allegro 2:38
12 Andante Larghetto 2:40 Act 2: Sinfonia “Wedding Symphony”
13 Largo _ Allegro 4:44 Teseo; HWV 9
Ouverture
14 Largo – Without Tempo Indication 5:19 Samson; HWV 57
15 Andante – Adagio 3:53
16 Allegro 1:42
17 Menuetto 2:17
Os nomes Tafelmusik e Jeanne Lamon passaram muitos anos juntos e apareceram em inúmeras capas de excelentes álbuns de música, vários deles marcando presença nas páginas do PQP Bach.
A combinação sempre foi garantia de ótima qualidade e o amor e a dedicação da diretora e violinista à sua orquestra realçava a sua arte que transparece em suas gravações.
Eu gosto particularmente dos concertos para violino de Bach, alguns álbuns de Vivaldi que eventualmente são acompanhados do violoncelista Anner Bylsma.
Outro álbum que tenho ouvido por muitos anos é este da postagem, que traz a festiva música de Handel.
Esta postagem presta uma homenagem a Jeanne Lamon, que morreu dia 20 de junho de 2021, aos 71 anos, vítima de câncer. Jeanne deixa a companheira Christina Mahler, que já foi a Principal Violoncelista da Tafelmusik.
Que este iluminado disco com a sua belíssima música de Handel, fruto da arte e do talento de Jeanne e seus músicos possam servir para nos lembrar que mesmo em circunstâncias tão adversas a arte pode servir de consolo e bálsamo. Penso nos muitos brasileiros que nesses dias têm os diagnósticos ou os tratamentos desta terrível doença adiados ou prejudicados devido aos destrambelhos da pandemia.
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Música para os Reais Fogos de Artifício, HWV 351
Ouverture
Bourrée
La Paix
La Réjouissance
Menuet I
Menuet II
Concerto da due cori No. 2, em fá maior, HWV 333
Pomposo – Allegro
A tempo giusto
Largo
Allegro ma non troppo
A tempo ordinario
Concerto da due cori No. 1, em si bemol maior, HWV 332
The Book in on the Table: “This is clear, clean, crisp playing, that is lively, joyful, and, dare I say it, perfect in every way! The recording quality is superb as well. I have purchased many recordings with Jeanne Lamon conducting her group Tafelmusik, and I am starting to think that Lamon can do no wrong when it comes to conducting.” John Doe (no Amazon)
Um disco maravilhoso, daqueles impossíveis de se ouvir menos do que 3 vezes — no mesmo dia. Como sempre acontece quando Perl está envolvida, o calor e o afeto abundam, condizentes não apenas com os temas delicadamente amorosos das Cantatas, mas também com o ar ameno que a música do período italiano de Händel respira com tanta facilidade. Mas também há muita espontaneidade, uma sensação tangível de que os músicos estão gostando da companhia um do outro e das combinações um pouco incomuns que encontram. Ouvir Mields é sempre um prazer. Sua voz — clara, precisa e controlada — ilumina a música. Pena que esteja um tantinho submersa pelo conjunto relativamente grande da bela Tra le fiamme. Temos sonatas, outras peças avulsas, temos Tra le fiamme, mas também a esplêndida, deliciosa e sinuosa Cantata Spagnuola, cujas árias soam quase como baladas pop — resultado, talvez, da tendência de Handel de ignorar o lado lírico da gamba e de fazer uso do violão e do alaúde. Um lançamento incomum, cheio de musicalidade contagiante, um verdadeiro prazer de ouvir.
Georg Friedrich Händel (1685-1759): Cantatas e Peças Avulsas (Mields, Perl, La Folia, Santana)
Tra Le Flamme, HWV 170
1 I. Tra Le Flamme (Aria)
2 II. Dedalo Gia Le Fortunate Penne (Recitativo)
3 III. Pien Di Nuovo E Bel Diletto (Aria)
4 IV. Si, Si Purtroppo E Vero (Recitativo)
5 V. Voli Per L’aria (Aria)
6 VI. L’umo Che Nacque Per Salire Al Cielo (Recitativo)
7 VII. Tra Le Fiamme (Aria)
8 Chaconne In G Major, HWV 435
9 Nascermi Sento Al Core (From HWV 160b)
Sonata In G Minor, HWV 364b
10 I. Andante Larghetto
11 II. Allegro
12 III. Adagio
13 IV. Allegro
Cantata Spagnuola, HWV 461
14 I. No Se Emendara Jamas (Aria)
15 II. Si Del Quereros Es Causa (Recitativo)
16 III. Dimete Mix Oxos (Aria)
17 Hornpipe, HWV 461
La Blanca Rosa, HWV 160c
18 I. Sei Pur Bella, Pur Vezzosa (Aria)
19 II. Se Vien L’ape Ingeniosa (Recitativo)
20 III. E Certo Allor Sei La Regina D’ogni Altro Fior (Aria)
21 Col Partir La Bella Ciori (From HWV 77)
22 Chaconne In G Major, G228
Classical Guitar, Lute – Lee Santana
Orchestra – La Folia Barockorchester
Soprano Vocals – Dorothee Mields
Viola da Gamba – Hille Perl
Entre 1719 e 1737 Handel, que vivia em Londres, manteve companhias de ópera em estilo italiano, mas finalmente teve que mudar de ramo, com a falência da última delas. Era muito caro importar os cantores italianos e o gosto dos ingleses para este tipo de música era variável. Além disso, ele não era tão jovem e enfrentava problemas de saúde. Ele já havia se tornado cidadão britânico, decidiu adaptar-se aos gostos locais, permanecendo em Londres, em vez de buscar novas paragens. Chegara o tempo das odes e dos oratórios. Mantendo a tradição da época, fez reuso de música já composta para outras ocasiões, adaptando tudo para o momento. E quem ligava, se o resultado soava novo e adequado?
Além da música coral, Handel passou a arranjar e compor concertos para intercalar com os números destas apresentações. Queria mostrar seus poderes de grande compositor para garantir definitivamente a fama e o dinheiro.
Nos meses de setembro e outubro de 1739 ele trabalhou nestes concerti grossi, que pretendia usar na próxima temporada. Mesmo levando em conta o reuso, o resultado é verdadeiramente espetacular. A concisão de tempo não colocou em perigo a qualidade das peças nem diminuiu a inventividade. Handel planejou a obra toda como um conjunto de 12 concertos, seguindo a tradição estabelecida pelos mestres italianos como Corelli, Albinoni e Vivaldi. Além do uso em seus espetáculos, Handel fez parceria com o editor de música John Walsh Junior que anunciou a obra para venda por assinatura antes mesmo de Handel terminar de escrever as últimas notas.
Sala de Música na Casa de Handel, LondresJoão Guilherme gostou da minha escolha…
Escolher uma gravação para a postagem não foi tarefa fácil, mas foi divertido. Certamente haverá desdobramentos. Apesar das boas lembranças trazidas pela audição das gravações de Iona Brown e Yuli Turovsky, o vibrato acabou me colocando em outra direção. É claro que Pinnock e Hogwood (que adoro) e inúmeros outros grupos gravaram estas obras e algumas destas boas opções já foram postadas. Assim, me concentrei nas novas gravações. Ouvi algumas vezes o lançamento do excelente selo BIS, uma gravação bastante elogiada com o grupo Arte dei Suonatori, que apesar do nome é polonês, regido por Martin Gester. Mas acabei optando pelo grupo holandês Combattimento Consort, regido pelo Jan Willem de Vriend que, apesar de atento às práticas historicamente informadas, usa instrumentos modernos. Talvez isso tenha sido a razão pela escolha. Espero que você também goste da escolha!
Georg Friedrich Handel (1685 – 1759)
[1-5] – Concerto grosso, Op. 6 No. 1 em sol maior, HWV319
[6-9] – Concerto grosso, Op. 6 No. 2 em fá maior, HWV320
[10-14] – Concerto grosso, Op. 6 No. 3 em mi menor, HWV321
[15-18] – Concerto grosso, Op. 6 No. 4 em lá menor, HWV322
Combattimento Consort Amsterdam maravilhados com o Salão de Música do PQP Bach Corp. em Blumenau
Gramophone: “the use of modern strings and woodwind is by no means a disadvantage because there are some salient aspects of these performances that are closer to historically informed practice than those one hears from some period-instrument sets…Combattimento Consort Amsterdam’s pursuit of dramatic conviction and rich textures is commendable”.
Veja o que disse uma outra crítica, que pode ser lida na íntegra aqui: “Stirring, exciting and moving in equal measure, this is a Handel Op. 6 with which to reward yourself, and which will deliver pleasure for as long as you possess it. […] Such a magnificent production, superbly recorded […], is therefore cause both for celebration and poignancy. Snap it up while you can”.
Baixe logo, enquanto pode… Aproveite!
René Denon
PS:O pessoal do Combattimento e o Jão Guilherme já nos visitaram antes. Veja aqui:
Stefan Temmingh já foi chamado de sucessor de ‘Frans Brüggen’, o lendário flautista, maestro, musicólogo, entre outras ‘profissões’. Li isso na página do próprio Temmingh na internet, então vamos considerar um pouco uma jogada de marketing. Mas não podemos negar que o rapaz tem um talento imenso, e com certeza é um dos maiores flautistas da sua geração. E como tem excepcionais flautistas atualmente, principalmente no repertório barroco !! Álbuns dedicados a Vivaldi, a Corelli, a Teleman são lançados constantemente, e todos de excelente qualidade.
Este Cd que ora vos trago é dedicado a Handel, o genial compositor contemporâneo de Bach, com quem compartilha a grandiosidade. São obras agradáveis de se ouvir, principalmente em seus movimentos mais rápidos, que exigem do solista uma técnica mais apurada e isso Temminghs tem de sobra.
É incerto afirmar quantas sonatas Handel compôs, mas o número se situa entre oito ou nove. Algumas destas foram compostas originalmente para outros instrumentos. Assim o editor do site amazon.com classificou este CD:
The Six Recorder Sonatas by George Frideric Handel are a compendium of the recorders original literature, and have an exceptional position because of their beauty. Theyre typically Handelian in character, in that the upper voice is very vocal, like his operas. The melodies are truly captivating and remarkable for their simplicity which demands far more virtuosity than simply moving the fingers quickly. The goal of Stefan Temmingh, one of Germanys most renowned recorder players of the younger generation, is to come as close as possible to the greatest of all instruments the human voice. The bass line makes an equal counterpart to the recorder part; its opulent, virtuosic and full of variety much more than in comparable pieces. Its executed without cello only by harpsichord, performed in an outstanding way by Wiebke Weidanz.
Dia destes nosso PQPBach postou outro CD deste admirável flautista, acompanhado pela soprano Dorothée Mields, e destacou em seu comentário como funciona bem esta parceria. Poderia afirmar também que neste CD a parceria com a cravista Wiebke Windanz também funciona perfeitamente. Enfim, um belo CD, que vai agradar bastante aos fãs do instrumento, e claro, aos fãs de Handel.
1 Prelude in G major HWV 571
2 Sonata in C major HWV 365 Larghetto
3 Allegro
4 Larghetto
5 Tempo di Gavotta 1:44
6 Allegro 2:08
7 Flourish 0:25
Sonata in F major HWV 369
8 Grave
9 Allegro
10 Alla Siciliana
11 Allegro
12 Prelude in G minor HWV 572
Sonata in G minor HWV 360
13 Larghetto
14 Andante
15 Adagio
16 Presto
17 Fantaisie No.1 in B flat major 0:39 Anonymous (from the Charles Babel Collection)
Sonata in B flat major HWV 377
18 (Allegro)
19 Adagio
20 Allegro
21 Prelude in A minor HWV 576
Sonata in A minor HWV 362
22 Larghetto
23 Allegro
24 Adagio
25 Allegro
26 Prelude in B minor ZN773 by Henry Purcell (1659-1695)
Sonata in B minor HWV 367
27 Largo
28 Vivace
29 Furioso
30 Adagio
31 Alla Breve
32 Andante
33 A Tempo di Menuet
A soprano Natalie Dessay e a cravista e regente Emmanuelle Haim unem-se neste belo programa de duas cantatas solo de Handel, além de uma importante ária de Aci, Galatea e Polifemo (a versão italiana, não a em inglês, composta dez anos depois). Estas duas musicistas francesas já tinham unido suas forças em duas magníficas gravação de 2004: L’Orfeo de Monteverdi e outro Handel delicioso: Arcadian Duets. A voz de Dessay fez dela uma famosa intérprete de Mozart e músicas do bel canto, mas ultimamente ela tem feito incursões por Strauss e Massenet. No entanto, ela parece especialmente adequada para Handel. Le Concert d’Astrée é uma excelente orquestra. A cantata de abertura, Il Delirio Amoroso, com texto do cardeal Pamphili, é o lamento de Clori sobre a morte de Tirsi e inclui solos de destaque para oboé, violino, violoncelo e flauta. Da mesma forma, a ária de Aci – a mais longa e indiscutivelmente a melhor faixa do disco – enfatiza o solo vocal através de um instrumental brilhante que, paradoxalmemente, serve para lembrar o narrador de sua solidão. Parecido com a cantata de abertura, mas mais conciso, Mi palpita il cor também lida com a angústia de amor perdido e, novamente, um solo de oboé faz dueto com Dessay em contraponto melódico. Um baita disco.
G. F. Handel (1685-1759): Il Delirio Amoroso (Dessay / Haïm)
1) Introduzione
2) Recitative: Da Quel Giorno Fatale
3) Aria (Allegro): Un Pensiero Voli In Ciel
4) Recitative: Ma Fermati Pensier
5) Aria: Per Te Lasciai La Luce
6) Recitative: Non Ti Bastava Ingrato
7) Aria: Lascia Omai Le Brune Vele
8. Recitative: Ma Siamo Giunti In Lete
9) Entrée
10) Minuet: Inquesto A Mene Piaggie Serene
11) Recitative: Si Disse Clori
12) Minuet
Aci, Galatea E Polifemo
13) Aria: Qui L’augel Da Pianta In Pianta Lieto Vola (Aci)
Mi palpita Il Cor
14) Adagio: Mi Palpita Il Cor
15) Allegro: Agitata É L’alma Mia
16) Recitativo: Tormento E Gelosia
17) Aria (Largo): Ho Tanti Affanni In Petto
18) Recitativo: Clori Dite Mi Lagno
19) Aria (Allegro): S’un Di M’adora La Mia Crudele
Natalie Dessay, soprano
Le Concert D’Astrée
Emmanuelle Haïm, direction
Faz algum tempo que postamos coleções de Suítes de Handel para cravo solo. Nos últimos anos postamos com Scott Ross… Na minha opinião, aquilo era um desastre artístico. Depois, a coisa só melhorou com Ragna Schirmer e sua integral, Murray Perahia e Kenneth Gilbert. Agora, sob o comando de Pierre Hantaï, o nível permanece altíssimo. O CD é esplêndido. PH nos passa um Handel belo e convincente.
Quando publicou sua primeira coleção de suítes para cravo, em 1720, Handel parecia mais preocupado com a música vocal. Porém, assim que foi publicado, o conjunto encantou os amantes da música e se tornou um campeão de vendas em toda a Europa. Foi um sucesso tão grande que foi reimpresso várias vezes. Alternando entre os estilos francês e italiano, Handel não respeita a sequência costumeira das suítes de dança da época. Mas toca o coração. Seu encanto direto e poder imaginativo garantem a essas peças, hoje injustamente negligenciadas, um lugar de luxo no panteão da música para cravo.
Georg Friedrich Händel (1685-1759): Suítes para Cravo (Hantaï)
1. Handel: Suite in a Major HWV 426 – Praelude
2. Handel: Suite in a Major HWV 426 – Allemande
3. Handel: Suite in a Major HWV 426 – Courante
4. Handel: Suite in a Major HWV 426 – Gigue
5. Handel: Suite in F Major HWV 427 – Adagio
6. Handel: Suite in F Major HWV 427 – Allegro
7. Handel: Suite in F Major HWV 427 – Adagio
8. Handel: Suite in F Major HWV 427 – Allegro (Fugue)
9. Handel: Suite in D minor HWV 428 – Praeludium, Allegro (Fugue)
10. Handel: Suite in D minor HWV 428 – Allemande
11. Handel: Suite in D minor HWV 428 – Courante
12. Handel: Suite in D minor HWV 428 – Air ; 5 Variations
13. Handel: Suite in D minor HWV 428 – Presto
14. Handel: Fugue in C minor HWV 610
15. Handel: Suite in E minor HWV 429 – Allegro (Fugue)
16. Handel: Suite in E minor HWV 429 – Allemande
17. Handel: Suite in E minor HWV 429 – Courante
18. Handel: Suite in E minor HWV 429 – Sarabande
19. Handel: Suite in E minor HWV 429 – Gigue
Feliz Natal, apesar de tudo… ou especialmente por isso!
É Natal e eu vos ofereço outro Messias. Este oratório trata do nascimento de Cristo, depois falará sobre a morte – a redenção pelo sacrifício – e da Vitória do Messias sobre a morte. Termina com hino de louvores como uma torcida alegre pela vitória. De qualquer forma, é música ótima para se ouvir nestes dias.
Esta gravação é anterior ao movimento HIP, de uso de instrumentos antigos e práticas historicamente informadas. Raymond Leppard, que faleceu faz pouco mais do que um ano, era uma referência para música barroca. Gravava com a English Chamber Orchestra para os grandes selos, principalmente para a Philips, e sempre dispunha de ótimos cantores. Colaborou especialmente com Dame Janet Baker.
Esta gravação do Messias, agora que o movimento HIP já não é mais novidade e muitas de suas práticas foram incorporadas pelos outros grupos musicais, pode parecer um pouco lenta ou antiquada. Mas, na época em que foi lançada fazia um contraste enorme com as gravações de então, com coros e orquestras enormes e andamentos bem mais lentos ainda. Acho que esta gravação envelheceu graciosamente e tive muito prazer em ouvi-la novamente e preparar tudo para oferecê-la para vocês.
Felicity (adoro este nome) Palmer
Handel compôs música para reis e rainhas de carne e osso e aqui oferece toda a sua experiência e talento para o Rei dos reis!
O Natal é a festa do nascimento de Deus, feito menino e depois homem. Ele fez isso para trazer uma mensagem que ainda hoje soa revolucionária – amar o próximo como a si mesmo. Nestes dias de tantas atribulações e sofrimentos, mesmo para os não religiosos, esta mensagem de amor pode trazer um recado atual e oferecer um momento de consolo e de conforto. Que traga também esperança para que tantos sacrifícios não sejam vãos e que possamos realmente renascer melhores destes dias.
Ryland explicando como eram as gravações naqueles dias…
A obra é muito conhecida e é possível que você já a tenha ouvido, mesmo que seja alguns trechos. De qualquer forma, enumero aqui alguns momentos que você não pode perder.
– Logo após a abertura, temos um recitativo – Comfort ye, my people, seguido da ária para tenor – Ev’ry valley shall be exalted, onde se anuncia a vinda do Deus-Menino. As frases ‘The voice of him, that crieth in the wilderness: Prepare the way of the Lord … … the crooked straight, and the rough places plain’ falam do Batista, que anuncia a chegada do Senhor. Os caminhos devem ser aplainados!!
Helen Watts
– O Messias é uma obra na qual o coro é um dos protagonistas. Eu nunca deixo de me emocionar em diversos números corais e For unto us a child is born é um deles. Todos os nomes e títulos atribuídos ao Messias são declamados, terminando com o mais bonito de todos – o Príncipe da Paz.
– O nascimento de Cristo é geralmente associado à simplicidade e ao mundo de pastores e pessoas simples. Não é diferente aqui e Pifa – Pastoral, um número orquestral inicia uma sequência que trata exatamente de anjos e pastores.
– A primeira parte do oratório se encerra com o lindo coral His yoke is easy.
– A segunda parte trata do sofrimento de Cristo e a ária para contralto, He was despised and rejected of man! É bem forte. A letra inclui as impressionantes palavras ‘a man of sorrows and acquainted with grief’.
John Shirley-Quirk
– Alguns números corais merecem atenção aqui. All we like sheep, nesta gravação ganha um acompanhamento de órgão, tocado por Leslie Pearson, para um efeito divertido, espalhando as ovelhinhas – gone astray – para todos os lados. He trusted in God e Lift up your heads também são bem inspiradores.
– A segunda parte se encerra com o mais famoso coral de todos, Hallelujah. Contagiante! Prepare a caixa de lenços…
A terceira parte do oratório é mais curta, mas não deixe de notar a ária para soprano, I know my Redeemer liveth, o recitativo e ária para baixo The trumpet shall sound e o dueto para tenor e contralto, O death, where is thy sting, permitindo assim que os solistas se despeçam da audiência. Todos estes números celebram a vitória do Messias sobre a morte. E tudo termina com dois corais, um seguido ao outro – Worthy is the Lamb e Amen!
George Frideric Handel (1685 – 1750)
Messiah
Felicity Palmer, soprano
Helen Watts, contralto
Ryland Davies, tenor
John Shirley-Quirk, baixo
English Chamber Orchestra & Choir
Raymond Leppard
Nos arquivos anexados você encontrará muitas informações sobre as faixas e tudo o mais, inclusive o libreto.
“Júlio César” merece uma gravação tão completa e de primeira qualidade como esta. Elenco perfeito, encabeçado por Jennifer Larmore, de esplêndida performance. O som, como é habitual na Harmonia Mundi, não poderia ser melhor. O Concerto Köln, liderado por René Jacobs (ex-contratenor, especialista neste gênero de repertório) toca com a paixão e precisão necessárias ao trabalho.
Recomendo aos malucos pelo barroco. (São mais de quatro horas de música. Fui claro?) Acho que vale pra caralho ouvir este quarteto de CDs que disponibilizamos em um só arquivão.
G. F. Handel (1685-1759): Giulio Cesare
Disc: 1
1. Ov – Con Koln/Rene Jacobs
2. Act 1, Scene 1. Cesare E Curio: Viva Il Nostro Alcide – Con Koln/Rene Jacobs
3. Act 1, Scene 1. Cesare E Curio: Aria: Presti Omai/Scene 2. Cornelia, Sesto E Detti – Jennifer Larmore
4. Act 1, Scene 3. Achilla, E Detti: Aria: Empio, Diro – Jennifer Larmore
5. Act 1, Scene 4. Curio, Sesto E Cornelia: Aria: Priva Son D’Ogni Conforto – Bernarda Fink
6. Act 1, Scene 4. Curio, Sesto E Cornelia: Aria: Svegliatevi Nel Core – Marianne Rorholm
7. Act 1, Scene 5. Cleopatra, Poi Nireno, E Dopo Tolomeo: Aria: Non Disperar – Barbara Schlick
8. Act 1, Scene 6. Tolomeo, Ed Achilla: Aria: L’Empio, Sleale – Derek Lee Ragin
9. Act 1, Scene 7. Cesare, E Poi Curio Che Introduce Cleopatra E Nireno: Aria: Alma Del Gran Pompeo – Jennifer Larmore
10. Act 1, Scene 7. Cesare, E Poi Curio Che Introduce Cleopatra E Nireno: Aria: Non E Sivago – Jennifer Larmore
11. Act 1, Scene 7. Cesare, E Poi Curio Che Introduce Cleopatra E Nireno: Aria: Tutto Puo – Barbara Schlick
12. Act 1, Scene 8. Cornelia, E Poi Sesto; Cleopatra E Nireno In Disparte: Aria: Nel Tuo Seno – Bernarda Fink
13. Act 1, Scene 8. Cornelia, E Poi Sesto; Cleopatra E Nireno In Disparte: Aria: Cara Speme – Marianne Rorholm
14. Act 1, Scene 8. Cornelia, E Poi Sesto; Cleopatra E Nireno In Disparte: Aria: Tu La Mia Stella – Barbara Schlick
Disc: 2
1. Act 1, Scene 9. Cesare, Tolomeo Ed Achilla: Cesare, Alla Tua Destra/Aria: Va Tacito/Scene 10… – Derek Lee Ragin/Jennifer Larmore
2. Act 1, Scene 11. Cornelia, Sesto, Ed Achilla: Aria: Tu Sei Il Cor – Furio Zanasi
3. Act 1, Scene 11. Cornelia, Sesto, Ed Achilla: Son Nata A Lagrimar – Bernarda Fink/Marianne Rorholm
4. Act 2, Scene 1. Cleopatra, E Nireno: Eseguisti, O Niren – Barbara Schlick
5. Act 2, Scene 2. Nireno, E Poi Cesare: Sinf – Con Koln/Rene Jacobs
6. Act 2, Scene 2. Nireno, E Poi Cesare: Aria: V’Adoro, Pupille – Barbara Schlick
7. Act 2, Scene 2. Nireno, E Poi Cesare: Aria: Se In Fiorito – Jennifer Larmore
8. Act 2, Scene 3. Cornelia, E Poi Achilla – Bernarda Fink/Furio Zanasi/Derek Lee Ragin
9. Act 2, Scene 4. Cornelia, Tolomeo: Aria: Se A Me Non Sei Crudele – Furio Zanasi
10. Act 2, Scene 4. Cornelia, Tolomeo: Aria: Si Spietata/Scene 5. Cornelia, E Poi Sesto – Derek Lee Ragin
11. Act 2, Scene 6. Nireno, E Detti: Aria: Cessa Omai – Bernarda Fink
12. Act 2, Scene 6. Nireno, E Detti: Aria: L’Angue Offeso – Marianne Rorholm
13. Act 2, Scene 7. Cleopatra, E Poi Cesare: Aria: Venere Bella – Barbara Schlick/Olivier Lallouette
14. Act 2, Scene 8. Curio, E Detti: Aria: Al Lampo Dell’ Armi – Jennifer Larmore
Disc: 3
1. Act 2, Scene 8. Curio, E Detti: Che Sento?/Aria: Se Pieta – Barbara Schlick
2. Act 2, Scene 9. Tolomeo, Cornelia, E Poi Sesto: Aria: Belle Dee/Scene 10. Achilla, E Detti – Derek Lee Ragin
3. Act 2, Scene 11. Sesto, E Cornelia. Aria: L’Aura Che Spira – Marianne Rorholm
4. Act 3, Scene 1. Achilla: Aria: Dal Fulgor – Furio Zanasi
5. Act 3, Scene 2. Tolomeo, Cleopatra: Sinf – Con Koln/Rene Jacobs
6. Act 3, Scene 2. Tolomeo, Cleopatra: Aria: Domero – Derek Lee Ragin
7. Act 3, Scene 3. Cleopatra, Solo Con Guardie: E Pur Cosi/Aria: Piangero – Barbara Schlick
8. Act 3, Scene 4. Cesare, Poi Sesto, Nireno, Ed Achilla: Aria: Dall’ Ondoso/Aure, Deh, Per Pieta – Jennifer Larmore
9. Act 3, Scene 4. Cesare, Poi Sesto, Nireno, Ed Achilla: Aria: Quel Torrente – Jennifer Larmore
10. Act 3, Scene 5. Sesto, E Nireno: Aria: La Giustizia – Marianne Rorholm
11. Act 3, Scene 6. Cleopatra, E Poi Cesare: Voi, Che Mie Fide Ancelle – Barbara Schlick
12. Act 3, Scene 6. Cleopatra, E Poi Cesare: Aria: Da Tempeste/Scene 7. Cornelia, E Tolomeo – Barbara Schlick
13. Act 3, Scene 8. Sesto, E Detti: Aria: Non Ha Piu – Bernarda Fink
Disc: 4
1. Act 3, Scene Ultima. Cesare, Cleopatra, Curio, Nireno, Sesto E Cornelia: Sinf – Con Koln/Rene Jacobs
2. Act 3, Scene Ultima. Cesare, Cleopatra, Curio, Nireno, Sesto E Cornelia: Caro/Bella – Barbara Schlick/Jennifer Larmore
3. Act 3, Scene Ultima. Cesare, Cleopatra, Curio, Nireno, Sesto E Cornelia: Ritorni Omai – Con Koln/Rene Jacobs
4. Appendix: Aria: Qui Perde Un Momento – Dominique Visse
Mesmo que a seleção de Concertos deste Op. 3 tenha sido provavelmente compilada pelo editora de Händel e não pelo próprio compositor, a qualidade geral e a natureza colorida da música contida nele o tornam um poderoso opus. Com sua profunda competência e absoluta animação, a Akademie für Alte Musik Berlin e o maestro Georg Kallweit demonstram porque eu os considero um dos melhores conjuntos barrocos da atualidade ao lado da Orquestra Barroca de Freiburg, do Giardino Armonico, Orchestra of the Age of Enlightenment e de outros poucos. Poucas vezes Händel foi tão bem tratado. Imaginem que conheci esses concertos na horrorosa versão romântica de Karl Richter. Que sorte que o mundo girou tantas vezes desde aqueles dias.
Concerto grosso (‘concerto grande’; plural: concerti grossi) é uma forma musical em que um grupo de solistas (concertino) — geralmente dois violinos e um violoncelo — dialoga com o resto da orquestra (ripieno), por vezes fundindo-se com este, resultando no tutti. Trata-se de uma forma estritamente instrumental, típica do período barroco. A denominação concerto grosso surgiu por volta de 1670, na partitura de uma cantata de Alessandro Stradella. Foi praticado principalmente na Itália, na Inglaterra e nos países germânicos. As diferentes partes — concertino, ripieno e tutti — são sustentadas pelo grupo do baixo contínuo (geralmente, feito por uma viola da gamba ou cravo). Alguns compositores utilizaram simplesmente a denominação de concerto, sinfonia ou sonata para designar a forma do concerto grosso.
G. F. Handel (1685-1759): Concerti grossi, Op. 3 (Akademie für Alte Musik Berlin)
Handel, George Frideric (1685-1759) :
Concerto Grosso Op. 3 No. 1 in B flat major, HWV312 7:44
01. I. Allegro 2:25
02. II. Largo 3:53
03. III. Allegro 1:26
Concerto Grosso Op. 3 No. 2 in B flat major, HWV313 10:08
04. I. Vivace 1:37
05. II. Largo 2:34
06. III. Allegro 1:47
07. IV. Menuet 1:18
08. V. Gavotte 2:52
Concerto Grosso Op. 3 No. 3 in G major, HWV314 8:01
09. Ia. Largo e staccato 0:36
10. Ib. Allegro 2:30
11. II. Adagio 1:04
12. III. Allegro 3:51
Concerto Grosso Op. 3 No. 4a in F Major, HWV315 12:03
13. I. Andante – Allegro – Lentement 5:57
14. II. Andante 2:07
15. III. Allegro 1:26
16. IV. Minuetto alternativo 2:33
Concerto Grosso Op. 3 No. 5 in D minor, HWV316 9:32
17. I. Grave 1:27
18. II. Allegro 2:19
19. III. Adagio 1:40
20. IV. Allegro ma non troppo 1:30
21. V. Allegro 2:36
Concerto Grosso Op. 3 No. 6 in D major, HWV317 6:30
22. I. Vivace 3:14
23. II. Allegro 3:16
Este é um resumo bastante incompleto do que foi a carreira do extraordinário Collegium Aureum, grupo que teve sua origem na Harmonia Mundi e que foi um dos principais pioneiros das interpretações historicamente informadas.
Uma versão maravilhosa destas peças populares — e ótimas — de Händel. Eu adorei ouvir esta gravação que faz justiça à alta qualidade das obras.
A Música para Fogos de Artifício é uma suíte para instrumentos de sopro composta por Händel em 1749, a pedido do rei George II da Grã-Bretanha, para ser apresentada sob fogos no Green Park, em Londres, em 27 de abril de 1749. A música celebra o fim do Guerra da Sucessão Austríaca e assinatura do Tratado de Aix-la-Chapelle (Aachen) em 1748.
A Música Aquática é outra coleção de movimentos orquestrais, frequentemente dividida em três suítes. Sua estreia se deu em 17 de julho de 1717, após o rei George I encomendar um concerto para ser executado dentro do Tâmisa. Sim, isso mesmo. O concerto foi executado originalmente por cerca de 50 músicos, situados sobre uma barca nas proximidades da barca real, a partir da qual o monarca escutava a peça com seus amigos mais próximos. Uma nojeira. Aproveitando-se da correnteza do rio, as barcas se dirigiam a Chelsea. O rei Jorge gostou tanto das suítes que pediu a seus músicos, já esgotados, que tocassem-na por três vezes durante o tempo do percurso. Uma nojeira II. Mas a música de Händel é do caralho.
Georg Friedrich Händel (1685-1759) : Música para Fogos de Artifício e Música Aquática — Coleção Collegium Aureum Vol. 2 de 10
CD02: Handel – Music for the Royal Fireworks; Water Music (76:17)
George Frideric Handel (1685-1750)
Music for the Royal Fireworks, HWV 351
01. I. Ouverture
02. II. Bourrée
03. III. La Paix
04. IV. La Rejouissance
05. V. Minuet I
06. VI. Minuet II
Water Music, Suite N.1 in F, HWV 348
07. I. Ouverture
08. II. Adagio e staccato
09. III. Allegro – Andante – Allegro
10. IV. Allegro
11. V. Air
12. VI. Minuet
13. VII. Bourrée
14. VIII. Andante
15. IX. Hornpipe
Water Music, Suite N.2 in D-Dur, HWV 349
16. I. Ouverture
17. II. Alla Hornpipe
18. III. Minuet
19. IV. Lentement
20. V. Bourrée
Water Music, Suite N.3 in G-Dur, HWV 350
21. I. Andante
22. II. Rigauden I & II
23. III. Menuet I & II
24. IV. Gigue I & II
Os concertos compostos por Handel faziam parte dos espetáculos que ele promovia, apresentando-os nos intervalos de suas obras corais, as odes e os oratórios. Esses concertos certamente ajudavam atrair a audiência, mas por isso tinham um caráter ligeiramente diferente dos concertos normalmente compostos por outros compositores. Sem explorar o brilho ou virtuosismo de um dado instrumento, eles estavam mais próximos dos chamados Concertos Grossos (Grandes), como os compostos por Corelli. Assim surgiram os Concerti Grossi Op. 3, Op. 6 e também os inovadores Concerto para Órgão.
Banda militar com instrumentos de sopros
Estes três Concerti a due cori foram compostos e arranjados para acompanhar as apresentações corais no Covent Garden, nos anos 1747 e 1748 e levaram muitas novidades ao público. Handel fez ‘transcrições’ para orquestra de trechos famosos de suas obras corais. Além disso, como muitas bandas militares foram desfeitas em Londres a partir de 1745 e havia um bom número de músicos de instrumentos de sopros desempregados. Com essa oferta, ele pode usar na orquestração destes concertos diversos oboés, fagotes e trompas, além das tradicionais cordas, criando espetaculares efeitos sonoros. Assim, os concertos ficaram totalmente adequados para as apresentações ao lado das outras obras corais.
Nesta postagem temos uma gravação bastante recente feita por uma das melhores orquestras de música barroca em atividade. Além disso, a divisão da orquestra em dois grupos é um convite para brilharem os dois principais líderes da orquestra, Gottfried von der Goltz e Petra Müllejans.
Uma festa para os amantes da música barroca e uma bela oportunidade para aqueles ouvintes que estão se interessando por este tipo de música agora.
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Concerti a due cori HWV 332, HWV 333, HWV 334
Concerto a due cori em fá maior, HWV 334
1. Ouverture
2. Allegro
3. Allegro ma non troppo
4. Adagio
5. Andante larghetto
6. Allegro
Concerto a due cori em si bemol maior, HWV 332
7. Ouverture
8. Allegro ma non troppo
9. Allegro
10. Largo
11. A tempo ordinario
12. Alle breve moderato
13. Minuet
Concerto a due cori em fá maior, HWV 333
14. Pomposo
15. Allegro
16. A tempo giusto
17. Largo
18. Allegro ma non troppo
19. A tempo ordinario
Freiburger Barockorchester
Gottfried von der Goltz & Petra Müllejans
Distanciamento social… mesmo nos studios do PQP Bach Coop.
Outras gravações costumam acrescentar outras obras a este repertório, uma vez que o disco é relativamente breve para os padrões atuais. Mas isto não é uma grande preocupação para quem vai desfrutar de 45 minutos de música excelente com maravilhosos intérpretes. E tudo muito bem gravado!
“Música Clássica para Leigos” (“Classical Music For Dummies”) é uma série de lançamentos projetados pela Deutsche Grammophon para oferecer aos leigos recém-chegados uma introdução perfeita ao mundo da música clássica.
A série é composta por 50 CDs de música clássica dedicados a diferentes compositores, maestros, pianistas, violinistas e cantores, a maioria contratados ou ex-contratados pela gravadora.
Baroque – The Essencials
Música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera por Claudio Monteverdi no século XVII, até a morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.
Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do desejo e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigente. Na realidade, trata-se do aproveitamento de dois modos: o modo jônico (modo “maior”) e o modo eólio (modo “menor”). Essa era seguiu a era da música renascentista e foi seguida, por sua vez, pela era clássica. A música barroca constitui uma parte importante do cânone “clássico”, e agora é amplamente estudada, executada e ouvida.
Do Período Barroco na música surgiu o desenvolvimento tonal, como os tons dissonantes por dentro das escalas diatônicas como fundação para as modulações dentro de uma mesma peça musical; enquanto em períodos anteriores, usava-se um único modo para uma composição inteira causando um fluir incidentalmente consonante e homogêneo da polifonia.
Durante a música barroca, os compositores e intérpretes usaram ornamentação musical mais elaboradas e ao máximo, nunca usada tanto antes ou mais tarde noutros períodos, para elaborar suas ideias; fizeram mudanças indispensáveis na notação musical, e desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim como novos instrumentos. A música, no Barroco, expandiu em tamanho, variedade e complexidade de performance instrumental da época, além de também estabelecer inúmeras formas musicais novas. Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são usados até hoje.
Os principais compositores da era barroca incluem Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi, George Frideric Handel, Monteverdi, Scarlatti, Alessandro Scarlatti, Purcell, Georg Philipp Telemann, Jean-Baptiste Lully, Jean-Philippe Rameau, Jean-Baptiste Lully, Tomaso Albinoni, François Couperin, Giuseppe Tartini, Heinrich Schutz, Giovanni Battista Pergolesi, Buxtehude e Johann Pachelbel.
Baroque – Essentials
Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 01. Solomon, HWV 67-Arrival Of The Queen Of Sheba Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 02. Concerto For Violin And Strings In E Major, Op.8, No.1, RV 269 “La Primavera”-1. Allegro Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 03. Brandenburg Concerto No.3 In G Major, BWV 1048-1. (Allegro) Johann Pachelbel (Alemanha, 1653-1706) 04. Canon in D, P.37 Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 05. Suite No.2 in B minor, BWV 1067-7. Badinerie Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 06. Serse / Act 1 HWV40-“Ombra mai fu” Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (Cremona, 1567- Veneza, 1643) 07. Vespro della Beata Vergine, SV 206-1. Domine ad adiuvandum a 6 Louis-Claude Daquin (França, 1694-1772) 08. Premier livre de pieces de clavecin / Troisième Suite-16. Le coucou Henry Purcell (Inglaterra, 1659-1695) 09. Come, Ye Sons Of Art Away, Z. 323-3. Sound The Trumpet, Sound Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 10. Gloria In D Major, RV 589-1. Gloria in excelsis Deo Tomaso Albinoni (Itália, 1671 – 1750) 11. Adagio For Strings And Organ In G minor Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 12. Messiah, HWV 56 / Pt. 2-“Hallelujah” Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 13. Suite No.3 in D, BWV 1068-2. Air Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 14. Concerto For Violin And Strings In F Minor, Op.8, No.4, RV 297 “L’inverno”-1. Allegro non molto Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 15. Music For The Royal Fireworks: Suite HWV 351-4. La Réjouissance Georg Philipp Telemann (Alemanha, 1681-1767) 16. Tafelmusik-Banquet Music In 3 Parts / Production 1-1. Ouverture-Suite In E Minor-6. Air. Un peu vivement Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 17. Herz und Mund und Tat und Leben, Cantata BWV 147-Arr. Guillermo Figueroa-10. Jesu, Joy Of Man’s Desiring Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) 18. 6 Concerts transcrits en sextuor / 6e concert-1. La poule (Live) Giovanni Battista Pergolesi (Iesi, 1710-Pozzuoli, 1736) 19. Stabat Mater, P. 77-1. Stabat Mater Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) 20. Hippolyte et Aricie-Overture Domenico Scarlatti (Nápolis, 1685 – Espanha, 1757) 21. Sonata In E, K.380 Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 22. Zadok The Priest, HWV 258 Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 23. Christmas Oratorio, BWV 248 / Part Two-For The Second Day Of Christmas-No.10 Sinfonia Arcangelo Corelli (Italia, 1653-1713) 24. Concerto grosso In G Minor, Op.6, No.8, MC 6.8 “Fatto per la Notte di Natale”-3. Adagio-Allegro-Adagio Gregorio Allegri (Itália, 1582-1652) 25. Miserere
Palhinha –06. Serse / Act 1 HWV40-“Ombra mai fu”, com Andreas Scholl.
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