Kathleen Battle e Christopher Parkening – Pleasures of Their Company: John Downland (1563-1626), Charles Gounod (1818-1893), Enrique Granados (1867-1916), Waldemar Henrique (1905-1995), Jayme Ovalle (1894-1955), Francisco Paurillo Barroso (1894-1968) e Manuel de Falla (1876-1946) [link atualizado 2017]

MUITO BOM !!!
fonogramas maravilhosamente fornecidos por Raphael Soares.

Pessoal, olhem (ouçam) como esses americanos mandam bem, especialmente nas músicas brasileiras!

A voz de límpido timbre de Kathleen Battle une-se ao corretíssimo violão de Christopher Parkening para executar 19 canções de muita qualidade. Raphael Soares, que nos enviou o álbum no afã de divulgarmos a música do paraense Waldemar Henrique, afirmou sabiamente sobre este trabalho:

A Kathleen Battle e o Christopher Parkening dispensam apresentações: ambos estão entre os mais renomados músicos americanos da atualidade. É um tanto vergonhoso afirmar que, apesar de ser paraense, só conheci Waldemar Henrique propriamente dito com esse CD e nessa interpretação, o que faz ela ficar na minha cabeça eternamente, e me faz ter um carinho muito especial por essa gravação, apesar do português carregado de sotaque de Battle. A canção Boi-Bumbá é das mais famosas do compositor, e data de 1934, e o arranjo para violão foi feito pelo próprio Parkening. Outras interpretações são destaque no disco, como a Ave Maria de Gounod e o Azulão de Jayme Ovalle.

Bem, é verdade que o álbum é uma grande miscelânea: além de não focar em um autor ou período, há músicas de caracteres bem distintos, desde música renascentista a negros spirituals, passando por ritmos brasileiros… Ainda assim, mesmo que em uma reunião no mínimo inusitada, o repertório é muito bonito: as melodias são, de um modo geral, de grande beleza, muito bem escolhidas levando-se em conta o aspecto puramente belo.

O motivo de postarmos esse álbum, sua razão de estar aqui no P.Q.P.Bach, são as canções brasileiras, e nelas Kathleen Battle, apesar de não pronunciar bem o português (convenhamos: nosso idioma é difícil; belíssimo, porém, difícil…), desenvolve seu canto com muita propriedade: há sentimento nessas faixas, assim como em todo o CD. Vale conferir!

Ouça, ouça! Deleite-se!


Kathleen Battle e Christopher Parkening

Pleasures of Their Company

John Downland (1563-1626)
01. Come again! Sweet love doth now invite
02. Allemande Christopher Parkening
03. What if I never speed?
04. Galliard
05. Fine knacks for ladies
Charles Gounod (1818-1893)
06. Ave Maria
Enrique Granados (1867-1916)
07. La Maja de Goya (from Coleccion de Tonadillas)
Waldemar Henrique (1905-1995)
08. Boi-Bumbá
Jayme Ovalle (1894-1955)
09. Azulão
Francisco Paurillo Barroso (1894-1968)
10. Para ninar
Manuel de Falla (1876-1946)
11. Canción
12. Nana
13. Seguidilla murciana
Negro Spiritual (Tradicional)
14. Ain’t Got Time To Die
15. Lord, I Couldn’t Hear Nobody Pray
16. Ain’t That Good News! (Arr. Russ)
17. Sweet Little Jesus Boy
18. This Little Light Of Mine
19. Ride On, King Jesus!

Kathleen Battle
Christopher Parkening
1990

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (93Mb)

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Bisnaga

Waldemar Henrique (1905-1995) por Isabela Figueiredo [link atualizado 2017]

MUITO BOM !!!

Fonogramas fornecidos com dedicação por Raphael Soares e recebidos com apreço e entusiasmo por Bisnaga.

Que belezinha esse CD! É mais um daqueles álbuns sem pretensões e que consegue ser um prazer só.

Isabela Figueiredo dos Santos, essa mocinha de verde na imagem, com esse ar tão singelo, imprime com sua voz límpida muito sentimento e muita personalidade às canções de Waldemar Henrique.

Na verdade, isso nem é um CD: é o recital de mestrado da jovem e bela Isabela. A qualidade da gravação, já aviso, é baixa e a captação não é boa. No entanto, talvez seja o único trabalho que reuniu todas as Lendas Amazônicas de Waldemar – por isso é legal tê-las na biblioteca – mas das quais (outro senão) perdemos as duas últimas…

Mas não esmoreça! Aproveite que o arquivo é minúsculo (tem somente 8Mb), baixe sem receios e curta a música de Waldemar Henrique com a candura de Isabela. Lindo!

Ouça, ouça! Deleite-se!

Waldemar Henrique (1905-1995)
Lendas Amazônicas

01. Foi o Boto, Sinhá!
02. cobra Grande
03. Tamba-Tajá
04. Matintaperêra
05. Uirapuru
06. Curupira
07. Manha-Nungára
08. Nayá
09. Japiim
10. Uiara (perdido)
11. Pay- Tuna (perdido)

Isabela de Figueiredo, soprano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 8Mb

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Bisnaga

Maura Moreira: O Canto da Terra – Ernani Braga (1888-1948), Luciano Gallet (1893-1931), Jayme Ovalle (1894-1955), Waldemar Henrique (1905-1995), João Baptista Siqueira (1906-1992) e Aloysio de Alencar Pinto (1912-2007) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

MUITO BOM !!!

(postado originalmente em 6 de dezembro de 2012. Repostado agora com arquivo em FLAC)

A postagem de hoje atrasou, mas saiu. Vamos com mais um pouco de música erudita brasileira, brasileiríssima!

Aliás, você conhece ou, pelo menos, já ouviu falar de Maura Moreira? Ah, precisamos conhecê-la!

Maura foi (é) uma contralto brasileira excepcional de sólida carreira no exterior. Mineira de Belo Horizonte, começou seus estudos musicais no Conservatório Mineiro de Música. Após vencer um concurso de canto, deu prosseguimento aos estudos em Viena, onde teve aula com grandes nomes da música erudita. Estreou profissionalmente 1958, no teatro da cidade de Ulm, na Alemanha, interpretando Santuzza, na Cavalleria Rusticana de Pietro Mascagni. No ano seguinte fixou residência naquele país. Ao longo da carreira, acumulou outros papéis importantes, em óperas como Aida, Don Carlo e Madame Butterfly. Integrou, a partir de 1962, a tradicional Casa de Ópera de Colônia.

Por ser brasileira e negra, sempre se dedicou à música do Brasil e à música raiz e folclórica. Em meio Às suas gravações, sempre abriu um espaço para compositores como Villa-Lobos, Jayme Ovalle e Waldemar Henrique, para cantos de nossa terra…

Aqui ela se obrigou a levar sua técnica ao máximo: há uma variedade tão grande de ritmos, cadências, evoluções e síncopas da mesma maneira como grande é este país e diversificada a sua cultura. Há cantos indígenas amazônicos, pontos de orixás, cantos de trabalho, modinhas e canções de vários tipos, que fazem com que Maura Moreira mostre toda a sua versatilidade (e seu belo timbre) com O Canto da Terra. Coisa linda!

Em duas dimensões, no tempo e no espaço, este é um recital abrangente onde temos, pela voz privilegiada de Maura Moreira, um panorama do canto popular na terra brasileira. Popular em seu sentido mais fundamentado, porque profundamente ligado à terra e às suas tradições e acima dos modismos. São cantos de confluências raciais, de heranças espirituais que se somam, buscando pela complexidade da convivência evitar a perplexidade dos desencontros. (Zito Batista Filho, extraído do encarte)

Show de bola! Ouça! Ouça! Deleite-se!

Fonogramas espetaculosamente cedidos pelo paraense Raphael Soares! Inestimável!

Maura Moreira (1933-)
O Canto da Terra

Waldemar Henrique (Belém, PA, 1905-1995)
01. Lendas Amazônicas – Cobra grande
02. Lendas Amazônicas – Tamba-tajá
03. Lendas Amazônicas – Uirapuru
Aloysio de Alencar Pinto (Fortaleza, CE, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 2007) (arr.)
04. Cantos indígenas – Tagnani-tangrê (canto religioso dos índios Nhambiquaras)
05. Cantos indígenas – Canções dos índios botocudos: Céu grande, Macaco barbado na árvore, Minha mulher é boa de verdade
Jayme Ovalle (Belém, PA, 1894 – Rio de Janeiro, RJ, 1955) (arr.)
06. Três pontos de Santo – Chariô
07. Três pontos de Santo – Aruanda
08. Três pontos de Santo – Estrela do mar
Aloysio de Alencar Pinto (Fortaleza, CE, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 2007) (arr.)
09. Três cantos afro-brasileiros – O Fuli-lorerê ê (Canto de Oxalá)
10. Três cantos afro-brasileiros – Yemanjá (Toada à Mãe-d’Água)
11. Três cantos afro-brasileiros – Abá Iogum (Louvação a Ogum)
João Baptista Siqueira (Princesa, PB, 1906 – Rio de Janeiro, RJ, 1992) (arr.)
12. Se meus suspiros pudessem (Modinha do séc. XVIII)
13. Hei de amar-te até morrer (Melodia do séc. XX)
Ernani Costa Braga (Rio de Janeiro, RJ, 1888 – 1948) (arr.)
14. Casinha pequenina (Modinha do séc. XX)
Luciano Gallet (Rio de Janeiro, RJ, 1893 – 1931) (arr.)
15. Morena, morena (Modinha recolhida no Paraná)
Mário Raul de Morais Andrade (São Paulo, SP, 1893 – 1945) (letra)
16. Viola quebrada (Toada de caipira)
Aloysio de Alencar Pinto (Fortaleza, CE, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 2007) (arr.)
17. Sodade (Cantiga de roda de Minas Gerais)
Luciano Gallet (Rio de Janeiro, RJ, 1893 – 1931) (arr.)
18. Tayêras (Chula de mulatas do Norte)
Ubiratan (arr.)
19. Prenda minha (Folclore gaúcho)
Ernani Costa Braga (Rio de Janeiro, RJ, 1888 – 1948) (arr.)
20. Capim di pranta (Folclore gaúcho), (Canto de trabalho de negros escravos)

Maura Moreira, contralto
Sonia Maria Vieira, piano
Rio de Janeiro, 1979


BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3  (114Mb)
FLAC  (192Mb)

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AH, E POR FAVOR… TEÇA ALGUM COMENTÁRIO. DEU UM TRABALHÃO…

Bisnaga

Arthur Moreira Lima interpreta Waldemar Henrique – Waldemar Henrique (1905-1995), Tynnôko Costa, Luiz Pardal e Sergei Firsanov (1982) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

SHOW DE BOLA !

(postado originalmente em 22 de novembro de 2012)

Ah, que orgulho! Hoje o P.Q.P.Bach tem a honra de disponibilizar a vocês as interpretações do fodástico pianista conterrâneo Arthur Moreira Lima sobre as obras do grande compositor paraense Waldemar Henrique! Moreira Lima, assim como um grupo considerável de colegas seus brasileiros, figura no rol dos melhores pianistas do planeta.

O CD é bipartido: a primeira parte contém nove canções ao piano com Moreira Lima e solistas de alta categoria: Adriane Queiroz, Maria Monarcha, Augusto Ó de Almeida e José Maria Cardoso. A segunda parte nos traz três brilhantes fantasias sobre temas henriquianos compostas para piano e orquestra por autores que, para grande parte de nós, são desconhecidos: Luiz Pardal cria a Suíte Waldemar, o russo Sergei Firsanov elabora uma Rapsódia sobre a obra de Henrique e Tynnôko Costa reelabora a canção Tajá-Panema. Um começo mais intimista e um final monumental. Show!

Muito, muito bom! Ouça, ouça!

Arthur Moreira Lima interpreta Waldemar Henrique 
.

Waldemar Henrique (Belém, PA, 1905-1995)
01. Uirapuru
02. Tambatajá
03. Matintaperera
04. Abaluaiê
05. Foi o Boto, Sinhá
06. Boi-Bumbá
07. Minha Terra
08. Senhora Dona Sancha
09. Essa Nêga Fulô
Luiz Pereira de Moraes Filho (Luiz Pardal)
10. Suíte Valdemar, para piano e Orquestra, 1. Uirapuru
11. Suíte Valdemar, para piano e Orquestra, 3. Valsa
12. Suíte Valdemar, para piano e Orquestra, 3. Rolinha
Sergei Firsanov (Moscou, Rússia, 1982)
13. Rapsódia para Piano e Orquestra
Tynnôko Costa (Antonio Carlos Vieira Costa – Belém, PA, 19??)
14. Tajá-Panema, suíte para piano e orquestra

Arthur Moreira Lima, piano (faixas 1-14)
Adriane Queiroz, soprano (faixas 1, 2, 5 e 6)
Maria Monarcha, soprano (faixa 9)
Augusto Ó de Almeida, tenor (faixas 7 e 8)
José Maria Cardoso, baixo (faixas 3 e 4)
Orquestra Sinf do Theatro da Paz (faixas 10-14)
Barry Ford, regente (faixas 10-14)

Belém, Pará, 2005


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MP3  (198Mb)
FLAC  (373Mb)

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Bisnaga

Um tríptico para o bandolim (2): Radamés Gnatalli (1906-1988): Concerto para Bandolim, Suíte Antiga – Waldemar Henrique (1905-1995): Canções e Lendas Amazônicas [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

BAITA DISCÃO !!!

Postado originalmente em 20 de dezembro de 2012.

Bom, hoje é quinta, 20 de dezembro de 2012, véspera do tão propalado Fim do Mundo do Calendário Maia (aliás, eu ainda não entendi: o mundo acaba na madrugada do dia 20 para o 21 ou na madrugada do 21 para o 22?).

De qualquer forma, como já se tornou rotina aqui no P.Q.P.Bach, quinta é dia de música brasileira: postaremos alguma coisa que faça com que vossas almas sublimem, a despeito de qualquer cataclismo que se anuncie!

Aliás, posto em especial este disco hoje porque é um que eu gostaria de estar ouvindo quando tudo estivesse se acabando e eu, alheio a tudo, absorto em sua música, nem percebesse a gravidade do problema que se anunciara na janela…

Por que justo esse? Porque temos dois compositores geniais com músicas igualmente geniais!

Primeiro, é-nos apresentado Radamés Gnatalli, o gaúcho amigo de Tom Jobim (também um dos maiores compositores do século XX) que se tornou essencialmente carioca e que unia como poucos a música erudita ao choro (muitos no exterior chamam-no de Brazilian jazz) de forma tão fluida e fácil  e transitava entre eles como se pulasse entre pedrinhas de um riacho. Simples assim… Em seu inspiradíssimo Concerto para Bandolim e Cordas, parece que erudito e choro sempre estiveram juntos! Já a Suíte Antiga é um pouco mais tradicional, mas mostra um compositor muito versátil.

O Lado B do disco brinda-nos com Waldemar Henrique. O paraense é daqueles raros casos que conseguem fazer de coisas extremamente simples obras de grande força. Suas Canções e Lendas Amazônicas trazem elementos do cancioneiro do Norte do Brasil para dentro do canto lírico e recuperam muito do folclore, das crenças e das tradições das terras da Grande Floresta.

Ambos têm em comum a enorme capacidade de resumir elementos do popular e regional na música erudita, mas de tal forma que a simbiose seja tão grande que fique extremamente difícil de classificar suas composições como “eruditas” ou “MPB”.

Quer um conselho? Ouça esse álbum todo e esqueça que o mundo se acaba amanhã. Ouça! Deleite-se!

Ah, Esse concerto foi transmitido, na época, pela TV Cultura. Um joia!

Radamés Gnatalli e Waldemar Henrique
80 Anos de Música Brasileira

Radamés Gnattali (Porto Alegre, RS, 1906 – Rio de Janeiro, RJ, 1988)
01. Concerto para Bandolim e Cordas, I. Alegro Moderato
02. Concerto para Bandolim e Cordas, II. Lento Expressivo
03. Concerto para Bandolim e Cordas, III. Com Espírito
04. Suíte Antiga para Cordas, I. Abertura
05. Suíte Antiga para Cordas, II. Gavota
06. Suíte Antiga para Cordas, III. Ária
07. Suíte Antiga para Cordas, IV. Minueto
08. Suíte Antiga para Cordas, V. Giga
Waldemar Henrique (Belém, PA, 1905-1995)
09. Trem de Alagoas
10. Canções Amazônicas – Senhora Dona Sancha
11. Lendas Amazônicas, IV. Matinta Perêra (olha o Tom Jobim bebendo um verso das “Águas de Março” aqui…)
12. Coco Peneruê
13. Lendas Amazônicas, III. Tamba-Tajá
14. Lendas Amazônicas, V. Uirapuru
15. Lendas Amazônicas, II. Cobra Grande
16. Lendas Amazônicas, I. Foi o Boto, Sinhá

Joel Nascimento, bandolim (faixas 01 a 08)
Ruth Staerke, soprano (faixas 09 a 16)
Orquestra de Câmara de Blumenau
Norton Morozowicz, regente
Concerto gravado no Teatro São Pedro, Porto Alegre , 1986

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (142Mb):

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POR FAVOR… TEÇA ALGUM COMENTÁRIO. Não me deixe só…

Bisnaga

Waldemar Henrique (1905-1995) – Waldemar Inédito e Raro Henrique [link atualizado 2017]

Discão !!

Voltamos a postar mais um disco de Waldemar Henrique, um dos grandes nomes do (se é que podemos dizer assim) lied brasileiro, que muito bem unia o folclórico com o erudito.

Já bem disse sobre a sua obra a reportagem do Diário do Pará, quando do lançamento deste CD em 2005, comemorativo ao centenário de Waldemar Henrique:

Há 100 anos nascia em Belém Waldemar Henrique, o compositor que mais contribuiu com a música paraense, com temas regionais que enriqueceram ainda mais nossa cultura. Não há paraense que não conheça, por exemplo, Foi Boto Sinhá, cantada por sete em 10 músicos populares paraenses.

Sua obra percorreu as lendas amazônicas (Foi Botó Sinhá, Tambá-Tajá, Uirapuru, Curupira, Manha-Nungara etc.), canções amazônicas (A Lenda da Vitória Régia, Cabocla Malvada, Noite de São João) e canções regionais (Boi-Bumbá, Meu Boi Vai-Se Embora, Pastorinhas de Belém). Sua música se estendeu por outros temas, indo de canções infantis ao folclore de Portugal, trazendo a lembrança de quando mudou para lá aos cinco anos de idade.

(…) O CD tem 57 músicas resgatadas do acervo pessoal do maestro, nunca ou poucas vezes executadas antes. As composições foram descobertas entre os objetos que integram a Coleção Waldemar Henrique, que passa por um tratamento técnico no Museu do Estado do Pará (MEP). “De todos os trabalhos discográficos referentes de Waldemar, promovidos pela Secult (ou não), este nos parece o mais ambicioso, como também o mais necessário”, define o diretor do Theatro da Paz, Gilberto Chaves, um dos responsáveis pela pesquisa que resultou no CD. Para o resgate da obra, Chaves teve a ajuda dos professores Maria Sylvia Nunes, Felipe Andrade e Guilhermina Nasser, além do músico Luiz Pardal.

O espetáculo de lançamento reunirá a soprano Dione Colares, a cantora Lucinnha Bastos, os tenores Augusto Ó de Almeida e Wilson Azevedo e o músico Luiz Pardal. Também participarão do concerto – no qual serão apresentadas 30 das 57 músicas do CD, em cerca de 75 minutos – os músicos Emílio Meninéia e Babu. Ana Maria Adade fará o acompanhamento ao piano. Os bailarinos da Companhia de Danças Ana Unger completam o elenco do espetáculo, reunindo as duas facetas musicais de Waldemar Henrique: o erudito e o popular.

(Extraído do Jornal Diário do Pará)

Fonogramas espetaculosamente cedidos pelo inveterado paraense Raphael Soares! Não tem preço!

Um disco precioso! Ouça, ouça! Deleite-se!

Waldemar Henrique (1905-1995)
Waldemar Inédito e Raro Henrique

Disco 1
01. Confissão
02. Caprichosa
03. Num barracão à tardinha
04. Jongo-jongo-longo
05. Lundu da negrinha
06. Festa primitiva
07. Louco de amor
08. Suave spleen
09. Canto de Obá
10. Cantiga
11. Boi Tungão
12. Vamos embora pro engenho
13. Joana da Barca
14. Romance
15. Folia
16. Felicidade
17. Se fores ao Rio-Roxo
18. Oração ao Negrinho Do Pastoreio
19. Rede
20. Nayá
21. Por que partiste
22. Anuncia
23. Romance
24. Hindo dos 350 anos de Belém
25. Meu irmão que vai passando
26. Remadores seringueiros
27. Tirana
28. Hino do SAR
29. Casa da viúva Costa

Disco 2
01. Um diamante e cinco balas – Tema da flor
02. Um diamante e cinco balas – Tema da nega
03. Um diamante e cinco balas – Capangueiro
04. Um diamante e cinco balas – Tema do João
05. Um diamante e cinco balas – Tema da morte da mulher e fuga de João
06. Um diamante e cinco balas – João e Tinhoso perseguem corcunda
07. Um diamante e cinco balas – Noturno
08. Yo le dije a Buenos Aires
09. A negra da Tapioca
10. Carimbó
11. Há de acabar um dia nosso amor
12. Por tua causa
13. Ai compadre, não faça barulho
14. Banho de cheiro
15. Coronel de Macambira – Guriatã, curió
16. Coronel de Macambira – Canto da Transição
17. Coronel de Macambira – Vem o doutor
18. Coronel de Macambira – Minha flor, minha ternura
19. Coronel de Macambira – O meu boi morreu
20. Coronel de Macambira – Cuidado com o engenheiro
21. Coronel de Macambira – Fui, fui, fui
22. Coronel de Macambira – Canto, canto, canto
23. Coronel de Macambira – Campeiros vizinhos
24. Coronel de Macambira – O avião caiu
25. Relax over my shoulder
26. Japiym
27. Tema da Peça ‘Morte e vida Severina’
28. Quiriru

Patrícia Oliveira, soprano (cd1, 1-6 e 29)
João Augusto Ó de Almeida – 7-15 e 29)
Dione Colares, soprano (cd1, 16-21 e 29)
Antônio Wilson Azevedo, tenor (cd1, 22-29)
Lucinha Bastos, mezzo-soprano (cd2, 11-14)
João Augusto Ó de Almeida, tenor (cd2, 15-24)
Ana Maria Adade, piano
Emílio Meninéa, Percursão
Augusto Castro, Violão de 6 e 7 cordas
Luiz Pardal, arranjos (cd2, 1-14 e 24)
Belém, 2004

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Waldemar Henrique deu um velhinho bonachão, né?

Bisnaga

Waldemar Henrique (1905-1995) – Canções (Alexandre Trik, baixo) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

Postado originalmente em janeiro de 2013. Só oficializando que este Disco é parte do Acervo P.Q.P.Bach de Música Clássica Brasileira…

Voltamos a postar Waldemar Henrique aqui no P.Q.P.Bach, o compositor que levava muito ao pé da letra aquela frase do arquiteto Mies van der Rohe: “Menos é mais“: sem grandes efeitos, sem grandes firulas orquestrais, Waldemar conseguia dar um caráter muito leve às suas músicas e, como lançava mão de letras com temas locais/regionais, muito se aproximou do popular, tanto que várias de suas melodias foram adaptadas por cantores de MPB.

Hoje, no caso, temos a interpretação de Alexandre Trik, baixo de voz muito escura e potente, que dá uma dramaticidade extra às composições de Waldemar Henrique, acompanhado por Helena Maia ao piano: vozeirão de responsa, parece um trovão! Voz essa que arrepia em alguns trechos. Vale a pena!

Ouça! Ouça! Deleite-se!

Waldemar Henrique
O Canto da Amazônia

Lendas Amazônicas
01. Tamba-Tajá
02. Curupira
03. Foi o Boto, sinhá
04. Uirapuru
05. Matintaperêra
06. Manha-Nungara
07. Cobra Grande
Pontos Rituais
08. Sem seu
09. No jardim de Oeira
10. Abá Logun
11. Abaluaiê
Peças Avulsas
12. Adeus
13. Hei de morrer cantando
14. Senhora Dona Sancha
15. Trem de Alagoas

Alexandre Trik, baixo
Helena Maia, piano
Belém, outubro de 1982

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MP3 encartes em 3.0Mpixel (165Mb)

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…Mas comente… Não me deixe apenas com o silêncio…

Bisnaga

Compositores Paraenses dos Séculos XIX e XX: Henrique Eulálio Gurjão (1834-1885), Wilson Fonseca (1912-2002), Clemente Ferreira Júnior (1864-1917), Octavio Meneleu Campos (1872-1927), Altino Pimenta (1921-2003) Waldemar Henrique (1905-1995), Araújo Pinheiro (1917-1998) [link atualizado 2017]

Compositores Paraenses dos Séculos XIX e XX é daqueles CDs despretensiosos. O intuito do álbum, pelo que se pode notar facilmente, é o resgate e o registro de músicas dos compositores daquelas quentes e pluviosas terras… Nem muito além disso.

Mas é aí que talvez resida a grande graça deste CD: não se propor ser grande. Com isso, as músicas todas soam com o mesmo espírito do álbum, despretensiosas e, por tal motivo, leves, cândidas, sem quererem impressionar, mas com uma graça agreste e sencilha.

As duas Ave-Marias que abrem o setlist, compostas para coro, do  General Henrique Gurjão e de Wilson Fonseca são plácidas e muito belas. Já as quatro faixas seguintes, gravadas pela primeira vez neste volume, de Clemente Júnior, não são tão cativantes, chegando a ser mesmo até simplórias (sim, o nível cai um pouco…).

O álbum recupera o fôlego com o belo Trendment de Meneleu Campos e cresce com as quatro peças para canto lírico dos compositores mais famosos, Altino Pimenta e Waldemar Henrique, encerrando-se nas duas composições mais inspiradas, para piano, violoncelo e violino, de Araújo Pinheiro e, novamente, Wilson Fonseca. A última peça, a Valsinha em Si Menor, realmente, é a mais cativante de todo o CD, e daquelas que se guarda entre as preferidas. Coisa linda!

CD simples, sem apoteoses escalafobéticas, sem pirotecnias musicais, e… muito bom! Assim, só! Ouça, ouça!

Fonogramas gentilmente cedidos por Raphael Soares, entusiasta da música erudita paraense.

Compositores Paraenses dos Séculos XIX e XX 
.

General Henrique Eulálio Gurjão (Belém, PA, 1834-1885)
01. Ave Maria.
Wilson Fonseca (Santarém, PA, 1912 – Belém, PA, 2002)
02. Ave Maria.
Clemente Ferreira Júnior (Belém, PA, 1864-1917)
03. Cunha-poranga
04. Gavotte Republicaine
05. Sons que passam
06. Remembranza
Octavio Meneleu Campos (Belém, PA, 1872 – Rio de Janeiro, RJ, 1927)
07. Trendment
Altino Pimenta (Belém, PA, 1921-2003)
08. Apresentação
09. Chora Coração
Waldemar Henrique (Belém, PA, 1905-1995)
10. Uma Canção de Amor
11. Primavera
Raymundo de Araújo Pinheiro (Igarapé-Miri, PA, 1917 – Belém, PA,1998)
12. Lamento Negro
Wilson Fonseca (Santarém, PA, 1912 – Belém, PA, 2002)
13. Valsinha em Si Menor

Madrigal da UEPA
Alexandre Contente, órgão
Milton Monte, regente
Leonardo Coelho de Souza, Piano (faixas 03, 08, 09, 10 e 11)
Dione Colares, soprano (faixas 08, 09, 10 e 11)
Lia Braga, piano (faixa 04)
Valdecíria Lamêgo Paulino, piano (faixa 05)
Lúcia Azevedo Lisboa, piano (faixa 06)
Eliana Cutrim, Piano (faixas 07, 12 e 13)
Paulo Keuffer, violino (faixa 13)
Arthur Alves, violoncelo (faixa 11, 12 e 13)

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…Mas comente… Não me responda apenas com o vazio do silêncio…

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Bisnaga

A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil – 2 Volumes [link atualizado 2017]

Alice Ribeiro, Alice Ribeiro…

Ah, Alice Ribeiro! Ela era mesmo daquelas que podemos chamar de diva! Bela e dona de uma linda voz, com técnica e com carisma. E o que mais me agrada é que ela era muito versátil: consegue seguir músicas mais pesadas, mas sua voz se destaca em canções de câmara, mais singelas, pela limpidez do seu timbre e pela clareza da dicção, bem acima dos padrões de uma cantora lírica. As músicas aqui soam quase como se fossem MPB, sendo possível fazer comparações com cantoras de música de rádio de voz aguda como a de Alice: não é difícil aproximá-la a Dalva de Oliveira, por exemplo.

A soprano era dona de uma técnica e de uma pureza na voz impressionantes. Seu casamento com José Siqueira foi uma feliz união de duas pessoas competentíssimas na música e, se por um lado o fato de Siqueira escalá-la costumeiramente para executar suas músicas foi uma forma de proteção a Alice Ribeiro, a perfeição da moça nas interpretações das peças também muito ajudou a divulgar o trabalho do marido. Dupla pra lá de boa essa! Nem vou me alongar muito nos elogios porque eles vão acabar sendo redundantes depois das postagens já realizadas.

<< contracapa do disco autografada por Alice Ribeiro (está no arquivo para download)

No Primeiro Volume de A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil, a soprano coloca toda a sua delicadeza novamente em cena para interpretar canções de motivos populares do Brasil, contemplando compositores de várias partes do país, com destaques aqui para os dois autores mais contemplados: José Siqueira, paraibano arretado que vai buscar e defender a música com influência especialmente negra e nordestina, e Waldemar Henrique, este último, grande compositor paraense que se destacou especialmente pelas canções que criou, muitas ligadas ao folclore e à cultura do Amazonas. E as canções de ninar que ela canta, então (Papai Noel, Acalanto e Balança Eu)? Dá para embalar seus filhos ou netos para dormir até hoje.

O volume dois de A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil (e que voz!) é mais lento e tem uma característica mais de acalanto que o primeiro. É mais terno, mais intimista, mais maternal até. E segue com canções que estão exatamente no meio-fio entre o erudito (a música de concerto) e o popular: não são poucos os momentos em parece que estamos ouvindo uma daquelas músicas que apareciam nos antigos filmes dos estúdios da Atlântida. Isso se dá pela orquestração simples e pela leveza e clara dicção de Alice Ribeiro. Fica-se a questionar, novamente, se é que existe algo que divida o erudito do popular. As músicas aqui cantadas pela soprano, contemplando compositores cariocas (Lorenzo Fernandez, Roberto Duarte, Ricardo Tacuchian), paraibanos (os irmãos Siqueira) e paraenses (Waldemar Henrique, Jayme Ovalle), mostram exatamente isso, e são de um alto grau de pureza e de ligação com nossas canções.

Bom, chega de lenga-lena, vamos à música! Ouça! Ouça!

Ah, esse volume duplo leva o carimbo de IM-PER-DÍVEL!!!

Alice Ribeiro (1920-1988)
A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil – Vol.1

01. A Casinha Paquenina – arr. José Siqueira (1907-1985)
02. Coco Peneruê – Waldemar Henrique (1905-1995)
03. Papai Noel – Francisco Mignone (1897-1986)
04. Natiô – José Siqueira (1907-1985)
05. Engenho Novo – Leopoldo Hekel Tavares (1896-1969)
06. Acalanto – Ernani Braga (1888-1948) (letra Manoel Bandeira, 1886-1968)
07. Azulão – Jayme Ovalle (1884-1955)
08. Querer Bem não é Pecado – Osvaldo de Souza, Ricardo Tacuchian (1939)
09. Balança Eu – José Siqueira (1907-1985)
10. Nesta Rua – arr. José Siqueira (1907-1985)
11. Boi-bumbá – Waldemar Henrique (1905-1995)
12. Virgens Mortas – Francisco Braga (1868-1945)

Alice ribeiro, soprano
(sem informação da orquestra)
José Siqueira, regente
Rio de Janeiro, 1968

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Alice Ribeiro (1920-1988)
A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil – Vol.2

01. Toada Baré – Arnaldo Rebello (1905-1984), arr. Roberto Ricardo Duarte (1941)
02. Foi Numa Noite Calmosa – José Siqueira (1907-1985)
03. Maracatu – Waldemar Henrique (1905-1995), arr. Roberto Ricardo Duarte (1941)
04. Dorme Coração – Arnaldo Rebello (1905-1984), arr. Roberto Ricardo Duarte (1941)
05. Dentro da Noite – Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), arr. Roberto Duarte (1941)
06. Você – José Siqueira (1907-1985)
07. Por Quê? – Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993), arr. Ricardo Tacuchian (1939)
08. Toada para Você – Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), arr. Elza Lakschevitz
09. Modinha – Jayme Ovalle (1884-1955), arr. José Siqueira (1907-1985)
10. Banho de Cheiro – Osvaldo de Souza, arr. Odemar Brígido (1941)
11. Tamba Tajá – Waldemar Henrique (1905-1995), arr. Roberto Ricardo Duarte (1941)
12. Cantiga para Ninar – Haroldo Costa (1930), arr. Ricardo Tacuchian (1939)
13. Que Sorte, Que Sina – João Baptista Siqueira (1906-1992)

Alice ribeiro, soprano
(sem informação da orquestra)
José Siqueira, regente
Rio de Janeiro, 1968

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Bisnaga

Alice Ribeiro: Chants du Brésil – Ernani Braga (1888-1948), Hekel Tavares (1896-1969), Waldemar Henrique (1905-1995), José Siqueira (1907-1985) e Zé do Norte (1908-1979) [link atualizado 2017]

Demais esse LP !!

Chants du Brésil é uma pequena coleção (são apenas 8 músicas) lançada na França com canções brasileiras de compositores contemporâneos (naquele ano de 1953), em sua maioria eruditos, baseadas em temas populares do Brasil. Ela foi organizada, arranjada e regida pelo maestro José Siqueira, grande panfletário da música brasileira, e tem nos solos a doce voz da soprano Alice Ribeiro, que aqui no P.Q.P. Bach já nos deu o ar de sua graça em peças mais pesadas, densas e corpulentas: o Cangerê (aqui) de Baptista Siqueira, e Xangô (aqui) e Candomblé (aqui), de seu marido José Siqueira.

Aqui, em Chants du Bresil (não se engane, esta obra é mais antiga que as citadas) o caráter geral é bem mais leve que as demais: Alice Ribeiro é acompanhada por uma orquestra de câmara e há um clima caseiro, até jocoso. Boa parte dessas músicas eu aposto que vocês já ouviram suas mães ou avós cantarem. Tal é o grau de sintonia que todos os compositores aí contemplados tinham com a cultura popular e a maestria melódica que possuíam que essas canções se tornaram de domínio público, como se existissem há séculos…

É um álbum todo de canções curtas, porém, belas e singelas, de muita graciosidade, como se fosse uma caixinha de joias de família que um dia se abre para que os demais conheçam. Esse tom caseiro é dado também pelo caráter ágil e sencilho que Alice Ribeiro imprime à sua voz…
Alice Ribeiro (1920-1988) nasceu no Rio de Janeiro. Começou seus estudos de teoria musical e de piano com José Siqueira. Já o estudo de canto foi com Stella Guerra Duval e Murillo de Carvalho. Durante sua longa permanência na Europa frequentou o curso de alta interpretação da música francesa e alemã, com Pierre Bernac; a classe de Mise-en-scène, com Paul Cabanel, no Conservatório de Paris. Estudou repertório de música espanhola com Salvador Bacarisse.
Venceu concurso nacional de canto em 1936, com apenas 16 anos, realizando, desde então, inúmeras turnês nacionais e internacionais, particularmente nos Estados Unidos, França e nos países do leste europeu, notadamente na União Soviética. No Brasil, atuou como solista das Orquestras Sinfônicas do Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Distrito Federal, sob regência de Eugen Szenkar, Eric Kleiber, Hacha Horeinstein, Edoardo de Guarnieri, José Siqueira e outros (retirado de encarte do LP Alice Ribeiro na canção do Brasil).
Foi sucessora de Luis Cosme na cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Música.

Em tempo: esse disco foi um grande sucesso, um dos campeões de vendas na França no ano de seu lançamento. Só tem gente de muita categoria na execução das peças. Muito bom, mesmo!
Então… Ouça! Ouça!

Alice Ribeiro (1920-1988)
Chants du Brésil

1. Mulher Rendeira, de “O Cangaceiro” – atrib. Zé do Norte (Alfredo Ricardo do Nascimento, 1908-1979)
2. A Casinha Paquenina – arr. José Siqueira (1907-1985)
3. Coco Peneruê – Waldemar Henrique (1905-1995)
4. Engenho Novo – Leopoldo Hekel Tavares (1896-1969)
5. Abaluaiê – Waldemar Henrique (1905-1995)
6. Acalanto – Ernani Braga (1888-1048) (letra Manoel Bandeira, 1886-1968)
7. Meu Engenho é de Humaita – José Siqueira (1907-1985)
8. Boi-bumbá – Waldemar Henrique (1905-1995)
9. Faixa bônus

Alice ribeiro, soprano
(sem informação da orquestra)
José Siqueira, regente
Paris, 1953

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Ouça! Deleite-se! … Mas, antes ou depois disso, deixe um comentário…

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