Rapsódia Latina – Obras para violoncelo e piano

Rapsódia Latina – Obras para violoncelo e piano

rapsodia latinaUm dos melhores CDs de repertório moderno e contemporâneo para violoncelo e piano já lançados: formidável de cabo a rabo.

O problema é que depois que ouço o inusitadamente romântico Poema III de Marlos Nobre, acho as outras peças sem encanto, mas admito que é uma preferência pessoal: o Poema é daquelas músicas para você fazer um powerpoint com as fotos de sua namorada e mandar pra ela no próximo 12 de junho (fica a dica).

Rapsodia Latina

01 Marlos Nobre (Brasil, 1939): Poema III – op.94 n.º 3 (2001)
Andante con motto

Gabriela Frank (EUA/Peru, 1972): Manhattan Serenades (1995) *
02 I Uptown
03 II Midtown
04 III Downtown

05 Joaquín Silva-Díaz (Venezuela, 1886-1977): Serenata (1935) *
Andantino, quasi allegretto

Esteban Benzecry (Argentina, 1970): Toccata y Misterio (1991) *
06 Allegro enerqico
07 Misterioso
08 Allegro enerqico

09 Esteban Benzecry (Argentina, 1970): Rapsodia Andina (2002)*
Obra dedicada ao Duo Lin/Castro-Balbi

Luis Sandi (México, 1905-1996): Sonatina (1958) *
10 I Largo – Allegro comodo
11 II Adagio non troppo
12 III Allegro vivo

Marlos Nobre (Brasil, 1939): Desafio II, op.31 n.º 2bis (1968)
13 I Cadenza: calmo e rubato
14 II Desafio: vivo – Lento – tempo vívo

15 Manuel M. Ponce (México, 1882-1948) Lejos de tí (arr. Gloria Lin) *

16 William Bolcom (EUA, 1938): Gingando: Brasilian Tango Tempo
(Tombeau d’Ernesto Nazareth)
– from Capriccio (1985)

Duo Lin/Castro-Balbi:
Jesús Castro-Balbi, cello
Gloria Lin, piano

* Primeiras gravações mundias / world premiere recordings

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Marlos Nobre: qual será o segredo de sua cabeleira?
Marlos Nobre: qual será o segredo de sua cabeleira?

CVL

Grandes Mestres Mexicanos (3 CDs) – Antonio Sarrier (1725-1762), Ricardo Castro (1864-1907), José Rolón (1876-1945), Manuel María Ponce (1882-1948), Candelario Huizar (1883-1970), Silvestre Revueltas (1899-1940), José Pablo Moncayo (1912-1958), Miguel Bernal Jiménez (1910-1956) e Blas Galindo (1910-1993) [link atualizado 2017]

Antes que eu me esqueça: estes três Cds são uma DELÍCIA!!!

Estamos aqui à frente de uma coletânea, com todos aqueles riscos de se postar (e se baixar, e se ouvir) uma coletânea: há sempre que se ter em mente que é um apanhado de execuções, provavelmente boas, mas não as melhores que teremos dessas músicas, que não formam um conjunto pensado por uma orquestra, mas com a importante função de apresentar-nos um novo repertório, do qual somos pouco aprofundados.

E que levante a mão aqui quem é que conhece com relativa profundidade a música erudita mexicana (afora nossos internautas mexicanos, que não são lá tantos assim)! Aí nos damos conta de como desconhecemos a vastíssima música latino-americana, à exceção de uns pontinhos de luz em Brasil, Argentina e México (isso para ficar apenas nos três latinos de maior produção erudita)… Nada! Sabemos muito pouco! E são tantos ritmos, tantas colorações, tantas influências que se entrecruzam nessas músicas…

Abrir essa caixa da música mexicana é como abrir um universo! E um universo belíssimo: temos obras aqui desde o barroco Antonio Sarrier (lindo concerto!), passando pelos românticos/nacionalistas Manoel Maria Ponce, Ricardo Castro  e José Rolón, até chegar aos modernos Candelario Huizar, Silvestre Revueltas, José Pablo Moncayo (que coisa o seu Huapango!), Miguel Bernal Jiménez e Blas Galindo, cobrindo quase 250 anos da música de concerto da Nova Espanha. Uma boa antologia para quem quer conhecer mais da música produzida no teto da Hispano-América.

Em tempo: se quiser conhecer mais, visite o blog do Música Iberoamericana de Concierto (essa coletânea não tem lá). Você vai adorar!

E pra você ter uma noção, a Huapango, que abre o CD1 (no vídeo aqui com Dudamel regendo a Simon Bolívar):

Ouça! Ouça! Deleite-se!

GRANDES MAESTROS MEXICANOS
de la Música Clásica y sus obras.

CD 1
José Pablo Moncayo (Guadalajara, 1912 – Ciudad de México, 1958)
01. Huapango
Manuel María Ponce (Fresnillo, 1882 – Ciudad de México, 1948)
02. Romanzetta
03. Estampas Nocturnas, I. La Noche
04. Estampas Nocturnas, II. En Tiempos del Rey Sol
05. Estampas Nocturnas, III. Arrulladora
06. Estampas Nocturnas, IV. Scherzo de Puck
Ricardo Castro (Nazas, 1864 – Ciudad de México, 1907)
07. Minueto en Sol Mayor Op. 23
José Pablo Moncayo (Guadalajara, 1912 – Ciudad de México, 1958)
08 Bosques

CD 2
Blas Galindo (San Gabriel, 1910 – Ciudad de México, 1993)
01. Sones de Mariachi
Silvestre Revueltas (Santiago Papasquiaro, 1899 – Cidade do México, 1940)
02. Sensemaya
03. Redes
04. La Noche de los Mayas, I. Noche de los Mayas
05. La Noche de los Mayas, II. Noche de Jaranas
06. La Noche de los Mayas, III. Noche de Yucatán
07. La Noche de los Mayas, IV. Noche de Encantamiento
08. Janitzio
Antonio Sarrier (Espanha, 1725 – México, 1762)
09. Sinfonía en Re Mayor, I. Obertura (Andante)
10. Sinfonía en Re Mayor, II. Andante
11. Sinfonía en Re Mayor, III. Fuga (Allegro)

CD 3
Candelario Huizar (Jerez de García Salinas, 1883 – Ciudad de México, 1970)
01. Pueblerinas, I. Moderato Flessibile-Allegro
02. Pueblerinas, II. Lento
03. Pueblerinas, III. Allegro Vivo
Miguel Bernal Jiménez (Morelia, 1910 – León, 1956)
04. El Chueco
José Rolón (Zapotlán el Grande, 1876 – Ciudad de México, 1945)
05. Concierto para Piano y Orquesta, I. Allegro Enérgico
06. Concierto para Piano y Orquesta, II. Poco Lento
07. Concierto para Piano y Orquesta, III. Allegro con Fuoco

Créditos:
CD1
Orquesta Sinfónica Nacional / Sergio Cárdenas, regente / Sala Nezahualcóyotl, Ciudad de México, 1980 (Faixas 01 e 08)
Camerata de la Orquesta Sinfónica Nacional / Luis Samuel Saloma, violín / Sergio Cárdenas
Sala Nezahualcóyotl, Ciudad de México, 1981 (Faixas 02 a 07)
CD2
Orquesta Sinfónica Nacional / Luis Herrera de la Fuente / 1969 (Faixa 01)
New Philharmonia Orchestra / Eduardo Mata / 1976 (Faixas 02, 03 e 08)
Orquesta Sinfónica de Xalapa / Luís Herrero de la Fuente / Sala Nezahualcóyotl, Mexico, 1980 (Faixas 04 a 07, e 09 a 11)
CD3
Orquesta Filarmónica de la Ciudad de México / Fernando Lozano / Sala Nezohualcóyotl, Ciudad de México, 1981 (Faixas 01 a 04)
Orquesta Sinfónica Nacional / Miguel García Mora, Piano / Luis Herrero de la Fuente / 1969 (faixas 05 a 07)

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Rai-ai-ai! Y viva México!

Bisnaga

Andrès Segovia (1893-1987) – Fantasía para un Gentilhombre, Concierto del Sur, Concerto nº6

01 03

FDP voltou de viagem inspirado. E resolveu atender ao pedido de um leitor/ouvinte, que preferiu não se identificar, e postar um CD tendo o violão como instrumento solista.

O missivista desta postagem reconhece que foi um violonista medíocre em seus tempos de adolescente, mas logo reconheceu a falta de talento para o tal do instrumento. Aprendeu alguns acordes, alegrou alguns amigos tocando canções de Chico Buarque e Caetano Veloso, arriscou alguns passos no mundo do rock´n´roll, mas sua falta de talento era por demais patente, e decidiu doar o instrumento para um sobrinho, que talvez pudesse fazer melhor uso dele…

Mas a paixão pelo instrumento continuou. E quando teve acesso ao mundo do violão enquanto instrumento solista frente a uma orquestra sinfônica, ficou estarrecido com as possibilidades múltipla do mesmo. Claro que se apaixonou pelo Concierto de Aranjuez, de Joaquim Rodrigo, e pelas peças para alaúde adaptadas para o violão, e tendo intérpretes absolutamente maravilhosos, como Andrès Segovia, Narciso Yepes, John Williams, Julian Bream, os irmãos Romero, Paco de Lucia entre outros.

Mas nesta postagem FDP fará diferente. Até agora foi dado destaque ao compositor, apesar de termos todo o cuidado ao escolhermos os intérpretes. Dessa vez se dará destaque ao intérprete. E que intérprete…

“El señor don Andrés Torres Segovia, marqués de Salobreña¨, mais conhecido como Andrès Segovia, nasceu em 1893 e faleceu, quase centenário, em 1987. É considerado o introdutor do violão nas salas de concerto, que freqüentou durante toda sua vida. Também ajudou no desenvolvimento do instrumento, para melhorar sua acústica nas salas de concerto. Transcreveu inúmeras peças de Bach, Bocherini, entre outros, e ajudou a divulgar pelo mundo inteiro a riquíssima música espanhola. Villa-Lobos compôs seus Doze Estudos para Violão em sua homenagem.

Mas o CD a ser postado faz parte de uma pequena série que a cultuada gravadora Deutsche Grammophon lançou em homenagem ao Mestre, com o simples nome de “Segovia Collection”, composta de cinco cds, onde se destacam compositores espanhóis.

A primeira obra é a maravilhosa “Fantasia para um Gentilhombre”, composta por encomenda a Joaquim Rodrigo. Dividida em quatro movimentos, são variações sobre um tema, onde a força da música espanhola, com forte influência da música flamenca, se destaca. Possuo outras gravações desta obra, inclusive com o genial Narciso Yepes, mas nas mãos mágicas de Segovia ela se transforma na verdadeira e legítima representação da alma espanhola. Ouçam com atenção principalmente o primeiro movimento. É de arrepiar.

Após o belíssimo “Concierto del Sur”, de Manoel Ponce, Segovia envereda no barroco, através da música de Luigi Bocherini, tocando o Concerto para violoncelo nº 6, por ele adaptado para violão.

Nestas obras, poderemos admirar a versatilidade de Segovia, e sua técnica absolutamente perfeita. Com certeza, o que vocês poderão admirar não será apenas um dos maiores violonistas do século XX, mas sim um dos maiores músicos do século.

Joaquin Rodrigo – Fantasía para un gentilhombre.
1. Villano y ricercar
2.Españoleta y fanfare de la caballería de Nápoles
3.Danza de las hachas
4.Canario

Manuel Ponce – Concierto del Sur
5. Allegro moderato
6.Andante
7. Allegro moderato e festivo

Luigi Bocherini – Concerto para violoncelo nº6
8 – Allegro non tanto
9 – Andante cantabile
10 – Allegreto – più mosso

Andrès Segovia – Violão
Simphony of the Air
Enrique Jorda – Diretor

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