Prokofiev (1891-1953): Concertos para piano Nº 1 & 3 / Bartók (1881-1945): Concerto para piano Nº 3 (Argerich / Dutoit)

Prokofiev (1891-1953): Concertos para piano Nº 1 & 3 / Bartók (1881-1945): Concerto para piano Nº 3 (Argerich / Dutoit)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Talvez, quem sabe?, este seja um dos melhores CDs que já postei aqui. Na minha opinião é, sem dúvida. Como dois parênteses, dois extraordinários Concertos para Piano de Prokofiev cercam o Concerto Nº 3 do maior compositor do século XX (provocação gratuita do bem, mesmo que expresse minha opinião real, àqueles que votam em Stravinsky, outro gênio indiscutível). Ao piano, Marthita em sua melhor forma. Na última vez em que veio à Porto Alegre, pedi-lhe dois autógrafos, um num antigo vinil onde interpretava peças para dois pianos junto com Nelson Freire — ela olhou para a capa e gritou “Nossa, eu um dia fui jovem, eu era um pouco mais bonita do que a bruxa de hoje, não?”, ao que assenti com entusiasmo… — e este que posto hoje — “Nossa, neste aqui eu tocava muito bem!”, e caiu na gargalhada, completando: “Gravamos tudo rapidamente. Foi perfeito. Gastamos mais tempo conversando e tirando as fotos em preto e branco para o CD”.

Tinha razão, foi tudo perfeito. O que Martha Argerich faz nestes três concertos em termos de virtuosismo e temperatura emocional é efetivamente espantoso, apenas repetível sob outra forma, tão pessoal é sua abordagem.

Não é um CD normal este que você vai baixar hoje.

Prokofiev (1891-1953): Concertos para piano Nº 1 & 3 / Bartók (1881-1945): Concerto para piano Nº 3 (Argerich / Dutoit)

Prokofiev – Piano Concerto No. 1 in D flat Op. 10
1. First movement: Allegro brioso 6:57
2. Second movement: Andante assai 4:34
3. Third movement: Allegro scherzando 4:31

Bartók – Concerto for Piano and Orchestra No. 3 Sz119
4. First movement: Allegretto 7:22
5. Second movement: Adagio religioso -[poco più mosso] – tempo I 10:45
6. Third movement: Allegro vivace – [presto] 6:50

Prokofiev – Piano Concerto No. 3 in C Op. 26
7. First movement: Andante – Allegro 9:43
8. Second movement: Tema (Andatino) and Variations 9:39
9. Third movement: Allegro ma non troppo – meno mosso – Allegro 9:51

Martha Argerich, piano
Orchestre Symphonique De Montréal
Charles Dutoit

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Igor Stravinsky (1882-1971): Concerto para Violino e Orq. / Bela Bartók (1881-1945): Concerto No. 2 para Violino e Orq. (Mullova / Salonen)

Igor Stravinsky (1882-1971): Concerto para Violino e Orq. / Bela Bartók (1881-1945): Concerto No. 2 para Violino e Orq. (Mullova / Salonen)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Dias atrás, ocorreu uma pequena discussão neste blog. Não quis participar, porque já tinha discutido o assunto em outras oportunidades e as pessoas se tornam muito agressivas, sabe-se lá por quê. O tema era violinistas. Então vieram os passadistas que não leram Virginia Woolf (ou, OK, que não concordam com ela) e desfilaram uma série de nomes de pessoas mortas. Eu sempre defendi a tese de que os instrumentistas modernos são, em sua maioria, superiores aos do passado. Basta ouvir com atenção. O resto, meus amigos, vai por conta do afeto. Uma vez, em minha casa, criei grande confusão ao mostrar gravações de pianistas e violinistas de ontem e hoje. Entre outros grandes artistas, a confusão foi gerada por Viktoria Mullova, uma violinista que “só não é absolutamente fabulosa pelo fato de estar viva” (V.W.). Quase imbatíveis, ela, Gil Shaham, Shlomo Mintz, o russo aquele (Vengerov, acho) e outros violinistas cujos corações ainda batem, ganhavam a preferência de quase todos. E estávamos quase só entre músicos… Dávamos risadas e as pessoas diziam que “não, não pode ser”. Os únicos que efetivamente acompanhavam os modernos eram Heifetz, Oistrakh e Szeryng. Imaginem que Milstein foi chamado de amador por três vezes. Não sou apocalíptico e acho que os modernos fazem melhor por estarem sobre os ombros dos gigantes do passado. Quando o gigante Gould concebeu suas interpretações, não foi auxiliado por Gould. Já Hewitt foi. Deste modo, não é inteiramente estranho que faça tão bem quanto ou até melhor. Bem, esqueçam, este foi só um exemplo e talvez não o mais feliz deles.

Beijos.

P.S.– Ah, há Mullova neste CD. Muita Mullova!

Igor Stravinsky (1882-1971): Concerto para Violino e Orq. / Bela Bartók (1881-1945): Concerto No. 2 para Violino e Orq. (Mullova / Salonen)

Igor Stravinsky (1882-1971) – Violin Concerto in D major

01. No. 1, Toccata
02. No. 2, Aria I
03. No. 3, Aria II

Bela Bartók (1881-1945) – Violin Concerto No. 2 in B minor, Sz. 112, BB 117

04. I. Allegro con troppo
05. II. Andante tranquillo
06. III. Allegro molto

Viktoria Mullova, violino
Los Angeles Philharmonic New Music Group
Esa-Pekka Salonen, regente

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Mullova: com um beijo aos passadistas

PQP

Bartók / D’hoe / Franck / Scărlătescu / Tchaikovsky: Dances (Amandine Beyer & Laurence Beyer)

Por várias vezes já declarei aqui no PQPBach minha admiração por esta excepcional violinista chamada Amandine Beyer. Até pouco tempo só ouvira discos seus tocando mais especificamente o repertório barroco, mas aqui neste disco que ora vos trago ela mergulha fundo no século XX e XXI, desde nosso adorado Bártok, com suas “Danças Populares Romenas”, o até então por  mim desconhecidos  Jeron D´Hoe e Ion Scarlatescu, e também mergulha com corpo e alma na magnífica “Sonata em Lá Maior”, de César Franck e Tchaikovsky com sua Valse Scherzo. Um repertório bem eclético, com certeza, que serve antes de tudo para mostrar toda a versatilidade e talento de Amandine Beyer.

Sobre Jeroen D´Hoe encontrei as seguintes informações em um site:

“Jeroen D’hoe (1968) is a prolific composer, pianist and musicologist, who engages in various dialogues with other musical styles and other art disciplines, usually commissioned by orchestras, ensembles, festivals and museums. He received a DMA (Doctor of Musical Arts) and Master of Music in composition with John Corigliano from The Juilliard School (New York), in addition to Masters in composition (Piet Swerts) and piano (Johan Lybeert and Alan Weiss) at LUCA School of Arts, Campus Lemmens (Leuven) and a Master in Musicology (KU Leuven). Jeroen D’hoe won the National Composition Competition of Queen Elisabeth (2003), the SABAM Prize for Composition (2003) with Toccata-Scherzo, and the Composition Competition of the Province of Flemish Brabant (2002) with Festival Anthem. He received the “Golden Poppy” Award (SABAM) for his oeuvre in the classical composition category (2008).

Sobre Ion Scarlatescu encontrei informações em romeno na Wikipedia, que diz que ele foi um pedagogo e professor no Conservatório de Música de Bucareste, e viveu entre 1872 e 1922. Sua “Bagatelle em Si Bemol Menor”, obra que Beyer gravou neste disco, é sua obra mais conhecida.

Enfim, um belíssimo CD, creio que os senhores irão gostar muito. A incursão de Beyer no repertório contemporâneo e romântico foi uma grande surpresa para mim. E apenas demonstrou o que já sabia: que grande violinista que ela é !!!

Béla Bartók (1881-1945)

01. Rumanische Volkstanze, Sz.56_ I. Bot tánc _ Jocul cu bâtă
02. Rumanische Volkstanze, Sz.56_ II. Brâul
03. Rumanische Volkstanze, Sz.56_ III. Topogó _ Pe loc
04. Rumanische Volkstanze, Sz.56_ IV. Bucsumí tánc _ Buciumeana
05. Rumanische Volkstanze, Sz.56_ V. Román polka _ Poarga Românească – Aprózó _ Mărunțel

Jeroen D’hoe (1968)

06. Dances for Violin and Piano_ I. Commencement dance
07. Dances for Violin and Piano_ II. Round
08. Dances for Violin and Piano_ III. Tango
09. Dances for Violin and Piano_ IV. Jig
10. Dances for Violin and Piano_ V. Chaconne
11. Dances for Violin and Piano_ VI. Ballet mécanique with spagnoletta

César Franck (1822-1890)

12. Sonate pour violon et piano in A Major, FWV 8_ I. Allegretto ben moderato
13. Sonate pour violon et piano in A Major, FWV 8_ II. Allegro
14. Sonate pour violon et piano in A Major, FWV 8_ III. Recitativo Fantasia (ben moderato)
15. Sonate pour violon et piano in A Major, FWV 8_ IV. Allegretto poco mosso

 Piotr Iliich Tchaikovsky (1840-1893)

16. Valse Scherzo in C Major, Op. 34, TH 58

Ion Scărlătescu (1872-1922)

17. Bagatelle in B-Flat Minor

Amandine Beyer – Violino
Laurence Beyer – Piano

DOWNLOAD HERE – BAIXE AQUI

LINK ALTERNATIVO

FDP

Bartók (1881-1945): Música para Cordas, Percussão e Celesta & Hindemith (1895-1963): Sinfonia “Mathis der Maler” – Berliner Philharmoniker & Herbert von Karajan ֍

Bartók

Música para Cordas, Percussão e Celesta

Hindemith

Sinfonia “Mathis der Maler”

Berliner Philharmoniker

Herbert von Karajan

As 2 obras deste disco são contemporâneas. Hindemith compôs a Sinfonia em 1934 e Bartók compôs a sua obra em 1936.

Hindemith planejava compor uma ópera com enredo baseado na vida de Matthias Grünewald, o pintor do Retábulo de Isenheim, quando William Furtwängler lhe pediu uma peça para apresentar em uma turnê que faria com a Berliner Philharmoniker. Ele resolveu compor estes movimentos sinfônicos, que foram posteriormente usados na ópera.

Paul Sacher

A peça de Bartók foi comissionada por Paul Sacher para a celebração do aniversário de dez anos de sua orquestra, a Basler Kammerorchester. Paul Sacher dedicou-se à música de seu século de muitas maneiras diferentes: como intérprete, como patrono de novas composições e como membro e patrocinador de muitos comitês e instituições. A Música para Cordas, Percussão e Celesta foi composta no mesmo período em que Bartók compôs o Quarto e o Quinto Quartetos de Cordas. A partitura dessa peça é precedida pela cuidadosa disposição dos instrumentos em relação ao regente.

Este disco me deixou intrigado, pois sempre imaginava Herbert von Karajan regendo as peças de maior apelo aos ouvintes. As sinfonias de Tchaikovsky e outros famosos compositores, assim como os concertos, sempre com jovens intérpretes. No entanto, este é apenas um dos muitos aspectos deste regente que desperta tão forte opiniões nas pessoas. Havia também o seu interesse pela música de seu próprio tempo, assim como pelas novas tecnologias. Karajan gravou essa peça de Bartók três vezes. Sua primeira gravação, feita em 1949, foi simplesmente a segunda gravação da peça. A gravação que temos aqui foi feita em novembro de 1960 e já se beneficiou da nova tecnologia de gravações – estéreo. A produção foi feita pelo lendário e controverso Walter Legge. Há ainda outra gravação dessa obra de Bartók por Karajan e a Berliner Philharmoniker, provavelmente mais conhecida, por ser para o selo Deutsche Grammophon, feita em 1973.

Quanto a obra de Hindemith, não sei quantas gravações Karajan fez, mas certamente ela fazia parte de seu repertório de novidades, como as sinfonias de Arthur Honegger e as peças dos seres do outro planeta, Schoenberg, Berg e Webern. Há uma gravação feita ao vivo de um concerto com a Wiener Symphoniker em 18 de fevereiro de 1957, na Grosser Saal des Wiener Musikvereins, cujo programa foi a Sinfonia de Hindemith e a Sétima de Beethoven. 

As duas obras do disco, apesar da proximidade temporal, não poderiam ser mais diferentes. Um texto que descreve a obra de Bartók começa assim; ‘Qual é a fonte dessa música diabólica? As divagações cromáticas sugerem Wagner e o seu Tristão, que preludia Schönberg. Mas existem outros antecedentes, e estes incluem Strauss, Stravinsky, Debussy, Ravel e, crucialmente, a música folclórica da Hungria natal de Bartók e dos seus arredores’. Diabólica… bem, trechos da obra foram usados em filmes como Being John Malkovich e Shining. Aqui você encontrará mais informações sobre essa peça.

A obra de Hindemith não é uma sinfonia no sentido estrito, uma vez que sua composição derivou de material que seria usado na ópera, mas é bem próxima do que se esperava de uma sinfonia. Veja como inicia a descrição da peça em uma análise acadêmica: “É irônico que a Sinfonia “Mathis der Maler” tenha sido considerada anti-alemã pelos nazistas. Do ponto de vista estilístico, como uma obra tonal que revive a tradição sinfônica alemã, com um foco nacionalista e uso de melodias folclóricas, deveria ter sido uma obra modelo de um compositor do Terceiro Reich. No entanto, sua paleta sonora melódica e pós-romântica a coloca na categoria de outras obras europeias da década de 1930 por compositores como Stravinsky, Bartók, Schoenberg e Shostakovich que reagiram em sua música contra o totalitarismo.”

O primeiro movimento da sinfonia, por exemplo, foi inspirado no painel “O Concerto Angélico” (Engelkonsert) de Mathis Grünewald, que retrata três anjos tocando e cantando para o recém-nascido Cristo e sua mãe. A pintura serviu de inspiração para o primeiro movimento da Sinfonia, também funcionando como prelúdio para a ópera. Aqui, Hindemith optou por citar uma melodia folclórica de oito compassos, Es sungen drei Engel ein süssen Gesang (Três Anjos Cantaram uma Canção Doce). O Sepultamento, segundo movimento da Sinfonia, foi inspirado na parte de baixo do Tríptico.

A pintura mais impressionante, na minha opinião é a que trata das tentações de Santo Antônio.

Béla Bartók (1881-1945)

Música para Cordas, Percussão e Celesta, Sz. 106

  1. Andante tranquilo
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro molto

Paul Hindemith (1895-1963)

Sinfonia “Mathis der Maler”

  1. Engelskonzert (Concerto Angélico)
  2. Grablegung (Sepultamento)
  3. Versuchung des heiligen Antonius (As Tentações de Santo Antônio)

Berliner Philharmoniker

Herbert von Karajan

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 233 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 126 MB

Numa entrevista de Herbert para Herbert, que você poderá ver na íntegra aqui:

Herbert Pendergast – ‘Você acha que a música de compositores como Boulez e Webern será facilmente compreendida pelo público musical da próxima geração?’

Herbert von Karajan – ‘Tenho certeza de que a próxima geração não terá problemas em compreender a maior parte da música de hoje. Pense no Concerto para Orquestra de Bartók. Há vinte anos era considerado inacessível; hoje é um clássico. Pense na Música para Cordas, Percussão e Celesta. Quando o tocamos hoje, soa como um concerto grosso de Handel. Com o declínio da inspiração melódica na música, as técnicas seriais de hoje são uma disciplina auto-imposta necessária para o compositor…’

Paul resolveu pousar para fotos com os instrumentos do acervo do PQP Bach, durante a preparação da postagem… Béla caiu na gargalhada…

Aproveite!

René Denon

European Choral Music: Eric Ericson, Coro da Rádio de Estocolmo & Coro de Câmara de Estocolmo (6 cds)

European Choral Music: Eric Ericson, Coro da Rádio de Estocolmo & Coro de Câmara de Estocolmo (6 cds)

Admiradores do canto coral, o post de hoje é para vocês. Nada mais, nada menos que uma caixa com 6 cds trazendo o crème de la crème do trabalho que o regente Eric Ericson desenvolveu ao longo de décadas à frente de dois coros na capital sueca: o Coro da Rádio de Estocolmo (hoje Coro da Rádio Sueca) e o Coro de Câmara de Estocolmo, fundado por ele.

Correndo o risco de soar exagerado, essa caixinha é o tipo de coisa que eu botaria na sonda Voyager para que os habitantes extraterrestres do cosmos soubessem que, apesar de ter dado um tanto errado como espécie, a humanidade teve seus momentos de extrema beleza, de uma verdade essencial. Um troço assim como aquele gol do Maradona contra os ingleses em 86, a Annunziata de Antonello da Messina ou o filé à francesa do Degrau.

Não sei bem explicar o porquê, tem alguma coisa na música coral que me pega fundo na alma. Talvez seja algo verdadeiramente animal, instintivo – nos sentimos tocados quando ouvimos nossos semelhantes emitindo sons em conjunto. As Paixões de Bach, a Nona de Beethoven, o Réquiem de Mozart, para ficar só em algumas das mais consagradas páginas do repertório de concerto, todas têm aquele(s) momento(s) em que o coro descortina sua avalanche sonora e a gente se agarra na cadeira, como que soterrado por tamanha beleza, tamanho feito humano. A voz humana tem esse poder, mexe com a gente, sei lá, em nível celular…

Pois esta caixinha de seis discos faz um voo panorâmico amplo, percorrendo mais de cinco séculos de música coral europeia: de Thomas Tallis (1505?-1585) a Krzystof Penderecki (1933-2020). Os seis discos são divididos em dois trios: os três primeiros levam o nome de Cinco Séculos de Música Coral Europeia e trazem obras de: Badings, Bartók, Brahms, Britten, Byrd, Castiglioni, Debussy, Dowland, Edlund, Gastoldi, Gesualdo, Ligeti, Martin, Monteverdi, Morley, Petrassi, Pizzetti, Poulenc, Ravel, Reger, Rossini, Schönberg, R. Strauss e Tallis. Os três restantes, por sua vez, são agrupados como Música Coral Virtuosa e o repertório consiste em Jolivet, Martin, Messiaen, Monteverdi, Dallapiccola, Penderecki, Pizzeti, Poulenc, Reger, R. Strauss e Werle.

Eric Ericson e György Ligeti

O texto de Michael Struck-Schloen sobre o repertório que integra o encarte é bem bom e vale a extensa transcrição, em livre tradução deste blogueiro:

Cinco séculos  de música coral europeia (cds 1 – 3)
A seleção estritamente pessoal de Ericson do vasto repertório de música coral europeia dos séculos XVI a XX para a lendária produção de 1978 da Electrola pode surpreender, a princípio, pelas muitas lacunas que contém. Não há nada da audaciosamente complexa música coral do Barroco Protestante, de Schütz a Bach, nem obras do início do período Romântico, quando grandes mestres como Schubert e Mendelssohn contribuíram para a era dourada da tradição coral burguesa. As obras desses discos não foram selecionadas tendo em mente uma completude enciclopédica, mas por sua flexibilidade e brilhantismo, por sua mistura de cores e suas características tonais gerais.

A riqueza e o desenvolvimento da tradição coral europeia são melhor iluminadas quando agrupamos as obras de acordo com sua procedência ao invés de seu período de composição. A música coral europeia foi profundamente influenciada desde o início pelo som e expressão específicos do idioma utilizado; e, no século XIX, as harmonias e ritmos típicos da música tradicional folclórica também começaram a desempenhar um papel importante. As Quatro Canções Folclóricas Eslovacas (1917) e as Canções Folclóricas Húngaras (1930), de Béla Bartók, demonstram bem essa tendência rumo a uma identificação nacional, bem como os primeiros coros Manhã Noite, de György Ligeti, escritos em 1955, um ano antes de ele escapar do regime comunista de sua Hungria natal.

Os quatro exemplos de música sacra a capella alemã incluídos aqui merecem o título dado por Brahms de Quatro Canções Séries já somente pela escolha do texto. Em uma de inflação tanto da intensidade expressiva como dos recursos musicais utilizados – como demonstrado por Paz na Terra (1907) de Schönberg e o Moteto Alemão (1913) de Richard Strauss para quatro solistas e coral de 16 vozes –, havia também um claro renascimento no interesse por antigos ideais composicionais e estilísticos. Assim, a esparsa ttécnica coral praticada por Schütz e seus contemporâneos foi a principal fonte de inspiração para os Motetos, op. 110 de Max Reger, trabalhando com textos biblicos (1909), ou para Fest-Gedenksprüche com que um Brahms de 56 anos de idade reconheceu a liberdade que a sua Hamburgo natal o concedeu.

A mais importante revolução na história da música vocal entre a Renascença e Schönberg foi a introdução na Itália, por volta de 1600, do canto solo dramático. Esse novo estilo, que atendia pelo despretensioso nome de “monodia”, pavimentou o caminho para o gênero inteiramente novo da ópera, e também diminuiu gradativamente a importância do coral de múltiplas vozes ao norte dos Alpes. Dessa forma, os madrigais de Gesualdo e Monteverdi, com suas harmonias distintas, são na verdade música solo em conjunto, fazendo deles terreno fértil para grupos vocais ágeis e esguios como o Coro de Câmara de Estocolmo. Enquanto as extravagantes Péchés de ma vieillesse de Rossini foram escritas para quarteto e octeto vocais, o quarteto desacompanhado teve que esperar até o século XX para ser redescoberto como um meio expressivo em si mesmo. Ildebrando Pizzeti faz uma referência deliberada ao contraponto renascentista em suas duas canções Sappho, de 1964, enquanto seu conterrâneo Goffredo Petrassi explora uma ampla gama de técnicas corais modernas, de glissandi ilustrativos ao caos dissonante, em seus corais Nonsense (publicados em 1952) baseados em versos de Edward Lear.

Em uma época em que uma carga expansiva e sobrecarregada de som era a ordem do dia no trabalho coral alemão, compositores franceses ofereceram narrativas caprichosas e a poesia colorida da natureza. As Trois Chansons (1915) de Maurice Ravel, com textos dele mesmo, são uma mistura cativante de atrevida sabedoria popular e engenhosa simplicidade, enquanto Debussy incorpora antigos textos franceses em uma linearidade arcaica em suas Trois Chansons de Charles d´Orléans (1904). As Chansons bretonnes do compositor holandês Henk Badings são brilhantes estudos vocais no idioma francês, enquanto os coros Ariel do grande compositor suíço Frank Martin são importantes estudos preliminares para sua ópera A Tempestade. Não bastassem esses belos trabalhos, é a cantata para 12 vozes A Figura Humana (1943), de Francis Poulenc, a obra-prima do grupo francês: oito complexos movimentos corais a partir de textos do poeta comunista francês Paul Eluards que são o grito pessoal de protesto do compositor contra a ocupação nazista na França.

A Itália não foi o único reduto da música vocal no limiar do Barroco: a Inglaterra também manteve um alto nível em seus diversos esplendorosos corais de catedrais e na exclusiva Capela Real em Londres. O grande Thomas Tallis e seu pupilo William Byrd foram ambos membros da Capela Real, e Tallis serviu sob nada menos que quatro monarcas: Henrique VIII, Eduardo VI, Maria I e Elizabeth I. Enquanto a fama de Tallis reside em sua música coral de ingenuidade contrapuntística e grande destreza técnica, Byrd e seu pupilo Thomas Morley possuíam um alcance mais amplo, escrevendo refinadas séries de madrigais em estilo italiano. Esses, ao lado das canções usualmente melancólicas de John Dowland (“Semper Dowland, semper dolens“), representam o florescer supremo da música vocal elizabetana. Após a música vocal inglesa atingir seu pico barroco com as obras de Henry Purcell, o “sceptrd` Isle” teve que esperar até o século XX com o compositor Benjamin Britten para renovar a bela tradição coral do país com peças como seu Hino para Santa Cecília (1942).

As obras do pós-guerra incluídas nessa seleção não se prestam a serem rotuladas em nenhum escaninho nacional. Elegi, do compositor e professor sueco Lars Edlund, a intrincada Lux aeterna (1966) para 16 vozes de György Ligeti e Gyro de Niccolò Castiglione representam a vanguarda internacional no período posterior à Segunda Guerra Mundial, em que estilos individuais contavam mais que escolas locais.

Música coral virtuosa (cds 4 – 6)
Música coral virtuosa: o título da lendária produção da Electrola lançada em 1978 não foi escolhido apenas para ressaltar a perfeição técnica de tirar o fôlego do Coro da Rádio de Estocolmo e de seu irmão, o Coro de Câmara de Estocolmo. O termo “virtuoso” também se aplica ao repertório gravado: as peças corais italianas do cd 4 são ampla evidência dos tesouros aguardando descoberta por alguém com ouvidos tão sensíveis como Eric Ericson.

A abertura aqui fica por conta de Claudio Monteverdi, cuja Sestina, de 1614, sobre a morte de uma soprano da corte de Mantua ergue o sarrafo no que se refere ao estilo vocal italiano e à riqueza harmônica. Como muitos compositores italianos do século XX, de Gian Francesco Malipiero a Luca Lombardi, Luigi Dallapiccola sentiu-se em dívida para com o novo e expressivo estilo vocal introduzido por Monteverdi. Os dois primeiros corais de seus Sei cori di Michelangelo il Giovane (1933-36) apresentam, em sagaz antítese, os coros das esposas infelizes (malmaritate) e o dos maridos infelizes (malammogliati). Mais heterogêneos em estilo são os três coros que Ildebrando Pizzetti dedicaram ao Papa Pio DII em 1943, para marcar seu 25º jubileu como sumo pontífice. O noturno no poema Cade la sera de D´Annunzio se desdobra em largos arcos que preenchem o espaço tonal, enquanto os textos bíblicos inspiram Pizzetti a um estilo mais arcaico e austero.

Lars Johan Werle, que chefiou por muitos anos o departamento de música de câmara da Rádio Sueca, apresentou um cartão de visitas em nome da música coral sueca contemporânea – que somente desenvolveu uma tradição autônoma sob a influência de Ericson e seus corais – com seus Prelúdios Náuticos de 1970. O compositor adorna a combinação do tratamento experimental das vozes com idéias precisas sobre articulação e a transformação do texto em música com expressões marítimas. Em contraste com este virtuoso estudo, Krzystof Penderecki escreveu seu Stabat Mater em 1962, no antigo estilo de música sacra funeral. O gênio altamente individual com que Penderecki procede da abertura com sinos em uníssono, atravessando uma intrincada polifonia tecida por três corais de 16 vozes, até o casto, luminoso acorde em puro ré maior do Gloria lhe renderam o status de um dos principais compositores jovens da Polônia na estreia de sua Paixão de São Lucas, em 1966, da qual o Stabat Mater faz parte.

Um dos focos das atividades dos dois corais, ao lado da música italiana de Gabrieli a Dallapiccola, sempre foi o repertório alemão a capella do Romantismo tardio, cujos antípodas característicos foram Max Reger e Richard Srauss. Enquanto Reger trabalhou para promover uma renovação da música litúrgica protestante no espírito de Bach, como fica evidente em seus Acht Gesänge (“Oito hinos”) de 1914, Strauss enxergava no coral de múltiplas vozes um equivalente vocal do grandioso entrelaçamento de seu estilo instrumental. Essa tendência da música coral de Strauss está documentada nessas duas peças, separadas por quase quatro décadas: sua adaptação para o poema Der Abend (“A noite”, de 1897), de Friedrich Schiller, e a caprichosamente ocasional Die Göttin im Putzzimmer (“A deusa no quarto de limpeza”), de 1935, com seus ecos da bucólica ópera Daphne, de Strauss.

Nessa jornada de descoberta ao longo da música coral europeia do século XX, é  sobre as obras-primas francesas de Poulanc e Jolivet, e particularmente de Messiaen e Martin, que os dois corais de Estocolmo lançaram uma nova luz. O espectro expressivo dos ciclos apresentados aqui é inegavelmente impressionante. Enquanto em 1936 – muito após o Grupo dos Seis ter rompido – Poulenc voltou mais uma vez à poesia de Apollinaire e Eluard em suas Sept chansons, André Jolivet combinou textos sacros egípcios, indianos, chineses, hebreus e gregos em seu Epithalame, escrito em 1953 para celebrar seu vigésimo aniversário de casamento de uma forma mística. Naquele mesmo 1936, Olivier Messiaen, então com 28 anos, juntou-se a Jolivet e Daniel Lesur para criar o grupo Jeune France (“França jovem”), mas logo partiria novamente em seu idiossincrático caminho, alternando entre catolicismo, técnicas avant-garde e uma filosofia totalizante da natureza. Em termos de conteúdo, os Cinq Rechants de Messiaen, ligados entre si por refrões (rechants), representam um homólogo vocal de sua Sinfonia Turangalîla, que parte da história de Tristão e Isolda para criar uma mitologia de amor, natureza e morte. Frank Martin, nascido em Genebra, por sua vez, considerou sua Missa (1922-6) como algo “que diz respeito apenas a mim e Deus”. É música de pureza espiritual e arcaica, cuja estreia Martin autorizou apenas quarenta anos depois de sua composição.”

 

Ericson em ação

Obs.: para não deixar esse post ainda mais comprido, a lista completa de movimentos, intérpretes e afins está fotografada, dentro do arquivo de download.

*******

Five centuries of European choral music

Disco 1
Johannes Brahms (1833-1897)
Fest. und Gedenksprüche, op. 109

Max Reger (1873-1916)
O Tod, wie bitter bist du, op 110/3

Arnold Schönberg (1874-1951)
Friede auf Erden, op. 13

Richard Strauss (1864-1949)
Deutsche Motette, op. 62

Lars Edlund (1922-2013)
Elegi

Béla Bartók (1881-1945)
Vier slowakische Volkslieder

Disco 2
Béla Bartók (1881-1945)
Ungarische Volkslieder

György Ligeti (1923-2006)
Morgen
Nacht
Lux aeterna

Carlo Gesualdo (1560?-1613)
Itene ò miei sospiri

Giovanni Gastoldi (ca. 1556-1622)
Amor vittorioso

Claudio Monteverdi (1567-1643)
Ecco mormorar l´onde

Gioachino Rossini (1792-1868)
I Gondolieri
Toast pour le nouvel an
La Passegiata

Goffredo Petrassi (1904-2003)
Nonsense

Ildebrando Pizzetti (1880-1968)
Due composizioni corali (Sappho)

Niccolò Castiglioni (1932-1996)
Gyro

Disco 3
Claude Debussy (1862-1918)
Trois Chansons de Charles d´Orléans

Henk Badings (1907-1987)
Trois Chansons brettones

Maurice Ravel (1875-1937)
Trois Chansons

Francis Poulenc (1899-1963)
Figure humaine

Frank Martin (1890-1974)
Ariel choirs from Shakespeare´s The Tempest

William Byrd (1543-1623)
This sweet and merry month

John Dowland (1563-1626)
What if I never speed

Thomas Morley (1557-1602)
Fire! Fire!

Thomas Tallis (1505?-1585)
Spem in alium

Benjamin Britten (1913-1976)
Hymn to St. Cecilia, op. 27

Virtuoso Choral Music

Disco 4

Claudio Monteverdi (1567-1643)
Sestina “Lagrime d´amante al sepolcro dell´amata”

Luigi Dallapiccola (1904-1975)
Sei cori di Michelangelo il Giovane

Ildebrando Pizzetti (1880-1968)
Tre composizioni corali

Lars Johan Werle (1926-2001)
Nautical Preludes

Krzysztof Penderecki (1933-2020)
Stabat Mater

Disco 5
Max Reger (1873-1916)
Acht geistliche Gesänge, op. 138
Ach, Herr, strafe mich nicht, op. 110 Nr. 2

Richard Strauss (1864-1949)
Die Göttin im Putzzimmer
Der Abend

Francis Poulenc (1899-1963)
Sept Chansons

Disco 6
André Jolivet (1905-1974)
Epithalame

Olivier Messiaen (1908-1993)
Cinq Rechants

Frank Martin (1890-1974)
Messe

Rundfunkchor Stockholm
Stockholmer Kammerchor
Eric Ericson, regência

BAIXE AQUI / DOWNLOAD HERE

O Coro da Rádio Sueca: alguém aí sabe pra que lado é a saída?

Karlheinz

Viva a Rainha! – As Idades de Marthinha: a Nona Década (2021-) [Martha Argerich, 82 anos]

1941-1950 | 1951-1960 | 1961-1970 | 1971-1980 | 1981-1990 | 1991-2000 | 2001-2010 | 2011-2020 | 2021-

Celebramos mais um aniversário da Rainha, e ela não dá sinais de arrefecer o radiador. Vá lá, volta e meia a assombrosa octogenária nos dá um susto, só para daí voltar com tudo – cancelando um concerto ou outro, naturalmente, como sói acontecer desde que Martha é Martha – e nos fazer sonhar com mais uma década todinha (a nona de sua vida, e a oitava como pianista) com ela a forrar nossos tímpanos de deleite.

Já é meu bem surrado costume cantar-lhe parabéns pelo cumple e celebrar a data gaiatamente, compartilhando presentes gravados pela própria aniversariante. Marthinha segue tão ativa fazendo música quanto afastada dos estúdios, de modo que todos os novos registros de sua arte, como há já algumas décadas, provêm somente de apresentações ao vivo. Entre as adições à discografia marthinhiana lançadas desde o 5 de junho passado – as quais passo a lhes oferecer a seguir -, apenas uma foi gravada, conforme a promessa do título desta postagem, na nona década de vida da Rainha. Trata-se de um recital em duo com o violinista Renaud Capuçon, gravado no ano passado, em que ela nos serve algumas de suas especialidades: além de uma das sonatas de Schumann, que a mantém entre os poucos grandes intérpretes a prestigiá-las em seu repertório, ela demonstra seguir afiada como sempre na realização das eletrizantes partes pianísticas da “Kreutzer” e da sonata de Franck.


Robert Alexander SCHUMANN
(1810-1856)
Sonata para violino e piano no. 1 em Lá menor, Op. 105
1 – Mit leidenschaftlichem Ausdruck
2 – Allegretto
3 – Lebhaft

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Sonata para violino e piano no. 9 em Lá maior, Op. 47, “Kreutzer”
4 –  Adagio sostenuto – Presto
5 – Andante con variazioni
6 – Finale. Presto

César-Auguste-Jean-Guillaume-Hubert FRANCK (1822-1890)
Sonata em Lá maior para violino e piano
7 – Allegretto ben moderato
8 – Allegro
9 – Recitativo – Fantasia. Ben moderato
10 – Allegretto poco mosso

Renaud Capuçon, violino

Gravado ao vivo no Grand Théâtre de Provence em Aix-en-Provence (França) em 22 de abril de 2022.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Apesar de já não serem exatamente novidades, por circularem há algumas décadas entre pirat…, er, fãs incondicionais afeitos a compartilhar gravações não oficiais, os muitos registros ao vivo presentes nos oito volumes duplos lançados pelo selo Doremi ao longo do último ano são muito bem-vindos à discografia de Marthinha. Chamo atenção para as sonatas de Beethoven, particularmente sua elétrica – diria até demais! – leitura da “Waldstein” (volume 10) e uma belíssima interpretação da Op. 101 (vol. 11), que, até prova em contrário, são suas únicas para estas obras-primas; uma rara aparição do Concerto no. 3, aquele que ela menos toca entre os três  de Ludwig que estão em seu repertório, e que viria a gravar oficialmente só décadas mais tarde (vol. 9); um Rach 3 ainda menos comum, captado durante a brevíssima janela em que ela o tocou (vol. 13); e colaborações com regentes notáveis como Rafael Kubelík (vol. 13), Lorin Maazel (vol. 10), Claudio Abbado (vols. 10 e 11), além de Charles Dutoit – seu ex-marido, amigo e parceiro artístico de tantas décadas, que se faz presente na maior parte dos tomos dessa coleção, acompanhando Martha por toda parte.

Sergei Sergeyevich PROKOFIEV (1891-1953)
Concerto para piano e orquestra no. 3 em Dó maior, Op. 26
1 – Andante
2 – Tema con variazioni
3 – Allegro, ma non troppo

Orquestra Sinfónica del SODRE
Charles Dutoit, regência

Gravado em Montevideo (Uruguai) em 14 de junho de 1969

Robert SCHUMANN
Toccata em Dó maior para piano, Op. 7
4 – Allegro

Fantasia em Dó maior para piano, Op. 17
5 – Durchaus fantastisch und leidenschaftlich vorzutragen. Im Legenden-Ton
6 – Mäßig. Durchaus energisch
7 – Langsam getragen. Durchweg leise zu halten

Fryderyk Franciszek CHOPIN (1810-1849)
Barcarola em Fá sustenido maior para piano, Op. 60
8 – Allegretto

Scherzo em Dó sustenido menor para piano, Op. 39
9 – Presto con fuoco

Gravado em Edinburgh (Escócia) em 6 de setembro de 1966

Johann Sebastian BACH (1685-1750)
Suíte Inglesa no. 2 em Lá menor, BWV 807
10 – Prélude
11 – Allemande
12 – Courante
13 – Sarabande – Les agréments de la même Sarabande
14 – Bourrée I & II
15 – Gigue

Robert SCHUMANN
Sonata para piano no. 2 em Sol menor, Op. 22
16 – So rasch wie möglich
17 – Andantino
18 – Scherzo
19 – Rondo

Joseph Maurice RAVEL (1875-1937)
Jeux d’eau, para piano
20 – Très doux

Franz LISZT
Das Harmonies poétiques et religieuses para piano, S. 173:
21 – No. 7: Funérailles

Fryderyk CHOPIN
Balada para piano no. 3 em Lá bemol maior, Op. 47
22 – Allegretto

Das Quatro mazurcas para piano, Op. 41:
23 – No. 4 em Lá bemol maior

Das Três mazurcas para piano, Op. 63:
24 – No. 2 em Fá menor

Das Quatro mazurcas para piano, Op. 33:
25 – No. 2 em Ré maior

Scherzo para piano no. 2 em Si bemol menor, Op. 31
26 – Presto

Das Quatro mazurcas para piano, Op. 24:
27 – No. 2 em Dó maior

Gravado em Edinburgh (Escócia) em 8 de setembro de 1967

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)
Concerto para piano e orquestra no. 1 em Si bemol menor, Op. 23
1 – Allegro non troppo e molto maestoso
2 – Andantino semplice
3 – Allegro con fuoco

Göteborgs Symfoniker
Charles Dutoit, regência

Gravado em Göteborg (Suécia) em 27 de outubro de 1972

Robert SCHUMANN
Concerto em Lá menor para piano e orquestra, Op. 54
4 – Allegro affettuoso
5 – Intermezzo
6 – Allegro vivace

Česká Filharmonie
Václav Neumann, regência

Gravado em München (Alemanha Ocidental) em 29 de março de 1971

Ludwig van BEETHOVEN
Das Três sonatas para piano, Op. 10:
No. 3 em Ré maior
7 – Presto
8 – Largo e mesto
9 – Minuet. Allegro
10 – Rondo. Allegro

Béla Viktor János BARTÓK (1881-1945)
Sonata para piano. BB 88, Sz. 80
11 – Allegro moderato
12 – Sostenuto e pesante
13 – Allegro molto

Fryderyk CHOPIN
Vinte e quatro Prelúdios para piano, Op. 28
14 – No. 1  em Dó maior
15 – No. 2 em Lá menor
16 – No. 3 em Sol maior
17 – No. 4 em Mi menor
18 – No. 5 em Ré maior
19 – No. 6 em Si menor
20 – No. 7 em Lá maior
21 – No. 8 em Fá sustenido menor
22 – No. 9 em Mi maior
23 – No. 10 em Dó sustenido menor
24 – No. 11 em Si maior
25 – No. 12 em Sol sustenido menor
26 – No. 13 em Fá sustenido maior
27 – No. 14 em Mi bemol menor
28 – No. 15 em Ré bemol maior
29 – No. 16 em Si bemol menor
30 – No. 17 em Lá bemol maior
31 – No. 18: em Fá menor
32 – No. 19 em Mi bemol maior
33 – No. 20 em Dó menor
34 – No. 21 em Si bemol maior
35 – No. 22 em Sol menor
36 – No. 23 em Fá maior
37 – No. 24 em Ré menor

Giuseppe Domenico SCARLATTI (1685-1757)
38 – Sonata em Ré menor, K. 141

Fryderyk CHOPIN
Das Três Mazurcas para piano, Op. 63:
39 – No. 2 em Fá menor

Gravado em Tokyo (Japão) em 8 de junho de 1976

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Ludwig van BEETHOVEN
Concerto para piano e orquestra no. 3 em Dó menor, Op. 37
1 – Allegro con brio
2 – Largo
3 – Rondo

Orchestre de la Suisse Romande
Charles Dutoit, regência

Gravado em Lausanne (Suíça) em 17 de outubro de 1973

Fryderyk CHOPIN
Das Quatro Mazurcas para piano, Op. 41:
4 – No. 1 em Dó sustenido menor

Das Três Mazurcas para piano, Op. 63:
5 – No. 2 em Fá menor

Das Quatro Mazurcas para piano, Op. 24:
6 – No. 2 em Dó maior

Balada para piano no. 3 em Lá bemol maior, Op. 47
7 – Andantino

Scherzo para piano no. 2 em Si bemol menor, Op. 31
8 – Presto

Sergei PROKOFIEV
Sonata para piano no. 3 em Lá menor, Op. 28
9 – Allegro tempestoso

Joseph Maurice RAVEL (1875-1937)
Jeux d’eau, para piano
10 – Très doux

Gravado em Berlim Ocidental (Alemanha Ocidental) em 2 e 3 de dezembro de 1967

Fryderyk CHOPIN
Dos Dois noturnos para piano, Op. 48
11 – No. 1 em Dó menor

Gravado em Warszawa (Polônia), durante o VII Concurso Internacional Chopin (fevereiro e março de 1965)


Johann Sebastian BACH
Partita no. 2 em Dó menor, BWV 826
1 – Sinfonia
2 – Allemande
3 – Courante
4 – Sarabande
5 – Rondeau
6 – Capriccio

Robert SCHUMANN
Sonata para piano no. 2 em Sol menor, Op. 22
7 – So rasch wie möglich
8 – Andantino
9 – Scherzo
10 – Rondo

Sergei PROKOFIEV
Sonata para piano no. 3 em Lá menor, Op. 28
11 – Allegro tempestoso

Fryderyk CHOPIN
Sonata para piano no. 3 em Si menor, Op. 58
12 – Allegro maestoso
13 – Scherzo. Molto vivace
14 – Largo
15 – Finale. Presto non tanto

Gravado em Ludwigsburg (Alemanha Ocidental) em 1° de abril de 1967

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Ludwig van BEETHOVEN
Sonata para piano em Dó maior, Op. 53, “Waldstein”
1 – Allegro con brio
2 – Introduzione. Adagio molto
3 – Rondo. Allegretto moderato – Prestissimo

Fryderyk CHOPIN
Sonata para piano no. 3 em Si menor, Op. 58
4 – Allegro maestoso
5 – Scherzo. Molto vivace
6 – Largo
7 – Finale. Presto non tanto

Claude-Achille DEBUSSY (1862-1918)
Das Estampes para piano, L. 100:
8 – No. 3: Jardins sous la pluie

Gravado em Tokyo (Japão) em 4 de outubro de 1970

Maurice RAVEL
Concerto em Sol maior para piano e orquestra
9 – Allegramente
10 – Adagio assai
11 – Presto

Radio-Sinfonieorchester Stuttgart
Peter Maag, regência

Gravado em Stuttgart (Alemanha Ocidental) em 10 de outubro de 1969


Ludwig van BEETHOVEN
Concerto para piano e orquestra no. 2 em Si bemol maior, Op. 19
1 – Allegro con brio
2 – Adagio
3 – Rondo. Molto allegro

Radio-Sinfonieorchester Berlin
Lorin Maazel, regência

Gravado em Berlim Ocidental (Alemanha Ocidental) em 1972

Sergei PROKOFIEV
Concerto para piano e orquestra no. 3 em Dó maior, Op. 26
4 – Andante
5 – Tema con variazioni
6 – Allegro, ma non troppo

Orchestre National de la Radiodiffusion Française
Claudio Abbado, regência

Gravado na França em 7 de dezembro de 1967

Robert SCHUMANN
Sonata para piano no. 2 em Sol menor, Op. 22
7 – So rasch wie möglich
8 – Andantino
9 – Scherzo
10 – Rondo

Gravado em New York City (Estados Unidos) em 7 de abril de 1973

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Ludwig van BEETHOVEN
Concerto para piano e orquestra no. 1 em Dó maior, Op. 15
1 – Allegro con brio
2 – Largo
3 – Rondo: Allegro scherzando

Česká Filharmonie
Claudio Abbado,
regência

Gravado em Salzburg (Áustria) em 4 de agosto de 1971

Franz LISZT
Concerto para piano e orquestra no. 1 em Mi bemol maior, S. 124

4 – Allegro maestoso – Quasi adagio – Allegretto vivace – Allegro animato – Allegro marziale animato

NDR Symphonieorchester
Moshe Atzmon, regência

Gravado em Hamburg (Alemanha Ocidental) em 8 de novembro de 1971

Fryderyk CHOPIN
Sonata para piano no. 2 em Si bemol menor, Op. 35
5 – Grave. Doppio movimento
6 – Scherzo
7 – Marche funèbre: Lento
8 – Finale: Presto

Gravado em New York City (Estados Unidos) em 2 de outubro de 1974


Johann Sebastian BACH
Suíte Inglesa no. 2 em Lá menor, BWV 807
1 – Prélude
2 – Allemande
3 – Courante
4 – Sarabande – Les agréments de la même Sarabande
5 – Bourrée I & II
6 – Gigue

Ludwig van BEETHOVEN
Sonata para piano em Lá maior, Op. 101
7 – Etwas lebhaft und mit der innigsten Empfindung
8 – Lebhaft. Marschmäßig
9 – Langsam und sehnsuchtsvoll
10 – Geschwind, doch nicht zu sehr, und mit Entschlossenheit

Robert SCHUMANN
Kinderszenen, para piano, Op. 15
11 – Von fremden Ländern und Menschen – Kuriose Geschichte – Hasche-Mann – Bittendes Kind – Glückes genug – Wichtige Begebenheit – Träumerei – Am Kamin – Ritter vom Steckenpferd – Fast zu ernst – Fürchtenmachen – Kind im Einschlummern – Der Dichter spricht

Gravado em Veneza (Itália) em 10 de fevereiro de 1969

Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)
Sonata para piano em Lá maior, K. 310
12 – Allegro maestoso
13 – Andante cantabile con espressione
14 – Presto

Gravado em Colônia (Alemanha Ocidental) em 8 de setembro de 1960

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Fryderyk CHOPIN
Concerto para piano e orquestra no. 2 em Fá menor, Op. 21
1 – Maestoso
2 – Larghetto
3 – Allegro vivace

Detroit Symphony Orchestra
Klaus Tennstedt, regência

Gravado em Detroit (Estados Unidos) em 9 de fevereiro de 1978

Robert SCHUMANN
Concerto em Lá menor para piano e orquestra, Op. 54
4 – Allegro affettuoso
5 – Intermezzo
6 – Allegro vivace

Orchestre de l’Office de Radiodiffusion-Télévision Française
Charles Dutoit,
regência

Gravado em Paris (França) em 6 de setembro de 1973

Franz LISZT
Concerto para piano e orquestra no. 1 em Mi bemol maior, S. 124

7 – Allegro maestoso – Quasi adagio – Allegretto vivace – Allegro animato – Allegro marziale animato

Göteborgs Symfoniker
Norman del Mar, regência

Gravado em Göteborg (Suécia) em 18 de março de 1971


Johann Sebastian BACH
Partita no. 2 em Dó menor, BWV 826
1 – Sinfonia
2 – Allemande
3 – Courante
4 – Sarabande
5 – Rondeau
6 – Capriccio

Sergei PROKOFIEV
Sonata para piano no. 7 em Si bemol maior, Op. 83
7 – Allegro inquieto
8 – Andante caloroso
9 – Precipitato

Robert SCHUMANN
Fantasiestücke, para piano, Op. 12
10 – Des Abends – Aufschwung – Warum? – Grillen – In der Nacht – Fabel – Traumes Wirren – Ende vom Lied

Scherzo em Dó sustenido menor para piano, Op. 39
11 – Presto con fuoco

Fryderyk CHOPIN
12 – Andante Spianato e Grande Polonaise Brillante para piano, Op. 22

Giuseppe Domenico SCARLATTI
(1685-1757)
13 – Sonata em Ré menor, K. 141

Gravado em Toronto (Canadá) em 3 de novembro de 1978

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Wolfgang Amadeus MOZART
Concerto para piano e orquestra no. 25 em Dó maior, K. 503
1 – Allegro Maestoso
2 – Andante
3 – Allegretto

New York Philharmonic
Rafael Kubelík, regência

Gravado em New York City (Estados Unidos) em 7 de fevereiro de 1978

Sergei Vasilyevich RACHMANINOFF (1873-1943)
Concerto para piano e orquestra no. 3 em Ré menor, Op. 30
4 – Allegro ma non tanto
5 – Intermezzo. Adagio
6 – Finale. Alla breve

Hannover Rundfunk Symphonieorchester
Bernhardt Klee, regência

Gravado em Hannover (Alemanha Ocidental) em 14 de junho de 1979


Johann Sebastian BACH
Partita no. 2 em Dó menor, BWV 826
1 – Sinfonia
2 – Allemande
3 – Courante
4 – Sarabande
5 – Rondeau
6 – Capriccio

Robert SCHUMANN
Sonata para piano no. 2 em Sol menor, Op. 22
7 – So rasch wie möglich
8 – Andantino
9 – Scherzo
10 – Rondo

Fryderyk CHOPIN

Dos Dois noturnos para piano, Op. 27:
11 – No. 2 em Ré bemol maior

.Scherzo em Dó sustenido menor para piano, Op. 39
12 – Presto con fuoco

Maurice RAVEL
Gaspard de la nuit, Trois poèmes pour piano d’après Aloysius Bertrand, M. 55
13 – Ondine
14 – Le gibet
15 – Scarbo

Gravado em Saarbrücken (Alemanha Ocidental) em 14 de abril de 1972

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Ludwig van BEETHOVEN
Concerto para piano e orquestra no. 1 em Dó maior, Op. 15
1 – Allegro con brio
2 – Largo
3 – Rondo. Allegro scherzando

NDR Orchester
Moshe Atzmon, regência

Gravado em Hamburgo (Alemanha Ocidental) em 23 de agosto de 1976

Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)
Concerto para piano e orquestra no. 1 em Si bemol menor, Op. 23
4 – Allegro non troppo e molto maestoso
5 – Andantino semplice
6 – Allegro con fuoco

Orchestre de la Suisse Romande
Charles Dutoit, regência

Gravado em Génève (Suíça) em 24 de outubro de 1973

Joseph Maurice RAVEL (1875-1937)
Jeux d’eau, para piano
7 – Très doux

Giuseppe Domenico SCARLATTI (1685-1757)
8 – Sonata em Ré menor, K. 141


Béla Viktor János BARTÓK (1881-1945)
Sonata para piano. BB 88, Sz. 80
1 – Allegro moderato
2 – Sostenuto e pesante
3 – Allegro molto

Robert SCHUMANN
Fantasiestücke, para piano, Op. 12
4 – Des Abends – Aufschwung – Warum? – Grillen – In der Nacht – Fabel – Traumes Wirren – Ende vom Lied

Maurice RAVEL
Gaspard de la nuit, Trois poèmes pour piano d’après Aloysius Bertrand, M. 55
5 – Ondine
6 – Le gibet
7 – Scarbo

Fryderyk CHOPIN
Barcarola em Fá sustenido maior para piano, Op. 60
8 – Allegretto

Dos Dois noturnos para piano, Op. 48
9 – No. 1 em Dó menor

Scherzo em Dó sustenido menor para piano, Op. 39
10 – Presto con fuoco

Gravado em Zürich (Suíça) em 9 de outubro de 1977

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


“Siri com Toddy”, diriam alguns, ao verem o lépido trio de Haydn pareado com o demoníaco Concerto no. 3 de Prokofiev, ambos gravados durante participações da Rainha no Festival de Verbier. Mas quem pode reclamar, quando o Haydn é tão lindamente tocado, e o Prokofiev vem num dos melhores registros desta que é, há décadas, uma de suas mais magmáticas intérpretes?

Joseph HAYDN (1732-1809)
Trio para piano, violino e violoncelo no. 39 em Sol maior, Hob.XV:25
1 – Andante
2 – Poco adagio
3 – Rondo all’Ongarese (Presto)

Vadim Repin, violino
Mischa Maisky, violoncelo

Gravado em Verbier (Suíça) em 27 de julho de 2000

Sergei PROKOFIEV
Concerto para piano e orquestra no. 3 em Dó maior, Op. 30
4 – Andante – Allegro
5 – Tema con variazioni
6 – Allegro ma non troppo

Verbier Festival Orchestra
Yuri Temirkanov, 
regência

Gravado em Verbier em 20 de julho de 2001

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Falando em reclamar, chegou a minha vez: reconheço os méritos da longa carreira e extraordinária vida de Ivry Gitlis, mas não me conto entre seus fãs como intérprete. Martha, aparentemente, nunca ligou para minha opinião desimportante (no que age muito bem), e foi muito amiga do violinista israelense, a quem acompanhou em muitos recitais, excertos dos quais apareceram nesse volume duplo e meio mal ajambrado da Doremi. Só porque sou implicante, incluí somente as faixas com participação da Rainha – se os aficionados por Gitlis me xingarem o bastante nos comentários, talvez eu lhes traga, algum dia, as faixas que arbitrariamente limei.

Wolfgang Amadeus MOZART
Sonata para violino e piano no. 18 em Sol maior, K. 301
1 – Allegro con spirito
2 – Allegro

Ludwig van BEETHOVEN
Da Sonata para violino e piano em Fá maior, Op. 24, “Primavera”:
3 – Rondo

Gravado em Lugano (Suíça) em 14 de junho de 2006

Sonata para violino e piano no. 9 em Lá maior, Op. 47, “Kreutzer”
4 –  Adagio sostenuto – Presto
5 – Andante con variazioni
6 – Finale. Presto

Friedrich (“Fritz”) KREISLER (1875-1962)
7 – Liebesleid

Gravado em Lugano em 7 de junho de 2003

Claude DEBUSSY
Sonata para violino e piano em Sol menor, L.
140
8 – Allegro vivo
9 – Fantasque et léger
10 – Finale. Très animé

Gravado em Lugano em 24 de junho de 2004

Fritz KREISLER
11 – Schön Rosmarin
12 – Liebesleid

Gravado em Verbier (Suíça) em 24 de julho de 2004

Fritz KREISLER
13 – Schön Rosmarin
14 – Schön Rosmarin (com Shonosuke Okura, tsuzumi)

Gravado em Lugano em 19 de junho de 2011

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


A já longa recusa a tocar solo, tanto nos palcos quanto nos estúdios, naturalmente direcionou Marthinha para rumos e repertórios novos como camerista. Suas participações em festivais, em especial o de Lugano, costumam trazer surpresas, entre as quais poucas poderiam ser mais obscuras que o duo pianístico Bilder aus Osten (“Quadros do Oriente”) de Schumann, aqui num arranjo do clarinetista Mark Denemark, e a seleção de peças de Bruch para piano, clarinete e viola (tocada por Lyda, a filha mais velha da Diva) que encerra o disco a seguir.

Robert SCHUMANN
Bilder aus Osten, para piano a quatro mãos, Op. 66
(arranjo de Mark Denemark para piano, clarinete, viola e violoncelo)
1 – Lebhaft
2 – Nicht schnell und sehr gesangvoll zu spielen
3 – Im Volkston
4 – Nicht schnell ‘Chanson Orientale’
5 – Lebhaft
6 – Reuig andächtig

Mark Denemark, clarinete
Lyda Chen, viola
Mark Drobinsky, violoncelo

Gravado em Lugano (Suíça) em 16 de junho de 2007

Max Christian Friedrich BRUCH (1838-1920)
Das Oito peças para clarinete, viola e piano, Op. 83:
7 – No. 5: Rumänische Melodie: Andante
8 – No. 6: Nachtgesang: Andante con moto
9 – No. 7: Allegro vivace, ma non troppo
10 – No. 8: Moderato

Mark Denemark, clarinete
Lyda Chen, viola

Gravado em Lugano em 25 de junho de 2009

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


A um só tempo celebração dos noventa anos de Rodion Shchedrin e um bom apanhado geral de sua fascinante e multifacetada obra, a compilação a seguir, que reúne gravações ao vivo em diversas edições do Festival de Verbier, nos faz ouvir Martha e seu amicíssimo ex-vizinho Mischa Maisky no Concerto Duplo para violoncelo e piano – a única obra de Shchedrin que tem em seu repertório -, além duma minigaláxia de celebridades musicais que inclui o próprio compositor, um excelente pianista.

Rodion Konstantinovich SHCHEDRIN (1932)
Concerto duplo para piano, violoncelo e orquestra, “Oferenda Romântica”
1 – Moderato quasi andantino
2 – Allegro
3 – Sostenuto assai

Mischa Maisky, violoncelo
Verbier Festival Orchestra
Neeme Järvi,
regência

Gravado em Verbier (Suíça) em 30 de julho de 2012

Antigas Melodias Tradicionais Russas, para violoncelo e piano
4 – Lento un poco rubato
5 – Allegro, ma non troppo
6 – Maestoso
7 – Adagietto
8 – Moderato

Rodion Shchedrin, piano
Sol Gabetta, violoncelo

Duetos Românticos, para piano a quatro mãos
9 – Andante cantabile
10 – Allegro sotto voce
11 – Maestoso con moto
12 – Allegretto moderato, a la gypsy
13 – Allegro, ma non troppo
14 – Andante recitando
15 – (Coda) Prestissimo

Rodion Shchedrin e Roland Pöntinen, piano

16 – Concerto no. 1 para orquestra, ‘Tschastuschi’

Verbier Festival Orchestra
Mikhail Pletnev, 
regência

Improvisos para piano, “Páginas sem Arte”
17 – No. 1, Romantic Etude (Staccato-Etude)
18 – No. 2, Unforgettable Micaëla
19 – No. 3, Music to Chekhov’s Play
20 – No. 4, The Tsar’s Cortege
21 – No. 5, Aria
22 – No. 6, Reminiscenses of Old-Age Romances…
23 – No. 7, The Politician Speaks … !

Yuja Wang, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Um dos veios mais belos e imutáveis da personalidade de Martha é a generosidade com que ela acolhe, prestigia e promove jovens artistas. A suíça Maria Solozobova tinha um pouco mais da metade da idade da Rainha quando tornou-se sua parceira de duo e, como quase sempre acontece com quem dela se aproxima, também sua amiga. O relato seguinte de Maria, parte duma entrevista a uma agência russa, é puro suco de Argerich:

“Nos conhecemos por acaso. As estrelas deviam estar alinhadas, ou algo assim. Certa vez, dei um concerto com a Orquestra Filarmônica do Sul da Alemanha em Konstanz e um amigo nosso, um advogado, me apresentou a uma jovem pianista nos bastidores. Ele disse que precisávamos nos conhecer, pois ela era uma ótima artista. Essa pessoa era Cristina Marton-Argerich, que é casada com o sobrinho de Martha. Cristina e eu imediatamente nos tornamos amigas e começamos a tocar juntas e isso acabou me levando a conhecer Martha. (…) não é fácil conhecer uma artista do calibre de Martha, então pedi a Cristina para me apresentar a ela. Na época, o festival de Martha ainda acontecia em Lugano, então fui para lá e, depois de nos apresentarmos, decidimos nos encontrar e tocar algumas peças juntas, por pura diversão, em casa. Nos encontramos então na casa dela em Genebra [para tocar] a sonata de Franck. Há uma história quanto a esse encontro: fiquei presa em um engarrafamento e cheguei duas horas atrasada. Martha é uma pessoa muito fora do comum: ela quase nunca atende o telefone, então ela me esperou na rua – quer dizer, ela ficou ali o tempo todo, mulher pequena e frágil que ela é. Fiquei terrivelmente envergonhada, pois mal nos conhecíamos na época e ainda não tínhamos nos tornado amigas. Quando tocamos a peça juntas pela primeira vez, parecia tão natural que mal pude acreditar. Nós a executamos perfeitamente do começo ao fim na primeira tentativa, e então ela disse: ‘Vamos para a cozinha comer algumas guloseimas’. Fiquei sem palavras e não pude deixar de perguntar: ‘Podemos tocar mais uma vez?’ Ela se virou e perguntou: ‘Para quê?’ Fiquei novamente sem palavras, mas rapidamente pensei na resposta: ‘Não poderíamos… Só por prazer?’. Martha é muito brincalhona. Ela é tão efervescente, e tem esse olhar brilhante, especial. Ela me olhou bem e disse “Tudo bem”, e tocamos pela segunda vez, de uma forma completamente diferente! Foi incrível, e eu realmente adorei. Ela sente a música tão profundamente, duma maneira tão colorida… As palavras não podem expressar o quão bom foi. Você realmente tem que experimentar para entender”.

Ludwig van BEETHOVEN
Sonata para violino e piano no. 9 em Lá maior, Op. 47, “Kreutzer”
1 –  Adagio sostenuto – Presto
2 – Andante con variazioni
3 – Finale. Presto

Sergei PROKOFIEV
Sonata para violino e piano no. 2 em Ré maior, Op. 94a
4 – Moderato
5 – Scherzo. Presto
6 – Andante
7 – Allegro con brio

Maria Solozobova, violino

Gravado em Zürich (Suíça) em 23 de dezembro de 2014

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Acolher jovens como Solozobova não significa, para Martha, deixar de lado seus velhos parceiros na Música. O mais antigo deles é seu conterrâneo Daniel Barenboim, que ela conhece desde os tempos em que ambos eram as mais famosas crianças-prodígio de Buenos Aires.  A gravação a seguir, lançada pelo selo Peral, do próprio Barenboim, não poderia trazer Martha em situação mais confortável: o No. 2 de Beethoven, que ela tocaria de olhos vendados, na companhia de Daniel, com uma orquestra idealizada e burilada pelo próprio ao longo de algumas décadas, e no mesmo venerando palco do Teatro Colón em que ela estreara incríveis… sessenta e seis anos antes!

Ludwig van BEETHOVEN
Concerto para piano e orquestra no. 2 em Si bemol maior, Op. 19
1 –  Allegro con brio
2 – Adagio
3 – Rondo. Molto allegro

West-Eastern Divan Orchestra
Daniel Barenboim, regência

Gravado no Teatro Colón em Buenos Aires (Argentina), julho de 2015

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Encerrando nosso tributo anual à deusa maior do piano, o Concerto no. 2 de Beethoven volta, pareado com outro cavalo de batalha de Martha: o Concerto em Sol de Ravel, do qual legou à eternidade a gravação para mim definitiva com Abbado, e que ela toca aqui na companhia de seu mais novo queridinho, o israelense Lahav Shani. Shani tem colaborado estreitamente com a Rainha (e talvez tanto quanto denote a ilustração da capa do álbum, que os torna um só ser bicéfalo), ora como pianista, ora frente a Filarmônica de Israel, do qual é atualmente o diretor musical. Cinquenta inacreditáveis anos separam essas duas leituras de Ravel, e é assombroso como a passagem do tempo só se faz notar pela engenharia de som, pois ninguém o diria pela agilidade, elã e consumada arte de Marthinha ao teclado.

Feliz cumple, Reina – e que nunca pares de nos encantar ❤

Ludwig van BEETHOVEN
Concerto para piano e orquestra no. 2 em Si bemol maior, Op. 19
1 –  Allegro con brio
2 – Adagio
3 – Rondo. Molto allegro

Gravado em Tel Aviv (Israel) em 22 de dezembro de 2019

Maurice RAVEL
Concerto em Sol maior para piano e orquestra
4 – Allegramente
5 – Adagio assai
6 – Presto

Gravado em Tel Aviv em 24 e 27 de dezembro de 2019

Israel Philharmonic
Lahav Shani, regência

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE



Ampliar o repertório depois dos oitenta anos? Sim, se tu és Marthinha: ei-la tocando pela primeira vez em público o pouquíssimo conhecido Souvenir de Paganini, um memento musical composto por Chopin aos 19 anos, instigado por um concerto do célebre violinista em Varsóvia.

Vassily

Béla Bartók (1881-1945): Quartetos de Cordas Nº 1, 2 e 3 (Quatuor Ébène)

Béla Bartók (1881-1945): Quartetos de Cordas Nº 1, 2 e 3 (Quatuor Ébène)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este é um CD de 2007. Então, aqui o extraordinário Quarteto Ébène ainda tinha sua primeira formação, com Pierre Colombet, 1º violino; Gabriel Le Magadure, 2º violino; Mathieu Herzog, viola e Raphaël Merlin, violoncelo. O quarteto, que já era fantástico, só se tornou melhor com o ingresso da violista Marie Chilemme no lugar de Herzog em 2017. Falar sobre o repertório é ocioso, basta você visitar este link que você terá a obra completa de Bartók e mais uns 130 CDs dele. Ah, e quando apresentamos a obra completa, descrevemos dedicadamente cada um dos quartetos em várias versões. Vai lá! Sobre a interpretação, só posso dizer que o Ébène compreende muito bem o húngaro. Suas interpretações são excelentes!

Béla Bartók (1881-1945): Quartetos de Cordas Nº 1, 2 e 3 (Quatuor Ébène)

Quatuor à Cordes No 1 Opus 7 Sz. 40
1 Lento
2 Allegretto
3 Introduzione: Allegro – Allegro Vivace

Quatuor à Cordes No 2 Opus 17 Sz. 67
4 Moderato
5 Allegro Molto Cappriccioso
6 Lento

Quatuor à Cordes No 3 Opus 3 Sz. 85
7 Prima Parte: Moderato
8 Seconda Parte: Allego
9 Ricapitulazione Della Prima Parte: Moderato
10 Coda: Allegro Molto

Quatuor Ébène

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O fotógrafo deles em 2007 devia gostar muito do rock inglês.

PQP

Béla Bartók (1881-1945): The Piano Concertos (Bavouzet / Noseda / BBC)

Béla Bartók (1881-1945): The Piano Concertos (Bavouzet / Noseda / BBC)

Sim, eu sei o que o mano PQP vai dizer: nunca houve uma gravação dos concertos para piano como a que Géza Anda realizou ainda nos anos 60, com o Férenc Fricsay. Mas o genial pianista húngaro já morreu há bastante tempo, assim como o fantástico maestro húngaro, e neste meio tempo nasceu Jean-Efflam Bavouzet, este excelente pianista francês, um de meus favoritos da atualidade. Lembram de seu Debussy e de seu Ravel que postei ano passado? Aqui, Bavouzet encara os três petardos bartokianos com maestria, perícia, e tranquilidade. Coisa de gente grande, que sabe o que faz. Para ouvir, sugiro pararem de fazer o que estiverem fazendo e prestarem atenção, e depois me digam se o rapaz não é bom mesmo. Enquanto escrevo este texto, e ouço este excelente CD, meu vizinho ouve uma música eletrônica horrível, possivelmente para irritar os vizinhos antes de ir para as baladas de sexta feira à noite, e também para mostrar que o equipamento de som dele é melhor que o meu, e provavelmente o é. Mas deixemos ele de lado… cada um sabe a dor e a delícia de ser o que se é, como dizia o poeta. E fiquemos com o Béla. Divirtam-se.

Béla Bartók (1881-1945): The Piano Concertos (Bavouzet / Noseda / BBC)

01. Béla Bartók – Piano Concerto No.1, BB 91 – I Allegro moderato
02. Béla Bartók – Piano Concerto No.1, BB 91 – II Andante
03. Béla Bartók – Piano Concerto No.1, BB 91 – III Allegro

04. Béla Bartók – Piano Concerto No.2, BB 101 – I Allegro
05. Béla Bartók – Piano Concerto No.2, BB 101 – II Adagio – Presto – Adagio
06. Béla Bartók – Piano Concerto No.2, BB 101 – III Allegro molto

07. Béla Bartók – Piano Concerto No.3, BB 127 – I Allegretto
08. Béla Bartók – Piano Concerto No.3, BB 127 – II Adagio religioso
09. Béla Bartók – Piano Concerto No.3, BB 127 – III [Allegro vivace]

Jean-Efflam Bavouzet – Piano
BBC Philharmonic
Gianandrea Noseda – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Bavouzet durante uma live com os gaúchos do PQP Bach. É que ele quer fazer uma churrasqueira naquela janela ali atrás.

FDP & PQP

Bartók: Contrastes / Milhaud: Suíte para Violino, Clarinete & Piano / Khachaturian: Trio para Clarinete, Violino, & Piano / Prokofiev: Overture On Hebrew Themes para Clarinete, 2 Violinos, Viola, Cello & Piano (de Peyer, Hurwitz*, Crowson, Members Of The Melos Ensemble Of London)

Bartók: Contrastes / Milhaud: Suíte para Violino, Clarinete & Piano / Khachaturian: Trio para Clarinete, Violino, & Piano / Prokofiev: Overture On Hebrew Themes para Clarinete, 2 Violinos, Viola, Cello & Piano (de Peyer, Hurwitz*, Crowson, Members Of The Melos Ensemble Of London)

Sem dúvida, as duas obras mais interessantes deste LP/CD são Contrastes, de Béla Bartók e o Trio de Khachaturian. A extraordinária Contrastes é uma composição de 1938 baseada em melodias de dança húngaras e romenas. Bartók escreveu a obra em resposta a uma encomenda do clarinetista Benny Goodman. Na época, o compositor já residia nos EUA, fugido do nazismo. Aram Khachaturian é geralmente celebrado como o principal compositor armênio do século XX, fazendo a junção da música clássica européia com elementos marcantes da música folclórica de seu país. Excelente maestro e professor, Khachaturian é lembrado hoje principalmente por sua música orquestral que compreende sinfonias, concertos, música para balé e filmes. Ele nasceu e foi criado em Tbilisi, Geórgia (então parte do império russo). Aos dezessete anos mudou-se para Moscou para buscar uma educação superior, primeiro em biologia, depois em performance de violoncelo e finalmente composição. Após anos de estudo e prática, Khachaturian alcançaria uma reputação internacional atraindo elogios de Prokofiev e Shostakovich, que, como o próprio Khachturian, ganhou prêmios e censuras fulminantes do estado soviético. Embora tenha escrito pouca música de câmara, em 1932 Khachaturian compôs um maravilhoso trio em três movimentos para clarinete, violino e piano. Este é magistral e único, uma mostra perfeita da mistura de elementos folclóricos clássicos e exóticos de Khachaturian, particularmente enfatizados pela instrumentação colorida. O primeiro movimento cujo título é Andante con dolore, con molto espressione, imediatamente evoca um novo mundo sonoro. Aqui e ao longo do trio, você ouve melodias ondulantes que evocam cantos emotivos e improvisados. O segundo movimento celebra a dança. O final mais moderado é um tema e variações baseadas em uma melodia folclórica uzbeque.

Bartók: Contrastes / Milhaud: Suíte para Violino, Clarinete & Piano / Khachaturian: Trio para Clarinete, Violino, & Piano / Prokofiev: Overture On Hebrew Themes para Clarinete, 2 Violinos, Viola, Cello & Piano (de Peyer, Hurwitz*, Crowson, Members Of The Melos Ensemble Of London)

Contrasts, For Violin, Clarinet & Piano
Composed By – Bartók
1st Movement: Verbunkos (Recruiting Dance) – Moderato, Ben Ritmato
2nd Movement: Pihenö (Relaxation) – Lento
3rd Movement: Sebes (Fast Dance) – Allegro Vivace

Suite For Violin, Clarinet & Piano
Composed By – Milhaud
1st Movement: Ouverture
2nd Movement: Divertissement
3rd Movement: Jeu
4th Movement: Introduction Et Final

Trio For Clarinet, Violin & Piano
Composed By – Khachaturian
1st Movement: Andante Con Dolore, Con Molto Espressione
2nd Movement: Allegro
3rd Movement: Moderato

Overture On Hebrew Themes, Op. 34 For Clarintet, 2 Violins, Viola, ‘Cello & Piano
Composed By – Prokofiev

Cello – Terence Weil
Clarinet – Gervase de Peyer
Ensemble – Members Of The Melos Ensemble Of London
Piano – Lamar Crowson
Viola – Cecil Aronowitz
Violin – Emanuel Hurwitz, Ivor McMahon

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Um sofá de peso: Prokofiev, Shostakovich e Khachaturian de papo em 1945

PQP

Béla Bartók (1881-1945): O Mandarim Miraculoso / Música para Cordas, Percussão e Celesta / 4 Peças Orquestrais (Gardner)

Béla Bartók (1881-1945): O Mandarim Miraculoso / Música para Cordas, Percussão e Celesta / 4 Peças Orquestrais (Gardner)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A orquestra mais antiga da Austrália, a Sinfônica de Melbourne, fundada em 1906, traz alta energia e finesse a essas apresentações de Bartók sob a direção do inglês Edward Gardner. A Música para Cordas, Percussão e Celesta abre misteriosamente com o cromático Andante tranquillo. O Allegro é decididamente demoníaco, o Adagio kubrickiano é delicioso e o Allegro cheio de espírito e urgência. O trabalho solo de teclado e percussão é vigoroso – aliás, na obra, a celesta fica em muito menos em evidência do que o título da obra sugere (o piano é muito mais proeminente). A Suíte do mardarim Miraculoso está espetacular, brilhando seus estranhos coloridos orquestrais e Quatro Peças Orquestrais, muito menos vistosas, mesmo assim valem a pena serem ouvidas. Um disco magnífico! Recomendo muito!

Suite from The Miraculous Mandarin, pantomime in one act, Op. 19 BB 82 (19:00)
1 Allegro – Meno mosso – Tempo 1 – Energico – Vivo – 2:37
2 Moderato – Rubato – Più mosso – Comodo – Più lento – Comodo – Lento – Più mosso – Vivace 3:43
3 Sostenuto – Più mosso – Meno mosso – Più mosso – Allegretto – Sostenuto – Più mosso – Ancora più mosso – Allegretto – Tranquillo – Più tranquillo – Più mosso – Vivace 3:21
4 Sostenuto – Più mosso – Meno mosso – Più mosso – Vivo – Agitato – Molto agitato – Agitato (tempo giusto) – Maestoso (subito) 2:30
5 Lento – Più mosso – (A tempo più lento) – Più vivo – Molto sostenuto – Allegretto 3:50
6 Adagio – Tempo di Valse – Allegro – Più allegro (stretto) – Sempre vivace – Marcatissimo – Sempre vivace 3:13

Music for Strings, Percussion, and Celesta, BB 114 (25:40)
7 I. Andante tranquillo 8:23
8 II. Allegro – Vivo – Meno vivo – Un poco largamente – Più mosso – Vivace – Allegro molto – Un poco allargando 7:37
9 III. Adagio – Adagio molto – Più andante – Più lento – Più andante – Più mosso – Allegretto – Meno mosso – Adagio – Adagio molto – Tempo 1 7:49
10 IV. Allegro molto – Un poco meno mosso – Ancora meno mosso – Più mosso – Un poco meno mosso – Tempo 1 – Un poco meno mosso – Tempo 1 – Vivacissimo – Presto strepitoso – Molto moderato – Adagio – Allegro – Calmo – Vivacissimo, stretto – Tempo 1 – Meno 7:20

Four Orchestral Pieces, Op. 12 BB 64 (25:00)
11 I. Preludio. Moderato – Più andante – Più mosso, molto appassionato – Tempo 1 – Tranquillo – Tempo 1 – Sostenuto – Tempo 1 (Tranquillo) 7:14
12 II. Scherzo. Allegro – Meno mosso – Tempo 1 (vivo) – Più mosso – (Meno mosso) – Tempo 1 – Meno mosso – Ancora meno mosso, con calore – (Meno mosso) – Più mosso – Allegro – (Meno mosso) – (Più mosso) – Tempo 1 – Più vivo 6:23
13 III. Intermezzo. Moderato – Più sostenuto – Largamente – Andante – Tranquillo – Più sostenuto (Molto tranquillo) – Agitato – Andante – Più andante – Tempo 1 – Più lento 4:40
14 IV. Marcia funebre. Maestoso – Più andante – Maestoso – Appassionato – Tranquillo – Più andante – Più sostenuto

Composed By – Béla Bartók
Conductor – Edward Gardner
Orchestra – Melbourne Symphony Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Bartók viajando de volta para o Brasil a fim de NÃO votar no inominável Boçalnato

PQP

Beethoven · Ravel · Bartók · Say: Violin Sonatas (Kopatchinskaja / Say)

Beethoven · Ravel · Bartók · Say: Violin Sonatas (Kopatchinskaja / Say)

Isto aqui está longe de ser apenas mais uma gravação da Sonata Kreutzer. Patricia Kopatchinskaja e Fazil Say compartilham uma abordagem radical, realizando cada nota da maneira mais vívida possível, deixando a suavidade em segundo plano. É inegavelmente emocionante, especialmente o primeiro movimento da Kreutzer, que, afinal, é bastante selvagem, mas mesmo aqui fiquei perturbado com a brevidade exagerada de muitas notas em staccato. Já o Bartók é uma mistura mais questionável, mas não podemos esquecer que a moça nasceu na Moldávia. E que Say é turco… No Ravel, ela(es) dá(ão) um banho. O espírito do movimento Blues é capturado totalmente, com alguns sons incomuns do piano e um toque violinístico espetacular. Não surpreende que a Sonata de Say também seja lindamente tocada. Escritos de forma imaginativa para os dois instrumentos e adotando um estilo direto e descomplicado, os cinco movimentos curtos traçam uma progressão da melancolia romântica para uma paisagem vazia e sombria. Ousado e altamente individual – este é um CD que vale a pena conhecer.

Beethoven · Ravel · Bartók · Say: Violin Sonatas (Kopatchinskaja / Say)

Violin Sonata No. 9 in A Major, Op. 47, “à Kreutzer”
Composed By – Ludwig van Beethoven
1 Adagio Sostenuto – Presto 10:15
2 Andante con Variazioni 13:17
3 Finale: Presto 6:29

Violin Sonata in G Major
Composed By – Maurice Ravel
4 Allegretto 8:19
5 Blues 6:17
6 Allegro – Perpetuum Mobile 3:41

Romanian Folk Dances Sz. 56
Composed By – Béla Bartók
Transcription By – Zoltàn Szèkely*
7 Allegro Moderato (Staff Dance from Voiniceni) 1:16
8 Allegro (Sash Dance from Egres) 0:31
9 Andante (Stamping Dance from Egres) 1:21
10 Molto Moderato (Dance from Bucium) 1:15
11 Allegro (Romanian Polka from Belenyes) 0:29
12 Allegro (Quick Dance from Belenyes & Nyegra) 0:54

Violin Sonata Opus 7
Composed By – Fazıl Say
13 I. Melancholy 3:21
14 II. Grotesque 2:07
15 III. Perpetuum Mobile 1:44
16 IV. Anonymous 3:09
17 V. Melancholy 3:07

Patricia Kopatchinskaja, violino
Fazil Say, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Patricia Kopatchinskaja & Fazil Say: radicais

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Piano Concertos Nos. 1 & 2 – Two Portraits (Pollini, Mintz, Abbado, CSO, LSO)

Béla Bartók (1881-1945): Piano Concertos Nos. 1 & 2 – Two Portraits (Pollini, Mintz, Abbado, CSO, LSO)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Se há um disco que me formou como ouvinte, foi este. Quando adolescente, eu ouvia de tudo um pouco, com enorme ênfase em papai Bach. Porém, quando foi lançado este vinil (ver capa abaixo) com os dois primeiros Concertos para Piano de Béla Bartók, meu modo de ouvir música recebeu um alongamento digno de um espacato feito subitamente por um sedentário. E que foi muito prazeroso. A abordagem contundente de Maurizio Pollini funciona muito bem. Os músicos de Chicago circulam o pianista como uma gangue de rua empenhada em resolver seus problemas e a corrida sem fôlego do primeiro movimento é extraordinariamente emocionante. A valse macabra percussiva (meu termo, não de Bartok) que fica no coração do segundo movimento é hipnótica, de enorme tensão. Pollini é um dos meus pianistas vivos favoritos e há muitos aspectos impressionantes de sua performance, principalmente sua entrega incrivelmente hábil do Presto central do segundo movimento do Concerto Nº 2. Essas performances de concerto ganharam o prêmio The Gramophone’s Concerto em 1979, e não é difícil saber por quê.

Bartók escreveu esses dois concertos para ele mesmo tocar, ao contrário do terceiro, que escreveu como um legado para sua esposa quando soube que estava morrendo. Esses dois primeiros datam do apogeu de seu período mais dissonante e desafiador. O mais feroz dos dois é o primeiro. Nele, lembramos da observação do compositor “o piano é um instrumento de percussão” e há um uso implacável disso. A percussão orquestral também desempenha um papel importante, e Bartók fornece instruções meticulosas sobre como obter os sons que deseja. O segundo concerto pode parecer similar, mas não é. É igualmente dissonante, mas desta vez é mais brincalhão do que raivoso, embora brincalhão da maneira como um tigre pode ser. Sua estrutura é incomum. No primeiro movimento as cordas ficam completamente silenciosas. O piano toca quase o tempo todo e também tem uma grande cadência. O segundo movimento tem duas seções lentas encerrando um meio rápido. Nas seções lentas há um diálogo entre acordes serenos nas cordas e súplicas melancólicas do piano; o ouvinte se lembrará do movimento lento do quarto concerto para piano de Beethoven. A seção do meio é bem diferente: é um scherzo arisco, com um turbilhão de notas de piano apoiando interjeições semelhantes a Prokofiev das madeiras.

Pollini traz seu virtuosismo costumeiro para essas obras, deleitando-se com a dissonância e a energia delas. Abbado fornece suporte seguro, com a Orquestra Sinfônica de Chicago exibindo seus pontos fortes habituais nos sopros e metais. Em vez do terceiro concerto, temos os Two Portraits. Este é um trabalho inicial, que foi montado a partir de duas outras peças. O primeiro movimento é mais ou menos o primeiro movimento do descartado Primeiro Concerto para Violino de Bartók, cuja partitura ele deu ao seu amor da época, a violinista Stefi Geyer, mas que ela nunca tocou e que veio à tona somente após sua morte. O segundo movimento é uma orquestração da Bagatelle Op. 6 No 14. Ele também deu legendas aos dois movimentos: um ideal e um grotesco. O sonhador primeiro retrato é seguido por uma paródia irônica do mesmo.

Béla Bartók (1881-1945): Piano Concertos Nos. 1 & 2 – Two Portraits (Pollini, Mintz, Abbado, CSO, LSO)

Concerto For Piano And Orchestra No. 1
1 Allegro Moderato – Allegro
2 Andante – Allegro – Attacca
3 Allegro Molto

Concerto For Piano And Orchestra No. 2
4 Allegro
5 Adagio – Presto – Adagio
6 Allegro Molto – Presto

Two Portraits Op. 5
7 One Ideal
8 One Grotesque

Conductor – Claudio Abbado
Orchestra – The Chicago Symphony Orchestra (tracks: 1 to 6), The London Symphony Orchestra (tracks: 7, 8)
Piano – Maurizio Pollini (tracks: 1 to 6)
Violin – Shlomo Mintz (tracks: 7, 8)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

¡Larga vida a la Reina! – Carte Blanche [Martha Argerich, 81 anos]


Nossa Rainha completou hoje 81 anos, antes que eu completasse a tarefa de lhe prestar homenagem pelas oitenta primaveras. Vá lá que a intenção original, que era a de tão só trazer um apanhado geral do que de mais significativo ela legou a cada década, expandiu por demais seu escopo e acabou por se tornar um tremendo trampo que desembocará numa discografia completa de Marthinha. E venha lá, também, que não é nem o hábito deste blogue, nem condizente com o tempo de que disponho, promover um imenso derramamento de gravações a cada poucos dias. Ainda assim, e enquanto lhes prometo que As Idades de Marthinha em breve estarão completas, desejo redimir-me junto à homenageada. Para isso, e na falta de qualquer lançamento com gravações inéditas desde seu último aniversário, alcanço-lhes um álbum duplo lançado em 2015, mas gravado naquele que ora nos parece incrivelmente distante 2007, durante o Festival de Verbier, Suíça.

Carte Blanche é o registro duma luxuosa noite de recitais para a qual Martha teve carta branca (e os xerloques de plantão já deduziram o porquê do título) para escolher quem quisesse para com ela tocar. Ao abrir os trabalhos, a Rainha adotou a praxe de rodear-se de músicos bálticos para tocar trios com piano, ainda que, em lugar do violinista habitué, o letão Gidon Kremer, seja o lituano Julian Rachlin que se some à dona da festa e ao outro letão quase compulsório, o violoncelista Mischa Maisky, para uma leitura marcante do trio “Fantasma” de Beethoven. Em seguida, a anfitriã abre uma raríssima exceção à sua moratória de recitais solo (tão rara que eu só a posso atribuir ao cancelamento de última hora de algum convidado) para recriar, com aquele estilo espontâneo, quase improvisatório que lhe é tão peculiar, as Cenas Infantis de Schumann. Quando ela termina, Lang Lang senta-se a seu lado e começam a tocar uma peça improvável para o repertório de ambos, o Rondó a quatro mãos de Schubert. Parece faltar um tanto de entendimento entre eles (quem ouvir Martha e Barenboim tocando a mesma peça concordará), o que talvez não deva surpreender num duo de músicos de tanta verve e impulsividade. Tudo melhora – e demais – na peça seguinte, a Mamãe Gansa de Ravel, em que a verve e impulsividade supracitadas vêm bem a calhar para encerrar de maneira estimulante a obra e seu Jardim Feérico. Não tenho muito a falar de bom do item seguinte, a Arpeggione de Schubert, na qual o brilhante Yuri Bashmet parece padecer, pela imprecisão de sua performance, do mal que muitas vezes aflige os grandes instrumentistas quando se dedicam à regência: se falta de tempo, ou de estudo, ou de ambos, deixo para vocês me dizerem. Na continuação, a irresistível sonata no. 1 de Bártok está ótima, por menos acostumados que estejamos a ouvir o timbre redondinho, caloroso de Renaud Capuçon a serviço dos ferrenhos ataques bartokianos às cordas e à mesmice rítmica. Os trabalhos se encerram com uma estimulante interpretação daquele cavalo de batalha dos recitais de Martha e Nelson Freire, as Variações Paganini de Lutosławski, com a venezuelana Gabriela Montero no lugar de nosso saudoso compatriota. Como bis, à guisa de cafezinho e petit four, Gabriela dá uma palhinha de sua impressionante capacidade de improvisação (confiram no YouTube, que vale a pena!) e faz a batidíssima “Parabéns a você” passar por vários ritmos e roupagens para homenagear a pianista Lily Maisky, filha de Mischa, que estava de aniversário no dia da Carte Blanche – mas é claro que os xerloques também já se deram conta de que eu desejei que, enquanto ouvíssemos Montero, nós todos déssemos os parabéns à Rainha.


Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Dos Dois trios para piano, violino e violoncelo, Op. 70 – no. 1 em Ré maior, “Fantasma”
1 – Allegro vivace e con brio
2 – Largo assai ed espressivo
3 – Presto

Martha Argerich, piano
Julian Rachlin, violino
Mischa Maisky, violoncelo

Robert Alexander SCHUMANN (1810-1856)
Kinderszenen, para piano, Op. 15
4 – Von fremden Ländern und Menschen
5 – Kuriose Geschichte
6 – Hasche-Mann
7 – Bittendes Kind
8 – Glückes genug
9 – Wichtige Begebenheit
10 – Träumerei
11 – Am Kamin
12 – Ritter vom Steckenpferd
13 – Fast zu ernst
14 – Fürchtenmachen
15 – Kind im Einschlummern
16 – Der Dichter spricht

Martha Argerich, piano

Franz Peter SCHUBERT (1797-1828)
Rondó em Lá maior para piano a quatro mãos, D. 951, “Grand Rondeau”
17 – Allegretto quasi andantino

Joseph Maurice RAVEL (1875-1937)
Ma Mère l’Oye, suíte para piano a quatro mãos, M. 62
18 – Pavane de la Belle au Bois Dormant: Lent
19 – Petit Poucet: Très modéré
20 – Laideronnette, Impératrice des Pagodes: Mouvement de Marche
21 – Les Entretiens de la Belle et de la Bête: Mouvement de Valse très modéré
22 – Le Jardin Féerique: Lent et Grave

Martha Argerich e Lang Lang, piano

Franz SCHUBERT
Sonata para arpeggione e piano em Lá menor, D. 821
(transcrita para viola e piano)
23 – Allegro moderato
24 – Adagio
25 – Allegretto

Yuri Bashmet, viola
Martha Argerich, piano

Béla Viktor János BARTÓK (1881-1945)
Sonata para violino e piano no. 1, Sz. 75
26 – Allegro appassionato
27 – Adagio
28 -Allegro

Renaud Capuçon, violino
Martha Argerich, piano

Witold Roman LUTOSŁAWSKI (1913-1994)
Variações sobre um tema de Paganini, para dois pianos
29 –  Tema – Variações I-XII – Coda

Martha Argerich e Gabriela Montero, pianos

Gabriela MONTERO (1970)
30 – Improvisação sobre “Parabéns a você”

Gabriela Montero, piano

Gravado ao vivo em 27 de julho de 2007, durante o Festival de Verbier, Suíça

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vassily

Béla Bartók (1881-1945): Rapsódias Nos. 1 e 2 / Andante / Quinteto para Piano (Kodály Quartet, Jandó)

Béla Bartók (1881-1945): Rapsódias Nos. 1 e 2 / Andante / Quinteto para Piano (Kodály Quartet, Jandó)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

As Rapsódias são muito bonitas, o Andante nem se fala. Mas vou colocar meu foco sobre o curioso (e lindo) Quinteto.

Aos 22 anos, Bartók escreveu um imenso Quinteto para Piano e Cordas. São quase 45 minutos de uma música bem complicada. Ao envelhecer, o compositor passou a detestar esta sua manifestação da juventude. Por anos, segui a opinião dele. Só que, no ano passado, fui obrigado a ouvir atentamente a coisa e achei a peça maravilhosa. Li que Janine Jansen também é uma defensora do Quinteto. Quem ama Bartók reconhece ali, em embrião, características que serão desenvolvidas depois. O Quinteto tem todas as sementes, inclusive um movimento cigano e aquela dureza que por vezes nos arranha… Mas talvez admirá-lo seja coisa de fã, de gente que consegue reconhecer o adulto no feto.

Béla Bartók começou a escrever seu Quinteto para Piano em Berlim, não muito depois de se formar na Academia Liszt de Budapeste. Esta foi uma época em que sua música estava sob a influência de Richard Strauss e Debussy. Em 1902, Bartók tinha ouvido Also sprach Zarathustra e a impressão recebida por ele era aparente em seu recém-concluído poema sinfônico, Kossuth. Simultaneamente, Bartók também estava começando a explorar uma linguagem musical nacional como forma de expressar a identidade húngara, e essa tensão entre a tradição clássica europeia e o desejo de forjar algo novo caracteriza grande parte do quinteto. A obra foi concluída no verão de 1904 na Hungria, e apresentada pela primeira vez em Viena, no Ehrbar Saal, em 21 de novembro pelo Prill Quartet, com o próprio compositor assumindo o piano. Como ele comentou em uma carta alguns dias depois a seu professor de piano da Academia, István Thomán: ‘A dificuldade de meu quinteto prejudicou gravemente a primeira apresentação — mas, afinal de contas, de alguma forma ele foi aprovado. O público gostou ao ponto de voltarmos 3 vezes ao palco.’ As críticas foram amplamente positivas. O crítico do Welt Blatt , no entanto, foi menos gentil, observando que “um talento inconfundível luta com um vício questionável de efeitos distintos, que não raramente são totalmente repulsivos”… O quinteto foi posteriormente revisado e a nova versão foi interpretada pela primeira vez em 7 de janeiro de 1921. Com o passar dos anos, Bartók passou a detestar a peça. Zoltán Kodály pensou que Bartók tinha destruído totalmente a obra. Ela sumiu. Só que ela foi redescoberta pelo estudioso de Bartók Denijs Dille. Isso em janeiro de 1963. Ela nunca se tornou popular, mas Janine Jansen a ama e é a atual “dona” da peça. Digo que é “dona” porque ela a divulga onde e quando pode com seu enorme talento e 1,85m. É realmente uma obra que não parece ser de Bartók. Talvez o último movimento possua algo de sua voz, mas é só. Eu gosto muito do Quinteto pelo extravasamento de sinceridade juvenil, o que paradoxalmente a torna mais claro para os aficionados e mais obscuro para o público. Estou com Janine nessa.

Béla Bartók (1881-1945): Rapsódias Nos. 1 e 2 / Andante / Quinteto para Piano (Kodály Quartet, Jandó)

Rhapsody No. 1, Sz. 86
1. Prima parte ‘lassu’: Moderato 00:04:38
2. Seconda parte ‘friss’: Allegretto moderato 00:05:44

Rhapsody No. 2, Sz. 89
3. Prima parte ‘lassu’: Moderato 00:04:17
4. Seconda parte ‘friss’: Allegro moderato 00:06:49

Andante in A Major, BB 26b
5. Andante in A Major, BB 26b 00:03:24

Piano Quintet
6. Andante 00:13:08
7. Vivace (Scherzando) 00:08:47
8. Adagio 00:11:26
9. Poco a poco più vivace 00:08:24

Kodály Quartet
Jenő Jandó

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Jenő Jandó (1952) é um tremendo artista. Gravou um incrível número de CDs para a Naxos e sempre com competência. É um fenômeno. Quando a gente pensa que ele vai tocar mal, erramos. Ele é infalível.

PQP

Mariss Jansons / Concertgebouw Orchestra – The Radio Recordings 1990-2014 – CDs 6-9 de 13

É claro que alguns de vocês vão baixar apenas alguns volumes desta caixa de 13 CDs de Jansons com a Orquestra do Concertgebouw de Amsterdam. Alguns terão vontade de ouvir esse grande conjunto atacando Sibelius e Beethoven mas não terão fôlego para a sétima de Mahler. Outros, mais curiosos quanto à música composta nas últimas décadas, vão querer conhecer um pouco mais sobre Berio, Andriessen e Gubaidulina. Essa caixa cheia de raridades deve agradar, pelo menos um pouquinho, a todos os apreciadores da sonoridade sempre elegante dos músicos do Concertgebouw.

Os CDs que trago hoje se iniciam com uma luxuosa gravação da Sinfonia nº 1 de Schumann (a “sinfonia pastoral” desse compositor). É coisa fina mesmo, muito bem gravada ao vivo em 2008 na famosa sala de concertos de Amsterdam. São gravações ao vivo em um só take, sem colagens de outras datas… E em seguida vêm as obras-primas do século XX, das quais faço questão de comentar três delas.

A Música para cordas percussão e celesta é uma das obras mais influentes de Bartók, composta nos anos 1930, mesma época dos quartetos de cordas 5 e 6. Em sua última fase (anos 1940) ele criaria algumas obras com melodias e harmonias mais tradicionais, como os belíssimos Concertos para Orquestra e para piano nº 3. Mas aqui temos o Bartók mais vanguardista e a orquestra do Concertgebouw (ao vivo em Berlim, 2010) acerta em todos os detalhes, além da excelente captura dos engenheiros de som.

O Hino para grande orquestra é uma das primeiras obras de Messiaen. É muito baseado nas ideias que ele tinha sobre colorido orquestral. Messiaen, que confessava ser vítima de (ou privilegiado com) sinestesia – via música nas cores e cores na música – gostava de listar em entrevistas alguns de seus grandes modelos de orquestração: Debussy, Wagner, Stravinsky e, um pouco mais surpreendente, Monteverdi e Villa-Lobos: “Os Choros de Villa-Lobos, que considero maravilhas de orquestração, foram para mim o ponto de partida de algumas justaposições de timbres”. Todos esses compositores, para os peculiares ouvidos de Messiaen, faziam música muito colorida, ao contrário da 2ª escola de Viena:

– Você disse uma vez que a música de certos autores modernos é cinza, associada a um tipo de sentimento pessimista, uma espécie de monotonia, talvez.

O.Messiaen: Bem, bem, pode ser verdade que a escola serial escreveu apenas sobre assuntos mórbidos e obras quase sempre passadas à noite. Não é por acaso que Erwartung de Schoenberg se passa à noite e é um assunto horrível, uma mulher que vê o cadáver de seu amante…

– E podemos adicionar Wozzeck e…

O.M.: Muitas outras que são obras-primas, sem dúvida, mas são obras-primas sombrias.

Messiaen bem jovem, ainda com cabelos (uma semelhança entre Schoenberg, Bartók e Messiaen: a calvície)

Trago essa longa citação para adicionarmos a essa lista de obras-primas sombrias a peça de Schoenberg que Jansons/Concertgebouw gravaram ao vivo em 2012: Um Sobrevivente de Varsóvia, Op. 46 (em inglês: A Survivor from Warsaw) é um oratório para narrador, coro masculino e orquestra. Em estilo dodecafônico, e com apenas cerca de 7 minutos, ela consegue no entanto comunicar inúmeras emoções ligadas aos campos de concentração da Segunda Guerra. É considerada uma das mais importantes obras musicais dedicadas ao holocausto. Milan Kundera, por exemplo, dizia que toda a essência existencial do drama dos judeus do século XX se mantém viva ali, em toda a sua terrível grandeza que não deve ser esquecida.

Schönberg compôs essa obra em 1947, portanto quase 40 anos após Erwartung, mas são várias as semelhanças entre essas duas obras sombrias com uma orquestra fazendo descrições sonoras impressionantes do que uma voz solo vai narrando. Ao menos para mim, essas duas obras de Schönberg com um triste enredo são muito mais interessantes do que as suas obras instrumentais para piano ou quarteto de cordas.

Mariss Jansons / Concertgebouw Orchestra – The Radio Recordings 1990-2014

CD 6:
Robert SCHUMANN
Symphony No. 1 in B flat major, Op. 38, ‘Spring’ (1841)

Jean SIBELIUS
Symphony No. 1 in E minor, Op. 39 (1899)

Baixe aqui – Download here – CD6

CD 7:
Béla BARTÓK
Music for Strings, Percussion and Celesta (1936)

Ludwig van BEETHOVEN
Overture ‘Egmont’, Op. 84 (1810)
Symphony No. 5 in C minor, Op. 67 (1808)

Baixe aqui – Download here – CD7

Arnold Schoenberg. Auto retrato, 1910

CD 8:
Arnold SCHÖNBERG
A Survivor from Warsaw, Op. 46 (1947)
Sergei Leiferkus – narrator
Rundfunkchor Berlin

Modest MUSSORGSKY
Songs and Dances of Death (1877, orch. D. Shostakovich, 1962)
Ferruccio Furlanetto – bass

Leoš JANÁČEK
Taras Bulba (1918)

Sofia GUBAIDULINA
Feast During a Plague (2005)

Baixe aqui – Download here – CD8

CD 9:
Igor STRAVINSKY
Capriccio (1929, rev.1949)
Emanuel Ax – piano

Edgard VARÈSE
Amériques (1921)

Olivier MESSIAEN
Hymne au Saint-Sacrement (1932)

Igor STRAVINSKY
Symphony of Psalms (1930, rev.1948)
Rundfunkchor Berlin

Baixe aqui – Download here – CD9

Royal Concertgebouw Orchestra Amsterdam, Mariss Jansons

Mariss Jansons (1943-2019)

Pleyel

Mariss Jansons / Concertgebouw Orchestra – The Radio Recordings 1990-2014 – CDs 1-5 de 13

O maestro Marriss Jansons tem uma ampla discografia, sobretudo à frente de duas orquestras renomadas: a do Concertgebouw de Amsterdam e a da Rádio Bávara de Munique. Ambas as orquestras têm, já há alguns anos, seus próprios selos que lançam seus CDs (uma tendência neste século XXI), e por motivos comerciais privilegiaram pesos-pesados do repertório sinfônico sob a regência de Jansons: Sinfonias de Brahms e de Mahler, Balés de Stravinsky, etc.

Nessa coleção de gravações de rádio da Orquestra do Concertgebouw, Brahms, Mahler e Stravinsky também aparecem, mas o que mais me interessa aqui é a presença de outros nomes que mostram a diversidade da música orquestral do século XX: o polonês Lutoslawski, o tcheco Martinů, os franceses Messiaen, Poulenc e Varèse, o russo Prokofiev… Poderíamos desejar também música brasileira, mexicana, um pouco mais dos poloneses… enfim, não se pode ter tudo.

A coleção, aos meus ouvidos, começa muito bem, com uma envolvente interpretação da Sinfonia Fantástica em que se nota a concentração absoluta de toda a orquestra nos pizzicati, tremolos, valsa com harpas, marcha com tutti de metais e outras formas expressivas do genial orquestrador que foi Berlioz. Depois o nível cai em uma La Valse de Ravel quase no piloto automático, com bem menos espírito dançante do que as gravações de Haitink/Concertgebouw ou Munch/Boston. Mas o nível melhora muito com uma interpretação de tirar o fôlego do Concerto para Orquestra de Lutoslawski. Estreado em Varsóvia em 1954 e logo alcançando notoriedade dos dois lados da Cortina de Ferro, esse Concerto encerrou em grande estilo a primeira fase de Lutoslawski como compositor. Nessa fase, ele se inspirava bastante em melodias folclóricas polonesas. Após obras mais curtas, de câmara ou para voz e orquestra, ele resolveu fazer esse Concerto de maior fôlego, antes de se aventurar por caminhos mais vanguardistas. Obviamente está presente o tempo todo a inspiração de Bartók, aliás este último aparece também nessa caixa de Jansons com seu Concerto para Orquestra, de 1943, em uma interpretação sem defeitos, mas menos espetacular que este Bartók aqui e este aqui.

E então chegamos às grandes Sinfonias, com destaque para uma 6ª de Tchaikovsky e uma 7ª de Mahler com a sonoridade marcante do Concertgebouw e a energia das apresentações ao vivo. Há também Strauss, Hindemith, uma obra juvenil e romântica de Webern… um programa com um pouco para cada gosto, como é de bom tom para a temporada anual de uma grande orquestra.

Mariss Jansons / Concertgebouw Orchestra – The Radio Recordings 1990-2014

CD 1:
Hector BERLIOZ
Symphonie fantastique, Op. 14 (1830)

Maurice RAVEL
La Valse (1919/20)

Baixe aqui – Download here – CD1

CD 2:
Witold LUTOSŁAWSKI
Concerto for Orchestra (1954)

Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY
Symphony No. 6, Op. 74 ‘Pathétique’ (1893)

Baixe aqui – Download here – CD2

CD 3:
Béla BARTÓK
Concerto for Orchestra (1943)

Gustav MAHLER
Symphony No. 7 in E minor (1st and 2nd movements) (1905)

Baixe aqui – Download here – CD3

CD 4:
Gustav MAHLER
(Cont.) Symphony No. 7 in E minor (3rd, 4th & 5th movements)

Paul HINDEMITH
Symphonic Metamorphosis of Themes by Carl Maria von Weber (1943)

Peter-Jan WAGEMANS
Moloch (2000)

Baixe aqui – Download here – CD4

CD 5:
Richard STRAUSS
Till Eulenspiegels lustige Streiche, Op. 28 (1895)

Anton WEBERN
Im Sommerwind (1904)

Johannes BRAHMS
Symphony No. 1 in C minor, Op. 68 (1876)

Baixe aqui – Download here – CD5

Royal Concertgebouw Orchestra Amsterdam, Mariss Jansons

Concertgebouw Amsterdam significa Sala de Concertos de Amsterdam. Os holandeses são bem práticos com nomes…

Pleyel

Boldog születésnapot! – Béla Bartók, 141 anos [Bartók – Obra completa para violino – André Gertler]

Incrível que já se tenha passado um ano desde que, antes da gafe de deixar o patrão PQP tocar sozinho a série de postagens com a obra completa de Béla Bartók, assumi o papel de mestre de cerimônias no 140º natalício do grande homem e mostrei-lhes algumas de suas muitas façanhas como compositor, pianista, pedagogo e colecionador.

Pois hoje, enquanto colocamos mais uma velinha no bolo do mestre, voltarei àquele que é, talvez, o mais suculento gomo de sua obra. Entre todas suas composição, são as peças para violino – solo, em duo, com piano e acompanhadas por orquestra – que me parecem mais dependentes do “sotaque húngaro”, aquela tecla em que batemos obsessivamente ao longo da série de postagens do ano passado. Claro que há exceções, mas é muito difícil que elas – com seus modos, ataques e efeitos tão calcados no folclore da “Grande Hungria”, estudados à minúcia pelo compositor –  sejam executadas a contento por intérpretes não magiares.

Endre Gertler (1907-1998), natural de Budapest, tinha, além de todo esse sotacão, uma tremenda familiaridade com essas obras, advinda da familiaridade com seu próprio autor: ele colaborou com Bartók em recitais ao longo dos anos 20 e 30 e foi, juntamente com József Szigeti, seu consultor para assuntos de técnica violinística. Mesmo depois de se radicar na Bélgica, tornar-se professor do Real Conservatório de Bruxelas e adotar o prenome “André”, o sotaque não se perdeu. Gertler já beliscava os sessenta anos quando foi à Tchecoslováquia, acompanhado dum regente patrício (János Ferencsik) e da esposa, a pianista dinamarquesa Diane Andersen, registrar a integral de Bartók para violino solista, ao lado de orquestras e solistas tchecos. O resultado foi essa gravação emblemática que ora lhes apresento e que, para mim, ainda é a referência nesse repertório, mais de cinquenta anos depois de ser dada ao mundo. O ótimo selo Supraphon é notório pelo cuidado de seus engenheiros de som, e a remasterização para a edição em CD fez jus ao material original. Se tiverem que escolher apenas um disco, sugiro-lhes o segundo: além duma eletrizante leitura da sonata para violino solo, vocês encontrarão minha interpretação predileta dos quarenta e quatro duos, em que o excelente Josef Suk – neto do compositor homônimo e bisneto de Antonín Dvořák – parece trocar de pedigree para tagarelar em magiar com o violino de Gertler.

Béla Viktor János BARTÓK (1881-1945)

A Obra Completa para Violino
André Gertler, violino
Gravações realizadas em 1966


Disco 1

01 – Rapsódia no. 1 para violino e orquestra, Sz. 87
02 – Rapsódia no. 2 para violino e orquestra, Sz. 90

Com a Filharmonie Brno (Orquestra Filarmônica de Brno)
János Ferencsik, regência

Concerto para violino e orquestra no. 2, Sz. 112
03 – Allegro non troppo
04 – Andante tranquillo – Lento – Allegro scherzando – Comodo – Tempo I
05 – Allegro molto

Com a Česká Filharmonie (Orquestra Filarmônica Tcheca)
Karel Ančerl, regência


Disco 2

Quarenta e quatro duos para dois violinos, Sz. 98

1 – Livro I: Párosíto – Kalamajkó – Menuetto – Szentivánéji – Tót nóta – Magyar nóta – Oláh nóta – Tót nóta –  Játék – Rutén nóta – Gyermekrengetéskor – Szénagyűjtéskor – Lakodalmas – Párnás tánc
2 – Livro II: Katonanóta – Burleszk – Menetelő nóta 1 – Menetelő nóta 2 – Mese – Dal – Újévköszöntő –  Szunyogtánc – Mennyasszonybúcsútató – Tréfás nóta – Magyar nóta
3 – Livro III: “Ugyan édes komámasszony…” – Sánta-tánc – Bánkódás – Újévköszöntő – Újévköszöntő – [3] Újévköszöntő –  Máramarosi tánc – Ara táskor – Számláló nóta – Rutén kolomejka – Szól a duda – A 36 Sz. Változata
4 – Livro IV: Preludium és kanon – Forgatós – Szerb tánc – Oláh tánc – Scherzo – Arab dal – Pizzicato “Erdélyi” tánc

Com Josef Suk, violino

Sonata para violino solo, Sz. 117
5 – Tempo di ciaccona
6 – Fuga. Risoluto, non troppo vivo
7 – Melodia. Adagio
8 – Presto


Disco 3

Sonata no. 1 para violino e piano, Sz. 75
1 – Allegro appassionato
2 – Adagio
3 – Allegro

Sonata no. 2 para violino e piano, Sz. 76

4 – Molto moderato (attacca)
5 – Allegretto

Com Diane Andersen, piano

Contrasts, para clarinete, violino e piano, Sz. 111

6 – Verbunkos
7 – Pihenő
8 – Sebes

Com Milan Etlík, clarinete e Diane Andersen, piano


Disco 4

Concerto no. 1 para violino e orquestra, Sz. 36
1 – Andante sostenuto – attacca:
2 – Allegro giocoso

Com a Filharmonie Brno (Orquestra Filarmônica de Brno)
János Ferencsik, regência

Sonata em Mi menor para violino e piano, Op. póstumo
3 – Allegro moderato (molto rubato)
4 – Andante
5 – Vivace

Sonatina para violino e piano sobre temas folclóricos da Transilvânia
(arranjo de André Gertler para a Sonatina para piano, Sz. 55)
6 – Allegretto – attacca:
7 – Moderato – attacca:
8 – Finale. Allegro vivace

9 – Canções folclóricas húngaras para violino e piano, Sz. 42

Com Diane Andersen, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

BÔNUS: toda festa de aniversário que se preza tem sua dose de constrangimento ao aniversariante, então não poderíamos deixar de servir-lhe uma bela torta de climão. Quem sairá de dentro dela será sua antiga paixão de juventude, a violinista Stefi Geyer, que inspirou seu primeiro concerto para violino, prontamente engavetado por cinquenta anos depois que ela deu o fora em Béla, e publicado só treze anos depois da morte do compositor. Para piorar o constrangimento, Stefi sairá da torta a tocar o concerto para violino – também dedicado a ela – composto por Othmar Schoeck, que era ninguém menos que o rival de Bartók no embate pelo coraçãozinho da moça. Se me acham perverso por isso, tsc, eu lhes peço que escondam suas venenosas línguas: Geyer é ótima violinista, e melhor ainda é Dennis Brain, o genial trompista que executa o idiomático concerto que completa o disco.

Othmar SCHOECK (1886-1957)

Concerto para violino e orquestra “quasi una fantasia” em Si bemol menor, Op. 21
1 – Allegretto
2 – Grave, non troppo lento
3 – Allegro con spirito

Stefi Geyer, violino
Tonhalle Orchester Zurich
Volkmar Andreae, regência

Concerto para trompa e orquestra, Op. 65
4 – Lebhaft, energisch bewegt
5 – Ruhig fliessend
6 – Rondo

Dennis Brain, trompa
Collegium Musicum Zurich
Paul Sacher, regência

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

VASSILYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY!!!

 

PQP Bach, pelo saudoso Ammiratore (1970-2021)

Vassily

Béla Bartók (1881-1945): Three folksongs from the Csík District / Two Hungarian folksongs / Székely folksong / Four Slovakian folksongs / Petits morceaux zongorára / Four songs for voice and piano / Scherzo-fantasie for piano / “Evening” / Marche funèbre from symphonic poem “Kossuth” for piano / “Evening” for male choir #BRTK140 Vol. 29 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Three folksongs from the Csík District / Two Hungarian folksongs / Székely folksong / Four Slovakian folksongs / Petits morceaux zongorára / Four songs for voice and piano / Scherzo-fantasie for piano / “Evening” / Marche funèbre from symphonic poem “Kossuth” for piano / “Evening” for male choir #BRTK140 Vol. 29 de 29

Aqui, toda a coleção.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

É claro, já estou com saudades. Após ouvir a obra completa do húngaro, penso em quando irei retornar a ela. Acho que não demorará muito. Ouvir estes CDs foi uma linda aventura patrocinada pelo colega Vassily Genrikhovich. Ouvir Bartók foi conviver com o compositor, o pianista, o professor, o musicólogo, o etnomusicólogo, o colecionador de música folclórica, enfim, com o gênio de um dos principais criadores do século XX.

Os grandes compositores barrocos, clássicos e românticos combinaram qualidade com quantidade — pense nas produções de Handel, Telemann, Bach, Mozart, Haydn e Beethoven. Por outro lado, nos tempos modernos, considere o caso extremo de Anton Webern, cuja produção de toda a vida é reproduzida por pouco mais de duas horas, ou seja, cerca de metade da duração de uma ópera de Strauss ou Wagner. Apesar disso, Webern é reconhecido como uma grande influência musical na segunda metade do século XX. Pois, julgada pelos padrões dos séculos anteriores ao XX, a produção de Béla Bartók não é grande. Cabe em 29 CDs. Não é pouco, mas também não é algo caudaloso. Há seis quartetos de cordas, seis concertos, três obras de palco em um ato, quatro sonatas, três suítes e outras peças orquestrais e um grande número de pequenas obras para piano, cada uma ocupando apenas algumas folhas de partitura. Ele também escreveu uma cantata e um grande número de arranjos de canções folclóricas. Nada de sinfonias. No entanto, é consenso que Bartók é um dos  grandes compositores de nosso tempo. Isso por um único motivo, por causa da alta qualidade e originalidade de sua música.

Bartók era uma pessoa muito quieta, tímida e calma. Não gostava de ser importunado. Aliás, adorava ser importunado, mas só por crianças. Dizia-se que, quando admiradores entusiasmados se dirigiam a ele como “Mestre” ou “Maestro”, ele respondia: “Meu nome é Bartók”. Sim, seu nome é Bartók e você deveria conhecê-lo se quiser saber em que mundo está pisando.

E, se você tiver alguma dúvida sobre este último volume, ouça Evening e a Marcha Fúnebre do poema sinfônico Kossuth (versão para piano solo). Sim, ouça.

Béla Bartók (1881-1945): Three folksongs from the Csík District / Two Hungarian folksongs / Székely folksong / Four Slovakian folksongs / Petits morceaux zongorára / Four songs for voice and piano / Scherzo-fantasie for piano / “Evening” / Marche funèbre from symphonic poem “Kossuth” for piano / “Evening” for male choir #BRTK140 Vol. 29 de 29

1 Three folksongs from the Csík District for recorder and piano, Sz. 35, BB 45/a “Gyergyó”: No. 1. (Rubato)
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
recorder:
Gábor Kállay (tenor)
recording of:
Gyergyóból, tilinkóra és zongorára, Sz. 35, BB 45a: I. (Rubato)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Gyergyóból, tilinkóra és zongorára, Sz. 35, BB 45a
0:51

2 Three folksongs from the Csík District for recorder and piano, Sz. 35, BB 45/a “Gyergyó”: No. 2. (Poco piú mosso)
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
recorder:
Gábor Kállay (tenor)
recording of:
Gyergyóból, tilinkóra és zongorára, Sz. 35, BB 45a: II. (Poco piú mosso)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Gyergyóból, tilinkóra és zongorára, Sz. 35, BB 45a
1:06

3 Three folksongs from the Csík District for recorder and piano, Sz. 35, BB 45/a “Gyergyó”: No. 3. Tempo di marcia
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
recorder:
Gábor Kállay (tenor)
recording of:
Gyergyóból, tilinkóra és zongorára, Sz. 35, BB 45a: III. Tempo di marcia
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Gyergyóból, tilinkóra és zongorára, Sz. 35, BB 45a
0:31

4 Two Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33/b, BB 44: No. 1. “Édesanyám rózsafája”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Két magyar népdal: I. “Édesanyám rózsafája”
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Két magyar népdal (Two Hungarian Folksongs), for voice and piano, Sz. 33b, BB 44
0:47

5 Two Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33/b, BB 44: No. 2. “Túl vagy rózsám, túl vagy a málnás erdején”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Két magyar népdal: II. “Túl vagy rózsám, túl vagy a málnás erdején”
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Két magyar népdal (Two Hungarian Folksongs), for voice and piano, Sz. 33b, BB 44
1:51

6 Székely folksong for voice & piano, Sz. 30, BB 34 “Négy szlovák népdal énekhangra zongorakísérettel”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Székely népdal (“Piros alma”)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1904)
1:44

7 Four Slovakian folksongs for voice & piano No. 1, Sz. 35/b+63/a, BB 46+73 “Bisztrói határon”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Négy szlovák népdal: I. “V tej Bystrickej bráne”
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Négy szlovák népdal, Sz. 35b, BB 46
1:46

8 Four Slovakian folksongs for voice & piano No. 2, Sz. 35/b+63/a, BB 46+73 “Pohàební písen (Dolu dolinámi)”: “Halotti ének (Lent a völgyben mélyen)”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Négy szlovák népdal: II. “Pohřební pisen (Dolu dolinámi)”
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Négy szlovák népdal, Sz. 35b, BB 46
2:28

9 Four Slovakian folksongs for voice & piano No. 3, Sz. 35/b+63/a, BB 46+73 “Priletel pták”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Négy szlovák népdal: III. “Priletel pták”
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Négy szlovák népdal, Sz. 35b, BB 46
2:51

10 Four Slovakian folksongs for voice & piano No. 4, Sz. 63/a, BB 73 “Krutí Tono vretena”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Négy szlovák népdal: IV. “Krutí Tono vretena”
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1916)
part of:
Négy szlovák népdal, Sz. 35b, BB 46
0:49

11 Petits morceaux zongorára voice & piano, Sz. 29, BB 38 “Orsót pörget Tónika”: I. Adagio
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Kassai István
recording of:
Petits morceaux: I. Adagio
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1905)
part of:
Petits morceaux
2:30

12 Petits morceaux zongorára voice & piano, Sz. 29, BB 38 “Orsót pörget Tónika”: II. Moderato
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Kassai István
recording of:
Petits morceaux: II. Moderato
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1905)
version of:
Négy dal Pósa Lajos szövegeire: I. “Őszi szellő”part of:
Petits morceaux
1:09

13 Four songs for voice and piano No. 1, BB 24, DD 67 “Õszi szellõ”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Négy dal Pósa Lajos szövegeire: I. “Őszi szellő”
lyricist:
Pósa Lajos
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1902)
part of:
Négy dal Pósa Lajos szövegeire, Sz. 15, BB 24, DD 67
1:14

14 Four songs for voice and piano No. 2, BB 24, DD 67 “Még azt vetik a szememre”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Négy dal Pósa Lajos szövegeire: II. “Még azt vetik a szememre”
lyricist:
Pósa Lajos
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1902)
part of:
Négy dal Pósa Lajos szövegeire, Sz. 15, BB 24, DD 67
0:53

15 Four songs for voice and piano No. 3, BB 24, DD 67 “Nincs olyan bú”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Négy dal Pósa Lajos szövegeire: III. “Nincs olyan bú”
lyricist:
Pósa Lajos
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1902)
part of:
Négy dal Pósa Lajos szövegeire, Sz. 15, BB 24, DD 67
1:47

16 Four songs for voice and piano No. 4, BB 24, DD 67 “Ejnye, ejnye”
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Négy dal Pósa Lajos szövegeire: IV. “Ejnye, ejnye”
lyricist:
Pósa Lajos
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1902)
part of:
Négy dal Pósa Lajos szövegeire, Sz. 15, BB 24, DD 67
1:00

17 Scherzo-fantasie for piano in B major, BB 11, DD 50
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Kassai István
recording of:
Scherzo or Fantasie, Sz. 8, BB 11, DD 50
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1897)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 8) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 11)
4:57

18 “Evening” for voice and piano, BB 29, DD 73
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Emese Virágh (pianist)
soprano vocals:
Meláth Andrea
recording of:
Est, BB 29, DD 74 (for voice and piano)
lyricist:
Harsányi Kalman
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1903)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 29)
3:46

19 Marche funèbre from symphonic poem “Kossuth” for piano, BB 31, DD 75/b
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
piano:
Kassai István
recording of:
Marcia funèbre from Kossuth, Sz. 21, BB 31, DD 75b (for piano)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1903)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 21) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 31)
version of:
Kossuth: IX. Mindennek vége
5:21

20 “Evening” for male choir, BB 30, DD 74
engineer:
István Berényi (engineer)
producer:
Bárány Gusztáv
editor:
Dvorák Zsuzsa
choir vocals:
Honvéd Együttes férfikara
chorus master:
Tóth András
recording of:
Est, Sz. 19, BB 30, DD 74 (for male choir)
lyricist:
Harsányi Kalman
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1903)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 19) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 30)
version of:
Est, BB 29, DD 74 (for voice and piano)
3:32

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Não adianta olhar com essa cara, acabou mesmo! 29 de 29, sacô?

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Old Hungarian folksongs for four-part male choir / Székely songs for six-part male choir / “From Olden Times” for three-part male choir / Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra) (Hungarian Army Male Chorus / Gyõr Girls’ Choir) #BRTK140 Vol. 28 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Old Hungarian folksongs for four-part male choir / Székely songs for six-part male choir / “From Olden Times” for three-part male choir / Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra) (Hungarian Army Male Chorus / Gyõr Girls’ Choir) #BRTK140 Vol. 28 de 29

Aqui, toda a coleção.

Se o volume 27 foi apenas razoável, este é excelente, principalmente em razão da presença dos 27 Corais para crianças e coro feminino que finalizam este belo CD. Eles foram compostos durante um surto de criatividade no verão de 1935. Segundo o amigo de Bartók e compositor Zoltán Kodály, Bartók precisava de algum incentivo para escrever música coral, o que Kodály forneceu. Kodály também revelou que, antes de compor os corais, Bartók havia se apaixonado pela música do compositor renascentista Giovanni Pierluigi da Palestrina. Impulsionado por Kodály e inspirado por Palestrina, Bartók produziu os Vinte e Sete Corais para vozes agudas.

Os textos para esses corais foram extraídos de canções folclóricas húngaras, como seria de esperar, dadas as predileções etnomusicológicas de Bartók, embora aqui a música seja menos retirada de expressões populares do que em obras anteriores. Talvez o mais interessante sobre os textos corais é que Bartók removeu palavras, frases e versos inteiros dos textos folclóricos originais, em alguns casos substituindo-os por textos próprios a fim de aperfeiçoar o ritmo e o acento métrico dos versos. Assim, Bartók criou não apenas uma obra musical a partir de textos folclóricos, mas também poliu os textos originais. Sua música frequentemente borrava os limites entre a música folclórica e a linguagem mais abstrata. A linguagem musical dos corais é predominantemente diatônica e as harmonias são predominantemente triádicas. Às vezes elas criam confrontos duros e dissonâncias inesperadas. Os corais foram escritos em duas e três partes para coro feminino e infantil: oito dos corais são para vozes femininas, os restantes dezenove para coro infantil. Bartók posteriormente dividiu as peças em volumes de três ou quatro peças cada. Embora não tenha sido projetado especificamente como um ciclo de canções, o trabalho é frequentemente executado como um conjunto completo.

Embora as canções folclóricas húngaras forneçam o material de base para este trabalho, a influência de Palestrina e da polifonia renascentista não deve ser esquecida. A predileção de Bartók por Palestrina é evidente na textura contrapontística fortemente tecida e na imitação e fugas generalizadas nos corais. Bartók também usa esse estilo contrapontístico anacrônico e diatônico para acentuar as dissonâncias: no contexto de passagens muito tonais, os choques dissonantes entre vozes em contraponto são poderosamente ampliados. No entanto, embora os corais sejam exemplos magistrais de escrita polifônica, eles também são muito acessíveis tanto para corais quanto para o público. Bartók tomou muito cuidado para compor uma música que não fosse muito difícil de executar, mas sua expressividade tornam os 27 Corais uma obra memorável e importante.

Ah, o Gyõr Girls’ Choir é sensacional!

Béla Bartók (1881-1945): Old Hungarian folksongs for four-part male choir / Székely songs for six-part male choir / “From Olden Times” for three-part male choir / Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra) (Hungarian Army Male Chorus / Gyõr Girls’ Choir) #BRTK140 Vol. 28 de 29

1 Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60: No. 1. “Rég megmondtam bús gerlice”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60: No. 1. “Rég megmondtam bús gerlice”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60
1:32

2 Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60: No. 2. “Jaj Istenem! kire várok”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60: No. 2. “Jaj Istenem! kire várok”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60
0:36

3 Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60: No. 3. “Ángyomasszony kertje”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60: No. 3. “Ángyomasszony kertje”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60
0:52

4 Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60: No. 4. “Béreslegény, jól megrakd a szekeret”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60: No. 4. “Béreslegény, jól megrakd a szekeret”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Old Hungarian folksongs for four-part male choir, Sz. 50, BB 60
0:57

5 Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 1. “Hej, de sokszor megbántottál”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 1. “Hej, de sokszor megbántottál”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106
4:57

6 Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 2. “Istenem, életem”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 2. “Istenem, életem”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106
2:00

7 Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 3. “Vékony cérna, kemény mag”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 3. “Vékony cérna, kemény mag”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106
1:03

8 Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 4. “Kilyénfalvi közeptizbe”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 4. “Kilyénfalvi közeptizbe”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106
0:52

9 Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 5. “Vékony cérna, kemény mag”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 5. “Vékony cérna, kemény mag”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106
0:29

10 Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 6. “Járjad pap a táncot”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106: No. 6. “Járjad pap a táncot”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Székely songs for six-part male choir, Sz. 99, BB 106
1:21

11 “From Olden Times” for three-part male choir, Sz. 104, BB 112: No. 1. “Nincs boldogtalanabb”
recording of:
“From Olden Times” for three-part male choir, Sz. 104, BB 112: No. 1. “Nincs boldogtalanabb”
composer:
Béla Bartók (composer)
6:39

12 “From Olden Times” for three-part male choir, Sz. 104, BB 112: No. 2. “Egy, kettõ, három, négy”
recording of:
“From Olden Times” for three-part male choir, Sz. 104, BB 112: No. 2. “Egy, kettõ, három, négy”
composer:
Béla Bartók (composer)
2:39

13 “From Olden Times” for three-part male choir, Sz. 104, BB 112: No. 3. “Nincsen szerencsésebb”
recording of:
“From Olden Times” for three-part male choir, Sz. 104, BB 112: No. 3. “Nincsen szerencsésebb”
composer:
Béla Bartók (composer)
6:49

14 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume I, No. 1. “Tavasz”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume I, No. 1. “Tavasz”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
2:13

15 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume I, No. 2. “Ne hagyj itt!”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume I, No. 2. “Ne hagyj itt!”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:54

16 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume I, No. 3. “Jószágigézõ”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume I, No. 3. “Jószágigézõ”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:24

17 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume II, No. 1. “Levél az otthoniakhoz”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume II, No. 1. “Levél az otthoniakhoz”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
2:05

18 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume II, No. 2. “Játék”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume II, No. 2. “Játék”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
0:45

19 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume II, No. 3. “Leánynézõ”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume II, No. 3. “Leánynézõ”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:13

20 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume II, No. 4. “Héjja, héjja, karahéjja”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume II, No. 4. “Héjja, héjja, karahéjja”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
0:53

21 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume III, No. 1. “Ne menj el”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume III, No. 1. “Ne menj el”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:31

22 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume III, No. 2. “Van egy gyûrûm, karika”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume III, No. 2. “Van egy gyûrûm, karika”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:08

23 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume III, No. 3. “Senkim a világon”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume III, No. 3. “Senkim a világon”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:24

24 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume III, No. 4. “Cipósütés”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume III, No. 4. “Cipósütés”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
2:05

25 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume IV, No. 1. “Huszárnóta”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume IV, No. 1. “Huszárnóta”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:45

26 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume IV, No. 2. “Resteknek nótája”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume IV, No. 2. “Resteknek nótája”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
0:41

27 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume IV, No. 3. “Senkim a világon”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume IV, No. 3. “Senkim a világon”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:50

28 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume IV, No. 4. “Leánycsúfoló”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume IV, No. 4. “Leánycsúfoló”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:33

29 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume V, No. 1. “Legénycsúfoló”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume V, No. 1. “Legénycsúfoló”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:04

30 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume V, No. 2. “Mihálynapi köszöntõ”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume V, No. 2. “Mihálynapi köszöntõ”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
3:01

31 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume V, No. 3. “Leánykérõ”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume V, No. 3. “Leánykérõ”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:45

32 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VI, No. 1. “Keserves”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VI, No. 1. “Keserves”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:57

33 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VI, No. 2. “Madárdal”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VI, No. 2. “Madárdal”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:31

34 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VI, No. 3. “Csujogató”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VI, No. 3. “Csujogató”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:19

35 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VII, No. 1. “Bánat”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VII, No. 1. “Bánat”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:35

36 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VII, No. 2. “Ne láttalak volna”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VII, No. 2. “Ne láttalak volna”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
2:24

37 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VII, No. 3. “Elment a madárka”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VII, No. 3. “Elment a madárka”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
1:20

38 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VIII, No. 1. “Párnás táncdal”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VIII, No. 1. “Párnás táncdal”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
2:57

39 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VIII, No. 2. “Kánon”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VIII, No. 2. “Kánon”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
0:58

40 Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VIII, No. 3. “Isten veled!”
choir vocals:
Gyõr Girls’ Choir
recording of:
Twenty-seven choruses in 2 and 3 parts for children’s or female chorus & piano (or orchestra), Sz. 103, BB 111: Volume VIII, No. 3. “Isten veled!”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
27 Two- and Three-Part Choruses, BB 111
2:39

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

#TamoJunto Bartókão!

PQP

Nelson Freire – Ao Vivo

Em homenagem ao grande Nelson Freire (1944 – 2021), vamos trazer hoje gravações que vocês não encontram nos serviços de streaming nem na livraria digital com nome de floresta. Quem sabe faz ao vivo e no caso de Nelson o que ele sabia muito bem, entre outras coisas, era a arte dos recitais variados, com uma associação livre de ideias em que um impromptu (improviso) de Chopin é seguido de algumas mazurkas ou dois estudos do polonês, depois vem um Debussy, um Villa-Lobos, um Albéniz…

Há pianistas que fazem, às vezes ou sempre, recitais com temas bem definidos: três ou quatro grandes sonatas de Beethoven, como fazem Pollini e Levit. Ou só prelúdios e fugas de Bach do início ao fim, como fazem Hewitt e Schiff. Richter fez recitais especializados em Bach (1969), em Beethoven (1960, 1991) em Scriabin (1972), em Prokofiev (1960), em Chopin (1976) e alguns com o longo ciclo de quadros de Mussorgsky. Não é entre esses recitais cerebrais, estimulantes como um longo romance russo, que se enquadravam os de Nelson. Seus grandes ídolos, que ele sempre mencionava com saudades, eram Novaes e Horowitz e outros dessa turma, mestres das miniaturas pianísticas e dos programas que contrastavam Mozart com Scriabin, Chopin com Debussy, Scarlatti com Schumann. Por isso a Folha de SP acertou na mosca ao publicar, recentemente, uma manchete sensível e respeitosa: “Nelson Freire foi o elo entre a era de ouro do piano e o terceiro milênio”.

Nem sempre ele estava tocando obras tão curtinhas: a longa Fantasia de Schumann esteve no seu repertório desde jovem até os últimos anos e, como vocês sabem, sua gravação dos Concertos de Brahms com Chailly/Leipzig foi elogiada por várias revistas e indicada para o Grammy. Mas aqui em casa a medalha de ouro vai para o cuidado de Nelson ao preparar e executar essas charmosas peças curtas.

Em 2014, Nelson dizia que estava sempre mudando os programas dos recitais. “Sempre evito me comprometer com as coisas com um ano de antecedência. Às vezes eu mudo tanto os programas que, quando chego, tenho a impressão de que todo o mundo vai ficar com raiva. Gosto de decidir na hora”. E pra decidir na hora, nada melhor do que o(s) bis(es). Nos últimos vinte anos, Nelson tinha uma peça sempre à manga para o bis: o arranjo de Sgambati (1841 – 1914) para uma melodia da ópera Orfeu (1762), de Gluck. Permitindo ao pianista mostrar a delicadeza de seus timbres suaves, esse era o bis padrão da maioria das noites. Mas a depender do humor, outras obras apareciam de surpresa, muitas vezes de compositores pouco conhecidos, como o catalão Mompou (1893 – 1987) ou o polonês Paderewski (1860 – 1941). Também podiam aparecer pesos-pesados como Debussy ou Bach, na transcrição da pianista Myra Hess (1890 – 1965) da cantata “Jesus, alegria dos homens”.

Em um prefácio de sua edição (1898) de transcrições dos Prelúdios Corais de Bach, obras originalmente compostas para órgão, o pianista italiano F. Busoni escreveu que seus arranjos eram em “estilo música de câmara”. É bom lembrar que o órgão para o qual Bach escrevia tinha pedais, de forma que as composições têm três vozes: as duas mãos e os pés. Daí as Triosonatas para órgão, por exemplo. Isso tudo pra dizer que o interessante ao ouvir essas transcrições de Bach-Busoni e Bach-Hess ao vivo é acompanhar os malabarismos de Nelson pra tocar três vozes com duas mãos. É um pequeno desafio tocar todas as notas e um grande desafio fazer soar as três vozes de forma separada e musical.

Em seus últimos anos, Nelson Freire foi aclamado em Londres, em São Petersburgo, no Brasil, é claro, mas talvez o lugar onde mais tenha tocado em sua maturidade tenha sido Paris, onde ele passava parte do ano em uma casa de frente para a de sua amiga Martha Argerich.  Ao contrário do  Presidente do Brasil, o da França soltou uma nota homenageando, poucos dias após a morte, “o excepcional intérprete de Debussy que tantas vezes honrou o nosso país com a sua presença”.

Nelson Freire – Encores 2 – Live
Schumann: Arabeske in C major, op. 18
Chopin: Impromptu no. 2 in F-sharp major, op. 36
Mazurka op. 17 No.4 in A minor
Mazurka op. 33 No.4 in B minor
Mazurka op. 41 No.1 in C# minor
Étude op. 10 no. 3 “Tristesse”
Étude op. 10 no. 12 “Revolutionary”
Bach-Busoni: Ich ruf zu Dir, Herr Jesu Christ, BWV 639
Komm, Gott Schöpfer, heiliger Geist, BWV 667
Bach-Hess: Jesu, Joy of Man’s Desiring, BWV 147
Debussy: La plus que lente
Prokofiev: 10 Visions Fugitives
Debussy: Poissons d’or (bis)
Mompou: Jeunes filles au jardin (bis)
Albéniz-Godowsky: Tango (bis)
Grieg: “Wedding Day at Troldhaugen” from the Lyric Pieces (bis)
Paderewski: Nocturne in B-flat major, op. 16 (bis)
Gluck-Sgambati: Mélodie d’Orphée (bis)

Nelson Freire – piano
Live recordings from: Maryland 1975, Amsterdam 2005, La Chaux-de-Fonds 2012, Paris 2018 & 2019, Brasilia 2019, Bucharest 2019.

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE – flac
BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE – mp3 320kbps

“Cada vez que toco Chopin, mais eu gosto dele”, dizia Nelson

E ainda temos, de brinde, Freire tocando o 3º Concerto de Bartók com o luxuoso acompanhamento da orquestra alemã da NDR de Hannover regida por Ferdinand Leitner, maestro que fez sua fama regendo óperas de Wagner e Carl Orff. Leitner também gravou, nos anos 1960, discos históricos dos concertos de Beethoven com os veteranos A. Foldes e W. Kempff. Era um maestro daqueles que sabem criar o pano de fundo para os solistas – cantores ou instrumentistas – brilharem. Os momentos de “música noturna” do Adagio Religioso soam especialmente interessantes. No diálogo entre os músicos alemães e o então jovem brasileiro, o adjetivo religioso ganha aqui um caráter meditativo que nunca chega a uma solenidade exagerada como em outras gravações.

Béla Bartók (1881-1945): Piano concerto No. 3 in E major
I. Allegretto
II. Adagio religioso – poco più mosso – tempo I
III. Allegro vivace

Nelson Freire – piano
Ferdinand Leitner – conductor
Rundfunkorchester Hannover des NDR (NDR Radiophilharmonie)
22/10/1971, Funkhaus des NDR, Hannover

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE – flac
BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE – mp3 320kbps
.

No palco em Bucareste, Romênia, 2019. Obrigado, Nelson!

Pleyel

 

Béla Bartók (1881-1945): Hungarian folksong for voice & piano / Five songs for voice & piano / Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano / Progressive pieces for voice and piano / Village scenes for female voice & piano / Slovak folksongs for four-part male choir / Hungarian folksongs for mixed choir (Hajdu / Török / Fellegi / Kovács / Lantos / Sziklay / Hungarian Army Male Chorus / Holásek / Slovak Philharmonic Chorus) #BRTK140 Vol. 27 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Hungarian folksong for voice & piano / Five songs for voice & piano / Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano / Progressive pieces for voice and piano / Village scenes for female voice & piano / Slovak folksongs for four-part male choir / Hungarian folksongs for mixed choir (Hajdu / Török / Fellegi / Kovács / Lantos / Sziklay / Hungarian Army Male Chorus / Holásek / Slovak Philharmonic Chorus) #BRTK140 Vol. 27 de 29

Aqui, toda a coleção.

Ouvi atentamente todos os 27 CDs até aqui, é claro, e creio que este seja o mais fraco de todos. As únicas obras que me deixaram feliz foram as obras finais para coro misto ou masculino. As peças destas coleções são arranjos de melodias recolhidas pelo compositor, muitas delas preservadas em fonogramas originais e transcrições. O processo de arranjar essas melodias pode ser entendido como um laboratório criativo em que o compositor começou a forjar técnicas composicionais que resultariam, mais adiante, em processos mais pessoais e complexos de sua própria lavra.

Béla Bartók (1881-1945): Hungarian folksong for voice & piano / Five songs for voice & piano / Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano / Progressive pieces for voice and piano / Village scenes for female voice & piano / Slovak folksongs for four-part male choir / Hungarian folksongs for mixed choir (Hajdu / Török / Fellegi / Kovács / Lantos / Sziklay / Hungarian Army Male Chorus / Holásek / Slovak Philharmonic Chorus) #BRTK140 Vol. 27 de 29

1 Hungarian folksong for voice & piano, Sz. 109, BB 109 “Debrecennek van egy vize”
piano:
István Hajdu (pianist)
soprano vocals:
Erzsébet Török
recording of:
Hungarian folksong for voice & piano, Sz. 109 “Debrecennek van egy vize”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 109)
2:17

2 Five songs for voice & piano, Sz. 61, BB 71 (Op. 15): No. 1. “Tavasz: Az én szerelmem”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71 (Op.15): No. 1, “Tavasz: Az en szerelmem”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71, op. 15
2:05

3 Five songs for voice & piano, Sz. 61, BB 71 (Op. 15): No. 2. “Nyár: Szomjasan vágyva”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71 (Op.15): No. 2, “Nyar: Szomjasan vagyva”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71, op. 15
2:15

4 Five songs for voice & piano, Sz. 61, BB 71 (Op. 15): No. 3. “A vágyak éjjele”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71 (Op.15): No. 3, “A vagyak ejjele”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71, op. 15
4:15

5 Five songs for voice & piano, Sz. 61, BB 71 (Op. 15): No. 4. “Tél: Színes álomban”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71 (Op.15): No. 4, “Tel: Szines almoban”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71, op. 15
3:27

6 Five songs for voice & piano, Sz. 61, BB 71 (Op. 15): No. 5. “Õsz: Itt lent a völgyben”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71 (Op.15): No. 5, “Osz: Itt lent a volgyben”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs for voice & orchestra, Sz. 61, BB 71, op. 15
3:07

7 Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 1. “Három õszi könnycsepp”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 1. “Három õszi könnycsepp”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72, op. 16
2:00

8 Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 2. “Az õszi lárma”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 2. “Az õszi lárma”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72, op. 16
3:16

9 Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 3. “Az ágyam hívogat”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 3. “Az ágyam hívogat”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72, op. 16
4:27

10 Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 4. “Egyedül a tengerrel”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 4. “Egyedül a tengerrel”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72, op. 16
4:13

11 Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 5. “Nem mehetek hozzád”
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72 (Op. 16): No. 5. “Nem mehetek hozzád”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Five songs on poems by Endre Ady for voice & piano, Sz. 63, BB 72, op. 16
3:17

12 Progressive pieces for piano, Sz. 107/2, BB 105/37–66 “Mikrokosmos”: Volume 2. Párbeszéd
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
0:32

13 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: Magyar párosító III
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
0:38

14 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: Rókadal III
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
0:40

15 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: Új magyar népdal V
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
1:07

16 Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: I. Szénagyûjtéskor. “Ej! hrabajze len”
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: I. Szénagyûjtéskor. “Ej! hrabajze len”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87a
1:07

17 Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: II. A menyasszonynál. “Letia pavy, letia”
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: II. A menyasszonynál. “Letia pavy, letia”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87a
1:26

18 Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: III. Lakodalom. “A ty Anca krásna”
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: III. Lakodalom. “A ty Anca krásna”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87a
2:48

19 Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: IV. Bölcsõdal. “Beli zemi, beli”
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: IV. Bölcsõdal. “Beli zemi, beli”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87a
4:34

20 Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: V. Legénytánc. “Poza búcky, poza pen”
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87/a: V. Legénytánc. “Poza búcky, poza pen”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Village scenes for female voice & piano, Sz. 78, BB 87a
1:54

21 Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 1. Andante assai parlando. “Hej, kedves jó pajtásim”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 1. Andante assai parlando. “Hej, kedves jó pajtásim”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77
1:11

22 Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 2. Allegretto. “Ha a háborúba kell indulnom. Ked’ ja smutny pojdem”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 2. Allegretto. “Ha a háborúba kell indulnom. Ked’ ja smutny pojdem”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77
0:29

23 Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 3. Allegro risoluto. “Gyerünk pajtás, gyerünk. Kamarádi mojí”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 3. Allegro risoluto. “Gyerünk pajtás, gyerünk. Kamarádi mojí”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77
0:37

24 Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 4. Andante assai, parlando. “Hej, hogyha majd elesem. Ej, a ked’ mna zabiju”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 4. Andante assai, parlando. “Hej, hogyha majd elesem. Ej, a ked’ mna zabiju”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77
1:20

25 Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 5. Allegretto. “Csatába indultam. Ked’ som siou na vojnu”
choir vocals:
Hungarian Army Male Chorus
recording of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77: No. 5. Allegretto. “Csatába indultam. Ked’ som siou na vojnu”
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Slovak folksongs for four-part male choir, Sz. 69, BB 77
1:12

26 Slovak folksongs for four-part choir & piano, Sz. 70, BB 78: No. 1. Andante. “Lányát az anya férjhez úgy adta. Zadala mamka”
piano:
Ladislav Holásek
choir vocals:
Slovak Philharmonic Chorus
recording of:
Négy tót népdal: 1. Lányát az anya
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1916)
part of:
Négy tót népdal (Slovak folksongs) for four-part choir & piano, Sz. 70, BB 78
3:25

27 Slovak folksongs for four-part choir & piano, Sz. 70, BB 78: No. 2. Andante. “Havasi legelõn. Na holi, na holi”
piano:
Ladislav Holásek
choir vocals:
Slovak Philharmonic Chorus
recording of:
Négy tót népdal: 2. Havasi legelőn
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1916)
part of:
Négy tót népdal (Slovak folksongs) for four-part choir & piano, Sz. 70, BB 78
0:42

28 Slovak folksongs for four-part choir & piano, Sz. 70, BB 78: No. 3. Allegro. Medzibrod: “Enni, inni van csak kedved. Rada pila, rada jedla”
piano:
Ladislav Holásek
choir vocals:
Slovak Philharmonic Chorus
recording of:
Négy tót népdal: 3. Enni, inni van csak kedved
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1916)
part of:
Négy tót népdal (Slovak folksongs) for four-part choir & piano, Sz. 70, BB 78
0:34

29 Slovak folksongs for four-part choir & piano, Sz. 70, BB 78: No. 4. Allegro moderato. “Szóljon a duda már. Gajdujte, gajdence”
piano:
Ladislav Holásek
choir vocals:
Slovak Philharmonic Chorus
recording of:
Négy tót népdal: 4. Szóljon a duda már
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1916)
part of:
Négy tót népdal (Slovak folksongs) for four-part choir & piano, Sz. 70, BB 78
0:39

30 Hungarian folksongs for mixed choir, Sz. 93, BB 99: No. 1 A rab
choir vocals:
Slovak Philharmonic Chorus
recording of:
Magyar népdalok: 1. A rab
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1930)
part of:
Magyar népdalok (Hungarian folksongs) for mixed choir, Sz. 93, BB 99
2:52

31 Hungarian folksongs for mixed choir, Sz. 93, BB 99: No. 2. A bújdosó
choir vocals:
Slovak Philharmonic Chorus
recording of:
Magyar népdalok: 2. A bujdosó
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1930)
part of:
Magyar népdalok (Hungarian folksongs) for mixed choir, Sz. 93, BB 99
4:27

32 Hungarian folksongs for mixed choir, Sz. 93, BB 99: No. 3. Az eladó lány
choir vocals:
Slovak Philharmonic Chorus
recording of:
Magyar népdalok: 3. Az eladó lány
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1930)
part of:
Magyar népdalok (Hungarian folksongs) for mixed choir, Sz. 93, BB 99
1:35

33 Hungarian folksongs for mixed choir, Sz. 93, BB 99: No. 4. Dal
choir vocals:
Slovak Philharmonic Chorus
recording of:
Magyar népdalok: 4. Dal
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1930)
part of:
Magyar népdalok (Hungarian folksongs) for mixed choir, Sz. 93, BB 99

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Béla Bartók na festa de 15 anos do PQP Bach

PQP

.:interlúdio:. Transylvanian Folk Songs – The Béla Bartók Field Recordings – Lucian Ban – John Surman – Mat Maneri #BRTK140

Enquanto completo com este pobre globo mais uma translação, espero oferecer-lhes um presente e, talvez, redimir-me.

Admito que contribuí menos do que gostaria para a homenagem a Béla Bartók que sugeri ao patrão PQP no ano passado, que ele aceitou imediatamente, mas que acabei por deixar quase só no lombo dele (e, para quem perguntou porque nunca fui além de chapeiro-sênior na PQP Corp., aí está um dos bons motivos). Até que tentei engrenar, apresentando um, dois, três quartetos, e, assumindo o papel de mestre de cerimônias no natalício do grande homem, mostrei-lhes suas façanhas como compositor, pianista, pedagogo e colecionador. No fim, publiquei seu canto de cisne no aniversário de sua morte – e nada mais fiz, além de ver o chefinho avançar, postagem após postagem, na empreitada em que o deixei praticamente na mão.

Além do patrão, devo também ter frustrado o homenageado. Tenho certeza de que, neste incomum jubileu de 140 anos, não ofereci à memória de Béla mais do que o tanto com que seu legado, como sempre, me nutriu. Para preparar as postagens, li sua estupenda biografia por Kenneth Chalmers e devo ter ouvido sua integral pelo menos meia dúzia de vezes, sempre com intérpretes diferentes. A mais fascinante descoberta, todavia, foi do tesouro que Bartók coletou, transcreveu e organizou, ao singrar as planícies da Panônia à Transilvânia e de lá até a Anatólia para dedicar-se ao seu xodó: a musicologia comparativa, gérmen da moderna etnomusicologia.

Descobrir o arquivo digital do Instituto de Musicologia da Academia Húngara de Ciências – a última empregadora de Béla em sua Hungria natal – levou-me uma perdição comparável, creio eu, àquela em que caíram Bartók, Kodály e seus colegas ao coletarem seus preciosos itens. Não bastassem as anotações de campo, com transcrições detalhadas até os melismas de tudo o que escutavam aqueles intrépidos ouvidos, ainda há, preservados para a eternidade, os sons dos inestimáveis cilindros de cera em que os músicos-exploradores registravam suas descobertas. Aquelas vozes centenárias e fantasmagóricas, emergindo do enxame de ruídos de superfície, chegam-nos frescas e irresistivelmente repletas de calor humano, e abrem janelas fascinantes para um mundo que a nós outros, enredados em motores e fibras ópticas, pareceria tão improvável quanto o nosso aos donos das vozes.

Entre as centenas de cilindros que chegaram a nossos tempos, a maior parte foi registrada na região histórica da Transilvânia, hoje contida nas fronteiras modernas da Romênia, para onde as viagens de Béla o levaram mais que a qualquer outro destino, e que lhe serviu como maior manancial para suas obras-primas. E, se Bartók certamente não foi o primeiro a servir-se dele, tampouco haveria de ser o último.

Nascido em Cluj-Napoca, nas bordas da Transilvânia, o pianista Lucian Ban cresceu a embeber os ouvidos no opulento folclore de sua terra e, mesmo que os rumos de sua vida o levassem ao jazz e aos Estados Unidos, demonstra nesse álbum que não o esqueceu. Neste Transylvanian Folk Songs, um trio invulgar de teclado e instrumentos de arco e sopro – não muito diferente daquele para o qual Béla criou seus “Contrastes “- parte dos temas gravados e transcritos por Bartók e os transfigura em improvisações que evocam o fazer música nas aldeias em que foram coletados. Não parece haver disputas ou tensões pavoneantes. Pelo contrário: os músicos evitam embates e preparam, como Ban faz na faixa de abertura, a ambiência sonora para a entrada dos demais. Entre os vários timbres de sopros explorados por John Surman, foi o de seu clarone deixou-me o melhor retrogosto. Ainda assim, em minha desimportante opinião, a assinatura tímbrica do álbum é a da viola de Mat Maneri, que emula a rusticidade dos aldeões que tocavam para Béla há tantas décadas e depois nos atira de volta a nossos tempos com a mesma desenvoltura. Por fim, uma dança cheia de verve, que será familiar a todos que escutaram a obra de Bartók com alguma atenção, desemboca em aplausos que nos fazem, pela primeira vez, dar conta de que a gravação foi feita ao vivo, e de que aquelas antigas vozes tungadas por estalidos seguem capazes de inspirar os ouvintes modernos tanto quanto inspiraram aquele magiar genial.

TRANSYLVANIAN FOLK SONGS

1 – The Dowry Song
2 – Up There
3 – Violin Song
4 – The Return
5 – The Mighty Sun
6 – What a Great Night This is, a Messenger was Born
7 – Carol
8 – Bitter Love Song
9 – Transylvanian Dance

Lucian Ban, piano
John Surman, clarinete, clarone e saxofone barítono
Mat Maneri, viola

Gravado na Sala Barocă do Museu de Arte de Timișoara, Romênia, em 7 de novembro de 2018

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Szeretettel Bélának! [foto do autor]
 

PQP Bach, pelo saudoso Ammiratore (1970-2021)

Vassily

Béla Bartók (1881-1945): Hungarian folksongs for voice & piano / Eight Hungarian folksongs for voice & piano / Twenty Hungarian folksongs for voice & piano (Kovács, Fellegi, Sziklay, Lantos) #BRTK140 Vol. 26 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Hungarian folksongs for voice & piano / Eight Hungarian folksongs for voice & piano / Twenty Hungarian folksongs for voice & piano (Kovács, Fellegi, Sziklay, Lantos) #BRTK140 Vol. 26 de 29

Aqui, toda a coleção.

O que dizer das cantoras deste CD? Céus, todas elas são esplêndidas! Mesmo que não fosse Bartók, valeria a pena ouvi-las. Bem, Bartók arranjou ciclos de canções folclóricas durante praticamente toda sua vida ativa. Aqui temos ciclos escritos entre 1906 e 1907, assim como em 1917 e 1929. Em 1905, em uma carta dirigida a sua irmã, o compositor afirmou: “Tenho agora um novo plano: irei coletar as mais belas canções folclóricas húngaras e as elevarei ao nível de canções artísticas por ornamentá-las com o melhor acompanhamento pianístico possível.” Em 1905, o compositor empreendeu sua primeira viagem de estudos folclóricos, auxiliado pelo também compositor e amigo pessoal Zoltán Kodály. No começo destes estudos Bartók tomava foco somente no aspecto musical do material recolhido (ou seja, sua possibilidade de uso como material para composição) e restringiu a coleta a territórios de fala húngara. Mais tarde se deu conta do potencial científico do trabalho que estava realizando e o estendeu também a territórios com populações eslovacas e romenas. Este material folclórico se caracterizava por ser musicalmente baseado em antigos modos eclesiásticos, gregos e pentatônicos. Bartók afirmava que conhecer este repertório foi essencial no desenvolvimento de sua estética por “liberá-lo do jugo tirânico das tonalidades maiores e menores” e “levá-lo a uma nova concepção da escala cromática, em que todos os tons poderiam ser considerados de igual valor e utilizados de forma livre e independente.” Esta visão aproxima a estética de Bartók do conceito de Emancipação da Dissonância, paralelamente explorado por Arnold Schoenberg.

Béla Bartók (1881-1945): Hungarian folksongs for voice & piano / Eight Hungarian folksongs for voice & piano / Twenty Hungarian folksongs for voice & piano (Kovács, Fellegi, Sziklay, Lantos) #BRTK140 Vol. 26 de 29

1 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 1. Elindultam szép hazámbul
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 1. Elindultam szép hazámbul
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
0:50

2 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 2. Által mennék én a Tiszán ladikon
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 2. Által mennék én a Tiszán ladikon
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
0:40

3 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 3. Fehér László lovat lopott
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 3. Fehér László lovat lopott
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
2:43

4 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 4. A gyulai kert alatt
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 4. A gyulai kert alatt
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
0:46

5 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 5. A kertmegi kert alatt
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 5. A kertmegi kert alatt
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
0:26

6 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 6. Ablakomba, ablakomba
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 6. Ablakomba, ablakomba
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
0:52

7 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 7. Száraz ágtól messze virít
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 7. Száraz ágtól messze virít
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
1:41

8 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 8. Végig mentem a tárkányi
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 8. Végig mentem a tárkányi
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
0:33

9 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 9. Nem messze van ide kis Margitta
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 9. Nem messze van ide kis Margitta
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
3:23

10 Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 10. Szánt a babám csireg, csörög
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42: No. 10. Szánt a babám csireg, csörög
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 1, Sz. 33, BB 42
0:43

11 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 1. Tiszán innen, Tiszán túl
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 1. Tiszán innen, Tiszán túl
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
2:16

12 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 2. Erdõk, völgyek, szûk ligetek
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 2. Erdõk, völgyek, szûk ligetek
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
2:12

13 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 3. Olvad a hó
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 3. Olvad a hó
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
1:34

14 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 4. Ha bemegyek a csárdába
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 4. Ha bemegyek a csárdába
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
1:52

15 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 5. Fehér László lovat lopott
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 5. Fehér László lovat lopott
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
2:04

16 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 6. Megittam a piros bort
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 6. Megittam a piros bort
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
0:39

17 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 7. Ez a kislány gyöngyöt fûz
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 7. Ez a kislány gyöngyöt fûz
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
0:59

18 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 8. Sej, mikor engem katonának visznek
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 8. Sej, mikor engem katonának visznek
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
1:14

19 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 9. Még azt mondják
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 9. Még azt mondják
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
0:53

20 Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 10. Kis kece lányom
piano:
Loránt Szücs
soprano vocals:
Terézia Csajbók
recording of:
Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 33a, BB 43: Volume 2, No. 10. Kis kece lányom
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Hungarian Folksongs for Voice & Piano, Volume 2, Sz. 33a, BB 43
1:18

21 Eight Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 64, BB 47: I. Adagio. Fekete fõd
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Eight Hungarian Folksongs: No. 1. Fekete főd, fehér az én zsebkendőm
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Eight Hungarian Folksongs
1:26

22 Eight Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 64, BB 47: II. Andante. Istenem, Istenem
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Eight Hungarian Folksongs: No. 2. Istenem, Istenem, áraszd meg a vizet
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Eight Hungarian Folksongs
1:12

23 Eight Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 64, BB 47: III. Allegretto. Asszonyok, asszonyok
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Eight Hungarian Folksongs: No. 3. Asszonyok, asszonyok, had’ legyek társatok
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Eight Hungarian Folksongs
0:56

24 Eight Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 64, BB 47: IV. Sostenuto, rubato. Annyi bánat
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Eight Hungarian Folksongs: No. 4. Annyi bánat a szívemen
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Eight Hungarian Folksongs
1:06

25 Eight Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 64, BB 47: V. Allegro. Ha kimegyek
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Eight Hungarian Folksongs: No. 5. Ha kimegyek arr’ a magos tetőre
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1907)
part of:
Eight Hungarian Folksongs
1:09

26 Eight Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 64, BB 47: VI. Sostenuto. Töltik a nagyerdõ
útját
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Eight Hungarian Folksongs: No. 6. Töltik a nagyerdő útját
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1917)
part of:
Eight Hungarian Folksongs
1:35

27 Eight Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 64, BB 47: VII. Sostenuto. Eddig való dolgom
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Eight Hungarian Folksongs: No. 7. Eddig való dolgom a tavaszi szántás
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1917)
part of:
Eight Hungarian Folksongs
1:48

28 Eight Hungarian folksongs for voice & piano, Sz. 64, BB 47: VIII. Allegro moderato. Olvad a hó
piano:
Ádám Fellegi
soprano vocals:
Eszter Kovács
recording of:
Eight Hungarian Folksongs: No. 8. Olvad a hó, csárdás kis angyalom
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1917)
part of:
Eight Hungarian Folksongs
1:03

Sad Songs:
29 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 1: Szomorú nóták, No. 1. A tömlöcben
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 1: Szomorú nóták, No. 1. A tömlöcben
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
3:52

30 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 1: Szomorú nóták, No. 2. Régi keserves
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 1: Szomorú nóták, No. 2. Régi keserves
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
2:32

31 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 1: Szomorú nóták, No. 3. Bujdosó ének
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 1: Szomorú nóták, No. 3. Bujdosó ének
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
2:08

32 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 1: Szomorú nóták, No. 4. Pásztornóta
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 1: Szomorú nóták, No. 4. Pásztornóta
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:52

Dancing Songs:
33 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 2: Táncdalok, No. 5. Székely lassú
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 2: Táncdalok, No. 5. Székely lassú
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
2:39

34 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 2: Táncdalok, No. 6. Székely friss
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 2: Táncdalok, No. 6. Székely friss
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:11

35 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 2: Táncdalok, No. 7. Kanásztánc
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 2: Táncdalok, No. 7. Kanásztánc
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:47

36 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 2: Táncdalok, No. 8. Hatforintos nóta
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 2: Táncdalok, No. 8. Hatforintos nóta
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:48

Diverse Songs:
37 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 9. Juhászcsúfoló
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 9. Juhászcsúfoló
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
2:05

38 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 10. Tréfás nóta
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 10. Tréfás nóta
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:39

39 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 11. Párosító 1
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 11. Párosító 1
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:47

40 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 12. Párosító 2
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 12. Párosító 2
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:24

41 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 13. Pár-ének
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 13. Pár-ének
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
3:19

42 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 14. Panasz
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 14. Panasz
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:31

43 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 15. Bordal
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 3: Vegyes dalok, No. 15. Bordal
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:18

New Style Songs:
44 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 16. Allegro. Hej, édesanyám
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 16. Allegro. Hej, édesanyám
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:00

45 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 17. Più allegro. Érik a ropogós cseresznye
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 17. Più allegro. Érik a ropogós cseresznye
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
0:30

46 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 18. Moderato. Már Dobozon
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 18. Moderato. Már Dobozon
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
1:46

47 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 19. Allegretto. Sárga kukoricaszár
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 19. Allegretto. Sárga kukoricaszár
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
0:28

48 Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 20. Allegro non troppo. Búza, búza
piano:
István Lantos (pianist)
soprano vocals:
Erika Sziklay (soprano)
recording of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98: Volume 4: Új dalok, No. 20. Allegro non troppo. Búza, búza
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Twenty Hungarian folksongs for voice & piano in four volumes, Sz. 92, BB 98
2:18

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Progressive pieces for piano “Mikrokosmos” / Seven pieces from “Mikrokosmos” for 2 pianos / Suite for 2 pianos (Zempléni / Pásztory-Bartók / Tusa / Comensoli) #BRTK140 Vol. 25 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Progressive pieces for piano “Mikrokosmos” / Seven pieces from “Mikrokosmos” for 2 pianos / Suite for 2 pianos (Zempléni / Pásztory-Bartók / Tusa / Comensoli) #BRTK140 Vol. 25 de 29

Aqui, toda a coleção.

Um lindo CD. Tudo começa pelo final… Tudo começa pelo final de Mikrokosmos, que está no início do CD. Aquilo ali pode ser, sim, tocado em recitais de pianistas, pois são peças ao mesmo tempo difíceis, estimulantes e belas. E a Suíte para 2 Pianos, originalmente escrita para orquestra, é uma das obras que inauguraram o estilo mais maduro de Bartók — ela ainda tem raízes no romantismo tardio, mas o uso de elementos da música folclórica já está presente de forma impressionante e funcionante. O desempenho dos pianistas é novamente espetacular, com destaque para a presença de Ditta Pásztory-Bartók — sim, a viúva do compositor — na Suíte. De modo geral, a interpretação é afiada, cortante, fresca e de grande propulsão rítmica. A qualidade do som é boa.

Béla Bartók (1881-1945): Progressive pieces for piano “Mikrokosmos” / Seven pieces from “Mikrokosmos” for 2 pianos / Suite for 2 pianos (Zempléni / Pásztory-Bartók / Tusa / Comensoli) #BRTK140 Vol. 25 de 29

1 Progressive pieces for piano, Sz. 107/6, BB 105/140–153 “Mikrokosmos”: Volume 6: CXL. Szabad változatok / CXLI. Tükrözõdés
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI, No. 140: Free Variations (Allegro molto)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI
3:09

2 Progressive pieces for piano, Sz. 107/6, BB 105/140–153 “Mikrokosmos”: Volume 6: CXLII. Mese a kis légyrõl
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI, No. 142: From the Diary of a Fly
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI
1:35

3 Progressive pieces for piano, Sz. 107/6, BB 105/140–153 “Mikrokosmos”: Volume 6: CXLIII. Tört hangzatok váltakozva / CXLIV. Kis másod- és nagy hetedhangközök
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI, No. 143: Divided Arpeggios
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI
6:32

4 Progressive pieces for piano, Sz. 107/6, BB 105/140–153 “Mikrokosmos”: Volume 6: CXLV. Kromatikus invenció
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI, No. 145: Chromatic Invention
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI
2:27

5 Progressive pieces for piano, Sz. 107/6, BB 105/140–153 “Mikrokosmos”: Volume 6: CXLVI. Ostinato / CXLVII. Induló
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI, No. 146: Ostinato (Vivacissimo)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI
4:14

6 Progressive pieces for piano, Sz. 107/6, BB 105/140–153 “Mikrokosmos”: Volume 6: CXLVIII. Hat tánc bolgár ritmusban I / XLIX. Hat tánc bolgár ritmusban II / L. Hat tánc bolgár ritmusban III / LI. Hat tánc bolgár ritmusban IV / LII. Hat tánc bolgár ritmusban V / LIII. Hat tánc bolgár ritmusban VI
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI, No. 148: Six Dances in Bulgarian Rhythm, No. 1
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI
9:18

7 Seven pieces from Mikrokosmos for 2 pianos, Sz. 108, BB 120: No. 69. Allegro molto. Bolgár ritmus
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
recording of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120: No. 1. Bulgarian Rhythm
composer and arranger:
Béla Bartók (composer)
version of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 113: Bulgarian Rhythm (Allegro molto)part of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120
1:11

8 Seven pieces from Mikrokosmos for 2 pianos, Sz. 108, BB 120: No. 113. Moderato. Akkordtanulmány
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
recording of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120: No. 2. Chord and Trill Study
composer and arranger:
Béla Bartók (composer)
version of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III, No. 69: Study in Chordspart of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120
1:07

9 Seven pieces from Mikrokosmos for 2 pianos, Sz. 108, BB 120: No. 123. Allegro molto. Perpetuum Mobile
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
recording of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120: No. 3. Perpetuum mobile
composer and arranger:
Béla Bartók (composer)
version of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 135: Perpetuum mobile (Allegro molto)part of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120
0:47

10 Seven pieces from Mikrokosmos for 2 pianos, Sz. 108, BB 120: No. 127. Allegro. Kánon és megfordítása
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
recording of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120: No. 4. Short Canon and Its Inversion
composer and arranger:
Béla Bartók (composer)
version of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 123: Staccato and Legatopart of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120
0:50

11 Seven pieces from Mikrokosmos for 2 pianos, Sz. 108, BB 120: No. 135. Ben ritmato. Új magyar népdal
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
recording of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120: No. 5. New Hungarian Folksong
composer and arranger:
Béla Bartók (composer)
version of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 127: New Hungarian Folk Songpart of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120
1:00

12 Seven pieces from Mikrokosmos for 2 pianos, Sz. 108, BB 120: No. 145. Allegro. Kromatikus invenció
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
recording of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120: No. 6. Chromatic Invention
composer and arranger:
Béla Bartók (composer)
version of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI, No. 145: Chromatic Inventionpart of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120
1:14

13 Seven pieces from Mikrokosmos for 2 pianos, Sz. 108, BB 120: No. 146. Vivacissimo. Ostinato
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
recording of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120: No. 7. Ostinato
composer and arranger:
Béla Bartók (composer)
version of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume VI, No. 146: Ostinato (Vivacissimo)part of:
Pieces from Mikrokosmos, Sz. 108, BB. 120
2:41

14 Suite for 2 pianos freely arranged after Suite No. 2 for orchestra, Sz. 115/a, BB 122 (Op. 4/a): I. Comodo. Serenata
piano:
Mária Comensoli and Ditta Pásztory-Bartók
phonographic copyright by:
Hungaroton (in 1988)
recording of:
Suite for Two Pianos, op. 4b, Sz. 115a, BB 122: I. Serenata
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1941)
part of:
Suite for Two Pianos, op. 4b, Sz. 115a, BB 122
6:31

15 Suite for 2 pianos freely arranged after Suite No. 2 for orchestra, Sz. 115/a, BB 122 (Op. 4/a): II. Allegro diabolico
piano:
Mária Comensoli and Ditta Pásztory-Bartók
phonographic copyright by:
Hungaroton (in 1988)
recording of:
Suite for Two Pianos, op. 4b, Sz. 115a, BB 122: II. Allegro diabolico
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1941)
part of:
Suite for Two Pianos, op. 4b, Sz. 115a, BB 122
9:02

16 Suite for 2 pianos freely arranged after Suite No. 2 for orchestra, Sz. 115/a, BB 122 (Op. 4/a): III. Andante. Scena della Puszta
piano:
Mária Comensoli and Ditta Pásztory-Bartók
phonographic copyright by:
Hungaroton (in 1988)
recording of:
Suite for Two Pianos, op. 4b, Sz. 115a, BB 122: III. Scena della Puszta
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1941)
part of:
Suite for Two Pianos, op. 4b, Sz. 115a, BB 122
7:29

17 Suite for 2 pianos freely arranged after Suite No. 2 for orchestra, Sz. 115/a, BB 122 (Op. 4/a): IV. Comodo. Per finire
piano:
Mária Comensoli and Ditta Pásztory-Bartók
phonographic copyright by:
Hungaroton (in 1988)
recording of:
Suite for Two Pianos, op. 4b, Sz. 115a, BB 122: IV. Per finire
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1941)
part of:
Suite for Two Pianos, op. 4b, Sz. 115a, BB 122
6:31

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Teve um cara do PQP que me prometeu uma camiseta com a assinatura de Bartók. Ah, os Correios…

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Progressive pieces for piano “Mikrokosmos” (Szücs / Zempléni) #BRTK140 Vol. 24 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Progressive pieces for piano “Mikrokosmos” (Szücs / Zempléni) #BRTK140 Vol. 24 de 29

Aqui, toda a coleção.

Mikrokosmos é a obra didática mais importante de compositor Béla Bartók, escrita entre 1926 e 1937 e publicada em 1940. A obra é uma coleção em seis volumes de 153 peças curtas e 33 exercícios para piano, piano e voz e dois pianos. Ao longo da coleção, Bartók introduz ao estudante distintas problemáticas rítmicas, melódicas, harmônicas e pianísticas. Apesar de terem sido criadas inicialmente com propósitos didáticos é comum o uso de peças do Mikrokosmos como peças de concerto, principalmente dos últimos volumes. Péter Bartók, filho de Béla, começou a estudar piano em 1936 com o pai e afirmou ter servido como uma espécie de “cobaia” para as peças, que o compositor escrevia mais rápido do que ele conseguia estudar. Bartók nunca havia ensinado piano a alunos iniciantes, e foi auxiliado pela professora de piano Margit Varró a organizar a obra de uma forma que fosse mais acessível a principiantes. O Mikrokosmos é particularmente notável como método de ensino de piano pelo abrangente uso de material musical não tradicional. Neste sentido contrasta com outros métodos e estudos de uso comum, como os de Czerny e Cramer. Desde as primeiras peças o estudante é introduzido tanto a escalas diatônicas tonais quanto modais, bem como a escalas pentatônicas, exóticas, politonalidade, formas canônicas e outros aspectos musicais típicos da música moderna. Por estas características a obra é especialmente útil como uma introdução à música da primeira metade do século XX.

Béla Bartók (1881-1945): Progressive pieces for piano “Mikrokosmos” (Szücs) #BRTK140 Vol. 24 de 29

1 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: LXXXI. Bolyongás / LXXXII. Scherzo / LXXXIII. Dallam meg-megszakítva / LXXXIV. Mulatság / LXXXV. Tört akkordok / LXXXVI. Két dúr pentachord
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III, No. 81: Wandering
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III
6:06

2 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: LXXXVII. Változatok / LXXXVIII. Sípszó / LXXXIX. Négyszólamúság / XC. Oroszos
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III, No. 87: Variations (Allegro moderato)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III
4:09

3 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: XCI. Kromatikus invenció I / XCII. Kromatikus invenció II
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III, No. 91: Chromatic Invention (1)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III
1:55

4 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: XCIII. Négyszólamúság / XCIV. Hol volt, hol nem volt… / XCVa. Rókadal / XCVI. Zökkenõk
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III, No. 93: In Four Parts (2)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III
3:15

5 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: XCVII. Notturno / XCVIII. Alávetés / XCIX. Kézkeresztezés / C. Népdalféle / CI. Szûkített ötödnyi távolság
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 97: Notturno
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
5:32

6 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: CII. Felhangok / CIII. Moll és dúr / CIVa – CIVb. Vándorlás egyik hangnembõl a másikba / CV. Játék (ötfokú hangsorral) / CVI. Gyermekdal / CVII. Dallam ködgomolyban / CVIII. Birkózás
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 102: Harmonics
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
8:24

7 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: CIX. Bali szigetén / CX. És összecsendülnek-pendülnek a hangok / CXI. Intermezzo / CXII. Változatok egy népdal fölött
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 109: From the Island of Bali
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
6:15

8 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: CXIII. Bolgár ritmus I / CXIV. Téma és fordítása / CXV. Bolgár ritmus II / CXVI. Nóta / CXVII. Bourrée
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 113: Bulgarian Rhythm (Allegro molto)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
5:33

9 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: CXVIII. Triolák 9 / CXIX. 3/4-es tánc / CXX. Kvintakkordok / CXXI. Kétszólamú tanulmány
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 118: Triplets in 9/8 Time
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
4:22

10 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXII. Akkordok egyszerre és egymás ellen / CXXIIIa – CXXIIIb. Staccato and legato / CXXIV. Staccato
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 122: Chords Together and Opposed (Moltovivace)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V
3:08

11 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXV. Csónakázás / CXXVI. Változó ütem / CXXVIII. Dobbantós tánc
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 125: Boating
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V
3:44

12 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXIX. Váltakozó tercek / CXXX. Falusi tréfa / CXXXI. Kvartok
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 129: Alternating Thirds (Allegro molto)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V
6:00

13 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXXII. Nagy másodhangközök egyszerre és törve / CXXXIII. Szinkópák / CXXXIV. Gyakorlatok kettõsfogásban / CXXXV. Perpetuum mobile
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 132: Major Seconds Broken and Together
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V
2:12

14 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXXVI. Hangsorok egészhangokból / CXXXVII. Unisono / CXXXVIII. Dudamuzsika / CXLIX. Paprikajancsi
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 136: Whole-Tone Scales
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Bartók fora do microcosmo

PQP