J.P. Kirnberger (1721-1783) ∾ J.G. Müthel (1728-1788) ∾ C. Nichelmann (1717-1762): Concertos – Christine Schornsheim & Berliner Barock-Compagney

J.P. Kirnberger (1721-1783) ∾ J.G. Müthel (1728-1788) ∾ C. Nichelmann (1717-1762): Concertos – Christine Schornsheim & Berliner Barock-Compagney

Kirnberger ∾ Müthel  Nichelmann

Concertos para Teclado

Christine Schorsheim

Berliner Barock-Compagney

 

Este álbum contém três concertos de três compositores que atuaram num período de transição entre o barroco e o classicismo. Nesta etapa da música os modelos antigos ainda eram praticados, mas a busca pelas novas formas já era evidente. O denominador comum entre estes três compositores é o fato de eles terem sido alunos do grande Johann Sebastian Bach.

A obra de Bach é o apogeu da arte musical praticada até os seus dias, enquanto a obra de seus filhos e a de seus alunos apontam novos rumos. Bach até como professor foi extremamente criativo.

Em uma recente postagem apresentamos um disco com dois concertos de Bach e um concerto para pianoforte de Johann Gottfried Müthel. Aqui temos mais um, interpretado pela mesma solista, porém outra orquestra. Ele esteve pouco tempo em contato com Johann Sebastian, mas certamente havia estudado suas obras.

O compositor do concerto que inicia o disco, Johann Philipp Kirnberger, que tem um cravo como instrumento solista, nasceu em Saalfeld, na Turíngia, e primeiro estudou com Johann Peter Kellner (violino e cravo) e com Heinrich Nicolaus (órgão), que foram por sua vez também alunos de Bach. Depois ele passou um período em Leipzig aprendendo com o próprio Johann Sebastian. Kirnberger obteve sólida formação, pois depois deste período em Leipzig, estudou em Dresden, onde aprendeu o estilo italiano com Pisendel e ópera com Hasse. Ganhou bastante experiência como regente de orquestras na Polônia, onde apurou seu sentido de ritmos. Seu concerto é um primor e já anuncia a nova música que surgia – o estilo galante. O último movimento é particularmente brilhante.

Na outra postagem já mencionamos alguns fatos sobre a formação de Müthel, de como seu patrão, o Duque de Mecklenburg Schwerin – Christian Ludwig II, sabia investir seu dinheiro, enviando o rapaz para estudar com os melhores mestres. Müthel passou seus poucos dias com Bach em Leipzig, depois com Hesse em Dresden, Carl Philipp Emanuel em Berlim e com Telemann em Hamburgo. Em seu concerto, especialmente no movimento lento, podemos apreciar a delicada sonoridade do pianoforte e imaginar o quanto o novo instrumento deve ter impressionado compositores e audiências, naqueles dias.

A mesma romaria de estudos foi seguida por Christoph Nichelmann, estudando com Bach em Leipzig, onde certamente atuou no Collegium musicum ao lado de Carl Philipp Emanuel. Ele também estudou com Telemann e Reinhard Keiser em Hamburgo e com Graun e Quantz em Berlim. Os alemães levam a sério essa coisa de estudar desde há muitos séculos. Nichelmann foi cravista na corte da Prússia, ao lado de Carl Philipp Emanuel, de 1745 até 1755. Suas qualidades de virtuoso estão estampadas no solo do seu concerto neste disco.

O disco é um registro que ilustra o tipo de música produzida no período que o libreto chama de uma época entre épocas, referindo-se à transição entre o barroco e o período clássico.

Johann Philipp Kirnberger (1721 – 1783)

Concerto em dó menor para cravo, cordas e contínuo

  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Presto

Johann Gottfried Müthel (1728 – 1788)

Concerto III em sol maior para pianoforte, cordas e contínuo

  1. Non troppo Allegro
  2. Um poco Adagio
  3. Vivace

Christoph Nichelmann (1717 – 1762)

Concerto em mi maior para cravo, cordas e contínuo

  1. Allegrissimo & II. Andante
  2. Vivace

Christine Schornsheim, cravo / pianoforte

Berliner Barock-Compagney

Ursula Bundies · Georg Kallweit, violinos

Sabine Fehlandt, viola

Jan Freiheit, violoncelo

Jaques van der Meer, contrabaixo

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FLAC | 259 MB

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MP3 | 320 KBPS | 123 MB

A Orquestra…

Um disco modesto, mas pode surpreender! Christine Schornsheim é uma excelente intérprete…

 

A solista…

Se gostar, me conte!

Aproveite!

René Denon