.: Interlúdio :. Zequinha de Abreu interpretado por Jacques Klein e Ezequiel Moreira

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Interpretado por Jacques Klein e Ezequiel Moreira

Jacques Klein (1930 – 1982), o pianista do toque dourado.

Nascido em Aracati, no Ceará, foi no Rio de Janeiro que viveu plenamente a sua carreira e a sua vida. Desde muito cedo, manifestou seu gosto pela música, e, até os dezoito anos, dedicou-se ao jazz, uma de suas grandes paixões, inclusive fazendo algumas gravações no gênero.

Foi para os Estados Unidos estudar música clássica, mas logo conheceu o célebre Art Tatum, que ficou muito impressionado ao ouvir Jacques tocar o seu amado jazz em Nova York. Apesar de ter sido convidado para tocar na banda do grande jazzista americano, seguiu sua verdadeira vocação – a música clássica

Seguiu depois para a Áustria, onde foi aluno do célebre professor Bruno Seidhofer, na Academia de Música de Viena, mas foi exatamente em 1953 que o artista começou sua grande carreira ao conquistar o 1º lugar no Concurso Internacional de Genebra, que era na época considerado o mais importante concurso no mundo.

Klein era um músico admirado por todos, e em todos os continentes. Tinha um toque lindo e um som dourado, difícil de se encontrar. Seus concertos eram de sonhos, célebres e iluminados. Uma vez, tocando a Sonata de J.Brahms nº3, a luz da Sala Cecília Meireles apagou e Jacques continuou tocando no escuro para delírio de seus ouvintes. Claro que foi ovacionado quando acabou a obra, já com a luz acesa.

Também ficou conhecido pelo seu ciclo das Sonatas de Beethoven, tocando as 32, também na Sala. Foi solista das mais importantes orquestras do mundo, assim como teve o duo com o grande violinista italiano Salvatore Accardo, que, por várias vezes, deslumbrou o Théâtre des Champs Elysées, em Paris. Grande professor de piano, tem como seu mais importante discípulo o pianista Arnaldo Cohen. Na parte burocrática, foi diretor da Sala Cecília Meireles e fez parte da direção da Orquestra Sinfônica Brasileira.

Era casado com a também pianista Cesarina Riso, e eles formavam um dos mais queridos casais no Rio – tiveram uma filha, Daniela.

Sem dúvida, o querido Jacques Klein foi o maior pianista brasileiro de sua geração encantando a todos com sua arte e seu talento. Fica a nossa homenagem.

(Maria Luiza Nobre)

Imagine um excelente pianista, do tipo que é referência mundial, tocando com as maiores orquestras do planeta. Dê a ele bom humor, gênio impulsivo e, de quebra, um talento especial para se comunicar com plateias das mais esnobes às mais simplórias. Hoje pode ser difícil imaginar, mas o produto dessa mistura existiu, sim, veio de Aracati, no Ceará, e se chamava Jacques Klein.

Consumido por um câncer quando ainda estava no auge da carreira, aos 52 anos, Klein era um tipo raro de músico clássico. Era popular. Amava interpretar Beethoven, Mozart e Chopin. Mas também compôs com Dorival Caymmi, teve um grupo de jazz e aparecia com tanta naturalidade na TV que chegava a dar autógrafo na rua.

(O Globo, 11/10/2009)

Zequinha de Abreu & Eurico Barreiros
01. Os Pintinhos no Terreiro – Chorinho Sapeca (fá menor)
Zequinha de Abreu & Dino Castello
02. Rosa Desfolhada – Flores Milagrosas – Valsa (mi menor)
Zequinha de Abreu & Rui Borba
03. Longe dos Olhos – Valsa sentimental (mi menor)
Zequinha de Abreu
04. Não Me Toques – Chorinho (lá menor)
Zequinha de Abreu & Príncipe dos Sonhos
05. Último Beijo – Valsa sentimental (dó menor)
Zequinha de Abreu & Duque de Abramonte
06. Branca – Valsa lenta (mi menor)
Zequinha de Abreu
07. Levanta Poeira – Choro sapeca (mi menor)
Zequinha de Abreu & Arlindo Marques Jr.
08. Amando Sobre o Mar – Valsa sentimental (fá maior)
Zequinha de Abreu & Pinto Martins
09. Tardes em Lindóia – Valsa lenta (mi bemol menor)
Zequinha de Abreu
10. Tico-tico no Fubá – Choro sapeca (lá menor)

Zequinha de Abreu interpretado por Jacques Klein e Ezequiel Moreira – 1979

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Boa audição.

macaco pensante

 

 

 

 

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Avicenna