Chiquinha Gonzaga (1847-1935): tangos, choros, polkas, corta-jaca, maxixes… (H. Gomes, C. Sverner, P. Moura) – Semana do Dia Internacional da Mulher

Depois de uma curta vida de casada, Chiquinha se revoltou, fugiu, foi viver independente no seu canto, repudiada por todos, parentes e amigos, que não podiam se conformar com aquella ofensa à moral pública. (…) Foi professora de piano, constituiu um chôro para execução de dansas em casas de família, em que se fazia acompanhar do filhinho mais velho, tocador de cavaquinho, com dez anos de idade.
Francisca Gonzaga compôs 77 obras teatrais e umas duas mil peças avulsas. Quem quiser conhecer a evolução das nossas danças urbanas terá sempre que estudar muito atentamente as obras dela. (Mario de Andrade, em artigo de 1940)

Enquanto a mãe de Chiquinha era uma mulher negra que teria sido alforriada na pia batismal, o pai da compositora era um militar de família tradicional carioca e colocou a filha para ter aulas de piano com o maestro Lobo e apresentou-a a Francisco Manuel da Silva (1795-1865), autor do Hino Nacional e fundador do Conservatório do Rio de Janeiro, atual Escola de Música da UFRJ. A família de José Basileu Gonzaga, aliás, era parente distante de Ernesto Nazareth e de Francisco Manuel da Silva (cujo avô era “Silva Nazareth”) (mais sobre o parentesco aqui).

Mas aos 23 anos, ao separar-se do marido, Chiquinha foi considerada morta por seu pai: seu nome era impronunciável na casa dos Gonzaga e ela não pôde criar seus três filhos. O divórcio era um grande escândalo naquela época e, nas palavras de Chiquinha (citada na biografia de Dalva Lazaroni, p.68), “jamais diga que eu abandonei meu primeito marido; eu fui uma vítima que fugiu do seu torturador”.
Ela passava, então, a dedicar-se profissionalmente à música para sua manutenção econômica: dava aulas de piano, tocava à noite na Lapa e na praça Tiradentes, compôs obras teatrais e outras para os salões brasileiros, mas em alguns casos também impressas e vendidas na Europa. Ou seja, se não fosse a separação de seu marido – repito, um escândalo imenso à época – talvez Chiquinha Gonzaga não tivesse uma vida tão cheia de aventuras e inovações. Ela foi autora da primeira marchinha de Carnaval – Ó Abre alas, de 1899 – e atuou também no chamado “teatro de revista”, que passava “em revista” os acontecimentos políticos e sociais do ano, com humor, ironia e música. Chiquinha também atuou na campanha abolicionista nos anos 1880. Imaginem as reações na época a uma mulher que dava opiniões sobre política e regia orquestras em teatros…

É preciso deixar claro, porém, que Chiquinha Gonzaga, assim como seus contemporâneos Ernesto Nazareth (1863-1934) e Pixinguinha (1897-1973), tiveram uma educação musical formal, mas não tiveram a oportunidade de estudar profundamente orquestração: o instrumento que os dois primeiros conheciam bem era o piano. Se vocês virem alguma obra de Chiquinha ser tocada por orquestra, confiram bem se não se trata de um arranjo mais recente. Por outro lado, em 1932, com mais de 80 anos, Chiquinha publicou um grupo de composições para saxofone e para flauta – reunidas sob o título Alma Brasileira. Essas obras, na maioria já publicadas antes para piano solo, apareciam agora reunidas como “chôros para flauta” e “chôros para saxofone” como explica Edinha Diniz, aqui:

O conjunto compreende três volumes, chamados ‘séries’, contendo dez peças cada, num total de 30 músicas, sendo 20 para sax e dez para flauta. O mais curioso é a designação choro para essas músicas impressas, uma vez que elas foram antes  concebidas, e algumas até publicadas, para piano, como ‘polcas’, ‘habaneras’ e ‘tangos’. Por que somente na década de 1930 uma compositora que estreou em 1877, e que sempre fora ligada às rodas de choro, atuando inclusive como pianista do conjunto Choro Carioca, liderado pelo compositor e flautista Joaquim Antonio Callado, usaria pela primeira vez a designação choro em sua obra impressa? Por que não antes?
Sabemos que a palavra choro designou, na década de 1870, o conjunto musical Choro Carioca, liderado pelo citado flautista Callado e, por extensão, os conjuntos instrumentais responsáveis pelo abrasileiramento das técnicas de execução dos instrumentos europeus. Em sua formação original, o choro era um grupo musical constituído de uma flauta, um cavaquinho e dois violões, com predominância de um solista. […] Somente mais tarde, o original estilo interpretativo dos gêneros musicais importados tornou-se ele próprio um gênero.

Joaquim Callado (1848-1880) dedicou a Chiquinha sua composição “Querida por todos”, gravada no disco abaixo, de Hercules Gomes. Hercules é um pianista que mistura os clássicos e os populares, tomando certas liberdades interpretativas que provavelmente seriam aprovadas nas rodas de choro de Joaquim Callado, Chiquinha Gonzaga, pixinguinha e Villa-Lobos. Já o outro disco, gravado por Paulo Moura e Clara Sverner, traz gravações mais sóbrias, fiéis aos textos e que parecem querer mostrar o quanto toda essa música é não somente dançante e alegre mas também sofisticada.

No tempo da Chiquinha
1. Gaúcho (O Corta-jaca) (Chiquinha Gonzaga)
2. Água do Vintém (Chiquinha Gonzaga)
3. Cintilante (Chiquinha Gonzaga)
4. Querida por Todos (J. Callado)
5. Cananéa (Chiquinha Gonzaga)
6. Atraente (Chiquinha Gonzaga)
7. Machuca!… (Chiquinha Gonzaga, Patrocínio Filho)
8. Não Se Impressione (forrobodó de Massada) (Chiquinha Gonzaga, Carlos Bettencourt/Luiz Peixoto)
9. Santa (Chiquinha Gonzaga)
10. Argentina (Xi) (Chiquinha Gonzaga)
11. No Tempo da Chiquinha (Laércio de Freitas)
12. Walkyria (Chiquinha Gonzaga)
13. Biónne (adeus) (Chiquinha Gonzaga)
Hercules Gomes – piano
Convidados: Rodrigo Y Castro (flauta) e Vanessa Moreno (voz)
Recorded: Estúdio Arsis, São Paulo, Brasil, fev/2018

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – No tempo da Chiquinha (2018)

Vou Vivendo
1 Vou Vivendo (Benedito Lacerda, Pixinguinha)
2 Lamento (Pixinguinha)
3 Ingênuo (Benedito Lacerda, Pixinguinha)
4 Atraente (Chiquinha Gonzaga)
5 Amapá (Chiquinha Gonzaga)
6 Io T’Amo (Chiquinha Gonzaga)
7 Monotonia (Radamés Gnattali)
8 Samba-Canção (Radamés Gnattali)
9 Devaneio (Radamés Gnattali)
10 Fantasia (Ronaldo Miranda)

Clara Sverner – piano
Paulo Moura – saxofone
Recorded: Escola Nacional de Música, Rio de Janeiro, Brasil, jan/1986

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Vou Vivendo (1986)

PS: Todas as fotos desta postagem mostram a rua Riachuelo, onde Chiquinha Gonzaga viveu boa parte de sua vida. Antes chamada rua de Matacavallos, ela vai dos Arcos da Lapa até perto do Campo de Santana e Igreja de Santana, onde Chiquinha se casou aos 15 anos de idade (igreja demolida para a construção da Central do Brasil e Av. Pres. Vargas). Na rua de Mata-Cavallos também moraram Dom Casmurro e Capitu, Villa-Lobos e Pixinguinha. Em 1865 a rua recebeu o nome de Riachuelo em homenagem a uma batalha naval na nojenta guerra em que brasileiros e aliados massacraram homens, mulheres e crianças paraguaias. As fotos são respectivamente de 1915, 1928, 1958 e 1965. Ao fundo, na penúltima foto, vê-se o alto prédio da Mesbla, próximo da Cinelândia, inaugurado em 1934, quando Chiquinha ainda era viva.

Fui, cheguei aos Arcos, entrei na rua de Matacavallos. A casa não era logo alli, mas muito além da dos Invalidos, perto da do Senado.
(Machado de Assis – Dom Casmurro – grafia original)

Pleyel

Modinhas: Grupo de Serestas “João Chaves”, de Montes Claros, MG (AcervoPQPBach)

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Grupo de Serestas “João Chaves”
Montes Claros, MG

“Modinha” é um diminutivo de “moda”, tipo mais antigo de canção portuguesa. Mário de Andrade, em “Modinhas Imperiais”, escreveu: “É jeito luso-brasileiro acarinhar tudo com diminutivos. A palavra modinha nasceu assim”. Assim, também, por razoes de carinho, de choro nasceu “chorinho”. Mas deserdada do afeto da gente, permanece a expressão “moda”, como em “moda de viola”.

Modinha é, pois, canção. Canção é a música produzida pelo mais perfeito instrumento musical jamais inventado que é a voz humana. Ele não tem cravelhas, nem registros, nem pavilhão. Também não tem pedal, nem necessita afinador. Ou antes, tudo isso está dentro do peito, como diria um modinheiro, que é o cantador de modinhas.

A modinha brasileira viajou para Portugal e, a partir de 1775, o poeta e violeiro brasileiro Domingos Caldas Barbosa ‘aparece cantando suas modinhas em Lisboa e observadores e viajantes estrangeiros, como o francês Link,ressaltam a superioridade das modinhas brasileiras em comparação às portuguesas.

Com a corte do Príncipe D.João, a partir de 1808, a modinha de salão voltou ao Brasil. Dali, no século XIX, desceu para a rua, refugiou-se nos becos sob a luz dos lampiões. “Na pausa das vozes, o bater dos corações”. Essa liberdade e este espaço novo ela ganhou pelas mãos dos seresteiros e trovadores.

Poetas e compositores famosos, como Castro Alves e Carlos Gomes, compuseram modinhas. A formação tradicional compõe-se de coro misto e solistas, com acompanhamento de violão, bandolim e flauta. A redescoberta de valores brasileiros no campo da música está revivendo a modinha. Em 1974, dedicamos espaço largo à modinha na coleção de nosso selo ” Música Popular do Centro-Oeste/Sudeste ” e confiamos a interpretação à Nara Leão e Renato Teixeira e os arranjos a Theo de Barros. Lá está entre outras, “Amo-te muito”, de João Chaves, patrono do grupo que gravou este disco.

A modinha refugiou-se e resistiu em Minas Gerais. Ela é tão mineira quanto o queijo e o silêncio. Há quatro anos atrás, recebi de Dr. Hermes de Paula um álbum com tres discos gravados pelo grupo de Serestas “João Chaves” de Montes Claros. Ouvi-os na tarde de um dia em que via-jei para Cannes, para participar do “Midem”. Desembarquei em Paris assobiando modinhas, provocando espanto, emoção e inveja em vários franceses, porque a França não tem modinhas, só tem queijos. Desde então, pretendia gravar um disco com o grupo “João Chaves”.

E a oportunidade surgiu há pouco, está aí o disco. Gravamos em estúdio, mas o clima era de serenata. O grupo, que é amador, formou-se em 1967. Mas seus componentes já cantavam todos, herdeiros de uma fortuna imensa legada pelos avós que lhes transferiram, intocado, um baú que guarda as tradições de Minas Gerais.

Um médico do sertão, Dr.Hermes de Paula, organizou e mantém coeso o grupo. Durante a gravação, deixou o estúdio para ir comprar soro anti-escorpiônico para sua clinica de medicina frequentemente gratuita. Dr. Hermes pesquisa também cultura popular. Reuniu, por exemplo, 200 cantigas de roda de sua terra e do norte de Minas. Viaja para prevenir epidemias, tratar os pobres, recolher e registrar o que conserva ainda o espírito do povo sofrido daquele pedaço do Brasil. Dr.Hermes é uma espécie de governo e padre que tenta salvar o corpo e alma dos seus conterrâneos sertanejos.

A ele ofereço a parte que me coube neste trabalho. E encerro, como ele encerrou o texto de contra-capa do álbum anteriormente gravado;
“E agora, silêncio. Montes Claros vai cantar”

(Marcus Pereira, extraído da contra-capa)

Modinhas
Domínio Público
01. Perdão, Emília
Castro Alves (Bahia, 1847-1871) & Salvador Fábregas (Rio de Janeiro c.1820 – 1880)
02. O gondoleiro do amor
Vicente de Carvalho (Santos, 1866-1924)
03. Ave ferida
Jaime Redondo (S. Paulo, 1890-1952)
04. Saudade
Chiquinha Gonzaga (Rio deJaneiro, 1847-1935)
05. Lua Branca
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Domínio Público
06. Elvira escuta
Abdon Lyra (També, PE, 1888 – Rio de Janeiro,1962) & Adelmar Tavares (Recife, 1888 – Rio de Janeiro, 1963)
07. Stella
Guimarães Passos & Miguel Emilio Pestana
08. Na casa branca da serra
Gonçalves Crespo (Rio de Janeiro, 1846 – Lisboa, 1883)
09. Acorda, minha beleza
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Pedro de Sá Pereira (Porto Alegre, 1892 – ?, 1955) & Ary Machado Pavão
10. Chuá, chuá

Modinhas – 1978
Grupo de Serestas “João Chaves”, de Montes Claros

2jcbrls
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Um LP do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
Digitalizado por Avicenna

Boa audição.

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Avicenna

Sarau das Musas: A Canção Brasileira nos Salões , 1830-1930: Léa Vinocur Freitag & Eduardo Villaça (Acervo PQPBach)

350sc4zA canção brasileira nos salões, de 1830 a 1930.

“Num salão esmeram-se várias artes: a de receber ou preparar um ambiente de cordialidade e espírito; a de entreter a palestra ou cultivar o humour; dançar uma valsa ou cantar uma ária, declamar ou inspirar versos, criticar com graça e sem maledicência, realçar a beleza feminina nas últimas invenções da moda …”
Wanderley Pinho, in “Salões e Damas do Segundo Reinado”.

Para solicitar a ativação de algum link, deixe sua mensagem clicando no quadradinho em branco no lado superior direito desta postagem.

Léa Vinocur Freitag (Canto) – Eduardo Villaça (Piano)
Araújo Porto Alegre/Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
01. Lá no Largo da Sé
Anônimo
02. Róseas flores d’alvorada
Almeida Garret/Antonio Carlos Gomes (Campinas, 1836-Belém, 1896)
03. Suspiro d’alma
Bittencourt Sampaio/Antonio Carlos Gomes (Campinas, 1836-Belém, 1896)
04. Quem sabe
Dr. Velho Experiente (pseudônimo de Carlos Gomes)/Antonio Carlos Gomes (Campinas, 1836-Belém, 1896)
05. Conselhos
Osório Duque-Estrada/Alberto Nepomuceno (1864-1920)
06. Trovas
Rose Méryss/Arthur Napoleão (1843-1926)
07. Adieu, je pars
Anônimo
08. Morena, morena
09. Foi numa noite calmosa
10. A Casinha Pequenina
José Alves Pinto
11. Muqueca Sinhá (Bendegó)
Ernesto de Souza/Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
12. A Morena
Leopoldo Fróes (1882-1938)
13. Mimosa
Corrêa Vasques/Rosina Mendonça
14. Teu Olhar
Francisco Patti/Marcelo Tupinambá (1892-1958)
15. Canção Nupcial
Alberto Costa (1886-1934)
16. Serenata
17. Canto da Saudade

Sarau das Musas (A Canção Brasileira nos Salões – 1830-1930) – 1998
Léa Vinocur Freitag (Canto) – Eduardo Villaça (Piano)

CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Encarte: Português & English

.Boa audição!

guarda da rainha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

500 anos de Brasil – Quarteto Egan interpreta 10 compositores brasileiros [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

Lá nos idos anos 2000, houve uma batelada de comemorações pelos 500 anos do “descobrimento” do Brasil. Aliás, nosso descobrimento é bem interessante: ocorreu em 1500, quatro anos depois do Tratado de Tordesilhas, que dividiu a América entre Portugal e Espanha. Os portugueses dividiram o que nem tinham descoberto ainda, claro… Sei… História bem contada essa…

Bom, apesar da estranheza dos dados históricos e do questionamento da data e das comemorações, os festejos foram responsáveis pela produção de muito material cultural de alta qualidade até em anos posteriores. Uma dessas produções foi este álbum de hoje: 500 anos do Brasil. Assim, ele acaba sendo um apanhado bem legal da música brasileira, desde o período do Reino Unido a Portugal até os dias atuais, interpretada ou reinterpretada (algumas peças foram arranjadas para esta gravação) para quarteto de cordas, com o pernambucano Quarteto Egan.
O passeio musical que os músicos propõem começa no Brasil Colônia e chega até dias recentes, com um percurso cronológico das músicas que contempla três Estados brasileiros, conforme o local onde as peças foram compostas: começam pelo século XIX no Rio de Janeiro (Padre José Maurício) e São Paulo (Carlos Gomes), voltam para o Rio no início do século XX (Chiquinha Gonzaga, Alberto Nepomuceno e Sérgio Bittencourt) e chegam à sua terra, Pernambuco, na segunda metade do século (Clóvis Pereira, Luiz Gonzaga, Capiba, Guerra Peixe e Mestre Duda). A organização das faixas do CD acaba tornando-se até didática, pois mostra a música brasileira se soltando, ganhando cada vez mais síncopas, cadências e malemolência conforme o tempo passa e ela se permite ser seduzida pela riqueza popular.

Putz! Muito bom! Ouça! Ouça! Deleite-se!

500 anos de Brasil
Quarteto Egan

Padre José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, RJ, 1767 – 1830)
01. Abertura em Ré
Antonio Carlos Gomes (Campinas, SP, 1836 – Belém, PA, 1896)
02. Quem sabe?
03. Sonata em Ré, IV. Vivace: “O burrico de pau”
Chiquinha Gonzaga (Francisca Edwiges N. Gonzaga – Rio de Janeiro, RJ, 1847 – 1935)
04. Lua Branca
Alberto Nepomuceno (Fortaleza, CE, 1864 – Rio de Janeiro, RJ, 1920)
05. Serenata
Sérgio Bittencourt (Rio de Janeiro, RJ, 1941 – 1979)
06. Modinha
Clóvis Pereira (Caruaru, PE, 1932)
07. Aboio
08. Galope
Luiz Gonzaga (Exu, PE, 1912 – Recife, PE, 1989)
09. Assum Preto
Capiba (Lourenço da Fonseca Barbosa – Surubim, PE, 1904 — Recife, PE, 1997)
10. Valsa Verde
César Guerra Peixe (Petrópolis, RJ, 1914 – Rio de Janeiro, RJ, 1993)
11. Mourão
Capiba (Lourenço da Fonseca Barbosa – Surubim, PE, 1904 — Recife, PE, 1997)
12. Recife, cidade lendária
Mestre Duda (José Ursicino da Silva – Goaiana, PE, 1935);
13. Rafael Bis

Marie-Savine Egan, violino
Raphaëlle Egan, violino
Elyr Alves, viola
Fabiano Menezes, violoncelo
gravado em São Paulo, lançado no Recife, 2001

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…Mas comente… Não me deixe apenas com o silêncio…

Bisnaga