All in a Garden Green: Quatro Estações na Música Inglesa (Le Tendre Amour)

All in a Garden Green: Quatro Estações na Música Inglesa (Le Tendre Amour)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma deliciosa coleção de canções inglesas do século XVII, construída em torno da influência das quatro estações e mostrando o grande entusiasmo pela música, especialmente pela produção musical amadora, que ocorreu durante esta época.

Bem, durante a Commonwealth of England (c.1649-1660), a música desapareceu quase inteiramente das ocasiões religiosas e da corte. A utilização de instrumentos e música nas igrejas foi proibida e os órgãos foram destruídos por ordem do regime – por isso o público recorreu aos músicos das aldeias e das tabernas, às danças do campo e novos locais para fazer música foram criados. Coincidindo com o declínio do madrigal elisabetano, a música folclórica e os cenários dos poetas famosos da época eram populares; da mesma forma, variações de teclado em melodias dançantes e canções românticas para voz e alaúde estavam na moda, e isso continuou nos anos da Restauração sob Charles II. A influência do monarca pode ser detectada no estilo francês de algumas das obras posteriores, apresentando oboé e grandes grupos de cordas.

Esta efusão de música inspirada é capturada perfeitamente nesta nova, interpretada esplendidamente e com rara e sensibilidade pelo Ensemble Le Tendre Amour — grupo de Barcelona liderado por Katy Elkin e Esteban Mazer. Os compositores apresentados incluem Purcell, Playford, Morley, Croft, Lawes, Byrd, Eccles, Ravenscroft e, claro, muitas obras anônimas. Da música camponesa bucólica a peças sofisticadas para um público urbano gentrificado, a música fornece uma trilha sonora vívida para a vida no mundo turbulento da Inglaterra do século XVII. Tudo aqui é ótimo, mas destaco especialmente as obras de Purcell e mais as belíssimas faixas 10, 17 e 25 (que é de Purcell).

E quem souber quem é a maravilhosa soprano do CD, favor informar nos comentários!

All in a Garden Green: As Quatro Estações na Música Inglesa (Le Tendre Amour)

1 pub. John Playford: Chirping of the Nightingale / Chirping of the Lark
2 William Byrd: John come kiss me now
3 Nicola Matteis: Va poco di manera Italiana / Aria Amorosa
4 Nicholas Lanier: No more shall meads be deckt with flowers
5 Godfrey Finger: Ciaccona
6 pub. John Playford: Glory of the West / The Goddesses
7 William Lawes: Can beauty’s spring
8 Henry François de Gallot: Chaconne
9 Anonymous: Now ye spring is come
10 Nicola Matteis: Ground after the Scotch Humour
11 attrib. William Croft: Ground in C minor
12 Henry Purcell: Sweeter than Roses
13 pub. John Walsh: Greensleeves
14 pub. John Playford: All in a Garden Green / Onder een linde groen
15 pub. John Playford: Stanes Morris / The Glory of the Sun
16 Thomas Morley: O Mistress Mine
17 William Byrd: The Woods so Wild
18 Anonymous: The Chestnut / Autumn
19 Nicola Matteis: Aria
20 pub. John Playford: Cold and Raw
21 Henry Purcell: When a cruel long winter
22 Thomas Ravenscroft: Remember O Thou Man
23 pub. John Playford: Virgin Queen / An Italian Rant
24 John Eccles: A Division on a Ground
25 Henry Purcell: Here the Deities approve

Le Tendre Amour

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Le Tendre Amour (não me perguntem sobre o cenário)

PQP

Bennet / Browne / Coleman / Pearce / Purcell / Ravenscroft: Purcell in The Ale House

Bennet / Browne / Coleman / Pearce / Purcell / Ravenscroft: Purcell in The Ale House

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A part song é uma forma de canção coral secular organizada em várias partes vocais. Essas canções são comumente cantadas por um coral de soprano-contralto-tenor-barítono ou por um conjunto masculino ou feminino. O Pro Cantione Antiqua é masculino. Criada no período elisabetano, essa música geralmente é homofônica — o que significa que a parte mais aguda carrega a melodia e as outras vozes ou partes fornecem as harmonias que a acompanha — mas também podem ser altamente polifônicas, como a maioria das deste disco. São cantadas sempre a cappella, isto é, sem acompanhamento. Esta música foi criada na Grã-Bretanha e pode ser muito divertida, cantando piadas, amores, poemas líricos ou satíricos. O Pro Cantione Antiqua é um conjunto especialista neste gênero de repertório e, bem, eles dão um show pra nós.

Já sei que vai ter um monte de gente pedindo as Lute Songs. Não adianta pedir. É só conseguir que eu acrescento aqui. Este é um blog colaborativo, não temos SAC ou Central de Atendimento. Temos um Setor de Foda-se que está 24h à disposição de vocês. Quando algum de vocês quiserem pedir algo, façam-no com muitos elogios, salamaleques, agrados e bombons. Ou fodam-se.

Bennet / Browne / Coleman / Pearce / Purcell / Ravenscroft: Purcell in The Ale House
Part Songs
1 Hey Ho, To The Greenwood
Written-By – Thomas Ravenscroft
1:06
2 Luer Falconers
Written-By – John Bennet
1:37
3 Hey Trola, Trola
Written-By – Edward Pearce
3:08
4 We Cats When Assembled
Written-By – Richard Browne (2)
2:20
5 Round About In A Fair Ring
Written-By – John Bennet
1:06
6 Yonder Comes
Written-By – Thomas Ravenscroft
6:25
7 Since Time So Kind
Written-By – Henry Purcell
1:23
8 I Cannot Come Every Day
Written-By – Thomas Ravenscroft
2:57
9 Once, Twice, Thrice
Written-By – Henry Purcell
1:43
10 Tomorrow The Fox Will Come
Written-By – Thomas Ravenscroft
2:09
11 Canst Thou Love
Written-By – Thomas Ravenscroft
2:11
12 Celia Learning On A Spinnet
Written-By – Henry Purcell
1:44
13 Who Liveth So Merry
Written-By – Thomas Ravenscroft
1:51
14 Long Have We Bin Perplext
Written-By – Thomas Ravenscroft
2:03
15 Hey Ho, Nobody At Home
Written-By – Thomas Ravenscroft
1:03
16 Give Us Once A Drink
Written-By – Thomas Ravenscroft
2:58
17 Would You Know
Written-By – Henry Purcell
1:14
18 The Glories Of Our Birth
Written-By – Edward Coleman
4:04
19 Under This Stone
Written-By – Henry Purcell
1:55
20 Who’s The Fool Now?
Written-By – Thomas Ravenscroft
1:42

Pro Cantione Antiqua

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Quem ouvir o CD entenderá

PQP

Alma Latina: New Britain – The Roots of American Folksong / Les Racines du Folksong Americain: The Boston Camerata

14v18pdAs Raízes da Música Americana
Les Racines du Folksong Americain
The Boston Camerata

As Raízes da Música Americana

A civilização americana veio em grande parte da velha Europa. Isso, todos nós sabemos – será que sabemos? Para o mito moderno, a América industrial que, completamente nova, impulsionada pela tecnologia, sem raízes, é forte na mente contemporânea.

A música americana, nós tendemos a pensar, é um produto dos tempos modernos e das grandes cidades. No entanto, aqueles que conhecem e amam as tradições da música popular americana estão cientes de que a “novidade” do novo mundo é algumas vezes mais aparente do que real.

Grande foi a alegria dos estudiosos da música popular americana quando, um par de gerações atrás, começaram a registrar versões esplêndidas de baladas elisabetanas das bocas de camponeses semi-alfabetizados nos Apalaches do sul.

E muitas das melodias locais coletadas em Quebec antes da primeira Guerra Mundial têm antecedentes nos cadernos de músicas francesas do início do Renascimento. Este registro não ortodoxo, um mix intencionalmente provocador de música antiga com a popular moderna, destina-se, antes de tudo para dar prazer – mas é também uma meditação sobre a história, em arquétipos, e sobre a transmissão da cultura humana.

Grande parte da cultura da Europa renascentista, tanto “clássica” como popular, sobreviveu no campo: no Velho Mundo, é claro, mas também no Novo. O que as elites das cidades e das cortes, impacientes em busca de novidade haviam rejeitado, manteve-se no gosto popular rural até mesmo em nosso próprio tempo.

Como vimos tantas vezes na América (e talvez em outros lugares, também) o gosto de pessoas comuns podem ser pelo menos tão bom – ou melhor – que os julgamentos de uma confraria oficial. Em nossas raízes reside a nossa força!

Joel Cohen

The Roots of American Music

American civilisation came in large part from old Europe. So we all know – but do we? For the myth of modern, industrial America, that brand-new, technology-driven, rootless place is strong in the contemporary mind.

American music, we tend to think, is a product of modern times and big cities. Yet those who know and love American folk traditions are aware that the “newness” of the new world is some-times more apparent than real.

Great was the joy of English folksong collectors when, a couple of generations back, they began notating splendid versions of Elizabethan ballads from the mouths of semi-literate peasants in the Southern Appalachians.

And many of the country melodies collected in Quebec before the first World War have antecedents in the French songbooks of the early Renaissance. This unorthodox recording, an intentionally provocative mix of early art song and modern folksong, is meant first of all to give pleasure – but it is also a meditation on history, on archetypes, and on the transmission of human culture.

Much of the culture of Renaissance Europe, both “high” and popular, survived in the countryside: in the Old World, of course, but also in the New. What the impatient, novelty-seeking elites of the cities and courts had rejected remained to delight rural folk even into our own time.

As we have seen so often in America (and perhaps elsewhere, too) the taste of ordinary people can be at least as good – or better than – the judgements of an official coterie. In our roots lies our strength!

Joel Cohen

New Britain – The Roots of American Folksong

I – PROLOGUE/OPENING MUSIC/PRELUDE
Anonymous, Southern Europe, 10 th c./ The Sacred Harp, Philadelphia, 1860
01. Opening music: 1. Judicci Signum / The Great Day
Provence, ca. 1200 / New Mexico, 1953
02. Opening music: 2. Calenda maia / Cuando por el oriente

II – VIEILLE FRANCE ET NOUVELLE FRANCE/OLD AND NEW FRANCE
Quebec, 1914 / Borlet, ca. 1400
03. Old & New France: 1. Rossignolet du bois joli / Rossignolet del bos jolin
Quebec, 1914 / Loyset Compère, ca. 1500
04. Old & New France: 2. Dans Paris y-a-t-un’barbière / Allons-nous faire la barbe
Quebec, 1914 / Anonymous, ca. 1500
05. Old & New France: 3. Mon père m’a mariée / Mon père m’a mariée
Canada, ca. 1900 / Jean Planson, 1587
06. Old & New France: 4. Gabriel Nazareth / Une nymphe jolie
Quebec, 1914 / Jacob Arcadelt, ca. 1568
07. Old & New France: 5. C’est en passant par Varennes / Margo labourés les vignes
Jean Baptiste Besard, 1603 / Québec, 1914
08. Old & New France: 6. Bransles de village / Il étrait une Cendrillon
Quebec, 1914 / Amsterdam, ca. 1620 / Belgium 20 th c.
09. Old & New France: 7. C’est dans la ville de Bytowm / C’est dans la ville de Bytowm

III – CHANSONS ET BALLADES ERRANTES/WANDERING SONGS AND BALLADS
France, ca. 1475 / Germany, 1619 / England, 1859 / Tennessee, 1937 / Georgia, 1855
10. Wandering songs & Ballads: 1. Il est venu le petit oysillon / An jenem Tag, nach Davids sag / Barbara Allen / Heavenly Dove
Virginia, 1931 / England, ca. 1550
11. Wandering songs & Ballads: 2. Chevy Chase / The Kings hunt is upp
Scotland, ca. 1650 / Nova Scotia, 1950
12. Wandering songs & Ballads: 3. My love gave me a cherry / I gave my love a cherry
Thomas Ravenscroft, 1611
13. Wandering songs & Ballads: 4. Hey, ho, nobody at home
Texas, 1950 / Thomas Ravenscoft, 1611
14. Wandering songs & Ballads: 5. There were three crows / There were three ravens
Scotland, ca. 1620 / Ohio, 1925
15. Wandering songs & Ballads: 6. Lady Cassilles lilt / Gipsy Davy
Scotland, 1790
16. Wandering songs & Ballads: 7. The Jolly Beggar
Thaunton, Massachussetts, 1934 / Northern England, ca. 1920
17. Wandering songs & Ballads: 8. Billy Boy / Billy Boy

IV – SINGING SCHOOL (THE SOCIAL HARP, GEORGIA, 1855)
……POLYPHONIE POPULAIRE AUX ETATS-UNIS/FOLK POLYPHONY IN THE US
Diego Ortiz, 1654 / North Carolina, 1916
18. Wandering songs & Ballads: 9. Ricercada premera / Betty Anne
The Social Harp, Georgia, 1855
19. Wandering songs & Ballads: 10. Singing School
Boston, 1794
20. Wandering songs & Ballads: 11. Thomas-Town
The Sacred Harp, Philadelphia, 1860
21. Wandering songs & Ballads: 12. New Britain (Amazing Grace)
The Social Harp
22. Wandering songs & Ballads: 13. Parting Friends
23. Wandering songs & Ballads: 14. Hallelujah

New Britain – The Roots of American Folksong
The Boston Camerata. Director: Joel Cohen
1990

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XLD RIP | FLAC 328,6 MB | HQ Scans included

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MP3 320 kbps | 157,7 MB | HQ Scans included

powered by iTunes 12.1.0 – 1 h 07 min

Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Obrigado !!!

Boa audição.

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Avicenna