SMETANA 200 ANOS! Bedřich Smetana (1824 – 1884): Má Vlast – Ciclo de Poemas Sinfônicos – Czech Philharmonic Orchestra – Charles Mackerras ֍

SMETANA 200 ANOS! Bedřich Smetana (1824 – 1884): Má Vlast – Ciclo de Poemas Sinfônicos – Czech Philharmonic Orchestra – Charles Mackerras ֍

– 200 Anos desde o nascimento de SMETANA –

Smetana

Má Vlast

Czech Philharmonic Orchestra

Charles Mackerras

 

O Moldava e Praga

Má Vlasta não é uma ópera sobre uma bruxa má chamada Vlast, mas um ciclo de poemas sinfônicos, um gênero musical que se fortaleceu durante o romantismo. Um desses poemas sinfônicos, O Moldava, alude ao rio e é uma das peças mais famosas de Bedřich Smetana, outro compositor além de Bruckner que nasceu em 1824, há duzentos anos. Além de poemas sinfônicos, Smetana compôs lindas peças de câmara assim como óperas.

Sua história foi pontuada por momentos muito difíceis. Por volta de 1855 perdeu uma filha e um filho ainda bem pequenos, num espaço de menos do que um ano. Isso certamente afetou sua saúde tanto física como psicológica. Em 1874 sua audição começou a ser afetada e ele acabou completamente surdo. A despeito disso, nesse ano ele compôs justamente o poema sinfônico O Moldava.

A gravação da postagem reúne a ótima orquestra checa regida pelo maestro inglês Charles Mackerras, que era muito dedicado e estudioso de música checa, numa gravação feita ao vivo em 1999.

Taken down live at the 1999 Prague Spring Festival, Charles Mackerras’ performance offers a typically fresh, vital look at Smetana’s masterpiece. With the Czech Philharmonic in fine form, the result is completely recommendable […] Mackerras’ interpretive insights are subtle, but fans of this music will find plenty to enjoy, such as the correctly played (for once!) trumpet rhythms at the climax of “Vltava”, the carefully balanced brass and string sonorities at the opening of “From Bohemia’s Woods and Fields”, and the propulsive thrust that cleverly disguises the monothematic repetitiousness of “Tábor” and “Blaník”. […] it’s impossible not to welcome music making of this enthusiasm and idiomatic security with anything less than open arms.  [David Hurwitz]

Gravada ao vivo no Festival da Primavera de Praga de 1999, a performance de Charles Mackerras oferece uma visão tipicamente fresca e vital da obra-prima de Smetana. Com a Filarmônica Checa em excelente forma, o resultado é completamente recomendável […] Os insights interpretativos de Mackerras são sutis, mas os fãs desta música terão muito de que desfrutar, como os ritmos de trompete tocados corretamente (pela primeira vez!) no clímax de “Vltava”, as sonoridades cuidadosamente equilibradas de metais e cordas na abertura de “Das florestas e bosques da Boêmia”, e o impulso propulsor que habilmente disfarça a repetitividade monotemática de “Tábor” e “Blaník”. […] é impossível não acolher a produção musical com esse entusiasmo e segurança idiomática de braços abertos. [DH via GTPQP Bach]

Bedřich Smetana (1824 – 1884)

Má Vlast

  1. Vyšehrad
  2. Moldau
  3. Šárka
  4. Z českých lůhu a hájů (Das florestas e bosques da Boêmia)
  5. Tábor
  6. Blaník

Czech Philharmonic Orchestra

Sir Charles Mackerras

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MP3 | 320 KBPS | 174 MB

Sir Charles Mackerras

Another memorable Prague Spring Festival concert, this time from May 1999 and featuring a maestro whose lifelong experience and wisdom in Slavonic repertoire require no further comment. As always the Czech Philharmonic play with an understanding of the idiom possessed by no other orchestra.

Aproveite!

René Denon

O pessoal de multimídia do PQP Bach enviou essa ilustração sobre o tema ‘Smetana’…

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (completa) (Má Vlast) – Malaysian Philharmonic Orchestra, Claus Peter Flor

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (completa) (Má Vlast) – Malaysian Philharmonic Orchestra, Claus Peter Flor

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente interpretação de um importante clássico romântico do qual normalmente conhecemos apenas o famoso segundo movimento O Moldava. Porém este é somente um trecho de uma obra muito maior, um trecho do ciclo orquestral Má Vlast (Minha Pátria), que contém seis poemas sinfônicos sobre diferentes aspectos tchecos. Smetana compôs essas obras épicas à maneira de Franz Liszt, evocando imagens dramáticas através de uma orquestração colorida, pintando cenas naturais e históricas através de temas e harmonias de boêmias. Pode-se supor que apenas uma orquestra tcheca poderia tocar essa música com a intensidade adequada, mas a Orquestra Filarmônica da Malásia, sob o comando do alemão Claus Peter Flor, dá um relato emocionante que pode rivalizar com qualquer outro em energia, paixão e atmosfera. De fato, se a música de Smetana se comunica de forma tão convincente que uma orquestra asiática pode interpretá-la fiel e entusiasticamente, pode-se também dizer que a obra toca emoções universais de orgulho e patriotismo. A orquestra oferece todas as mudanças sutis de ênfase nos ritmos de dança que lhe dão tanto interesse. Os ouvintes que amam O Moldava podem definitivamente se familiarizar com o Má Vlast completo, e esta gravação excepcional fornece uma versão que satisfará tanto os recém-chegados quanto os fãs de Smetana.

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (completa) (Má Vlast) – Malaysian Philharmonic Orchestra, Claus Peter Flor

1 Vyšehrad 14:38
2 Vltava (The Moldau) 12:14
3 Šárka 9:42
4 Z českých Luhů A Hájů (From Bohemia’s Woods And Fields) 12:31
5 Tábor 13:09
6 Blaník 13:10

Conductor – Claus Peter Flor
Orchestra – Malaysian Philharmonic Orchestra

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Com carinho, um Flor para vocês

PQP

Pérolas do Low Budget Price

O ano era 1988. O CD acabava de chegar ao Brasil, depois de uns 4 ou 5 anos de atraso em relação ao resto do mundo. Eu e meus amigos melômanos, no alto de nossos 14, 15 anos, ouvíamos entusiasmados sobre a novidade pelos noticiários da TV e reportagens nos grandes jornais, todos anunciando em letras garrafais: o LP morreu. O mundo se convertia gradativamente ao digital, os computadores pessoais entravam nos lares e se falava de uma grande e obscura rede de comunicação chamada internet.

Para nós, o pacote era realmente convidativo e não tínhamos nenhum saudosismo, pois significava, como decorrência, o fim dos chiados e dos riscos do disco. Justamente um dos chamarizes de marketing: o CD era indestrutível, som puro para toda a vida. Não demorou muito tempo para que percebêssemos que essa historia estava mal contada, o CD não era eterno, mas realmente tinha duas enormes vantagens: não tinha chiado e não se desgastava em cada reprodução.

Nossos olhos se enchiam quando começamos a ver as primeiras prateleiras das lojas de discos acomodando CDs, e mais: muita música clássica, como nunca tínhamos visto antes. Um paraíso.  Talvez pela questão da novidade, mudança de hábitos, e tal, os lojistas começaram pelos clássicos, que justamente levantava a bandeira do scratch-free. A empolgação era tamanha que nem me dei conta de que muitas daquelas gravações não eram as mesmas que comprávamos em LP ou K7. Na verdade, nem atinei para a apresentação dos discos. Como seriam suas capas? Iguais à dos LPs? Capas genéricas iam surgindo e, cegos pela avidez, nem nos tocamos que estávamos comprando budget-price.

Comecei comprando uma gravação do Concerto no.3 de Beethoven, e percebi que aquele som era bem diferente do que estava acostumado. Não era ruim a interpretação, mas como vivíamos em lojas de discos, sabíamos todos os grandes intérpretes. Pollini, Argerich, Michelangeli, Arrau, Weissenberg, Brendel, Kempff, e não era nenhum deles. Para usar uma expressão da época, as fichas começaram a cair: fui conferir e não tinha o nome dos intérpretes na capa! Isso nunca tinha acontecido. Olhei a contracapa (foi difícil achar), e vi que a (ou o, não dava para dizer naquela situação) pianista era uma tal de Dubravka Tomsic e o maestro era um certo Sr. Anton Nanut com uma Sinfõnica da Rádio de Ljiubjana, que sei lá onde era, nem como se pronunciava.

Pouco depois, com o aumento das vendas dos CDs, começaram a chegar também as gravações dos grandes selos, DG, PHILIPS, DECCA, SONY e EMI. Mas este? MOVIEPLAY?? Que diabos?? E por fim as diferenças de preços, não deixavam mentir: eram gravações low budget price, ou como começamos a chamar, CDs de “Baciada”, já que eram oferecidos em grandes lotes como ofertas e pontas de estoque.

Qual era a mágica? Basicamente, uma gravadora espanhola e portuguesa chamada Sonoplay, fundada em meados dos anos 1960 por um dissidente da PHILIPS, teve acesso a fonogramas originais de orquestras e solistas obscuros, principalmente do leste europeu, que, depois da 2a.Guerra, ficaram à mercê de contratos irrisórios para aumentar o orçamento, sem garantia de que seriam lançados algum dia. Em 1968, a gravadora se tornou MOVIEPLAY, e gravava nada além de música folclórica portuguesa e pot-pourris de disco-dance.

O golpe veio com a mudança de suporte. Com o CD, a reciclagem desse material se tornava possível e legítima. Pegaram esses velhos fonogramas, digitalizaram e começaram a vender como produtos novos, em série, alterando os nomes dos intérpretes, omitindo as datas de gravação e afirmando que se tratavam de gravações digitais (a sigla DDD estava sempre presente). Chegaram a inventar alguns nomes: Henry Adolph e Alberto Lizzio são personagens fictícios, este ultimo deliberadamente um pseudônimo do maestro e produtor musical Alfred Scholz, que provavelmente vendeu alguns desses fonogramas. Um disco com o Concerto para Flauta e Harpa de Mozart, regido por esse sr. Lizzio (provavelmente Scholz), e tendo à harpa uma tal Renata Modron – que também não possui NENHUMA referência na internet inteira –  ganharia facilmente o prêmio de pior gravação desse concerto. Nível amador. A festa era tamanha que um mesmo fonograma circulava por vários selos de baixo orçamento, e como ninguém sabia ao certo de quem eram os detentores dos direitos, lançavam e relançavam sem nenhum pudor. A gravadora NAXOS começou fazendo algo muito semelhante, mas tomou o caminho da aprovação crítica e busca pela consagração de qualidade. No caso desses budgets, isso não era sequer cogitado.

Outros maestros e solistas, talvez por ainda estarem vivos e atuantes, acabaram exigindo contratos e direitos sobre as gravações, mas mesmo assim, sendo desconhecidos do circuito Star System dos grandes selos, faziam ou vendiam suas gravações por preços bem mais baixos. O leste europeu às vésperas da Perestroika era um mercado imenso a se explorar.

Neste momento final dos anos 80, a Movieplay começou a lançar essas gravações por toda a Europa e também no Brasil, numa divisão de clássicos que envolvia uma série chamada ‘Digital Concerto’, e uma outra, composta basicamente de coletâneas ao estilo dos pot-pourris antigos, chamada ‘Romantic Classics’, todas com o mesmo design padrão, cuja única variação possível era a pintura de fundo. No meio de um monte de fonogramas genéricos, alguns sem dono e/ou sem registro de intérprete, combinados com outros legítimos, começam a aparecer verdadeiras pérolas: gravações de baixo custo, com esses maestros/orquestras/solistas pouco festejados, mas que se destacam como leituras e interpretações que, não fosse o descaso do marketing envolvido, poderiam sem problemas situarem-se entre os grandes selos e as performances lendárias. Ok, um pouco exagerado, mas quero dizer que sim, há boas gravações no meio da baciada. ‘Barganhas’ como se costuma dizer. Trouxe algumas aqui, que considero realmente registros de excelência que valem a pena divulgar:

 

1.Haydn: String Quartets –  op.1 no.1 ‘Hunting quartet’, op.64 no.5 ‘The Lark’ & op.76 no.3 ‘ Emperor’ – Caspar da Salo Quartet
Este é um caso típico dessas apropriações para evitar pagamento de direitos. O Quarteto ‘Caspar da Salo’, nomeado em função de um famoso Luthier do séc.XVI, Gasparo de Saló, é um embuste, um conjunto fictício, criado por Alfred Scholz para vender fonogramas alheios na onda do digital. Felizmente, a leitura desses quartetos é límpida e precisa, o conjunto tem um equilíbrio sonoro incrivelmente coeso, com uma técnica segura e clara que destaca todo o esplendor das abundantes invenções melódicas de Haydn. Infelizmente jamais saberemos quem está realmente tocando ou quando a gravação foi feita.

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2.Beethoven: Piano Concerto no.3, Pathétique Sonata – Dubravka Tomsic, piano – Anton Nanut, Radio Symphony Orchestra Ljubljana
Sim, Dubravka Tomšič Srebotnjak existe mesmo, nasceu na Eslovênia em 1940 e ainda está viva (Wikipedia). Infelizmente, ficava muito difícil, no meio de um monte de nomes eslavos desconhecidos,  saber quem era quem. Foi preciso um amigo, o saudoso pianista e professor Antonio Bezzan, para nos chamar a atenção para seu talento. E realmente, ao ouvirmos com mais atenção, seu acento eslavo realça uma interpretação bastante pessoal e nada frívola. Técnica e esteticamente, Tomsic demonstra sensibilidade e desenvoltura. Se não chega a impressionar, também não faz feio, e nos revela uma interessante verve russa em Beethoven.

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3.Dvórak: Symphony no.9 ‘From the New World’; Smetana: Die Moldau – Anton Nanut, Radio Symphony Orchestra Ljubljana
No fim das contas, Anton Nanut, que também existe e é real (Norman Lebrecht, em seu blog, até publicou uma nota sobre seu falecimento), acaba se mostrando um regente de primeira grandeza. Comprometido com uma tradição sonora imponente, que mescla reminiscências do império Austro-Húngaro com a verve russa, essa é uma das mais contundentes versões da Sinfonia Novo Mundo. Se não soubéssemos quem está regendo, poderíamos facilmente tomar esta como uma gravação de Szell ou Doráti. Mas o grande destaque deste disco é o Moldau. Sim, nem Kubelik fez um Moldau tão sensível e autêntico. Recomendo sem restrições.
A parte ruim é que também não temos certeza de quem está realmente regendo e nem quando foi feita a gravação. Há vários selos e edições que usam esse mesmo fonograma, e há indicações dúbias nos sites de streaming e lojas virtuais, de que esse Moldau talvez tenha sido regido por Alfred Scholz. Mas uma pesquisa exaustiva nos dá mais referências (e também referências mais antigas) indicando ser de Nanut. Ficamos com ele, por enquanto. O descaso do selo budget inclui também a indicação errada de uma Dança Eslava de Dvorak. Ao invés da op.72 no.1, é na verdade a op.46 no.1. O fato é que é um disco memorável, bom e barato, apesar disso fazer pouca diferença hoje em dia.

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4.Mahler: Symphony no.6 – Hartmut Haenchen, Philharmonia Slavonica
Esta é uma gravação realmente legítima. Haenchen (nascido em 1943) é um maestro relativamente conhecido na Europa, que tem referências autênticas e um site próprio, com uma discografia imensa e um invejável currículo, que inclui até mesmo participações recentes no Festival de Bayreuth. Talvez seja mais conhecido no Brasil por ser especialista em C.P.E. Bach, mas suas incursões na música romântica e pós-romântica são bastante relevantes, tendo sido recentemente apontado como um destaque de profunda conexão com Bruckner e Mahler. É curioso que um regente dessa estatura nunca tenha assinado contratos fixos com grandes selos (aparece de vez em quando na SONY), mas de qualquer modo, essa gravação não nos deixa mentir: é a mais convincente Sexta de Mahler que já ouvi. A fúria com que destaca a sonoridade das angústias mahlerianas é irresistível, ao mesmo tempo que contrabalança o lírico Andante com uma doçura tocante. A percussão é onipresente, as pratadas são épicas, e os golpes do martelo e do tam-tam do último movimento, os mais sonoros que já ouvi. Devastador. A gravação é realmente surpreendente, não apenas pela contundência da leitura, mas também pelo equilíbrio das forças maciças que Mahler evoca. Provavelmente foi o CD de melhor relação custo/benefício que já comprei.
Haenchen gravou outras vezes essa sinfonia, até com a Netherlands Philharmonic, mas essa me parece a mais relevante. Conforme uma crítica que recebeu na Amazon, “an energetic, dinamic, colourful interpretation in only one CD, in a bargain collection. Haenchen is an inmense conductor and I think the appropiate conductor for (for example) Philadelphia or NY orchestras in USA. ” Fica a dica.

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CHUCRUTEN

Bedřich Smetana (1824-1884): Peças para Piano (Čechová)

Bedřich Smetana (1824-1884): Peças para Piano (Čechová)

Este é um disco do romantismo do leste europeu do século XIX. Quem me contou isto foram meus ouvidos. E mais eles não disseram. Não identifico o que há de tcheco na música trazida pela extraordinária Jitka Čechová. Não sei se os temas vêm das danças do povo às margens do Moldava ou se vêm dos salões do império austro-húngaro. Só sei que o CD me agradou muito! E também que Smetana é considerado o pai da música escola musical tcheca, que Dvořák foi seu sucessor e que Smetana foi, juntamente com Beethoven e Fauré, um dos compositores que escreveram música em total surdez. Ah, e que morreu num manicômio, acometido de problemas neurológicos decorrentes de sífilis.

Bedřich Smetana (1824-1884): Peças para Piano (Čechová)

Dreams (Reves.Six morceaux caracteristiques)
1. Vanished Happiness (Le Bonheur eteint) [4:22]
2. Consolation (La consolation) [4:30]
3. In Bohemia (En Boheme) [4:55]
4. In the Saloon (Au salon) [4:00]
5. In front of the Castle (Pres du chateau) [5:33]
6. Harvest Festival (La fete des paysans bohemiens) [5:01]

Album Leaves (Stammbuchblätter)
7. in B flat major [1:29]
8. in B minor [0:57]
9. Toccatina in B flat major [1:46]
10. in G major [0:52]
11. in G minor [0:50]
12. in E flat minor [3:16]
13. in B flat minor [1:11]
14. Andante in E flat major [2:16]

Polkas
15. Polka in E major [2:50]
16. Polka G minor [5:16]
17. Polka in A major [5:19]
18. Polka in F minor [2:16]

Wedding Scenes´ (Hochzeitsszenen)
19. Wedding Procession (Tempo di marcia) (Der Hochzeitszuk) [3:13]
20. Bridegroom and Bride (Duo. Allegretto ma non troppo) (Das Brautpaar) [2:57]
21. Wedding Festivity – Dance (Allegro vivo) (Das Hochzeitsfest – Der Tanz) [5:27]

Jitka Čechová, piano

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Smetana

PQP

Bedřich Smetana (1824-1884): Quartetos de Cordas – Pražák Quartet ֍

Bedřich Smetana (1824-1884): Quartetos de Cordas –  Pražák Quartet ֍

 

Smetana

Quartetos de Cordas

Pražák Quartet

 

 

No dia 3 de junho de 1970 a Seleção Brasileira de Futebol estreou na Copa do Mundo contra a Seleção da Tchecoslováquia. O Brasil ganharia o jogo de virada, por 4 a 1. Pelé fez seu quase-gol mais antológico – aquele que deveria ter entrado – e foi assim que eu soube da existência deste país, ou par de países, já que naqueles dias os tchecos e os eslovacos andavam assim, siameses, ajuntados. Geografia é uma difícil disciplina. Foi só depois de 1993 que os dois países seguiram caminhos separados, sem, no entanto, sair do lugar, pois se há alguma coisa que não se move é um país.

Estou falando deste assunto pois o compositor da postagem é um dos mais importantes da República Tcheca, que foi assim que passamos a chamar esta parte da Tchecoslováquia de 1993 para cá. Pensava que poderia ser Tchecóvia ou Tchéquia, mas uma vez dito, entendo, República Tcheca é bem melhor.

Smetana, que viveu bem antes disto – suas referências eram Bohemia e Morávia – ficou famoso por suas óperas e pelo ciclo de poemas sinfônicos – Má Vlast (Minha Pátria) e justamente, foi um grande compositor. Eu conhecia o mais famoso destes poemas sinfônicos, Moldava, que alude ao rio que passa por lá, desde tenra infância. Pois agora sei que, assim como Beethoven e Gabriel Fauré, Smetana chegou surdo ao fim de seus dias. A surdez lhe ocorreu quando ainda tinha dez anos de vida pela frente, devido a um derrame, e foi terrível, como podemos tentar imaginar. As obras deste disco foram compostas neste período e formam, com o seu Trio com Piano, o conjunto de suas obras de câmera.

O Quarteto em mi menor, ‘da Minha Vida’, foi composto em fins de 1876 e teve sua estreia em 1878. Brevemente, o primeiro movimento trata do amor que Smetana tinha pela arte e tem uma disposição nostálgica e romântica, terminando com uma nota de premonição sobre o futuro. O segundo movimento – uma polca – trata da juventude e alude às danças. O compositor era tido como um grande dançarino. O terceiro refere-se ao amor de sua vida, aquela que viria a ser sua esposa. O último movimento tem como tema o nacionalismo na música, o que realmente distinguia suas composições, até o momento da fatídica condição de surdez.

Servindo como uma espécie de interlúdio entre os dois quartetos, temos duas peças para piano e violino e são resultado do pedido de um editor de música. Afinal, havia que colocar o pão na mesa. O editor estava de olho no sucesso de vendas de partituras para pequenas combinações com tons étnicos (digamos assim), do tipo das Danças Húngaras de Brahms e as Danças Eslavas de Dvořák, para piano a quatro mãos, que vendiam muito bem.

O Segundo Quarteto, em ré menor, foi composto em 1882-3 como um quase desafio às ordens médicas, de ficar longe da música, uma vez que a saúde de Smetana estava muito agravada e que o levaria à morte realmente pouco tempo depois. Esta obra é de natureza um pouco diferente das anteriores, bem mais compacta e seus aspectos inovadores foram apreciados pelos vienenses Hugo Wolf e Arnold Schoenberg.

Esta gravação é de boa cepa, autêntica até os digital-genes… O Quarteto tem ótima discografia e merece cuidadosa audição.

Bedřich Smetana (1824 – 1884)

Quarteto No. 1 em mi menor – Mého Života (da Minha Vida)

  1. Allegro vivo appassionato
  2. Allegro moderato alla polca
  3. Largo sostenuto
  4. Vivace

Z Domoviny (da Minha Terra Natal) – Duo para piano e violino

  1. Moderato
  2. Moderato. Allegro vivo. Moderato assai. Presto

Quarteto de Cordas No. 2 em ré menor

  1. Allegro
  2. Allegro moderato
  3. Allegro non più moderato, ma agitato e con fuoco
  4. Presto – Allegro

Pražákovo kvarteto (Pražák Quartet)

Václav Remes, violino

Vlastimil Holek, violino

Josef Klusoň, viola

Michal Kaňka, violoncelo

Sachiko Kayahara, piano e Václav Remes, violino (faixas 5 e 6)

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FLAC | 266 MB

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MP3 | 320 KBPS | 143 MB

Observação: O Quarteto Pražák hoje tem outra formação.

O pessoal do ‘Prozak’ Quartet visitando a sede de campo do PQP Bach em Blumenau

De um arguto crítico amador: ‘While it looks to me like “From the Homeland” was written to make a buck, as it was commissioned by a German publisher interested in Eastern European style music, I enjoyed getting to know it, especially the second part, which is played very nicely by Remes and Kayahara’.

Smetana, para os russos, é outra coisa…

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (Má Vlast) – Harnoncourt

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (Má Vlast) – Harnoncourt

Minha Pátria é um conjunto de seis poemas sinfônicos escritos por Bedřich Smetana. De inspiração nacionalista, este poema tem por objetivo retratar cenas da região da Boêmia, de onde o compositor era oriundo.

Smetana passou a vida defendendo a libertação de sua querida pátria das mãos do poderoso Império Austro-Húngaro.  Também é conhecido como o pai da música tcheca.  Talvez ele tenha sido o primeiro compositor a se utilizar dos elementos do folclore e da música popular de seu país. Foi um grande amigo e maior influenciador de Antonín Dvořák, que é o compositor tcheco mais conhecido.

Nikolaus Harnoncourt dispensa apresentações. Com uma carreira internacional reconhecida já há mais de 50 anos, tornou-se um dos grandes regentes do século XX e deste início do século XXI. Suas gravações são sempre reconhecidas como de excepcional qualidade. E nesta sua leitura de Smetana não é diferente.

Convenhamos que com uma orquestra do nível da Filarmônica de Viena as coisas até se tornem um pouco mais fáceis, mas claro que ele impõe sua marca, utilizando um tempo mais cadenciado. Alguns comentaristas se enfureceram com isso. Não vou perder tempo com estas considerações, deixo para os senhores tirarem suas próprias conclusões depois de lerem o excelente booklet assinado pelo próprio Harnoncourt.

(PQP achou o disco sensacional).

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (Má Vlast) – Harnoncourt

1-1 Vyšehrad 15:55
1-2 Vltava 12:54
1-3 Šárka 10:41
2-1 Z Českých Luhů A Hájů 13:52
2-2 Tábor 14:25
2-3 Blaník 15:28

Wiener Philharmoniker
Nikolaus Harnoncourt – Director

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FDPBach (com PQP)

Smetana (1824-1884) & Janaček (1854-1928): Quartetos de Cordas – Jerusalem Quartet

Smetana (1824-1884) & Janaček (1854-1928): Quartetos de Cordas – Jerusalem Quartet

Bedřich Smetanta

Leoš Janáček

Quartetos de Cordas

Jerusalem Quartet

 

Seguindo na tentativa de cumprir minhas ‘decisões de Ano Novo’, avancei um pouco mais no processo de expansão de repertório. Usando a tática de avanço gradual, mas seguro, decidi explorar os quartetos de cordas de Leoš Janáček. E não é que me dei bem? O disco que ouvi é o desta postagem, que traz também o Quarteto ‘Da Minha Vida’, de Smetana. Esta peça de Smetana tem em comum com o segundo quarteto de Janaček o fato de ambos terem sido inspirados em fatos das vidas dos compositores.

O quarteto de Smetana foi composto pouco depois de ele ter ficado surdo e ainda tinha esperança de voltar a ouvir. Particularmente tocante é ouvir o quarto movimento do quarteto, no qual os zumbidos que Bedřich ouvia enquanto sua audição se deteriorava é mencionado.

Kamilla…

O Segundo Quarteto de Janáček é denominado ‘Cartas Íntimas’ e faz referência às muitas cartas que trocou com Kamila Stösslová, uma paixão impossível, uma vez que ela era casada e bem mais jovem do que ele. Você poderá descobrir um pouco mais sobre este caso lendo a postagem do sumo PQP Bach e ainda ouvir a Missa Glagolítica do Leoš Janáček.

O Primeiro Quarteto do Janáček é intitulado ‘Sonata Kreutzer’ (Viva BTHVN 2020!), mas a referência é um conto de Liev Tolstói, que tem este título. Portanto, o quarteto foi nomeado ‘por tabela’.

Posso dizer que gostei do disco, caso contrário no o estaria postando. O Jerusalem Quartet é muito bom, já ouvi outros discos gravados por eles. Assim, espero que você, caso seja tentado por esta postagem, mande-me um bilhete com suas próprias impressões. Pode usar nosso ultrassensível dispositivo de interlocução, que fica no alto da página, no cabeçalho da postagem, escondido pelo quase invisível ‘LEAVE A COMMENT’.

Bedřich Smetanta (1824 – 1884)

Quarteto de Cordas No. 1 em mi menor – ‘Da Minha Vida’

  1. Allegro vivo appassionato
  2. Allegro moderato a la Polka
  3. Largo sostenuto
  4. Vivace

Leoš Janáček (1854 – 1923)

Quarteto de Cordas No. 1 – ‘Sonata Kreutzer’

  1. Con moto
  2. Con moto
  3. Con moto. Vivo. Andante
  4. Con moto (Adagio). Più mosso

Quarteto de Cordas No. 2 – ‘Cartas Íntimas’

  1. Con moto. Allegro
  2. Vivace
  3. Andante. Adagio
  4. Andante. Adagio

Jerusalem Quartet

Alexander Pavlovsky, violino

Sergei Bresler, violino

Ori Kam, viola

Kyril Zlotnikov, violoncelo

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FLAC |210 MB

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MP3 | 320 KBPS | 158 MB

Jerusalem Quartet – sempre há um que é ‘do contra’…

As outras postagens do nosso blog com os dois quartetos de Janáček estão como seus links inativos. Há uma postagem com o Segundo Quarteto que é muito boa! Veja aqui. Tentaremos restaurar os outros links. Portanto, aproveite e vá de Jerusalem Quartet! Aproveite!

René Denon

Bedřich Smetana (1824-1884) – Má Vlast (Minha Pátria) – Rafael Kubelík (1990)

Ma_Vlast_KubelikUm CD sensacional com o registro de um dos mais significativos concertos da longa história da veneranda Orquestra Filarmônica Tcheca, na abertura do Festival Primavera de Praga em 12 de maio de 1990.

Nele, o legendário maestro Rafael Kubelík (1914-1996), ex-diretor artístico da Filarmônica, idealizador do Festival e regente do concerto de abertura de sua primeira edição, em 1946, retornava a seu país e ao pódio da magnífica Sala Smetana da Casa Municipal de Praga após um exílio de 42 anos.

Kubelík, que conseguira manter a Filarmônica ativa mesmo durante a brutal ocupação nazista da Tchecoslováquia, deixou o país após o golpe comunista de 1948, jurando só voltar depois que o país fosse liberado da opressão (“tendo vivido sob uma forma de tirania bestial, o Nazismo, por uma questão de princípios não iria viver sob outra”). Desenvolveu uma brilhante carreira no Reino Unido, Estados Unidos (onde teve problemas na Sinfônica de Chicago por aceitar músicos negros) e, principalmente, na Alemanha, elevando a Orquestra Sinfônica da Rádio Bávara, sob sua batuta, à condição de um dos melhores conjuntos do mundo. Como o mais ilustre exilado tcheco de seu tempo, recebeu vários convites do governo comunista para retornar, ao que respondeu que só voltaria sob a condição de “liberdade de opinião, liberdade de criação, liberdade de expressão, e liberdade de movimento para qualquer tcheco e eslovaco decente, com ou sem talento” – o que, claro, só poderia acontecer depois do colapso do regime comunista da Tchecoslováquia, após a incruenta “Revolução de Veludo” liderada pelo escritor e dramaturgo Václav Havel em 1989.

“Esperei ansiosamente por este momento e sempre acreditei em que algum dia ele chegaria. Sou grato a Deus, à nossa nação inteira, aos amigos, e a todos vocês”, declarou Kubelík ao aterrissar em Praga e beijar o chão da pátria. Esta interpretação elétrica para o ciclo “Má Vlast” de Smetana – tradicional programa de abertura do Festival Primavera de Praga – só atesta sua excitação pela oportunidade longamente aguardada. Alguns leitores-ouvintes estranharão os andamentos escolhidos por Kubelík nesta sua quinta gravação da obra, em especial o do célebre “Vltava” (“O Moldava”), muito diferente do Allegro commodo non agitato prescrito pelo compositor. Entendo que, em lugar de considerar cada um dos poemas sinfônicos peças avulsas, como Smetana os concebeu, Kubelík preferiu abordá-los como movimentos de uma obra maior, enfatizando as citações dos Leitmotiven de cada um que vão ressurgindo nos demais e dando à obra uma coesão raramente vista em outras gravações. Especialmente tocante é a interpretação do solene hino hussita de “Tábor”, evocação da cidade-fortaleza fundada pelos seguidores do reformador Jan Hus e que, aqui, soa como o cerne emocional da obra.

SMETANA – MÁ VLAST – CZECH PHILARMONIC ORCHESTRA – RAFAEL KUBELÍK

Bedřich SMETANA (1824-1884)

Má vlast (“Minha Pátria”), Ciclo de Poemas Sinfônicos

01 – Vyšehrad
02 – Vltava
03 – Šárka
04 – Z českých luhů a hájů (“Das Florestas e Bosques da Boêmia”)
05 – Tábor
06 – Blaník

Česká filharmonie
Rafael Kubelík, regência
Gravado ao vivo na Sala Smetana da Casa Municipal de Praga (“Obecní dům”) na abertura do Festival Primavera de Praga (“Pražské jaro”) em 12 de maio de 1990

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Quem apreciou a gravação certamente gostará de assistir ao vídeo com a íntegra do concerto da Filarmônica Tcheca e do retorno de Kubelík do exílio. Notem a aclamação, durante a fanfarra de abertura (extraída da ópera “Libuše” de Smetana), que o presidente Vacláv Havel e sua esposa recebem ao ingressarem na tribuna de honra; o hino nacional tocado, que ainda é o tchecoslovaco – um híbrido do tcheco “Kde domov můj?” (“Onde está minha casa?”) e do eslovaco “Nad Tatrou sa blýska” (“Sobre os Tatras o clarão”), pois a dissolução pacífica da Tchecoslováquia só ocorreria dois anos depois; o comovente vigor com que Kubelík, então com 86 anos e já muito doente, conduz a Filarmônica Tcheca; e a maravilhosa arquitetura da Sala Smetana, uma das melhores casas de concerto do mundo, que fica dentro da não menos magnífica Casa Municipal de Praga, que é talvez o mais belo exemplo do estilo Art Nouveau e atração imperdível para todos que tiverem o privilégio de conhecer essa Rainha dos Superlativos que é a belíssima capital da Boêmia.

Vassily Genrikhovich

Leos Janacek (1854-1928) – Sonata for Violin & Piano, Bedrich Smetana (1824-1884) – From Homeland, two pieces for Violin & Orchestra, Jaroslav Jezek (1906-1942) – Sonata for Piano & Violin, Bohuslav Martinu (1890-1959) – Duos for Cello & Violin – Josef Suk

Box FrontO violinista tcheco Josef Suk continua desfilando seu talento neste outro CD dedicado apenas a compositores tchecos.  Tocando sonatas acompanhado por piano, ou duos com violoncelo, ele mostra que herdou mesmo o talento de seu avô, além do nome. Outro grande nome que temos neste CD é o do violoncelista francês Andre Navarra. Impressionante o trabalho da dupla nas difíceis peças de Bohuslav Martinu. Espero que apreciem. São músicos de altíssimo nível, mostrando todos os recursos de seus instrumentos.

1. Sonata for Violin and Piano I. Con moto
2. Sonata for Violin and Piano II. Ballade. Con moto
3. Sonata for Violin and Piano III. Allegretto
4. Sonata for Violin and Piano IV. Adagio. Un poco più mosso
5. From the Homeland, 2 pieces for Violin and Piano I. Moderato
6. From the Homeland, 2 pieces for Violin and Piano II. Andantino. Moderato. Allegro vivo. Moderato assai. Presto
7. Sonata for Violin and Piano I. Allegro vivo Allegretto
8. Sonata for Violin and Piano II. Lento
9. Sonata for Violin and Piano III. Largo
10. Sonata for Violin and Piano IV. Allegro
11. Duo for Violin and Cello No. 1, H 157 I. Preludium. Andante moderato
12. Duo for Violin and Cello No. 1, H 157II. Rondo. Allegro con brio
13. Duo for Cello and Violin No. 2, H 371 I. Allegretto
14. Duo for Cello and Violin No. 2, H 371 II. Adagio
15. Duo for Cello and Violin No. 2, H 371 III. Poco allegro

Josef Suk – Violin
Jan Panenka – Piano (1-10)
André Navarra (11-15) – Cello

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Bedřich Smetana (1824 – 1884) – Ma Vlast – Jiří Bělohlávek, Czech Philarmonic Orchestra

coverComo hoje é domingo e estou com preguiça de escrever, fiz um crtl+c crtl+v e copiei o texto do booklet desta excepcional gravação de uma obra capital da música ocidental, e que revelou um dos grandes compositores do século XIX, Bedřich Smetana. O regente é o também tcheco  Jiří Bělohlávek, falecido em maio do ano passado. Esta foi uma de suas últimas gravações e com certeza podemos dizer que está no mesmo nível das realizadas por seu conterrâneo Rafael Kubelik.

“Bedřich Smetana’s reputation as the father of Czech music was sealed by the six symphonic poems known as Má vlast (“My Homeland”). The sparkling musical depictions of his beloved Bohemian landscape, of its vibrant culture and proud history, have come to represent the unquenchable spirit of the Czech nation. What gives this recording such power is the fact that the Czech Philharmonic, and their great conductor Jiří Bělohlávek, have this music in their blood. Smetana was born in 1824 in Litomyšl, Bohemia, a province dominated politically, culturally and linguistically by the giant Austrian Empire. Unable to establish a career in Prague, he spent most of his early career in Gothenburg, Sweden, but often wrote of his longing to return. It was Franz Liszt, his teacher and friend, who visited him and kept him in touch with the wider musical world. As the Habsburg grip weakened, the smaller nations started to assert their independence. In 1861 Smetana returned to Prague ready to play a leading role in establishing a national style of composition. His Bohemian themed operas, such as The Bartered Bride, met with public success, but conservatives called him a “dangerous modernist” and insisted that his operas could not be models for Czech national opera because they were tainted by the progressive ideas of Wagner and Liszt. Nevertheless it was a form pioneered by Liszt — the symphonic poem — that turned out to be the ideal vehicle for expressing Smetana’s patriotic sentiments. After early experiments with the form in Sweden, he began Má vlast in 1872, developing a Romantic, distinctively Czech sound-world that captured the rhythm, colour and sounds of Czech life and culture. The first poem,  Vyšehrad, was finished in 1874, with Vltava following a few months later. Vyšehrad is the great rock standing above Prague and the site of a commanding castle that saw triumph and tragedy over the centuries. Smetana describes the story to his publisher: “The harps of the bards begin; a bard sings of the events that have taken place on Vyšehrad, of the glory, splendour, tournaments, and battles, and finally its downfall and ruin. The composition ends on an elegiac note.” Vltava (or Die Moldau, in German) has always been the most popular of the six movements, and it is one of music’s greatest landscape paintings. A masterly evocation of flowing water, it was written after Smetana visited the countryside with his friend, the conductor Mori Anger, to find the exact spot where the two river Vltavas met. His characterful portrait of the river at the heart of his country describes its passage from the hills of South Bohemia, through forests and meadows, passing a hunt, a wedding and a bevy of water-sprites, before making a spectacular arrival in Prague. Smetana brings back the music from the opening poem as the river flows beneath the great rock of Vyšehrad and disappears into the distance to join the Labe (Elbe) river and ultimately the sea. The two movements were performed in Prague in 1875, but sadly Smetana was unable to hear them. He had lost the hearing in both ears after a sudden acute ear infection. In his last decade he threw himself into composition, adding four more movements to Má vlast. Šárka celebrates the legendary Czech warrior princess, who extracts bloody revenge after her lover is unfaithful. By contrast, Zčeských luhů a hájů (From Bohemian Fields and Groves) is a joyful work, full of the sounds and sights of country life, including birdsong and a lusty village polka. The final two movements are linked by subject and musical material, with the chorale “Ktož jsú boží bojovníci” (“Those who are warriors of God”) as the centrepiece of both. Tábor was the stronghold of the Hussite Rebellion, the fifteenth-century political and religious movement dedicated to Bohemian independence. Blaník refers to the White Mountain, a sort of Czech Valhalla where Hussite warriors slumber through the centuries, ready to come to the rescue of the homeland. “Hence, the chorale that was used as the basic motive in Tábor is also used as the foundation of this piece”, wrote Smetana. “It is on the basis of this melody, the Hussite chorale, that the resurrection of the Czech nation, its future happiness and glory, will develop.” The complete work was performed in Prague in 1882, when it was acclaimed as the true representation of Czech national style. “Everyone rose to their feet and the same storm of unending applause was repeated after each of the six parts”, wrote Smetana’s biographer Václav Zelený. Two years later Smetana died in an asylum in Prague and was given a hero’s funeral. His grave is in the Vyšehrad Cemetery, the name a fitting reminder of his greatest work.”
Amanda Holloway

01. Smetana- Má Vlast, JB1-112-1. Vysehrad
02. Smetana- Má Vlast, JB1-112-2. Vltava
03. Smetana- Má Vlast, JB1-112-3. Sarka
04. Smetana- Má Vlast, JB1-112-4. Z ceskych luhu a haju
05. Smetana- Má Vlast, JB1-112-5. Tábor
06. Smetana- Má Vlast, JB1-112-6. Blanik

Jiří Bělohlávek
Czech Philharmonic Orchestra

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Jiri Belohlavek – 1946 – 2017

Kubelik faz 100 Anos – Bedrich Smetana (1824-1884) – Ma Vlast, 6 Poemas Sinfônicos – Kubelik, Wiener Philharmoniker

51LF-+4rdiL._SX300_Se ainda fosse vivo Rafael Kubelik teria completado 100 anos ontem. O grande regente tcheco nasceu em pleno início da 1ª Guerra Mundial, na antiga Bohemia, então pertencente ao Império Austro-Húngaro e hoje pertencente à República Tcheca.

Dirigiu as mais importantes orquestras, tanto da Europa quanto da América, e foi um dos principais regentes do século XX. Em minha modesta opinião, foi o principal intérprete de Dvorák e Smetana, e sua integral das sinfonias de seu conterrâneo é um dos tesouros de minha cdteca. Assim como esta belíssima versão da “Ma Vlast” de Smetana, gravado com a Filarmônica de Viena.

Kubelik mereceria uma homenagem mais apropriada, mas o tempo urge, e já estou atrasado para começar o meu dia.

Bedrich Smetana (1824-1884) – Ma Vlast, 6 Poemas Sinfônicos – Kubelik, Wiener Philharmoniker

01. Vysehrad
02. Vltava (Die Moldau)
03. Sarka
04. Aus Böhmens Hain und Flur
05. Tabor
06. Blanik

Wiener Philharmoniker
Rafael Kubelik – Conductor

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Rafael Kubelik (1914-1996) foi um dos principais regentes do século XX

FDP

Antonín Dvořák (1841-1904): Sinfonia nº 9 “do Novo Mundo”; Bedřich Smetana (1824-1884): Vltava (Karajan) [link atualizado 2017]

CD lindão, heim !

Se tem uma coisa que Herbert von Karajan fazia bem, era conduzir obras de compositores do romantismo. Creio que ele gostava mesmo daquelas orquestras enormes, do grande volume de som e do grande poder que emana da reunião de tanta gente junta para produzir uma mesma peça. Se pensarmos nisso, é uma coisa extraordinária, mesmo, não?

Nervosão, o maestro austríaco conseguia extrair da orquestra um vigor retumbante. Aqui ele comanda a Sinfonia nº 9 de Dvořák, talvez uma das sinfonias mais conhecidas do mundo, de fama merecida, pela força que emana da obra e a brilhante orquestração de Dvořák. Depois, para não ficar um CD curtinho e dar mais de uma hora de gravação, acrescentou-se do compositor conterrâneo (tcheco) contemporâneo, Smetana, a estonteantemente bela Vltava, na qual Smetana descreve o percurso do Rio Moldávia, que corta a República Tcheca, como se o rio narrasse o que vê pelo caminho que percorre.
Um passeio musical!

E como eu não poderia deixar de recomendar: Ouça, ouça! Deleite-se!

Dvořák, Smetana

Antonín Dvořák (1841-1904)
Sinfonia nº 9 em Mi menor, “do Novo Mundo”
01. I. Adagio – Allegro molto
02. II. Largo
03. III. Scherzo: Molto vivace – Poco sostenuto
04. IV. Allegro con fuoco
Bedřich Smetana (1824-1884)
05. Vltava, de Ma Vlast

Orquestra Filarmônica d eBerlim
Herbert von Karajan, regente
Berlim, 1977

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Seja legal e bonzinho com a gente!
Não nos deixe sós: comente!

Bisnaga

Bedřich Smetana (1824–1884): Abertura e Danças de ‘A Noiva Vendida’ e versão orquestral do quarteto ‘Da Minha Vida’

Esta é uma fantástica gravação de Smetana. Tudo registrado pela Chandos e pelo excelente maestro australiano Geoffrey Simon. Um espanto! A Suíte de A Noiva Vendida está perfeita e o quarteto do tcheco orquestrado por George Szell é absolutamente convincente e soa como uma sinfonia. Se você tem uma boa gravação do Ma Vlast por Kubelik e ainda este CD, você tem o Smetana básico.

Bedřich Smetana (1824–1884)

Overture and Dances from ‘The Bartered Bride’ 24:23
I Overture 6:32
II Dance of the Villagers 4:26
III Polka 4:57
IV Furiant 1:58
V Fanfare 0:41
VI Dance of the Comedians 5:32

String Quartet in E minor ‘From My Life’ 30:30
in e-Moll • en mi mineur
Orchestral version by George Szell
I Allegro vivo appassionato 8:27
‘Romantic longing and foreboding of misfortune’
II Alla polka 5:47
‘The merriment of youth; my love of dancing and dance
music’
III Largo sostenuto 9:28
‘Memories of the happiness of my first love’
IV Vivace – Meno mosso 6:25
‘Joy in discovering how to treat Bohemian national
elements in music; the catastrophe of deafness;
reminiscences of happier days; and resignation’

TT 55:01

London Symphony Orchestra
Geoffrey Simon

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Gente, a beleza exterior não é essencial.
Gente, a beleza exterior não é essencial.

PQP

Leopold Stokowski – Rhapsodies – Liszt, Enescu, Smetana e Wagner

Enquanto digito estas palavras ouço este CD maravilhoso, repleto daquelas peças que nos marcam. Devo dizer que todas as obras que estão neste post fazem parte da minha caminhada como apreciador de música clássica. Tinha essas gravações em fita K-7. Ouvi tanto que as fitas estão imprestáveis. Ressalto, por exemplo, a Rapsódia Romena No. 1 de Enescu e o Moldávia de Smetana, peças de uma beleza singular. Nos tempos da fita K-7 eu ouvia, repetia, voltava a fita e ouvia mais uma vez. Outro aspecto importante desse registro é a presença inominável de Leopold Stokowski, um dos maiores regentes do século XX. Ou seja, é um CD para se ouvir várias vezes, inquestionavelmente. Não deixe de fazê-lo. Boa apreciação!

Franz Liszt (1811-1886) – Hungarian Rhapsody No.2 in C-Sharp Minor
01. Hungarian Rhapsody No.2 in C-Sharp Minor

George Enescu (1881-1955) – Roumanian Rhapsody No.1 in A, Op.11
02. Roumanian Rhapsody No.1 in A, Op.11

Bedrich Smetana (1824-1884) –
The Moldau
03. The Moldau

The Bartered Bride: Overture
04. The Bartered Bride: Overture

RCA Victor Symphony
Leopold Stokowski, regente

Richard Wagner (1813-1883)
Tannhauser · Overture and Venusberg Music
05. Tannhauser · Overture and Venusberg Music

Tristan und Isolde · Prelude to Act III
06. Tristan und Isolde · Prelude to Act III

Symphony of the Air
Leopold Stokowski, regente

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Carlinus

Karajan faz 100 anos – Antonin Dvorak (1841-1904) – Symphonie nº 9 E moll, op. 95 “Aus der NeuenWelt”, Bedrich Smetana (1824-1884) – The Moldau (from Má Vlast)

Para desespero de meu irmão PQP Bach, que se arrepia só de ouvir falar no nome de Dvorak, trago aqui mais um grande trabalho de Herbert von Karajan, desta vez frente a Wiener Philarmoniker. A qualidade da gravação está excepcional, os engenheiros da DG fizeram um excelente trabalho.

Neste mesmo cd teremos outra obra de caráter nacionalista, “The Moldau”, de Smetana, belíssimo poema sinfônico, que faz parte de sua obra maior, “Ma Vlast”, “Minha Pátria”, em que o compositor procura transferir para a música seu sentimento com relação à beleza de seu país.

 Antonin Dvorak (1841-1904) – Symphonie nº 9 E moll, op. 95 “Aus der NeuenWelt”, Bedrich Smetana (1824-1884) – The Moldau (from Má Vlast) 

1. Symphony No.9 in E minor, Op.95 “From the New World” – 1. Adagio – Allegro molto
2. Symphony No.9 in E minor, Op.95 “From the New World” – 2. Largo
3. Symphony No.9 in E minor, Op.95 “From the New World” – 3. Molto vivace
4. Symphony No.9 in E minor, Op.95 “From the New World” – 4. Allegro con fuoco
5. The Moldau (from Má Vlast)
Herbert von Karajan
Wiener Philarmoniker

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