Uma joia inesperada! Estas são sonatas do início da carreira de Strauss e Reger. Claramente influenciadas por Brahms e Mendelssohn, estas duas sonatas cujas primeiras performances estão separadas por vinte e três anos, demonstram milagrosa criatividade e equilíbrio. O estranho é todas as composições presentes no CD foram repudiadas por seus respectivos compositores e agora são picos incontestáveis de seus repertórios. Emmanuelle Bertrand é um tremendo violoncelista. É membro do Carpe Diem. A competência do pianista Amoyal já é nossa velha conhecida. Sugestão: aumente o volume para ouvir o cello como se este estivesse na sua frente.
Richard Strauss (1864-1949): Romance, Cello Sonata / Max Reger (1873-1916): Cello Sonata, Kleine Romanze
1 Richard Strauss: Romance for cello & orchestra in F major, o.Op. 75 (TrV 118, AV 75) 10:30
Richard Strauss: Sonata for cello & piano in F major, Op. 6 (TrV 115)
2 Allegro con brio 9:28
3 Andante ma non troppo 9:16
4 Finale. Allegro vivo 8:42
Max Reger: Sonata for cello & piano No. 2 in G minor, Op. 28
5 Agitato 9:28
6 Prestissimo assai 3:20
7 Intermezzo. Poco sostenuto 5:23
8 Allegretto con grazia 7:06
9 Max Reger: Kleine Romanze for cello & piano, Op. 79e/2 2:09
Emmanuelle Bertrand, violoncelo
Pascal Amoyel, piano
Ao longo de seus quarenta e cinco anos de carreira, Beethoven tomou emprestados dezenas de temas a seus colegas compositores. No começo, ele o fazia simplesmente porque a forma do tema com variações era muito popular entre os compositores-pianistas, e era praxe lucrativa compor sobre árias e canções em voga. Ao estabelecer-se como o melhor pianista de Viena, ele acostumou-se a usar temas alheios – às vezes já conhecidos, outras vezes ditados pelo público ou mesmo por rivais – para exibir seu talento como improvisador, pelo qual foi por um bom tempo até mais famoso do que como compositor. Por fim, e principalmente nas Variações “Diabelli”, ele mostrava a sua incomparável capacidade de transformar o mais frugal dos temas ao decompô-lo, parodiá-lo e reinventá-lo, enquanto exibia seu enciclopédico conhecimento das capacidades do teclado.
O bicho era tão bom nisso que não surpreende que poucos compositores depois dele tenham tomado seus temas para comporem variações – ninguém, enfim, quer mostrar seus pés pequenos sambando dentro de tão grandes chinelas. Um dos poucos insensatos a fazê-lo foi Max Reger…
ECCE HOMO (DP)
… que, só pela cara, a gente já vê que manjava de todos os paranauê.
De fato, sua vasta e mormente desconhecida obra demonstra duma forma quase fanfarronística seu domínio das técnicas de composição. Escrever fugas, por exemplo, parecia-lhe um passatempo. Compor variações E fuga sobre um tema de Beethoven, então, jamais o intimidaria – foi ele, enfim, o homem responsável pela transcrição de muito da obra de J. S. Bach para duo pianístico, o que fez com muita competência e resistindo firme à tomatina que lhe jogaram.
As “Variações e Fuga sobre um Tema de Beethoven” (1904) são uma obra fundamental do repertório para duo, e aliás uma das poucas composições de Reger que, infelizmente, aparecem com alguma frequência em qualquer repertório. O tema que escolheu foi o da breve bagatela para piano em Si bemol maior, Op. 119, no. 11, que ele passa por um rigoroso corredor-polonês contrapontístico que culmina – como era seu costume em obras com variações – com uma assertiva fuga final. Anos mais tarde, ele orquestraria oito das doze variações, mas a roupagem sinfônica não conquistou a relativa popularidade do original.
Neste álbum duplo que lhes apresento, a obra ganha um ótimo tratamento por dois artistas de primeiríssima. András Schiff e Peter Serkin apresentaram o repertório do disco numa série de recitais ao longo de 1999, para enfim gravá-lo em New York, e é evidente que se deram muito bem no processo. Tenho pena, só, das duas singelas obras de Mozart, eclipsadas pelas variações de Reger e pela tonitruante Fantasia Contrappuntistica de Busoni que, apesar de inicialmente intitulada Grosse Fuge, homenageia a “Arte da Fuga” de J. S. Bach. Talvez seja demais para uma quinta-feira à tarde, então compreenderia se, para prevenirem a saturação sensorial (se é que eu já não os saturei para sempre com tanto Beethoven), vocês salvassem o álbum para ouvi-lo depois dum bom tempo longe de mim.
Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)
Fuga em Dó menor para dois pianos, K. 426
1 – Allegro Moderato
Johann Baptist Joseph Maximilian REGER (1873-1916)
Variações e fuga sobre um tema de Beethoven para dois pianos, Op. 86
2 – Thema: Andante
3 – Un poco più lento
4 – Agitato
5 – Andantino grazioso
6 – Andante sostenuto
7 – Appassionato
8 – Andante sostenuto
9 – Vivace
10 – Sostenuto
11 – Vivace
12 – Poco vivace
13 – Andante con grazia
14 – Allegro pomposo
15 – Fuge: Allegro con spirito
“Oh, céus!”, dirão vocês, “depois de nos entupir de Glenn Gould, o cara vem trazer os sacrossantos CONCERTOS DE BRANDENBURG numa REDUÇÃO para PIANO a QUATRO MÃOS”?
Sim, pessoal – mas deponham as pedras, por favor: eu me explico!
Houve um tempo em que não havia PQP Bach, nem música online, tampouco internet, que se dirá então de gravações digitais: esse era o tempo de Max Reger (1873-1916), e nele só havia gravações muito precárias e caríssimas. Uma das poucas alternativas que restavam aos melômanos que desejassem escutar em sua casa a música orquestral de grandes mestres era manter em suas salas um piano e comprar arranjos de obras orquestrais para serem tocadas nele. Reger, que já tinha feito transcrições pianísticas brilhantes de obras de J. S. Bach para o órgão, tivera sucesso também transcrevendo as Suítes para orquestra do grande mestre para piano a quatro mãos. Quando o editor pediu-lhe para transcrever os Concertos de Brandenburg, sua primeira resposta foi um rotundo “não” que, depois de muita hesitação, virou um “talvez” que nunca o convenceu completamente. Sua correspondência dá conta com muitos detalhes das dificuldades que encontrou na abordagem dessas mais perfeitas entre todas as obras, e em particular de como achava difícil fazer uma “redução” de partituras em que cada nota parecia essencial. O maior desafio, naturalmente, foi o Concerto no. 5, que contém uma parte muito elaborada e difícil para o cravo. A solução que Reger encontrou foi preservar tanto quanto possível as partes do concertino (grupo de solistas) e podar o que fosse necessário do ripieno (o restante do conjunto instrumental). Quando as transcrições foram publicadas, seu autor foi ferozmente desgraçado pelos críticos, e seus gritos de ódio ecoam até hoje, mais de um século depois.
Escutando esta interpretação do duo Trenkner-Speidel, não consigo deixar de aplaudir (diriam nossos vizinhos platinos) los huevos e a habilidade do transcritor. A perda de colorido, claro, é inevitável e inerente à transcrição. No entanto, a competência de Reger traz oportunidades de apreciar o incomparável gênio contrapontístico de Bach duma perspectiva inteiramente diferente. Antes de catarem pedras no chão e se juntarem à claque dos críticos, ouçam-nas e tirem suas próprias conclusões.
JOHANN SEBASTIAN BACH – BRANDENBURGISCHE KONZERTE BWV 1046-51 Für Pianoforte zu 4 Händen bearbeitet von Max Reger
Johann Sebastian BACH (1685-1750)
arranjo de Max REGER (1873-1916)
Concertos de Brandenburg, BWV 1046-1051, em redução para piano a quatro mãos
Na virada do século 19 para o 20, compositores como Mahler, Scriabin e Strauss levaram a tonalidade funcional e o cromatismo aos seus limites,muitas vezes com os tons grandiloquentes de Wagner. Debussy, também expandindo as tonalidades e cromatismos, cultivou sonoridades sutis, no que muitos chamam de impressionismo.
As obras para órgão deste CD se inserem nesse contexto. César Franck, ainda no final do século XIX, pode ser considerado um precursor do debussismo ao evitar os arroubos de grandeza, mantendo um certo equilíbrio. Widor, também francês, é famoso principalmente por suas Sinfonias para Órgão que têm, ao contrário de Franck, momentos de expressão com a delicadezade um elefante, como a célebre Toccata e também o Intermezzo presente neste disco. Widor, que nunca foi um vanguardista, tocou no imenso órgão Cavaillé-Coll da igreja de Saint-Sulpice (Paris) até os 89 anos e morreu aos 93 em 1937, quando já era um dinossauro considerado hiper-antiquado por jovens como Messiaen ou Dutilleux.
Reger e Karg-Elert são os princpais compositores alemães para órgão depois da morte de Bach. O primeiro já apareceu aqui no PQPBach, o segundo faz a sua estreia hoje. Enquanto as composições de Reger são baseadas na polifonia a duas, três, quatro vozes, Karg-Elert usa harmonias mais modernas para fazer uma música que é pura expressão colorida, fazendo uso de combinações de diversos timbres como a orquestra de Mahler ou de Debussy.
No final de sua vida, na Alemanha dos anos 1920 e 30, Karg-Elert foi duramente criticado por não ser nacionalista o suficiente, com suas influências francesas e cosmopolitas. Foi até chamado de judeu, embora não fosse. Nos EUA e na Inglaterra, contudo, suas obras para órgão foram muito apreciadas:
Karg-Elert é um impressionista e colorista de grande distinção, imaginativo ao retratar uma grande variedade de sentimentos (University of Michigan, 1939)
Jehan Alain perdeu sua vida na 2ª Guerra, tendo deixado um pequeno mas importante catálogo de obras para órgão. Sua irmã, Marie-Claire Alain, foi uma das organistas francesas de maior renome no século XX.
Jean Langlais, que também estreia hoje no PQPBach, faz parte de uma longa tradição de organistas cegos que veio desde o Renascimento com o espanhol Antonio de Cabezón.
Franck, Widor, Karg-Elert, Reger, Alain e Langlais no órgão de Dordrecht
01. César Frank – Troisième Choral
02. César Frank – Prélude, Fugue et Variation
03. Charles-Marie Widor – Symphony No 6 – Intermezzo
04. Sigfrid Karg-Elert – Trois Impressions – Harmonies du soir
05. Sigfrid Karg-Elert – Trois Impressions – Clair de lune
06. Sigfrid Karg-Elert – Trois Impressions – La nuit
07. Max Reger – Toccata in d minor, Opus 59
08. Jehan Alain – Choral dorien
09. Jean Langlais – Suite Breve – I. Grand Jeux
10. Jean Langlais – Suite Brève – II. Cantilène
11. Jean Langlais – Suite Brève – III. Plainte
12. Jean Langlais – Suite Brève – IV. Dialogue sur les Mixtures
Órgão Kam (1859) da Grote Kerk, Dordrecht, Países Baixos
Margreeth de Jong – organista
Grandes órgãos holandeses – parte 3 de 4
Bert Lassing e o órgão de Culemborg
Meu pai trabalhava numa fábrica e me ensinou desde pequeno que, na produção em escala industrial, tão importante quanto a qualidade é a padronização dos produtos. O gosto e a aparência de um refrigerante feito no Oiapoque no ano passado e de outro da mesma marca engarrafado ontem no Chuí devem ser idênticos. Vinhos, por outro lado, não são assim: é natural que um vinho de Santa Catarina seja diferente de um produzido no vale do São Francisco e de um terceiro da Serra Gaúcha, sem falar em safras diferentes, etc.
E o que isso tem a ver com o órgão? É que esse instrumento de tradição milenar, assim como os vinhos, vem resistindo às tentativas de padronização. Hoje muita gente reclama que as orquestras estão soando mais parecidas, os pianistas ao redor do mundo estão seguindo a mesma cartilha (será?), mas em relação aos órgãos, como podemos ouvir nessa série de órgãos holandeses, mesmo dentro de um país e do chamado “período barroco”, cada um é diferente. Assim como vinhos, há órgãos mais de acordo com o padrão, mais certinhos, e há outros com personalidade forte, inconfundíveis. Este órgão de Culemborg, na Holanda, me parece o mais peculiar dos quatro. São especialmente belos os registros que imitam instrumentos de sopro: flautas, oboés, trompetes… A fuga de Buxtehude, a Pastorella e o adagio de Bach, os corais de Reger usam muito esses sons de sopros. As obras de Bach também podem ser chamadas de únicas: Ele escreveu dezenas de Prelúdios e Fugas, seis Triosonatas, mas só uma Pastorella, peça bucólica que provavelmente era tocada na época do Natal, com inspirações galantes italianas, e apenas uma obra para órgão com a forma da BWV 564, com um sublime movimento lento (adagio) no meio de dois rápidos (tocata e fuga), que lembra até os concertos à maneira de Vivaldi.
Dietrich Buxtehude (1673-1707):
01. Praeludium in D major, BuxWV 139
02. Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ, BuxWV 196
03. Fuga in C major, BuxWV 174 J.S. Bach (1685-1750):
04. Pastorella in F major, BWV 590 – Part 1
05. Pastorella in F major, BWV 590 – Part 2
06. Pastorella in F major, BWV 590 – Part 3
07. Pastorella in F major, BWV 590 – Part 4
08. Toccata, Adagio und Fuge in C major, BWV 564 Max Reger (1873-1916):
09. Jesus, meine Zuversicht, Opus 67 No. 20
10. Jesus meine Freude, Opus 67 No. 21
11. Introduktion und Passacaglia in d minor Zoltan Kodaly (1882-1967):
12. Praeludium Piet Kee (1927-):
13. Erschienen ist der herrlich Tag
“Só com o renascimento de Bach teremos total liberdade” Max Reger
Reger é um compositor alemão pouco lembrado, talvez por ter nascido no mesmo país e século do último Beethoven, de Schumann, Brahms e Wagner, talvez por ter construído sua música ainda sobre as bases de Bach em plena virada do século XX.
A música de câmara e orquestral de Reger é pouco tocada, mas para o órgão ele é sem dúvida o grande alemão depois de Bach, seja em quantidade de obras (ocupam uns 15 CDs) seja pela qualidade de suas Suítes, Sonatas, Prelúdios e Fugas com contraponto aplicado à sonoridade orquestral do órgão do século XIX. Suas passacaglias e toccatas usam registros de órgão que não existiam na época de Bach.
Este é um típico disco da Naxos: órgão e organista pouco conhecidos mas de grande conexão com o repertório tocado, com som muito bem gravado. A primeira suíte, de 1895, foi dedicada à “sombra de J.S. Bach” e elogiada pelo idoso Johannes Brahms. A segunda, de 1905, é de mais fácil audição por ter mais movimentos, mais curtos, incluindo um romanze de belos timbres e duas fugas.
Organ Suite No. 1 in E Minor, Op. 16, “Den Manen J.S. Bachs”
1. I. Introduction and Fugue 00:14:14
2. II. Adagio assai 00:08:51
3. III. Intermezzo – Trio 00:12:28
4. IV. Passacaglia 00:11:48 Organ Suite No. 2 in G Minor, Op. 92
5. I. Prelude 00:03:24
6. II. Fugue 00:02:42
7. III. Intermezzo 00:04:55
8. IV. Basso ostinato 00:03:30
9. V. Romanze 00:05:58
10. VI. Toccata 00:03:10
11. VII. Fugue 00:03:52
Kirsten Sturm – Sandtner Organ (1979)
St. Martin’s Cathedral, Rottenburg am Nektar, Germany
Excelente disco de um compositor muito respeitado e pouco divulgado, Reger. Ele compôs muita música de câmara, sempre de boa qualidade. Acho que a extrema erudição e mais seu apego ao romantismo prejudicaram a divulgação de sua obra. Essas variações sobre temas de Bach e Telemann são ótimas, assim como a obra para órgão do cidadão. Incrivelmente, é o primeiro CD dele que postamos no PQP Bach.
Max Reger (1873-1916): Variations and Fugue on a Theme of J. S. Bach /
Humoresques / Variations and Fugue on a Theme of Telemann
1. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Theme Andante
2. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation I L’istesso tempo
3. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation II (sempre espress. ed assai legato)
4. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation III Grave assai
5. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation IV Vivace
6. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation V Vivace
7. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation Vl Allegro molto
8. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation VII Adagio
9. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation VIII Vivace
10. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation IX Grave e sempre molto espressivo
11. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation X Poco vivace
12. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation XI Allegro agitato
13. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation XII Andante sostenuto
14. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation XIII Vivace
15. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Variation XIV Con moto
16. Variations And fugue On A Theme Of Johann Sebastian Bach, Op 81: Fugue Sostenuto
17. Five Humoresques, Op 20: No 1 Allegretto grazioso – piu meno mosso – tempo primo
18. Five Humoresques, Op 20: No 2 Presto – Andante – Presto
19. Five Humoresques, Op 20: No 3 Andantino grazioso – Meno mosso -Tempo primo
20. Five Humoresques, Op 20: No 4 Prestissimo assai – Meno mosso – Prestissimo assai
21. Five Humoresques, Op 20: No 5 Vivace assai – Piu tranquillo -Tempo primo
22. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Theme Tempo di Minuetto
23. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation I (L’istesso tempo)
24. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation II (L’istesso tempo)
25. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation III (L’istesso tempo) (Sherzando)
26. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation IV (L’istesso tempo)
27. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation V (Non troppo vivace)
28. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation VI (Non troppo vivace)
29. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation VII (quasi Tempo primo)
30. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation VIII Tempo primo
31. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation IX Non troppo vivace
32. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation X Quasi adagio
33. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XI Quasi adagio
34. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XII Poco vivace
35. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XIII Tempo primo
36. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XIV Meno vivace
37. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XV Andante
38. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XVI Adagio
39. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XVII Poco andante
40. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XVIII Tempo primo
41. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XIX Poco vivace
42. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XX Poco vicace
43. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XXI Poco vivace
44. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XXII Vivace
45. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Variation XXIII Poco Andante – Molto adagio
46. Variations And Fugue On A Theme Of Georg Philipp Telemann, Op. 134: Fugue Vivace con spirito – Meno mosso