Albéniz / de Falla / Gombau Guerra / Granados / Halffter / López-Chavarri / Turina: Música para Harpa Espanhola (Zabaleta)

Albéniz / de Falla / Gombau Guerra / Granados / Halffter / López-Chavarri / Turina: Música para Harpa Espanhola (Zabaleta)

Um velho disco bastante bom! Nicanor Zabaleta era um mestre em seu instrumento e aqui nos dá um recital solo tocando compositores espanhóis. Claro que todos são nacionalistas até a medula, mas não têm aquela psicose flamenca. As obras são mais delicadas e discretas, ninguém precisa bater violentamente com os pés no chão, bastando as melodias altamente representativas do estilo. São compositores que trabalharam no final do século XIX e no início do século XX. Se bem me lembro, de Falla e Turina viram a desgraça da Guerra Civil e suas consequências. O grande Albéniz, e, parece-me, Granados, não chegaram a viver sob Franco. Voltando à música, fiquei muito feliz de ouvir este disco e conferir que Zabaleta era um monstro.

Albéniz / de Falla / Gombau Guerra / Granados / Halffter / López-Chavarri / Turina: Música para Harpa Espanhola (Zabaleta)

Isaac Albéniz
A1 Granada (Serenata) Aus Der Suite Espagnole, No. 1 4:45
A2 Zaragoza (Capricho) Aus Der II. Suite Espagnole, No. 1 4:09
A3 Mallorca (Barcarola) Op. 202 6:00
A4 Asturias (Leyenda) Aus Der Suite Espagnole, No. 5 6:29
A5 Tango Espagnol 4:55

Manuel De Falla
B1 Serenata Andaluza 4:10

Joaquin Turina
B2 Toccata aus dem Ciclo pianístico, Nr. 1 4:48
B3 Fuga aus dem Ciclo pianistico Nr. 1 5:19

Gerardo Gombau Guerra
B3 Apunte Betico 4:07

Enrique Granados
B4 Danza Espagnola Nr. 5 (Andaluza) 4:47

Ernesto Halffter
B5 Sonatina Aus Dem Ballett “Danza De La Pastora” 3:35

Eduardo Lopez Chavarri
B6 Ei Viego Castillo Moro Aus Cantos Y Fantasias, Nr. 5 2:35

Nicanos Zabaleta, harpa Espanhola

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Nicanor Zabaleta

PQP

 

Guitar Classics from Spain – Marcelo Kayath, violão ֎

Guitar Classics from Spain – Marcelo Kayath, violão ֎

Peças Clássicas Espanholas para Violão

Marcelo Kayath

Na época em que eu ouvia música dos CDs tive duas referências no gênero ‘música espanhola para violão’: Julian Bream tocando peças de Albeniz e Granados e o disco desta postagem, Guitar Classics from Spain, de Marcelo Kayath.

O disco de Julian Bream é um primor, quem sabe em um futuro não muito distante ele seja postado aqui, mas hoje é dia de Marcelo Kayath!

Eu sempre quis saber algo mais sobre esse tremendo violonista, mas a ocasião não aparecia, até agora. Sabia virtualmente apenas que ele é brasileiro. Nenhuma grande surpresa até aí, pois que nossa terra é fértil em excelentes violonistas.

Retrato do artista quando jovem…

Descobri que Marcelo é um destes raros exemplos de pessoas que conseguem ter duas carreiras muito distintas, ambas com muito sucesso. No caso dele, a carreira de músico veio primeiro. Nascido em 1964, estudou no Rio de Janeiro com Turíbio Santos e aos 16 anos ganhou o Prêmio Segóvia no Concurso Internacional Villa-Lobos. Em 1984 conseguiu um feito extraordinário ao ganhar dois concursos internacionais para violão, o de Toronto e o de Paris. Isso levou a uma carreira de concertos e gravações. Este disco da postagem é o segundo de uma sequência de seis. Mas então, emergiu uma segunda carreira e isso acabei descobrindo ao assistir uma entrevista que ele deu ao também excelente violonista brasileiro, Fábio Zanon e lendo um artigo no Valor Econômico – À mesa com o Valor – Marcelo Kayath: Ex-Credit Suisse concilia a carreira musical com o mercado financeiro, escrito por Adriana Abujamra [aqui].

Marcelo Kayath havia conciliado a música com o curso de Engenharia na UFRJ até os 20 anos, quando então a música prevaleceu. Mas, um ano depois ele retomou os estudos e como era fascinado pelo mercado de ações, onde aplicava o dinheiro ganho nos concertos, inscreveu-se e foi aceito em um seletíssimo MBA na Universidade de Stanford e daí seguiu outra carreira. Música continuou a fazer parte de sua vida, assim como as boas relações com o mundo musical, até surgirem novas oportunidades. Em 2014 voltou a gravar um disco, sobre o qual ele fala na entrevista mencionada, e que pode ser acessado no Spotify, por exemplo.

Vamos ao conteúdo do disco da postagem, que traz música de diversos compositores. Começamos mui propriamente com um prelúdio, seguido de duas figurinhas carimbadas, peças de Francisco Tarrega. Ele, que foi ótimo pianista, mas fez muito pelo violão, incluindo instigar o lutier Antonio Torres a construir novos instrumentos, mais robustos, para os quais apurou e aperfeiçoou a técnica. Para esses instrumentos, Tarrega compôs música nova e também fez transcrições de músicas dos mais diversos compositores. Capricho Árabe e Recuerdos de la Alhambra são duas peças suas que se firmaram absolutamente no repertório do violão clássico.

Granados e Albéniz eram pianistas, mas suas músicas eram muito adequadas para as transcrições. Eles foram amigos de Tarrega e certamente conheciam muitas de suas peças nas versões preparadas por ele. As próximas peças do disco são deles, mas em transcrições do próprio Marcelo Kayath ou de Andrés Segóvia, outro imenso violonista espanhol. Nessas peças, tais como La maja de Goya ou Mallorca, podemos vivenciar grandes modelos desse universo musical que eu tanto admiro. Mesmo que seja ligeiramente inebriante, como poderiam dizer alguns…

Dois compositores violonistas mais recentes, do século 20, completam o repertório – Federico Torroba e Joaquin Rodrigo, com seu Zapateado. A título de bis, completando o disco, uma música tradicional natalina catalã, que se tornou popular nos concertos de Andrés Segóvia. Resumindo, uma pérola de disco, papa fina!

Francisco Tarrega (1852 – 1909)

  1. Prelude In A Minor
  2. Capricho Arabe
  3. Recuerdos De La Alhambra

Enrique Granados (1867 – 1916)

  1. La Maja De Goya

Isaac Albéniz (1860 – 1909)

  1. Granada
  2. Zambra Granadina
  3. Sevilla
  4. Mallorca

Federico Moreno Torroba (1891 – 1982)

  1. Prelude In E
  2. Sonatina
  3. Nocturno

Joaquín Rodrigo (1902 – 1999)

  1. Zapateado

Tradicional

  1. El Noy De La Mare

Marcelo Kayath, violão

Arranjos: Marcelo Kayath (4, 5, 7, 13) & Andrés Segóvia (6, 8)

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MP3 | 320 KBPS | 144 MB

I bought this recording 33 years ago and have never stopped enjoying it. Although I have since purchased other versions by more well known guitarists, there are few that come close to the quality of the playing or of the recording. If you only buy one guitar record buy this one. [Resenha na Amazon]

Aproveite!

René Denon

Marcelo Kayath

Se você gostou dessa postagem, poderá se interessar por essa aqui:

Stephen Hough’s Spanish Album – Peças de A. Soler, E. Granados, I. Albeniz, F. Mompou, F. Longas, C. Debussy, M. Ravel, F. X. Scharwenka, W. Niemann e S. Hough

Granados (1867 – 1916) – Albéniz (1860 – 1909) – de Falla (1876 – 1946): Peças para Piano – Luis López & Magda Tagliaferro ֎

Granados (1867 – 1916) – Albéniz (1860 – 1909) – de Falla (1876 – 1946): Peças para Piano – Luis López & Magda Tagliaferro ֎

Granados – Albeniz

de Falla

Peças para Piano

Luis López

Magda Tagliaferro

 

O que caracteriza o que chamamos música espanhola em palavras é elusivo, mas evidente nos sons musicais. E o fascínio por música espanhola é universal. Basta lembrar do Capricho Espanhol ou de Carmen.

Domenico Scarlatti e Luigi Boccherini são compositores que devem grande parte de suas reputações exatamente por terem vivido e produzido o melhor de sua arte na Espanha.

Os compositores franceses do século XIX e XX influenciaram e foram influenciados pela música espanhola. Basta pensar nos compositores-pianistas Manuel de Falla, Isaac Albéniz e Enrique Granados.

Eu adoro este tipo de música. O LP Danzas Españolas, de Granados, interpretadas por Alicia de Larrocha quase furou e desde então, sempre que vejo um disco com esse tipo de repertório vou logo investigar.

O pianista Luis López nasceu em Tenerife e começou seus estudos no Conservatório Superior de Canárias e aperfeiçoou-se na Polônia. Este disco é muito recente e traz peças de Granados e Albéniz. A produção – o som – e o programa do disco são excelentes. As Valsas Poéticas são deslumbrantes e as outras peças muito bem escolhidas.

Acrescentei ao disco da postagem uma coleção de faixas de um disco antigo, gravado pela pianista brasileira Magda Tagliaferro. A única peça em comum com aquelas do primeiro disco é uma peça de Goyescas, Quejas o la Maja y el Ruiseñor, mas há uma grande afinidade no repertório e ouvir interpretações tão diferentes é fascinante.

Espero que goste das peças e que a audição seja um estímulo para que você explore esse tipo de repertório.

Enrique Granados (1867 – 1916)

8 Valses poéticos

  1. Introducción. Vivace molto
  2. 1, Melódico
  3. 2, Tempo de vals noble
  4. 3, Tempo de vals lento
  5. 4, Allegro humoristico
  6. 5, Allegretto
  7. 6, Quasi ad libitum
  8. 7, Vivo
  9. 8a Coda. Presto
  10. 8b, Tempo dil primero vals

Capricho Español, Op. 39

  1. Capricho Español

Goyescas

  1. Quejas o la Maja y el Ruiseñor

Isaac Albeniz (1860 – 1909)

Iberia, Cahier 1

  1. El Puerto
  2. Evocación

Iberia, Cahier 2

  1. Almería

Luis López, piano

Luis López interpreta estas 8 Valsas Poéticas com rigor e inspiração, com uma sensibilidade magistral e pulso determinado. Ele completa os silêncios com intenção declarada e minucioso. Como se cada frase, cada silêncio, cada momento de som fosse uma eternidade que surge da mais distante inspiração poética.

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Magda Tagliaferro

 

Isaa Albéniz (1860 – 1909)

  1. Evocación-Primer Cuadermo, Iberia T. 105, IIA 20
  2. Triana-Segundo Cuadermo, Iberia T. 105, IIA 20
  3. Seguidillas (Castilla)-Cantos de España T. 101, Op. 232, IIA 6
  4. Sevilla (Sevillana)-Suite Española T. 61, Op. 47, IIA 45
  5. Córdoba-Cantos de España T. 101, OP. 232, IIA 6

Manuel de Falla (1876 – 1946)

  1. Danza Española – La Vida Breve G. 35, IMF 19
  2. Danza del Molinero-El Sombrero de Tres Picos, IMF 15

Enrique Granados (1867 – 1916)

  1. Andaluza (Playera)-Danzas Españolas, Op. 37, IEG 6
  2. Oriental-Danzas Españolas, Op. 37, IEG 6
  3. Quejas o la Maja y el Ruiseñor-Goyescas, IEG 12

Magda Tagliaferro, piano

Peças Remasterizads em 2023, Paris 1960

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Magda, a própria elegância!

It is difficult to think of a more irrepressible virtuoso pianist than Brazillian born but Paris based Magda Tagliaferro…a pianist who revelled in music of a facile but endearing charm.

Aproveite!

René Denon

Luis López adorou a praia de Camboinhas

Albéniz (1860-1909): España / Granados (1867-1916): Allegro de concierto / Mompou (1893-1987): Canciones y danzas / Falla (1876-1946): Noches… (Ciccolini, piano)

Chanter et danser le flamenco aide à la compréhension de la musique d’Albéniz. Naples, ma ville natale, a été occupée par les Espagnols pendant trois siècles et notre folklore en est impregné. Les plus belles des chansons napolitaines ont un rhytme espagnol : ce sont souvent des sortes de habaneras. – Aldo Ciccolini

“Cantar e dançar o flamenco ajuda na compreensão da música de Albéniz. Nápoles, minha cidade natal, foi ocupada pelos espanhóis por três séculos e nosso folclore se misturou. As mais belas canções napolitanas têm um ritmo espanhol: são frequentemente tipos de habaneras.” – Aldo Ciccolini

Com essas palavras iniciais do pianista napolitano naturalizado francês, resta pouco a se comentar: explicar que do fim do século XIX e do XX um monte de compositores espanhóis fizeram música para piano de forte inspiração em melodias e ritmos populares? Comparar a boa recepção dessa música no resto da Europa, sobretudo França, com a recepção do pianista Ciccolini, que escolheu esse país como sua segunda pátria? Arriscar talvez uma análise mais profunda sobre a França como lugar de encontro de tradições de vários cantos da Europa, e isso desde o Império Romano? Afinal, celtas ali guerrearam e depois dialogaram com romanos, francos (que eram uma tribo germânica do tempo das “invasões bárbaras”), “mouros” do norte da África e tudo mais, com rotas comerciais e de peregrinação como o Caminho de Compostela, a França nunca teve vocação para se fechar sobre si mesma como certas ilhas e sempre bebeu das tradições alheias… O fato é que boa parte das partituras de Albéniz, Granados, Falla e Mompou foram publicadas em Paris. Tudo isso fica só no nível do esboço porque a fala de Ciccolini já resume muita coisa em poucas palavras, inclusive lembrando da parte bélica, violenta (“minha cidade foi ocupada pelos espanhóis”) que acaba influenciando tudo, até as tradições de música e dança. Deixo a seguir apenas mais alguns detalhes sobre as “Canções e Danças” do catalão Federico Mompou (Frederic na forma afrancesada, assim como Chopin se afrancesara um século antes).

Publicadas entre as décadas de 1920 e 1940, as Canciones y danzas (em castelhano), ou Cançons i danses (em catalão) nº 1 a 7 são peças para piano divididas em duas seções: uma primeira, “canção”, mais lenta, seguida por uma “dança” mais agitada, em alguns casos baseada em melodias populares e em outros casos apenas inspirada em traços do folclore catalão. O estilo de Mompou é mais ou menos minimalista, sem sons fortíssimos ou passagens virtuosas hiper-rápidas. Posteriormente Mompou escreveria mais sete peças com o mesmo título. Outros pianistas gravaram a integral das 14 Cançons i danses para piano, incluindo a brasileira Clelia Iruzun e também o próprio compositor ao piano.

Ciccolini – circa 1980

Albéniz (1860-1909), Granados (1867-1916), Mompou (1893-1987), Falla (1876-1946):

1-6. España, 6 Feuilles d’Album, Op. 165
Composer: Isaac Albéniz
I Prélude 1:53
II Tango 2:52
III Malagueña 3:40
IV Serenata 3:05
V Capricho Catalan 2:46
VI Zortzico 2:31

7. Allegro de Concierto en ut dièse majeur 7:11
Composer: Enrique Granados

8-15. Canciones y Danzas
Composer: Federico Mompou
N° 1 Quasi moderato – Allegro non troppo 3:27
N° 2 Lento – Molt amable 2:20
N° 3 Modéré – Sardana: temps de marche 3:46
N° 4 Moderat – Viv 3:51
N° 5 Lento litúrgico – Senza rigore, Ritmado 3:45
N° 6 Cantabile espressivo – Ritmado 3:02
N° 7 Lento – Danza 2:27
N° 8 Moderato cantabile con sentimento – Danza 2:59

16-18. Noches en los jardines de España
Composer: Manuel de Falla
I En el Generalife 11:54
II Danza lejana 5:27
III En los jardines de la sierra de Cordoba 10:07

Alco Ciccolini (1925-2015) – piano
Orchestre National de la Radiodiffusion France, Ernesto Halffter (16-18)
Recorded: Paris, 1956 (1-15), 1953 (16-18)

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Isaac Albéniz fazendo-se de cowboy dândi.

Pleyel

P.S.: As danças de Albéniz tocadas nesse disco fazem um verdadeiro tour da Espanha: a Malagueña faz referência a Málaga, cidade mediterrânea voltada para a África, depois tem um Capricho Catalan e por último o Zortzico, dança “torta” com 5 tempos por compasso, típica do País Basco lá no norte da Espanha em sua costa atlântica.

Música Española por un poeta del piano – Joaquín Achúcarro ֎

Música Española por un poeta del piano – Joaquín Achúcarro ֎

Música Española

Albéniz, Granados,

Falla, Turina & Mompou

Joaquín Achúcarro, piano

 

Não se deixe enganar pela capa deste disco, certamente o resultado do esforço de algum estagiário que ficou encarregado do Departamento de Arte da gravadora. O disco é ótimo, assim como o título – música espanhola.

Joaquín adorou o trabalho da manicure do pessoal do PQP Bach…

Você deve saber, eu tenho uma queda por esse tipo de música e aqui o programa é todo em torno do excelente pianista basco Joaquín Achúcarro, que no dia 1 de novembro completará 90 anos. A postagem é também uma forma (modesta) de celebrarmos sua arte.

O disco foi lançado em 2014, mas o conteúdo é uma antologia de gravações feitas em 1978.

A primeira peça, Noches en los jardines de España, de Manuel de Falla, ocupa as três primeiras faixas e é para piano e orquestra. A peça que começara como uns noturnos para piano, acabou nesta forma graças ao incentivo do pianista francês Ricardo Viñes – a quem foi dedicada.

A segunda parte do recital, digamos assim, consiste em um conjunto de peças para piano solo. De Isaac Albéniz temos Granada e Sevilla, da Suíte Espanhola, que provavelmente você conhece nas transcrições para violão, nas interpretações de grandes como Andrés Segóvia, Julian Bream ou John Williams. Além dessas, também Navarra, que foi completada por Déodat de Séverac.

As três outras peças são danças. A Danza de la seducción, das Danzas Gitanas de Joaquín Turina; Andaluza, a quinta das Danzas Españolas de Enrique Granados; Canción y danza No. 6, de Federico Mompou.

O libreto descreve tudo: com suas grandes ondulações melódicas. A influência da guitarra com seu som ponteado e seco e, apesar de tudo, rico em harmonias… a influência árabe, cigana. Bom, got it?

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Há um nome não citado no disco, mas que talvez deva ser lembrado, antes de seguirmos para as letrinhas finais. Isaac Albéniz, Enrique Granados e Manuel de Falla estudaram com Felipe Pedrell (1841 – 1922), que dedicou sua vida ao desenvolvimento de uma escola de música espanhola, fundamentada nas canções nacionais folclóricas e nas obras primas do passado. Estes três compositores, assim como os outros dois (mais recentes) Joaquín Turina e Federico Mompou, estudaram em Paris e lá se aperfeiçoaram, mas retornaram à Espanha, onde continuaram a desenvolver suas carreiras. Na música, assim como nas ciências, experiências no exterior são vitais. Pedrell e seu pessoal sabia disso… e hoje?

Manuel de Falla (1876 – 1946)

Noches en los jardines de España
  1. En el Generalife
  2. Danza lejana
  3. En los jardines de la Sierra de Córdoba

Isaac Albéniz (1860 – 1909)

  1. Granada

Joaquín Turina (1882 – 1949)

  1. Danza de la seducción

Issac Albéniz (1860 – 1909)

  1. Sevilla

Enrique Granados (1867 – 1916)

  1. Danza española No. 5: Andaluza

Federico Mompou (1893 – 1987)

  1. Canción y danza No. 6

Isaac Albéniz (1860 – 1909)

  1. Navarra

Joaquín Achúcarro, piano

London Symphony Orchestra

Eduardo Mata

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FLAC | 192 MB

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MP3 | 320 KBPS | 118 MB

Achúcarro, feliz por reaparecer no blog, depois de tantos anos…

Se lamenta Joaquín Achúcarro (Bilbao, 1932) de que los melómanos comiencen a referirse a él como ‘leyenda viva del piano’. “Ni soy tan viejo ni soy tan grande; además, con los años, uno va encogiendo”, dice con sonrisa cómplice y casi picarona. A sus contentas 88 primaveras, el maestro bilbaíno conserva intacta su mirada inteligente, contagiosa y franca. Los ojos transparentes también mantienen la luminosidad de siempre.  Veja a entrevista aqui.

Aproveite!

René Denon

PS: A outra postagem do Joaquín…

Manuel de Falla (1876 — 1946) – Obras Para Piano [link atualizado 2017]

PQP Bach – Quizz:

Quem se parece mais com quem? Saramago ou Mompou?

Enrique Granados (1867-1916): Goyescas (Larrocha, Magaloff)

Foi com surpresa que constatei que neste blog, ativo desde 2006, jamais tinha sido postado o ciclo para piano Goyescas, composto pelo catalão Enrique Granados entre 1909 e 1911, com um post-scriptum (El Pelele) de 1914. Granados evoca a atmosfera das pinturas do também espanhol Francisco Goya (1746-1828). Para dar um jeito nisso, trago hoje não uma, mas duas gravações antológicas dessa obra, por dois respeitados pianistas da geração dos nossos pais e avós, para vocês fazerem suas comparações.

Goya: El amor y la muerte (1797)

A gravação de Nikita Magaloff (1912-1992), que ficou um tempo esquecida e foi relançada há poucos anos pela Decca, é um tesouro apesar do som que mostra sua idade. Assim como comentamos recentemente sobre o Ernesto Nazareth gravado por Proença e Moreira Lima, grandes intérpretes de Chopin, aqui também temos um chopinista de primeira linha se aventurando por esse repertório espanhol. O resultado é um Granados com um romantismo bem mais elegante, dançando de sapato social em um salão à luz de velas, com ritmos muito originais mas sem perder a pose, como quem diz: eu só transgrido e inovo porque me adequo. Não é só a minha impressão, mas também a dos americanos do Record Guide em 1955: ‘The Goyescas are an exhibition of fine manners, and it is as such that Nikita Magaloff plays them. His dexterity, the clarity of his decorations, the subtle variety of his rhythms, are a delight to listen to.’

E com uma concepção geral totalmente diferente, temos a gravação de Alicia de Larrocha (1923-2009), a terceira, pois ela já tinha gravado duas vezes esse ciclo, nas décadas de 1950 e 70. Se Magaloff trazia um Granados, digamos, de terno e gravata, Alicia traz outras cores, vestidos coloridos e flores no cabelo, podemos dizer que é uma interpretação mais solta, dançante, com os pés no chão de terra como algumas das cenas ao ar livre pintadas por Goya.

Enrique Granados (1867-1916), interpretado por Nikita Magaloff
1-6. Goyescas (Los Majos Enamorados) (1909-1911)
I. Los Requiebros, II. Coloquio en la reja, III. El Fandango de candil, IV. Quejas ó la maja y el ruiseñor, V. El amor y la muerte: Balada, VI. Epílogo: Serenata del espectro
7. El pelele: Escena Goyesca (1914)

Nikita Magaloff, piano
Recording: Victoria Hall, Geneva, Switzerland, November 1952 (Goyescas: Book I, El pelele), October-November 1954 (Goyescas: Book II)

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Enrique Granados (1867-1916), interpretado por Alicia de Larrocha
1. Allegro de concierto (1904)
2. Danza lenta (1915)
3-8. Goyescas (Los Majos Enamorados) (1909-1911)
I. Los Requiebros, II. Coloquio en la reja, III. El Fandango de candil, IV. Quejas ó la maja y el ruiseñor, V. El amor y la muerte: Balada, VI. Epílogo: Serenata del espectro
9. El pelele: Escena Goyesca (1914)

Alicia de Larrocha, piano
Recording: New York City, USA, December 4-6, 1989; April 11, 1990.

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Goya: El Pelele (1792) – O Pelele espanhol é um espantalho, mas utilizado em danças, procissões e em janelas, não é daqueles que espantam pássaros

Pleyel

Vários: Dances – Peças para Piano – Benjamin Grosvenor

Vários: Dances – Peças para Piano – Benjamin Grosvenor

 

Danças?

 

Após muitos (muitos!) anos de experiência com música e discos, alguma coisa acaba-se aprendendo. Eu consigo farejar um bom disco a milhas de distância. E este álbum, eu sabia, é excelente. Se bem que gosto, não se deve discutir.

A rabugice e o conservadorismo são traços que afloram a medida em que a idade avança, é inexorável. Rabugento ainda não sou, mas tenho tido episódios. Conservador é claro que não sou, mas essas novidades de discos conceituais dão-me rugas na testa e um ligeiro movimento de pé atrás. Cheira-me a marketing. Mas neste caso, rendo-me absolutamente! Disco maravilhoso, de primeira à última faixa.

Dança é o tema do álbum cuja concepção foi inspirada em uma carta de Ferruccio Busoni para um de seus alunos, Egon Petri, propondo um programa dançante para um recital. Que ideia mais simples, mas maravilhosa…

Pois dança é o assunto do álbum que vai das antigas danças, como a sarabande da Partita do Bach até o Boogie Woogie, no estudo do Morton Gould. Entre elas, valsas, muitas maravilhosas valsas. Ah, polonaises também, pois há Chopin, e algumas mazurkinhas do Scriabin.

Não poderia faltar o Azul Danúbio e tango também.

E como não falar umas palavras sobre o Benjamin Grosvenor, este excelente pianista? Ele despontou para o mundo da música em 2004 ganhando o BBC Young Music Competition com 11 anos (bota Young nisso). Foi convidado a se apresentar na Primeira Noite do 2011 BBC Proms, com apenas 19 anos.

Em 2012, quando ganhou um importante prêmio – o Critics Choice, do Classic Brits, deixou a todos comovidos por dedicar o prêmio a seu irmão dois anos mais velho, portador de síndrome de Down. Benjamin explicou (candidamente):  Eu dedico este prêmio ao meu irmão Jonathan. Isto é por ter me aturado praticando horas seguidas por anos e anos e por ter ido a tantos dos meus concertos contra sua própria vontade. Afinal, para que servem irmãos?

Benjamin Grosvenor

Johann Sebastian Bach
Partita No. 4, BWV828
1 I. Overture
2 II. Allemande
3 III. Courante
4 IV. Aria
5 V. Sarabande
6 VI. Menuet
7 VII. Gigue

Frédéric Chopin
Andante spianato et grande polonaise brillante in E-flat major, Op. 22
8 I. Andante spianato in G major
9 II. Grande polonaise brillante in E-flat major
10 Polonaise no.5 in F sharp Minor Op. 44

Alexander Scriabin
Ten Mazurkas Op. 3
11 No. 6
12 No.4
13 No.9
14 Valse in Ab major Op. 38

Enrique Granados
Valses Poeticos
15 Preludio: Vivace molto
16 I. Melodioso
17 II.Tempo de Vals noble
18 III. Tempo de Vals lento
19 IV. Allegro humoristico
20 V. Allegretto (elegante)
21 VI. Quasi ad libitum (sentimental)
22 VII. Vivo
23 VIII. Presto

Adolf Schulz-Evler
24 Concert Arabesques on themes by Johann Strauss, “By The Beautiful Blue Danube”

Isaac Albeniz (arr. Leopold Godowsky)
25 Tango, Op.165, No.2

Morton Gould
26 Boogie Woogie Etude

Franz Liszt
27 2 Etudes de Concert S. 145, 2 – Gnomenreigen

Johann Sebastian Bach (arr. Wilhelm Kempff)
28. Sonata for Flute and Harpsichord, BWV 1031 – Siciliano

Benjamin Grosvenor, piano

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Vejam as opiniões de alguns críticos:

“performance after performance of surpassing brilliance and character”

– Gramophone

“‘Jeu perlé’ to die for, ever changing colours and an innate sense of articulation and rubato”

– Diapason

“A revelation”

– American Record Guide

The CD is on the table!

Uma observação técnica: as duas últimas faixas desta postagem não fazem parte do disco oficial. Realmente, o disco deveria acabar no estudo do Morton Gould, um tremendo tour de force! Mas, as duas peças que seguem, o Gnomenreigen e o Siciliano de Liszt e Bach (Kempff) são tão bonitinhas que estão aí, como dois encores… Aproveitem!!

René Denon

Stephen Hough’s Spanish Album – Peças de A. Soler, E. Granados, I. Albeniz, F. Mompou, F. Longas, C. Debussy, M. Ravel, F. X. Scharwenka, W. Niemann e S. Hough

Stephen Hough’s Spanish Album – Peças de A. Soler, E. Granados, I. Albeniz, F. Mompou, F. Longas, C. Debussy, M. Ravel, F. X. Scharwenka, W. Niemann e S. Hough

Peças para Piano 

Vários Compositores

 

Uma alusão à música espanhola nos traz à memória uma variedade de ritmos e estilos que vão do violão clássico, passando pelo flamenco, zarzuela e outros. Esses ritmos e estilos inspiraram compositores de Espanha e de outros países também.

Como não pensar no Capricho Espanhol, de Rimsky-Korsakov, na ópera Carmen, de Bizet ou no balé El amor brujo, de Manuel de Falla?

A música tem esse poder de evocar lembranças em todos os nossos sentidos: sons, cores, temperatura e sabores – tudo junto e misturado.

O disco desta postagem nos transporta para um mundo de paixões e misticismo. Você identificará em cada faixa algum aspecto da cultura espanhola e ficará surpreso ao perceber que nem todas as peças foram compostas por espanhóis.

O disco merece ser ouvido muitas vezes. Primeiro por sua simples beleza e sensualidade. Depois você perceberá a altíssima qualidade técnica do pianista Stephen Hough, um dos melhores em atividade.

A maneira como o disco foi concebido, desfilando compositores espanhóis, fraceses e de outras nacionalidades, mas também guardando alguma ordem cronológica mostra o cuidado da produção.

Real Alcazar, Sevilha

A sonata do padre Antonio Soler nos lança imediatamente no clima de ritmos empolgantes, de clara evocação espanhola. Soler aprendeu muita coisa com o Domenico Scarlatti!

A sequência também apresenta peças mais poéticas, onde ritmos mais dolentes revelam o caráter apaixonado da cultura espanhola.

Os compositores franceses agregam muita sofisticação e refinamento ao disco.

Stephen Hough

As últimas faixas exibem o aspecto virtuosístico do pianista que compôs a última delas. É a técnica colocada ao serviço da música (e do nosso prazer), não o contrário.

O selo Hyperion é mais uma garantia de qualidade na produção sonora, nas notas do livreto e na escolha da (magnífica) capa. Veja o que disse a Classic CD sobre o álbum: “This is a terrific disc. A master pianist reminds us that the piano can delight, surprise and enchant!”

Stephen Hough’s Spanish Album

  1. Antonio Soler (1729-1783) – Sonata em fá sustenido maior
  2. Enrique Granados (1867-1916) – Valses poéticos
  3. Isaac Albéniz (1860-1909) – Evocación, do livro I, de Iberia
  4. Isaac Albéniz – Triana, do livro II, de Iberia
  5. Frederico Mompou (1893-1987) – Pájaro triste, de Impressiones íntimas
  6. Frederico Mompou – La barca, de Impressiones íntimas
  7. Frederico Mompou – Secreto, de Impressiones íntimas
  8. Frederico Mompou – Gitano, de Impressiones íntimas
  9. Federico Longas (1893-1968) – Aragón
  10. Claude Debussy (1862-1918) – La soirée dans Grenade, de Estampes
  11. Claude Debussy – La sérenade interrompue, dos Préludes, livro I
  12. Claude Debussy – La Puerta del Vino, dos Préludes, livro II
  13. Maurice Ravel (1875-1937) – Pièce em forme de Habanera, arranjo de Maurice Dumesnil (1886-1974)
  14. Isaac Albéniz – Tango, arranjo de Leopold Godowsky (1870-1938)
  15. Franz Xaver Scharwenka (1850-1924) – Spanisches Ständchen, Op. 63, 1
  16. Walter Niemann (1876-1953) – Evening in Seville, Op. 55, 2
  17. Stephen Hough (b 1961) – On Falla (2005)

Stephen Hough, piano

Produção: Andrew Keener

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FLAC | 181 MB

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MP3 | 320 KBPS | 164 MB

Stephen Hough esperando a van do PQP para levá-lo ao Castelo do PQP para um fim de semana com a turma…

Se você não ficar fascinado, adicto e dependente deste disco, então eu não sei de mais nada. Este merece nosso Selo RD de (Ótima) Qualidade!

Anda, vai, baixa logo, mas cuidado, material altamente contagiante!

René Denon

Bizet, de Falla, Granados, Rodrigo, Romero, Torroba, Vivaldi: Los Romeros — Celebração do Jubileu de Ouro

Bizet, de Falla, Granados, Rodrigo, Romero, Torroba, Vivaldi: Los Romeros — Celebração do Jubileu de Ouro

frontAndrés Segovia, Narciso Yepes, etc. Os espanhóis e o violão. Há que igualmente colocar no Olimpo Los Romeros, também chamada de A Família Real do Violão. O quarteto foi fundado em 1960 por Celedonio Romero. Três de seus filhos, Angel, Celin e Pepe tocavam com o pai desde os sete anos, formando o Quarteto. Então, eles desenvolveram certa experiência… Em 1957, já tinham ido para os EUA. Não gostavam muito de Franco. Moram lá até hoje. Em 1990, Angel deixou o quarteto, sendo substituído pelo filho de Celin, Celino. Celedonio Romero morreu em 1996. Entrou em seu lugar o filho de Angel, Lito.

Vamos à música. O Quarteto é requintado. São donos de uma habilidade e de uma competência extraordinária. Neste post temos a formação original, ainda com Celedonio. O fato é que é um CD muito bom. O repertório é maravilhoso — Vivaldi, Torroba, Scarlatti, Rodrigo (Concerto de Aranjuez e etc), Bizet (Carmen) entre outros, com obras originais para violão (ou violões) e transcrições. Boa apreciação!

Los Romeros – Celebração do Jubileu de Ouro

DISCO 01

Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741)
Concerto para 4 violões in B menor, RV 580
*
01. Allegro
02. Largho Larghetto
03. Allegro

Celedonio Romero (1913-1996)
Noche en Málaga

04. Noche en Málaga
Romantic Prelude
05. Romantic Prelude

Francisco Moreno Torroba (1891-1982)
Sonatina trianera

06. Torroba – Sonatina trianera

Domenico Scarlatti (1685-1757)
Sonata in G major, Kk 391

07. Sonata in G major, Kk 391

Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741)
Concerto em C maior para violão, RV 425*
08. Allegro
09. Largo
10. Allegro

Enrique Granados (1867-1916)
Intermezzo (Goyescas)

11. Intermezzo (Goyescas)

Joaquín Rodrigo (1901-1999)
Concerto Madrigal
**
12. Fanfarre (Allegro marziale)
13. Madrigal (Andante nostálgico)
14. Entrada (allegro vivace)
15. Pastorcito (Allegro vivace)
16. Girardilla (Presto)
17. Pastoral (Allegro)
18. Fandango
19. Arieta (andante nostálgico)
20. Zapateado (Allegro vivace)
21. Caccia a la española ( Allegro…)

DISCO 02

Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741)
Concerto para 2 violões em G maior, RV 532*
01. Allegro
02. Andante
03. Allegro

Manuel de Falla (1876-1946) El Sombrero de tres picos
04. Danza del corregidor
05. Danza del molinero

Joaquín Rodrigo (1901-1999)
Concerto de Aranjuez*
06. Allegro con spirito
07. Adagio
08. Allegro gentile

Georges Bizet (1838-1875)
Suíte da Ópera Carmen

09. Prélude
12. Séguedille
13. Chanson bohème
14. Entr’acte
15. Chanson du toreador

Joaquín Rodrigo (1901-1999)
Concerto Andaluz**
16. Tiempo de Bolero
17. Adagio
18. Allegretto

* San Antonio Symphony Orchestra
Victor Alessandro, regente
** Academy of St Martin in the Fields
Sir Neville Marriner, regente

Angel Romero, violão
Caledonio Romero, violão
Celin Romero, violão
Pepe Romero, vilão
Angelita Romero castanhetas in
Sonatine trianera, El sombrero de tres picos and Carmen Suite

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE 

Uma das várias formações da Família Romero
Uma das várias formações da Família Romero

Carlinus / PQP

Kathleen Battle e Christopher Parkening – Pleasures of Their Company: John Downland (1563-1626), Charles Gounod (1818-1893), Enrique Granados (1867-1916), Waldemar Henrique (1905-1995), Jayme Ovalle (1894-1955), Francisco Paurillo Barroso (1894-1968) e Manuel de Falla (1876-1946) [link atualizado 2017]

MUITO BOM !!!
fonogramas maravilhosamente fornecidos por Raphael Soares.

Pessoal, olhem (ouçam) como esses americanos mandam bem, especialmente nas músicas brasileiras!

A voz de límpido timbre de Kathleen Battle une-se ao corretíssimo violão de Christopher Parkening para executar 19 canções de muita qualidade. Raphael Soares, que nos enviou o álbum no afã de divulgarmos a música do paraense Waldemar Henrique, afirmou sabiamente sobre este trabalho:

A Kathleen Battle e o Christopher Parkening dispensam apresentações: ambos estão entre os mais renomados músicos americanos da atualidade. É um tanto vergonhoso afirmar que, apesar de ser paraense, só conheci Waldemar Henrique propriamente dito com esse CD e nessa interpretação, o que faz ela ficar na minha cabeça eternamente, e me faz ter um carinho muito especial por essa gravação, apesar do português carregado de sotaque de Battle. A canção Boi-Bumbá é das mais famosas do compositor, e data de 1934, e o arranjo para violão foi feito pelo próprio Parkening. Outras interpretações são destaque no disco, como a Ave Maria de Gounod e o Azulão de Jayme Ovalle.

Bem, é verdade que o álbum é uma grande miscelânea: além de não focar em um autor ou período, há músicas de caracteres bem distintos, desde música renascentista a negros spirituals, passando por ritmos brasileiros… Ainda assim, mesmo que em uma reunião no mínimo inusitada, o repertório é muito bonito: as melodias são, de um modo geral, de grande beleza, muito bem escolhidas levando-se em conta o aspecto puramente belo.

O motivo de postarmos esse álbum, sua razão de estar aqui no P.Q.P.Bach, são as canções brasileiras, e nelas Kathleen Battle, apesar de não pronunciar bem o português (convenhamos: nosso idioma é difícil; belíssimo, porém, difícil…), desenvolve seu canto com muita propriedade: há sentimento nessas faixas, assim como em todo o CD. Vale conferir!

Ouça, ouça! Deleite-se!


Kathleen Battle e Christopher Parkening

Pleasures of Their Company

John Downland (1563-1626)
01. Come again! Sweet love doth now invite
02. Allemande Christopher Parkening
03. What if I never speed?
04. Galliard
05. Fine knacks for ladies
Charles Gounod (1818-1893)
06. Ave Maria
Enrique Granados (1867-1916)
07. La Maja de Goya (from Coleccion de Tonadillas)
Waldemar Henrique (1905-1995)
08. Boi-Bumbá
Jayme Ovalle (1894-1955)
09. Azulão
Francisco Paurillo Barroso (1894-1968)
10. Para ninar
Manuel de Falla (1876-1946)
11. Canción
12. Nana
13. Seguidilla murciana
Negro Spiritual (Tradicional)
14. Ain’t Got Time To Die
15. Lord, I Couldn’t Hear Nobody Pray
16. Ain’t That Good News! (Arr. Russ)
17. Sweet Little Jesus Boy
18. This Little Light Of Mine
19. Ride On, King Jesus!

Kathleen Battle
Christopher Parkening
1990

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (93Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Bisnaga

Joaquin Rodrigo (1901-1999) – Concierto de Aranjuez – Manuel de Falla (1876-1946) – Spanish Dance, from opera “La Vida Breve”, Francisco Tárrega (1852-1909) – Recuerdos de Alhambra – Enrique Granados (1867-1916) – Valses Poetiques – Alberto Ginastera (1916-1983) – Harp Concerto, Milonga

frontUm cd no mínimo peculiar. Xavier de Maistre é o primeiro harpista da Filarmônica de Viena, e só isso já é excelente carta de apresentação. Mas o rapaz vai mais longe, e muito mais longe, nos brindando com um belo e delicado cd, fazendo transcrições das mais conhecidas peças da música espanhola. Eu particularmente gostei muito, apesar de estar sempre com a sensação de que está faltando alguma coisa. Pode ser que os mais puristas torçam o nariz ao ouvirem o Concierto de Aranjuez tocado numa harpa, mas o timbre super delicado do instrumento torna a peça ainda mais romântica. Até onde sei, a única peça realmente composta para o instrumento é o Concerto para Harpa, de Ginastera.
O regente da Viena Radio Symphony Orchestra, Bertrand de Billy, e claro, os engenheiros de som da Sony, conseguiram um belo equilíbrio entre a orquestra e a harpa,não deixando ela desaparecer atrás da massa sonora orquestral.
Enfim, um cd para aqueles que, em primeiro lugar, apreciam o instrumento, e em segundo lugar, gostam de novas experiências, e por que não dizer, de novas sonoridades para peças que fazem parte do repertório de qualquer violonista de concerto.

01. Falla – Spanish Dance No. 1 from the opera ‘La vida breve’
02. Rodrigo – Concierto de Aranjuez – I. Allegro con spirito
03. II. Adagio
04. III. Allegro gentile
05. Tárraga – Recuerdos de la Alhambra
06. Granados – Valses poeticos. Preludio, Vivace
07. Valses poeticos. 1. Melódico
08. Valses poeticos. 2. Tiempo de Vals noble
09. Valses poeticos. 3. Tiempo de Vals lento
10. Valses poeticos. 4. Allegro humóristico
11. Valses poeticos. 5. Allegretto (Elegante)
12. Valses poeticos. 6. Quasi ad libitum (Sentimental)
13. Valses poeticos. 7. Vivo
14. Valses poeticos. 8. Presto – Andante – Tiempo de Vals
15. Ginastera – Harp Concerto, op. 25 – I. Allegro giusto
16. II. Molto moderato
17. III. Kadenz
18. IV. Vivace
19. Ginastera – Milonga

Xavier de Maistre – Harp
Vienna Radio Symphony Orchestra
Bertrand de Billy – Conductor

P.S. – Não sei o que aconteceu, mas alguns leitores não estão conseguindo baixar o link do MEGA, por isso estou disponibilizando outro link, desta vez baseado no FileFactory, bom servidor que não tem me dado problemas.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (MEGA)
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (FILEFACTORY)

FDPBach

Narciso Yepes – Guitarra Española – CD 2 de 5

Aí está o segundo cd da coleção “Guitarra Española”, na excepcional interpretação de Narciso Yepes. E este cd aqui, bem, este segundo cd é talvez o melhor da coleção , pois traz aquela que é a maior das composições de Isaac Albeniz, a Suíte Española nº5 – Asturias, uma das belas composições feitas para o violão.

Pois então, divirtam-se:

Narciso Yepes – Guitarra Española – CD 2 de 5

01 Isaac Albeniz; Suite espanola; No. 5 Asturias. Leyenda
02 Isaac Albeniz; Recuerdos de viaje; No. 6 Rumores de las caleta. Malaguena
03 Isaac Albeniz; Piezas características; No. 12 Torre bermeja. Serenata
04 Enrique Granados; Danza espanola no. 4 – Villanesca
05 Francisco Tarrega; Alborada. Capriccio
06 Francisco Tarrega; Danza mora
07 Francisco Tarrega; Sueno
08 Manuel de Falla; El círculo mágico (El amor brujo)
09 Manuel de Falla; Cancíon del fuego fatuo (El amor brujo)
10 Manuel de Falla; Danza del molinero. Farruca (El sombrero de tres picos)
11 Joaquín Turina; Sonata Op. 61 (Allegro – Andante – Allegro vivo)
12 Joaquín Turina; Fandanguillo Op. 36
13 Salvador Bacarisse; Passapie
14 Narciso Yepes; Catarina d’Alió
15 Anónimo; Romance (du film ‘Jeux interdits’)

Narciso Yepes – Violão

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FDP Bach