Do Tempo do Império – Collegium Musicum da Rádio do MEC – 1968 (Acervo PQPBach)

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Do Tempo do Império

Collegium Musicum da Rádio do MEC

Maestro George Kiszely

1968

Fundado em dezembro de 1961 na Rádio M.E.C., o Collegium Musicum, a exemplo das entidades congêneres da Europa, constitui uma equipe de artistas destinada à prática  e à divulgação da música pura, consagrando-se de preferência aos autores da Renascença e do Barroco … bem, esse texto retirado parcialmente da capa do LP nos remete aos bons tempos em que no Brasil tentava-se ainda fazer algo em prol da Cultura. Caramba, o M.E.C. mantinha uma rádio que por sua vez mantinha uma orquestra e coro !!! 

Do Tempo do Império
Anônimo
01. Boleros – dança de origem espanhola do séc. XIX
Januário da Silva Arvelos (Rio de Janeiro, c. 1790 – c. 1844)
02. Donzela por piedade não pertubes
Anônimo
03. Si te adoro
04. Montenera
Padre Telles (Bahia, c.1800 – Rio de Janeiro, c.1860)
05. Eu não gosto de outro amor – lundú baiano
Anônimo
06. Gavotte
07. Caxuxa e Miudinho
Colhida em S. Paulo por Spix e Martius. Texto: Tomaz Antônio Gonzaga
08. Acaso são estes
Anônimo
09. Vem a meus braços
10. Sorongo – dança brasileira de salão, séc. XIX
Januário da Silva Arvelos (Rio de Janeiro, c. 1790 – c. 1844)
11. Que noites eu passo
Padre Telles (Bahia, c.1800 – Rio de Janeiro, c.1860)
12. Eu tenho no peito
Anônimo
13. Lundum

Do Tempo do Império – 1968
Collegium Musicum da Rádio do MEC
Maestro George Kiszely

soprano Priscilla Rocha Ferreira
flautista Lenir Siqueira
violoncelista Antonio de Pádua Guerra Vicente
cravista Clélia T. Ognibene

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LP digitalizado por Avicenna
LP cedido pelo monge Ranulfus. Não tem preço!!!!

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Boa audição.

Avicenna
PS – Adendo do nosso leitor Nilton Maia: Só para relembrar, além do presente grupo (Collegium Musicum) e do coro e orquestra, que você com muita propriedade citou, a rádio possuía um conjunto que foi um dos precursores da Música Antiga no Brasil: o Conjunto de Música Antiga da Rádio MEC, liderado pelo violista (se não me engano, búlgaro) Borislav Tchorbov, e que tocou muitos anos na Orquestra Sinfônica Brasileira, Boris, como era carinhosamente chamado, era autoridade em Música Antiga e, no conjunto, tocava viola d’amore.
Pelo conjunto, que teve várias formações, passaram músicos de muita qualidade e, neste, praticamente começaram suas carreiras Helder Parente e Rui Wanderley. A primeira flautista foi uma das mestras mais eminentes da flauta doce no Brasil: a austríaca Helle Tirler.
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A gente tinha tudo para dar certo!

Avicenna

Modinhas fora de moda – Lenita Bruno & Orquestra Leo Peracchi (Acervo PQPBach)

LENITA-BRUNO---MODINHAS-FORA-DE-MODAModinhas fora de moda
Lenita Bruno
Orquestra Leo Peracchi
1960

Segundo a contra-capa, “este LP é o resultado de um trabalho de equipe, com honesto objetivo artístico: 1) O Maestro que orientou e presidiu à gravação teve a mais ampla liberdade; 2) A Intérprete opinou sempre com severo espírito crítico; 3) A técnica foi segura e sem concessões e 4) A prensagem, de alta qualidade. Irineu Garcia, Festa Discos.”

01. Cantigas (Alberto Nepomuceno/Branca Colaço)
02. Casinha pequenina (Domínio Popular-Arr. Léo Peracchi)
03. Se os meus suspiros pudessem (Arr. Batista Siqueira)
04. Hei de amar-te até morrer Anônimo (Arr. Mario de Andrade)
05. Canção da felicidade (Barroso Neto/Nosor Sanchez)
06. Lundu da Marquesa de Santos (Villa-Lobos/Viriato Correia)
07. Conselhos (Carlos Gomes/Doutor Velho Experiente)
08. Foi numa noite calmosa (Arr. Luciano Gallet)
09. Cantiga (Barroso Neto/Luis Guimarães)
10. Róseas flores da alvorada (Domínio popular-Arr. Mario de Andrade)
11.Modinha (Jaime Ovalle/Manuel Bandeira)
12. 1ª Trova (Alberto Nepomuceno/Osório Duque Estrada)
13. 2ª Trova (Alberto Nepomuceno/Magalhães Azeredo)

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Boa audição.

Avicenna

Modinhas do Brazil (Acervo PQPBach)

finalModinhas do Brazil
século XVIII 

Viviane Freitas & Sandra Lobato, sopranos
Rosane Almeida, cravo
Nicolas de Souza Barros, violão

1984

Vinil de 1984 produzido por alunos e professores da Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO), integrantes do Curso de Música do Centro de Letras e Artes da Universidade, registra os melhores momentos de dois importantes manuscritos de modinhas setecentistas brasileiras, desaparecidas do Brasil e conservadas no acervo da Biblioteca do Palácio da Ajuda, em Lisboa.

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Modinhas do Brazil
Autor anônimo do século XVIII
Viviane Freitas & Sandra Lobato, sopranos; Rosane Almeida, cravo
01. Junto do monte
02. Corilia quem deixara
03. Quem me vir andar brincando
04. De vivas penas cercado
05. Eu ja me sinto morrer
06. O Marcia bela
07. Quando de Anarda o rosto vejo
08. Tu mesma com os teus olhos
09. Fingiu-me Anarda
10. Formosa Anarda
11. Nel cor piu non me sento (Paisiello)
12. Antes quisera que a morte
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Viviane Freitas e Sandra Lobato, sopranos; Nicolas de Souza Barros, violão
13. Voce se esquiva de mim
14. Os me deixas que tu das 
15. Eu nasci sem coração
16. Ganinha, minha Ganinha
17. Os desprezos do meu bem
18. Se fores ao fim do mundo
19. A saudade que no meu peito
20. Eu estando bem juntinho
21. Da minha constante fe
22. Minha mana, estou gostando
23. Homens errados e loucos
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LP digitalizado por Avicenna

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Boa audição.

Avicenna

Collegium Musicum de Minas: Ninguém morra de ciúme – 1997 (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2018-01-14 às 01.57.27Perceber que as pessoas são capazes de superar o impacto proporcionado pelo uso de instrumentos e elementos de interpretação de época e estabelecer conosco uma identidade emocional estética, representa um poderoso estímulo para o aprofundamento e expansão dos conteúdos de nosso trabalho. Um rico mundo de vivências se descobre dentro de cada um de nós, se estende para além do indivíduo, unindo-se ao outro.

Desde 1993, o Collegium Musicum de Minas trabalha segundo os parâmetros da interpretação histórica, isto é, constrói sua linha de interpretação a partir da pesquisa de elementos musicais inerentes à temporabilidade das composições.

A universalização das emoções como elemento constituinte do universo de representação da música é para nós a percepção fundamental. Exercitamos conceitos que privilegiam o emocional, para além dos aspectos técnicos presentes em nossa abordagem.

Quando interpretamos a música colonial brasileira nosso trabalho é de reconstrução do passado, portanto, de construção da identidade que nele não se esgota.


Captura de Tela 2018-01-14 às 01.58.49Redescobrimos fragmentos de Minas, estilhaços de um Brasil Barroco, ecos de emoções exaltadas. Para nós, o passado está em aberto. Amor, ódio, fé, profanidade, dor e alegria, sentimentos conflitivos que ao serem revelados em experiência estética, funcionam como elos que universalizam contextos distintos. Entendemos no ciúme um sentimento comum, síntese emocional das relações sociais estabelecidas. Filho da convivência conflitiva entre branco e negro, do colonizado e do colonizador, relações que deram o tom ao barroco brasileiro, reveladas para nós em imagens microscósmicas, a Senhora que suplicava a negra que despertava desejos no Senhor.

Quando nos deparamos com a composição de Domingos Caldas Barbosa, percebemos que nela eram evidentes elementos de inquietação e originalidade estéticos, típicos da música colonial brasileira, que de outra maneira estavam colocados nas composições deste CD e nas palavras do próprio compositor. “Ninguém Morra de Ciúme”. (José Eduardo Costa Silva, 1997. Extraído do excelente encarte)

O Collegium Musicum de Minas foi um grupo de Belo Horizonte (Brasil) dedicado à pesquisa e à execução da música colonial brasileira. Criado em 1993, sob a coordenação musical e de pesquisa do musicólogo Domingos Sávio Lins Brandão, gravou três cds (“Ninguém morra de ciúme”, 1997; “Senhora del Mundo”, 1998 [postado aqui] ; “A origem”, 2000) . O Collegium Musicum encerrou suas atividades em 2003, deixando um legado de pessoas que se apaixonaram pela música histórica graças ao trabalho realizado pelo grupo. (ex-Facebook)

Palhinha: 01. Deus in Adjutorium


Ninguém morra de ciúme
Domenico Zipoli (Prato, Itália,1688 – Córdoba, Argentina 1726)
01. Deus in Adjutorium
Anônimo Jesuítico (Sec. XVIII)
02. Domine, quinque talenta
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, hoje Serro, MG, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
03. Processione cum ramis benedictus
Anônimo (Séc. XIX)
04. Cego de amor
Anônimo (Séc. XVIII)
05. Sonata “Sabará” adágio
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
06. Solfejos
Anônimo (Séc. XVIII)
07. Marília tu não conheces
Anônimo (Séc. XIX)
08. Minha Lília
Thomaz Antonio Gonzaga (1744-1810) – atribuída
09. No ragaço da ventura
Anônimo (Séc. XIX)
10. Cego de Amor
11. Cachucha
Antônio José da Silva (Rio de Janeiro, 1705-Portugal, 1739)
12. De mim já não se lembra
Anônimo (Séc. XVII?)
13. Romance de Minervina
Domingos Caldas Barbosa (Rio de Janeiro, 1740 – Lisboa, 1800)
14. Ningúem morra de ciúme
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
15. Surrexit Dominus
Joze de Mesquita (Séc XVIII)
16. Já se quebrarão os laços

Ninguém morra de ciúme – 1997
Collegium Musicum de Minas

Áudios gentilmente cedidos pelo nosso amigo e ouvinte Maestro Rafael Arantes, do blog “Música Sacra e Profana Brasileira” , e o encarte, escaneado do arquivo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

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Boa audição.

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Avicenna

Veneno de Agradar: Luiza Sawaya (soprano) & Achille Picchi (piano) (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2018-01-09 às 22.58.51“Já me vai calando nas veias
Teu veneno de agradar;
E gostando eu de morrer,
Vou morrendo devagar”

Domingos Caldas Barbosa, em “Vou morrendo devagar”
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Ultrapassadas as vicissitudes da perda do domínio dos mares em favor dos holandeses e ingleses, e terminado o domínio espanhol, Portugal retomou definitivamente o seu equilíbrio, sob D. João V, nos cinquenta primeiros anos do século XVIII. Durante o seu reinado, empreendeu um vigoroso processo de modernização, abrangendo as áreas política, econômica e cultural. A descoberta do ouro nas Minas Gerais alavancou o extraordinário intercâmbio com a Colônia do Brasil que, captando as transformações por que passava a Metrópole, tornava-se alvo de interesses os mais diversos. A Música e seus intérpretes sempre estiveram na proa das muitas caravelas que, num incessante leva-e-traz transatlântico, determinou um incrível processo de mútua absorção de novidades.

Adepto da ostentação sacra do Barroco, D. João V trouxe do Vaticano artistas do porte de um Domenico Scarlatti, ao mesmo tempo em que promovia o aperfeiçoamento de músicos portugueses em Roma. Seu sucessor, D. José I, preferia a Ópera enquanto que, depois dele, D.Maria I recuperou o repertório litúrgico.

O Brasil sempre constituiu terreno fértil onde a semeadura de influências portuguesas e estrangeiras medraram em fartas colheitas. O substrato econômico-social de Minas Gerais, por exemplo, região de maior importância no século XVIII no Brasil, era formado por gente de diversos ofícios, membros do clero, escravos. Aí estavam incluídos também os músicos que vinham de outras regiões do Brasil e do exterior, sempre pisando os calcanhares dos mineradores desde os primeiros assentamentos de arraiais e vilas. Já existia nessa época, portanto, um ambiente bastante desenvolvido, irradiador de uma importante cultura musical para o restante do país. A grande maioria desses músicos era composta de mulatos, portanto, nativos, podendo-se afirmar que entre eles houve muitos músicos brasileiros.

A cidade do Rio de Janeiro passou a capital do país em 1763 em razão de estratégias de defesa territorial e econômica, por ser um porto mais acessível e mais seguro que o da baía de Todos os Santos (Bahia) para o escoamento do produto vindo das minas. Estes dois fatores estão na raiz do marcante desenvolvimento dessa cidade que chegou a ser o mais importante centro urbano do país.

Em 1763, aportou em Lisboa o mulato brasileiro Domingos Caldas Barbosa. Protegido pela aristocracia, Caldas Barbosa passou a frequentar a melhor sociedade da época, conquistando-a rapidamente graças à maneira particular de compor e de cantar seus versos. A isso acrescia não apenas o fato de cantar a solo, acompanhando- se à viola, mas também por dirigir seus versos diretamente às amadas com uma intimidade chocante para a sociedade pudica daquela época.

Caldas Barbosa constitui uma referência concreta dentro do ainda impreciso universo da canção do final do século XVIII, tanto no Brasil como em Portugal. São frequentes os testemunhos de seus contemporâneos sobre a maneira diferenciada com que cantava, em oposição ao que habitualmente se fazia em Portugal. Com Caldas Barbosa, virou moda cantar-se a “nova moda da modinha”.

Alexandre José Pires (1ª metade XIX)
01. Finalmente, as leis do fado (modinha)
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
02. Chula carioca (chula)
José Francisco Édolo (Porto, 1792 – ?)
03. Tranquiliza, doce amiga (modinha)
Antonio José do Rego (Lisboa, ? – c1822)
04. As paixões d’amor nascidas (modinha)
05. Frescas praias do barreiro (modinha)
Joze Mauricio (Coimbra, 1752- Figueira da Foz, 1815)
06. De que serve ter sem tí (modinha)
07. Mandei um terno suspiro (modinha)
Manuel Telles (? – ?) / Pedro Anselmo Marchal França, ? – ?)
08. Yayazinha, por que chora? (lundu)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
09. Raivas gostosas (modinha)
Cândido Ignácio da Silva (Rio de Janeiro, 1800-1838)
10. Quando as glórias que gozei (modinha)
11. Minha Marília (modinha)
Elias Álvares Lobo (Itú, SP, 1834 – S. Paulo, 1901)
12. Chá preto, Sinhá? (lundu)
Gabriel Fernandes da Trindade (Portugal ,c.1790-Rio de Janeiro, 1854)
13. Vai, terno suspiro meu (modinha)
José Francisco Leal (Rio de Janeiro, 1792 – 4 de julho de 1829)
14. Delírio e suspiro (modinha)
15. Esta noite (lundu)
Joseph Fachinetti (Itália c.1800 – c1880) / Pe. José M. F. Padilha (Recife, PE 1787 – 1849)
16. Já fui a Lisboa (lundu)
José Amat (Espanha, ?/viveu no Rio de Janeiro de 1848 a 1855) / Gonçalves Dias (Caxias, MA, 1823 – Maranhão, 1864)
17. A canção do exílio (canção)
18. Seus olhos (canção)
Padre Telles (Bahia, c.1800 – Rio de Janeiro, c.1860)
19. Eu tenho no peito (modinha)
20. Querem ver esta menina? (lundu)
Francisco Manuel da Silva (Rio de Janeiro, 1795-1865) / Dr. Antonio José de Araujo (? – ?)
21. Sou eu! (romance)
Francisco Manuel da Silva ( Rio de Janeiro, 1795-1865) / Francisco de Paula Brito (Rio de Janeiro, 1809 – 1861)
22. Lundu da marrequinha (lundu)

Veneno de Agradar – 1998
Luiza Sawaya, soprano
Achille Picchi, piano

Mais um CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Boa audição.

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Avicenna

Música no tempo de Gregório de Mattos (1636-1696) – Música Ibérica e Afro-Brasileira na Bahia dos séculos XVII e XVIII (Acervo PQPBach)

3tumvO TRIÂNGULO ATLÂNTICO: SONS DA IBÉRIA, ÁFRICA E BRASIL DURANTE O PERÍODO COLONIAL

Porém, eu me persuado, que a maior parte destas modas lhes ensina o demônio: porque é ele grande poeta, contrapontista, músico e tocador de viola e sabe inventar modas profanas, para as ensinar àqueles que não temem a Deus. Nuno Marques Pereira (1652-1728)

Para o moralista Nuno Marques Pereira, boa parte dos males que afligiam a colônia portuguesa na América no início do século XVIII devia-se à proliferação das canções profanas no toque dos violeiros da época. A julgar pela temática de grande parte de sua obra literária, Gregório de Mattos e Guerra (1636-1696) encarnava os piores medos de Pereira. E se sua língua ferina granjeou-lhe inimigos e problemas no Brasil e em Portugal, ainda hoje suas profanidades e obscenidades escandalizam muita gente.

Retratando portugueses e baianos de todas as esferas, a obra poética de Gregório de Mattos é uma ótima fonte de informações sobre a música ouvida nas ruas, casas, conventos e bordéis do Brasil seiscentista. Além de comentar e criticar funções musicais e teatrais, de mencionar instrumentistas e cantores, de citar nomes de peças instrumentais e de descrever coreografias, Mattos usava romances e tonos espanhóis como base para novas composições. Cantava e variava também modas profanas em português, ou, no dizer dele próprio, canções que os “chulos” cantavam. Nuno Marques Pereira atribuía tais modas à invenção do demônio—ele próprio um exímio tocador de viola.

E o “Boca do Inferno” também tocava viola. O fato de ser instruído musicalmente dá mais peso aos seus comentários e descrições envolvendo tanto a música da elite quanto aquela que se ouvia nas festas populares e nos bordéis. Mattos ocupa-se também da música das ruas, dos mulatos e negros, a música dos calundus, cerimônias afro-brasileiras que tanto irritavam Pereira.

No século XVIII, outros poetas descreveram o ambiente musical brasileiro e as notáveis interações entre formas e práticas musicais portuguesas, africanas e brasileiras, alguns condenando, outros louvando. Nas Cartas Chilenas, Tomás Antonio Gonzaga descreve a “mulata em trajes de homem [que] dança o quente lundum e o vil batuque”, coreografias que apresentavam a “lasciva umbigada”. Na seqüência, Gonzaga narra como a dança passou das “humildes choupanas” para as “casas mais honestas e palácios”. Enquanto isso, no litoral do sul do Brasil, danças afro-brasileiras vinham interagindo com coreografias e toques de viola açorianos e portugueses, resultando numa mistura que passou a ser conhecida como fandango e que permanece viva em pontos remotos do litoral do Paraná e Santa Catarina.

Tais interações ocorriam também em Portugal. Roendo-se de inveja e em tom abertamente racista, Bocage satirizou em vários versos os modinheiros brasileiros Domingos Caldas Barbosa e Joaquim Manuel da Câmara, presenças constantes nos salões lisboetas. O talento deste último, famoso tocador de machete e compositor de modinhas, foi enfatizado em testemunhos imparciais, como os dos franceses Louis e Rose de Freycinet e do austríaco Sigismund Neukomm. Impressionado, Neukomm compôs variações para piano sobre um tema de Joaquim Manuel e intermediou em Paris a publicação de uma coleção de modinhas do macheteiro.

Grupo Banza

O Grupo Banza empresta o seu nome de um antigo instrumento musical africano bastante comum nas Américas durante o período colonial, o mbanza. Formado em 2003 e tendo sua base em Curitiba, o grupo interpreta a música antiga brasileira em instrumentos históricos e tradicionais da Europa, África Ocidental e Brasil.

O grupo explora as conexões entre a música européia praticada no período colonial e as interações e modificações sofridas no Brasil, que resultou no surgimento de uma verdadeira música popular brasileira em fins do século XVIII. Em seus projetos, o grupo tem trabalhado com o repertório contido em fontes musicais até agora pouco estudadas, tais como a música portuguesa para viola (guitarra barroca) do início do século XVIII e o códice para saltério de Paranaguá, do início do século XIX, sempre procurando equilibrar um forte conteúdo de pesquisa com uma postura interpretativa mais livre, derivada da tradição oral brasileira.

Desde 2003, o grupo tem se apresentado em vários estados brasileiros, com Ademir Mauricio (voz), Ana Paula Peters (flauta-doce e traverso), Orlando Fraga (teorba, bandurra, violas tradicionais e históricas), Paulo Demarchi (percussão, violas tradicionais), Roger Burmester (tiorba e bandurra), Rogerio Budasz (violas tradicionais e direção), e Sandro Romanelli (violino histórico e rabeca). (Extraído do encarte)

Iberian and African-Brazilian Music of the 17th Century
Gregório de Matos e Guerra (Salvador, 1636-Recife, 1695) arranjo de Rogerio Budasz
01. Cumbe Oitavo Tom
02. Marinícolas, Marisapoles Quarto Tom
03. Fantasia Quarto Tom Italiana
04. Pavana Primeiro Tom, Pavana Primeiro Tom Italiana
05. Gagliarda
06. Foi-se Brás da sua Aldeia
07. Tarantela
08. Arromba Quarto Tom
09. Gandum Sétimo Tom
10. Cãozinho de Sofala
11. Sarambeque Segundo Tom
12. Paracumbe Sétimo Tom
13. Cubanco Sétimo Tom
14. Ay Verdades Que En Amor
15. Saltarello
16. Rojão Segundo Tom, Rojão Primeiro Tom
17. Vacas Primeiro Tom
Gregório de Matos Guerra (Salvador, 1636-Recife, 1695) arranjo de Patxi Garcia Garmilla
18. Ay De Ti Pobre Cuidado
Gregório de Matos Guerra (Salvador, 1636-Recife, 1695) arranjo de Rogerio Budasz
19. Vilão Sétimo Tom
20. Canário

Iberian and African-Brazilian Music of the 17th Century – 2004
Banza Ensemble

Este CD pertence ao acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Boa audição.

plantando arvores

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

O Sacro e o Profano na música da corte de D. João VI (Acervo PQPBach)

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Com instrumentos de época. On period instruments.

Em comemoração ao bicentenário da chegada da família real, o Quarteto Colonial apresenta o CD “O SACRO E O PROFANO”, contendo os motetos para a Semana Santa e para a Quarta-feira de Cinzas de José Maurício, executados a capella, e modinhas e lundus que animaram os saraus da aristocracia do período.

O SACRO
Os motetos para a Semana Santa aqui gravados fazem parte de um volume intitulado “Obras Corais” publicado em 1976 pela Associação de Canto Coral, com organização de Cleofe Person de Mattos, musicóloga responsável pela revitalização da obra de José Maurício. Embora tenham sido organizadas na sequência dos eventos da Semana Santa, as peças foram compostas em épocas diferentes, formando, entretanto, um conjunto bastante harmonioso. O Gradual Tenuisti Manum Dexteram Meam assim como os motetos In Monte Olivetti e Improperium Expectavi fazem parte do Ofício de Domingo de Ramos (CPM 218-2,7 e 10). Domine Tu Mihi Lavas Pedes (CPM 198) é uma antífona para a cerimônia do Lava-pés. O moteto Judas Mercator Pessimus (CPM 199) foi escrlto para o Ofertório da Missa de Quinta-feira Santa. Domine Jesu (CPM 208) é um moteto para ser cantado na noite de Quinta-feira Santa na Procissão do Senhor dos Passos. Popule Meus (CPM 222), Crux Fidelis/Felle Potus (CPM 205) e Sepulto Domino (CPM 223) fazem parte de um mesmo manuscrito intitulado “Bradados de 6ª feira maior”. Completam as obras sacras de José Maurício os motetos Immutemur Habitu (CPM 61) e Inter Vestibulum (CPM 62), para a Ouarta-feira de Cinzas.

Captura de Tela 2018-01-05 às 18.15.01

 

Doriana Mendes, soprano
Talita Siqueira, contralto
Geilson Santos, tenor
Luiz Kleber Queiroz, barítono

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O PROFANO

Além das idas à Capela Real ou ao Teatro, a corte também se deliciava com as modinhas e lundus interpretados durante os saraus que ocorriam nos palácios ou nas residências de famílias abastadas. Sabe-se que o próprio Padre José Maurício, por vezes, participava dessas festas, tocando cravo ou acompanhando cantores, tendo sido convidado, pelo menos uma vez, a tocar para Dom João. De José Maurício apresentamos a modinha No momento da partida. Essa modinha, sem indicação própria de catálogo é anunciada no Jornal do Comércio de 23/02/1837.

Dentre os modinheiros aqui apresentados, talvez o mais importante seja o mulato Domingos Caldas Barbosa, apontado como o responsável pela introdução da modinha brasileira em Portugal no século XVIII. São de sua autoria os textos de três modinhas: Homens errados e loucos, Você trata amor em brinco e Os teus olhos e os meus olhos. As modinhas e lundus escolhidos foram selecionados a partir de algumas importantes fontes da época. Homens errados e loucos, ao lado de É delícia ter amor e Meu amor minha sinhá, faz parte do manuscrito intitulado “Modinhas do Brazil”, encontrado na Biblioteca da Ajuda em Portugal. Você trata amor em brinco, com melodia de Marcos Antonio (Marcos Portugal) foi publicada em fins do século XVIII no “Jomal das Modinhas com acompanhamento de Cravo pelos milhores autores dedicado a Sua Alteza Real Princeza do Brazil” – Carlota Joaquina -, onde também se encontram a modinha Marília tu não conheces, de autor anônimo e a “Moda do Londu” Já se quebrarão os laços, de Joze de Mesquita. Os teus olhos e os meus olhos é um caso curioso de modinha inserida num contexto operístico, no caso, a ópera “A Vingança da Cigana”, de Antonio Leal Moreira, importante autor português do século XVIII, que foi mestre da Capela Real e o primeiro diretor do Teatro de São Carlos, em Lisboa. O lundu Menina você que tem, de autor anônimo, faz parte da “Colecção de Canções e Modinhas de diversos autores para voz com acompanhamento de Viola ou Pianoforte” (c. 1830). Completam a seleção as modinhas Estas Lágrimas Sentidas e Se Queres Saber a Causa de Joaquim Manoel Gago da Camera (nome completo segundo pesquisa de Marcelo Fagerlande). Essas modinhas foram harmonizadas para pianoforte por Sigismund Neukomm e encontram-se atualmente na Biblioteca de Paris.
(Maria Aida Barroso, no encarte)

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Motetos para a Semana Santa – 1. Gradual Para Domingo De Ramos
02. Motetos para a Semana Santa – 2. In Monte Oliveti
03. Motetos para a Semana Santa – 3. Domine Tu Mihi Lavas Pedes
04. Motetos para a Semana Santa – 4. Domine Jesu
05. Motetos para a Semana Santa – 5. Judas Mercator Pessimus
06. Motetos para a Semana Santa – 6. Improperium Expectavi
07. Motetos para a Semana Santa – 7. Popule Meus
08. Motetos para a Semana Santa – 8. Crux Fidelis
09. Motetos para a Semana Santa – 9. Felle Potus
10. Motetos para a Semana Santa – 10. Sepulto Domino
11. Motetos para a Quarta-Feira de Cinzas – 1. Immutemur Habitu
12. Motetos para a Quarta-Feira de Cinzas – 2. Inter Vestibulum

Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830) & Domingos Caldas Barbosa
13. Você Trata Amor Em Brinco
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
14. No Momento Da Partida
Anônimo (Séc. XVIII)
15. Meu Amor Minha Sinhá
Joze de Mesquita (Séc XVIII)
16. Já Se Quebrarão Os Laços (Moda do Londu)
Joaquim Manuel Gago da Camera (Harmonizado por Sigismund Neukomm)
17. Estas Lágrimas Sentidas
18. Se Queres Saber A Causa

Anônimo (Séc. XVIII)
19. É Delícia Ter Amor
Anônimo/Domingos Caldas Barbosa
20. Homens Errados E Loucos
Anônimo (Séc. XVIII)
21. Menina Você Que Tem
22. Marília Tu Não Conheces

Antonio Leal Moreira/Domingos Caldas Barbosa
23. Os Teus Olhos E Os Meus Olhos

O Sacro e o Profano – 2006
Quarteto Colonial

Maria Aida Barroso, cravo e direção musical
Mario Orlando, viola da gamba
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Boa audição.

Avicenna

Música de Salão do Tempo de D. Maria I – Segréis de Lisboa – Portuguese Salon Music of the late XVIII and XIX Century (Acervo PQPBach)

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.Modinhas, cançonetas e instrumentais

Com instrumentos de época. On period instruments.


 

 

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Palhinha: ouça 10. Você trata amor em brinco

Segréis de Lisboa
Policarpo José António da Silva (fl.1770 – ca.1790)
01. Marcha e contradança
Joze Mauricio (1752-1815)
02. A paixão que sinto em mim
Anónimo
03. Já cansado do trabalho
04. Ah! Nerina em não posso
António Leal Moreira (Abrantes, 1758 – Lisbon,1819)
05. À nova conquista
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
06. Minueto 1 em Lá Maior
José Totti (Itália, 1780 – Portugal, 1832)
07. Solitário bosco ombroso
José Palomino (Spain, 1755-1810)
08. Dueto de Marujo e Regateira
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
09. Cuidados, tristes cuidados
Domingos Caldas Barbosa (Rio de Janeiro, 1738 – Lisboa, 1800) & Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
10. Você trata amor em brinco
Francisco Xavier Baptista (Portugal, ? – 1797)
11. Sonata em Sol maior
Joaquim Manuel da Câmara (Rio de Janeiro, ca.1780 – ca.1840)
12. Quem quer comprar qu’eu vendo
José Rodrigues de Jesus
13. Já gozei da liberdade
Policarpo José António da Silva. (fl.1770 – ca.1790)
14. Perchè, vezzo sirai
João Cordeiro da Silva (Elvas, c. 1735 – Lisboa, 1808)
15. Trio em Fá Maior
José Francisco Leal (Rio de Janeiro, 1792 – 4 de julho de 1829)
16. Esta noite, oh céus que dita
Policarpo José António da Silva. (fl.1770 – ca.1790)
17. Se viver non poss’io
Manuel José Vidigal (Lisboa, ? – 1805)
18. Cruel saudade
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
19. Sonata em Sol Maior
Joaquim Manuel da Câmara (Rio de Janeiro, ca.1780 – ca.1840)
20. Desde o dia em qu’eu nasci
Domingos Caldas Barbosa (Rio de Janeiro, 1738 – Lisboa, 1800) & Anónimo
21. Sentido, ternos amantes
João Pedro d’Almeida Mota (1744, Lisbon – 1817, Spain)
22. La pastorella mia
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
23. Minuetto II em Fá maior

Instrumentos originais usados nesta gravação:
Pianoforte – H. Van Casteel, Lisboa, 1763
Trompa natural – França – 1800
Trompa natural – Bélgica – 1800

Música de Salão do Tempo de D. Maria I – 1994
Segréis de Lisboa
Direção de Manuel Morais

CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castanha (http://paulocastagna.com). Não tem preço!!
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Boa audição.

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Avicenna

Modinhas Cariocas na corte de D. João VI (Acervo PQPBach)

u8mztAs modinhas cariocas na corte de        D. João VI

Quando D. João VI chegou ao Rio de Janeiro, em 1808, ficou surpreso ao ouvir a música sacra de José Maurício Nunes Garcia, tendo afirmado, segundo Taunay, que se espantava com a existência de “um músico desses em uma simples dependência de Portugal…”. Quanto a um outro gênero de música vocal, cantado nos salões e nas ruas, provavelmente o príncipe regente não deve ter se surpreendido: a modinha, que dominava no Brasil, já era cultivada também em Portugal. Esta canção de apelo sentimental, presença constante nas sociedades da colônia e da metrópole desde a segunda metade do século XVIII, desempenhava um considerável papel socializante, servindo para aproximar escravos e senhores.

Um outro gênero popular de canção no final do século XVIII, o lundu – originalmente uma dança africana – era igualmente apreciado nos salões cariocas e lisboetas. Os dois tipos de canção, que pertencem àquele campo de delicada definição – algo entre o popular e o erudito – são fundamentais para a música brasileira. A força da modinha fez com que continuasse a ser cultivada até nossos dias, tanto pelos chamados eruditos, como Camargo Guarnieri, Villa-Lobos e Cláudio Santoro, como também pelos melhores compositores da música popular brasileira, como Tom Jobim, Dorlval Caymmi e Chico Buarque.

Três dos mais destacados compositores cariocas de modinhas das primeiras décadas do século XIX estão presentes em nosso CD: Candido Ignacio da Silva, Gabriel Fernandes da Trindade e Joaquim Manoel da Camera. Ainda que fossem conhecidos e apreciados durante suas vidas, e que suas composições tenham sobrevivido, seja por edições impressas ou manuscritos preservados em bibliotecas, sabe-se muito pouco acerca de suas biografias.
(Marcelo Fagerlande, extraído do encarte)

Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
01. Lá no Largo da Sé (Lundu brasileiro)
Gabriel Fernandes da Trindade (c.1790-1854)
02. Batendo a linda plumagem
Joaquim Manoel Gago da Camera (Séc. XVIII)
03. Se queres saber a causa (poesia inspirada em Domingos Caldas Barbosa)
04. Estas lágrimas
05. Ouvi montes
06. Desde o dia em que eu nasci (poesia inspirada em Domingos Caldas Barbosa)
07. Vem cá minha companheira (poesia inspirada em Domingos Borges de Barros)
08. Nestes bosques

Anônimo
09. Si te adoro
Gabriel Fernandes da Trindade (c.1790-1854)
10. Graças aos ceos (Lundum)
11. Quando não posso avisar te

Joaquim Manoel Gago da Camera (Séc. XVIII)
12. Triste cousa
13. Foi o momento de ver-te

Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
14. Hum só tormento d’amor
Gabriel Fernandes da Trindade (c.1790-1854)
15. Erva mimoza do campo (poesia inspirada em Joaquim Antonio Magalhães)
16. Adorei hum’alma impura

Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
17. A hora que te não vejo (poesia inspirada em Magalhaens)
Joaquim Manoel Gago da Camera (Séc. XVIII)
18. Roxa saudade
Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
19. Quando as glórias que gosei
20. Busco a campina serena

Joaquim Manoel Gago da Camera (Séc. XVIII)
21. Porque me dises chorando

Modinhas Cariocas – 2007
Marcelo Fagerlande, direção e cravo construído por William Takahashi, São Paulo, SP, 1997; cópia de um original de Ioannes de Perticis, Itália, séc. XVII; um teclado, dois registros de 8′ e um registro de alaúde; temperamento desigual; diapasão: lá 3 = 438 Hz.
Luciana Costa e Silva, meio-soprano
Marcelo Coutinho, barítono
Paulo da Mata, flauta transversal, construída por Rudolf Tutz, Innsbruck, Áustria, 2004; cópia de um original de Wilhelm Liebel, Desdren, ca. 1830; instrumento de madeira (buxo), com dez chaves.
Marcus Ferrer, viola de arame construída por Barros, Volta Redonda, RJ, 2004; afinação Cebolão.
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Boa audição.

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Avicenna

Cancões brasileiras recolhidas por Spix & Martius: Anna Maria Kieffer (canto) & Gisela Nogueira (viola de arame) & Edelton Gloeden (guitarra) – Acervo PQPBach

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Cancões brasileiras recolhidas por Spix & Martius entre 1817 e 1820, e outras melodias da época

Anna Maria Kieffer (canto)
Gisela Nogueira (viola de arame)
Edelton Gloeden (guitarra).

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Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Beijo a mão que me condena
Cancões populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius em S. Paulo, 1817
02. Acaso são estes
03. Perdi o rafeiro
04. Qual Será o feliz dia
05. Escuta formosa Márcia
Cancões populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius em Minas Gerais 1818
06. No regaço da ventura
Cancões populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius na Bahia, 1818
07. Uma mulata bonita
08. Vais-te Josino e me deixas
09. Prazer igual ao que sinto
Melodias indígenas recolhidas por Spix & Martius, 1818-1820
10. Dança dos Muras
11. Dança dos Purís
12. Dança dos Miranhas
13. Dança do Peixe
Danças populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius, 1819
14. Lundu
Anônimo
15. Marília meu doce bem
Cândido Ignácio da Silva (Rio de Janeiro, 1800-1838)
16. Lá no Largo da Sé
Mussurunga (Salvador, 1807-1856)
17. Saudades fugi de mim
Dr. José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, 1808-1884)
18. Fora o regresso
Francisco Manuel da Silva ( Rio de Janeiro, 1795-1865)
19. A marrequinha

Viagem pelo Brasil – 1990
Anna Maria Kieffer (canto) & Gisela Nogueira (viola de arame) & Edelton Gloeden (guitarra)

E mais outro CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Boa audição.

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Avicenna

Modinhas tradicionais de Goiás (Acervo PQPBach)

33n9qw6Modinhas tradicionais de Goiás
Maria Augusta Calado (meio-soprano)
Maristela Cunha (piano)
Márcio Alencastro Veiga (violão)

Em Goiás, a modinha talvez tenha chegado logo após os bandeirantes, entrenhando-se no âmago da sensibilidade vilaboense, tendo seu florescimento se caracterizado por uma estrutura e linha melódica popular, reflexo do grupo social em que conviveu, pois o vilaboense sempre manteve um comportamento popular, mesmo intelectualizando-se. Chegaram na antiga capital, através do povo, fossem aventureiros, tropeiros, viajantes, cometas ou estudantes, percorrendo diferentes caminhos que partiam dos mais distantes pontos do país, formando quatro troncos distintos: o caminho baiano, o mineiro, o paulista e o paraense. Através destes caminhos circularam as influências que vieram contribuir no acervo modinheiro goiano.

O caminho baiano passava pelo antigo caminho do ouro em busca de portos do mar desde os tempos da primeira capital brasileira. Da Bahia, a partir de 1871, começaram a chegar os notáveis magistrados que influenciaram a formação vilaboense.

O caminho mineiro, percorreu a zona igualmente de mineração e modinheira. Nossos viajantes passaram por São João Del-Rei, Montes Claros, Diamantina e Paracatu. Muitos juízes goianos como Feliz de Bulhões militou em São João Del-Rei e Maurilio Augusto Curado Fleury militou em várias cidades mineiras.O primeiro foi modinheiro, o segundo era marido de Julieta Augusto Curado Fleury, cantora e divulgadora das modinhas goianas em terras mineiras. A modinha vilaboense apresenta semelhança com as mineiras mas possui interpretação própria.

O caminho paulista, o dos bandeirantes, veio a ser a estrada real por onde passaram nossos estudantes em busca da Faculdade do Largo de São Francisco. Ao regressarem traziam em sua bagagem, as mais novas modinhas aprendidas na convivência estudantil, citamos Leopoldo de Bulhões que fora colega de Afonso Celso. Devemos observar que pelo caminho mineiro e pelo caminho paulista, passaram os que se destinavam à corte.

Através da navegação do rio Araguaia, estabeleceu-se o caminho paraense que nos trouxe, além da mercadoria estrangeira, … modinhas.
(texto parcialmente extraído da capa)

Modinhas tradicionais de Goiás
Jacinto Ferreira Rêgo (Goiás, ? – ?)
01. Modinha: Quando eu me separar (1840)
Antonio Félix de Bulhões (Goiás, 1845-1887)
02. Só
A. Cardoso de Menezes (Goiás, ?-?)
03. Serenata 2 – Aos frouxos raios da lua
J. Campos Carvalho (Goiás, ?-?) & A. Cardoso de Menezes (Goiás, (?-?)
04. Serenata 1 – A brisa corre de manso
Francisco de Magalhães Cardoso (?-?)
05. Vai ó sensível saudade
Luiz do Couto (Goiás, 1888-1948) & Joaquim Sant’Anna (Goiás, 1882-1915)
06. Tu és o lírio
07. Eu penso em ti
08. Ah! não durmas, desperta donzela
09. Virgem vaidosa
10. Venho de longe
Joaquim Bonifácio de Siqueira (Goiás, 1883-1923) & Joaquim Sant’Anna (Goiás, 1882-1915)
11. Distante da pátria

Fontes Culturais da Música de Goiás vol. 3 – 1983
Modinhas tradicionais
Faixas 01 a 05 – Maria Augusta Calado (meio-soprano) & Maristela Cunha (piano)
Faixas 06 a 11 – Maria Augusta Calado (meio-soprano) & Márcio Alencastro Veiga (violão)

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Mais um LP do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
Digitalizado por Avicenna

Boa audição16c9uex.

Avicenna

20 Modinhas de Joaquim Manuel da Câmara: Luiza Sawaya (soprano) & Pedro Persone (fortepiano) – (Acervo PQPBach)

11htb9hO gerente do nosso SAC, Sr. Voxpopuli Voxdei,  entrou esbaforido na sala:
– Atenção! Atenção! Um ouvinte nosso, que está quase morrendo congelado em Nova Iorque, acabou de ligar para o meu celular e pediu para postarmos as “20 Modinhas” em arquivo flac!!
– Como você sabe que não foi um trote, Voxpopuli?
– O meu celular e o meu ouvido estavam congelados quando ele desligou!!!!
– Opa! Vamos postar, então, urgentemente …

20 Modinhas Portuguesas de Joaquim Manuel da Câmara, notadas e arranjadas com acompanhamento para fortepiano por Sigismund Neukomm

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Sawaya (soprano) & Pedro Persone (fortepiano) – 1998

Mais um CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Boa audição.

 

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Avicenna

Música na Corte Brasileira – Vol. 1 de 5: O Vice-Reinado (Acervo PQPBach)

qq7i3aMúsica na Corte Brasileira – Vol. 1 de 5
Rio de Janeiro – Vice-Reinado

LP de 1965

 

Até alguns anos passados, não seria possível realizar esta série de discos que a Odeon denominou “Música na Corte Brasileira” e com a qual se associa às comemorações do IV Centenário de Fundação da Cidade do Rio de Janeiro.

Efetivamente, o repertório de que se compõe este primeiro volume da série é, por assim dizer, inteiramente novo para os ouvidos das últimas gerações de brasileiros.

São peças buscadas nos arquivos de Lisboa, de Paris e do Brasil, que trazem, com o sabor característico de documentos amarelecidos pelo tempo, a evocação de uma época distante, quando o Rio de Janeiro, prestigiado com a presença da família real e da nobreza portuguesa, passou a ser a sede da Corte de D. Maria I, a Louca.

O Principe Regente, governando em nome de sua Augusta Mãe, era um Bragança e, como tal, portador de um atávico pendor para a música.

Nao é de estranhar que esse pendor se exercesse em primeiro lugar no templo, já que, filho de uma rainha cujo misticismo chegou ao delírio e à loucura, D. João trazia do berço o hábito de rezar o terço ouvindo o cantochão.

Fora do templo, havia o salão, onde se fazia música com viola e cravo. E, somente em dose diminuta, havia também a música de teatro.

O primeiro autor a figurar no repertório aqui apresentado é Joaquim Manuel, mestiço carioca nascido no século XVIII e que ainda em 1820 vivia no Rio de Janeiro. Joaquim Manuel passou à História graças à maneira excepcional com que executava “une petite viole française, appelée cavaquinho” e ao talento musical que revelava compondo modinhas.

Sem saber uma nota de música, Joaquim Manuel causou forte impressão em alguns viajantes e cronistas da época, entre os quais Freycinet e Balbi, além de Neukomm, o músico austríaco que, permanecendo no Rio de Janeiro de 1816 a 1821, levou para a Europa algumas das modinhas de Joaquim Manuel, harmonizando e fazendo-as publicar num album, em 1824, ano em que foi anunciado a venda, em Lisboa, no Armazém de Música de J. B. Waltmann.

A descoberta das modinhas de Joaquim Manuel se deve a Luis Heitor, que encontrou recentemente na Biblioteca do Conservatório de Paris as harmonizações autógrafas de Neukomm, para canto e piano. Do album impresso em Paris não há notícia de um único exemplar.

As modinhas de Joaquim Manuel constituem o que de melhor existe na música profana do Brasil Colonia e podemos ouvir aqui as seguintes: Se me Desses um SuspiroSe Queres Saber a Causa, Foi o Momento de Ver-te, Triste Salgueiro e Desde O Dia em que Nasci.

De Marcos Antonio (Marcos Portugal, 1762-1830), com poema de Domingos Caldas Barbosa (1740-1800), é a modinha Você Trata o Amor em Brinco, peça descoberta pelo autor destas notas na Biblioteca Nacional de Lisboa.

Marcos Portugal, o orgulhoso musico português cujo nome figura no programa dos principais teatros da Europa como autor de óperas, veio para o Rio de Janeiro em 1811, aqui permanecendo até 1830, quando, vitimado por um “ataque paralítico”, faleceu em estado de pobreza, na casa de uma velha fidalga que dele se apiedou, a Marquesa de Aguiar. Caldas Barbosa, autor do poema, é o criador da modinha e do lundu de salão. Transportando-se para Lisboa em 1770, foi ele o primeiro brasileiro a levar para os salões da aristocracia lisboeta esses dois gêneros musicais, nos quais repontam os primeiros indícios de nacionalidade brasileira.

Recolhidas pelo naturalista Von Martius em 1817/18, que as publicou no apêndice musical do seu monumental “Reise in Brasilien”, aparecem aqui duas modinhas anônimas: No Regaço da Ventura, modinha mineira cujo poema pude identificar como sendo da autoria de Tomas Antonio Gonzaga, e Uma Mulata Bonita, lundu da Bahia.

Canidê-Ioune (ave amarela) é a curiosa peça com que nos deparamos agora. A melodia harmonizada para coro por Villa-Lobos, foi recolhida dos índios Tamoios por Jean de Lery em 1557, na Baia de Guanabara, nas imediações do Rio Carioca, na Praia do Flamengo. A melodia, como se vê, é anterior à fundação da cidade.

Sendo a maior figura da musica colonial brasileira, o Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), deixou uma obra numerosa, da qual conhecíamos pouquíssimas peças. Graças às pesquisas de Cleofe Person de Mattos, começamos a ter do Padre-Mestre o conhecimento auditivo que nos faltava.

De José Maurício são as peças Crux Fidelis, de 1806, Judas Mercator Pessimus de 1809 e, finalmente, a Sinfonia Fúnebre, de 1790, executada nas exéquias do autor em 1830.
(Novembro, 1965, Mozart de Araujo, extraído da contra-capa do LP)

Anônimo da Bahia
01. Uma mulata bonita
Anônimo (Séc. XVIII) & Thomaz Antonio Gonzaga (Porto, 1744-Ilha de Moçambique, 1810)
02. No regaço da ventura
Joaquim Manoel Gago da Câmara (Séc. XVIII) & harmonizada por Sigismund Neukomm
03. Se me desses um suspiro
04. Se queres saber a causa
05. Foi o momento de ver-te
06. Triste salgueiro
07. Desde o dia em que nasci
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830) & Domingos Caldas Barbosa (1740-1800)
08. Você trata o amor em brinco

Anônimo (Rio, séc. XVI) & harmonizada para coro por Villa-Lobos
09. Canidê-Ioune
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
10. Crux fidelis
11. Judas mercator pessimus
12. Sinfonia Fúnebre

Música na Corte Brasileira, Vol 1 – Rio de Janeiro – O Vice-Reinado – 1965
Faixa 01 a 08: Collegium Musicum da Rádio M.E.C., Regência: George Kiszely
Olga Maria Schroeter, soprano
Faixa 09 a 11: Associação de Canto Coral, Diretora: Cleofe Person de Mattos
Faixa 12: Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio M.E.C., Regência: Alceo Bocchino

Selo Odeon, Coordenador-Assistente: Marlos Nobre
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.LP gentilmente ofertado pelo nosso ouvinte Antonio Alves da Silva. Não tem preço!!!!
Digitalizado por Avicenna

 

 

Boa audição.

 

 

 

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Avicenna

Profane deliriums: 18th-century Portuguese Love Songs (Acervo PQPBach)

love songs18th-century Portuguese Love Songs

The most voluptuous imaginable, the best calculated to throw saints off their guard and to inspire profane deliriums (William Thomas Beckford (1760 – 1844), usually known as William Beckford, was an English novelist, a profligate and consummately knowledgeable art collector and patron of works of decorative art, a critic, travel writer and sometime politician, reputed at one stage in his life to be the richest commoner in England.)

Capa: Girl Listening to a Guitar (1796) by Francisco de Goya (1746-1828)

O L’Avventura London e seu diretor Zak Ozmo e as duas sopranos portuguesas Sandra Medeiros e Joana Seara fazem a sua estreia na Hyperion com um álbum deliciosamente espirituoso de canções de amor portuguesas do século XVIII. Descrito por um visitante contemporâneo como “voluptuosas e fascinantes”, estas modinhas têm uma génese incerta, mas é provável que tenham chegado a Portugal a partir do Brasil. Dois estilos altamente contrastantes predominam: um melancólico e lírico, e outro, luminoso e ritmado, muitas vezes com ritmos sincopados na voz. Também são intercaladas por obras instrumentais do período. (extraido da internet)

Anônimo
01. Ganinha, Minha Ganinha
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
02. Tempo Que Breve Passaste
03. Tocata Do Sr Francisco Gerardo
Anônimo
04. Foi Por Mim, Foi Pela Sorte
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
05. Onde Vas Linda Negrinha
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
06. Minuet IV
Anônimo
07. A Minha Nerina
08. E Delicia Ter Amor
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
09. Voce Trata Amor Em Brinco
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
10. Minuete
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
11. Ja, Ja Me Vai, Marilia
Joze Mauricio (Coimbra, 1752- Figueira da Foz, 1815)
12. Sobre As Asas Da Ternura
José António Carlos de Seixas, (Coimbra, 1704 – Lisboa, 1742)
13. Toccata #8
José Maurício (Portugal, 1752-1815)
14. Que Fiz Eu A Natureza?
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
15. Minuet VI
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
16. Cuidados, Tristes Cuidados
José Maurício (Portugal, 1752-1815)
17. E Amor A Lei Suave
Giuseppe Domenico Scarlatti (Nápolis, 1685 – Madri,1757)
18. Sonata In F Minor, Kk 466
Anônimo
19. Os Me Deixas Que Tu Das

18th-Century Portuguese Love Songs – 2012
L’Avventura London. Maestro Žak Ozmo
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puro prazer

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Avicenna

Brasil 500 Anos – Quadro Cervantes

Captura de Tela 2017-09-27 às 15.11.22Considerado pela crítica especializada como um dos melhores conjuntos brasileiros de música antiga, o Quadro Cervantes apresenta um CD em homenagem aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Escolhido cuidadosamente, o repertório do disco reflete quatro momentos estilísticos da história musical luso-brasileira.

Com instrumentos de época. On period instruments.

O Quadro Cervantes utiliza urna série de instrumentos que são cópias fieis (o máximo possível) de exemplares da época. Em alguns casos, porém, a fidelidade absoluta é impossível, por não existir mais exemplares da época. Um exemplo é a vielle empunhada por Mário Orlando – este tipo de instrumento é reproduzido por fabricantes modernos a partir da iconografia. Também, apesar de seguir, quando possível, as práticas instrumentais dos diversos períodos estilísticos da música antiga, em alguns momentos o conjunto se dá o direito de inovar, uma vez que não existe a possibilidade de autenticidade total.

Captura de Tela 2017-09-27 às 15.12.43Atualmente integram o conjunto: Clarice Szajnbrum (soprano), Helder Parente (flautas, baixo e percussão) – Professor de Percepção Musical e Prosódia da UNI-Rio, Mário Orlando (vielle, viola da gamba, flautas, contratenor e percussão) – Diretor Musical do Conjunto de Música Antiga da UFF, e Nícolas de Souza Barros (alaúdes, guitarras renascentista e barroca, violão, coro e percussão) – Professor de Violão Erudito e Música de Câmara da UNI-Rio.

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SÉCULO XIII – Portugal – Cancioneiro Martin Códax
01. Mandad’ei comigo
02. Ondas do mar de Vigo
03. Mia irmana fremosa

SÉCULO XVI – Portugal e Espanha
Luís Milan (Espanha, c.1500-c.1561)
04. Falai miña amor
05. Fantasia 22
Cancioneiro de Hortência, Portugal, séc. XVI
06. Que é q’ vejo
07. Sempre fiz vossa vontade
Diego Ortiz (Espanha, c.1510–c.1570)
08. Recercada Quarta
Cancioneiro de Hortência, Portugal, séc. XVI
09. Ia dei fim
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa
10. Não tragais borszeguis pretos
Luís Milan (Espanha, c.1500-c.1561)
11. Perdido teñyo mi color
Diego Ortiz (Espanha, c.1510–c.1570)
12. Quinta pars
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa
13. Na fomte está Lianor
Cancioneiro de Hortência, Portugal, séc. XVI
14. Señora bem poderey

SÉCULOS XVII e XVIII – Portugal e Brasil
Manuel Rodrigues Coelho (Portugal, 1582-1647)
15. Segundo verso do primeiro tom
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
16. Beata Virgo

SÉCULO XIX – Modinhas e Lundus Brasileiros
Antonio da Silva Leite (Portugal, 1759-1833)
17. Amor concedeu-me um prêmio
Anônimo (modinha imperial coligida por José Maria Neves)
18. Estas lágrimas
Xisto Bahia (1841 – 1894)
19. Iaiá, você quer morrer?
Anônimo (modinha imperial coligida por José Maria Neves)
20. Sinto-me aflita
Danças populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius, 1819
21. Lundu
Anônimo (modinha imperial coligida por José Maria Neves)
22. Ausente, saudoso e triste
Anônimo (modinha imperial coligida por Mário de Andrade)
23. Hei de amar-te até morrer
F. M Fidalgo, 1900
24. La no Largo da Sé

Brasil 500 Anos – 2000
Quadro Cervantes
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motorola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Cantares d’Aquém e d’Além Mar (Acervo PQPBach)

eullrcCantares d’Aquém e d’Além Mar
Luiza Sawaya (voz)
Gisela Nogueira (violão)

“Cantares d’Aquém e d’Além Mar” é o resultado da exploração, amorosa e cuidada, realizada através dos mais de 600 exemplos de música portuguesa e brasileira que compõem os 3 volumes do “Cancioneiro de Músicas Populares” de Cesar das Neves, editado no Porto em 1898, prefaciado por Theóphilo Braga. O critério adotado na escolha desse material foi o de evidenciar a profunda ligação cultural que tem unido Portugal e Brasil desde o descobrimento, mantendo-se viva e prolongando-se durante todo o século XIX.

Se o romance de tradição medieval do Bernal Françoilo tem suas versões encontradas ainda hoje no nordeste do Brasil (quando terá ele atravessado o oceano?), o lundu brasileiro Ai que riso me dá figura no “Cancioneiro de Músicas Populares entre fados lisboetas e chulas minhotas.

140ew0iSe a maior parte da música brasileira profana do século XVIII vai se utilizar de instrumentos de origem ibérica – sobretudo em suas manifestações familiares – é nesta época que o Brasil, ainda colônia, exporta seus primeiros músicos e sua primeira música, carregada de africanismos.

Exemplos são o poeta e músico Domingos Caldas Barbosa que vai encantar a corte portuguesa de D. Maria I com seus lundus rasgados,
bem como a mulata Joaquina Maria da Conceição Lapa, a deslumbrante “Lapinha”, que cantará no Teatro de São Carlos, em Lisboa, óperas de Marcos Portugal.

(texto parcialmente reproduzido da contra-capa)

[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/185136932″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]
Do “Cancioneiro de Músicas Populares”, de Cesar das Neves, Portugal, 1898
01. Bernal Françoilo (romance)
02. Melodia popular d’Anadia
03. A floreira
04. Trovas e danças nº 1 e nº 2
05. Cruel saudade
06. Marcia bela
07. Os pratos na cantareira
08. A partida
09. A Saloia
10. Despedida de Coimbra
[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/185137301″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]
11. Ai que riso me dá
12. Meu anjo, escuta
13. Moqueca
14. Canção das morenas
15. A dália
16. Ru-chu-chu/Ciranda/Pésinho
17. O exílio

Cantares d’Aquém e d’Além Mar (Acervo PQPBach) – 1989
Luiza Sawaya (voz)
Gisela Nogueira (violão)

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Avicenna

Modinhas: Grupo de Serestas “João Chaves”, de Montes Claros, MG (AcervoPQPBach)

ff3apwModinha
Grupo de Serestas “João Chaves”
Montes Claros, MG

“Modinha” é um diminutivo de “moda”, tipo mais antigo de canção portuguesa. Mário de Andrade, em “Modinhas Imperiais”, escreveu: “É jeito luso-brasileiro acarinhar tudo com diminutivos. A palavra modinha nasceu assim”. Assim, também, por razoes de carinho, de choro nasceu “chorinho”. Mas deserdada do afeto da gente, permanece a expressão “moda”, como em “moda de viola”.

Modinha é, pois, canção. Canção é a música produzida pelo mais perfeito instrumento musical jamais inventado que é a voz humana. Ele não tem cravelhas, nem registros, nem pavilhão. Também não tem pedal, nem necessita afinador. Ou antes, tudo isso está dentro do peito, como diria um modinheiro, que é o cantador de modinhas.

A modinha brasileira viajou para Portugal e, a partir de 1775, o poeta e violeiro brasileiro Domingos Caldas Barbosa ‘aparece cantando suas modinhas em Lisboa e observadores e viajantes estrangeiros, como o francês Link,ressaltam a superioridade das modinhas brasileiras em comparação às portuguesas.

Com a corte do Príncipe D.João, a partir de 1808, a modinha de salão voltou ao Brasil. Dali, no século XIX, desceu para a rua, refugiou-se nos becos sob a luz dos lampiões. “Na pausa das vozes, o bater dos corações”. Essa liberdade e este espaço novo ela ganhou pelas mãos dos seresteiros e trovadores.

Poetas e compositores famosos, como Castro Alves e Carlos Gomes, compuseram modinhas. A formação tradicional compõe-se de coro misto e solistas, com acompanhamento de violão, bandolim e flauta. A redescoberta de valores brasileiros no campo da música está revivendo a modinha. Em 1974, dedicamos espaço largo à modinha na coleção de nosso selo ” Música Popular do Centro-Oeste/Sudeste ” e confiamos a interpretação à Nara Leão e Renato Teixeira e os arranjos a Theo de Barros. Lá está entre outras, “Amo-te muito”, de João Chaves, patrono do grupo que gravou este disco.

A modinha refugiou-se e resistiu em Minas Gerais. Ela é tão mineira quanto o queijo e o silêncio. Há quatro anos atrás, recebi de Dr. Hermes de Paula um álbum com tres discos gravados pelo grupo de Serestas “João Chaves” de Montes Claros. Ouvi-os na tarde de um dia em que via-jei para Cannes, para participar do “Midem”. Desembarquei em Paris assobiando modinhas, provocando espanto, emoção e inveja em vários franceses, porque a França não tem modinhas, só tem queijos. Desde então, pretendia gravar um disco com o grupo “João Chaves”.

E a oportunidade surgiu há pouco, está aí o disco. Gravamos em estúdio, mas o clima era de serenata. O grupo, que é amador, formou-se em 1967. Mas seus componentes já cantavam todos, herdeiros de uma fortuna imensa legada pelos avós que lhes transferiram, intocado, um baú que guarda as tradições de Minas Gerais.

Um médico do sertão, Dr.Hermes de Paula, organizou e mantém coeso o grupo. Durante a gravação, deixou o estúdio para ir comprar soro anti-escorpiônico para sua clinica de medicina frequentemente gratuita. Dr. Hermes pesquisa também cultura popular. Reuniu, por exemplo, 200 cantigas de roda de sua terra e do norte de Minas. Viaja para prevenir epidemias, tratar os pobres, recolher e registrar o que conserva ainda o espírito do povo sofrido daquele pedaço do Brasil. Dr.Hermes é uma espécie de governo e padre que tenta salvar o corpo e alma dos seus conterrâneos sertanejos.

A ele ofereço a parte que me coube neste trabalho. E encerro, como ele encerrou o texto de contra-capa do álbum anteriormente gravado;
“E agora, silêncio. Montes Claros vai cantar”

(Marcus Pereira, extraído da contra-capa)

Modinhas
Domínio Público
01. Perdão, Emília
Castro Alves (Bahia, 1847-1871) & Salvador Fábregas (Rio de Janeiro c.1820 – 1880)
02. O gondoleiro do amor
Vicente de Carvalho (Santos, 1866-1924)
03. Ave ferida
Jaime Redondo (S. Paulo, 1890-1952)
04. Saudade
Chiquinha Gonzaga (Rio deJaneiro, 1847-1935)
05. Lua Branca
[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/185116045″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]
Domínio Público
06. Elvira escuta
Abdon Lyra (També, PE, 1888 – Rio de Janeiro,1962) & Adelmar Tavares (Recife, 1888 – Rio de Janeiro, 1963)
07. Stella
Guimarães Passos & Miguel Emilio Pestana
08. Na casa branca da serra
Gonçalves Crespo (Rio de Janeiro, 1846 – Lisboa, 1883)
09. Acorda, minha beleza
[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/185116481″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]
Pedro de Sá Pereira (Porto Alegre, 1892 – ?, 1955) & Ary Machado Pavão
10. Chuá, chuá

Modinhas – 1978
Grupo de Serestas “João Chaves”, de Montes Claros

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Um LP do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
Digitalizado por Avicenna

Boa audição.

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Avicenna

Sarau Brasileiro: Odette E. Dias (flauta) & Elza K. Gushikem (piano) – 1979

Um disco dedicado inteiramente à música brasileira de passadas eras foi produzido no ano passado, em Brasília, e distribuído, como brinde, principalmente entre os associados da Federação Nacional de Associações Atléticas Banco do Brasil – FENAB – que comemorava o segundo aniversário de sua fundação. Este disco, “Sarau Brasileiro”, o Estúdio Eldorado entrega hoje ao público mais amplo, a todos os interessados pelo repertório marcadamente brasileiro.
(Vicente Salles, 1979, extraído da capa do LP)

Um piano e uma flauta dando asas ao nosso imaginário …. aos sonhos … voem …

Sarau Brasileiro
Sigismund Ritter von Neukomm (1778-1858), fantasia sobre “La Mélancolie”, modinha de Joaquim Manuel Câmara
01. L’amoureux (modinha)
Autor desconhecido, recolhido por Mário de Andrade
02. Lundum
Joaquim Antônio da Silva Calado (Rio de Janeiro, 1848-1880)
03. Lundu característico
Clemente Ferreira Júnior (Belém, PA 1864-1917)
04. Noites veladas (valsa)
Anônimo, modinha localizada em arquivos de Mariana, MG
05. Escuta ó Virgem (modinha)
06. Basta, amor (modinha)
07. Lundu mineiro
Ernesto Dias (Belém, PA 1857-1908)
08. Minha esperança (valsa)
Bernardino Belém de Souza (Belém, PA séc. XIX)
09. Casinha pequenina (xótis)
Clemente Ferreira Júnior (Belém, PA 1864-1917)
10. Na maromba (polca)
Carlos Cordeiro Tobias
11. Porto Arthur (tango)
Bernardino Belém de Souza (Belém, PA séc. XIX)
12. No cavaquinho (tango)

Sarau Brasileiro – 1979
Odette Ernest Dias (flauta) & Elza Kazuko Gushikem (piano)
Ao violão, Jaime Ernest Dias

LP de 1979 gentilmente cedido pelo nosso ouvinte Alex (não tem preço!) e digitalizado por Avicenna

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Até os deuses ...
Até os deuses …

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

M. A. Reichert – Afinidades Brasileiras: Odette Ernest Dias (flauta) & Elza Kazuko Gushikem (piano) (Acervo PQPBach)

2pqndhuMatheus André Reichert
Afinidades Brasileiras
Odette Ernest Dias (flauta)
Elza Kazuko Gushikem (piano)

Considerado o mais notável flautista do Império, o belga Matheus André Reichert (Pays-Pas, 1830-1880) chegou ao Brasil em 1859, contratado pelo Imperador Pedro II. Conhecido e admirado por músicos eruditos como Carlos Gomes, Reichert também desenvolveu suas afinidades com o Brasil, com os seresteiros e boêmios da época. Sua brilhante síntese musical é recuperada aqui pela pesquisa pioneira de Odette Ernest Dias.

Considéré comme le plus remarquable flûtiste de l’Empire du Brésil, le belge Matheus André Reichert (Pays-Pas, 1830-1880) arriva à Rio en 1859, contracté par l’Empereur Pedro Il. Connu et admiré par les compositeurs érudits comme Carlos Gomes, Reichert développa ses affinités avec le Brésil au milieu des musiciens bohêmes des sérénades de l’époque. Sa brillante synthèse musicale est récupérée ici par la recherche pionnière de Odette Ernest Dias.

Matheus André Reichert (Pays-Pas, 1830-1880)
1. Souvenir du Para – Andante elégiaque – Opus 10
“Souvenir”. Saudade. Nostalgia das águas escuras do Amazonas e das paisagens desse Brasil que Reichert palmilhou de Norte a Sul, encantando a todos com a sua “flauta mágica”.

2. Tarantelle – Étude de salon – Opus 3
Aqui Reichert voltou a ser internacional, nesta peça de endiabrado ritmo napolitano. Peça de grande brilho, que faz jus à fama de virtuoso do autor.

3. Rêverie – Opus 17
Novamente a melancolia, o sonho, a saudade, nesta peça dedicada ao seu professor Demeur Charton, outro amante do Brasil.

4. La coquette (A faceira) – Polka de salon – Opus 4
Aqui Reichert declara abertamente seu brasileirismo. O título já vem traduzido. Essa mesma “faceira” aparece copiada à mão nos cadernos dos chorões do início deste século, o que mostra como ela se tornou popular.

5. Martha – Petit morceau de salon – Opus 18
Última obra de Reichert, inspirada num tema da ópera de Flotow, que, curiosamente, na hora da variação, se transforma em um quase … “chorinho”, onde tomamos a liberdade de introduzir o violão brasileiro de Jaime Ernest Dias, … pequena licença musical.

6. Romance sans paroles – Opus 11
No estilo da época, tão expressivo em Mendelssohn, essa “romança” adquire, aqui, uma singeleza toda modinheira.

7. La sensitive – Petite polka de salon – Opus 8
Continuando a tradição dos compositores do séc. XVIII, como Couperin e Rameau, Reichert pinta aqui um retrato musical. “A Sensitiva” mostra bem o que aconteceu à polka européia ao contato com o ritmo brasileiro. Ela aderiu à síncope, ao balanço e à flexibilidade do lundu e do batuque, exemplo maravilhoso de síncope musical.

8. Souvenir de Bahia – Andante pastorale – Opus 12
Aqui parece que Reichert trouxe lembranças mais alegres dessa viagem. A tonalidade do mi Maior nos leva às águas azuis e verdes do mar baiano e ao dengue do seu povo colorido.

Afinidades Brasileiras – 1985
Odette Ernest Dias (flauta) & Elza Kazuko Gushikem (piano)
Faixa 5: Jaime Ernest Dias (violão)
Textos extraídos do LP.

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LP de 1985 digitalizado por Avicenna

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Avicenna

Modinha e Lundu: Bahia Musical, séc. XVIII e XIX – Conjunto Anticália (Acervo PQPBach)

1zb6txvModinha e Lundu
Bahia Musical, séc. XVIII e XIX
Conjunto Anticália
1984

O material gravado neste disco ilustrou uma aula de um curso sobre cultura baiana, promovido pelo Centro de Estudos Baiano da UFBA, em 1982. Foi subsequentemente reapresentado uma quase dezena de vezes pelo grupo Anticália, para uma varieda de de platéias, das mais despretensiosas aos eruditos membros de congresso de história. Não faltaram os visitantes dos estados irmãos, e até mesmo um navio inteirinho da universidade americana, que parou no porto de Salvador. Contudo. o propósito maior é o de dar aos baianos, de volta, aquilo que é seu, um espelho de si mesmos. Não se entenda, entretanto, que haja aqui qualquer intenção regionalista ou mesquinha, pois modinha e lundu foram fenômenos não somente brasileiros, mas que envolveram também o outro lado do Atlântico.

A ênfase aqui é de música na Bahia- não da Bahia – tanto assim que não se hesitou até mesmo de incluir dois documentos de procedência portuguesa.

A despeito do interesse da UFBA, o tradicional problema das verbas não teria permitido a realização deste disco não fosse o apoio da COPENE em concretizá-lo. Não somente vale o agradecimento, mas a esperança de que isso se renove, uma vez que a Bahia, entre as demais unidades da federação, é uma das que mais se tem descuidado de sua memória musical.

A bibliografia musical brasileira carece assim de uma monografia, em profundidade, sobre as modinhas e lundus, vistos sob uma ótica baiana. Se esse é o objetivo futuro desta pesquisa, fique o ouvinte leigo poupado da controvérsia e da erudição, e apenas sujeito a um desfilar de rosas d’antanho, a que certamente não faltarão muitos deleites e alguns espinhos malvadamente permitidos.

Anticália

Compõem o Conjunto Anticália as instrumentistas Selma Alban, Conceição Perrone, Cristina Tourinho e Cândida Williams e a cantora Renata Becker (soprano), com a colaboração neste disco de Helder Parente, instrumentista e cantor.

Rendem uma homenagem de profundo carinho a Bárbara Vasconcelos, um de seus membros mais atuantes e talentosos, prematuramente levada de seu convívio e de promissora contribuição à vida musical da Bahia.

Manuel Veiga é etnomusicólogo, com doutorado na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Atualmente é Chefe do Departamento de Música da Universidade Federal da Bahia.
(extraído da contra-capa, 1984)

Modinha e Lundu: Bahia Musical, séc. XVIII e XIX
Anônimo
01. Landum
Anônimo (Séc. XVIII)
02. Quem ama para agravar
03. Eu nasci sem coração – Lundum
04. É tão bom, não dói, nem nada
Anônimo (Recolhido Von Martius entre 1817-1820)
05. Foi-se Josino e deixou-me
06. Prazer igual ao que sinto
Anônimo (Séc. XVIII)
07. Iaiazinha, você mesma
Anônimo
08. Tristes saudades
09. Astuciosos os homens são
Anônimo (modinha imperial coligida por Mário de Andrade)
10. Hei de amar-te até morrer
Xisto de Paula Bahia (Salvador, 1841-Caxambu,1894)
11. A mulata
Plínio Augusto Xavier de Lima (Caetité,1845-1873)/Xisto de Paula Bahia (Salvador, 1841-Caxambu,1894)
12. Quis debalde varrer-te da memória – Agora e sempre
Xisto de Paula Bahia (Salvador, 1841-Caxambu,1894)
13. Iaiá, você quer morrer
Anônimo
14. Morena, morena
15. És, Marília, meu arcanjo
16. Minha morena é bonita – Tirana

Modinha e Lundu: Bahia Musical, séc. XVIII e XIX – 1984
Conjunto Anticália


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Um LP do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
LP de 1984 digitalizado por Avicenna.

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Boa audição.

Avicenna

As modinhas do Brasil (Acervo PQPBach)

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As modinhas do Brasil

Eliane Aquino, soprano
Keila de Moraes, mezzo-soprano
Kenny Simões, espineta
Edilson de Lima, violão.

 

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.Segundo Silvio Romero, a modinha teria surgido …
Um outro grupo de escritores, dentre eles Tomaz Borba …
Já o escritor Ernesto Vieira,em seu …
O historiador português Pinto de Carvalho …
José Ramos Tinhorão, por sua vez …

Esse é o início dos 5 primeiros parágrafos do livro “As modinhas do Brasil”, de Edilson de Lima, publicado pela Edusp em 2001, 280 páginas, que apresenta a letra e a partitura de cada modinha abaixo, interpretadas por Eliane Aquino, soprano; Keila de Moraes, mezzo-soprano; Kenny Simões, espineta e Edilson de Lima, violão.

Compositor: Anônimo, séc. XIX/XVIII
01. Você Se Esquiva De Mim
02. Quem Me Vir Aflito E Triste
03.Pelo Amor De Deus
04. Tristemente A Vida Passa
05. Os Me Deixas Que Tu Dás
06. Eu Nasci Sem Coração
07. Ganinha, Minha Ganinha
08. Quem Ama Para Agravar
09. Sinto-Me Aflita
10. Vidinha Adeus
11. Por Desabafar Saudades
12. Choro, Padeço, Suspiro
13. Os Desprezos De Meu Bem
14. A Minha Nerina Gosta Dos Meus Ais
15. Se Fores Ao Fim Do Mundo
16. A Saudade Que No Peito
17. Ninguém Morra De Ciúme
18. Eu Estando Bem Juntinho
19. É Delicia Ter Amor
20. Quem Achou O Q’eu Achei
21. Da Minha Constante Fé
22. Eu Não Sei Minha Constância
23. Meu Amor, Minha Sinhá
24. Minha Mana Estou Gostando
25. Menina Você Vai Hoje
26. Homens Errados E Loucos
27. Cupido Tirano
28. Estas Lágrimas Sentidas
29. Ausente, Saudoso E Triste
30. Não Pode A Longa Distância

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Avicenna

Cantares do Império: Luiza Sawaya (Voz) & Achille Picchi (Piano) – Acervo PQPBach

1zx0e81Canções portuguesas e brasileiras da época do Império, na voz de Luiza Sawaya acompanhada ao piano por Achille Picchi.

Para solicitar a ativação de algum link, deixe sua mensagem clicando no quadradinho em branco no lado superior direito desta postagem.

O século XIX caracteriza-se pela profunda e vasta revolução cultural denominada Romantismo, movimento de mil faces que mergulha suas raízes no século precedente. Prevalece o individual, que se alimenta da volta à Natureza, à Pátria e ao exotismo, estabelecendo uma nova estética centrada no “eu”. Daí a valorização do nacionalismo, onde se incluem as manifestações culturais.

Obedecendo ao pensamento romântico de buscar a autenticidade nacional na música do povo, a exemplo dos russos fortemente impregnados de elemento popular, Cesar das Neves, Gualdino de Campos e Teophilo Braga, em Portugal, realizam um dos mais completos trabalhos na área. Entre 1893 e 1898 publicam mais de 600 canções portuguesas e brasileiras nos 3 volumes do ‘Cancioneiro de Músicas Populares’, documentando não só o texto mas sobretudo a música, de cantos religiosos, de trabalho, canções políticas, de teatro, de dança, modinhas de salão, lundus e, finalmente, diversos hinos. (extraído do excelente encarte que comenta cada música).

Este CD apresenta 22 dessas canções na voz de Luiza Sawaya, acompanhada ao piano por Achille Picchi.

Cancioneiro de Músicas Populares de Cesar das Neves, Porto 1893/1898
01. Hino da Abdicação – Hino Nacional Brasileiro, vol. I, nº 145 (Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva (S. João da Parnaíba, Piauí, 1786-Piraí, RJ, 1852 / Francisco Manuel da Silva (Rio de Janeiro, 1795-1865))
02. A Floreira, vol. II, nº 182 (canção)
03. Trovas e danças nºs 1 e 2, vol. III, nº 533 e nº 534
04. Meu anjo, escuta, vol. I, nº 101 (canção, com texto de Gonçalves Dias)
05. Marcia bela, vol. III, nº 509 (modinha)
06. Ai, que riso que me dá, vol. II, nº 286 (lundu)
07. A Dália, vol. III, nº 541 (dança de roda)
08. Despedida de Coimbra, vol. I, nº 122 (barcarola)
09. Moqueca, vol. III, nº 506 (lundu brasileiro)
10. A partida, vol. II, nº 220 (canção, com poesia de Soares de Passos)
11. Melodia popular d’Anadia, vol. I, nº 32 (fado)
12. Ru-Chu-Chu, vol. I, nº 31 (cantiga das ruas)
13. Cancao das morenas, vol. III, nº 519 (fado)
14. Os teus olhos, vol. II, nº 196 (canção)
15. Os pratos na Cantareira, vol. III, nº 512 (dança)
16. Cruel saudade, vol. II, nº 195 (modinha do Vidigal)
17. Oh, querida, eu gosto de ti, vol. III, nº 342 (cantiga)
18. Serenata à morena, vol. III, nº 356 (fado)
19. Yayá, vol. III, nº 589 (canção)
20. Maria Cachucha, vol. I, nº 72 (cantiga)
21. A Indiana, vol. II, nº 189 (romance)
22. A saloia, vol. II, vol. 177 (canção)

Cantares do Império – 1991
Luiza Sawaya (Voz) – Achille Picchi (Piano)

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Avicenna

Grupo de Música Histórica Klepsidra: Música Profana no Brasil (Séculos XVIII e XIX) – Acervo PQPBach

Dedicado à restauração sonora de obras antigas, o Grupo Klepsidra utiliza instrumentos históricos como o cravo, a flauta doce e a viola da gamba, e apresenta um panorama da música colonial latino-americana, em peças de caráter religioso e profano.

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Formado por Roberto Sussumo Anzai (flauta, gamba), Tiche Puntoni (cravo), Eduardo Klein (flauta, gamba), Beatriz Chaves (flauta) e Eduardo Areias (voz), o grupo foi fundado em 1992 por Eduardo Klein e Tiche Puntoni. Embora a maior parte de sua atenção seja dedicada a peças anteriores ao século XVIII, seu interesse engloba também a música atual, escrita para instrumentos considerados históricos. (Extraído da internet)

Música Profana no Brasil (Séculos XVIII e XIX)
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte1
02. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte2
03. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte3
04. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte4
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830) & Domingos Caldas Barbosa (Rio de Janeiro, 1738 – Lisboa, 1800)
05. Você trata o amor em brinco
Daniel Gottlieb Steibelt (Alemanha,1765-Rússia, 1823)
06. Bacanal (C. 1800)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)/Aria de Thomás Antônio Gonzaga, o Dirceu
07. Marília de Dirceu – Ária
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
08. Fantasia Nº 1 do “Método de Pianoforte” (1821)
Antônio José da Silva (Rio de Janeiro, 1705-Portugal, 1739)
09. Convida, embora convida
10. De mim já se não lembra
João Martins de Souza Barros (início séc. XIX)
11. Dei um ai, dei um suspiro
Antonio Vieira dos Santos (Porto, 1784 – Morretes, PR, 1854)
12. Solo Inglês – Peça do “Cifras de Música para Saltério” (C. 1823)
13. Minuete de Corte – Peça do “Cifras de Música para Saltério” (C. 1823)
14. Zabumba Alegre – Peça do “Cifras de Música para Saltério” (C. 1823)
Anônimo séc. XIX
15. Deixa Dália, flor mimosa
Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
16. Busco a campina serena (C. 1835)
Anônimo séc. XIX
17. Lundu para teclado (C. 1848)Daniel Gottlieb Steibelt (Alemanha,1765-Rússia, 1823)
18. Bacanal II (C. 1800)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)/Aria de Thomás Antônio Gonzaga
19. Os mares, minha bela
Anônimo séc. XIX
20. Landum
Antonio Vieira dos Santos (Porto, 1784 – Morretes, PR, 1854)
21. O Desterro do “Cifras de Música para Saltério” (1823?)
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
22. Aonde vais, linda negrinha (Xula Carioca)

Música Profana no Brasil (Séculos XVIII e XIX) – 2002
Grupo de Música Histórica Klepsidra

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Avicenna

Antigas Cantigas Brasileiras

30bffr6Antigas Cantigas Brasileiras
Renato Motha & Patrícia Lobato

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Antes de abrir o encarte para acompanhar as letras de Prenda Minha, Bodas de Prata, Sabiá lá na gaiola e outras guloseimas com jeito de compota da cristaleira da vovó, o verso de Drummond dá a senha:
“Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!”
É só liberar a saudade …”
Kiko Ferreira (crítico musical) – Estado de Minas – 13/07/1999

Antigas Cantigas resgata canções, valsas e modinhas antigas do nosso cancioneiro popular, muitas delas de domínio público, e a elas confere um tratamento simples e belo. Primoroso também é o trabalho do encarte, de rara beleza.
Maurício Gouvêa (crítico musical) – International Magazine – RJ – dezembro / 1999

Com uma belíssima releitura de valsas, modinhas e canções de domínio público, a dupla Renato Motha e Patricia Lobato esbanjou talento em Antigas Cantigas Brasileiras, mostrando que obras enraizadas na cultura popular têm caráter perene e nunca perdem o viço do novo.
Osvaldo Afonso (jornalista) – Jornal Minas Gerais –24/02/2000

1gly5hComo tudo começou

Desde criança, Renato Motha ouvia na voz de sua mãe as músicas de seresta, valsas, modinhas, e só mais tarde pôde perceber a riqueza daquelas canções que povoaram sua infância. Em 1998, Renato elaborou um projeto com o objetivo de registrar em disco parte desse repertório numa leitura pessoal, mas preservando-lhe a essência.

O álbum

Em 1999, Renato Motha lança com Patricia Lobato o álbum Antigas Cantigas Brasileiras, e recebe sua mãe, Zaíra Fernandes Mota, para dividir com ele a faixa É a ti flor do céu.

A popularidade

O CD Antigas Cantigas obteve grande sucesso de público e crítica, tendo figurado entre os independentes mais vendidos no ano de 1999, além de ter sido trilha para o espetáculo da Escola do Grupo Corpo naquele mesmo ano. Este trabalho foi também escolhido para representar o Estado de Minas Gerais num show especialmente produzido pela Rede Minas na virada do século, exibido pela TVE – RJ.

Baú de pérolas

O álbum Antigas Cantigas nos transporta para um tempo de delicadeza, expressando com simplicidade e requinte toda riqueza inerente a nossa música. Grande parte do repertório é de temas pertencentes ao domínio público, compostos por autores anônimos, além de clássicos de grandes compositores da música brasileira surgidos na primeira metade do século xx, principalmente nos anos 30, período este conhecido como a nossa “Época de Ouro”.
As cantigas, temas folclóricos, cirandas, serestas, valsas e modinhas são parte do inconsciente coletivo nacional, e têm sido ao longo dos anos fonte de inspiração e matéria-prima para a produção das mais relevantes obras da música popular brasileira. Esse acervo nos revela um autêntico retrato sonoro do Brasil em seus primórdios, em uma de suas maiores vocações, ser cancioneiro.

Resgatando

Este trabalho também visa resgatar e levar ao conhecimento das novas gerações parte do enorme, mas pouco difundido, manancial de jóias existentes na cultura musical do nosso país.

Palhinha: ouça 02. Prenda minha

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01. Morena morena (domínio popular)
02. Prenda minha (domínio popular)
03. Eu sonhei que tu estavas tão linda (Lamartine Babo e Francisco Mattoso)
04. Bodas de prata (Roberto Martins e Mario Rossi)
05. Tim tim (domínio popular)
06. Sabiá lá na gaiola (Hervé Cordovil e Mario Vieira)
07. É a ti flor do céu (Teotônio Alves Pereira e Modesto A. Ferreira)
08. Róseas flores d’alvorada (domínio popular – recolhido e arranjado por Mário de Andrade)
09. Adeus Sarita (domínio popular)
10. Pingo d’água (domínio popular)
11. Casinha pequenina (domínio popular – arranjo para piano de Radamés Gnatalli)
12. Quem sabe? (Carlos Gomes e Bittencourt Sampaio)

Antigas Cantigas Brasileiras – 1999
Renato Motha & Patrícia Lobato
Textos extraídos de http://www.renatomothaepatricialobato.com/products/antigas-cantigas/

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Avicenna

Modinhas e Lunduns dos Séculos XVIII e XIX – Segréis de Lisboa (Acervo PQPBach)

a42244Modinhas e Lunduns dos Séculos XVIII e XIX
Segréis de Lisboa

Com instrumentos de época. On period instruments.
To my friend Duckjammy

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Instrumentos originais usados nesta gravação:
Pianoforte – H. Van Casteel, Lisboa, 1763
Guitarra inglesa – Domingos José de Araujo, Braga, 1812

A presente gravação oferece uma selecção do repertório criado para os salões desta sociedade luso-brasileira da viragem do século XVIII para o XIX. Parte desse repertório destinava-se a pequenos conjuntos instrumentais, e era composto muitas vezes por virtuosi da orquestra da Real Câmara de Lisboa, como o violinista Pedro António Avondano ou o flautista espanhol António Rodil, cujas obras se tornaram tão populares que foram objecto de edições impressas de ampla circulação.

Um dos instrumentos solistas mais populares neste período foi a guitarra inglesa, com forma peróide e dez cordas, a qual permaneceu em uso em Portugal muito depois de ter sido esquecida nos restantes países europeus e acabou por isso por ser conhecida como guitarra portuguesa.

António Pereira da Costa foi o autor de uma das raras colecções impressas de obras para este instrumento. Quanto à “Marcha da Retirada” de João José Baldi, trata-se de um exemplo divertido de como uma melodia que entra no ouvido se pode desligar do seu contexto original, à medida que a sua circulação aumenta: a peça, muito provavelmente destinada a ser tocada de forma despreocupada na salinha de qualquer menina de boa família, não é senão um arranjo para cravo da feroz canção revolucionária francesa “Ça ira“…

Mas o género favorito deste repertório de salão é sem dúvida a Modinha, um tipo de canção solista em que as influências da aria cantabile e da canzonetta da tradição operática napolitana se misturam com as doces e sensuais melodias afro-brasileiras, originalmente cantadas pelos escravos negros e gradualmente adaptadas pelos compositores profissionais, tanto no Brasil como em Portugal. No final do século XVIII as modinhas eram já compostas às centenas e circulavam, não só em colecções manuscritas mas também em séries impressas de publicação periódica, como o popular Jornal de Modinhas, editado em Lisboa pelos franceses Milcent e Maréchal.

Os autores iam do poeta mulato e boémio Domingos Caldas Barbosa a cantores da Capela Real como o Tenor Policarpo José António da Silva, a virtuosi instrumentais de renome como o violinista espanhol José Palomino, a músicos de Igreja como António da Silva Leite e a compositores de Ópera distintos como o próprio Marcos Portugal.

2jfwpwkQuanto aos arranjos, as modinhas eram habitualmente escritas para uma ou duas vozes, com um acompanhamento instrumental que podia ser uma simples linha de baixo contínuo, uma parte integralmente realizada para um instrumento obbligato como o cravo, a guitarra ou a guitarra portuguesa, ou até um pequeno conjunto de câmara que podia ir mesmo a um quarteto de cordas com cravo (como exemplo deste último caso veja-se, designadamente, “Menina que vive à moda”, de Palomino, uma canção especificamente composta como Música de cena para uma peça para o teatro da Rua dos Condes, em Lisboa).

A qualidade das modinhas luso-brasileiras foi unanimemente elogiada pelas descrições de diversos viajantes europeus no Brasil, vários dos quais transcreveram exemplos deste género nos seus livros. Um discípulo de Haydn que esteve temporariamente ao serviço da Corte no Rio de Janeiro, Sigismund Neukomm, publicou ele próprio uma colecção de modinhas com acompanhamento de piano, e a fama destas canções chegou mesmo ao próprio Beethoven, que as incluiu na sua colecção de Volkslieder.

Particularmente interessante pela sua evidente natureza inter-cultural é o Lundum, um sub-género no seio da Modinha caracterizado pelo seu ritmo acentuadamente sincopado e por textos que com frequência tendem a conter sugestões eróticas mal disfarçadas. Para grande espanto de alguns dos visitantes estrangeiros mais puritanos, estas canções de forte influência e abordando temas habitualmente considerados inaceitáveis em boa sociedade não pareciam gerar objecções por parte das classes mais elevadas da realidade luso-brasileira, em geral tão conservadoras em quaisquer outros domínios.

Rui Vieira Nery (extraído do encarte)
Universidade Nova de Lisboa
1993

Modinhas e Lunduns dos Séculos XVIII e XIX
António Cláudio da Silva Pereira (Portugal, 1780-1820)
01. Tenho um bicho cá por dentro (modinha)
Jose Forlivesi
02. Hei-de amar a quem me ama (modinha)
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
03. Vem cá, por que foges (modinha)
Domingos Caldas Barbosa (1740-1800) / Anônimo
04. Triste Lereno (modinha)
Antonio Pereira da Costa (Portugal, 1697?-1770)
05. Serenata IV em dó maior
Antonio Galassi (Italie, c.1750-Portugal, 1790)
06. Marcia prejura as leis de amor (modinha)
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
07. Minueto em lá maior
Domingos Caldas Barbosa (1740-1800) / Anônimo
08. Eu nasci sem coração
09. Quando eu não amava (modinha)
Gabriel Fernandes da Trindade (Ouro Preto ,1799/1800-Rio de Janeiro, 1854)
10. Graças aos céus de vadios (lundum)
Policarpo José António da Silva. (Portugal, fl.1770 – ca.1790)
11. De amor sobre as aras (modinha)
António Rodil (Portugal, 1710?-1787)
12. Duetto II en sol maior, allegro/vivo
Anónimo
13. Ganinha, minha Ganinha (lundum)
José Palomino (Spain, 1755-1810)
14. Menina que vive à moda (modinha)
João José Baldi (Portugal, 1770 – 1816)
15. Marcha da retirada (cemb.)
José Palomino (Spain, 1755-1810)
16. Sinto amor de dia em dia (modinha)
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
17. Minueto em ré maior
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
18. Vem meu bem que eu te perdoo (modinha)
Anónimo
19. Menina, você que tem? (lundum)
Domingos Schiopetta (Portugal, sécX VIII-XIX)
20. Quando a gente está com gente (lundum)
Anônimo / Ludwig van Beethoven
21. Seus lindos olhos (modinha)
José Francisco Édolo (Porto, 1792 – ?)
22. Tranquiliza, doce amiga (modinha)
António Rodil (Portugal, 1710?-1787)
23. Duetto em si bemol maior (moderato/minuetto)
Manuel Telles (? – ?)
24. Quando a vejo enfadadinha (lundum)
Alexandre José Pires (1ª metade XIX)
25. Sussurrando amigas auras (modinha)
Joaquim Manoel Gago da Camara (fin du XVIII siècle)
26. Quando te peijo
Anónimo
27. Minha Lília, quem disfruta (modinha)

Modinhas e Lunduns dos Séculos XVIII e XIX – 1993
Segréis de Lisboa
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