Antonin Dvorak (1841-1904): Danças Eslavas, op. 46 e op. 72 – Filarmônica Tcheca, Charles Mackerras

Minhas adoradas Danças Eslavas, de Dvorák, estão em muito boas mãos neste excelente CD do selo Supraphon. Compositor tcheco, orquestra tcheca, gravadora tcheca, e um maestro australiano nascido nos EUA que, como poucos, conhecia muito bem a alma eslava, dirigiu durante muitos anos esta orquestra. Enfim, tudo contribui para 72 minutos de puro deleite musical. Até então minha referência para estas obras era a gravação de Antal Doráti, que gravou com muita competência essas obras, com a Royal Philharmonic Orchestra, mas esta aqui está no mesmo nível de excelência, como não poderia deixar de ser.

São muitos os méritos de Mackerras nesse CD. Poderia destacar o profundo conhecimento da cultura eslava, que permitiu melhor penetrar e explorar essa cultura, apoiado é claro por uma excepcional orquestra, mais que tarimbada e especialista neste repertório. Lembro de ter assistido a apresentação de um grupo de dança paranaense, descendentes de eslavos que nos apresentou algumas coreografias baseadas nestas obras. Foi muito bonito e sensível. Comoveu a todos os presentes.

Espero que apreciem, trata-se de um CD delicioso de se ouvir.

Antonin Dvorak (1841-1904): Danças Eslavas, op. 46 e op. 72 – Filarmônica Tcheca, Charles Mackerras

Ist Series, Op.46 (B.83, 1878)
1 No.1 In C Major
2 No. II In E minor
3 No. III In A Flat Major
4 No. IV In F Major
5 No. V In A Major
6 No. VI In D Major
7 No. VII In C Minor
8 No. VIII In G Minor

2nd Series, Op.72 (B. 147, 1886-87)
9 No.I (IX) In B Major
10 No.II (X) In E Minor
11 No. III (XI) In F major
12 No. IV (XII) In D Flat Major
13 No. V (XIII) In B Flat Minor
14 No. VI (XIV) In B Flat Major
15 No. VII (XV) In C major
16 No. VIII (XVI) In A Flat Major

The Czech Philharmonic Orchestra
Sir Charles Mackerras – Conductor

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FDP

Antonín Dvořák (1841-1904): Quinteto para piano em lá maior, Op.81 (Bernáthova, Quarteto Janácek)

Antonín Dvořák (1841-1904): Quinteto para piano em lá maior, Op.81 (Bernáthova, Quarteto Janácek)

Um velho (1957) e belo LP da DG com o Quinteto para piano em lá maior, Op.81, de Dvorák, com a pianista tcheca Eva Bernáthová e o Quarteto de Cordas Janácek. O Quarteto Janáček foi fundado em 1947 por Jiří Trávníček, Adolf Sýkora, Jiří Kratochvíl e Karel Krafka, então estudantes do Conservatório de Brno. Neste período se dedicavam à obra do compositor Leoš Janáček, mas mais tarde ampliaram seu repertório. A partir de 1955 iniciaram uma agenda de recitais que os levou a diversos palcos do mundo. Gravaram muitos discos com obras de Janáček, Debussy, Mozart, Haydn, Dvorak e outros, recebendo vários prêmios por suas interpretações, incluindo o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros e o Preis der deutschen Schallplattenkritik. O quarteto nunca foi extinto e ainda está ativo com novos integrantes, claro.

.oOo.

Dvorák compôs seu Quinteto Para Piano e Cordas nº 2, Op. 81 em 1887 na sua casa de campo, em Vysoka. O Quinteto obteve grande sucesso, sendo hoje reconhecido como uma das obras-primas do gênero.

A abertura é tranquila: o violoncelo desliza sobre o acompanhamento do piano, uma barcarola. Mas esta tranquilidade dá lugar a passagens vigorosas das cordas, às quais se sucedem trechos de grande lirismo. São nessas mudanças de humor que residem os encantos do movimento.

No segundo movimento, intitulado Dumka, também se alternam passagens lentas e rápidas. Essa é uma das formas favoritas do compositor, que também a utilizou em seu famoso Trio para Piano Dumky. O movimento tem a forma de um rondó, A-B-A-C-A-B-A, onde “A” é o refrão elegíaco ao qual se alternam trechos rápidos. Dvorák vai enriquecendo a textura do “A” a cada vez que ele retorna. Os episódios intermediários vão ganhando um crescente contraste com o início e caminhando para o vibrante clímax, uma dumka, a “dança selvagem” como a chamava Dvorák.

O brilhante Scherzo Furiant tem características de uma valsa rápida e de um Furiant, uma dança rápida do folclore da Boêmia. Dvorák usou Furiants em muitos de seus Scherzos escritos nessa época (década de 1880). Aqui, o violoncelo e a viola se alternam em pizzicatos, sob o violino, que toca o tema principal. O trio, mais lento, é uma genial transformação da melodia da abertura do primeiro movimento.

O Finale é espirituoso, alto astral. O segundo violino leva o tema a uma fuga, no desenvolvimento. Dvorák anota tranquillo para a seção central, que tem a forma de um coral. Depois dessa pausa momentânea, a peça gradualmente ganha velocidade e termina, no dizer de um comentarista, “com brilhantes floreios pentatônicos, proféticos do estilo americano de Dvorák”.

Fonte: Clássicos dos Clássicos

Antonín Dvořák (1841-1904): Quinteto para piano em lá maior, Op.81 (Bernáthova, Quarteto Janácek)

I- Allegro, ma non tanto 10min
II- Dumka: Andante con moto 10min53
III- Scherzo (Furiant): molto vivace 4min25
IV- Finale: Allegro 7min

Eva Bernáthová, piano
Quarteto de Cordas Janácek:
Jirí Trávnícek, 1º violino
Adolf Síkora, 2º violino
Jiri Kratochvil, viola
Karel Krafka, violoncelo

DGG LPM 18 379
Gravação 12-02-1957 em Beethoven-Saal, Hannover
Tempo total: 32:18

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PQP

Pérolas do Low Budget Price

O ano era 1988. O CD acabava de chegar ao Brasil, depois de uns 4 ou 5 anos de atraso em relação ao resto do mundo. Eu e meus amigos melômanos, no alto de nossos 14, 15 anos, ouvíamos entusiasmados sobre a novidade pelos noticiários da TV e reportagens nos grandes jornais, todos anunciando em letras garrafais: o LP morreu. O mundo se convertia gradativamente ao digital, os computadores pessoais entravam nos lares e se falava de uma grande e obscura rede de comunicação chamada internet.

Para nós, o pacote era realmente convidativo e não tínhamos nenhum saudosismo, pois significava, como decorrência, o fim dos chiados e dos riscos do disco. Justamente um dos chamarizes de marketing: o CD era indestrutível, som puro para toda a vida. Não demorou muito tempo para que percebêssemos que essa historia estava mal contada, o CD não era eterno, mas realmente tinha duas enormes vantagens: não tinha chiado e não se desgastava em cada reprodução.

Nossos olhos se enchiam quando começamos a ver as primeiras prateleiras das lojas de discos acomodando CDs, e mais: muita música clássica, como nunca tínhamos visto antes. Um paraíso.  Talvez pela questão da novidade, mudança de hábitos, e tal, os lojistas começaram pelos clássicos, que justamente levantava a bandeira do scratch-free. A empolgação era tamanha que nem me dei conta de que muitas daquelas gravações não eram as mesmas que comprávamos em LP ou K7. Na verdade, nem atinei para a apresentação dos discos. Como seriam suas capas? Iguais à dos LPs? Capas genéricas iam surgindo e, cegos pela avidez, nem nos tocamos que estávamos comprando budget-price.

Comecei comprando uma gravação do Concerto no.3 de Beethoven, e percebi que aquele som era bem diferente do que estava acostumado. Não era ruim a interpretação, mas como vivíamos em lojas de discos, sabíamos todos os grandes intérpretes. Pollini, Argerich, Michelangeli, Arrau, Weissenberg, Brendel, Kempff, e não era nenhum deles. Para usar uma expressão da época, as fichas começaram a cair: fui conferir e não tinha o nome dos intérpretes na capa! Isso nunca tinha acontecido. Olhei a contracapa (foi difícil achar), e vi que a (ou o, não dava para dizer naquela situação) pianista era uma tal de Dubravka Tomsic e o maestro era um certo Sr. Anton Nanut com uma Sinfõnica da Rádio de Ljiubjana, que sei lá onde era, nem como se pronunciava.

Pouco depois, com o aumento das vendas dos CDs, começaram a chegar também as gravações dos grandes selos, DG, PHILIPS, DECCA, SONY e EMI. Mas este? MOVIEPLAY?? Que diabos?? E por fim as diferenças de preços, não deixavam mentir: eram gravações low budget price, ou como começamos a chamar, CDs de “Baciada”, já que eram oferecidos em grandes lotes como ofertas e pontas de estoque.

Qual era a mágica? Basicamente, uma gravadora espanhola e portuguesa chamada Sonoplay, fundada em meados dos anos 1960 por um dissidente da PHILIPS, teve acesso a fonogramas originais de orquestras e solistas obscuros, principalmente do leste europeu, que, depois da 2a.Guerra, ficaram à mercê de contratos irrisórios para aumentar o orçamento, sem garantia de que seriam lançados algum dia. Em 1968, a gravadora se tornou MOVIEPLAY, e gravava nada além de música folclórica portuguesa e pot-pourris de disco-dance.

O golpe veio com a mudança de suporte. Com o CD, a reciclagem desse material se tornava possível e legítima. Pegaram esses velhos fonogramas, digitalizaram e começaram a vender como produtos novos, em série, alterando os nomes dos intérpretes, omitindo as datas de gravação e afirmando que se tratavam de gravações digitais (a sigla DDD estava sempre presente). Chegaram a inventar alguns nomes: Henry Adolph e Alberto Lizzio são personagens fictícios, este ultimo deliberadamente um pseudônimo do maestro e produtor musical Alfred Scholz, que provavelmente vendeu alguns desses fonogramas. Um disco com o Concerto para Flauta e Harpa de Mozart, regido por esse sr. Lizzio (provavelmente Scholz), e tendo à harpa uma tal Renata Modron – que também não possui NENHUMA referência na internet inteira –  ganharia facilmente o prêmio de pior gravação desse concerto. Nível amador. A festa era tamanha que um mesmo fonograma circulava por vários selos de baixo orçamento, e como ninguém sabia ao certo de quem eram os detentores dos direitos, lançavam e relançavam sem nenhum pudor. A gravadora NAXOS começou fazendo algo muito semelhante, mas tomou o caminho da aprovação crítica e busca pela consagração de qualidade. No caso desses budgets, isso não era sequer cogitado.

Outros maestros e solistas, talvez por ainda estarem vivos e atuantes, acabaram exigindo contratos e direitos sobre as gravações, mas mesmo assim, sendo desconhecidos do circuito Star System dos grandes selos, faziam ou vendiam suas gravações por preços bem mais baixos. O leste europeu às vésperas da Perestroika era um mercado imenso a se explorar.

Neste momento final dos anos 80, a Movieplay começou a lançar essas gravações por toda a Europa e também no Brasil, numa divisão de clássicos que envolvia uma série chamada ‘Digital Concerto’, e uma outra, composta basicamente de coletâneas ao estilo dos pot-pourris antigos, chamada ‘Romantic Classics’, todas com o mesmo design padrão, cuja única variação possível era a pintura de fundo. No meio de um monte de fonogramas genéricos, alguns sem dono e/ou sem registro de intérprete, combinados com outros legítimos, começam a aparecer verdadeiras pérolas: gravações de baixo custo, com esses maestros/orquestras/solistas pouco festejados, mas que se destacam como leituras e interpretações que, não fosse o descaso do marketing envolvido, poderiam sem problemas situarem-se entre os grandes selos e as performances lendárias. Ok, um pouco exagerado, mas quero dizer que sim, há boas gravações no meio da baciada. ‘Barganhas’ como se costuma dizer. Trouxe algumas aqui, que considero realmente registros de excelência que valem a pena divulgar:

 

1.Haydn: String Quartets –  op.1 no.1 ‘Hunting quartet’, op.64 no.5 ‘The Lark’ & op.76 no.3 ‘ Emperor’ – Caspar da Salo Quartet
Este é um caso típico dessas apropriações para evitar pagamento de direitos. O Quarteto ‘Caspar da Salo’, nomeado em função de um famoso Luthier do séc.XVI, Gasparo de Saló, é um embuste, um conjunto fictício, criado por Alfred Scholz para vender fonogramas alheios na onda do digital. Felizmente, a leitura desses quartetos é límpida e precisa, o conjunto tem um equilíbrio sonoro incrivelmente coeso, com uma técnica segura e clara que destaca todo o esplendor das abundantes invenções melódicas de Haydn. Infelizmente jamais saberemos quem está realmente tocando ou quando a gravação foi feita.

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2.Beethoven: Piano Concerto no.3, Pathétique Sonata – Dubravka Tomsic, piano – Anton Nanut, Radio Symphony Orchestra Ljubljana
Sim, Dubravka Tomšič Srebotnjak existe mesmo, nasceu na Eslovênia em 1940 e ainda está viva (Wikipedia). Infelizmente, ficava muito difícil, no meio de um monte de nomes eslavos desconhecidos,  saber quem era quem. Foi preciso um amigo, o saudoso pianista e professor Antonio Bezzan, para nos chamar a atenção para seu talento. E realmente, ao ouvirmos com mais atenção, seu acento eslavo realça uma interpretação bastante pessoal e nada frívola. Técnica e esteticamente, Tomsic demonstra sensibilidade e desenvoltura. Se não chega a impressionar, também não faz feio, e nos revela uma interessante verve russa em Beethoven.

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3.Dvórak: Symphony no.9 ‘From the New World’; Smetana: Die Moldau – Anton Nanut, Radio Symphony Orchestra Ljubljana
No fim das contas, Anton Nanut, que também existe e é real (Norman Lebrecht, em seu blog, até publicou uma nota sobre seu falecimento), acaba se mostrando um regente de primeira grandeza. Comprometido com uma tradição sonora imponente, que mescla reminiscências do império Austro-Húngaro com a verve russa, essa é uma das mais contundentes versões da Sinfonia Novo Mundo. Se não soubéssemos quem está regendo, poderíamos facilmente tomar esta como uma gravação de Szell ou Doráti. Mas o grande destaque deste disco é o Moldau. Sim, nem Kubelik fez um Moldau tão sensível e autêntico. Recomendo sem restrições.
A parte ruim é que também não temos certeza de quem está realmente regendo e nem quando foi feita a gravação. Há vários selos e edições que usam esse mesmo fonograma, e há indicações dúbias nos sites de streaming e lojas virtuais, de que esse Moldau talvez tenha sido regido por Alfred Scholz. Mas uma pesquisa exaustiva nos dá mais referências (e também referências mais antigas) indicando ser de Nanut. Ficamos com ele, por enquanto. O descaso do selo budget inclui também a indicação errada de uma Dança Eslava de Dvorak. Ao invés da op.72 no.1, é na verdade a op.46 no.1. O fato é que é um disco memorável, bom e barato, apesar disso fazer pouca diferença hoje em dia.

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4.Mahler: Symphony no.6 – Hartmut Haenchen, Philharmonia Slavonica
Esta é uma gravação realmente legítima. Haenchen (nascido em 1943) é um maestro relativamente conhecido na Europa, que tem referências autênticas e um site próprio, com uma discografia imensa e um invejável currículo, que inclui até mesmo participações recentes no Festival de Bayreuth. Talvez seja mais conhecido no Brasil por ser especialista em C.P.E. Bach, mas suas incursões na música romântica e pós-romântica são bastante relevantes, tendo sido recentemente apontado como um destaque de profunda conexão com Bruckner e Mahler. É curioso que um regente dessa estatura nunca tenha assinado contratos fixos com grandes selos (aparece de vez em quando na SONY), mas de qualquer modo, essa gravação não nos deixa mentir: é a mais convincente Sexta de Mahler que já ouvi. A fúria com que destaca a sonoridade das angústias mahlerianas é irresistível, ao mesmo tempo que contrabalança o lírico Andante com uma doçura tocante. A percussão é onipresente, as pratadas são épicas, e os golpes do martelo e do tam-tam do último movimento, os mais sonoros que já ouvi. Devastador. A gravação é realmente surpreendente, não apenas pela contundência da leitura, mas também pelo equilíbrio das forças maciças que Mahler evoca. Provavelmente foi o CD de melhor relação custo/benefício que já comprei.
Haenchen gravou outras vezes essa sinfonia, até com a Netherlands Philharmonic, mas essa me parece a mais relevante. Conforme uma crítica que recebeu na Amazon, “an energetic, dinamic, colourful interpretation in only one CD, in a bargain collection. Haenchen is an inmense conductor and I think the appropiate conductor for (for example) Philadelphia or NY orchestras in USA. ” Fica a dica.

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CHUCRUTEN

Antonin Dvorák (1841-1904): Trios para Piano (Beaux Arts Trio)

Estes trios de Dvorak interpretados pelo Beaux Arts Trio já eram para ter sido postados há algum tempo, mas na correria do dia a dia, acabei esquecendo. O que é uma pena, pois trata-se de uma gravação histórica, uma das melhores já realizadas dessas obras tão peculiares. O que temos aqui é um precioso registro, realizado ainda lá no final da década de 1960, e assim se passaram cinquenta e poucos anos, mas quem se importa?

Voltar a estas obras depois de tantos anos me faz bem. Essa gravação me caiu em mãos ainda no começo do novo século, graças a gentileza de um querido amigo que sabia como eu era fã do Beaux Arts Trio, então gravou este CD pra mim. Não conhecia estas obras, Dvorák para mim até então limitava-se ao Concerto para Violoncelo e à Sinfonia nº 9. Desde a primeira audição me encantei com a delicadeza destas obras, e mais ainda com a performance deste conjunto, era um disco tão encantador e envolvente que deixei de lado alguns outros discos para ouvir este CD duplo mais atentamente.  Naquela época estava envolvido com a Universidade, e de certa forma ele foi a trilha sonora daquela período tão importante de minha vida.  Algumas vezes embalou meu sono no ônibus, quando voltava para casa de noite, depois das aulas.

Talvez o mais famoso destes trios, e mais gravado, seja o de op. 90, denominado ‘Dumky’, e assim se denominam as canções ucranianas que possuem um caráter elegíaco e reflexivo. Muito agradáveis de se ouvir em um final de semana sem maiores compromissos a não ser relaxar. E a interpretação do Beaux Arts Trio com certeza é um elemento a mais que tornam estes dois CDs IM-PER-DÍ-VEIS !!!

CD1
Piano Trio In B Flat, Op. 21
1. Allegro Molto
2. Adagio Molto E Mesto
3. Allegretto Scherzando
4. Finale (Allegro Vivace)

Piano Trio In G Minor, Op. 26
1. Allegro Moderato
2. Largo
3. Scherzo (Presto – Poco Meno Mosso)
4. Finale (Allegro Con Tanto)

CD 2
Piano Trio In F Minor, Op. 65
1. Allegro Ma Non Troppo – Poco Più Mosso, Quasi Vivace
2. Allegro Grazioso – Meno Mosso
3. Poco Adagio
4. Finale (Allegro Con Brio – Meno Mosso – Vivace)

Piano Trio In E Minor, Op. 90 “Dumky”
1. Lento Maestoso – Allegro Vivace, Quasi Doppio Movimento – Tempo I – Allegro Molto
2. Poco Adagio – Vivace Non Troppo
3. Andante – Vivace Non Troppo – Andante – Allegretto
4. Andante Moderato (Quasi Tempo Di Marcia) – Allegretto Scherzando – Meno Mosso – Allegro – Moderato 5. Allegro
6. Lento Maestoso – Vivace, Quasi Doppio Movimento – Lento – Vivace

Beaux Arts Trio
Cello – Bernard Greenhouse
Piano – Menahem Pressler
Violin – Isidore Cohen

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FDPBach

Antonin Dvorák – Cello Concerto, op. 104, Édouard Lalo (1823-1892) – Cello Concerto in D Minor – Johannes Moser, PKF – Prague Philharmonia

Existem certas obras que nos calam fundo, e para mim, o Concerto para Violoncelo de Dvorák é uma destas. Uma legítima obra prima, muito inspirada e apaixonada. Exige do intérprete uma total entrega, e as emoções sempre a flor da pele. Dvorák o compôs durante o período em que morou nos Estados Unidos, entre Novembro de 1894 e Fevereiro de 1895 e com certeza está entre uma das mais belas obras compostas para o instrumento, fazendo parte obrigatória do repertório de qualquer intérprete.

Esta gravação que ora vos trago é bem recente, foi gravada em 2015, pelo jovem violoncelista Johannes Moser, que infelizmente apareceu pouco aqui no PQPBach, apesar de sua já relativamente extensa discografia. Retirei estas informações abaixo do site do próprio músico:
“Nascido em uma família de músicos em 1979, Johannes começou a estudar violoncelo aos oito anos de idade e tornou-se aluno do professor David Geringas em 1997. Foi o vencedor do Concurso Tchaikovsky de 2002, além de receber o Prêmio Especial de sua interpretação das Variações Rococó. Em 2014 foi agraciado com o prestigiado prémio Brahms.
Leitor voraz de tudo, de Kafka a Collins, e um ávido praticante de atividades ao ar livre, Johannes Moser é um aficionado alpinista e ciclista de montanha no pouco tempo livre que tem.”

O Concerto de Lalo não tem o mesmo impacto, mas é igualmente belo e muito inspirado.

A ótima PFK – Prague Philharmonia é dirigida por outro jovem músico, o tcheco Jakub Hrůša, que vem se destacando nos palcos europeus nos últimos anos.

Espero que apreciem.

Antonín Dvořák (1841-1904)
Cello Concerto in B minor, Op. 104
1 Allegro
2 Adagio ma non troppo
3 Finale. Allegro moderato

Édouard Lalo (1823-1892)
Cello Concerto in D minor
4 Prélude. Lento – Allegro maestoso
5 Intermezzo. Andantino con moto
6 Introduction. Andante – Allegro vivace

Johannes Moser, Cello
PKF – Prague Philharmonia
Jan Fišer, Concertmaster
Conducted by Jakub Hrůša

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Jascha Heifetz – It Ain’t Necessarily So: Legendary Classic & Jazz Studio Takes

 

O inesquecível Jascha Heifetz, que completaria hoje 121 anos, adorava jazz. Sua mansão em Beverly Hills recebia músicos de várias vertentes, que frequentemente mergulhavam em jam sessions, e os estudantes para os quais organizava animadas festas em Malibu testemunhavam o mestre improvisar, tanto ao violino quanto ao piano, sobre as canções populares que amava.

Descobrir que o jazz era o xodó de Heifetz me surpreendeu. Afinal, tiete incondicional do gigante desde que o conheci, acostumara-me com seu semblante estoico nas capas de discos, que nada mudava nos tantos filmes em que, para meu assombro, eu o via enfrentar e vencer, impávido, os trechos mais medonhos da literatura violinística. Foi só ao ler suas biografias e, principalmente, assistir aos documentários e aos preciosos registros de suas masterclasses que conheci seu senso de humor, seu rigor cordial para com os alunos e, não menos importante, constatei que ele era um músico extraordinário o bastante para convencer como mau músico, imitando à perfeição um jovem estudante em pânico durante uma prova:

Jascha também foi um contumaz viajante, legando-nos inúmeros mementos que são verdadeiras pérolas do humor involuntário, como essa sua foto duma visita ao México, em que seu tradicional olhar blasé parece nada impressionado com a indumentária local…


… e também um homem corajoso e cidadão muito grato ao país que o acolheu, percorrendo o front europeu a tocar voluntariamente para as tropas aliadas, além de arrecadar, com concertos beneficentes, vultosos valores para os esforços de guerra.

Perenemente acusado por um ou outro crítico de ser um tecnicista frio, indiferente às intenções do compositor, Heifetz é uma deidade de devoção unânime entre seus colegas: dir-se-ia um “violinista dos violinistas”. Ainda assim, mesmo que todos sonhem em tocar como ele, nem tantos acham que devam. Jascha cresceu imbuído das tradições da Velha Escola russa no Conservatório de São Petersburgo, onde foi discípulo de Leopold Auer – aquele mesmo com quem Tchaikovsky se estranhou por conta de seu concerto para violino. Seria inevitável, pois, que seu estilo, moldado por gente do século XIX, pareça-nos um tanto antiquado, a despeito da tanta beleza que tange. Além disso, suas gravações das peças fundamentais do repertório concertístico, normalmente despachadas em velocidade lúbrica, são referências incontestes que poucos violinistas de hoje tentariam imitar: mesmo o próprio ídolo de Heifetz, Fritz Kreisler, após escutar o prodígio de onze anos de idade, afirmou que todos os violinistas presentes no recinto poderiam quebrar seus instrumentos nos joelhos.

Aqui, Kreisler (à direita) relaxa num lago com Heifetz (à esquerda), que se apoia num trapiche feito, provavelmente, da madeira de violinos quebrados.

Em minha desimportante opinião, será através das pequenas peças que a grandeza de Heifetz rebrilhará aos ouvidos dos séculos vindouros. Esta compilação que ora lhes apresento, com algumas dúzias delas, inclui vários de seus números de bis mais famosos, algumas canções folclóricas e várias composições de George Gershwin, que Jascha muito admirava.  Os arranjos, como verão, são quase todos de sua própria lavra e, se privilegiam o timbre inconfundível do mestre e a elegância de seu fraseado, também lhe dão amplas oportunidades para demonstrar seu deleite em tocar, como mais célebre rebento da Velha Escola russa, a música do Novo Mundo em que escolheu viver.


Uma atração em especial para nós, brasileiros, é escutar “Ao Pé da Fogueira”, um dos prelúdios do genial Flausino Valle, aqui abordado por Heifetz numa masterclass.

A grande surpresa, talvez, esteja na última faixa do álbum. Depois de alguns açucarados bombons em que acompanha o cantor Bing Crosby, Heifetz dá-nos a rara oportunidade de escutá-lo ao piano (!), instrumento em que era, por todos os relatos, muito proficiente. Ele toca “When You Make Love to Me (Don’t Make Believe)”, uma canção que fez sucesso na voz do próprio Crosby, frequentemente pareada com outra, “So Much in Love“. Ainda mais surpreendente é que o autor de ambas, um certo Jim Hoyl, só existia na capa das partituras, pois era tão só o pseudônimo que o próprio Jascha Heifetz (“J.H.”, captaram?) usava para publicar canções populares.

“Um brinde a Jim Hoyl!”

Que a imagem sisuda que dele tiverem liquide-se para sempre, e que a inigualável musicalidade do aniversariante consiga entretê-los tanto quanto espero.

Grato por tanto, Mestre!

In memoriam Iosif Ruvimovich Kheyfets, dito Jascha Heifetz (Vilnius, 2.2.1901 – Los Angeles, 10.12.1987)



Jascha Heifetz – It Ain’t Necessarily So: Legendary Classic & Jazz Studio Takes

DISCO 1

Samuel GARDNER (1891-1984)

1 – From The Canebrake, Op. 5 no. 1

Arthur Leslie BENJAMIN (1893-1960)
2 – Jamaican Rumba (arranjo de William Primrose)

Claude-Achille DEBUSSY (1862-1918)
3 – Beau Soir (arranjo de Jascha Heifetz)

Joseph Maurice RAVEL (1875-1937)
4 – Pièce en Forme de Habanera (arranjo de Georges Catherine)

Clarence CAMERON White (1880-1960)
5 – Levee Dance, Op. 27 No. 2 (baseada em “Go Down, Moses”)

Mario CASTELNUOVO-TEDESCO (1895-1968)
6 – Figaro, Rapsódia de Concerto sobre “Il Barbiere di Siviglia”, de Rossini

Stephen Collins FOSTER (1826-1864)
7 – Jeanie With The Light Brown Hair (arranjo de Heifetz)

Victor August HERBERT (1859-1924)
8 – À la Valse

Antonín Leopold DVOŘÁK (1841-1904)
9 – Humoresques, Op. 101 – No. 1 em Sol bemol maior (arranjo de Heifetz)

Folclore irlandês
10 – Gweedore Brae (arranjo de John Crowther)

Stephen FOSTER
11 – Old Folks at Home (arranjo de Heifetz)

Anônimo
12 – Deep River (arranjo de Heifetz)

Leopold GODOWSKY (1870-1938)
13 – Doze Impressões para violino e piano: no. 12, Wienerissh (arranjo de Heifetz)

Jascha Heifetz, violino
Milton Kaye, piano

Irving BERLIN (1888-1989)
14 – White Christmas

Jascha Heifetz, violino
Salvator Camarata and his Orchestra

George GERSHWIN (1898-1937)
Da ópera “Porgy and Bess” (arranjos de Heifetz)
15 – Summertime
16 – A Woman is a Sometime Thing
17 – My Man’s Gone Now
18 – It Ain’t Necessarily So
19 – Tempo Di Blues (There’s a Boat That’s Leaving Soon for New York)
20 – Bess, You is my Woman Now

Três prelúdios para piano solo (arranjos de Heifetz)
21 – I. Allegro ben ritmato e deciso
22 – II. Andante con moto e poco rubato
23 – III. Allegro ben ritmato e deciso

Jascha Heifetz, violino
Emanuel Bay, piano

DISCO 2

Susan Hart DYER (1880-1922)
1 – An Outlandish Suite, para violino e piano: Florida Night Song

Claude DEBUSSY
2 – Children’s Corner L. 115 – 6. Golliwogg’s Cakewalk (arranjo de Heifetz)
3 – Suite Bergamasque L. 75 – 3. Clair de Lune (arranjo de Alexandre Roelens)

Flausino Rodrigues do VALLE (1894-1954)
4 – Vinte e seis prelúdios característicos e concertantes para violino só – no. 15, “Ao Pé da Fogueira” (arranjo de Heifetz)

Julián Antonio Tomás AGUIRRE (1868-1924)
5 – Huella, Op. 49 (arranjo de Heifetz)

Dmitri Dmitrievich SHOSTAKOVICH (1906-1975)
Dos Vinte e quatro prelúdios para piano, Op. 34 (arranjo de Dmitri Tziganov e Quinto Maganini)
6 – No. 10 em Dó sustenido menor
7 – No. 15 em Ré bemol maior

Edwin GRASSE (1884-1954)
8 – Waves At Play (Wellenspiel) (arranjo de Heifetz)

Sergei Sergeieivich PROFOKIEV (1891-1953)
9 – O Amor das Três Laranjas, Op. 33 – Marcha (arranjo de Heifetz)
10 – Suíte do balé “Romeu e Julieta”, para piano, Op. 75 – Máscaras (arranjo de Heifetz)

Robert Russell BENNETT (1894-1981)
Hexapoda (five studies in Jitteroptera), para violino e piano
11 – Gut-Bucket Gus
12 – Jane Shakes Her Hair
13 – Betty and Harold Close Their Eyes
14 – Jim Jives
15 – …Till Dawn Sunday

Kurt Julian WEILL (1900-1950)
16 – Die Dreigroschenoper – Mack The Knife (Moderato assai) (arranjo de Stefan Frenkel)

Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)
17 – Souvenir d’un Lieu Cher, para violino e piano, Op. 42 – no. 3: Mélodie em Mi bemol maior

Fryderyk Francyszek CHOPIN (1810-1849)
18 – Noturnos para piano, Op. 55 – no. 2 em Mi bemol maior (arranjo de Heifetz)

Christoph Willibald von GLUCK (1717-1784)
19 – Orfeo ed Euridice – Dança dos Espíritos Abençoados (arranjo de Fritz Kreisler)

Robert Alexander SCHUMANN (1810-1856)
20 – Waldszenen, Op. 82 – no. 7: Vogel als Prophet (arranjo de Heifetz)

Nikolai Andreievich RIMSKY KORSAKOV (1844-1908)
21 – O Galo de Ouro – Hino ao Sol (arranjo de Kreisler)

Alexander Abramovich KREIN (1883-1951)
22 – Dança no. 4 (arranjo de Heifetz)

Johannes BRAHMS (1833-1897)
23 – Danças Húngaras – no. 7 em Lá maior (arranjo de Joseph Joachim)

Charles-Camille SAINT-SAËNS (1835-1921)
24 – Le Carnaval Des Animaux – Le Cygne (arranjo de Heifetz)

Cecil BURLEIGH (1885-1980)
25 – Six Pictures, Op. 30 – no. 4: Hills
26 – Small Concert Pieces, Op. 21 – no. 4: Moto Perpetuo

Jascha Heifetz, violino
Emanuel Bay, piano


Benjamin Louis Paul GODARD (1849-1895)
27 – Jocelyn – Berceuse (arranjo de Ernest R. Ball)

Hermann LÖHR (1871-1943)
28 – Where my Caravan has Rested  (arranjo de Edward Teschemacher)

Bing Crosby, voz
Jascha Heifetz, violino
Victor Young and his Orchestra


Jim HOYL, pseudônimo de Jascha HEIFETZ (1901-1987)
29 – When You Make Love to Me (Don’t Make Believe)

Jascha Heifetz, piano

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Querem mais Heifetz? Confiram-no em ação, então, na sua imbatível gravação do concerto de Sibelius (juntamente com o de Glazunov e o segundo de Prokofiev)…

Concertos para Violino de Sibelius, Prokofiev e Glazunov com Jascha Heifetz

… e na frenética leitura do concerto de Beethoven com os sinfônicos de Boston sob Charles Munch:

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Concerto in D – Heifetz, Munch, BSO

PQP Bach, pelo saudoso Ammiratore (1970-2021)

Vassily

 

A Obra Completa de Béla Bartók (1881-1945) – Concerto para viola e orquestra, em suas várias versões #BRTK140

O patrão PQP já lhes apresentou e contou a história do concerto para viola, o fragmentário canto do cisne de Béla Bartók, que o deixou incompleto ao falecer de leucemia há exatos 76 anos. O querido chefinho (bonita camisa a sua, aliás) também mencionou que a obra, encomendada pelo virtuose William Primrose, era apenas um punhado de esboços, por mais que o compositor afirmasse ao encomendante que a tinha bastante adiantada.

Pois bem: passada a comoção pela morte de Bartók, coube a seu amigo, aluno e violista Tibor Serly (1901-1978) a incumbência de organizar os fragmentos e completá-los de forma a permitir sua execução. Se não lhe coube também o privilégio de ser o regente da première, exercido por Antal Doráti, tendo Primrose como solista, restou a Serly reger a primeira gravação, que já lhes apresentamos há alguns meses.

Por mais gratos que devamos ser a Serly, é bastante óbvio que sua edição não soa muito como Bartók e, para complicar, o compositor – que já estava muito enfermo ao iniciar a obra – não deixou anotados seus planos e intenções. A insatisfação geral com o trabalho de Serly impulsionou outras iniciativas de reconstruir o concerto, entre as quais a mais notória foi a edição crítica de 1995, publicada no cinquentenário da morte de Béla. Extensamente anotada e comentada, ela foi organizada pelo violista Paul Neubauer e teve a colaboração peso-pesado do próprio filho do compositor, Péter Bartók. Ainda que a versão Neubauer-Bartók tenha sido aclamada nos meios acadêmicos e pareça estar a ganhar vagarosamente a preferência dos violistas, as duas reconstruções que eu considero mais efetivas são aquela feita pelo violista húngaro Csaba Erdélyi, que foi gravada pelo próprio arranjador, e – por incrível que pareça – o arranjo para violoncelo da lavra de Serly, o qual, num conclave de amigos de Bartók, venceu a versão para viola pelo placar de 8 a 6.

Imagino as piadas de violista que vieram depois.

 

Béla Viktor János BARTÓK (1881-1945)
Concerto para viola e orquestra, Sz. 120, BB 128
(1945)
Edição de Péter Bartók e Paul Neubauer (1995)
1 – Allegro moderato
2 – Lento
3 – (Finale) Allegretto

Dois quadros, Sz. 46
4 – Em plena floração. Poco adagio
5 – Dança no vilarejo. Allegro.

Concerto para viola e orquestra, Sz. 120, BB 128 (1945)
Completado e orquestrado por Tibor Serly (1945)
6 – Moderato
7 – Adagio religioso
8 – Allegro vivace

Tibor SERLY (1901-1978)

9 – Rapsódia para viola e orquestra

Xiao Hong-Mei, viola
Budapesti Filharmóniai Társaság Zenekara (Orquestra Filarmônica de Budapest)
János Kovacs, regência

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Béla BARTÓK

Concerto para viola e orquestra, Sz. 120, BB 128 (1945)
Reconstruído e orquestrado por Csaba Erdélyi (2001)

1 – Allegro Moderato – Ritornello – Lento – Ritornello – Scherzo – Allegro Vivace

Csaba Erdélyi, viola
New Zealand Symphony Orchestra
Marc Taddei, regência

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Antonín Leopold DVOŘÁK
(1841-1904)
Concerto em Si menor para violoncelo e orquestra, Op. 104
1 – Allegro
2 – Adagio ma non troppo
3 – Allegro moderato

Béla BARTÓK

Concerto para viola e orquestra, Sz. 120, BB 128 (1945)
Completado, orquestrado e transcrito para violoncelo por Tibor Serly (1945)
4 – Moderato
5 – Adagio religioso
6 – Allegro vivace

János Starker, violoncelo
Saint Louis Symphony Orchestra
Leonard Slatkin, regência

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PQP Bach, pelo querido Ammiratore (1970-2021)

Vassily

Viva a Rainha! – As Idades de Marthinha: a Quarta Década (1971-1980) [Martha Argerich, 80 anos]

Viva a Rainha! – As Idades de Marthinha: a Quarta Década (1971-1980) [Martha Argerich, 80 anos]

1941-1950 | 1951-1960 | 1961-1970 | 1971-1980 | 1981-1990 | 1991-2000 | 2001-2010 | 2011-2020 | 2021-


Martha chegou aos trinta anos com a carreira já consolidada, após o triunfo no VII Concurso Internacional Chopin. Baseada na Suíça Romanda e casada com o regente Charles Dutoit, via-se bastante requisitada pelos estúdios e em turnês pela Europa, Américas e Japão. Restava pouco tempo para a família que crescia: além da genebrina Lyda e da bernesa Anne-Catherine, filha de Dutoit, a década ainda veria o nascimento de outra menina, Stéphanie, fruto de seu breve relacionamento com o pianista Stephen Kovacevich – e que, após um frugal cara e coroa, recebeu o sobrenome da mãe.

Passaremos ao largo da colorida, dir-se-ia rocambolesca vida pessoal de nossa deusa, uma porque jamais conseguiríamos contá-la de maneira tão deliciosa quanto a do documentário que Stéphanie lhe dedicou, outra porque, no que tange ao nosso interesse maior, que é a grande música que faz a Rainha, sua década foi por demais prolífica para perdermos tempo com ninharias que envolvam fraldas e ruidosos compartilhamentos de lençóis.

Vamos, pois, à música:


A primeira gravação da quarta década de Martha inclui aquela que é, talvez, a mais sensacional leitura jamais feita da sonata de Liszt. Sei que muitos preferem a atenção ao detalhe à pirotecnia, mas, claramente inspirada no legendário registro de seu ídolo Horowitz, a Rainha aqui entrega puro frenesi. Muitas vezes vejo-me em saturação sensorial após ouvir essa sonata, mas sempre vale a pena. Completa o disco a sonata em Sol menor de Schumann, uma obra menos visitada desse compositor que é, confessadamente, o xodó da vovó.

Franz LISZT (1811-1886)
Sonata para piano em Si menor, S. 178
1 – Lento assai – Allegro energico
2 – Grandioso
3 – Cantando espressivo
4  – Pesante – Recitativo
5 – Andante Sostenuto
6 – Quasi adagio
7 – Allegro energico
8 – Più mosso
9 – Cantando espressivo senza slentare
10 – Stretta quasi presto – Presto – Prestissimo
11 – Andante Sostenuto – Allegro Moderato – Lento Assai

Robert Alexander SCHUMANN (1810-1856)
Sonata para piano no. 2 em Sol menor, Op. 22
12 – So rasch wie möglich
13 – Andantino
14 – Scherzo. Sehr rasch und markiert
15 – Satz: Rondo. Presto – Etwas langsamer – Prestissimo

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, em junho de 1971

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É curioso que, numa discografia relativamente pequena como a de Martha, haja duas gravações tocando uma das quatro partes para piano da “cantata dançada” Les Noces, de Stravinsky. Nesta, que é a primeira delas, ela colabora com o então esposo, Charles Dutoit, e inaugura em disco a parceria com Nelson Freire, seu velho amigo desde os tempos de estudantes em Viena (a segunda gravação de Les Noces, sob Bernstein e na distinta companhia de Krystian Zimerman, já apareceu antes por aqui)

Igor Fyodorovich STRAVINSKY (1882-1971)
Les Noces, Cenas Coreográficas com Música e Vozes
1 – La tresse
2 – Chez le Marié
3 – Le Départ de la Mariée
4 – Le Repas de Noces

5-10 – Renard, Histoire burlesque chantée et jouée
6 – Ragtime para onze instrumentos

Basia Retchitzka, soprano
Arlette Chedel, contralto
Eric Tappy, tenor
Philippe Huttenlocher, baixo
Chœur Universitaire de Lausanne
Michel Corboz, regente do coro
Harald Glamsch, Jean-Claude Forestier, Markus Ernst, Rafael Zambrano, Roland Manigley e Urs Herdi, percussão
Edward Auer, Nelson Freire e Suzanne Husson, pianos
Charles Dutoit, regência

Gravado em Lausanne, Suíça, em junho de 1972

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Os raros registros seguintes, jamais lançados em mídia digital, são provavelmente os primeiros testemunhos de três vertentes que viriam a ter importância crescente na carreira da Rainha: sua participação em festivais, muitas vezes centrados nela; a colaboração com outros virtuoses em música de câmara; e as gravações ao vivo. Dignos de nota são os belíssimos quintetos com piano de Dvořák e de Schumann, em colaboração com Salvatore Accardo, diretor do Festival Internazionale di Musica d’Insieme, durante o qual foram feitas as gravações. Note-se também, ainda que sem a participação de Martha, a primeira gravação de que se tem registro do Quartettsatz, a única obra que Mahler deixou para um conjunto de câmara.

Antonín Leopold DVOŘÁK (1841-1904)
Quinteto para piano, dois violinos, viola e violoncelo em Lá maior, Op. 81

1 – Allegro, ma non tanto
2 – Dumka: Andante con moto
3 – Scherzo (Furiant): Molto vivace
4 – Finale: Allegro

Salvatore Accardo e Pierre Amoyal, violinos
Luigi Alberto Bianchi, viola
Klaus Kanngiesser, violoncelo

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Robert SCHUMANN
Quinteto para piano, dois violinos, viola e violoncelo em Mi bemol maior, Op. 44
1 – Allegro brillante
2 – In modo d’una marcia
3 – Scherzo: Molto vivace. Trio
4 – Allegro ma non troppo

Salvatore Accardo e Felice Cusano, violinos
Dino Asciolla, viola
Klaus Kanngiesser, violoncelo

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César-Auguste-Jean-Guillaume-Hubert FRANCK (1822-1890)
Sonata em Lá maior para violino e piano
1 – Allegretto ben moderato
2 – Allegro
3 – Ben moderato: Recitativo-Fantasia
4 – Allegretto poco mosso

Salvatore Accardo, violino

Gustav MAHLER (1860-1911)
Quartettsatz em Lá menor para piano, violino, viola e violoncelo
5 – Nicht zu schnell

Claude Levoix, piano
Salvatore Accardo, violino
Pasquale Pellegrino, viola
Klaus Kanngiesser, violoncelo

Gravado em Nápoles, Itália, em novembro de 1973

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Evidente que não faltaria Chopin a essa década, e Martha capricha neste álbum: a sonata em Si bemol menor tem uma marcha fúnebre impressionante e o mais líquido e tempestuoso de todos seus finales. Completam o disco um scherzo – talvez o gênero na obra do polonês mais afeito à personalidade artística da Rainha – e uma Grande Polonaise realmente brilhante, antecedida dum Andante spianato tão delicado que a gente chega quase a duvidar de que os dedos que o fizeram foram os mesmos que causaram a torrente da faixa anterior.

 Fryderyk Francyszek CHOPIN (1810-1849)
Sonata para piano no. 2 em Si bemol maior, Op. 35
1 – Grave – Doppio movimento
2 – Scherzo
3 – Marche Funèbre. Lento
4 – Finale. Presto

Grande Polonaise Brillante para piano em Mi bemol maior, precedida de um Andante spianato, Op. 22
5 – Andante spianato: Tranquillo – Polonaise: Allegro molto

Scherzo para piano no. 2 em Si bemol menor, Op. 31
6 – Presto

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, em julho de 1974

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Ravel é outro xodó a quem Martha dedicou gravações insuperáveis. Este é possivelmente o melhor Gaspard de la Nuit jamais gravado e, uma vez que se o escuta, torna-se impossível confundi-lo com qualquer outro: somente a Rainha, afinal, seria capaz de fazer um Scarbo tão veloz, soturno e grotesco (muito embora, como bem lembrou um amigo, Martha tenha declarado que quis morrer ao ouvir o produto dessa gravação, pois estava grávida  e achou que tocara “muito devagar” (!))

Joseph Maurice RAVEL (1875-1937)
Gaspard de la nuit, três poemas para piano após Aloysius Bertrand, M. 55
1 – Ondine
2 – Le gibet
3 – Scarbo

Sonatina para piano
4 – Modéré
5 – Mouvement de Menuet
6 – Animé

Valses Nobles et Sentimentales, para piano
7 – Modéré – Très franc
8 – Assez lent – Avec une expression intense
9 – Modéré
10 – Assez animé
11 – Presque lent – Dans un sentiment intime
12 – Vif
13 – Moins vif
14 – Epilogue. Lent

Gravado em Berlim Ocidental, Alemanha Ocidental, em novembro de 1974

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Se foram os prelúdios que começaram a mudar a história de Martha no VII Concurso Internacional Chopin, aqui se tem uma ótima prova: o Op. 28, com suas miniaturas concisas e expressivas, é perfeitamente afeito ao toque da Rainha. A curiosa inclusão dos pouquíssimo gravados prelúdios Op. 45 e Op. póstumo sugere que esta gravação fizesse parte dos planos de uma integral chopiniana, que jamais foi adiante.

Fryderyk CHOPIN
Vinte e quatro prelúdios para piano, Op. 28
1 – No. 1 em Dó maior: Agitato
2 -No. 2 em Lá menor: Lento
3 – No. 3 em So maior: Vivace
4 – No. 4 em Mi menor: Largo
5 – No. 5 em Ré maior: Molto allegro
6 – No. 6 em Si menor: Lento assai
7 – No. 7 em Lá maior: Andantino
8 – No. 8 em Fá sustenido menor: Molto agitato
9 – No. 9 em Mi maior: Largo
10 – No. 10 em Dó sustenido menor: Molto allegro
11 – No. 11 em Si maior: Vivace
12 – No. 12 em Sol sustenido menor: Presto
13 – No. 13 em Fá sustenido maior: Lento
14 – No. 14 em Mi bemol menor: Allegro
15 – No. 15 em Ré bemol maior: Sostenuto
16 – No. 16 em Si bemol menor: Presto con fuoco
17 – No. 17 em Lá bemol maior: Allegretto
18 – No. 18 em Fá menor: Molto allegro
19 – No. 19 em Mi bemol maior: Vivace
20 – No. 20 em Dó menor: Largo
21 – No. 21 em Si bemol maior: Cantabile
22 – No. 22 em Sol menor: Molto agitato
23 – No. 23 em Fá maior: Moderato
24 – No. 24 em Ré menor: Allegro appassionato

Prelúdio para piano em Dó sustenido menor, Op. 45
25 – Sostenuto

Prelúdio para piano em Lá bemol maior, Op. Posth.
26 – Presto con leggierezza

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, em outubro de 1975 (Op. 28) e Watford, Reino Unido, em fevereiro de 1977 (Op. 45, Op. Posth.)

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O violinista israelo-francês Ivry Gitlis (1922-2020) foi amigo de Martha por mais de seis décadas e com ela tocou em muitos festivais, sobretudo a sonata de Franck. Esta é a única gravação que fizeram em estúdio e, embora eu não seja fã nem do timbre, nem do rubato de Gitlis, ela vale para imaginar o que a Rainha seria capaz de fazer se tocasse mais Debussy.

César FRANCK
Sonata em Lá maior para violino e piano
1 – Allegretto ben moderato
2 – Allegro
3 – Ben moderato: Recitativo-Fantasia
4 – Allegretto poco mosso

Claude-Achille DEBUSSY (1862-1918)
Sonata em Sol menor para violino e piano
5 – Allegro vivo
6 – Intermède. Fantasque et léger
7 – Finale. Très animé

Ivry Gitlis, violino

Gravado em Milão, Itália, em 1976

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Ainda que realizadas no final dos anos 70, estas gravações ao vivo naquele templo da perfeita acústica que é o Concertgebouw de Amsterdã foram lançadas somente em nosso século. Nelas pode-se apreciar uma parte do vasto repertório que a Rainha jamais trouxe aos estúdios e perceber que seu temperamento artístico em performances ao vivo é ainda mais ebuliente. Martha não teme correr riscos – poucos se animam a encarar o Gaspard de la Nuit ante uma plateia, ainda mais com tanta agilidade – e tampouco liga para as eventuais esbarradas. Se o Scherzo de Chopin certamente não é o seu melhor, as seleções de Bartók e Prokofiev seguramente estão entre seus mais sensacionais momentos. Ouvi-la in natura é, enfim, expor-se a um fenômeno da Natureza, sem abrigos, nem truques, e com absoluta certeza do estupor: já tive esse privilégio duas vezes, e ainda quererei tê-lo outra vez, enquanto a deusa quiser dar os ares de sua imensa graça num palco que eu possa visitar.

Johann Sebastian BACH (1685-1750)
Partita no. 2 em Dó menor, BWV 826
1 – Sinfonia — Grave. Adagio
2 – Sinfonia – Andante
3 – Allemande
4 – Courante
5 – Sarabande
6 – Rondeau – Capriccio

Fryderyk CHOPIN
Dos Dois noturnos para piano, Op. 48:
7 – No. 1 em Dó menor: Lento

Scherzo para piano no. 3 em Dó sustenido menor, Op. 39
8 – Presto con fuoco

Béla Viktor János BARTÓK (1881-1945)
Sonata para piano, Sz. 80
9 – Allegro moderato
10 – Sostenuto e pesante
11 – Allegro molto

Alberto Evaristo GINASTERA (1916-1983)
Danzas Argentinas, para piano, Op. 2
12 – Danza del Viejo Boyero
13 – Danza de la Moza Donosa
14 – Danza del Gaucho Matrero

Sergey Sergeyevich PROKOFIEV (1891-1953)
Sonata para piano no. 7 em Si bemol maior, Op. 83
15 – Allegro inquieto — Andantino
16 – Andante caloroso
17 – Precipitato

Giuseppe Domenico SCARLATTI (1685-1757)
Sonata em Ré menor, K. 141/L. 422
18 – Allegro

Johann Sebastian BACH
Da Suíte Inglesa no. 2 em Lá menor, BWV 807:
19 – Bourrée

Gravado em Amsterdã, Países Baixos em maio de 1978 (7-14, 18-19) e abril de 1979 (1-6, 15-17)

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Robert SCHUMANN
Fantasiestücke, para piano, Op. 12
1 – Des Abends
2 – Aufschwung
3 – Warum?
4 – Grillen
5 – In der Nacht
6 – Fabel
7 – Traumes Wirren
8 – Ende vom Lied

Maurice RAVEL
Sonatine, para piano
9 – Modéré
10 – Mouvement de Menuet
11 – Animé

Gaspard de la Nuit
12 – Ondine
13 – Le Gibet
14 – Scarbo

Gravado em Amsterdã, em maio de 1978 (1-8, 12-14) e em abril de 1979 (9-11)

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Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)
Concerto para piano e orquestra no. 25 em Dó maior, K. 503
1 – Allegro maestoso
2 – Andante
3 – Allegretto

Nederlands Kamerorkest
Szymon Goldberg, regência

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Concerto para piano e orquestra no. 1 em Dó maior, Op. 15
4 – Allegro con brio
5 – Largo
6 – Allegro scherzando

Koninklijk Concertgebouworkest
Heinz Wallberg, regência

Gravado em Amsterdã em maio de 1978 (Mozart) e outubro de 1992 (Beethoven)

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Se a Rainha tem os seus xodós musicais, ela também tem seus países favoritos. Um deles é a Polônia, onde venceu o concurso que lhe foi a catapulta para o superestrelato, e para a qual volta com muita frequência. Nessa gravação, ela se faz acompanhar da mesma orquestra com que tocou na fase final do VII Concurso Chopin, ainda que curiosamente passe ao largo das obras do polonês em prol de dois de seus outros cavalos de batalha: o concerto no. 1 de Tchaikovsky, do qual ela fez gravações famosas com Kondrashin e Dutoit, e o concerto de Schumann, que ela toca praticamente desde o ovo.

Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)
Concerto para piano e orquestra no. 1 em Si bemol menor, Op. 23
1 – Allegro non troppo e molto maestoso – Allegro con spirito
2 – Andantino semplice – Prestissimo – Tempo Ⅰ
3 – Allegro con fuoco

Robert SCHUMANN
Concerto para piano e orquestra em Lá menor, Op. 54
4 – Allegro affetuoso
5 – Intermezzo. Andante grazioso – attacca:
6 – Allegro vivace

Orkiestra Filharmonii Narodowej w Warszawie
Kazimierz Kord, regência

Johann Sebastian Bach
Da Suíte Inglesa no. 2 em Lá menor, BWV 807:
7 – Bourrée

Fryderyk Chopin
Das Três mazurcas para piano, Op. 63:
8 – No. 2 em Fá menor

Domenico SCARLATTI
Sonata em Ré menor, K. 141/L. 422
9 – Allegro

Alberto Ginastera
Das Danzas argentinas, Op. 2
10 – No. 2: Danza de la Moza Donosa

Gravado em Varsóvia, Polônia, em dezembro de 1979

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Por fim, uma gravação pouco conhecida em que Martha não só nos encanta ao teclado, como também dirige a orquestra. Em seu único registro fonográfico como regente, o concerto de Haydn – o gênio que ela gravou tão pouco – com a London Sinfonietta é especialmente delicioso.

Ludwig van BEETHOVEN
Concerto para piano e orquestra no. 2 em Si bemol maior, Op. 19

1 – Allegro con brio
2 – Adagio
3 – Rondò. Molto allegro

Joseph HAYDN (1732-1809)
Concerto para piano em Ré maior, Hob. ⅩⅧ-11
4 – Vivace
5 – Un poco adagio
6 – Rondo all’ungherese. Allegro assai

London Sinfonietta
Nona Liddell, spalla
Martha Argerich, regência

Gravado em Londres, Reino Unido, em 1980

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Martha Argerich, piano

Da mesma década da carreira de Marthinha vocês já encontravam no blog:

[Restaurado] Serguei Prokofiev – Sonate for Flute in D, op. 94, Cesar Franck – Sonata in A (transcribed for Flute) – Martha Argerich, James Galway


#SCHMNN210 – Robert Schumann (1810-1856): Fantasia op. 17; Fantasiestücke op. 12 (Martha Argerich)


Igor Stravinsky (1882-1871) – Les Noces III (The Wedding), ballet in 4 tableaux for vocal soloists, chorus, 4 pianos & percussion e Mass, for chorus & double wind quintet


Bela Bartok (1881-1945): Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115, W. A. Mozart (1756-1791): Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, Debussy: En blanc et noir, L.134


[Restaurado] Argerich Collection – Beethoven, Chopin, Tchaikovsky, Schumann, Liszt, Prokofiev e Ravel


J. S. Bach (1685-1750): Toccata BWV 911 / Partita BWV 826 / English Suite No. 2 BWV 807


Serguei Rachmaninov (1873-1943) – Piano Concerto nº3, in D Minor, op. 30, Piotr Illich Tchaikovsky (1840-1893) – Piano Concerto nº1, in B Flat Minor, op. 23 (Argerich, Chailly, Kondrashin)


[Restaurado] Chopin: Cello Sonata; Polonaise Op.3; Schumann: Adagio & Allegro – Rostropovich – Argerich


 

 



La nostra regina parla italiano

Vassily

Antonin Dvořák (1841-1904) – Concerto para Violoncelo – Kian Soltani, Daniel Baremboim, Staatskapelle Berlin

Nosso amado Concerto para Violoncelo de Dvorák volta ao PQPBach em muito boas mãos neste lançamento do selo Deutsche Grammophon, uma gravação muito elogiada pela imprensa.

Kian Soltani é um jovem violoncelista iraniano, nascido em 1992, vinte e oito anos de idade, mas já tem uma vasta experiência internacional. É o primeiro violoncelista da West-Eastern Divan Orchestra, do mesmo Daniel Baremboim, e vem se apresentando como solista nos últimos anos, gravando CDs inclusive, e ganhando prêmios ao redor do mundo.

Quando lembramos deste concerto os nomes de Rostropovich, Janos Starker e Pierre Fournier nos vem a cabeça imediatamente, e fico feliz de ouvir um músico tão jovem escrevendo seu nome ao lado destes grandes mestres do passado. Com certeza ele tem um futuro promissor pela frente. Vou acompanhar atentamente.

O concerto é acompanhado no álbum por 5 arranjos para violoncelo solo e conjunto de violoncelo (seis violoncelistas da Staatskapelle Berlin) de peças únicas conhecidas de várias obras maiores de Dvořák. Três deles foram arranjados pelo próprio Kian Soltani. O rapaz tem talento, com certeza. Vale a pena conhecer. Se os senhores gostarem, trago outro CD dele, também gravado com o mesmo Baremboim.

Antonin Dvořák – Concerto para Violoncelo

01 Cello Concerto in B Minor Op. 104 B. 191 I. Allegro
02 Cello Concerto in B Minor Op. 104 B. 191 II. Adagio ma non troppo
03 Cello Concerto in B Minor Op. 104 B. 191 III. Finale. Allegro moderato
04 4 Lieder Op. 82 B. 157 I. Lasst mich allein. Andante (Arr. Soltani For Solo Cello and Cello Ensemble)
05 Symphony No. 9 in E Minor Op. 95 B. 178 From the New World IV. Largo. Goin’ Home (Arr. Koncz For Solo Cello and Cello Ensemble)
06 Gypsy Melodies Op. 55 B. 104 IV. Songs My Mother Taught Me (Arr. Soltani For Solo Cello and Cello Ensemble)
07 4 Romantic Pieces Op. 75 B. 150 I. Allegro moderato (Arr. Soltani For Solo Cello and Cello Ensemble)
08 From the Bohemian Forest Op. 68 B. 133 V. Silent Woods (Arr. Niefind & Ribke For Solo Cello and Cello Ensemble)

Kian Soltani – Cello
Staatskapelle Berlin
Daniel Baremboim – Conductor

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Impromptu – Peças para Piano – Shai Wosner

Impromptu – Peças para Piano – Shai Wosner

IMPROMPTU 

Schubert & CIA

SHAI WOSNER

 

 

O álbum desta postagem parte de uma ideia simples – excelente – e é muito bem feito. Achei a capa ótima, com os nomes dos compositores e o do intérprete grafitados sobre uma foto informal, alegre, jovial. Traduz o espírito do disco.

Imagine reunir um grupo de compositores que também foram grandes intérpretes de suas obras e improvisadores em torno de um piano – numa espécie de jam session. Eles se alternam ao teclado, apresentando suas habilidades e seus poderes de improvisação. O tema do disco – Impromptu – é uma forma musical que, apesar de completamente escrita pelo compositor, é o que temos de mais próximo de suas improvisações. Assim como as peças intituladas Fantasias.

Uma maneira divertida de ouvir o disco é fazê-lo sem decorar a lista das peças e ir adivinhando qual é o compositor da vez ou qual deles ‘sentou-se’ ao piano naquele momento.

Agora é a minha vez…

Schubert é assim um pouco o anfitrião, o dono do piano, pois ao longo do recital ouvimos quatro dos seus impromptus. Temos também algumas surpreendentes presenças, mesmo que mais momentâneas, com Liszt, Dvořák, Gershwin e – pasmem – Charles Ives. Adorei ouvir o ensolarado Impromptu em lá bemol maior de Chopin surgindo logo após uma peça de Gershwin. Chopin senta-se três vezes ao piano e o grande Ludovico, apesar de só sentar-se uma vez, fica por lá quase dez minutos. Sua estranha Fantasia é um exemplo escrito de suas muitas e famosas improvisações, que a classifica para a lista do disco.

O pianista israelense Shai Wosner é excelente. Estudou com Andre Hajdu, professor que valorizava a improvisação e a considerava uma forma de busca do entendimento musical.

Franz Schubert (1797 – 1828)

  1. Impromptu em fá menor, D. 935, 1

Charles Ives (1874 – 1954)

  1. Improvisação para piano, No. 3

Antonín Dvořák (1841 – 1904)

  1. Impromptu em ré menor, B 129

George Gershwin (1898 – 1937)

  1. Impromptu in two Keys

Frederik Chopin (1810 – 1849)

  1. Impromptu em lá bemol maior, Op. 29

Franz Schubert (1797 – 1828)

  1. Impromptu em lá bemol maior, D. 935, 2

Frederik Chopin (1810 – 1849)

  1. Impromptu em fá sustenido maior, Op. 36

Franz Liszt (1811 – 1886)

  1. Impromptu S 191 (1872)

Franz Schubert (1797 – 1828)

  1. Impromptu em si bemol maior, D. 935, 3

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

  1. Fantasia em sol menor, Op. 77

Frederik Chopin (1810 – 1849)

  1. Impromptu em sol bemol maior, Op. 51

Charles Ives (1874 – 1954)

  1. Improvisação para piano, No. 1

Frans Schubert (1797 – 1828)

  1. Impromptu em fá menor, D. 935, 4

Shai Wosner, piano

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MP3 | 320 KBPS | 190 MB

Don’t be Shai…

Para uma palhinha, clique aqui!

Aproveite!
René Denon

Antonin Dvorák (1841-1904) – Concerto para Violoncelo – Piotr Illich Tchaikovsky (1840-1893) – Variações Rococo – Rostropovich, Karajan, BPO

Sem querer, descobri uma grande falha em nossa coleção, e se trata exatamente deste disco, gravado lá em 1969 por dois dos maiores músicos do século XX, Herbert von Karajan e Mstislav Rostropovich. Em hipótese alguma esta gravação histórica poderia estar faltando aqui. As Variações Rococo, esta mesma leitura de Rostropovich, até apareceu em outra série, dedicada a Tchaikovsky, mas não o Concerto de Dvorák.

Estamos aqui tratando simplesmente uma das melhores gravações já realizadas tanto do Concerto quanto das Variações. O tempo já se encarregou de consagrá-las, e as sucessivas reimpressões desde então são outra prova de sua importância. Os alemães da DG não podem estar tão errados.

Com certeza, este seria um dos discos que eu levaria para uma ilha deserta. Quem não conhece, por favor, baixe. O que Rostropovich faz aqui é algo de outro mundo, coisa de gênio, poucos músicos atingiram tal nível de excelência.

1 Cello Concerto In B Minor, Op.104, B. 191 – 1. Allegro
2 Cello Concerto In B Minor, Op.104, B. 191 – 2. Adagio ma non troppo
3 Cello Concerto In B Minor, Op.104, B. 191 – 3. Finale (Allegro moderato)58
4 Variations On A Rococo Theme, Op.33, TH.57 – Moderato assai quasi andante
5 Variations On A Rococo Theme, Op.33, TH.57 – Tema: Moderato semplice
6 Variations On A Rococo Theme, Op.33, TH.57 – Variazione I: Tempo del Tema
7 Variations On A Rococo Theme, Op.33, TH.57 – Variazione II: Tempo del Tema
8 Variations On A Rococo Theme, Op.33, TH.57 – Variazione III: Andante sostenuto
9 Variations On A Rococo Theme, Op.33, TH.57 – Variazione IV: Andante grazioso
10 Variations On A Rococo Theme, Op.33, TH.57 – Variazione V: Allegro moderato
11 Variations On A Rococo Theme, Op.33, TH.57 – Variazione VI: Andante
12 Variations On A Rococo Theme, Op.33, TH.57 – Variazione VII e Coda: Allegro vivo

Mstislav Rostropovich – Violoncelo
Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan – Conductor

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“Você sabia que o PQPBach ainda não tinha postado essa nossa gravação?”

#SCHMNN210 – Robert Schumann (1810-1856) – Concerto para violoncelo, Op. 129 – Antonín Dvořák (1841-1904): Concerto para violoncelo, Op. 104 – Pyotr Tchaikovsky (1840-1893) – Pezzo capriccioso, Op. 62 – Rostropovich – Britten – Svetlanov

Há muito queria alcançar esse disco a vocês, mas ora me faltava a oportunidade, ora completamente o elã. Essa celebração do aniversário de Schumann, que já está na terceira semana, deu-me o pretexto que faltava. Ei-lo!

Imenso músico, cidadão do mundo, incrível figura humana: difícil falar mal de Mstislav Rostropovich, a quem a família e as multidões chamavam de Slava. Isso, claro, se tu não dessem ouvidos ao Politburo soviético, sempre reticente em permitir as turnês do grande homem pelo Exterior, onde encontrava-se abertamente com dissidentes do regime e nunca deixava de expressar sua opinião em prol da abertura de seu país.

Nunca lhe faltaram amigos, e estes lhe foram essenciais no início de seu exílio, depois que – muito por conta de suas ações cada vez mais francas de apoio à dissidência, que incluíram acolher em sua casa o desgraçado escritor Aleksandr Solzhenitsyn – teve que fugir da União Soviética com a roupa do corpo e buscar guarida nos Estados Unidos. Um de seus mais leais colaboradores no Ocidente era Benjamin Britten, que não só lhe dedicou o considerável conjunto de uma sonata para violoncelo e piano, três suítes para violoncelo solo e uma sinfonia para violoncelo e orquestra, como também o acompanhou ao piano e na regência em muitas de suas apresentações. Nesta gravação, os dois juntam forças numa apaixonada leitura do concerto de Schumann e numa breve peça de Tchaikovsky que, apesar do título caprichoso, conjura suas dores pela perda de um amigo. Apesar da qualidade da gravação deixar bastante a desejar – são, afinal, registros de rádio e televisão, coletados e lançados pela BBC -, o “som Rostropovich” e a afinação de sua parceria com Britten valem a audição.

Parceiros no palco…
… amigos na vida

A gravação mais notável do disco – e uma das mais eletrizantes de todos os tempos – é a do concerto de Dvořák, uma obra-prima apreciada mesmo por quem detesta o compositor. Realizada ao vivo em Londres durante o festival The BBC Proms em 21 de agosto de 1968, tornou-se notória por acontecer exatamente no dia em que as forças do Pacto de Varsóvia, lideradas pela União Soviética, invadiram a Tchecoslováquia para esmagar os movimentos de reforma liderados por Alexander Dubček, conhecidos pela posteridade como a Primavera de Praga. Rostropovich, que amava a magnífica capital da Boêmia – onde tocava com frequência, tinha muitos amigos e, o mais especial para ele, conhecera Galina, sua esposa – ouviu impotente as notícias da invasão, enquanto colocava-se na terrível situação de a um só tempo desejar alcançar apoio e solidariedade aos tchecoslovacos enquanto personificava, como cidadão soviético, o detestado agressor ante o engajado público londrino. A ironia de estar escalado para tocar exatamente uma obra do compositor mais célebre do país invadido não colaborou para melhorar o clima da acolhida, e protestos muito pervasivos ocorreram dentro e fora do Royal Albert Hall, tanto de quem pretendia impedir os soviéticos de tocarem, quanto daqueles que defendiam seu direito de escutá-los. Slava, enfim, decidiu tocar. A Orquestra Sinfônica Estatal da União Soviética foi recebida no palco com muita hostilidade, que só aumentou quando solista e regente – o legendário Evgeny Svetlanov – entraram em cena. Os protestos continuaram – ouvem-se gritos e apupos logo no começo da gravação – e, não obstante, o concerto continuou. O que aconteceu em seguida as senhoras e os senhores poderão bem ouvir, se não quiserem em minhas palavras fúteis: uma interpretação elétrica, emocionada, incomparável da obra-prima. Conta-se que Rostropovich chorava a terminar o Adagio e que passou o resto da peça a morder os lábios. Quando terminou e veio a chuva de aplausos, Slava ergueu sobre a cabeça uma partitura com o nome do compositor, dando uma demonstração clara de sua solidariedade aos tchecoslovacos e de seu amor pelo país e por sua cultura. Mesmo temendo pelos entes que estavam na União Soviética e pela própria segurança, ele – um corajoso inimigo da injustiça – não poderia deixar de se posicionar. Fê-lo com o gesto, fê-lo com a música – e esse registro do concerto de Dvořák, especialmente seu Adagio, nunca deixará de me emocionar como uma das mais incríveis gravações jamais realizadas.

Robert Alexander SCHUMANN (1810-1856)

Concerto em Lá menor para violoncelo e orquestra, Op. 129

1 – Nicht zu schnell
2 – Langsam
3 – Sehr lebhaft

Mstislav Rostropovich, violoncelo
London Symphony Orchestra
Benjamin Britten, regência

Antonín Leopold DVOŘÁK (1841-1904)

Concerto em Si menor para violoncelo e orquestra, Op. 104

4 – Allegro
5 – Adagio, ma non troppo
6 – Finale: Allegro moderato — Andante — Allegro vivo

Mstislav Rostropovich, violoncelo
Orquestra Sinfônica Estatal da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
Evgeny Svetlanov, regência

 

Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)

Pezzo capriccioso em Si menor para violoncelo e orquestra, Op. 62

07 – Andante con moto

Mstislav Rostropovich, violoncelo
English Chamber Orchestra
Benjamin Britten, regência

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21-8-1968

Vassily

 

Martha Argerich & Friends – Live from Lugano Festival – 2008

Fiz uma pausa nas postagens dessa série da nossa amada Martha Argerich em seu Festival de Lugano para dar lugar às comemorações dos 210 anos de nascimento de Robert Schumann. Hoje trago mais um volume, mais três CDs que mostram todo talento e versatilidade desta excepcional artista.

Não preciso dizer o quanto Martha ama Schumann, tanto que temos aqui no primeiro CD a belíssima Sonata nº 2 para Violino e Piano, acompanhando o violinista Renaud Capuçon. Outro momento a destacar é sua parceria com o ex marido pianista Stephen Kovacevich, tocando uma peça de Mozart.

Mas o mais belo, lírico e pungente é o terceiro CD, onde abre tocando seu conterrâneo Piazzolla, em versões matadoras para dois pianos, claro que ele não poderia faltar, assim como Ravel. Martha distribui o repertório desta série entre seus convidados, alguns conhecidos, outros desconhecidos, dando chance e permitindo que sejam conhecidos.

A relação dos músicos envolvidos está no booklet em anexo.

Vamos ao que viemos?

CD 1
01. Variations (5) on an original theme for piano, 4 hands in G major, K. 501
02. Sonata for violin & piano No. 2 in D minor, Op. 121- 1. Ziemlich langsam – Le
03. Sonata for violin & piano No. 2 in D minor, Op. 121- 2. Sehr lebhaft
04. Sonata for violin & piano No. 2 in D minor, Op. 121- 3. Leise, einfach
05. Sonata for violin & piano No. 2 in D minor, Op. 121- 4. Bewegt
06. Piano Quintet in D major, Op. 51- 1. Allegro moderato
07. Piano Quintet in D major, Op. 51- 2. Andante con variazioni
08. Piano Quintet in D major, Op. 51- 3. Scherzo- Allegro vivace
09. Piano Quintet in D major, Op. 51- 4. Allegro moderato
10. Scherzo for 2 pianos, Op. 87

CD 2
01. Piano Trio No. 1 in C minor, Op. 8
02. Suite No. 1 (-Fantaisie-tableaux-) for 2 pianos in G minor, Op. 5- 1. Barcarolle
03. Suite No. 1 (-Fantaisie-tableaux-) for 2 pianos in G minor, Op. 5- 2. La Nuit
04. Suite No. 1 (-Fantaisie-tableaux-) for 2 pianos in G minor, Op. 5- 3. Les Larmes
05. Suite No. 1 (-Fantaisie-tableaux-) for 2 pianos in G minor, Op. 5- 4. Pâques
06. Concertino for piano, 2 violins, viola, clarinet, horn & bassoon, JW 7-11- 1
07. Concertino for piano, 2 violins, viola, clarinet, horn & bassoon, JW 7-11- 2
08. Concertino for piano, 2 violins, viola, clarinet, horn & bassoon, JW 7-11- 3
09. Concertino for piano, 2 violins, viola, clarinet, horn & bassoon, JW 7-11- 4
10. Slavonic Dance No. 1 for piano, 4 hands in C major, B. 78-1 (Op. 46-1)
11. Slavonic Dance No. 12 for piano, 4 hands in D flat major, B. 145-4 (Op. 72-4)
12. Slavonic Dance No. 7 for piano, 4 hands in C minor, B. 78-7 (Op. 46-7)
13. Slavonic Dance No. 10 for piano, 4 hands in E minor, B. 145-2 (Op. 72-2)

CD 3

01. Tres minutos con la realidad, tango
02. Oblivion, tango
03. Libertango, tango
04. Introduction & Allegro for harp, flute, clarinet & string quartet
05. Cuatro estaciónes porteñas (The Four Seasons), tango cycle- 1. Verano porteño
06. Cuatro estaciónes porteñas (The Four Seasons), tango cycle- 2. Otoño porteño
07. Cuatro estaciónes porteñas (The Four Seasons), tango cycle- 3. Invierno porteño
08. Cuatro estaciónes porteñas (The Four Seasons), tango cycle- 4. Primavera porteña
09. Fantasia elvetica (-Swiss Fantasy-), for 2 pianos & orchestra- 1. Maestoso
10. Fantasia elvetica (-Swiss Fantasy-), for 2 pianos & orchestra- 2. Tranquillo
11. Fantasia elvetica (-Swiss Fantasy-), for 2 pianos & orchestra- 3. Tempo di marcia – Andante
12. Fantasia elvetica (-Swiss Fantasy-), for 2 pianos & orchestra- 4. Tempo di polka – Piú vivo – Allegro

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Martha Argerich & Friends – Live from Lugano Festival

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Comecei a postar esta coleção lá em 2016, mas acabei parando. Não tenho muita certeza de que tenho todos os cds desta série, mas trarei o que tenho. Começo então renovando os links que trouxe naquela época. 

Esta coleção de gravações de Martha Argerich é sensacional, e virou meio que uma tradição. A EMI lançou durante aproximadamente dez anos um conjunto de três Cds de cada vez, que trazia as principais performances dos mais diversos músicos em um festival em uma cidadezinha suiça chamada Lugano.

Nestes três cds temos performances realizadas entre os anos de 2002 e 2004. Em minha modesta opinião, o melhor momento é a transcrição para dois pianos da Sinfonia Clássica de Prokofiev. Martha e Yefim Bronfman dão um show de versatilidade, talento e virtuosismo, mas o que mais poderiamos esperar destes dois?

Temos Maxim Vengerov, os irmãos Capuçon, Lilya Zilberstein, entre outros nomes não tão conhecidos.

Então vamos ao que viemos.

Martha Argerich & Friends – Live from Lugano Festival

CD 1
Prokofiev:
01. Symphony No. 1 in D major (‘Classical’), Op. 25 I. Allegro
02. Symphony No. 1 in D major (‘Classical’), Op. 25 II. Larghetto
03. Symphony No. 1 in D major (‘Classical’), Op. 25 III. Gavotte Non troppo all
04. Symphony No. 1 in D major (‘Classical’), Op. 25 IV. Finale Molto vivace

Martha Argerich & Yefim Bronfman – Pianos

Tchaikovsky:
05. Nutcracker, suite from the ballet, Op. 71a I. Ouverture miniature
06. Nutcracker, suite from the ballet, Op. 71a II. Danses caractéristiques. Marcia viva
07. Nutcracker, suite from the ballet, Op. 71a II. Danses caractéristiques. Danse de la fée dragée – Andante non tropo
08. Nutcracker, suite from the ballet, Op. 71a II. Danses caractéristiques. Danse russe: trépak
09. Nutcracker, suite from the ballet, Op. 71a II. Danses caractéristiques. Danse arabe: Allegretto
10. Nutcracker, suite from the ballet, Op. 71a II. Danses caractéristiques. Danse chinoise: Allegro Moderato
11. Nutcracker, suite from the ballet, Op. 71a II. Danses caractéristiques. Dans de mirlitons: Moderato assai
12. Nutcracker, suite from the ballet, Op. 71a III. Valse des fleurs

Martha Argerich & Mirabela Dina – Pianos

Shostakovich:
13. Piano Trio No. 2 in E minor, Op. 67 I. Andante – Moderato
14. Piano Trio No. 2 in E minor, Op. 67 II. Allegro non troppo
15. Piano Trio No. 2 in E minor, Op. 67 III. Largo
16. Piano Trio No. 2 in E minor, Op. 67 IV. Allegretto

Martha Argerich – Piano
Maxim Vengerov – Violin
Gautier Capuçon – Cello

CD 2
Brahms:
01. Sonata for Violin & Piano No. 3 in D minor, Op. 108- I. Allegro
02. Sonata for Violin & Piano No. 3 in D minor, Op. 108- II. Adagio
03. Sonata for Violin & Piano No. 3 in D minor, Op. 108- III. Un poco presto e co
04. Sonata for Violin & Piano No. 3 in D minor, Op. 108- IV. Presto agitato

Lilya Zilberstein – Piano
Maxim Vengerov – Violin

Schubert:
05. Piano Trio in B flat major, D. 898 (Op. 99)- I. Allegro moderato
06. Piano Trio in B flat major, D. 898 (Op. 99)- II. Andante un poco mosso
07. Piano Trio in B flat major, D. 898 (Op. 99)- III. Scherzo- Allegro
08. Piano Trio in B flat major, D. 898 (Op. 99)- IV. Rondo- Allegro vivace

Yefim Bronfman – Piano
Renaud Capuçon – Violin
Gautier Capuçon – Cello

CD 3
Schumann:
01. Piano Quintet in E flat major, Op. 44 I. Allegro brillante
02. Piano Quintet in E flat major, Op. 44 II. In modo d’una marcia – Un poco lar
03. Piano Quintet in E flat major, Op. 44 III. Scherzo Molto vivace
04. Piano Quintet in E flat major, Op. 44 IV. Allegro ma non troppo

Martha Argerich – Piano
Dora Schwarzberg – Violin
Renaud Capuçon – Violin
Nora Romanoff-Schwarzberg – Viola
Mark Dobrinsky – Cello

 

Schumann:
05. Sonata for violin & piano No. 1 in A minor, Op. 105 I. Mit leidenschaftliche
06. Sonata for violin & piano No. 1 in A minor, Op. 105 II. Allegretto
07. Sonata for violin & piano No. 1 in A minor, Op. 105 III. Lebhaft

Martha Argerich – Piano
Géza Hossu-Legocky – Violin

Dvořák:
08. Piano Quartet No. 2 in E flat major, B. 162 (Op. 87) I. Allegro con fuoco
09. Piano Quartet No. 2 in E flat major, B. 162 (Op. 87) II. Lento
10. Piano Quartet No. 2 in E flat major, B. 162 (Op. 87) III. Allegro moderato
11. Piano Quartet No. 2 in E flat major, B. 162 (Op. 87) IV. Allegro ma non troppo

Walter Delahunt – Piano
Renaud Capuçon – Violin
Lida Chen – Viola
Gautier Capuçon – Cello

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FDP

Antonin Dvorak – Violin Concerto, Romance for Violin & Orchestra, Humoureske – Dami Kim, SPO

NOVO LINK !!! 

Este belo concerto para violino e orquestra de Dvorák acabou ficando ofuscando pelo Concerto para Violoncelo, e foi meio que relegado a segundo plano, o que é uma pena. É muito bonito, tem belas passagens, não sou músico mas não consigo identificar passagens muito técnicas ou difíceis, se estiver errado por favor me corrijam. Reza a lenda que em um primeiro momento, o compositor pensou em dedicar a obra a Joseph Joachim, que conhecera alguns anos antes, o grande virtuose da época, e grande amigo de Brahms, mas o violinista se mostrou cético com a obra, e teceu alguns comentários críticos, o que magoou Dvorák, que no final das contas, não lhe fez a dedicatória. O CD ainda traz dois momentos muito delicados, com o Romance para Violino e Orquestra e a conhecidíssima “Humouresque”.
Uma curiosidade: a jovem violinista sul coreana Dami Kim em 2012 ganhou o prestigioso Concurso Joseph Joachim em Hanover, entre diversos outros prêmios em outras competições. Neste CD ela enfrenta a obra com louvor, mostrando uma segurança muito grande e uma técnica muito apurada, mesmo nos momentos mais técnicos. No Romance, por exemplo, não se deixa cair nas armadilhas sentimentais da obra.
Vale a pena ouvir, ainda mais nestes tempos de isolamento, quando estamos em casa, longe do convívio social. Ah, quem não lembra do “Humouresque, nº 7, op. 101, última faixa do CD? Está sempre naquelas coletâneas de música clássica. Claro que isso não lhe tira a qualidade e a beleza da peça.

01. Violin Concerto in A Minor, Op. 53, I Allegro ma non troppo
02. Violin Concerto in A Minor, Op. 53, II Adagio ma non troppo
03. Violin Concerto in A Minor, Op. 53, III Finale Allegro giocoso, ma non troppo
04. Romance for Violin and Orchestra in F Minor, Op. 11
05. Humoresque, Op. 101, No. 7

Dami Kim – Violin
Slovak Philharmonic Orchestra
Damian Iorio

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Dvořák: Quarteto Americano / Borodin: Quarteto Nº 2 / Shostakovich: Quarteto Nº 8

Dvořák: Quarteto Americano / Borodin: Quarteto Nº 2 / Shostakovich: Quarteto Nº 8

Choque. No dia 26 de setembro de 2012, PQP Bach postou Dvořák. Sim, mas é por motivos nobres. Em primeiro lugar, não tenho problemas em opinar que o Quarteto Americano é uma boa composição. Gosto dele. Mas o destaque deste CD chama-se Alexandr Borodin e seu esplêndido Quarteto Nº 2, onde nosso amigo acertou a mão em cheio, escrevendo música sublime de ponta a ponta. Já o Shosta que fecha o disco é notável em termos de repertório — é grande música — , mas não recebeu o melhor dos tratamentos por parte do Borodin Quartet. Já o Borodin (o Alexandr) e o Dvořák estão perfeitos.

Dvořák | String Quartet op.96 »American«
1. String Quartet No. 12 in F major (‘American’), B. 179 (Op. 96): 1. Allegro ma non troppo
2. String Quartet No. 12 in F major (‘American’), B. 179 (Op. 96): 2. Lento
3. String Quartet No. 12 in F major (‘American’), B. 179 (Op. 96): 3. Molto vivace
4. String Quartet No. 12 in F major (‘American’), B. 179 (Op. 96): 4. Finale: Vivace ma non troppo

Borodin | String Quartet No.2
5. String Quartet No. 2 in D major: 1. Allegro moderato
6. String Quartet No. 2 in D major: 2. Scherzo: Allegro
7. String Quartet No. 2 in D major: 3. Notturno: Andante
8. String Quartet No. 2 in D major: 4. Finale: Andante – Vivace

Shostakovich | String Quartet No.8 op.110
9. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 1. Largo
10. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 2. Allegro molto
11. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 3. Allegretto
12. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 4. Largo
13. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 5. Largo

Janáček Quartet (Dvořák)
Borodin Quartet (Borodin, Shosta)

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Alexandr Borodin

PQP

Cesar Franck (1822–1890) – Sonata for Violin and Piano , Edvard Grieg (1843–1907) – Sonata for Violin and Piano no. 3 Op. 45 , Antonín Dvořák (1841–1904) – Romantic Pieces Op. 75 (B 150) – Renaud Capuçon, Khatia Buniatishvili

Esse com certeza é  um belo CD para iniciarmos o ano. Três peças que representam bem o Romantismo, belamente interpretadas por dois dos principais músicos da atualidade, Renaud Capuçon & Khatia Buniatishvili. Muitos podem argumentar, poxa, já existem tantas gravações destas Sonatas de Cesar Franck, há a necessidade de mais uma? Bem, fica a seu critério conhecer o que a nova geração tem a apresentar sobre uma obra tão conhecida.

A química entre os dois músicos existe, isso é inegável. Khátia é uma pianista muito expressiva, sem dúvidas, exala sensualidade em suas apresentações, e sabe como transferir essa expressividade para o piano. Ouçam a Sonata de Grieg, um dos melhores momentos do CD. Renaud Capuçon é o garoto de ouro da veterana Martha Argerich, com que já realizou diversas apresentações, inclusive desta mesma Sonata de Franck. Obviamente Khatia Buniatishvili não é nenhuma Martha Argerich, mas dá conta do recado com sobra.

A dupla encerra o CD com as belíssimas peças românticas de Dvorák. Um belíssimo CD, sem dúvidas.

César Franck – Sonata for Violin and Piano in A major
[1] I Allegretto ben moderato
[2] II Allegro
[3] III Recitativo-Fantasia. Ben moderato – Molto lento – a tempo moderato
[4] IV Allegretto poco mosso 6:04

Edvard Grieg – Sonata for Violin and Piano no. 3 Op. 45 in C minor
[5] I Allegro molto ed appassionato
[6] II Allegretto espressivo alla Romanza
[7] III Allegro animato 7:52

Antonín Dvořák – Romantic Pieces Op. 75 (B 150)
[8] I Allegro moderato
[9] II Allegro maestoso
[10] III Allegro appassionato
[11] IV Larghetto

Renaud Capuçon violin
Khatia Buniatishvili piano

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Bach, Brahms, Chopin, Debussy, Dvořák, Grieg, Kancheli, Kempff, Ligeti, Liszt, Mendelssohn, Pärt, Ravel, Scarlatti, Scriabin, Tchaikovsky: Motherland (com Khatia Buniatishvili)

Bach, Brahms, Chopin, Debussy, Dvořák, Grieg, Kancheli, Kempff, Ligeti, Liszt, Mendelssohn, Pärt, Ravel, Scarlatti, Scriabin, Tchaikovsky: Motherland (com Khatia Buniatishvili)

Lembram daquela série interminável de discos da Philips — lançados nos anos 70 e 80 — que eram seleções malucas de clássicos e que tinham gatinhos na capa? Ali, o Aleluia de Händel podia vir antes de um trecho de Rhapsody in Blue, o qual era seguido pela Abertura 1812 e pela chamada Ária na Corda Sol (mentira, corda sol coisa nenhuma) de Bach, por exemplo. Salada semelhante é servida por Khatia Buniatishvili neste CD. Mas o importante é faturar enquanto a beleza não abandona a pianista. Ela tem alguns anos de sucesso ainda. Como habitualmente, neste disco ela é muita emoção e languidez — principalmente a última –, acompanhada de um talento que não precisaria ter registros gravados. Temos tanta gente melhor! Depois deste disco altamente suspeito, ela sucumbe aqui. Só a aparência não basta. Afinal, ouvimos o CD. Vocês sabem que eu amo as belas musicistas, mas tudo tem limite.

O volume 1 da numerosa série

Bach, Brahms, Chopin, Debussy, Dvořák, Grieg, Kancheli, Kempff, Ligeti, Liszt, Mendelssohn, Pärt, Ravel, Scarlatti, Scriabin, Tchaikovsky: Motherland (com Khatia Buniatishvili)

1 Johann Sebastian Bach: Was mir behagt, ist nur die muntre Jagd, BWV 208: IX. Schafe können sicher weiden (Arr. for Piano)
2 Pyotr Ilyich Tchaikovsky: The Seasons, Op. 37b: X. October (Autumn Song)
3 Felix Mendelssohn-Bartholdy: Lied ohne Worte in F-Sharp Minor, Op. 67/2
4 Claude Debussy: Suite Bergamasque, L. 75: III. Clair de lune
5 Giya Kancheli: Tune from the Film by Lana Gogoberidze: When Almonds Blossomed
6 György Ligeti: Musica ricercata No. 7 in B-Flat Major
7 Johannes Brahms: Intermezzo in B-Flat Minor, Op. 117/2
8 Franz Liszt: Wiegenlied, S. 198
9 Antonín Dvorák: Slavonic Dance for Four Hands in E Minor, Op. 72/2: Dumka (Allegretto grazioso)
10 Maurice Ravel: Pavane pour une infante défunte in G Major, M. 19
11 Frédéric Chopin: Etude in C-Sharp Minor, Op. 25/7
12 Alexander Scriabin: Etude in C-Sharp Minor, Op. 2/1
13 Domenico Scarlatti: Sonata in E Major, K. 380
14 Edvard Grieg: Lyric Piece in E Minor, Op. 57/6: Homesickness
15 Traditional: Vagiorko mai / Don’t You Love Me?
16 Wilhelm Kempff: Suite in B-Flat Major, HWV 434: IV. Menuet
17 Arvo Pärt: Für Alina in B Minor

Khatia Buniatishvili, piano

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Desculpe, Khatia, não rolou.

PQP

Antonín Dvořák (1841-1904): As 9 Sinfonias – Kubelik, BPO

Outra postagem feita a toque de caixa, e também a pedidos do próprio PQPBach, que no domingo de noite pediu alguma gravação boa da Oitava Sinfonia de Dvorák. Fã que sou do compositor, fui procurar em meu acervo e encontrei esta integral com a condução de Rafael Kubelik.Informei ao grão mestre, que imediatamente a solicitou. E como esta integral nunca foi postada aqui, optei então em trazer todas as sinfonias.

Existem maestros e intérpretes que nasceram para serem os intérpretes de certos compositores. Kubelik / Dvorák é unanimidade, assim como Chopin / Rubinstein, Karajan / Beethoven, entre tantos outros. Talvez pelo fato de ser conterrâneo do compositor, Kubelik consegue como poucos extrair a alma boêmia da obra.

Eu tinha absoluta certeza de que já tinha trazido a integral das Sinfonias de Dvorák com o Kubelik, mas me enganei. Então, vamos fazer um pacotaço da integral, com este grande maestro que foi Rafael Kubelik. Tcheco, nasceu em 1914 e morreu em 1996. Foi um dos grandes maestros do século XX, e realizou inúmeras gravações, em sua grande parte pelo selo Deutsche Grammophon.

Antonin Dvorák – Sinfonias – Kubelik, BPO

CD1

01. Symphony No.1 in c, Op.3, B.9, ‘The Bells of Zlonice’, 1. Maestoso – Allegro
02. 2. Adagio di molto
03. 3. Allegretto
04. 4. Finale (Allegro animato)
05. Symphony No.2 in Bb, Op.4, B.12, 1. Allegro con moto
06. 2. Poco adagio
07. 3. Scherzo (Allegro con brio)
08. 4. Finale (Allegro con fuoco)

CD2

01. Symphony No. 3 in E flat major, Op. 10 I. Allegro moderato
02. Symphony No. 3 in E flat major, Op. 10 II. Adagio molto, tempo di marcia
03. Symphony No. 3 in E flat major, Op. 10 III. Finale. Allegro vivace
04 Symphony No. 4 in D minor, Op. 13 I. Allegro
05. Symphony No. 4 in D minor, Op. 13 II. Andante sostenuto e molto cantabile
06. Symphony No. 4 in D minor, Op. 13 III. Scherzo. Allegro feroce
07. Symphony No. 4 in D minor, Op. 13 IV. Finale. Allegro con brio

CD3

01. Symphony No.6 in D, Op.60, B.112, 1. Allegro non tanto
02. 2. Adagio
03. 3. Scherzo (Furiant Presto)
04. 4. Finale (Allegro con spirito)
05. Symphony No. 5 in F major, Op. 76 I. Allegro non troppo
06. Symphony No. 5 in F major, Op. 76 II Andante con moto
07. Symphony No. 5 in F major, Op. 76 III. Andante con moto – Allegro scherzando
08. Symphony No. 5 in F major, Op. 76 IV. Finale. Allegro molto

CD4

01. Symphony No.8 in G, Op.88, B.163, 1. Allegro con brio
02. 2. Adagio
03. 3. Allegretto grazioso – Molto vivace
04. 4. Allegro ma non troppo
05. Symphony No. 7 in D minor, Op. 70 I. Allegro maestroso
06. Symphony No. 7 in D minor, Op. 70 II. Poco adagio
07. Symphony No. 7 in D minor, Op. 70 III. Scherzo. Vivace – Poco meno mosso
08. Symphony No. 7 in D minor, Op. 70 IV. Finale. Allegro

CD5

05. Symphony No.9 in e, Op.95, B.178, ‘From the New World’, 1. Adagio – Allegro molto
06. 2. Largo
07. 3. Scherzo (Molto vivace)
08. 4. Allegro con fuoco

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Berliner Philharmoniker
Rafael Kubelik – Conductor

FDP (restaurado por Vassily em 9.5.2022)

Antonin Dvorák – Violin Concerto, Romance in F for Violin & Orchestra, Op. 11, Mazurek for Violin & Orchestra Op. 49, Four Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75 – Jan Mrácek, NCSO, James Judd

“Dvorák era um especialista em cordas. Por quase dez anos ele tocou viola na orquestra do Teatro Provisório de Praga e era conhecido como um dos mais confiáveis ​​músicos de cordas da cidade, na medida em que ele participou da estreia privada do primeiro quarteto de cordas de Smetana em 1878. Ele também era um violinista que, como ele conta em uma entrevista com o The Sunday Times, tinha tocado o instrumento quando era menino. Se ele raramente tocou violino mais tarde, veio a deixar um punhado de obras para o instrumento, incluindo o concerto para violino. De acordo com um aluno de composição, Dvorák preferia seu concerto de violino ao grande concerto para violoncelo em Si menor. Embora a posteridade tenha favorecido o concerto para violoncelo, o concerto para violino, com seu virtuosismo apaixonado e lirismo abundante, sempre atraiu. Dvorák escreveu o trabalho no verão de 1879, quando sua reputação estava rapidamente adquirindo grade dimensão internacional. Além disso, graças a intervenção de Brahms, que encontrou para ele uma editora de Berlim e apresentações para influentes partidários musicais fora da Boêmia. Um dos mais importantes foi o amigo íntimo de Brahms, o violinista Joseph Joachim. Dvorák visitou Joachim em Berlim em julho de 1879 para discutir seu novo concerto; qualquer que seja o assunto de sua conversa, o concerto acabou sendo dedicado a Joaquim. Este não foi, no entanto, o fim da história. Enquanto elogiava Dvorák, sua compreensão do violino, Joachim sugeriu numerosas mudanças que o compositor, um ávido revisor de suas próprias obras, empreendeu meticulosamente. Mesmo essas alterações não foram suficientes para Robert Keller, um conselheiro de Dvorák, editor, que queria que ele mudasse o final do primeiro movimento em vez de deixá-lo levar diretamente para o movimento lento. Dvorák sabiamente rejeitou o conselho e manteve a passagem, uma das mais belas do concerto, ligando os dois primeiros movimentos. O concerto foi publicado em 1883 e estreou no mesmo ano pelo virtuoso tcheco František Ondr.”

Jan Mrácek é um jovem violinista tcheco, muito, mas muito talentoso, como os senhores poderão provar nesta sua impressionante interpretação do Concerto para Violino de Dvorák. Aliás, todos os envolvidos aqui são tchecos: compositor, orquestra, pianista… com exceção do maestro britânico James Judd, que conduz com muita competência a Orquestra Sinfônica Nacional Tcheca. O selo Onyx nos brinda com mais uma envolvente, brilhante e emocionante gravação. O talento e virtuosismo de Mracék está presente em todos os momentos, encarando com naturalidade todas as dificuldades inerentes às obras executadas.
Vale a pena a audição, para conhecermos um nome que com certeza ainda irá nos brindar com muitas outras gravações tão exuberantes quanto esta.

01. Violin concerto in a minor op. 53- I. Allegro ma non troppo – Quasi moderato
02. Violin concerto in a minor op. 53- II. Adagio ma non troppo
03. Violin concerto in a minor op. 53- III. Finale. Allegro giocoso, ma non troppo
04. Romance in F for Violin & Orchestra, Op. 11, B.38
05. Mazurek for Violin & Orchestra Op. 49, B.90
06. Four Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75- I. Allegro moderato
07. Four Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75- II. Allegro maestoso
08. Four Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75- III. Allegro appassionato
09. Four Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75- IV. Larghetto

Jan Mrácek – Violin
Luckás Klansky – Piano
Czech National Symphony Orchestra
James Ludd – Conductor

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Antonin Dvorák (1841-1904) – Chamber Works II – Piano Trios – Guarnieri Trio

Até agora, grande parte das obras de Antonin Dvorák que foram postadas aqui no PQPBach eram obras dedicadas a um instrumento solista com orquestra, ou alguma outra obra orquestral, como as Sinfonias, Poemas Sinfônicos ou As Danças Eslavas.
Gostaria de apresentar aos senhores um outro Dvorák, o das obras para Câmara. Pretendo dar prosseguimento à belíssima coleção do selo tcheco Supraphon, dos quais já trouxe as sinfonias de Dvorák na histórica gravação de Vaclav Neuman com a Filarmônica Tcheca, e trazer os CDs da série dedicados à quase desconhecida obra de Câmara deste compositor. Teremos Trios para Piano, Quartetos de Corda, Quartetos com Piano, enfim, pretendo que esta série seja a mais completa possível. Como citei acima, trata-se de projeto do selo Supraphon, então talvez em alguns casos os músicos envolvidos não sejam tão conhecidos, mas lhes garanto a qualidade.
Por estar encantado com os Trios para Piano, começarei com o segundo volume da coleção. É de se ouvir com muita atenção.

CD 1

01. Piano Trio No. 1 in B flat major, B. 51 (Op. 21)- Allegro molto
02. Piano Trio No. 1 in B flat major, B. 51 (Op. 21)- Adagio molto e mesto
03. Piano Trio No. 1 in B flat major, B. 51 (Op. 21)- Allegretto scherzando
04. Piano Trio No. 1 in B flat major, B. 51 (Op. 21)- Finale, Allegro vivace
05. Piano Trio No. 2 in G minor, B. 56 (Op. 26)- Allegro moderato
06. Piano Trio No. 2 in G minor, B. 56 (Op. 26)- Largo
07. Piano Trio No. 2 in G minor, B. 56 (Op. 26)- Scherzo, Presto
08. Piano Trio No. 2 in G minor, B. 56 (Op. 26)- Finale, Allegro non tanto

CD 2

01. Piano Trio No. 3 in F minor, B. 130 (Op. 65) (once listed as Op. 64) Allegro
02. Piano Trio No. 3 in F minor, B. 130 (Op. 65) (once listed as Op. 64) Allegre
03. Piano Trio No. 3 in F minor, B. 130 (Op. 65) (once listed as Op. 64) Poco ad
04. Piano Trio No. 3 in F minor, B. 130 (Op. 65) (once listed as Op. 64) Finale,
05. Piano Trio No. 4 in E minor (‘Dumky’), B. 166 (Op. 90) Lento maestoso
06. Piano Trio No. 4 in E minor (‘Dumky’), B. 166 (Op. 90) Poco adagio
07. Piano Trio No. 4 in E minor (‘Dumky’), B. 166 (Op. 90) Andante
08. Piano Trio No. 4 in E minor (‘Dumky’), B. 166 (Op. 90) Andate moderato
09. Piano Trio No. 4 in E minor (‘Dumky’), B. 166 (Op. 90) Allegro
10. Piano Trio No. 4 in E minor (‘Dumky’), B. 166 (Op. 90) Lento maestoso

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Antonin Dvorák (1841-1904) – Simphonic Works – Sinfonias 6, 7 e 8 – Czech Philharmonic Orchestra, Václav Neumann

Front

LINKS ATUALIZADOS !!!

Dando continuidade a esta bela caixa da gravadora tcheca Supraphon trazemos mais três sinfonias de Antonin Dvorák, as de nº 6, 7 e 8, sempre nas mãos competentes de Václav Neumann regendo a Filarmônica Tcheca. Música de primeira interpretada por músicos de primeira.

Difícil isso dar errado, não acham?

1. Symfonie č. 6 D-dur, Op. 60 I. Allegro non tanto
2. Symfonie č. 6 D-dur, Op. 60 II. Adagio
3. Symfonie č. 6 D-dur, Op. 60 III. Scherzo (Furiant) Presto
4. Symfonie č. 6 D-dur, Op. 60 IV. Finale Allegro con spirito
5. Symfonie č. 7 d-moll, Op. 70 I. Allegro maestoso
6. Symfonie č. 7 d-moll, Op. 70 II. Poco adagio
7. Symfonie č. 7 d-moll, Op. 70 III. Scherzo Vivace. — Poco meno mosso
8. Symfonie č. 7 d-moll, Op. 70 IV. Finale Allegro

CD 6
1. Symfonie č. 8 G-dur, Op. 88 I. Allegro con brio
2. Symfonie č. 8 G-dur, Op. 88 II. Adagio
3. Symfonie č. 8 G-dur, Op. 88 III. Allegretto grazioso
4. Symfonie č. 8 G-dur, Op. 88 IV. Allegro ma non troppo
5. «V přírodě» (In Nature’s Realm), koncertní ouvertura, Op. 91 (B 168)
6. «Karneval» (Carnival), koncertní ouvertura, Op. 92 (B 169)
07 – ”Othello”, koncertni ouvertura

Czech Philharmonic Orchestra
Václav Neumann – Conductor

CDS 5, 6, 7 E 8 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Josef Suk (1874-1935) – Fantasy in G minor, Op.24, Antonin Dvorák (1841-1904) – Violin Concerto in A minor, Op.53, Romance in F minor, Op.11 – Christian Tezlaff, John Stogards, Helsinki Philharmonic Orchestra

FrontEstou dedicando esta semana aos tchecos, principalmente a Dvorák, como já podem ter percebido. Comecei com as sinfonias de Dvorák e um de seus principais intérpretes (calma, a coleção vai vir completa), Václav Neumann, depois tivemos um Josef Suk impecável tocando obras de seu bisavô e de seu avô (leiam as postagens para entenderem do que estou falando) e agora trago mais obras de Suk e de Dvorák, mas desta vez estou dando voz a nova geração, e que geração, senhores: Christian Tetzlaff está impossível aqui, sendo dirigido por orquestra e maestros finlandeses. Mais uma excelente gravação do Selo Ondine.
Começamos com uma Fantasia para Violino e Orquestra, composta por Josef Suk, um dos maiores violinistas do início do século XX, e que foi genro de Dvorák. Em seguida, Tetzlaff encara o Concerto para Violino, de Dvorák e um Romance, também composto para violino e orquestra. São obras pouco gravadas, por isso creio que seja interessante para quem não conhece, conhecer.

01. Suk Fantasy in G minor, Op.24
02. Dvorak Violin Concerto in A minor, Op.53 – I. Allegro ma non troppo
03. Dvorak Violin Concerto in A minor, Op.53 – II. Adagio ma non troppo
04. Dvorak Violin Concerto in A minor, Op.53 – III. Allegro giocoso, ma non troppo
05. Dvorak Romance in F minor, Op.11

Christian Tetzlaff – Violin
Helsinki Philharmonic Orchestra
John Stogards – Conductor

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Antonin Dvorák (1841-1904) – Romantic Pieces For Violin and Piano, op. 75, Sonatina for Violin and Piano op. 100, Sonata for Violin and Piano, op. 57 – Josef Suk (1874-1935) – Four Pieces for Violin and Piano, op. 17

Box FrontEste delicioso CD traz obras desconhecidas de Dvorák (ao menos para mim) interpretadas por um bisneto do compositor. Explico: este Josef Suk é neto do compositor Josef Suk, que era genro de Dvorák. Que fofo, né? Tudo em família. E de quebra ele ainda toca algumas peças do avô e a belissima Sonatina de Schubert. Repertório de primeira.
Brincadeiras a parte, tratam-se de peças curtas, mas muito expressivas, e que são tocadas com muita propriedade e sensibilidade pelo Joseph Suk neto. Creio que os senhores irão gostar bastante. Eu gostei. Ah, algumas destas gravações ainda são da década de 50, ou seja, ainda foram realizadas em mono.

1. Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75I. Allegro moderato
2. Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75II. Allegro maestoso
3. Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75III. Allegro appassionato
4. Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75IV. Larghetto
5. Sonatina for Violin and Piano in G major, Op. 100I. Allegro risoluto
6. Sonatina for Violin and Piano in G major, Op. 100II. Larghetto
7. Sonatina for Violin and Piano in G major, Op. 100III. Scherzo. Molto vivace att
8. Sonatina for Violin and Piano in G major, Op. 100IV. Finale. Allegro
9. Sonata for Violin and Piano in F major, Op. 57I. Allegro, ma non troppo
10. Sonata for Violin and Piano in F major, Op. 57II. Poco sostenuto
11. Sonata for Violin and Piano in F major, Op. 57III. Allegro molto
12. 4 Pieces for Violin and Piano, Op. 17I. Quasi ballata
13. 4 Pieces for Violin and Piano, Op. 17II. Appassionato
14. 4 Pieces for Violin and Piano, Op. 17III. Un poco triste
15. 4 Pieces for Violin and Piano, Op. 17IV. Burlesque

Josef Suk – Violino
Josef Hála – Piano (1 – 4)
Jan Panenka (5 – 15)

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Antonin Dvorák (1841-1904) – Symphonies N. 1, 2, 3, 4 e 5 – Vlacláv Neumann, Czech Philharmonic Orchestra

FrontLINKS ATUALIZADOS !!!

Começamos a semana com uma belíssima caixa da gravadora tcheca Supraphon com as obras orquestrais de Antonin Dvorák interpretadas pela excelente Filarmônica Tcheca, e com um grande regente, também tcheco, Vacláv Neuman. Material de primeira, com certeza. Os fãs da cultura daquele país vão ficar contentes, e os fãs de Dvorák mais ainda, pois vão ter acesso a uma das melhores gravações destas sinfonias que já tive a oportunidade de ouvir.

CD 1

1. Symfonie č. 1 c-moll «Zlonické zvony» (Die Glocken von Zlonice) I. (Allegro)
2. Symfonie č. 1 c-moll «Zlonické zvony» (Die Glocken von Zlonice) II. Adagio di molto
3. Symfonie č. 1 c-moll «Zlonické zvony» (Die Glocken von Zlonice) III. Allegretto
4. Symfonie č. 1 c-moll «Zlonické zvony» (Die Glocken von Zlonice) IV. Finale Allegro animato

CD 2

1. Symfonie č. 2 B-dur, Op. 4 I. Allegro con moto
2. Symfonie č. 2 B-dur, Op. 4 II. Poco adagio
3. Symfonie č. 2 B-dur, Op. 4 III. Scherzo Allegro con brio
4. Symfonie č. 2 B-dur, Op. 4 IV. Finale Allegro con fuoco

CD 3

1. Symfonie č. 3 Es-dur, Op. 10 I. Allegro moderato
2. Symfonie č. 3 Es-dur, Op. 10 II. Adagio molto, tempo di marcia
3. Symfonie č. 3 Es-dur, Op. 10 III. Finale Allegro vivace
4. Symfonie č. 4 d-moll, Op. 13 I. Allegro
5. Symfonie č. 4 d-moll, Op. 13 II. Andante sostenuto e molto cantabile
6. Symfonie č. 4 d-moll, Op. 13 III. Allegro feroce
7. Symfonie č. 4 d-moll, Op. 13 IV. Allegro con brio

CD 4

1. Symfonie č. 5 F-dur, Op. 76 I. Allegro ma non troppo
2. Symfonie č. 5 F-dur, Op. 76 II. Andante con moto
3. Symfonie č. 5 F-dur, Op. 76 III. Andante con moto, quasi l’istesso tempo. — Allegro scherzando
4. Symfonie č. 5 F-dur, Op. 76 IV.  Finale Allegro molto
5. Symfonické variace (Symphonic Variations), Op. 78 (B 70)

Czech Philharmonic Orchestra
Václav Neumann – Conductor

CDs 1, 2, 3 e 4 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

 

Vacláv Neuman e Rafael Kubelik em 1969
Vacláv Neuman e Rafael Kubelik em 1969