Gustav Holst (1874-1934): Os Planetas, Op.32 / Percy Grainger (1882-1961): The Warriors

Gustav Holst (1874-1934): Os Planetas, Op.32 / Percy Grainger (1882-1961): The Warriors

Sou apaixonado pela suíte Os Planetas de Holst. Gosto de ouvir a sua sonoridade repleta de galáxias sonoras. A viagem sideral escrita pelo compositor inglês, faz-me conhecer os humores de cada um dos planetas do Sistema Solar: Marte com a sua força; Vênus com a sua paz e etc. “Os sete movimentos desta suíte aludem aos aspectos mitológicos e astrológicos de cada um dos planetas. O primeiro, com o título de Marte, aquele que traz a guerra, escrito no limiar da Primeira Guerra Mundial, é violento e marcial, sendo percorrido por um ritmo obstinado em 5/4. Em contraste com o primeiro, o movimento seguinte, Vênus, aquele que traz a paz, é lento, com uma música delicada e fantasiosa, pontuada por silêncios expressivos. O terceiro, Mercúrio, o mensageiro alado, é, na realidade, um Scherzo, em que predominam as sonoridades etéreas dos sopros. Júpiter, aquele que traz a alegria, é o movimento seguinte que se desenrola em atmosfera joviel em torno de uma vibrante melodia central. O quinto movimento, Saturno, aquele que traz a velhice, tem um início sombrio que desemboca numa marcha solene, executada pelos metais, para terminar serenamente. O movimento seguinte, Urano, o feiticeiro, é um novo scherzo, em que um motivo de quatro notas, introduzido pelos metais, é desenvolvido num clima de humor diabólico. O último, Netuno, o místico, desenvolve-se em pianíssimo para ir gradualmente se apagando, quando um coro duplo, sem palavras, se junta à orquestra”.

Tenho várias versões dessa obra de Holst, mas a gravação realizada por Gardiner é espetacular. Aparece no post o desconhecido compositor Percy Grainger, nascido na Austrália, mas radicado na Inglaterra. Boa viagem!

Informações extraídas DAQUI.

Gustav Holst (1874-1934) – Os Planetas, Op.32

01. Marte, Deus da Guerra
02. Vênus, Deus da Paz
03. Mercúrio, Mensageiro Alado
04. Júpiter, Deus da Alegria
05. Saturno, Deus da Velhice
06. Urano, o Mago
07. Netuno, o Místico

Percy Grainger (1882-1961) – The Warriors
08. The Warriors

Philharmonia Orchestra
Women’s Voices of the Monteverdi Choir

John Eliot Gardiner, regente

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Holst, cadê Plutão? E a Terra?
Holst, cadê Plutão? E a Terra?

Carlinus

The British Music Colection: Holst (Decca) [link atualizado 2017]

Estreando no PQP, escolhi dar início com a elegância (mas não a pontualidade) britânica, com um compositor que eu gosto muito e que é genericamente injustiçado.

O inglês Gustav Holst é um dos curiosos casos da música que, a exemplo de Pachelbel, Dukas e Ponchielli (entre outros), vivem de uma obra só. Se já tentaram achar gravação de outra ópera de ponchielli que não a gioconda ou outra obra de Dukas que não o l´apprenti sorcier, sabem do que estou falando. Apesar de Pachelbel ser mais fácil, seu Canon é tão famoso acaba deixando todas as suas outras obras pra trás (thanx PQP por postar um Pachelbel diferente).

Holst sofre da mesma síndrome, e seus Planetas acabam por ofuscar suas outras obras. Venhamos e convenhamos, não é sem razão: a suite intergaláctica é a melhor coisa que ele escreveu, mas seu legado não se encerra nisso e ele tem outras obras muito interessantes: a deliciosa suite para cordas St.Paul, o rítmico e bombástico ballet The Perfect Fool, experiências neo-barrocas como o Fugal Concerto, e, claro, suas obras místicas, como Hymn to Jesus, Seven Part Songs, Choral Hymns From The Rig Veda e a curta one-act-opera Saavitri (essas duas, bastante intimistas, inspiradas pela milenar cultura hindu).

Descontando as extravagâncias, Holst é um compositor muito honesto em seus propósitos, dono de um estilo extremamente pessoal, que, apesar de não muito carismático, é direto e objetivo, sendo meu candidato a imediato sucessor do trono de Elgar como melhor compositor inglês. Ademais, orquestrador refinado e talentoso, sabia tratar com o mesmo padrão de qualidade formações de câmara intimistas e grandes orquestrações.

Este é um dos poucos compêndios de sua obra que não apresenta os Planetas como carro chefe, e merece ser ouvido com o mesmo entusiasmo.

THE BRITISH MUSIC COLECTION: GUSTAV HOLST

CD1
1.Choral Hymns From The Rig Veda, Group #3, Op. 26, H 99 – Hymn To The Dawn
2.Choral Hymns From The Rig Veda, Group #3, Op. 26, H 99 – Hymn To The Waters
3.Choral Hymns From The Rig Veda, Group #3, Op. 26, H 99 – Hymn To Vena
4.Choral Hymns From The Rig Veda, Group #3, Op. 26, H 99 – Hymn Of The Travellers
5.Savitri (Opera in One Act) – Savitri! Savitri! I Am Death
6.Savitri (Opera in One Act) – Like A Spectre Of The Forest
7.Savitri (Opera in One Act) – I Am With Thee (Savitri’s Aria)
8.Savitri (Opera in One Act) – Then Enter, Lord; Dwell With Me
9.Savitri (Opera in One Act) – Loneliness & Pain Are Ended
10.Seven Part Songs – Say Who Is This
11.Seven Part Songs – O Love, I Complain
12.Seven Part Songs – Angel Spirits Of Sleep
13.Seven Part Songs – When First We Met
14.Seven Part Songs – Sorrow & Joy
15.Seven Part Songs – Love On My Heart From Heaven Fell
16.Seven Part Songs – Assemble All Ye Maidens
17.The Evening Watch, Op. 43/1
18.A Fugal Concerto For Flute & Oboe, Op. 40/2 – 1. Moderato
19.A Fugal Concerto For Flute & Oboe, Op. 40/2 – 2. Adagio
20.A Fugal Concerto For Flute & Oboe, Op. 40/2 – 3. Allegro

CD2
1.St. Paul’s Suite, Op.29 No. 2, H118 – I. Jig_ Vivace
2.St. Paul’s Suite, Op.29 No. 2, H118 – II. Ostinato_ Presto
3.St. Paul’s Suite, Op.29 No. 2, H118 – III. Intermezzo_ Andante Con Moto
4.St. Paul’s Suite, Op.29 No. 2, H118 – IV. Finale (The Dargason)_ Allegro
5.The Perfect Fool – Ballet Music, Op. 39, H150 – I. Introduction – Dance Of Spirits Of Earth
6.The Perfect Fool – Ballet Music, Op. 39, H150 – II. Dance Of Spirits Of Water
7.The Perfect Fool – Ballet Music, Op. 39, H150 – III. Dance Of Spirits Of Fire
8.Egdon Heath, Op. 47
9.The Hymn Of Jesus, Op. 37
10.A Moorside Suite

Purcell Singers
Janet Baker, Robert Tear, Etc.;
Imogen Holst – English Chamber Orchestra
Christopher Hogwood – The St.Paul Chamber Orchestra
Sir Adrian Boult – London Philharmonic Orchestra / BBC Symphony Orchestra & Chorus
Elgar Howarth: Grimethorpe Colliery Band

CLIQUE PARA BAIXAR – DOWNLOAD HERE CD1
CLIQUE PARA BAIXAR – DOWNLOAD HERE CD2

Já viu nossos mais de 130 endereços para baixar partituras? Clique aqui

Das Chucruten
Repostado por PQP
Trepostado por Bisnaga

Gustav Holst (1874-1934) / György Ligeti (1923-2006) / Tom Zé (1936) e Rita Lee (1947) – Os Planetas / Lux Aeterna / 2001

Vamos a um papo sideral, mas não siderado, ainda: Holst, nascido em 12 de Setembro de 1874 de mãe inglesa e pai sueco, devia ser um desses chatos que adoram astrologia. Nada contra, o problema é que essas pessoas gostam de expressar sua admiração por esta ciência e fazem perguntas, perguntas, perguntas… A fama de Gustav Holst procede principalmente desta obra. Escreveu The Planets durante os finais de semana enquanto trabalhava como professor na St. Paul´s Girls´School de Hammersmith (Inglaterra). Doente de asma, Holst não pode chegar a ser o concertista de piano que ambicionava ser. Seu interesse pelo hinduísmo o levou a aprender o sâncristo… Era um bicho-grilo doente, algo assim. Fruto do seu apaixonado interesse pelo misticismo hindu escreveu ópera Sita (1899-1906) em três atos. Como todo bicho-grilo que se preze, era vegetariano. Já viram.

Composto entre 1913 e 1916, depois que Holst se interessara profundamente pela astrologia, Os Planetas descreve musicalmente as influências planetárias no horóscopo. De Marte expressava seu espírito independente e ambicioso; de Vênus, seu indiscutível afeto e capacidade emotiva; de Mercúrio sua adaptabilidade, rapidez e inteligência e de Júpiter sua capacidade de nos dar abundância e perseverança, algo de que nunca duvidei. Também foi influenciado pelas leituras do um astrólogo qualquer que demonstrava o autêntico papel dos planetas sobre os acontecimentos mundiais. Um super bicho-grilo!

Não obstante, é boa música.

Ligeti era mais razoável e foi levado ao estrelato por outro gênio, Stanley Kubrick, que utilizou justamente Lux Aeterna (1966) em 2001, Uma Odisséia no Espaço (para os brasileiros). Ao que me consta, era uma pessoa normal.

Lux Aeterna é espetacularmente caricaturizada na canção 2001 de Tom Zé e os Mutantes. O arranjador era um imenso talento: Rogério Duprat. Deixamos também esta obra-prima da música brasileira e da ironia universal para ser baixada no PQP Bach. Desta forma, somos obrigados a incluir Tom Zé e Rita Lee em nossa lista de autores. Já estou rindo das críticas daqueles que consideraram a inclusão do jazz um desvio da linha cultural do blog. Certamente terão de protestar novamente, mas desta vez já venho armado e aviso que não responderei aos comentários hostis. Afinal, preconceito é feio, burro e causa acne. Então, de forma profilática, mando-os de antemão tomarem no rabo. Bem, voltando a nosso assunto: exatamente aos 2 minutos da canção, entra Ligeti. Não vá se perder por aí.

Os Planetas

1. Marte, Deus da Guerra
2. Vênus, Deus da Paz
3. Mercúrio, Mensageiro Alado
4. Júpiter, Deus da Alegria
5. Saturno, Deus da Velhice
6. Urano, o Mago
7. Netuno, o Místico

Coro do Conservatório da Nova Inglaterra
Orquestra Sinfônica de Boston
William Steinberg

8. Lux Aeterna

Coro da Rádio do Norte da Alemanha
Helmut Franz

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

2001 (Tom Zé-Rita Lee) pelos Mutantes
Arranjo de Rogério Duprat

BAIXE AQUI A 2001 DOS MUTANTES- DOWNLOAD HERE 2001 BY MUTANTES

PQP