Händel (1685-1759): DIXIT DOMINUS – Luis Álvares Pinto (Recife, 1719-1789): TE DEUM – Camerata Antiqua de Curitiba, 1995 (Acervo PQPBach)

Originalmente postado em 10 de dezembro de 2011 pelo monge Ranulfus e agora atualizado pelo Avicenna, com links atualizados.

Com esta, são CINCO as versões integrais do Te Deum de Luís Álvares Pinto postadas neste blog.

Exagero? Não acho não. “Mais gravações tivera, mais postara”, pois pra mim tanto a posição dessa peça na história da música brasileira quanto a sua pura qualidade musical justificariam plenamente conhecer mil versões. Aliás, basta vocês ouvirem como diferem estas cinco, às vezes a ponto de quase não se reconhecer que é a mesma peça, para perceber que estamos diante desse tipo de música que não esgota fácil as suas possibilidades!

“E para mais me espantar” (nossa, parece que a sombra de Camões encostou com tudo no monge Ranulfus esta noite!), três dessas cinco versões são da Camerata Antiqua de Curitiba: a de 2000, postada pelo Avicenna aqui há poucos dias, em 29/11; a de 1981, que eu mesmo postei em 26/05/2010; e agora esta de 1995, comemorativa dos 20 anos da Camerata. Sabem de qual eu gosto mais? Não? Coincidência, eu também não! Depende do dia, da hora…

Na postagem de 2010 eu incluí dados caprichosamente pesquisados sobre Álvares Pinto. Se quiserem, olhem lá: hoje eu vou logo desovando a música, que os tempos são outros, as pesquisas que a vida anda exigindo também!

Só observo ainda que aqui, como na gravação de 1981, o outro lado do vinil é ocupado por um Salmo musicado por Händel – mas são dois salmos diferentes: lá, um bonito Laudate Pueri; aqui um Dixt Dominus que não é só bonito, talvez possa ser chamado “monumental”, e é tremendamente desafiador para o coro.

Foi prudente para o conjunto encarar tamanho desafio àquela altura? Não sei. Sei que pessoalmente eu gosto do resultado; nem tudo é perfeito, mas as próprias imperfeições são de um tipo que eu chamaria “imperfeições inspiradas”, que não me tiram o prazer da audição, às vezes até aumentam, como se fossem um atestado de que essa música é uma realização humana, com embate & suor. É provável que nem todo mundo sinta o mesmo – e isso é ótimo, não?

Mas, seja como for, aposto que ninguém vai se arrepender de conhecer essa peça!

Palhinha: ouça a integral do Te Deum enquanto saboreia telas de artistas brasileiros contemporâneos.

Camerata Antiqua de Curitiba, 1995
Gravação comemorativa dos 20 anos do grupo

Regência: Roberto de Regina

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719-1789): TE DEUM
(orquestração completada por Harry Crowl, 1995)
00:00 (1) Te Deum / Te Dominum
01:31 (2) Tibi Omnes
02:37 (3) Sanctus
04:20 (4) Te gloriosus
05:23 (5) Te martyrum
07:04 (6) Patrem imensae
09:07 (7) Sanctum quoque
11:39 (8) Tu Patris
13:40 (9) Tu devicto
15:31 (10) Judex crederis
18:41 (11) Salvum fac
20:23 (12) Per singulos dies
21:56 (13) Dignare
24:03 (14) Fiat misericordia
25:13 (15) In te Domine

Georg Friedrich Händel (1685-1759): DIXIT DOMINUS (Salmo 110 [109])
00:00 (1) Dixit Dominus
06:05 (2) Virgam virtutis
09:28 (3) Tecum principium
12:33 (4) Juravit Dominus
14:48 (5) Tu es sacerdos
16:24 (6) Dominus a dextris tuis
19:24 (6b) Ludicabit in nationibus
22:55 (7) De torrente in via bibet
27:00 (8) Gloria

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TEXTO DO TE DEUM (latim/português)
http://www.osmc.com.br/secao.asp?i=34&c=791
TEXTO DO DIXIT DOMINUS (latim/inglês)
http://en.wikipedia.org/wiki/Dixit_Dominus_(Handel)

Ofereço esta postagem de 10 de dezembro ao meu pai, que estaria fazendo 89 anos neste dia se não houvesse desembarcado do planeta 30 anos antes, e que com certeza adoraria cada minuto da música deste disco!

Ranulfus

Negro Spirituals au Brésil Baroque – XVIII-21 Musique des Lumières (Acervo PQP)

2gvkbxv Negro Spirituals au Brésil Baroque
XVIII-21 Musique des Lumières

A PROPÓSITO DE UM TÍTULO

Além de politicamente incorreto, o título deste CD seria também “musicologicamente incorreto”? Pergunta séria, à qual devemos propor aqui uma resposta, sob pena de sermos acusados de publicidade enganosa. E, depois de ter lido o que segue, talvez se considere nosso caso ainda mais grave, já que, não contentes em insistir e assinar, é com a maior serenidade que assumimos esse título, cujo aspecto provocador será útil se incitar o ouvinte, o leitor, a nos acompanhar nesta comparação de duas expressões musicais muito diferentes, sem dúvida, mas que têm pelo menos o mérito de situar-se na mesma época e de emanarem, ambas, das sociedades negras mais representativas surgidas no Novo Mundo: uma no Brasil, a outra na Nova Inglaterra, que logo se tornaria os Estados Unidos da América.

Lembremos primeiramente alguns números. A estimativa mais aceita sobre a presença africana na América é a de Humboldt, que em 1829 calculou que haveria cerca de 6.433.000 negros no conjunto do continente, dos quais 1.960.000 somente no Brasil e quase o mesmo número (1.950.000) nos Estados Unidos. Isso dá uma relação de forças sem dúvida igual em proporção à que predominou 70 anos antes nas mesmas regiões geográficas. E o que nos interessa agora é tentar compreender como essa presença formidável (70% da população de Minas Gerais ao redor de 1760!) se exprimiu no campo da música sacra, expressão fundamental de uma fé imposta ou aceita.

No Norte, essa fé se exprime no âmbito estrito da liturgia anglicana e reformada. Enquanto no Sul os navegadores e missionários chegavam com os saltérios usados em Sevilha ou em Coimbra e as obras sacras de Palestrina ou Cristobal de Morales, de pura obediência católica romana, na década de 1630 os viajantes do Mayflower ou do Arabella foram portadores, como sabemos, tanto dos Livros de Thomas Morley como do velho livro de salmos (1562) coletados por Sternhold e Hopkins. É também sintomático que o primeiro livro impresso na Nova Inglaterra tenha sido “Whole Book of Psalmes Faithfully Translated into English Metre” (Cambridge, Massachusetts, 1640) [O Livro Completo de Salmos Fielmente Traduzidos em Métrica Inglesa].

Desde então, podemos legitimamente considerar que nada mais aproximaria esses dois universos. De um lado, o da salmodia reformada, cuja apropriação pelas comunidades religiosas negras daria origem, mais tarde, ao negro spiritual como o conhecemos (a primeira compilação de cantos populares sacros para as congregações negras foi editada somente em 1867, com o título de “Slave Songs of the United States” [Canções dos Escravos dos Estados Unidos]). Do outro, uma linguagem decididamente pós-barroca e rococó, que excluía todos os temas da Bíblia e se limitava a servir a liturgia católica romana.
Ainda mais fundamental é a diferença de tratamento dado aos textos sagrados em ambos os lugares. E talvez esse ponto preciso, por si só, permitisse a rigor condenar esta explicação.

Com efeito, no Brasil, assim como em toda a área de influência vaticana, o texto litúrgico não pode sofrer a menor alteração ou o menor acréscimo. Apenas nas obras paralitúrgicas (o villancico é a forma mais difundida) esse processo é admitido e praticado, sob o risco de o texto litúrgico stricto sensu tornar-se uma citação. Assim, a presença do hino Pange Lingua no final do villancico “cuatro plumajes airosos” de Torrejón y Velasco. Parece portanto impossível estabelecer qualquer paralelo entre essa limitação “contornada” pela forma do villancico e o processo do negro spiritual, cuja elaboração consiste exatamente em intercalar versos mais ou menos improvisados que comentam o hinário protestante.

No entanto, depois de ter explicado tudo isso, talvez não devamos nos contentar em analisar as expressões musicais dos negros no Brasil e na América do Norte segundo critérios que, afinal, não passam de sombras projetadas das grandes dissidências religiosas na Europa! E propomos aqui outro olhar sobre sua evolução comparada. Menos, aliás, para justificar um título (qualquer “resumo”, bem o sabemos, é contestável!) do que para abrir novas perspectivas.

Para além das divergências, inúmeras semelhanças nos chamam a atenção. A principal é que, assim no Brasil como nos futuros Estados Unidos, motivos evidentes de organização social e de distribuição demográfica — claramente na mesma época, o último quarto do século 18 — levam as comunidades negras (e mulatas, no Brasil) a assumir plenamente o presente da vida musical religiosa. Assim como no Brasil as ordens terceiras ou confrarias de negros ou mulatos contribuíram para fixar os não-europeus nos quadros da Igreja Católica, gerando o essencial da produção musical até o desaparecimento de José Maurício Nunes Garcia (1836), também a produção musical norte-americana seria definitivamente marcada pelas escolas de canto dos escravos negros.

Evidentemente, nenhuma posteridade será permitida à expressão religiosa brasileira, cuja integração nos cânones estritos da linguagem musical européia condenará qualquer evolução, enquanto os escravos do Norte criarão o ”Gospel” e seus avatares posteriores. Mas podemos nos perguntar se a “modinha” que aparece no século 18 e evoluirá no século seguinte para o “chorinho”, antes de gerar, mais tarde, a bossa nova (sendo cada uma dessas metamorfoses marcada por uma mudança de classe social), é tão diferente da passagem do Gospel para o ragtime e depois o jazz?

Por isso seria profundamente injusto considerar os compositores de Minas Gerais sem levar em conta sua negritude, assim como a importância de seu papel na história cultural do Brasil. Eles constituem o solo que viu florescer a bossa nova e Heitor Villa-Lobos.

Daí nosso título, que soa menos como uma certeza que como uma interrogação
Alain Pacquier. Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves, extraído do encarte

Negro Spirituals au Brésil Baroque
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum
João Rodrigues Esteves (c.1700-Lisbon, after 1751)
02. Magnificat
Anonyme
03. Sonata Chiquitana – 1. Allegro
04. Sonata Chiquitana – 2. Andante
05. Sonata Chiquitana – 3. Minuetto

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
06. Miserere
Carlos de Seixas (1704-1742)
07. Sonata para órgão
Ignacio Parreiras Neves (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1736-1790)
08. Salve Regina
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
09. Magnificat

Negro Spirituals au Brésil Baroque – 2000
XVIII-21 Musique des Lumières
Regência: Jean-Christophe Frisch

Nossos agradecimentos ao HLCJ, que muito gentilmente disponibilizou este CD para difusão.
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Boa audição.

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Avicenna

Sacred Music From 18th. Century Brazil – Vol. I – Ensemble Turicum (Acervo PQPBach)

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Sacred Music From 18th. Century – vol. I

Ouro Preto! Black Gold! The name of one of the most beautiful cities in the world!! The fact that one must cross the Brazilian mountains and trek deep into the valley in order to reach her hidden treasures makes it even more attractive. A slave discovered gold in a stream here in the 18th century, and shortly thereafter the Portuguese streamed into the valley in search of the precious metal. Palaces, churches, fountains and villas were built here. An independent civilization arose, a combination of the European High Baroque with African and Indian influences. Aleijadinho, architect and sculptor of the stature of a Michelangelo or a Puget, left testimony of his genius in Ouro Preto, as did the painter Ataide, who employed mulattos as his models for his paintings of angels and the virgin Mary.
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Music also flourished here, as demonstrated by the Schnitger Organ which was imported to Minas Gerais from Hamburg in 1752 or the opera house which was built in Ouro Preto. The city gave birth to an extraordinary wealth of music, compositions which since have fallen into almost complete neglect. The hymns, motets, masses and tedeums from this period are characterized by a special mixture of elements from Italian and Portuguese Baroque music, spiced with the unique flavor of local musical traditions. What could be more moving than the simple religious fervor of the pioneers and gold-diggers as embodied in the exquisite an of sacred song.
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.The music from Minas Gerais is perhaps the best introduction to the mysterious and brilliant mixture of cultures that developed in the heart of Brazil. (Dominique Fernandez)

Luís Alvares Pinto was born into a mulatto family in Recife in 1719 and died there in 1789. He studied with the well-known composer Henrique da Silva Negrão in Lisbon, who introduced him to the Neapolitan style which was very popular in Portugal at the time. Given contemporary racial prejudices, it was not self-evident that a mulatto could study in the capital of the Portuguese empire. The expressive polyphony of Alvares Pinto’s Te Deum is particularly attractive, marked by the appearance of certain archaic elements (e.g., the voice-leading). The treatment of the cadences, however, presaged new esthetic ideals which would soon spread throughout Europe. Of the works on this recording, the Te Deum is the closest to the Baroque style. Only the vocal parts, a figured bass and a horn part (discovered later) remain. The latter would indicate a version for voices and small orchestra, which was reconstructed for this recording by Dr. Klaus Miehling.

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita is the most important representative of the so-called “Escola de Compositores da Capitania das Minas do Ouro”. Likewise a mulatto, he earned fame as an organ virtuoso and improviser. The three works on this recording by Lobo de Mesquita illustrate interesting aspects of his musical development. The Salve Regina was the first composition from the Minas school to be rediscovered. The composer goes a step further than his Neapolitan models (e.g., Pergolesi and Leo) in his employment of a four-part choir in alternation with solo voices. Tercio is one of the few compositions from Minas that has survived in full score. A surprising detail is the use of the Portuguese language in the middle of the Latin liturgical text. Tractus touches one of the focal points of the repertoire of Lobo de Mesquita and his colleagues: the music for Holy Week. The short examples recorded here are impressive not only for their theatrical dramatics, but also for the rhetorical precision in the relationship between words and music. This music is in some respects still very baroque in style, but at the same time the spirit of the classical period shines through in certain melodic turns and the style of the cadences.

Marcos Coelho Neto was born into a family of musicians in Villa Rica (today Ouro Preto) in 1750 and died there in 1823. He was a member ot the Fraternity São José dos Homens Pardos (São José was the church for the mulattos) as a horn player and composer. Very few of his works have survived, but the Himno à 4 Maria Mater Gratiæ is a little jewel. It is as if the short text is sounded in one breath. The soloists and the chorus alternate, separated by short violin interludes. The whole piece is carried by a bass line that is still strongly influenced by the basso continuo style.

When the Portuguese royalty fled from Napoleon’s troops to Brazil in 1808, the reigning crown prince Don João (son of Maria the First, “the deranged” and future Don João the Sixth) could hardly have expected to find a flourishing musical life with an artist of the stature of a José Maurício Nunes Garcia in the simple city of “São Sebastião do Rio de Janeiro”. Despite the resistance in his court, Don João did not hesitate to appoint the mulatto “Mestre da Capela Real”. The proclamation of Brazil as an empire brought Rio de Janeiro to its heights, in no small part due to foreign (mostly French) artists and musicians. Garcia reached his zenith during this golden age. The diminutive pearls recorded here represent an important part of “Padre Mestre’s” a cappella works. Two of them are dated in the manuscripts: Sepulto Domino (1789) and Judas Mercator Pessimus (1809). Although these two compositions were separated by a gap of twenty years, they are united by the similarities of their harmonic textures as well as their thematic connection to Holy Week. (Sérgio Dias)

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum Laudamus (1760) 1. Te Deum/Te Dominum
02. Te Deum Laudamus (1760) 2. Te æternum/Tibi Omnes
03. Te Deum Laudamus (1760) 3. Tibi Cherubim/Sanctus
04. Te Deum Laudamus (1760) 4. Pleni sunt/Te gloriosus
05. Te Deum Laudamus (1760) 5. Te Prophetarum/Te Martirum
06. Te Deum Laudamus (1760) 6. Te per orbem/Patrem imensæ
07. Te Deum Laudamus (1760) 7. Venerandum/Sanctum quoque
08. Te Deum Laudamus (1760) 8. Tu Rex gloriæ/Tu Patris
09. Te Deum Laudamus (1760) 9. Tu ad liberandum/Tu devicto
10. Te Deum Laudamus (1760) 10. Tu ad dexteram/Judex crederis
11. Te Deum Laudamus (1760) 11. Æterna fac/Salvum fac
12. Te Deum Laudamus (1760) 12. Et rege eos/Per singulos dies
13. Te Deum Laudamus (1760) 13. Et laudamus/Dignare Domine
14. Te Deum Laudamus (1760) 14. Miserere/Fiat misericordia

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
15. Tercis (1783) – Difusa est Gratia/Padre Nosso/Ave Maria/Gloria Patri
16. Tractus para o Sábado Santo (1783) 1. Cantemus Domino
17. Tractus para o Sábado Santo (1783) 2. Vinea facta est
18. Tractus para o Sábado Santo (1783) 3. Attende cælum
19. Tractus para o Sábado Santo (1783) 4. Sicut cervulus
20. Antiphona De Nossa Senhora – Salve Regina (1787)

Marcos Coelho Neto, (Vila Rica [Ouro Preto], 1740-1806)
21. Maria Mater Gratiæ, Himno a 4 (1787)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
22. Motets 1. Improperium do Ofício de 6ª Feira Santa (1789) – Popule Meus
23. Motets 2. Tenuisti manum
24. Motets 3. Crux Fidelis
25. Motets 4. In Monte Oliveti
26. Motets 5. Sepulto Domino
27. Motets 6. Inter Vestibulum
28. Motets 7. Immutemur Habitu
29. Motets 8. Moteto para 5ª Feira Santa (1809) – Judas Mercator Pessimus

Sacred Music from 18th. Century Brazil – Vol. I – 1995
Ensemble Turicum, on historical instruments
Regente e diretor musical: Luiz Alves da Silva
Recorded at Studio DRS, Zurich, September 1994
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Boa audição!

Avicenna

América Portuguesa: Armonico Tributo Coro e Orquestra Barroca (Acervo PQPBach)

214uyxwAmérica Portuguesa
Armonico Tributo Coro e Orquestra Barroca

A apresentação abaixo, lay-out e textos, foi surrupiada – com todo o respeito – do blog “Música Sacra e Profana Brasileira” do nosso amigo e ouvinte Maestro Rafael Arantes, a quem peço desculpas por este momento de fraqueza!

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1. Sinos – Quarto Livro do Segundo Noturno das Matinas do Antigo Ofício dos Mortos
O CD começa com o toque de sinos e a leitura de um trecho do Livro de Jó, da Bíblia, serve como introdução ao Memento Baiano
01. Abertura: Sinos – Quarto Livro do Segundo Noturno das Matinas do Antigo Ofício dos Mortos

2. Damião Barbosa de Araújo (l778-l856) – Memento Baiano
O compositor foi um dos grandes expoentes da música brasileira quando da vinda de D. João IV ao Brasil. Baiano, ele seguiu para o Rio de Janeiro a convite do monarca. A obra é um memento, música utilizada principalmente para cerimônias fúnebres, e tem um estilo clássico na melhor linha de Haydn. O belíssimo solo de clarinete de Mônica Lucas faz dela uma jóia musical.
02. Memento Baiano

3. Manuel Dias de Oliveira (1738-1830) – Offertorium ”Justus ut Palma”
O musicista mineiro produziu uma pequena obra-prima. O ofertório era parte da missa e deveria ser executado na hora de incensar o altar. O barítono Juliano Buosi executa com virtuosismo a peça.
03. Offertorium ”Justus ut Palma”

4. Marcos Coelho Neto (1787) – Himno a 4 ”Maria Mater Gratie”
A autoria desta peça é polêmica, pois com esse nome dois músicos, pai e filho, trabalharam nas igrejas mineiras. Tanto um como outro primavam pelo talento. Trata-se de uma peça de grande sensibilidade estética.
04. Himno a Quatro – Maria mater gratiae

Palhinha: ouça 04. Himno a Quatro – Maria mater gratiae

5-6. Anônimo (Salvador-BA) (1759?) – ”Herói, Egrégio, Douto, Peregrino” (Cantata Acadêmica)
De autoria desconhecida, provavelmente do compositor baiano Caetano Melo de Jesus, a obra é marcadamente inspirada no estilo italiano e era uma modalidade muito comum na época, a cantata, um poema profano musicado —difere-se da ópera porque essa última narra uma história e contém uma estrutura teatral e a outra é apenas um poema musicado. A cantata era geralmente composta na língua do autor do libreto. O texto é uma peça de propaganda a serviços de um poderoso da época, o desembargador José Mascarenhas —coisa comum também na Europa daquela época. Se deixarmos a letra de lado e nos ativermos ao belíssimo solo da soprano Elizabeth Ratzerdorf e ao acompanhamento primoroso da orquestra Amonico Tributo, perceberemos que estamos diante de uma obra-prima da música barroca, uma das raras peças neste estilo cantada em português que sobreviveu ao tempo.
05. Herói, Egrégio, Douto, Peregrino (Cantata Acadêmica) – Parte I
06. Herói, Egrégio, Douto, Peregrino (Cantata Acadêmica) – Parte II

7. Joaquim José Emerico Lobo de Mesquita (1787) – Antiphona de N. Senhora “Salve Regina”
É um dos mais conhecidos e brilhantes compositores do período. Nascido em Minas Gerais, destacou-se no Rio de Janeiro, tendo ensinado música ao famoso José Maurício Nunes Garcia, o mais destacado compositor do período. A obra emociona por sua sensibilidade e contrição.
07. Antiphona de Nossa Senhora – Salve Regina

8-36. Luís Álvares Pinto (1719-1789) – Te Deum
O pernambucano é um dos pioneiros da música erudita brasileira. Seu Te Deum, tipo de cântico entoado no final das missas de domingo e em festas, é um show de técnica. Alternando trechos de música gregoriana com peças vivas, ricamente musicadas, em total sintonia com as peças polifônicas da Europa desta época, o Te Deum é de uma exuberância sonora encantadora. O conjunto é fenomenal, mas vale citar parte do Judex Crederis (Cremos que voltarás, em português, trecho comum a todos os Te Deum que costuma encerrar a obra). Principalmente as faixas 29 —Salvum fac populum tum et benedic hereditati tuae, Dominae / Salva teu povo e abençoa tua Herança, senhor— e 31 —Per singulos dies Benetictimos te / Dia a dia te glorificaremos e louvaremos-te— do cd. O Te Deum encerra com chave de ouro o disco.
08. Te Deum – 1. Te Dominum – 1
09. Te Deum – 1. Te Dominum – 2
10. Te Deum – 2. Tibi omnes Angeli – 1
11. Te Deum – 2. Tibi omnes Angeli – 2
12. Te Deum – 3. Sanctus – 1
13. Te Deum – 3. Sanctus – 2
14. Te Deum – 4. Te Gloriosus – 1
15. Te Deum – 4. Te Gloriosus – 2
16. Te Deum – 5. Te martyrum – 1
17. Te Deum – 5. Te martyrum – 2
18. Te Deum – 6. Patrem imensae majestatis – 1
19. Te Deum – 6. Patrem imensae majestatis – 2
20. Te Deum – 7. Sanctum Quoque – 1
21. Te Deum – 7. Sanctum Quoque – 2
22. Te Deum – 8. Tu Patris Sempiternus – 1
23. Te Deum – 8. Tu Patris Sempiternus – 2
24. Te Deum – 9. Tu Devicto – 1
25. Te Deum – 9. Tu Devicto – 2
26. Te Deum – 10. Judex crederis – 1
27. Te Deum – 10. Judex crederis – 2
28. Te Deum – 11. Salvum fac populum tum et benedic hereditati tuae, Dominae – 1
29. Te Deum – 11. Salvum fac populum tum et benedic hereditati tuae, Dominae – 2
30. Te Deum – 12. Per singulos dies Benetictimos te – 1
31. Te Deum – 12. Per singulos dies Benetictimos te – 2
32. Te Deum – 13. Dignare Domine – 1
33. Te Deum – 13. Dignare Domine – 2
34. Te Deum – 14. Fiat Misericordia – 1
35. Te Deum – 14. Fiat Misericordia – 2
36. Te Deum – 15. In Te Domine

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América Portuguesa – Armonico Tributo – 1999
Armonico Tributo Coro e Orquestra Barroca
Direção: Edmundo Pacheco Hora
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Boa audição.

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Avicenna

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719-1789): Te Deum & Händel (1685-1759): Laudate Pueri Dominum – Camerata Antiqua de Curitiba (Acervo PQPBach)

Camerata Antiqua de CuritibaCamerata Antiqua de Curitiba

Luis Álvares Pinto
Te Deum

Georg Friedrich Händel
Laudate Pueri Dominum (Salmo 112)

Há dois dias o Avicenna e eu postamos a primeira gravação da mais antiga obra brasileira preservada: o Recitativo e Ária de 1759 que vem sendo atribuído ao Padre Caetano de Melo Jesus, de Salvador – e hoje queríamos postar a primeira gravação da que é provavelmente a segunda mais antiga: o Te Deum do recifense Luís Álvares Pinto, talvez composto no ano seguinte (1760).

Acontece que ainda não conseguimos a primeira gravação, que é a da reestréia moderna da obra em 1968, regida pelo também pernambucano Padre Jaime Cavalcanti Diniz (biografia aqui), que a havia encontrado e restaurado pouco antes, à frente do Coro Polifônico do IV Curso Internacional de Música de Curitiba com acompanhamento de uma organista estadunidense chamada (juro!) Marilyn Mason.

Por que queremos a 1.ª gravação? Entre outras coisas, porque este blog já tem uma de 1994 realizada na Suíça (Ensemble Turicum) e outra de 2000 na França (Jean-Christophe Frisch). Ou seja: mais uma obra brasileira que goza de reconhecimento e admiração no exterior antes que a maior parte dos brasileiros sequer saibam que ela existe… e isso apesar de serem brasileiras as 4 outras gravações que conheço.

Uma é parte do notável panorama da nossa produção mais antiga gravado pelo ‘Armonico Tributo’ de Campinas dirigido pelo baiano Edmundo Hora, no CD duplo ‘América Portuguesa’, disponível em alguns outros blogs – o qual contém também uma nova realização do Recitativo e Ária de 1759 (inseri retroativamente umas palavras sobre ela no post de 24/05).

Quanto às outras três, parece que Curitiba quis retribuir a honra de ter sido palco da reestréia desse Te Deum: são todas da Camerata Antiqua, com regência do carioca Roberto de Regina, em diferentes momentos: 1981, 1995, 2000. A terceira ainda não ouvi. Gosto bastante da segunda, com a parte orquestral reconstruída pelo nosso amigo Harry Crowl, a mais encorpada e clássica das 5 que ouvi, e com a Camerata num nível de precisão técnica ainda nem sonhado em 1981. Apesar disso, eu e o Avicenna encontramos um encanto especial justamente na singeleza da primeira, de sonoridade excepcionalmente transparente e ‘tridimensional’, e foi essa que resolvemos postar.

E a música em si? Quem leu a postagem de 24/05 deve lembrar que as sugestões de observação da transição barroco-clássico terminavam falando de Gluck e de Carl Philipp Emmanuel Bach, nascidos os dois em 1714. Pois bem: o mulato pernambucano era 5 anos mais novo, de 1719. Gluck morreu em 87. CPE em 88. Álvares Pinto em 89.

Disse ainda que C.P.E. ‘barroqueava’ em alguns momentos, em outros ‘classicava’ (ou ‘mozarteava’). Esse é precisamente o caso também de Álvares Pinto. E aí vocês dirão “Mas com certo atraso em relação à Europa, como de costume, não?” – Pois desta vez absolutamente não! Há diferenças de escola composicional, não do estágio de transformação estilística (para não usar o discutível ‘evolução’). Ouçam mais uma vez a ‘Ressurreição e Ascenção’ de CPE, e ouçam este Te Deum – mas sem esquecer que aquela é 14 anos posterior à data estimada deste: 1760, só 10 anos após a morte de Bach Pai e um após a de Händel.

Acontece que, se foi em 1760, Álvares Pinto compôs o Te Deum em Lisboa, onde ficou muito tempo como aluno do organista da Catedral, Henrique da Silva Negrão, e foi violoncelista da Capela Real, e isso em plena época do Marquês de Pombal, quando Lisboa havia voltado a ser uma metrópole de importância. Luís teria aí 41 anos.

Abandonou sua gente? Não é bem assim. Um ano depois Luís estava de volta ao Recife, onde passou o resto vida se desdobrando como capitão, mestre de capela, poeta (diz-se que em várias línguas), comediógrafo, autor de obras didáticas e, ao que parece, até precursor de Paulo Freire: alfabetizador! Cadê a estátua desse homem?!

Tentando finalizar, vejo que restam 3 pensamentos na mesa: um, o da antigüidade e perenidade da importância do Nordeste, e de Pernambuco em particular, como um dos principais pólos de produção e inovação em todas as áreas da cultura deste país.

Outro: e o salmo de Händel do outro lado do disco? Ah, sim: muito bonito; e a realização também mostra em muitos pontos que poderia ser arrebatadora, não fosse o mesmo problema da postagem de 23/05 (o LP de 1965 da Orquestra de Câmara de São Paulo): solista vocal não suficientemente madura para a obra na época da gravação.

Finalmente, este post marca também a estréia no blog de um dos mais importantes – e insuficientemente reconhecidos – músicos brasileiros dos últimos 50 anos: o hoje octogenário Roberto de Regina. Não considero a regência do barroco e pós-barroco o seu melhor, e mesmo assim seu trabalho nessa área é indispensável. Foi ‘nosso Wanda Landowska’, o reintrodutor do cravo no Brasil, como virtuose e como construtor. Mas coloco acima de tudo seus 3 discos dos anos 60, ‘Cantos e Danças da Renascença’, pioneiros no mundo na abordagem viva a esse repertório, e ainda hoje poucas vezes igualados.

Isso tudo enquanto ainda se sustentava como médico anestesista! – o que costumava tratar com humor: “tenho só dois medos: o paciente acordar na operação, e o público dormir no concerto”. Quero apostar que não será o caso desta e de nenhuma postagem de suas gravações!

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum – 1. Te Dominum
02. Te Deum – 2. Tibi Angeli
03. Te Deum – 3. Sanctus
04. Te Deum – 4. Te Gloriosus
05. Te Deum – 5. Te martyrum
06. Te Deum – 6. Patrem imensae majestatis
07. Te Deum – 7. Sanctum Quoque
08. Te Deum – 8. Tu Patris Sempiternus
09. Te Deum – 9. Tu Devicto
10. Te Deum – 10. Judex crederis
11. Te Deum – 11. Salvum fac
12. Te Deum – 12. Per singulos dies
13. Te Deum – 13. Dignare Domine
14. Te Deum – 14. Fiat, Fiat
15. Te Deum – 15. In te Domine Speravi

Georg Friedrich Händel (1685 – 1759)
16. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 01. Laudate Pueri
17. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 02. Licut nomem Domini
18. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 03. A solis ortu
19. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 04. Excelsus super omnes
20. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 05. Quis sicut Dominus
21. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 06. Suscitans a terra
22. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 07. Qui habitare facit
23. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 08. Gloria Patri

Camerata Antiqua de Curitiba
Fátima Alegria, soprano – Roberto de Regina, maestro
Gravado na Igreja da Ordem Terceira de S.Francisco das Chagas, Curitiba, 1981
Capa do gravurista curitibano Poty Lazzarotto
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Boa audição.

macaco pensante

 

 

 

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Avicenna, com texto do Ranulfus

Brasil 500 Anos – Quadro Cervantes

Captura de Tela 2017-09-27 às 15.11.22Considerado pela crítica especializada como um dos melhores conjuntos brasileiros de música antiga, o Quadro Cervantes apresenta um CD em homenagem aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Escolhido cuidadosamente, o repertório do disco reflete quatro momentos estilísticos da história musical luso-brasileira.

Com instrumentos de época. On period instruments.

O Quadro Cervantes utiliza urna série de instrumentos que são cópias fieis (o máximo possível) de exemplares da época. Em alguns casos, porém, a fidelidade absoluta é impossível, por não existir mais exemplares da época. Um exemplo é a vielle empunhada por Mário Orlando – este tipo de instrumento é reproduzido por fabricantes modernos a partir da iconografia. Também, apesar de seguir, quando possível, as práticas instrumentais dos diversos períodos estilísticos da música antiga, em alguns momentos o conjunto se dá o direito de inovar, uma vez que não existe a possibilidade de autenticidade total.

Captura de Tela 2017-09-27 às 15.12.43Atualmente integram o conjunto: Clarice Szajnbrum (soprano), Helder Parente (flautas, baixo e percussão) – Professor de Percepção Musical e Prosódia da UNI-Rio, Mário Orlando (vielle, viola da gamba, flautas, contratenor e percussão) – Diretor Musical do Conjunto de Música Antiga da UFF, e Nícolas de Souza Barros (alaúdes, guitarras renascentista e barroca, violão, coro e percussão) – Professor de Violão Erudito e Música de Câmara da UNI-Rio.

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SÉCULO XIII – Portugal – Cancioneiro Martin Códax
01. Mandad’ei comigo
02. Ondas do mar de Vigo
03. Mia irmana fremosa

SÉCULO XVI – Portugal e Espanha
Luís Milan (Espanha, c.1500-c.1561)
04. Falai miña amor
05. Fantasia 22
Cancioneiro de Hortência, Portugal, séc. XVI
06. Que é q’ vejo
07. Sempre fiz vossa vontade
Diego Ortiz (Espanha, c.1510–c.1570)
08. Recercada Quarta
Cancioneiro de Hortência, Portugal, séc. XVI
09. Ia dei fim
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa
10. Não tragais borszeguis pretos
Luís Milan (Espanha, c.1500-c.1561)
11. Perdido teñyo mi color
Diego Ortiz (Espanha, c.1510–c.1570)
12. Quinta pars
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa
13. Na fomte está Lianor
Cancioneiro de Hortência, Portugal, séc. XVI
14. Señora bem poderey

SÉCULOS XVII e XVIII – Portugal e Brasil
Manuel Rodrigues Coelho (Portugal, 1582-1647)
15. Segundo verso do primeiro tom
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
16. Beata Virgo

SÉCULO XIX – Modinhas e Lundus Brasileiros
Antonio da Silva Leite (Portugal, 1759-1833)
17. Amor concedeu-me um prêmio
Anônimo (modinha imperial coligida por José Maria Neves)
18. Estas lágrimas
Xisto Bahia (1841 – 1894)
19. Iaiá, você quer morrer?
Anônimo (modinha imperial coligida por José Maria Neves)
20. Sinto-me aflita
Danças populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius, 1819
21. Lundu
Anônimo (modinha imperial coligida por José Maria Neves)
22. Ausente, saudoso e triste
Anônimo (modinha imperial coligida por Mário de Andrade)
23. Hei de amar-te até morrer
F. M Fidalgo, 1900
24. La no Largo da Sé

Brasil 500 Anos – 2000
Quadro Cervantes
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Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

motorola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Alma Latina: Cristina García Banegas y el Órgano Schnitger (1701) de la Sé de Mariana, Minas Gerais, Brasil

Capa-Solo-WEBAmérica Século XVIII
Órgano Schnitger (1701) de la Sé de Mariana, Minas Gerais, Brasil

Cristina García Banegas, órgano

Alumna de Renée Bonnet y de Renée Pietrafesa, Cristina García Banegas es actualmente profesora de la Cátedra de órgano en la Escuela Universitaria de Música de Montevideo.

Directora del Ensemble Vocal “De Profundis” y Directora artística del Festival Internacional de Organo del Uruguay, comparte su actividad de concertista con la investigación de instrumentos de teclado antiguos y de manuscritos vocales e instrumentales (S. XVI-XVIII) de nuestro continente (Perú, Ecuador, Colombia, México y Bolivia).

Su proyecto de “Catalogación y Restauración de Organos Sudamericanos” fue publicado en el libros de los mejores proyectos de la “Rolex Awards for Enterprise” en Suiza 11 el año 1990.

Entre los reconocimientos obtenidos: Primer Premio de virtuosismo en el conservatorio de Ginebra (Suiza) en la clase de Lionel Rogg, Primer Premio de Excelencia con Felicitaciones del jurado en el conservatorio de Rueil-Malmaison (Paris) en la clase de Marie-Claire Alain (1982), Premio Organo Echeverría (Concurso Internacional de Toledo, España en 1981), segundo Premio en el Concurso Internacional de Avila en 1982, Premio Fraternidad 1993 otorgado por la institución B’NAI B ‘RITH del Uruguay comprendiendo un viaje a Israel y Europa.

Se ha perfeccionado en diversos cursos de interpretación con los siguientes maestros: Monserrat Torrent, Guy Bovet, Luigg Ferdinando Tagliavini, Ton Koopman, Stefano Innocenti, Gertrud Mersiovsky, Adelma Gómez, Héctor Zeoli, Jesús Gabriel Segade, etc.

América Século XVIII
Cristina García Banegas, órgano
Joseph de Torres y Vergara (México, 1661 – 1727)
01. Batalla
02. Partido De 2º Tono
03. Partido De 6º Tono
04. Partido 1º Alto
05. Obra De Mano Derecha (Despacio – Andante-Grave – Allegro)
Manuel Blasco (Ecuador, Quito c1628 – c1696)
06. ‘Versos Al Órgano En Dúo, Para Chirimías’ (5 Versos)
Luis Álvares Pinto (Recife, Brasil 1719 – 1789)
07. 4 Lições De Solfejo
Reducciones Jesuíticas del Paraguay, Misiones de Chiquitos y Virreinato del Perú
08. Francesa – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’
09. Obra En Re (Zipoli) – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’
10. Has Me Reír – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’
11. Lagrimas – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’
12. Tocada – Grave – Allegro – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’
13. Reina De Ungria – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’
14. Sones Mo Órgano Violinito – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’
15. Veranillo – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’
16. Al Nacimento Del Archedug – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’
17. Quitapesares – ‘Sones De Órgano Del Año De 1743’

América Século XVIII – 1998
Cristina García Banegas, órgano
Órgano Schnitger (1701) de la Sé de Mariana, Minas Gerais, Brasil

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Mais outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. ¡¡¡ Gracias!!!!

Boa audição.

Disposição

 

 

 

 

 

 

 

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.Avicenna

Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres – Os Mestres Mulatos (Acervo PQPBach)

w0oy0yOs mestres mulatos

Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres

Maestro Marcelo Martins

 

 

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Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum Laudamus (1760) – Tibis Omnes
Pe. Caetano de Mello Jesus (Bahia?)
02. Recitativo e Ária (1759) – Ária
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
03. Tercis (1783) – Difusa est Gratia
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/200674776″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]
04. Gradual: Fuga do Egito – Angelus Domini
Joaquim de Paula Sousa “Bonsucesso” (Prados, c. 1760 – idem, c. 1820)
05. Antífona de São Joaquim – Laudemus Virum
Pe. João de Deus Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
06. Salve Sancte Pater
Anônimo (Serro, MG, Séc. XIX)
07. Jam Sol
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
08. Domini Jesu – Coral
Anônimo (modinhas imperiais coligidas por Mário de Andrade)
09. Escuta formosa …
10. Hei de amar-te até morrer
11. Lundum …

Xisto Bahia (1841 – 1894)
12. Lundu
Tradição oral, Paratí, RJ
13. Porto das Almas
Tradição oral, litoral norte, SP
14. Bendito
Antonio Carlos Gomes (1836-1906)
15. Cayumba – Dança de Negros

Você pode entrar no website da Sinfonieta e baixar suas gravações, saber dos seus projetos, programações. “Entre e fique à vontade, que a música é sua.”

Nossos agradecimentos ao Musicólogo e Maestro Marcelo Martins por nos ter cedido este CD. Não tem preço!!!

Os Mestres Mulatos – 2007
Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres
Direção musical e Regente: Marcelo Antunes Martins

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MP3 320 kbps | 89,2 MB | HQ Scans | 41,7 min
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Boa audição.

pia entupida

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Camerata Antiqua de Curitiba: Do Barroco ao Contemporâneo – 2000

210hg9kCamerata Antiqua de Curitiba
Te Deum
Luis Álvares Pinto

Gravação do ano 2000

Nestes seus 31 anos de existência, a Camerata Antiqua de Curitiba representa não apenas um grupo de prestígio nacional, mas também uma verdadeira escola. Muitos de seus integrantes hoje desenvolvem carreira solo e são ganhadores de prêmios realizados dentro e fora do país.

Fundada em 1974, a Camerata, formada por Coro e Orquestra, teve como primeiro maestro Roberto de Regina, seu fundador, ao lado da cravista Ingrid Seraphim. Inicialmente a proposta do grupo se baseava na interpretação e pesquisa de música antiga, a exemplo de outros existentes na Europa e EUA. O coro contou com a orientação técnica do maestro Gerard Galloway e, paralelamente, a Orquestra teve a orientação do violinista Paulo Bosísio.

Após vários anos de dedicação exclusiva à música do barroco e da renascença, a Camerata passou a dedicar-se também ao repertório de compositores contemporâneos. São oito elepês, seis CDs gravados e mais de mil apresentações no Brasil e exterior, revelando sua versatilidade na interpretação da música antiga e contemporânea.

Nos anos de 1987 e 1988, teve como regente titular Lutero Rodrigues. Hoje, com 16 instrumentistas e 16 cantores, tem como maestro emérito Roberto de Regina.

[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/193756178″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]

A Camerata teve ilustres visitantes, entre outros, os maestros Roberto Schnorrenberg, Norton Morosowicz, Ernani Aguiar, Ronaldo Bologna, Geoffrey Mitchell, Osvaldo Colarusso, Mônica Vasquez, Christian Höppner, Graham Griffiths, Ricardo Kanji, Cristina Banegas, Dario Sotelo, Abel Rocha, Flávio Florence, Iara Fricke Matte, Nicolau de Figueiredo, Luís Alves da Silva, Horst-Hans Bäcker, Helma Haller, Homero de Magalhães Filho, Roberto Tibiriçá e Aylton Escobar.

Dentre as obras mais expressivas executadas e algumas registradas em gravações, destacam-se:
– Johann Sebastian Bach: Ciclo Integral dos Motetos, diversas Cantatas, Oratório de Natal, Paixão Segundo São Mateus, Paixão Segundo São João e Missa em Si Menor;
– Georg Friedrich Händel: Dixit Dominus, Messiah, Coronation Anthems, Israel in Egypt;
– Henry Purcell: Dido e Aeneas
– Luís Álvares Pinto: Te Deum;
– J.J.E. Lobo de Mesquita: Missa em Fá;
– Camargo Guarnieri: Missa Dilígite entre outras.

Maestro Emérito – Roberto de Regina
Coro – Ensaiador: Cornelis Kool, Orientadora Vocal : Neyde Thomas
Orquestra – Ensaiador: Marco Damm

Abril de 2005. (http://www.multimusica.net.br/?q=node/3969)

Melhores comentários deixo a cargo do Ranulfus, pelo seu especial carinho pela Camerata Antiqua de Curitiba.

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum – 1. Te Dominum
02. Te Deum – 2. Tibi omnes
03. Te Deum – 3. Sanctus
04. Te Deum – 4. Te Gloriosus
05. Te Deum – 5. Te Martirum
06. Te Deum – 6. Patrem Immensae
07. Te Deum – 7. Sanctum Quoque
08. Te Deum – 8. Tu Patris
09. Te Deum – 9. Tu Devicto
10. Te Deum – 10. Judex Crederis
11. Te Deum – 11. Salvum Fac
12. Te Deum – 12. Per Singulos Dies
13. Te Deum – 13. Dignare Domine
14. Te Deum – 14. Fiat Misericordia
15. Te Deum – 15. In Te Domine

Anônimo (Séc. XVIII)
16. Te Deum – 1. Te Deum (Allegro)
17. Te Deum – 2. Te Ergo Quesumus (Largo)
18. Te Deum – 3. Non Confundar in Aeternum (Fuga)

Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993)
19. Missa Dilígite – 1. Kyrie (Andante)
20. Missa Dilígite – 2. Gloria (Sostenuto)
21. Missa Dilígite – 3. Sanctus (Maestoso)
22. Missa Dilígite – 4. Agnus Dei (Andantino)

Do Barroco ao Contemporâneo – 2000
Camerata Antiqua de Curitiba
Maestro Roberto de Regina

Material gentilmente cedido pelo maestro Harry Crowl. Não tem preço!

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Boa audição.

vrpvnp

 

 

 

 

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Avicenna

Marcelo Fagerlande no Museu Imperial – Música Portuguesa e Brasileira do Século XVIII para Cravo (Acervo PQPBach)

auytzdMarcelo Fagerlande no Museu Imperial de Petrópolis.

Espineta Mathias Bostem, 1785, Lisboa

Para solicitar a ativação de algum link, deixe sua mensagem clicando no quadradinho em branco no lado superior direito desta postagem.

O Museu Imperial é conhecido por reunir um dos mais importantes acervos do Brasil Império, em exposição no palácio neo-clássico, construído em Petrópolis por D. Pedro II em 1845, para ser sua residência de verão. Em meio a telas, cristais, mobílias, tapetes e jóias, uma peça da coleção atrai o olhar dos visitantes, principalmente dos músicos. Trata-se de um pequeno instrumento preservado na Sala de Música do palácio: uma espineta construída em 1785 por Mathias Bostem, em Lisboa.

Este raro instrumento, após a restauração, foi utilizado para gravar o CD Marcelo Fagerlande no Museu Imperial, como resultado de um projeto desenvolvido a partir de 1990, que contemplou, além destas etapas, a apresentação do artista em concerto à luz de velas. Assim foi possível proporcionar ao público não só a apreciação visual da espineta, mas tambem a audição de seu som peculiar e único – já que ela é, no mundo inteiro, a única peça do gênero que restou da produção do seu fabricante. O Museu Imperial preserva assim não só a materialidade do patrimônio nacional sob sua guarda, mas revela ainda a essência mais significativa destes objetos, no caso a sonoridade eterna da música que ultrapassa as fronteiras do tempo. Esta é a nossa missão. (Maria de Lourdes Parreiras Horta, Diretora do Museu Imperial)

O artesão Mathias Bostem (Carlos Mathias Bostem ou Bosten), natural da Alemanha, nasceu um pouco antes de 1740 e faleceu em 1806, em Lisboa. Radicado na capital portuguesa, foi, desde 1769, o responsável pela manutenção dos cravos do Palácio Real e, entre 1770 e 1790, acumulou também o cargo de “cravista da Real Câmara”. Dos muitos instrumentos que construiu apenas quatro sobreviveram: um pianoforte em estado original, dois cravos convertidos na época em pianofortes e a espineta pertencente ao Museu Imperial. Este é, portanto, o único exemplo de instrumento de cordas pinçadas do construtor, constituindo uma preciosa herança de sua arte.

Classificada como espineta arqueada, o instrumento manufaturado por Mathias Bostem, típico de uso doméstico, é na realidade um cravo de corpo oblíquo em relação ao teclado e com apenas um registro (de 8′), ou seja, um único jogo de cordas. Possui 61 teclas (de sol -1 a sol 5), o que era habitual em Portugal na década de 1780. A decoração do instrumento foi realizada na primeira metade do século XIX: sobre o fundo em madeira dourada foram pintadas grinaldas em vermelho, máscaras no estilo renascentista tardio e tufos de instrumentos musicais; a parte principal do tampo, quando aberto, revela a pintura de uma paisagem. Já a superfície do espelho – parte que fica imediatamente acima do teclado – é revestida de um folheado de mogno com grinaldas de flores em forma de campainhas, em buxo e contém a data, local e assinatura de seu construtor. O tampo harmônico é feito de madeira de conífera e o teclado é revestido de marfim (teclas naturais) e de ébano maciço (teclas acidentais) (G. Doderer e J.H. van der Meer, Cordofones de tecla portugueses do século XVIII, Fundação Calouste Gulbenkian, 2005). Somente para efeito de gravação adaptou-se um registro de alaúde dividido, retirado em seguida à conclusao dos trabalhos.

O instrumento, medindo 1,83 m x 0,88 m x 0,60 m, pertenceu a José da Cunha Porto e foi doado ao Museu Nacional de Belas Artes, Rio de janeiro, em 1902. Este museu, por sua vez, transferiu-o ao Museu Imperial em 1940. Foram realizadas restaurações em 1971, 1972, 1975 e 1990.

Alem de Mathias Bostem, diversos outros construtores foram responsáveis por uma considerável produção de cravos, clavicórdios e pianofortes em Portugal na segunda metade do século XVIII. A presença destes instrumentos certamente contribuiu para o desenvolvimento da música de teclado naquele país, considerada a vertente instrumental mais significativa da música portuguesa do período. Assim, nada melhor que algumas obras de compositores desta época para fazerem soar novamente a rara espineta do Museu Imperial. Ao lado destes foram incluídos Carlos Seixas – autor da primeira metade do século XVIII e um dos maiores nomes portugueses que compôs para o teclado – e os brasileiros Luís Álvares Pinto e José Maurício Nunes Garcia, mais conhecidos por suas obras sacras, mas aqui representados por composições tecladísticas.

Carlos Seixas, compositor e virtuoso do órgão e do cravo, foi a principal figura da música portuguesa do século XVIII. Com apenas 14 anos sucedeu a seu pai como organista da Catedral de Coimbra e dois anos depois se mudou para Lisboa, onde conquistou a posição de organista da Real Capela, que manteve até sua morte prematura. Acredita·se que o terremoto de 1755 em Lisboa tenha feito desaparecer uma grande parte de sua obra e de seus manuscritos. Há autores que afirmam que suas sonatas para teclado seriam bem mais numerosas do que as 88 atualmente conhecidas. Estas obras, entretanto, são exemplos típicos da ambigüidade estilística do período de transição entre o barroco e o classicismo e confirmam que sua maior importância foi como compositor de teclado. A convivência com Domenico Scarlatti em Lisboa, a partir de 1720, quando ambos eram membros da Capela Real, levou a muitas especulações, mas o relato de Mazza em seu Dicionário (1794) aponta para a admiração do italiano, que teria “reconhecido o gigante pelo dedo” e concluído “vossa mercê é que me deve dar lições”.

Francisco Xavier Bachixa foi um compositor a respeito de quem pouco se sabe. Seu nome aparece como cantor de igreja no livro de entradas da Irmandade Santa Cecília de Lisboa. Teria sido pai de Joaquim Felix Xavier Baxixa, cravista e pianista, que esteve a serviço da Capela Real no Rio de Janeiro nas primeiras decadas do século XIX.

José Maurício Nunes Garcia foi o mais importante compositor do periodo colonial brasileiro. Neto de escravas, despertou cedo para a música, possivelmente em um coro como menino cantor, talvez na Catedral e Sé. Sendo mestiço e pobre, José Maurício ingressa na carreira sacerdotal, para que possa ascender profissionalmente como músico. Em 1798 assume o posto de mestre-de-capela da Catedral do Rio de Janeiro, tendo permanecido no cargo com a criação da Real Capela, após a chegada de D. João VI, em 1808. Este foi um periodo que compõe sem descanso para atender ao extenso calendário de solenidades. Entretanto em 1811, após a chegada de Marcos Portugal – o mais importante compositor português da época – passa a compor cada vez menos, culminando com o retorno de D. João VI a Portugal, em 1821, e com o início do período mais dramático de sua vida. É justamente neste momento que escreve o Methodo de Pianoforte, uma coleção de 30 pequenas peças para o cravo ou piano – Lições e Fantasias – elaboradas para atender à educação musical de dois de seus filhos, José Maurício e Apolinário. As duas Lições aqui gravadas são transcrições próprias do Réquiem, de 1816.

João de Souza Carvalho, considerado um expoente de sua geração em Portugal, compôs, além de música para teclado, cerca de 15 óperas e diversas obras sacras. Após estudar na Itália, de 1761 a 1767, Souza Carvalho foi nomeado professor do Seminário da Patriarcal em Lisboa, onde foi mestre de músicos notáveis, como Leal Moreira, Baldi, Bontempo e Marcos Portugal.

Luis Álvares Pinto, natural de Pernambuco, foi um dos primeiros músicos brasileiros a estudar na Europa, tendo sido aluno de contraponto de Henrique da Silva em Lisboa. De volta ao Brasil, terminou seu tratado Arte de Solfejar em 1761. Foi Mestre de Capela da Igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Livramento e, provavelmente, da Igreja de São Pedro dos Clérigos, ambas em Recife. Além de músico foi poeta, pintor e pedagogo. Das inúmeras obras musicais citadas na época só chegaram aos nossos dias o Te Deum, um Salve Regina e cinco Motetos. Em 1776 escreveu as Lições de Solfejos aqui gravadas – pequenas peças contrapontísticas a duas vozes, que finalizam um volume de teoria musical, encontrado por Ernani Aguiar na biblioteca do príncipe D. Pedro Gastão de Orleans e Bragança em Petrópolis. São obras que possivelmente serviam a jovens iniciantes do teclado no cravo ou no órgão.

Francisco Xavier Baptista, compositor, cravista e organista que viveu em Lisboa, foi o primeiro organista da Sé desta cidade. É o autor das únicas obras para teclado impressas em Portugal durante o século XVIII, a coleção Dodeci Sonate, Variazione, Minuetti per Cembalo. O volume contém a Sonata II que encerra o programa.

2hi741wÉ com emoção que relançamos este CD, remasterizado e com nova apresentação, tantos anos após seu surgimento. Que a música dos autores portugueses e brasileiros, recriada através do som especial deste instrumento, possa continuar encantando por muito tempo. (Marcelo Fagerlande, junho de 2008 – www.marcelofagerlande.com.br)
(extraído do encarte)

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Marcelo Fagerlande no Museu Imperial
José António Carlos de Seixas, (Coimbra, 1704 – Lisboa, 1742)
01. Sonata nº 37 em mí menor – 1. Allegro
02. Sonata nº 37 em mí menor – 2. Adagio
03. Sonata nº 37 em mí menor – 3. Minuet
04. Sonata nº 27 em ré menor – 1. Allegro
05. Sonata nº 27 em ré menor – 2. Minuet
06. Sonata nº 27 em ré menor – 3. Adagio
07. Minuet em fá menor (da Sonata nº 42)

Francisco Xavier Bachixa (Portugal, ? – 1787)
08. Sonata em ré menor – Allegro
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
09. Fantasia nº 2 em fá maior
10. Lição nº 11 em ré maior – Allegretto
11. Lição nº 12 em ré menor – Allegretto

João de Sousa Carvalho (Portugal, 1745 – c.1799)
12. Toccata em sol menor – 1. Allegro
13. Toccata em sol menor – 2. Andante

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
14. Lições de Solfejos nº XXII, XXIII e XXIV
Francisco Xavier Baptista (Portugal, ? – 1797)
15. Sonata II em sol maior 1. Allegro
16. Sonata II em sol maior 1. Allegro moderato con variazoni

Marcelo Fagerlande no Museu Imperial – Música Portuguesa e Brasileira do Século XVIII
Gravação original: 1990
Remasterizado e revisão de edição: 2008
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.Boa audição.

 

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Avicenna

Grupo de Música Histórica Klepsidra: Música Profana no Brasil (Séculos XVIII e XIX) – Acervo PQPBach

Dedicado à restauração sonora de obras antigas, o Grupo Klepsidra utiliza instrumentos históricos como o cravo, a flauta doce e a viola da gamba, e apresenta um panorama da música colonial latino-americana, em peças de caráter religioso e profano.

Para solicitar a ativação de algum link, deixe sua mensagem clicando no quadradinho em branco no lado superior direito desta postagem.

Formado por Roberto Sussumo Anzai (flauta, gamba), Tiche Puntoni (cravo), Eduardo Klein (flauta, gamba), Beatriz Chaves (flauta) e Eduardo Areias (voz), o grupo foi fundado em 1992 por Eduardo Klein e Tiche Puntoni. Embora a maior parte de sua atenção seja dedicada a peças anteriores ao século XVIII, seu interesse engloba também a música atual, escrita para instrumentos considerados históricos. (Extraído da internet)

Música Profana no Brasil (Séculos XVIII e XIX)
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte1
02. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte2
03. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte3
04. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte4
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830) & Domingos Caldas Barbosa (Rio de Janeiro, 1738 – Lisboa, 1800)
05. Você trata o amor em brinco
Daniel Gottlieb Steibelt (Alemanha,1765-Rússia, 1823)
06. Bacanal (C. 1800)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)/Aria de Thomás Antônio Gonzaga, o Dirceu
07. Marília de Dirceu – Ária
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
08. Fantasia Nº 1 do “Método de Pianoforte” (1821)
Antônio José da Silva (Rio de Janeiro, 1705-Portugal, 1739)
09. Convida, embora convida
10. De mim já se não lembra
João Martins de Souza Barros (início séc. XIX)
11. Dei um ai, dei um suspiro
Antonio Vieira dos Santos (Porto, 1784 – Morretes, PR, 1854)
12. Solo Inglês – Peça do “Cifras de Música para Saltério” (C. 1823)
13. Minuete de Corte – Peça do “Cifras de Música para Saltério” (C. 1823)
14. Zabumba Alegre – Peça do “Cifras de Música para Saltério” (C. 1823)
Anônimo séc. XIX
15. Deixa Dália, flor mimosa
Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
16. Busco a campina serena (C. 1835)
Anônimo séc. XIX
17. Lundu para teclado (C. 1848)Daniel Gottlieb Steibelt (Alemanha,1765-Rússia, 1823)
18. Bacanal II (C. 1800)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)/Aria de Thomás Antônio Gonzaga
19. Os mares, minha bela
Anônimo séc. XIX
20. Landum
Antonio Vieira dos Santos (Porto, 1784 – Morretes, PR, 1854)
21. O Desterro do “Cifras de Música para Saltério” (1823?)
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
22. Aonde vais, linda negrinha (Xula Carioca)

Música Profana no Brasil (Séculos XVIII e XIX) – 2002
Grupo de Música Histórica Klepsidra

Mais um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Boa audição.

 

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Avicenna

Brazilian Adventures – Ex Cathedra (Acervo PQPBach)

Brazilian AdventuresBrazilian Adventures
Missa Pastoril para a noite de Natal
(Pe. José Maurício Nunes Garcia)

Missa a 8 Vozes & Instrumentos
(André da Silva Gomes)

REPOSTAGEM

Será útil aqui dizer algo sobre o termo barroco. A palavra é de origem portuguesa, significando uma pérola mal formada. Foi usado pela primeira vez, pejorativamente, no século XVIII para descrever a música de Rameau!

Somente no século XIX é que os historiadores usaram o termo barroco para descrever um período estilístico, mais ou menos entre 1600 a 1750.

No Brasil houve uma floração tardia da música e da arquitetura barroca, especialmente em Minas Gerais (FC Lange cunhou o termo barroco mineiro), onde as técnicas-continuo musicais barrocas, baixo cifrado, estrutura, abordagem a textos combinados com uma realização arquitetônica e artística, e misturou-os com uma nova linguagem clássica que estava sendo ansiosamente importado da Europa. Por algum tempo, a frase barroco brasileiro foi confusamente intercambiada com o termo música colonial brasileira.

(Jeffrey Skidmore, extraído e traduzido do encarte)

Brazilian Adventures
Anonymous
01. Matais De Incêndios – 1. Matais De Incêndios
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
02. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 01. Kyrie
03. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 02. Gloria
04. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 03. Laudamus Te
05. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 04. Gratias Agimus
06. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 05. Qui Tollis
07. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 06. Qui Sedes
08. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 07. Cum Sancto Spiritu
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, hoje Serro, MG, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
09. Tercio – 2. Padre Nosso
10. Tercio – 3. Ave Maria
11. Tercio – 4. Gloria
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
12. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 08. Credo
13. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 09. Et Incarnatus
14. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 10. Crucifixus
15. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 11. Et Resurrexit
Pe. Theodoro Cyro de Souza (Caldas da Rainha, Portugal, 1761 – Salvador, Brasil, ?)
16. Ascendit Deus
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
17. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 12. Sanctus
18. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 13. Hosanna I
19. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 14. Benedictu
20. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 15. Hosanna II
21. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 16. Agnus Dei
Anonymous
22. Matais De Incêndios – 2. Para Abrasar Corações
André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
23. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 01. Kyrie I
24. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 02. Christe
25. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 03. Kyrie II
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
26. 5 Divertimentos Harmônicos – #1 Beata Virgo
27. Lição de Solfejo #25
28. 5 Divertimentos Harmônicos – #5 Oh! Pulchra Es
André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
29. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 04. Gloria I
30. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 05. Et In Terra Pax
31. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 06. Gloria II
32. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 07. Laudamus Te
33. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 08. Gratias Agimus
34. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 09. Domine Deus
35. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 10. Qui Tollis
36. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 11. Quoniam Tu Solus Sanctus
37. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 12. Cum Sancto Spiritu

(Curiosamente, o 1º movimento do Tercio de Lobo de Mesquita – Diffusa est gratia – não foi incluído)

Brazilian Adventures – 2014
Ex Cathedra Choir & Ensemble
Maestro Jeffrey Skidmore

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• Site oficial do Pe. José Maurício Nunes Garcia – AQUI

• Partituras de autores brasileiros: AQUI

Boa audição.

PeladaoWEB

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

História da Música Brasileira – Período Colonial II – Orquestra e Coro Vox Brasiliensis (Acervo PQPBach)

fk3csoREPOSTAGEM
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Este CD oferece uma mescla de obras religiosas e profanas do período colonial brasileiro, incluindo uma dança, canções, obras orquestrais, lições de piano e de solfejos (extraídas de compêndios teóricos), uma cantata acadêmica e uma composição religiosa para a Quarta-feira de Cinzas, produzidas nas antigas capitanias de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Integram este volume também exemplos musicais compostos na Europa, mas provavelmente praticados no Brasil colonial, como o Marinícolas e as canções de Marcos Portugal.
Paulo Castagna, extraído do encarte, 1999.

Anônimo (recolhido no Brasil por C.P.F. von Martius entre 1817-1820)
01. Lundu
Anônimo (Séc. XVII)
02. Mariniculas
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
03. Você Trata Amor Em Brinco
Anônimo (recolhido no Brasil por C.P.F. von Martius entre 1817-1820)
04. Acaso São Estes – S. Paulo
05. Perdi O Rafeiro – S. Paulo
06. Escuta Formosa Márcia – S. Paulo
07. Foi-se Jozino E Deixou-me – Bahia
08. Prazer Igual Ao Que Sinto – Minas Gerais

Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
09. Marília De Dirceu – Ah! Marília, Que Tormento (Ária VIII)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
10. Beijo A Mão Que Me Condena
Anônimo (1759)
11. Herói, Egrégio, Douto, Peregrino 1. Recitativo
12. Herói, Egrégio, Douto, Peregrino 2. Ária

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
13. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 1. Exaudi Nos, Domine
14. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 2. Gloria, Patri
15. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 3. Sicut Era
16. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 4. Immutemur Habitu
17. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 5. Misereris Mnium, Domine
18. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 6. Miserere Mei, Deus (Salmo 56)
19. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 7. Quoniam In Te Confidit
20. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 8. Gloria, Patri
21. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 9. Sicut Era
22. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 10. Kyrie / Christie / Kyrie
23. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 11. Domine, Ne Memeneris (Salmo 78)
24. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 12. Exaltabo Te, Domine
25. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 13. Sanctus
26. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 14. Benedictus
27. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 15. Hosanna
28. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 16. Agnus Dei

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
29. Lições De Solfejo 1. Lição XX
30. Lições De Solfejo 2. Lição XIX
31. Lições De Solfejo 3. Lição XXII
32. Lições De Solfejo 4. Lição XXIII
33. Lições De Solfejo 5. Lição XXIV

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
34. Lições De Pianoforte 1. Primeira Parte – Lição XII
35. Lições De Pianoforte 2. Segunda Parte – Lição V
36. Abertura Em Ré
37. Abertura da Ópera “Zemira” (1803) – Ouverture que Expressa Relâmpagos e Trovoadas

História da Música Brasileira – Período Colonial II – 1999
Orquestra e Coro Vox Brasiliensis
Regente: Ricardo Kanji

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Boa audição.

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Avicenna

História da Música Brasileira – Período Colonial I – Orquestra e Coro Vox Brasiliensis (Acervo PQPBach)

1o7kmpREPOSTAGEM
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Este CD oferece uma mostra da música religiosa produzida ou praticada no Brasil, do inícios do séc. XVIII a inícios do séc. XIX, nas capitanias de Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Reunimos para isso, algumas composições recuperadas desde os trabalhos pioneiros do musicólogo Francisco Curt Lange (1903 – 1997) na década de 1940, até as mais recentes pesquisas.

A produção musical católica floresceu em todos os grandes centros urbanos da América Latina a partir de fins do séc. XVI, observando duas características básicas: 1) a assimilação das técnicas européias de composição e execução musical; 2) adaptação das mesmas às condições particulares de cada região do Novo Mundo. As pesquisas sobre esse fenômeno, intensificadas a partir da década de 1980, têm revelado, portanto, não somente música escrita e executada nessas regiões no período colonial, como também música que, em vários aspectos, exibe particularidades nem sempre encontradas na produção religiosa européia.

A música colonial latino-americana foi essencialmente vocal e religiosa, sendo raras, no período, as obras profanas ou as composições exclusivamente instrumentais, fenômeno decorrente do estabelecimento da religião católica como forma de agregação social. Foi somente no séc. XIX, depois dos movimentos de independência e das revoluções industriais, sociais e urbanas, que iniciou-se o franco desenvolvimento da música profana, instrumental e mesmo doméstica na região.

O Brasil, no período colonial (1500-1822), exibiu um desenvolvimento musical bastante tardio, em relação a outras regiões do continente. Embora existam raros exemplos relativos à primeira metade do séc. XVIII, foi a partir da década de 1770, com o avanço do processo de urbanização, que intensificou-se a produção musical religiosa na América Portuguesa.

Como parte decisiva de nosso trabalho no Projeto História da Música Brasileira, este CD tem a preocupação de apresentar não somente obras inéditas, mas de aumentar a difusão do repertório cultural da Colônia.
Paulo Castagna, extraído do encarte, 1999.

Anônimo (Séc. XVIII)
01. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 1. Asperges Me/ Domine, Hyssopo (Alegro)
02. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 2. Misere Mei, Deus (Moderato)
03. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 3. Gloria Patri (Andante)
04. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 4. Sicut Erat (Allegro)
05. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 5. Hosana Filio David
06. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 6. Collegerunt Pontifices
07. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 7. Sancuts
08. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 8. Pueri Hebraerum (Antífona)

Ignacio Parreiras Neves (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1736-1790)
09. Antífona De N. Senhora 1. Salve Regina (Largo)
10. Antífona De N. Senhora 2. Eia Ergo (Andantino)
11. Antífona De N. Senhora 3. Virgo Maria (Adagio)

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
12. Encomendação De Almas 1. Alerta, Mortais (Andante/Poco Allegro)
13. Encomendação De Almas 2. Senhor Deus (Moderato)

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
14. Ego Enem Accepi A Domino
Francisco Gomes da Rocha (1746-1808, Vila Rica, MG)
15. Novena de Nossa Senhora do Pilar 1. Veni Sancte Spiritus (Andantino)
16. Novena de Nossa Senhora do Pilar 2. Domine Ad Adjuvandum (Allegro)
17. Novena de Nossa Senhora do Pilar 3. Gloria Patri (Andante)
18. Novena de Nossa Senhora do Pilar 4. Sicut Era (Allegro)
19. Novena de Nossa Senhora do Pilar 5. In Honorem Sacratissimae virginis Mariae (Invitatorio – Allegro Comodo)
20. Novena de Nossa Senhora do Pilar 6. Quem Terra, Pontus, Sidera (Hino – Andante)
21. Novena de Nossa Senhora do Pilar 7. Virgo Prudentissima (Antífona – Allegretto)

José Alves (Portugal, sec. XVIII)
22. Donec Ponan (Andante)
André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
23. Veni Sancte Spiritus (Allegro Brilhante)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
24. Tota Pulchra Es Maria (Andante Amoroso/Largo)
25. Dies Sanctificatus (Moderato)
26. Justus Cum Ceciderit (Moderato)

Anônimo (Francisco Martins?c.1620-1680)
27. Pueri Hebraeorum
Anônimo (início do séc. XVIII)
28. Ex Tractatu Sancti Augustini
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
29. Moteto “Bajulans”
30. Surrexit Dominus (Allegre)

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
31. Divertimentos Harmônicos 1. Beata Virgo
32. Divertimentos Harmônicos 2. Benedicta Tu In Mulieribus
33. Divertimentos Harmônicos 3. Quae Est Ista
34. Divertimentos Harmônicos 4. Eficieris Gravida
35. Divertimentos Harmônicos 5. Oh! Pulchra Es

Anônimo (início do séc. XVIII)
36. Matais De Incêndios

História da Música Brasileira – Período Colonial I – 1999
Orquestra e Coro Vox Brasiliensis
Regente: Ricardo Kanji
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.Boa audição.

tocadores de tuba

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

Música Erudita Brasilieira [link atualizado 2017]

Este post foi feito originalmente por CVL, que destacou a onbra de Henrique Oswald contida no álbum. Há, no entanto, toda uma linha cronológica com 14 faixas que mostram um caminho pelo qualç a música erudita brasileira trilhou desde o período colonial até a contemporaneidade.

Nas palavras do CVL:
Dando uma olhada no blog Música Brasileira de Concerto (onde nunca consegui achar pelo menos um álbum que eu já tivesse antes, eu que sou defensor perpétuo e repositório pretenso da música erudita brasileira), bati o olho nesse disco pelo repertório histórico amplo como poucas vezes vi em se tratando de obras nacionais – e ainda bem que é o primeiro de uma série, pois seria injusto com os compositores contemporâneos que ficaram de fora do volume um.

Fiquei mais curioso ainda porque tinha uma obra de Henrique Oswald. E, após ouvir o tal Andante, regozijei-me, pois jamais escutei algo do compositor romântico carioca para sair decepcionado.

Vejam, nossos compositores românticos, nenhum deles era incompetente: todos tinham bagagem para fazer bonito em qualquer lugar do planeta (Carlos Gomes que o diga), mas poucos (o campinense no meio) compunham coisas com tanto brilho – lembrando que sem traços nacionalistas, os quais seriam despertados com Nepomuceno.

Esse Andante do Oswald nem é a melhor obra dele (um dia postarei o encantador Concerto para violino e orquestra, mas daqui a meses ou anos), porém, se você gosta de Grieg, Tchaikovsky, Schumann ou Saint-Saëns, ponho minha reputação em jogo de como você vai concordar de que Oswald nada (i. é, CACETE NENHUM) deve aos grandes europeus, até porque foi lá que ele se formou.

Pena que ele faz parte de um país onde o espaço destinado à música erudita no imaginário do povo só tem espaço pra Villa-Lobos e a protofonia de O Guarani.

O CD, ao todo, possui 14 faixas:

Música Erudita Brasileira

01 Luís Álvares Pinto – Lições de Solfejo nos. XXII, XXIII e XIV, para cravo
02 J.J. Emerico Lobo de Mesquita – Para a benção da Cinza da Missa de 4ª feira de Cinzas
03 José Maurício Nunes Garcia – Lição nº12 em ré menor do Método de pianoforte (para cravo)
04 José Maurício Nunes Garcia – Te Deum Laudamus 1801 – I. Te Deum laudamus
05 José Maurício Nunes Garcia – Te Deum Laudamus 1801 – II. Te ergo quaesumus
06 José Maurício Nunes Garcia – Te Deum Laudamus 1801 – III. Aeterna fac
07 Anônimo brasileiro séc. XVIII (atrib. Antonio da Silva Leite) – Xula Carioca
08 Carlos Gomes – Ária de Colombo ‘Era un tramonto d’oro’
09 Henrique Oswald – Andante com variações para piano e orquestra
10 Alberto Nepomuceno – Scherzo 1897 para orquestra
11 Camargo Guarnieri – Abertura Festiva
12 Guilherme Bauer – Instantes Pianísticos – Mutações; Frequências
13 Eduardo Guimarães Álvares – A Falsa Rhumba, Estudo nº2 para marimba e vibrafone
14 Harry Crowl – Do Ciclo para Piano ‘Marinas’ – I. Guaratuba e Antonina; III. Cabo da Roca; VI. La Jolla

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Repostado por Bisnaga