J.S. Bach (1685-1750) – A Arte da Fuga

Muitos músicos dizem que A Arte da Fuga é uma daquelas obras da arte universal diante da qual só é possível calar-se. A obra seria a profissão de fé musical de meu pai, e seu conteúdo metafísico a colocaria no limiar de outro mundo. Ela seria “a abstração em música”, “a forma pura”, “um sopro de ar claro e gelado”, “uma caixa fria” repleta de invenções melódicas cheias de vida. Para muitos, a obra seria praticamente inexeqüível. O compositor Wolfgang Rihm escreveu: “O único espaço sonoro para a realização desta música continua sendo aquele reservado ao pensamento, situado abaixo da caixa craniana. Esse espaço, porém, é o mais amplo de todos, desde que se possa conceber em pensamento tal realidade sonora”.

Adorno chamou A Arte da Fuga de economia de motivos. para ele, o tema é esgotado até em seus mínimos componentes e disso resulta algo perfeito. A obra seria “a arte da dissecação”. O resultado é uma forma de insuperável precisão: a fuga. O cruzamento magistral da grande e pequena ordem, das grandes e pequenas formas. Com A Arte da Fuga, Johann Sebastian Bach, meu pai, teria se voltado para o passado e para o futuro. Nela, porém, o mais importante não seria a técnica, nem as leis do ofício da música, mas a expressão musical.

(Copiado, com adaptações minhas, de 48 variações sobre Bach, de Franz Rueb.)

P.Q.P. Bach (em Bach vocês não me pegam, tenho a obra completa com variações e variações…).

A Arte da Fuga (Die Kunst der Fuge)
Musica Antiqua Köln
Reinhard Goebel

1. Contrapunctus 1
2. Contrapunctus 2
3. Contrapunctus 3
4. Contrapunctus 4
5. Canon alla Ottava
6. Contrapunctus 5
7. Contrapunctus 6, a 4, in Stylo Francese
8. Contrapunctus 7, a 4, per Augmentationem et Diminutionem
9. Canon alla Duodecima in Contrapuncto alla Terza
10. Contrapunctus 9, a 4, alla Duodecima
11. Contrapunctus 10, a 4, alla Decima
12. Contrapunctus 8, a 3
13. Contrapunctus 11, a 4
14. Canon alla Duodecima in Contrapuncto alla Quinta
15. – rectus
16. – inversus
17. – rectus
18. – inversus
19. Fuga a 2 Clavicembali
20. Alio modo Fuga a 2 Clav.
21. Canon per Augmentationem in contrario motu
22. Fuga a 3 Soggetti (Contrapunctus 14)

Musica Antiqua Köln
Reinhard Goebel

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La Casa del Diavolo – Vários compositores

Um CD divertido do extraordinário conjunto italiano Il Giardino Armonico. O grupo de Giovanni Antonini está afiadíssimo. E é coisa do demônio, que sempre é mais interessante do que anjinhos bonitinhos, etc. Se que querem comprovação, basta ler Doutor Fausto de Thomas Mann… Livro, aliás, que todos, mas todos mesmo, deveriam ler.

Notem o belo trabalho que Boccherini (faixa 20, a última) fez sobre a Dança das Fúrias (faixa 1). de Gluck. Vale a pena ouvir um logo após o outro. O concerto do mano Friede é igualmente maravilhoso, com um arrebatador Andante.

P.Q.P. Bach

La Casa del Diavolo – Il Giardino Armonico:

Christoph Willibald GLUCK (1714-1787)
Dance of the Spectres and the Furies, Allegro non troppo (1761) [4:07]
1. I. Allegro Non Troppo

Carl Philip Emanuel BACH (1714-1788)
Sinfonia Wq. 182/5 in B minor for strings and continuo [10:36]
2. I. Allegretto
3. II. Largo
4. III. Presto

Pietro Antonio LOCATELLI (1695-1764)
Concerto Grosso Op. 7/6 in E flat major “Il pianto d’Arianna” for violin, strings and continuo (1741) [17:35]
5. I. Andante, Allegro
6. II. Adagio
7. III. Andante, Allegro
8. IV. Largo
9. V. Largo Andante
10. VI. Grave
11. VII. Allegro
12. VIII. Largo

Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784)
Concerto in F minor for harpsichord, strings and continuo [17:48]
13. I. Allegro Di Molto
14. II. Andante
15. III. Prestissimo

Luigi BOCCHERINI (1743-1805)
Sinfonia Op. 10/4 in D minor “La casa del diavolo” for two oboes, two horns, strings and continuo (1771) [19:18]
16. I. Andante Sostenuto
17. II. Allegro Assai
18. III. Andantino Con Moto
19. IV. Andante Sostenuto
20. V. Allegro Assai Con Moto

Il Giardino Armonico
Reg.: Giovanni Antonini
Enrico Onofri (violin)
Ottavio Dantone (harpsichord)

Recorded in March, August and October 2004, Pieve di Palazzo, Pignano, Cremona, Italy.

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.: interlúdio – Duofel :.

Manter um duo de violões por mais de duas décadas já é por si só um feito notável. Ainda mais com a integridade artística de Fernando Melo e Luiz Bueno, instrumentistas e compositores do Duofel, que desde seu primeiro encontro, em 1977, têm priorizado a qualidade musical e a investigação sonora. (da biografia no eJazz)

Colei a descrição porque é bastante apropriada. Não apenas a virtuose, os arranjos delicados e vigorosos, a musicalidade de diversas vertentes – também a inquietação, o caminho harmônico menos usado, as cromias exploratórias. São afilhados de Hermeto e por aí se pode saber por onde andam, andaram e andardão.

Este Atenciosamente, de 1999, foi lançado pela gravadora Trama – o que tornou mais acessível o trabalho do duo. São doze faixas, homenagens aos muitos músicos com quem trabalharam ao longo da carreira (no encarte, cada música ganha pequena história e dedicatória), em uma espécie de showcase do jazz contemporâneo brasileiro. Álbum fácil em algumas faixas (O Amigo da Chuva, Floresta dos Elfos – em homenagem à Tetê Espíndola, de quem foram músicos de apoio no começo dos 80), intrépido em outras (É pra Jards, Jazz à Vienne), ainda tem fôlego para ser poético (Azul da Cor da Manteiga) e abstrato (Fax para Uakti). Um disco cheio, de produção cristalina, perfeito para ocupar todos os espaços da casa quando precisamos renovar os ânimos.

Post ampliado + links revalidados out/2011. O disco ao vivo é excelente, e quer mais? Conta com Hermeto Paschoal entre as participações. Não coloquei indicação na tracklist de propósito; quando ele chega, o ouvinte sabe de imediato. Perdoem os links em duas partes.


Duofel – Atenciosamente /1999 [320]
download – mediafire parte1 parte2

01 Procissão
02 Subindo o Tapajós
03 Floresta dos Elfos
04 Azul da cor da manteiga
05 Fax para Uakti
06 Norwegian Wood
07 O amigo da chuva
08 É pra Jards
09 Boissucanga
10 Atenção: Lombada!
11 Jazz à Vienne
12 Garoando no Bixiga


Duofel – 20 /2000 [320]
download – mediafire parte1 parte2

01 Calypso nervoso
02 No caminho das Pedras
03 Pede, Moleque!
04 É pra Jards
05 Subindo o Tapajós
06 Lamento Noturno
07 Do outro Lado do Oceano
08 Diálogo
09 Fax para Uakti
10 Surfando no trem
11 Azul da cor da manteiga
12 Espelho das águas
13 Gismontada

Boa audição!
Blue Dog

J.S. Bach (1685-1750) – Árias para Soprano e Violino

É um cedezinho legal, um divertimento de duas grandes estrelas da DG – Kathleen Battle e Itzhak Perlman – de resultado agradável. Serve também como guia para algumas grandes árias de meu pai. Battle vai muito bem, mas lamento dizer que meu grande ídolo Perlman abusa um pouco nos ornamentos. Se fosse mais discreto e não tentasse às vezes disputar com Battle, seria melhor. Já Battle esta divina.

(Não adianta, querido Itzhak, é como no CD postado abaixo: divas são divas e aqui o repertório é de árias…)

P.Q.P. Bach

The Bach Album – Kathleen Battle e Itzhak Perlman

1. Kantate BWV 197 No. 8: Vergnügen und Lust
2. Kantate BWV 58 No. 3: Ich bin vergnügt in meinem Leiden
3. Kantate BWV 204 No. 4: Die Schätzbarkeit der weiten Erden
4. Kantate BWV 97 No. 4: Ich traue seiner Gnade
5. Kantate BWV 115 No. 4: Bete aber auch dabei
6. Kantate BWV 171 No. 4: Jesus soll mein erstes Wort in dem neuen Jahre heißen
7. Messe h-moll, BWV 232 No. 23: Benedictus, qui venit in nomine domini
8. Messe h-moll, BWV 232, No. 5: Laudamus te
9. Kantate BWV 202 No. 5: Wenn die Frühlingslüfte streichen
10. Kantate BWV 36 No. 7: Auch mit gedämpften, schwachen Stimmen
11. Kantate BWV 187 No. 5: Gott versorgt alles Leben
12. Kantate BWV 84 No. 3: Ich esse mit Freuden mein weniges Brot
13. Kantate BWV 105 No. 5: Kann ich nur Jesum mir zum Freunde machen

Performers:
Kathleen Battle (Soprano)
Itzhak Perlman (Violin)
Stephen [oboe] Taylor (Oboe d’amore)
Melanie Feld (Oboe d’amore)
Anthony Newman (Harpsichord)
Fred Sherry (Cello)
Lewis Paer (Double Bass)

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Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concertos nº 1 in D Minor, op, 15 e nº 2 B Flat major

Nossa leitora/ouvinte Laís gentilmente nos enviou o texto que segue abaixo. Achei interessante postá-lo, claro que pedindo a devida autorização á autora. O texto sintetiza muito bem o que deve ser dito a respeito desta gravação.

“Gente, olha que noticia boa e interessante:

“O Brahms que todos aguardavam”, diz a Gramophone.

Saiu hoje no site da revista inglesa Gramophone (a bíblia da música clássica, junto com a francesa Diapason) a resenha do CD com os dois concertos de Brahms tocados pelo Nelson. O (temido) crítico Jed Distler inicia a avaliação dizendo: “Esta é a gravação dos concertos para piano de Brahms que todos esperávamos”. Vou postar a crítica, na íntegra, numa próxima mensagem.

O álbum duplo (lançado este ano pela Decca, no Brasil inclusive) já tinha sido muito elogiado pelo site americano Classics Today (www.classicstoday.com) e por jornais brasileiros. Agora foi coroado com a crítica da Gramophone. Vale a pena adquiri-lo, e não por motivos patrióticos. As interpretações de ambos os concertos são realmente primorosas. Eu as comparei com o registro clássico de Gilels/Jochum (que considero a ‘versão padrão’ dessas obras) e, para minha própria surpresa, gostei mais da do Freire com o maestro Chailly. Os tempi são mais fluentes que os de Jochum e, ainda assim, a clareza orquestral não é sacrificada. Ao contrário: Chailly (e os técnicos da Decca) nos faz(em) ouvir coisas que passam despercebidas em outras gravações. Freire está endiabrado e prova que é um pianista de primeira linha, pois dá conta do recado sem fazer a orquestra pisar no freio e sem embolar as notas. Ele usa, sim, mais pedal do que Gilels, tendo assim mais legato no seu som. Mas não usa esse recurso para esconder imperfeições técnicas. É questão de estilo… e Brahms permite isso (muito mais que Mozart ou Bach). Enfim, quem for fã do Nelson ou desses concerti de Brahms, pode comprar o CD sem medo.

Ah, eu não sou funcionário da Decca, nem vendedor da Amazon. Sou apenas um admirador do Nelson e de Brahms.”

Laís copiou esta crítica de um site, e pediria à ela a gentileza de citar a fonte.

Confesso que estou ouvindo a gravação pela primeira vez, e já fazem umas duas semanas que baixei esse material. Já postei anteriormente estes mesmos concertos com o Pollini, e futuramente, à pedidos de nossa querida Clara Schumann irei postá-los com o seu
Brendelzinho (Brendelzão, eu diria). E também confesso que estou adorando. A Orquestra do Gewandhaus de Leipzig é fantástica, e o Freire está no apogeu de sua forma.

Meu irmão PQP quando soube que eu já estava de posse deste estupendo cd imediatamente sacou de um de seus inúmeros cartões de crédito internacionais e acionou seus contatos europeus para consegui-lo. Aparentemente ainda não o conseguiu. Então, para satisfazer sua ansiedade estou postando, e também atendendo à sutil solicitação da Laís, que soube fazer a solicitação, mesmo não a fazendo.

Também volto a reinterar que sou apaixonado por estes concertos, principalmente pelo segundo, o qual embalou minhas paixões adolescentes, como já salientei.

Mas vamos ao que interessa…

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concertos nº 1 in D Minor, op, 15 e nº 2 B Flat major

CD 1
1 Piano Concerto nº1 in D Minor, op. 15 – I Maestoso
2 Piano Concerto nº1 in D Minor, op. 15 – II Adagio
3 Piano Concerto nº1 in D Minor op. 15 – III Rondo – Allegro ma non troppo

CD 2

01 – Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.83, I Allegro non troppo
02 – Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.83, II Allegro appassionato
03 – Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.83, III Andante
04 – Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.83, IV Allegretto grazioso – Un poco piu presto

Nelson Freire – Piano
Gewandhausorchester
Riccardo Chailly – Director

CD 1 – Baixe Aqui
CD 2 – Baixe Aqui

Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonias nº 1 e nº 3

FDP Bach começa então a postar a integral das sinfonias do gênio de Bonn, mas em uma gravação um pouco diferente daquelas á que estamos acostumados. Trata-se da aclamada série dirigida por Nikolaus Harnoncourt, à frente da Europe Chamber Orchestra, vencedora do Prêmio “Grammophone” de 1992. Escolhi esta dentre outras que possuo, devido á dois fatores: a qualidade da interpretação – já explicamos que somos fãs de Harnoncourt – e além disso, quase todos já possuem alguma outra versão destas sinfonias, principalmente as famosas versões de 1962 e de 1976 de Herbert von Karajan. Na verdade, talvez pelo fato de termos associado estas sinfonias à Karajan acabamos nos esquecendo de outras preciosidades, como a belíssima versão de Gardiner, ou até mesmo a correta leitura de Abbado, em um de seus últimos registros frente à Filarmônica de Berlim. Reproduzo abaixo o comentário da conceituada revista Gramophone à respeito desta gravação:

“Harnoncourt’s set of the Beethoven symphonies was timed to perfection on its release in 1991. Just when record-buyers were getting used to Beethoven on period instruments, Harnoncourt’s account managed to combine the shock of the new with an uncanny sense of familiarity. His readings manage remarkably to balance freedom with a sense of firm control; the impetus and urgency of the fast movements are particularly thrilling. This was considered one of the most consistently inspiring and exciting Beethoven sets to have appeared for many years. “

Enfim, vai ser esta a versão que estarei postando a partir de hoje.

A Sinfonia nº 1, em C Maior, ainda está presa aos moldes haydnianos, mas já conseguimos enxergar nela um compositor que procura se desvencilhar dos grilhões, procurando encontrar sua verdadeira identidade. O gênio desperta. Reparem que Harnoncourt em certos momentos dá claramente uma visão haydniana à obra.

A Sinfonia Nº3, bem, quem nunca se emocionou até quase chegar lágrimas com a “Marcia Funebre” do segundo movimento? Chamada “Eroica”, e em princípio dedicada á Napoleão Bonaparte, reza a lenda que Beethoven teria rasgado a página com a dedicatória da obra ao general francês ao saber que este havia se coroado imperador… mas com esta sinfonia se rompem definitavamente as ligações com Haydn e Mozart e se define aquilo que iremos conhecer de estilo Beethoven de compor sinfonias. Quebra-se a estrutura tradicional e ignoram-se os movimentos tradicionais (principalmente os por muitos considerados aborrecidos minuetos). Beethoven mostra aí um espírito livre, que não se importa com as críticas, (principalmente do já idoso Haydn, que considerou a obra longa demais, mas gênio que era, também a reconhece revolucionária).

Symphony No.1 in C, Op.21

1 – Adagio Molto – Allegro con brio
2 – Andante cantabile com molto
3 – Menuetto (allegro molto e vivace)
4 – Finale (Adagio-Allegro Molto e Vivace)

Symphony Nº 3, in E Flat, op. 55 “Eroica”

1 – Allegro con Brio
2 – Marcia Funebre (adagio assai)
3 – Scherzo (Allegro vivace)
4 – Finale (Allegro Molto)

Europe Chamber Orchestra
Nikolaus Harnoncourt – Direktor

BAIXE AQUI

[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

.: interlúdio :.

P.Q.P. Bach retorna ao jazz por causa de Charlie Mingus.

Este CD é atual e mostra o trabalho de três grupos dedicados a manter a música altamente revolucionária e – por que não? – erudita de Mingus. Ouçam e depois falem comigo! O 14-man group The Mingus Big Band, que já apareceu em várias formações, divide o CD com a pouco convencional 10-man group Mingus Orchestra e com o mais conhecido septeto Mingus Dynasty. O CD inaugura o novo selo de propriedade da viúva do compositor, Sue Mingus.

A lista de instrumentistas é impressionante: trompetistas como Jack Walrath e Randy Brecker, saxofonistas como Craig Handy, trombonistas como Ku-umba Frank Lacy, e mais as extraordinárias novidades Orrin Evans (piano), Kenny Rampton (trompete) e Miguel Zenon (saxofonista).

Há muita coisa a ouvir. Minhas preferidas são Song With Orange, Orange Is The Color Of Her Dress e Wednesday Night Prayer Meeting. Notáveis também são Todo Modo, escrita para o cinema italiano, mais exatamente para a versão em filme da esplêndida novela homônima de Leonardo Sciascia, Tensions onde o baixista russo Boris Kozlov reencarna Mingus de forma arrepiante e Pedal Point Blues, em que o exuberante sax barítono Ronnie Cuber, repete o show que já apresentara em Song with Orange.

A Downbeat deu a este CD quatro em cinco estrelas, a Jazztimes deu cinco em cinco.

Ah, o nome do CD é I am Three.

1. Song With Orange 11:48 (Mingus Big Band)
2. MDM 5:16 (MBB)
3. Chill Of Death 3:48 (Mingus Orchestra)
4. Paris In Blue 3:49 (MBB)
5. Tensions 7:54 (MBB)
6. Orange Is The Color Of Her Dress 10:52 (MBB)
7. Cell Block F ‘Tis Nazi Usa 5:55 (Mingus Dynasty)
8. Todo Modo 12:36 (MO)
9. Wednesday Night Prayer Meeting 5:23 (MD)
10. Pedal Point Blues 9:04 (MBB)

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Johann Christian Bach (1735-1782) – Sinfonias de Londres

Fim de semana ensolarado, sábado lindo. Perfeito para este refrescante CD de meu irmão, grande influência do estilo galante, levado à maiores conseqüências por Mozart. O som do Collegium Aureum – com Franzjosef Maier em sua melhor forma – é espantoso.

Vale a pena ouvir esta gravação do Bach de Londres.

P.Q.P. Bach.

1. Sinfonia E Flat Major Op. 18 No. 1 – Allegro Spiritoso
2. Sinfonia E Flat Major Op. 18 No. 1 – Andante
3. Sinfonia E Flat Major Op. 18 No. 1 – Allegro

4. Sinfonia D Major Op. 18 No. 4 – Allegro con Spirito
5. Sinfonia D Major Op. 18 No. 4 – Andante
6. Sinfonia D Major Op. 18 No. 4 – Rondo. Presto

7. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Allegro con spirito
8. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Andante
9. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Allegretto
10. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Allegro

11. Sinfonia G Minor Op. 6 No. 6 – Allegro
12. Sinfonia G Minor Op. 6 No. 6 – Andante piu tosto Adagio
13. Sinfonia G Minor Op. 6 No. 6 – Allegro Molto

Composer: Johann Christian Bach
Performer: Collegium Aureum

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Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) – Stabat Mater / Salve Regina (link revalidado)

Este tremendo registro do Stabat Mater de Pergolesi é a primeira contribuição de meu outro irmão renegado e deserdado: F.D.P. Bach. Ele acaba de unir-se a mim.

Gravação imperdível com Emma Kirby (soprano) e James Bowman (contra-tenor), sob a regência de Christopher Hogwood e a Academy of Ancient Music.

Pergolesi concluiu seu Stabat Mater no mosteiro franciscano de Pozuolli durante a fase aguda de sua enfermidade, possivelmente tuberculose. Os duetos são uma preciosidade. Vi o canal Film&Arts apresentar esta peça com o mesmo Hogwood, porém com solistas diferentes. Hogwood acerta em cheio. Foi paixão à primeira audição. A gravação que estou disponibilizando é mais especial ainda por ter a presença da Emma Kirkby, voz criada por Deus no oitavo dia para tê-la ao seu lado eternamente. Se meu pai a tivesse conhecido, talvez não perdesse tempo com Marias Bárbaras e Annas Magdalenas.

Stabat mater

Composed by Giovanni Battista Pergolesi
Performed by Academy of Ancient Music
with Emma Kirkby, James Bowman
Conducted by Christopher Hogwood

1. Stabat Mater: I. Stabat Mater – Emma Kirkby/James Bowman
2. Stabat Mater: II. Cujus animam gementem – Emma Kirkby
3. Stabat Mater: III. O Quam tristis et afflicta – Emma Kirkby/James Bowman
4. Stabat Mater: IV. Quae moerebat et dolebat – James Bowman
5. Stabat Mater: V. Quis est homo – Emma Kirkby/James Bowman
6. Stabat Mater: VI. Vidit suum dulcem Natum – Emma Kirkby
7. Stabat Mater: VII. Eja, mater – James Bowman
8. Stabat Mater: VIII. Fac ut ardeat cor meum – Emma Kirkby/James Bowman
9. Stabat Mater: IX. Sancta mater – Emma Kirkby/James Bowman
10. Stabat Mater: X. Fac ut portem – James Bowman
11. Stabat Mater: XI. Inflammatus et accencus – Emma Kirkby/James Bowman
12. Stabat Mater: XII. Quando corpus – Emma Kirkby/James Bowman

Salve regina in C minor
Composed by Giovanni Battista Pergolesi
Performed by Academy of Ancient Music
with Emma Kirkby
Conducted by Christopher Hogwood

13. Salve Regina: I. Salve Regina – Emma Kirkby
14. Salve Regina: II. Ad te clamamus – Emma Kirkby
15. Salve Regina: III. Eja ergo – Emma Kirkby
16. Salve Regina: IV. Et Jesum – Emma Kirkby
17. Salve Regina: V. O clemens – Emma Kirkby

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Béla Bartók (1881-1945) – Concerto para Violino Nº 2 e Rapsódias Nº 1 e 2

Hoje, gostaria de compartilhar com vocês um CD que comprei na semana passada e que – puxa! – vale indiscutivelmente a pena. Trata-se de mais uma abordagem de Pierre Boulez à obra de Béla Bartók, desta vez com o violinista Gil Shaham e a Orquestra Sinfônica de Chicago. Tudo de primeira linha. É uma novidade apenas para mim, já que é um lançamento de 1999 da DG. Acho que você deveria adquiri-lo também.

Como escreve Shaham no encarte do CD a música ali gravada “é poderosa e sensível, séria e bem humorada, revolucionária e clássica. Tudo ao ‘nth degree’ (não me arrisco a traduzir… enésima potência?). Apesar de Boulez, o grande trabalho é realmente de Shaham. Sua cadenza no primeiro movimento do Concerto é absolutamente arrebatadora. Posso esquecer inteiramente as outras gravações que tenho, todas por violinistas mulheres orientais. Nada contra elas, mas Shaham dá um tal baile na concorrência que é melhor esquecê-las para sempre.
O concerto de Bartók, mas também as duas rapsódias, são tão boas que nem vou me arriscar… Mas talvez vocês queiram ver e ouvir Shaham interpretar os primeiros dez minutos deste espetacular Concerto no YouTube – com outra orquestra e regente. Também no YouTube e na mesma tela referida, podemos encontrar a continuação do concerto.

Enjoy e aproveite! :))

P.Q.P. Bach

1. Concerto Pour Violon N°2, Sz112 : Allegro Non Troppo
2. Concerto Pour Violon N°2, Sz112 : Andante Tranquillo
3. Concerto Pour Violon N°2, Sz112 : Allegro Molto

4. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°1, Sz87 : Moderato
5. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°1, Sz87 : Allegretto Moderato

6. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°2, Sz90 : Moderato
7. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°2, Sz90 : Allegro Moderato

Composé par Béla Bartók
Joué par Chicago Symphony Orchestra
avec Gil Shaham
Dirigé par Pierre Boulez

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Os mais baixados de agosto e julho

Como curiosidade e com a devida distância temporal, noticiamos o pódium de agosto:

J.S. Bach : 348 downloads
Chopin: 154
Vivaldi: 141

E o de julho:

Villa-Lobos: 408 downloads (o CD1 das Bachianas, postado em junho, está em 479…)
Villa-Lobos: 310
Concertos para flauta com Rampal: 181

É uma curiosa análise de quem vem aqui.

P.Q.P. Bach (que hoje não está com vontade de postar música)

Frases encontradas ao acaso (I)

Meus alunos relativistas se sentem valorizados por uma teoria niveladora que põe sua banda de rock favorita em pé de igualdade com Bach e Mozart; mas repare como uma hierarquia qualitativa lhes volta correndo quando, em nome da coerência, você sugere que sua banda de rock favorita também não pode ser melhor que os Backstreet Boys (…). As velhas dicotomias entre o que é elitista e o que é popular, entre alta e baixa cultura, podem estar mesmo corrompidas por privilégios injustificáveis, mas sem uma nova linguagem de mérito para as artes os pós-modernistas são forçados a viver numa paisagem achatada onde Barry Manilow e Beethoven são iguais.

Stephen T. Asma na revista americana The Chronicle of Higher Education

(Postado provocativamente por P.Q.P. Bach…)

Antonio Vivaldi (1678-1741) – Concert pour piccolo, P.78, P.83, P.79 e P.77 ; George Phillip Telemann – Sept Fantasies

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Os pedidos para obras para piccolo foram tão insistentes, que resolvi colaborar. Mas que não se pense que o atendimento às solicitações serão tão freqüentes e imediatas. Curiosamente FDP Bach recém havia conseguido este belíssimo e curioso cd com obras para piccolo e orquestra. Por isso resolveu atender á solicitação.
Dentre as inúmeras e infrutíferas tentativas de se tornar músico, ou pelo menos de aprender a tocar um instrumento, FDP Bach se aventurou pelo mundo da flauta. Não a transversal, com a qual nunca conseguiu sequer pegar a embocadura, e sim aquele singelo e equivocadamente considerado simplório instrumento chamado de flauta doce. Se não me engano sua afinação era em Mi. Enfim, aprender até que aprendeu um pouco, graças à insistência de uma freira, professora de música onde FDP estudou em uma época que remete ainda ao século passado… recorrendo a um velho clichê, bons tempos que não voltam mais… enfim, até que chegamos a ensaiar uma apresentação em um evento qualquer, mas FDP não teve coragem, e desistiu… nosso pai deve ter se revirado na tumba, tanto de raiva quanto de vergonha. E por falar em Albinoni, até hoje arrisco assoprar na velha Yamaha (sim, ainda a tenho) aquele tradicional adágio, assim como uma despudorada e desavergonhada versão do Jesus, Alegria dos Homens, a tradicional cantata BWV 140 de nosso pai.. . vergonhoso dizer, mas até que toco direitinho… mas sem público, por favor… a timidez não permite encarar multidões.
Gravação curiosa essa que estou liberando… confesso que fui enganado, mas depois considerei esse equívoco até que compensador. Afinal, o nome que mais chama atenção na capa é o de Jean Pierre Rampal, ao qual já dediquei algumas postagens, mestre soberano deste instrumento tão maravilhoso. Mas o que chamo de equívoco compensador é o fato de que Rampal nessa gravação apenas é o regente da Orchestre National de France. O solista se chama Jean-Louis Beaumadier, do qual nunca tinha ouvido falar até então. E o dito cujo toca muito bem… também, imagina a pressão de tocar flauta ao lado do maior flautista do século XX, um dos maiores instrumentistas do século… e o que é pior, ou melhor, dependendo do ponto de vista, tendo-o como orientador… que moral… sua interpretação, tanto dos concertos para piccolo de Vivaldi, quanto as fantasias para flauta de Telemann, é segura, correta, sem equívocos. Um belo resultado, num cd agadabilíssimo de se ouvir.. FDP espera que seus ouvintes/leitores sintam-se tão recompensados quanto ele ao ouvirem essas obras.
Inicio com esta postagem algo que eu e Clara Schumann nomeamos como Festival Barroco… Vivaldis, Telemanns, Handels, nosso pai Bach, claro, nossos irmãos CPE e Wilhelm, com certeza estarão presentes… mas chega de blá, blá, blá…

Antonio Vivaldi (1678-1741) – Concert pour piccolo, P.78, P.83, P.79 e P.77 ; George Phillip Telemann – Sept Fantasies

01 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.78- 1. Allegro
02 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.78- 2. Largo
03 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.78- 3. Allegro molto
04 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en la mineur P.83- 1. Allegro
05 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en la mineur P.83- 2. Larghetto
06 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en la mineur P.83- 3. Allegro
07 Antonio Vivaldi- Concerto pour piccolo en do majeur P.79- 1. Allegro non molto
08 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.79- 2. Largo
09 Antonio Vivaldi – Concerto pour piccolo en do majeur P.79- 3. Allegro molto
10 Antonio Vivaldi – Concerto pour flute en la mineur P.77- 1. Allegro molto
11 Antonio Vivaldi – Concerto pour flute en la mineur P.77- 2. Largo
12 Antonio Vivaldi – Concerto pour flute en la mineur P.77- 3. Allegro molto
13 George P. Telemann – Fantaisie No.1 en la majeur (Vivace-Adagio-Allegro)
14 George P. Telemann – Fantaisie No.2 en la majeur (Grace-Vivace-Adagio-Allegro)
15 George P. Telemann – Fantaisie No.4 en si bémol majeur (Andante-Allegro-Presto)
16 George P. Telemann – Fantaisie No.5 en do majeur (Presto-Largo-Presto-Largo-Allegro-Allegro)
17 George P. Telemann – Fantaisie No.8 en mi mineur (Largo-Spirituoso-Allegro)
18 George P. Telemann – Fantaisie No.9 en mi majeur (Affettuoso-Allegro-Grave-Vivace)
19 George P. Telemann – Fantaisie No.12 en sol mineur (Grave-Allegro-Grave-Allegro-Dolce-Allegro-Rondeau (presto)

Orchestre National de France
Jean-Pierre Rampal – Conductor
Jean-Louis Beaumadier – Flute, picollo Haynes

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) Sinfonias nº 103 e nº 104

Concluindo o ciclo das sinfonias de Haydn (as que me propus postar), trago agora as duas últimas, de nº 103 e nº 104, sempre a cargo do excelente regente austríaco Nikolaus Harnoncourt, à frente da belíssima Orquestra do Concertgebouw, de Amsterdam.
Encerro este ciclo pedindo licença para me ausentar por algum tempo do blog, talvez uns dez ou quinze dias, devido a motivos pessoais e de trabalho. Quando voltar, terei preparado outra integral com o mesmo Harnoncourt, desta vez a das sinfonias de Beethoven, já prometida á algum tempo atrás. Aguardem, pois vai valer a pena a espera.

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonies nº 103

1 Symphonie nº103 ES Dur – Adagio – Allegro com spirito
2 Symphonie nº103 ES Dur – Andante pió tosto Allegretto
3 Symphonie nº103 ES Dur – Menuet
4 Symphonie nº103 ES Dur – Finale – Allegro con spirito
5 Symphonie nº104 D Dur – Adagio – Allegro
6 Symphonie nº104 D Dur – Andante
7 Symphonie nº104 D Dur – Menueto – Allegro Trio
8 Symphonie nº104 D Dur – Finale Spirituoso

Concertgebouw Orchestra, Amsterdan
Nikolaus Harnoncourt – Conductor

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Tomaso Albinoni (1671-1751) – Concertos para Oboé, Op. 9

Tomaso Giovanni Albinoni foi um compositor veneziano de música barroca. Escreveu mais de 40 óperas, mas é mais conhecido por sua música instrumental, especialmente por seus concertos para oboé.

Sua música instrumental atraiu a atenção de meu pai – sempre ligadíssimo – que chegou a escrever duas fugas sobre temas seus.

A fama de Albinoni aumentou quando, em 1910, foram encontradas num monatério muitas de suas partituras, entre as quais sua obra hoje mais famosa: um fragmento de um movimento lento de uma sonata. Este movimento foi reconstruído por Remo Giazotto em 1945 e acabaria conhecido como o Adagio de Albinoni. Ou seja, a obra mais famosa do compositor não é inteiramente de sua autoria… Há reconstruções mais sérias do que a de Giazotto.

Quando eu era menino, li que Vivaldi compusera quinhentas vezes o mesmo concerto. Hoje sabemos que isto é ridículo, mas talvez Albinoni seja merecedor da pecha. Neste CD, tudo é muito bonitinho – diria até que o No. 2 tem um outro adágio belíssimo -, porém o resto é facilmente confundível.

P.Q.P. Bach.

ALBINONI: Oboe Concertos

Oboe Concerto in C major, Op. 9, No. 5
I. Allegro 3:29
II. Adagio (non troppo) 1:59
III. Allegro 3:19

Oboe Concerto in F major, Op. 9, No. 3
I. Allegro 4:45
II. Adagio (non troppo) 2:12
III. Allegro 3:45

Oboe Concerto in D minor, Op. 9, No. 2
I. Allegro e non presto 04:33
II. Adagio 5:23
III. Allegro 3:07

Oboe Concerto in B flat major, Op. 9, No. 11
I. Allegro 4:13
II. Adagio 3:26
III. Allegro 3:13

Oboe Concerto in G minor, Op. 9, No. 8
I. Allegro 3:57
II. Adagio 2:15
III. Allegro 4:04

Oboe Concerto in C major, Op. 9, No. 9
I. Allegro 4:00
II. Adagio (non troppo)
3:02 III. Allegro 3:24

Total Playing Time: 01:04:06

Anthony Camden, oboe
Performed by:London Virtuosi
Conducted by:John Georgiadis

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Anton Bruckner (1824-1896) – Integral das Sinfonias – Sinfonia Nro. 5 (link corrigido)

Eu estava pensando numa bobagem. Ia iniciar esta apresentação me desculpando pela postagem desta sinfonia de Bruckner por Herbert von Karajan. Pura besteira, coisa de brasileiro que acha que todas as grandes estrelas têm problemas e o bom é o obscuro. Eu amo apaixonadamente esta sinfonia, acho que tenho decoradas todas as suas notas e parece-me às vezes que suas melodias já nasceram comigo. Ou vieram pré-instaladas em meu cérebro. Ouvi muitas gravações, mas a que bate mais fundo é a de HvK, sem dúvida.

Acho curioso que Karajan tenha recebido prêmios importantes por suas gravações de Beethoven (integral das sinfonias), Wagner (Parsifal), Mahler (Sinfonia Nro. 9) e outros, mas nunca por esta gravação de Bruckner, de resto tão elogiada por todos os comentaristas.

A outra bobagem é que escrevo este post em meu escritório, sem a vasta bibliografia que possuo acerca da monumental quinta. Obra escrita nos quatro habituais movimentos é uma demonstração do maior romantismo possível sem passar à mediocridade. Não é um romantismo meloso ou indulgente, é um romantismo grandioso e emocionante. O segundo movimento, Adagio é uma das partituras que mais gosto. Se Wand o dirige muito bem, ele acelera demais nas repetições e não tem em mãos o tremendo instrumento da Orquestra Filarmônica de Berlim de 1977. Karajan faz com que o rendimento de sua orquestra atinja o máximo neste movimento cujo segundo tema – altamente romântico e grave – fizeram com que as vidraças das minhas últimas quatro residências tremessem de… paixão. É absurdamente lindo.

Um amigo me disse uma vez que tal Adagio é o mais longo já composto para uma sinfonia, mas não tenho certeza da veracidade da informação. Longo ou não, por mim poderia durar dias!

É a sinfonia perfeita. Muito melodiosa, tonitruante e delicada na hora certa, tem seus três primeiros movimentos revisitados no Finale. O primeiro é extremamente equilibrado; o segundo, apaixonado; o terceiro, jocoso e o quarto resume tudo o que ouvido.

Se, após ouvi-la, alguém chamar Bruckner de simples ou musicalmente ingênuo, merece imediata internação.

P.Q.P. Bach.

Symphony No. 5 in B flat
Composed by Anton Bruckner
Performed by Berlin Philharmonic Orchestra
Conducted by Herbert von Karajan

1. Sinf No. 5 in B Flat: Introduction (Adagio)-Allegro
2. Sinf No. 5 in B Flat: Adagio (Sehr Langsam)
3. Sinf No. 5 in B Flat: Scherzo. Molto Vivace (Schnell)
4. Sinf No. 5 in B Flat: Finale. Adagio-Allegro Moderato

BAIXE AQUI (Parte 1) – DOWNLOAD HERE (Part 1) – 100 MB

BAIXE AQUI (Parte 2) – DOWNLOAD HERE (Part 2) – 14 MB

C.P.E. Bach (1714-1788) – Keyboards Concertos

Nosso irmão Carl fez muito sucesso em sua época. Sua maior especialidade era o cravo, instrumento que ajudou a consolidar,escrevendo para ele centenas de obras, entre sonatas e concertos.
A partir de hoje irei postar alguns destes concertos.
A interpretação estará a cargo do jovem húngaro Miklós Spányi (nasceu em 1962), que gravou a integral da obra de CPE para o selo BIS. Possuo alguns cds desta integral e estarei disponibilizando-os com o correr do tempo. Interpretação de altíssima qualidade, diga-se de passagem.

C.P.E. Bach (1714-1788) – Keyboards Concertos

1 – Bach, C.P.E. Wq 001 H 403 Concerto for Harpsichord in A minor [I] Allegro
2 – Bach, C.P.E. Wq 001 H 403 Concerto for Harpsichord in A minor [II] Andante
3 – Bach, C.P.E. Wq 001 H 403 Concerto for Harpsichord in A minor [III] Presto
4 – Bach, C.P.E. Wq 002 H 404 Concerto for Harpsichord in E flat major [I] Allegro non molto
5 – Bach, C.P.E. Wq 002 H 404 Concerto for Harpsichord in E flat major [II] Largo
6 – Bach, C.P.E. Wq 002 H 404 Concerto for Harpsichord in E flat major [III] Allegro assai
7 – Bach, C.P.E. Wq 003 H 405 Concerto for Harpsichord in G major [I] Allegro di molto
8 – Bach, C.P.E. Wq 003 H 405 Concerto for Harpsichord in G major [II] Adagio
9 – Bach, C.P.E. Wq 003 H 405 Concerto for Harpsichord in G major [III] Allegro

Miklós Spányi – harpsichord
Concerto Armonico
Péter Szutz – Conduktor

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonie nº 101, D- Dur, “Die Uhr”, Symphonie nº 102, B – Dur

Quase concluindo as postagens das últimas sinfonias de Haydn, eis a magnífica Sinfonia de º 101, conhecida como “O Relógio”. Magnífica em diversos aspectos, sua orquestração é riquíssima, e Haydn explora todos os recursos disponíveis da orquestra que tem em mãos. O segundo movimento, um andante, é brilhante em sua concepção, ao tentar reproduzir o andamento e o tique-taque de um relógio. Acompanha a também brilhante sinfonia de nº102.
Harnoncourt, em sua tradicional competência, dá um brilho extra à obra. Sendo descendente dos Habsburgs, talvez tenha se sentido na pele de seus antepassados, que dominaram a Europa durante séculos, e que também financiaram a carreira do próprio Haydn.

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonie nº 101, D- Dur, “Die Uhr”, Symphonie nº 102, B – Dur

1 – Symphonie nº 101 D Dur “Die Uhr” – Adagio – Presto
2 – Symphonie nº 101 D Dur “Die Uhr” – Andante
3 – Symphonie nº 101 D Dur “Die Uhr” – Menuetto – Allegretto – Trio
4 – Symphonie nº 101 D Dur Die “Uhr” – Finale_Vivace
5 – Symphonie nº 102 B Dur – Largo – Vivace
6 – Symphonie nº 102 B Dur – Adagio
7 – Symphonie nº 102 B Dur – Menuetto – Aleretto – Trio
8 – Symphonie nº 102 B Dur – Finale – Presto

Concertgebouw Orchestra, Amsterdam
Nikolaus Harnoncourt – Dirigent

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Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784) – Sinfonias e Concerto para Cravo

Todos os sites que procurei e todas as críticas que li deram 5 estrelas a este esplêndido CD com a música orquestral de W.F. Bach, nosso irmão – meu e de F.D.P. Não é para menos. Para se apaixonar logo, sugiro começar pelos dois Adágios e Fugas, faixas 4-5 e 9-10. A Akademie für Alte Musik Berlin é um conjunto de indescrítivel perfeição e senso de estilo. Grande música!

P.Q.P. Bach.

W. F. Bach :
Symphonies Fk 64 et 67 ;
Concerto pour clavecin Fk 43 ;
Adagio et Fugue en ré mineur Fk 65 ;
Adagio et fugue en fa mineur

Raphael Alperman, clavecin (soliste Concerto)
Akademie für Alte Musik Berlin,
premier violon Stephan Mai

Harmonia Mundi HMC 901772 (65 min 54 s)

1.Sinfonie D-dur Fk 64 W.F.Bach – Allegro e maestoso
2.Sinfonie D-dur Fk 64 W.F.Bach – Andante
3.Sinfonie D-dur Fk 64 W.F.Bach – Vivace

4.Adagio d-moll Fk 65 W.F. Bach
5.Fuge d-moll Fk 65 W.F. Bach

6.Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43 W.F. Bach – Allegretto
7.Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43 W.F. Bach – Adagio
8.Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43 W.F. Bach – Allegro assai

9.Trio & Adagio f-moll W.F. Bach
10.Fuge f-moll W.F. Bach

11.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Vivace
12.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Andante
13.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Allegro
14.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Menuetto I & II

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Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Fantasy for Piano, Chorus and Orchestra in C minor, op.80

Havia prometido já há alguns meses atrás de postar esta obra de Beethoven, para completar o ciclo das obras para piano e orquestra, com a interpretação do Pollini. Finalmente consegui localizar o cd, e, portanto, estou disponibilizando-a para nossos ouvintes/leitores.
Enfim, Beethoven em sua maturidade, unindo três elementos fundamentais, voz, piano e orquestra, tão caros a nós. Obra pouco extensa, porém com todos os elementos que nos fazem admirar o gênio de Bonn cada vez mais.

Fantasy for Piano, Chorus and Orchestra in C minor, op.80

1 – Adagio – Finale
2 – Allegro – Meno allegro – Allegro molto
3 – Adagio ma non troppo
4 – Marcia, assai vivace – Allegro
5 – Allegretto, ma non troppo – (quasi Andante con moto)
6 – Presto

Gabriela Lechner & Gretchen Eder – Sopranos
Elizabeth Mach – Contralto
Jorge Pita & Andreas Esders – Tenors
Gerhard Eder – Baixo
Maurizio Pollini – Piano
Wiener Philarmoniker
Konzertvereinigung Wiener Philarmoniker
Claudio Abbado – Director

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[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

.: interlúdio :.

Já estamos quase na sexta-feira e o final de semana se aproxima benfazejo; este cão inicia os trabalhos – no clima e no temperamento, ao menos – jogando alto com a intensidade e a vivacidade do jazz de Wes Montgomery.

Aos que precisam de apresentações, não percamos tempo: eis o homem que verteu Django Reinhardt para o jazz e fez da guitarra um instrumento de solo no bop. Clichês à parte, Wes reinventou a guitarra com seu estilo – que não apenas se tornou referencial para todos os guitarristas de jazz posteriores mas encantou cérebros como os de Jimi Hendrix. Não falo muito de técnica porque não muito entendo, e também porque nem sempre é necessário; mas este era um músico que, além de tocar sem palheta, podia dobrar o dedão pra trás até tocar o punho. (Nossa sorte é que ele não se deixou envolver pela gypsy music.)

“Full House” foi gravado em 25 de junho de 1962 no Tsubo, um bar de jazz na Califórnia. O acompanhamento é excelente: o Winton Kelly Trio, que tocava com sempre exigente Miles Davis, e Johnny Griffin, talentoso e veloz saxofonista, amigo dos tempos em que tocaram com Lionel Hampton. Miles estava na cidade e o trio tinha uma noite livre. Toparam fazer um show e em breve mandavam o trompetista às favas para gravar com Wes. Em estúdio, Wes é brilhante; mas nos registros ao vivo, sua música irrompe dos alto falantes para existir como no instante em que foi captada. Mágico assim. A abertura, homônima, tem um dos riffs easy-living mais memoráveis do jazz. De súbito, o solo de Wes cresce com harmonia e suavidade; a seção rítimca insiste em dissonâncias e o guitarrista responde os desafios com mais notas suavemente colocadas nas esquinas do tema. Quer dizer, se você não for cativado pelos 3 minutos do primeiro solo de Full House, tente de novo após uma dose de uísque. Esse é o solo que, uma vez assimilado, vai ser o parâmetro de todos os outros. Momento de gênio em bits digitais? Não deixe passar. Wes é daqueles que toca com a banda, e que surge daqui é um dos menires que marca toda a história.

A faixa dois é a outra face: as baladas. Canções suaves e dedilhadas em notas médias, gentis e suaves e quase bossa nova (no espírito). Uma pausa antes de Blue ‘n’ Boogie, de Gillespie – ou seja, um hard bop de tirar o fôlego) e de Carlba, um swing verdadeiramente rejuvenescedor. Come Rain or Come Shine vem com take duplo (assim como a seguinte, S.O.S. – o rip é da versão desse ano, da Original Jazz Classicas); no take 2, além da qualidade melhor no som, Wes está mais solto, menos preso ao tema. S.O.S tem um riff dobrado de sax e guitarra em alta velocidade que é genial; no take 3, se ouve o sax um pouco mais alto. O encerramento, Born to be Blue, é uma desaquecida – como de costume de Wes, que também gostava de fechar os shows com (uma leitura fantástica de) Round About Midnight, de Monk. Outra balada virtuosa e contemplativa, em solos que deixam refletir a música recém adquirida. A música de Wes Montgomery é generosa e deixa os ouvintes gratificados.

Como fica claro, é um dos meus preferidos entre os preferidos. Ataquem-no!

Post ampliado + links revalidados nov/2011. Ainda bem que o link daquela cópia em 128k expirou; agora o temos em sabor V0. Pra não perder o trem da edição do post, adicionei ainda Far Wes, disco de 1958, tempo em que o jovem Wes ainda era um obscuro guitarrista; neste, que é apenas seu segundo disco, ele começaria a ganhar a atenção devida. A formação tem como base o Montgomery Trio, e as composições próprias já demonstram o caminho que hoje bem conhecemos. No entanto o par de faixas superiores no disco é de outrem: Hymn for Carl e Monk’s Shop se destacam e grudam no ouvido sem pedir licença.


Wes Montgomery – Full House /1962 [V0]
Wes Montgomery, guitar; Johnny Griffin, tenor sax; Wynton Kelly, piano; Paul Chambers, bass; Jimmy Cobb, drums. Produzido por Orrin Keepnews para a Riverside
download – mediafire /110MB

01 Full House (Montgomery) – 9’14
02 I’ve Grown Accustomed to Her Face (Lerner, Loewe) – 3’18
03 Blue ‘n’ Boogie (Gillespie, Paparelli) – 9’31
04 Cariba take 2 (Montgomery) – 9’35
05 Come Rain or Come Shine take 2 (Mercer, Arlen) – 6’49
06 Come Rain or Come Shine take 1 – 6’49
06 S.O.S. take 3 (Montgomery) – 4’57
06 S.O.S. take 2 – 4’57
07 Born To Be Blue (Tormé, Wells) – 7’23


Wes Montgomery – Far Wes /1958 [V0]
Wes Montgomery, guitar; Harold Land, tenor sax (1-7); Pony Poindexter, alto saxophone (8-11); Buddy Montgomery, piano; Monk Montgomery, electric bass; Tony Bazley, drums (1-7); Louis Hayes, drums (8-11). Produzido por Michael Cuscuna para a Pacific/Riverside
download – mediafire /72MB

01 Far Wes (Montgomery) 5’51
02 Leila (Montgomery) 3’28
03 Old Folks (Robison, Hill) 6’35
04 Wes’ Tune (Montgomery) 4’08
05 Hymn for Carl (Land) 4’33
06 Montgomeryland Funk (Montgomery) 4′
07 Stompin’ at the Savoy (Sampson, Goodman, Webb) 4’22
08 Monk’s Shop (Montgomery) 3’54
09 Summertime (Gershwin, Heyward) 4’50
10 Falling in Love with Love (Rodgers, Hart) 6’13
11 Renie (Montgomery) 3’31

Boa audição!
Blue Dog

Modest Mussorgsky (1839 – 1881) e outros compositores – Quadros de uma Exposição e outras peças

Tecnicamente, há muitos erros neste famoso “Recital de Sofia (1958)”, a cargo do imenso pianista soviético Sviatoslav Richter. Mas é difícil criticar suas interpretações. Não sou um grande entusiasta das gravações históricas – nasci ouvindo a Rádio da UFRGS tocar Villa-Lobos por Villa-Lobos, Bartók por Bartók, Rachmaninov por Rachmaninov, além das interpretações de grandes personagens como o péssimo Pablo Casals, grande e importante personalidade espanhola, sempre desafinado e fora do tempo ao violoncelo – e sempre detestei aqueles chiados e a desafinação de alguns autores ou intérpretes do passado. Mas, sabem, como não sou coerente mesmo, adoro este recital com erros e som apenas regular. Com S. Richter, passo a gostar até dos tossidos da platéia búlgara… É que ele interpreta, seu piano canta de verdade… e eu me desmilinguo….

P.Q.P. Bach.

The Sofia Recital, 1958

Pictures at an Exhibition, for piano

1. Promenade. Allegro giusto, nel modo rustico, senza allegrezza, ma poco sostenuto – attacca
2. Gnomus.Sempre vivo
3. Promenade.Moderato commodo assai e con delicatezza – attacca
4. The Old Castle
5. Promenade
6. The Tuileries Gardens.Allegretto non troppo troppo,capriccioso
7. Bydlo.Sempre moderato,pesante
8. Promenade.Tranquillo – attacca
9. Ballet of the Chickens in Their Shells
10. Samuel Goldenberg and Schmuyle. Andante. Grave-energico – Andantino
11. Promenade. Allegro giusto,nel modo russico, poco sostenuto – attacca
12. The Market-place at Limoges.Allegretto vivo,sempre scherzando – attacca
13. The Catacombs (Sepulchrum romanum)
14. Cum mortuis in lingua mortua
15. The Hut on Fowl’s Legs (Baba-Yaga).Allegro con brio,feroce – Andante mosso – Allegro molto – attacca
16. The Great Gate of Kiev.Allegro alla breve.Maestoso.Con grandezza
Composed by Modest Mussorgsky
with Sviatoslav Teofilovich Richter

17. Moment musical for piano in C major, D. 780/1 (Op. 94/1) No.1 in C (Moderato)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

18. Impromptu for piano in E flat major, D. 899/2 (Op. 90/2)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

19. Impromptu for piano in A flat major, D. 899/4 (Op. 90/4)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

20. Etude for piano No. 3 in E major (“Tristesse” / “L’intimité”) Op. 10/3, B. 74
Composed by Fryderyk Chopin
with Sviatoslav Teofilovich Richter

21 Valses Oubliées (4) for piano, No. 1 in F sharp major, S215/1
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

22. Valse Oubliée for piano No. 2, S215/2
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

23. Transcendental Etude after Paganini for piano, “La chasse,” S140/5 – No.5 Feux follets (Allegretto)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

24. Harmonies du soir, for piano (Transcendental Etude No. 11 – Andantino), S. 139/11 (LW A172/11)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Sinfonias nº 98 e nº 99

Small

Os três colaboradores deste blog já declararam inúmeras vezes sua admiração pelo regente austríaco Nikolaus Harnouncourt (Johann Nicolaus Graf de la Fontaine und d’Harnoncourt-Unverzagt, esse é seu nome completo), por considerá-lo um dos melhores da atualidade. Além de ser extremamente versátil, seja regendo Bach (suas gravações das cantatas são referência), Haydn ou Beethoven, ele sempre consegue a mesma qualidade de interpretação.
Pois bem, teremos a partir desta postagem uma overdose de Harnoncourt. As sinfonias que ainda faltam serem postadas de Haydn estarão sob sua direção, e mais a frente teremos uma outra integral bem famosa, que também estará sob sua direção. Quem viver, verá.
Comecemos, então pelas sinfonias de Haydn, nº98 e de nº99. Harnoncourt estará aqui regendo a Royal Concertgebow Orchestra, com a qual gravou diversas das sinfonias de Haydn, incluindo este ciclo das Sinfonias de Londres.
Uma curiosidade: ele descende de nobres, pois sua mãe era simplesmente neta do Arquiduque Johann de Habsburg. Chique, não acham?

Franz-Joseph Haydn – Symphonies nº 98 in B Dur and nº99 in Es Dur

1 – Symphonie nº 98 in B Dur – Adagio – Allegro
2 – Symphonie nº 98 in B Dur – Adagio Cantabile
3 – Symphonie nº 98 in B Dur – Menuetto – Trio
4 – Symphonie nº 98 in B Dur – Finale – Presto
5 – Symphonie n 99 in Es Dur – Adagio – Vivace Assai
6 – Symphonie n 99 in Es Dur – Adagio
7 – Symphonie n 99 in Es Dur – Menuetto – Alleretto – Trio
8 – Symphonie n 99 in Es Dur – Finale – Vivace

Royal Concertgebouw Orchestra
Nikolaus Harnoncourt – Direktor

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J.S. Bach (1685-1750) – Missa em Si Menor, BWV 232, primeira versão

Mais planos deste que vos fala. Ah, quem vos fala é P.Q.P. Bach.

– Hoje, a versão verdadeiramente monumental – e talvez um pouquinho arrastada – de Celibidache;
– em 1º de novembro, a versão quase-perfeita de Harnoncourt;
– a de Gardiner, só tenho em vinil e acho-a tão parecida com a de Harnoncourt que não valeria a pena postar;
– em 1º de dezembro, a versão ultra-camarística e boa, muito boa, de Parrot;
– a de Richter fica de fora por ser decididamente patchy e
– em 1º de janeiro, a versão perfeita de Leonhardt.

Isto até o momento… E na minha opinião perfeitamente contestável.

Consulte qualquer enciclopédia de música, leia qualquer musicólogo, acesse o Google e você concluirá que muita gente considera a Missa em Si Menor, BWV 232, uma das maiores obras já compostas. Grande parte daqueles comentaristas que tem o viciante hábito de criar classificações de maiores e melhores, costumam colocar a Missa como a maior obra musical de todos os tempos. Não gosto deste tipo de afirmativa e estou treinando intimamente para não sair impondo às pessoas frases do tipo “é um grande filme”, “é o maior dos livros”, etc. Melhor antecedê-las de um “em minha opinião…” ou “penso que…”, etc.

Tenho ouvido a Missa desde minha adolescência e parece-me que sempre descubro nela um detalhe a mais, um novo encanto. Voltei a ouvi-la ontem e, por quase duas horas, acreditei em Deus. A noção de divindade sempre evitou este cético que vos escreve, mas, como afirmou o também descrente Ingmar Bergman, é impossível ignorar que Bach (1685-1750) nos convence do contrário através de sua arte perfeita.

A grandeza da Missa não é casual. Bach escreveu-a em 1733 (revisou-a em 1749) com a intenção de que ela fosse uma obra ecumênica. Seria a coroação de sua carreira de compositor sacro. Suas outras obras sacras (Missas, Oratórios, Paixões, Cantatas, etc.) foram sempre compostas em alemão e apresentadas em igrejas luteranas, porém na Missa Bach usa o latim que, em sua opinião, seria mais cosmopolita e poderia trafegar entre outras religiões, principalmente a católica. O texto utilizado não foi o das missas de sua época, é mais antigo e inclui alguns versos retirados após a Reforma, como o significativo Unam sanctam Catholicam et apostolicam Ecclesiam, que é cantado no Credo. É como se Bach pretendesse demonstrar a possibilidade de entendimento entre católicos e protestantes. Curiosamente, esta obra tão profundamente erudita e religiosa, é hoje mais apresentada em salas de concertos do que em igrejas, pois suas necessidades de tempo (105 a 120 minutos) e de grupo de executantes são maiores do que as igrejas normalmente dispõem. Não obstante este problema, Bach consegue transformar tanto as salas de concerto quanto nossas casas em locais de devoção – musical ou religiosa.

(continuo o texto em 1º de novembro)

1. Chorus: Kyrie Eleison
2. Duet: Christe Eleison
3. Chorus: Kyrie Eleison
4. Chorus: Gloria In Excelsis
5. Chorus: Et In Terrra Pax
6. Aria: Laudamus Te
7. Chorus: Gratias Agimus Tibi
8. Duet: Domine Deus
9. Chorus: Qui Tollis Peccata Mundi
10. Aria: Qui Sedes Ad Dexteram Patris
11. Aria: Quoniam Tu Solus Sanctus
12. Chorus: Cum Sancto Spiritu

13. Chorus: Credo In Unum Deum
14. Chorus: Credo In Unum Deum, Patrem Omnipotentem
15. Duet: Et In Unum Dominum
16. Chorus: Et Incarnatus Est
17. Chorus: Crucifixus
18. Chorus: Et Resurrexit
19. Aria: Et In Spiritum Sanctum
20. Chorus: Confiteor
21. Chorus: Et Exspecto Resurrectionem
22. Chorus: Sanctum
23. Chorus: Osanna In Excelsis
24. Aria: Benedictus Qui Venit
25. Chorus: Osanna (Da Capo)
26. Aria: Agnus Dei
27. Chorus: Dona Nobis Pacem

Soprano: Barbara Bonney;
Mezzo-soprano: Ruxandra Donose;
Alto: Cornelia Wulkopf;
Tenor: Peter Schreier;
Baritone: Yaron Windmüller;
Bass: Anton Scharinger
Orchestra/Ensemble: Münchner Philharmoniker Bach Choir of the Johannes Gutenberg University Mainz (Chorus Master: Joshard Daus)
Conductor: Sergiu Celibidache

Parte 1: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 2: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 3: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 4: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

São duas horas de música. O motivo de tantos downloads é eu ter baixado a coisa em 320 kbps. Um exagero desnecessário. Enganei-me. Para deixar tudo certinho é só baixar todas as quatro partes num diretório e descompactar o primeiro arquivo. O WinRar tratará de encontrar os outros. SE VALE A PENA? CLARO QUE VALE!!!!