CPE Bach / Firsowa / Yun / Karg-Elert / Jolivet / Wildberger / JS Bach: Peças para Flauta Solo (Kollé)

CPE Bach / Firsowa / Yun / Karg-Elert / Jolivet / Wildberger / JS Bach: Peças para Flauta Solo (Kollé)

Um bom disco. Andrea Kollé toca todo tipo de flautas, seja transversa, seja doce, barrocas, o diabo. Seu repertório é amplo. É uma musicista que trabalha como solista de obras sinfônicas, de óperas ou de peças de câmara. Nasceu em Amsterdam, estudou na Holanda com Abbie de Quant e na Basiléia com Aurèle Nicolet. Desde 1990 é membro da Orquestra da Ópera de Zurique e toca na Orquestra Barroca “La Scintilla”, também de Zurique. A música contemporânea é particularmente importante para ela, tendo feito várias estreias mundiais, principalmente a estreia holandesa da peça solo (T)air(E) de Heinz Holliger, em 1985. O compositor romeno Dan Dediu dedicou seu Naufragi para flauta solo a ela em 2001. Andrea Kollé fez várias gravações em CD, incluindo este, com composições de Bach, Yun, Firsowa, Wildberger e Karg-Elert. Ela também fez gravações como parte do Zürcher Bläser Quintett para as gravadoras Jecklin Edition e Musique Suisse. Eu curti moderadamente.

CPE Bach / Firsowa / Yun / Karg-Elert / Jolivet / Wildberger / JS Bach: Peças para Flauta Solo (Kollé)

Carl Philipp Emanuel Bach [1714 – 1788)
Sonate a-moll, WQ 132
1) Poco adagio [4:56]
2) Allegro [3:46]
3) Allegro [3:15]

Elena Firsowa (1950 – )
Zwel Inventionen
4) I. Andante [3:44]
5) II. Allegretto [2:32]

Isang Yun (1917 – 1995)
6) Salomo [7:28]

Sigfrid Karg-Elert (1877 – 1933)
7) Sonate “Appassionata” fis-moll [5:09]

André Jolivet (1905 – 1974)
8) Incantation “Pour que l’image devienne symbole” [3:54]

Jacques Wildberger (1922 – 2006)
9) Retrospective II [5:14]

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
10) Allemande [3:47]
11) Corrente [2:33]
12) Sarabande [3:47]
13) Bourée [1:48]

Andrea Kollé, flauta

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Andrea Kollé apresenta suas armas na recepção da PQP Bach Van Gogh Foundation de Amsterdam.

PQP

Franck, Widor, Karg-Elert, Reger, Alain e Langlais no órgão de Dordrecht

Na virada do século 19 para o 20, compositores como Mahler, Scriabin e Strauss levaram a tonalidade funcional e o cromatismo aos seus limites,muitas vezes com os tons grandiloquentes de Wagner. Debussy, também expandindo as tonalidades e cromatismos, cultivou sonoridades sutis, no que muitos chamam de impressionismo.

As obras para órgão deste CD se inserem nesse contexto. César Franck, ainda no final do século XIX, pode ser considerado um precursor do debussismo ao evitar os arroubos de grandeza, mantendo um certo equilíbrio. Widor, também francês, é famoso principalmente por suas Sinfonias para Órgão que têm, ao contrário de Franck, momentos de expressão com a delicadezade um elefante, como a célebre Toccata e também o Intermezzo presente neste disco. Widor, que nunca foi um vanguardista, tocou no imenso órgão Cavaillé-Coll da igreja de Saint-Sulpice (Paris) até os 89 anos e morreu aos 93 em 1937, quando já era um dinossauro considerado hiper-antiquado por jovens como Messiaen ou Dutilleux.

Reger e Karg-Elert são os princpais compositores alemães para órgão depois da morte de Bach. O primeiro já apareceu aqui no PQPBach, o segundo faz a sua estreia hoje. Enquanto as composições de Reger são baseadas na polifonia a duas, três, quatro vozes, Karg-Elert usa harmonias mais modernas para fazer uma música que é pura expressão colorida, fazendo uso de combinações de diversos timbres como a orquestra de Mahler ou de Debussy.

No final de sua vida, na Alemanha dos anos 1920 e 30, Karg-Elert foi duramente criticado por não ser nacionalista o suficiente, com suas influências francesas e cosmopolitas. Foi até chamado de judeu, embora não fosse. Nos EUA e na Inglaterra, contudo, suas obras para órgão foram muito apreciadas:

Karg-Elert é um impressionista e colorista de grande distinção, imaginativo ao retratar uma grande variedade de sentimentos (University of Michigan, 1939)

Jehan Alain perdeu sua vida na 2ª Guerra, tendo deixado um pequeno mas importante catálogo de obras para órgão. Sua irmã, Marie-Claire Alain, foi uma das organistas francesas de maior renome no século XX.

Jean Langlais, que também estreia hoje no PQPBach, faz parte de uma longa tradição de organistas cegos que veio desde o Renascimento com o espanhol Antonio de Cabezón.

Franck, Widor, Karg-Elert, Reger, Alain e Langlais no órgão de Dordrecht
01. César Frank – Troisième Choral
02. César Frank – Prélude, Fugue et Variation
03. Charles-Marie Widor – Symphony No 6 – Intermezzo
04. Sigfrid Karg-Elert – Trois Impressions – Harmonies du soir
05. Sigfrid Karg-Elert – Trois Impressions – Clair de lune
06. Sigfrid Karg-Elert – Trois Impressions – La nuit
07. Max Reger – Toccata in d minor, Opus 59
08. Jehan Alain – Choral dorien
09. Jean Langlais – Suite Breve – I. Grand Jeux
10. Jean Langlais – Suite Brève – II. Cantilène
11. Jean Langlais – Suite Brève – III. Plainte
12. Jean Langlais – Suite Brève – IV. Dialogue sur les Mixtures

Órgão Kam (1859) da Grote Kerk, Dordrecht, Países Baixos
Margreeth de Jong – organista

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O órgão de Dordrecht, cidade próxima a Rotterdam

Pleyel