Hermeto: homem de uma só palavra

Em março de 2008, fiz um post começando com a seguinte citação:

Quem quiser piratear os meus discos, pode ficar à vontade. Desde que seja para ouvir uma boa música. (…) Mesmo o meu trabalho em gravadoras, o povo tem mais é que piratear tudo. Isso não é revolução. O que queremos é mostrar essa música universal. Porque isso não toca em rádio nem aparece na capa do jornal. Sabe o que Deus falou? Muita gente pensa que é só para transar. Mas, não. “Crescei e multiplicai-vos”. Isso é em todos os sentidos. Vamos crescer na maneira de ser e multiplicar o que tem de bom. Sem barreiras. A música é universal. Eu toco no mundo inteiro e é sempre lotado. Eu só cheguei a isso porque os meus discos são pirateados, estão à vontade na Internet.

Hoje sai a notícia no caderno Link, do Estadão:


“Minhas músicas são pétalas soltas, estão voando por aí.”
E, assim, Hermeto deixou suas pétalas ao vento. Desde novembro, abriu mão das licenças pela internet e liberou para uso de qualquer músico todas as composições registradas em seu nome. Nesta semana, promete disponibilizar parte da imensa e riquíssima discografia (são 34 álbuns) para download gratuito, num processo que chegará em alguns meses à totalidade da produção formal.

 

Hermeto, esse artista único: ele entende a música. E nós ganhamos com sua generosidade. Em compor e ensinar.

O restante dos artistas brasileiros pode continuar envergonhado.

obrigado a Cecília pela dica!

George Frederic Handel (1685-1759): Chandos Anthems – CD 1

Se fosse para fazer um comentário apenas sobre estes cds, eu poderia classificá-los simplesmente como magníficos. Apenas isso. Nossa saudosa Clara Schuman adora este conjunto, o “The Sixteen Choir & Orchestra, dirigido pelo Harry Christophers.

E não poderia ser de outra forma. Como diz o mano PQP, é para se ouvir de joelhos, e agradecer o tempo todo por termos a possibilidade de ouvir música tão bela e tão bem interpretada.

Vou postar o primeiro cd, para estas obras serem apreciadas devidamente. Eis uma pequena informação tirada da Wikipedia:

“The young composer Georg Frideric Handel was employed by Chandos for over two years, 1717–18, and lived at Cannons, where he composed his oratorio Esther and his pastoral Acis and Galatea. Handel composed the Chandos Anthems for his patron while he was still Lord Chandos; they were first performed at the parish church of St Lawrence, Whitchurch, with the composer playing the organ of 1716 which has survived there to the present day.”

Maiores informações biográficas de Handel podem ser encontradas aqui.

George Frederic Handel – Chandos Anthems – CD 1

01 – Anthem 1 – “O be joyful in the Lord”, HWV246 -Sonata
02 – O Be Joyful In The Lord
03 – Serve The Lord With Gladness
04 – Be Ye Sure That The Lord He Is God
05 – O God Your Way Into His Gates
06 – For The Lord Is Gracious
07 – Glory Be To The Father
08 – As It Was In The Beginning
09 – Anthem 2 – “In the Lord will I put my trust”, HWV247 -Sonata
10 – In The Lord Put I My Trust!
11 – God Is A Constant Sure Defence
12 – Behold! The Wicked Bend Their Bow
13 – But God, Who Hears The Suff’ring Pow’r
14 – Snares, Fire And Brimstone
15 – The Righteous Lord
16 – Then Shall My Song
17 – Anthem 3 – “Have mercy upon me”, HWV248- Sonata
18 – Have Mercy Upon Me, O God
19 – Wash Me Thoroughly From My Wickedness
20 – For I Acknowledge My Faults
21 – Against Thee Only Have I Sinned
22 – Thou Shalt Make Me Hear Of Joy And Gladness
23 – Make Me A Clean Heart, O God
24 – Then Shall I Teach Thy Ways Unto The Wicked

Lynne Dawson (Soprano)
Patrizia Kwella (Soprano)
James Bowman (Alto)
Ian Partridge (Tenor)
Michael George (Bass)

The Sixteen Choir & Orchestra
dir. Harry Christophers

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

.: interlúdio: Sun Ra live at the Gibus :.

Esta é uma postagem para ouvidos ousados. Sun Ra, o controverso anjo de Saturno, é conhecido por extrapolar os limites do free jazz e associá-lo a mitologias e cosmogonias. Em um registro ao vivo como esse de 1973, pode-se imaginar a que altura voa.

The best way to describe this music is to say it is out there on the fringes of all that has ever made any sense in recorded music, particularly jazz. There really is no other way to attempt to come up with something that makes sense. Sun Ra was a pioneer in every sense of the word. He was one of the very first to take free form jazz and make it more spacey and adventurous by experimenting with electronics and such.

Live In Paris At The “Gibus” stands as a live recorded document to the Sun Ra musical genius and his avant-garde approach to jazz. He effectively used the ability and styles of the genre and all its flexibility. (daqui)

Sun Ra – Live In Paris At The “Gibus” (320)
Confira a extensa ficha técnica aqui

download – 98MB
01 Spontaneous Simplicity 4′
02 Lights on a Satellite 5’25
03 Ombre Monde 2 12’15
04 King Porter Stomp 2’50
05 Salutations From The Universe 14’53
06 Calling Planet Earth 1’22

Boa audição!
Blue Dog

Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) – 30 Concertos

Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) – 30 Concertos

(Postagem publicada em 26 de dezembro de 2008)

Este é um TRABALHO SOCIAL oferecido por PQP Bach. Enquanto todos aqueles HORRÍVEIS BURGUESES locupletam-se com lastimáveis sequências de camarão, enquanto eles queimam seus LOMBOS OCIOSOS em nossas praias, PQP Bach oferece a oportunidade para nossos trabalhadores se VINGAREM de forma eficiente. Nada como poder ouvir, nesta sexta-feira pós-natalina, cinco CDs da grande música do Prete Rosso de forma a minorar nosso RESSENTIMENTO contra aquelas pessoas que SE DOURAM em nosso litoral enquanto trabalhamos como mouros. Não que eu pretenda trabalhar muito. São 9h e estou aqui no escritório de calção e camiseta, pronto para ir à academia malhar um pouco meu CORPINHO ADIPOSO. À tarde, serei obrigado a adquirir uma TONELADA DE ESPUMANTES para o jantar que promoveremos para quem ficou em Porto Alegre. Ah, vida miserável!

Trevor Pinnock e o The English Concert aparecem muito bem nesta caixa de 2001 da DG. Se não fazem aquele VIVALDI ABSOLUTAMENTE SOLAR, colocam BELAS E NADA AMEAÇADORAS NUVENS num lindo parque onde ingleses comem seus sanduíches ao meio-dia.

COMPANHEIRO TRABALHADOR, TOVARICH DE MINH`ALMA, apele para a abstração: imagine que estes 30 concertos sejam, cada um, UM ENORME E PERFEITO CAMARÃO, e VÁ À FORRA contra daquele povo (IN)feliz da praia.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vivaldi – Concertos – The English Concert Trevor Pinnock CD1

01. Concerto in G alla rustica -I- Presto
02. Concerto in G alla rustica -II- Adagio
03. Concerto in G alla rustica -III- Allegro
04. Concerto for Oboe and Violin in Bb -I- Allegro
05. Concerto for Oboe and Violin in Bb -II- Largo
06. Concerto for Oboe and Violin in Bb -III- Allegro
07. Concerto in C con molti stromenti -I- Allegro molto
08. Concerto in C con molti stromenti -II- Andante molto
09. Concerto in C con molti stromenti -III- Allegro
10. Concerto for 2 Violins in G -I- Allegro molto
11. Concerto for 2 Violins in G -II- Andante (molto)
12. Concerto for 2 Violins in G -III- Allegro
13. Concerto for Oboe in A Minor -I- Allegro non molto
14. Concerto for Oboe in A Minor -II- Larghetto
15. Concerto for Oboe in A Minor -III- Allegro
16. Concerto for 2 Mandolins in G -I- Allegro
17. Concerto for 2 Mandolins in G -II- Andante
18. Concerto for 2 Mandolins in G -III- Allegro

# Concerto alla rustica, for strings & continuo in G major, RV 151
with English Concert, Trevor Pinnock

# Double Concerto, for violin & oboe, strings & continuo in B flat major, RV 548
with English Concert, David Reichenberg, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Concerto in tromba marina, for 2 violins, 2 recorders, 2 mandolins, 2 chalumeaux, 2 theorbos, cello, strings & continuo in C, RV 558
with Nigel North, Colin Lawson, Carlos Riera, Trevor Pinnock, Rachel Beckett, James Tyler, Robin Jeffrey, Micaela Comberti, Philip Pickett, Anthony Pleeth, Simon Standage, Jakob Lindberg

# Double Violin Concerto, for 2 violins, strings & continuo in G major, RV 516
with English Concert, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Trevor Pinnock

# Oboe Concerto, for oboe, strings & continuo in A minor, RV 461
with English Concert, David Reichenberg, Trevor Pinnock

# Double Mandolin Concerto, for 2 mandolins, strings & continuo in G major, RV 532
with James Tyler, Robin Jeffrey, English Concert
Conducted by Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vivaldi – Concertos – The English Concert Trevor Pinnock CD2

01. Concerto for Strings in A major – I. Allegro
02. Concerto for Strings in A major – II. Adagio
03. Concerto for Strings in A major – III. Allegro
04. Concerto for Violon in E major “L’amoroso” – I. Allegro
05. Concerto for Violon in E major “L’amoroso” – II. Cantabile
06. Concerto for Violon in E major “L’amoroso” – III. (Allegro)
07. Concerto for Bassoon in E minor – I. Allegro poco
08. Concerto for Bassoon in E minor – II. Andante

09. Concerto for Bassoon in E minor – III. Allegro
10. Concerto for Flute in G major – I. Allegro
11. Concerto for Flute in G major – II. Largo
12. Concerto for Flute in G major – III. (Allegro)
13. Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor – I. Allegro
14. Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor – II. Largo
15. Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor – III. Allegro
16. Concerto for Oboe and Bassoon in G major – I. Andante molto
17. Concerto for Oboe and Bassoon in G major – II. Largo
18. Concerto for Oboe and Bassoon in G major – III. Allegro molto

# Concerto for strings & continuo in A major, RV 159
with English Concert, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in E major (“L’amoroso”), RV 271
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Bassoon Concerto, for bassoon, strings & continuo in E minor, RV 484
with English Concert, Milan Turkovic, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in G major, RV 436
with English Concert, Trevor Pinnock

# Double Concerto, for viola d’amore & lute, strings & continuo in D minor, RV 540
with Nigel North, English Concert, Roy Goodman
Conducted by Trevor Pinnock

# Double Concerto, for oboe & bassoon, strings & continuo in G major, RV 545
with English Concert, David Reichenberg, Milan Turkovic, Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vivaldi – Concertos – The English Concert Trevor Pinnock CD3

01. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°1 in D major – I. Allegro
02. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°1 in D major – II. Largo e spiccato
03. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°1 in D major – III. Allegro
04. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°2 in G minor – I. Adiago e spiccato
05. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°2 in G minor – II. Allegro
06. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°2 in G minor – III. Larghetto
07. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°2 in G minor – IV. Allegro
08. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°3 in G major – I. Allegro
09. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°3 in G major – II. Largo
10. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°3 in G major – III. Allegro
11. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°4 in E minor – I. Andante
12. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°4 in E minor – II. Allegro assai
13. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°4 in E minor – III. Adiago IV. Allegro
14. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°5 in A major – I. Allegro
15. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°5 in A major – II. Largo
16. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°5 in A major – III. Allegro
17. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°6 in A minor – I. Allegro
18. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°6 in A minor – II. Largo
19. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°6 in A minor – III. Presto

# Concerto for 4 violins, strings & continuo in D major (“L’estro armonico” No. 1), Op. 3/1, RV 549
with English Concert, Micaela Comberti, Miles Golding, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Concerto for 2 violins, cello, strings & continuo in G minor (“L’estro armonico” No. 2), Op. 3/2, RV 578
with English Concert, Micaela Comberti, Simon Standage, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in G major (“L’estro armonico” No. 3), Op. 3/3, RV 310
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Concerto for 4 violins, strings & continuo in E minor (“L’estro armonico” No. 4), Op. 3/4, RV 550
with English Concert, Micaela Comberti, Miles Golding, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Trevor Pinnock

# Double Violin Concerto, for 2 violins, strings & continuo in A major (“L’estro armonico” No. 5), Op. 3/5, RV 519
with English Concert, Miles Golding, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in A minor (“L’estro armonico” No. 6), Op. 3/6, RV 356
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vivaldi – Concertos – The English Concert Trevor Pinnock CD4

01. Concerto No.7 in F -I- Andante
02. Concerto No.7 in F -II- Adagio
03. Concerto No.7 in F -III- Allegro
04. Concerto No.7 in F -IV- Adagio – Allegro
05. Concerto No.8 in A minor -I- Allegro
06. Concerto No.8 in A minor -II- Larghetto
07. Concerto No.8 in A minor -III- Allegro
08. Concerto No.9 in D -I- Allegro
09. Concerto No.9 in D -II- Larghetto
10. Concerto No.9 in D -III- Allegro
11. Concerto No.10 in B minor -I- Allegro
12. Concerto No.10 in B minor -II- Largo e spiccato
13. Concerto No.10 in B minor -III- Larghetto – Adagio – Largo – Allegro
15. Concerto No.11 in D minor -II- Largo e spicatto
16. Concerto No.11 in D minor -III- Allegro
17. Concerto No.12 in E -I- Allegro
18. Concerto No.12 in E -II- Largo
19. Concerto No.12 in E -III- Allegro

# Concerto for 4 violins, cello, strings & continuo in F major (“L’estro armonico” No. 7) Op. 3/7, RV 567
with English Concert, Micaela Comberti, Miles Golding, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Double Violin Concerto, for 2 violins, strings & continuo in A minor (“L’estro armonico” No. 8), Op. 3/8, RV 522
with English Concert, Micaela Comberti, Elizabeth Wilcock, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in D major (“L’estro armonico” No. 9), Op. 3/9, RV 230
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Concerto for 4 violins, cello, strings & continuo in B minor (“L’estro armonico” No. 10) Op. 3/10, RV 580
with English Concert, Micaela Comberti, Miles Golding, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Concerto for 2 violins, cello, strings & continuo in D minor (“L’estro armonico” No. 11), Op. 3/11, RV 565
with English Concert, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in E major (“L’estro armonico” No. 12), Op. 3/12, RV 265
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vivaldi – Flute Concertos, Op. 10 – Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra CD5

01. N° 1 in F major “La tempesta di mare” – I. Allegro
02. N° 1 in F major “La tempesta di mare” – II. Largo
03. N° 1 in F major “La tempesta di mare” – III. Presto
04. N° 2 in G minor “La notte” – I. Largo
05. N° 2 in G minor “La notte” – II. Presto (Fantasmi)
06. N° 2 in G minor “La notte” – III. Largo
07. N° 2 in G minor “La notte” – IV Presto
08. N° 2 in G minor “La notte” – V Largo (Il Sonno)
09. N° 2 in G minor “La notte” – VI. Allegro
10. N° 3 in D major “Il gardellino” – I. Allegro
11. N° 3 in D major “Il gardellino” – II. [without tempo]
12. N° 3 in D major “Il gardellino” – III. Allegro
13. N° 4 in G major – I. Allegro
14. N° 4 in G major – II. Largo
15. N° 4 in G major – III. Allegro
16. N° 5 in F major – I. Allegro ma non tanto
17. N° 5 in F major – II. Largo cantabile
18. N° 5 in F major – III. Allegro
19. N° 6 in G major – I. Allegro
20. N° 6 in G major – II. Largo
21. N° 6 in G major – III. Allegro

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in F major (“La tempesta di mare”), Op. 10/1, RV 433
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in G minor (“La Notte”), Op. 10/2, RV 439
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in D major (“Il gardellino”), Op. 10/3, RV 428
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in G major, Op. 10/4, RV 435
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in F major, Op. 10/5, RV 434
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in G major, Op. 10/6, RV 437
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Johannes Brahms (1833-1897): Quartetos de Cordas (completo) e Quinteto para Piano

Dizer o quê? Este é um daqueles CDs perfeitos e meu único esforço seria o de desfilar os mais severos elogios. O Emerson comemora seus 30 anos de existência com Brahms e convida o grande Leon Fleisher para fazer o Quinteto Op. 34. Uma notável interpretação que me mostrou qualidades que nunca antes tinha suspeitado nos Quartetos de Cordas de um de meus três B`s (que são quatro). É notável como Brahms é beethoveniano no primeiro quarteto e como vai desprendendo-se rapidamente do mestre para adquirir sua voz. Para ouvir de joelhos.

ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL!!!

Brahms: Quartetos de Cordas (completo) e Quinteto para Piano

1. String Quartet No.1 in C minor, Op.51 No.1 – 1. Allegro 10:27
2. String Quartet No.1 in C minor, Op.51 No.1 – 2. Romanze (Poco adagio) 6:29
3. String Quartet No.1 in C minor, Op.51 No.1 – 3. Allegretto molto moderato e comodo – Un poco più animato 8:20
4. String Quartet No.1 in C minor, Op.51 No.1 – 4. Allegro 5:35

5. String Quartet No.2 in A minor, Op.51 No.2 – 1. Allegro non troppo 12:19
6. String Quartet No.2 in A minor, Op.51 No.2 – 2. Andante moderato 8:54
7. String Quartet No.2 in A minor, Op.51 No.2 – 3. Quasi minuetto, moderato – Allegretto vivace 4:48
8. String Quartet No.2 in A minor, Op.51 No.2 – 4. Finale (Allegro non assai – Più vivace) 6:39

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Disc 2

1. String Quartet No.3 in B flat, Op.67 – 1. Vivace 9:29
2. String Quartet No.3 in B flat, Op.67 – 2. Andante 6:54
3. String Quartet No.3 in B flat, Op.67 – 3. Agitato (Allegretto non troppo) 7:42
4. String Quartet No.3 in B flat, Op.67 – 4. Poco allegretto con variazioni – Doppio movimento 9:29

5. Piano Quintet in F minor, Op.34 – 1. Allegro non troppo 16:31
6. Piano Quintet in F minor, Op.34 – 2. Andante, un poco adagio 8:59
7. Piano Quintet in F minor, Op.34 – 3. Scherzo (Allegro) 8:01
8. Piano Quintet in F minor, Op.34 – 4. Finale (poco sostenuto – Allegro non troppo) 11:05

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Emerson String Quartet
Leon Fleisher, piano

PQP

Georg Friedrich Haendel (1685 – 1759) – O Messias

Exato, a gravação de Richter. Meu colega Ciço Villa-Lobos me presenteou com a gravação através da qual tomei meu primeiro contato com O Messias, lá nos idos anos 70. Karl Richter era a maior das maravilhas. Esta gravação e a da Missa em Si Menor de Bach que ele fez com a Orquestra Bach de Munique eram referências absolutas e imbatíveis. Porém, nada envelheceu tanto quando os registros de música barroca daqueles anos e dos anteriores. Ainda amo esta gravação, mas sua sonoridade é encorpada demais, moderna demais, potente demais. Com o passar dos anos, os registros históricos feitos por “instrumentos originais” ou cópias, as orquestras menores e suas sonoridades rarefeitas tomaram conta de meu cérebro. Mas ainda fico encantado ao ouvir os sons que me colocaram como amante incondicional da música barroca.

Importante: Ciço lembra nos comentários que os arquivos trazem também a partitura do Messias!

Grande Karl Richter!

Handel – O Messias

Disc: 1
1. Symphony (Grave-Allegro Moderato)
2. Accompagnato (Tenor): Comfort Ye My People
3. Aria (Tenor): Ev’ry Valley Shall Be Exalted
4. Chorus: And The Glory Of The Lord Shall Be Revealed
5. Accompagnato (Bass): Thus Saith The Lord Of Hosts
6. Aria (Bass): But Who May Abide The Day Of His Coming
7. Chorus: And He Shall Purify
8. Recitative (Contralto): Behold, A Virgin Shall Conceive/Aria (Contralto): O Thou That Tellest Good
9. Chorus: O AThou That Tellest Good Tidings
10. Accompagnato (Bass): For Behold, Darkness Shall Cover
11. Aria (Bass): The People That Walked In Darkness
12. Chorus: For Unto Us A Child Is Born
13. Pifa (Pastoral Symphony)
14. Recitative (Soprano): There Were Shepherds Abiding In The Fields
15. Chorus: Glory To God In The Highest
16. Aria (Soprano): Rejoice Greatly, O Daughter Of Zion
17. Recitative (Contralto): Then Shall The Eyes Of The Blind /Duet: (Contralto, Soprano): He Shall Feed
18. Chorus: His Yoke Is Easy, His Burthen Is Light
19. Chorus: Behold The Lamb Of God
20. Aria (Contralto): He Was Despised
21. Chorus: Surely, He Hath Borne Our Griefs

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Disc: 2
1. Chorus: And With His Stripes We Are Healed
2. Chorus: All We Like Sheep Have Gone Astray
3. Accompagnato (Tenor): All They That See Him
4. Chorus: He Trusted In God
5. Accompagnato (Tenor): Thy Rebuke Hath Broken His Heart
6. Arioso (Tenor): Behold, And See If There Be Any Sorrow
7. Accompagnato (Tenor): He Was Cut Off Out Of The Land/ Aria (Tenor): But Thou Didst Not leave His So
8. Chorus: Lift Up Your Heads, O Ye Gates
9. Recitative (Tenor): Unto Which Of The Angels/Chorus: Let All The Angels Of God Worship Him
10. Aria (Contralto): Thou Are Gone Up On High
11. Chorus: The Lord Gave The Word
12. Aria (Soprano): How Beautiful Are The Feet
13. Arioso (Tenor): Their Sound Is Gone Out
14. Aria (Bass): Why Do The Nations So Furiously Rage
15. Chorus: Let Us Break Their Bonds Asunder
16. Recitative (Tenor): He That Dwelleth In Heaven/Aria (Tenor): Thou Shalt Break Them
17. Chorus: Hallelujah
18. Chorus: Since By Man Came Death
19. Accompagnato (Bass): Behold, I Tell You A Mystery/Aria (Bass): The Trumpet Shall Sound
20. Recitative (Contralto): Then Shall Be Brought To Pass/Duet (Contralto, Tenor): O Death, Where Is Th
21. Aria (Soprano): If God Be For Us
22. Chorus: Worthy Is The Lamb That Was Slain
23. Chorus: Amen

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Anna Reynolds
Donald McIntyre
Edgar Krapp
Helen Donath
Gordon Webb
Stuart Burrows

Hedwig Bilgram, órgão
London Philharmonic Orchestra
Karl Richter

PQP

Espaço aberto a colaborações

Caros visitantes e fãs deste blog.

Com a redução de minhas postagens por aqui, consultei o mano PQP acerca de uma ideia e ele me deu aval para executá-la por um período, a título de experiência.

Como muitos de vocês já tiveram vontade de escrever neste blog um post de um bom CD que o resto do mundo ainda não conhece, darei-lhes essa oportunidade no âmbito de minhas postagens – compositores das três Américas e, em especial, do Brasil.

No entanto, há alguns procedimentos a serem seguidos:

1. Enviar as sugestões de obras para o e-mail [email protected].
2. Caso as sugestões me agradem, responderei pedindo que postem o CD no RapidShare para eu baixá-lo e escutá-lo.
3. Caso as gravações me agradem, darei o aval para redigirem o texto.
4. Ressalto que permaneceremos a postar aquilo que desejarmos e a sermos insensíveis a qualquer esquecimento alheio de que nós não temos SAC.

Esse período de experiência irá durar dois meses, o equivalente a oito posts, um por semana.

Cícero Villa-Lobos

Frank Zappa (1940-1993) – obras orquestrais

Esse CD duplo com a Sinfônica de Londres regida por Kent Nagano é a mais sensacional incursão de Frank Zappa na música erudita. As obras de Zappa em questão talvez apresentem a orquestração mais complexa e colorida desde Ravel – e são nitidamente experimentais (estrutura zero, ou perto disso, e brainstorm dez). Apesar de intrincadas, os músicos desdenharam delas durante as gravações, como se o roqueiro não soubesse o que estava escrevendo. Mesmo assim, você releva numa boa os eventuais erros de execução (eu mesmo não os encontro – procurá-los mataria o prazer que sinto com essas peças).

Costumo dizer que Zappa conseguiu concretizar uma classical-rock fusion, que compositores como Jon Lord (com aquele concerto para grupo de rock e orquestra), por exemplo, não lograram bem, mas Zappa também extrapolou o limite do pastiche e da obra séria – ouçam Strictly Genteel, que mais parece uma big band do especial de fim de ano de Roberto Carlos, porém de uma emoção ao mesmo tempo sincera e desatada.

***

Disc: 1

1. Bob in Dacron, First Movement
2. Bob in Dacron, Second Movement
3. Sad Jane, First Movement
4. Sad Jane, Second Movement
5. Mo ‘n Herb’s Vacation, First Movement
6. Mo ‘n Herb’s Vacation, Second Movement
7. Mo ‘n Herb’s Vacation, Third Movement

BAIXE AQUI

Disc: 2
1. Envelopes
2. Pedro’s Dowry
3. Bogus Pomp
4. Strictly Genteel

Orquestra Sinfônica de Londres, regida por Kent Nagano

BAIXE AQUI

CVL

PS.: A partir da próxima semana não tem mais jeito: salvo alguma exceção, só vou poder aparecer às sextas.

Obras sinfônicas mexicanas

Pronto. Pra encerrar meu giro pelo México e pelos Estados Unidos, hoje vai um CD de obras sinfônicas chicanas e, amanhã, outro de Frank Zappa.

O presente álbum, também baixado do blog Música Mexicana de Concerto, foi gravado ao vivo no concerto de centenário da Sinfônica de Minería e não possuo mais dados sobre ele. Sei que é sensacional e muito representativo: tem até marcha à la Strauss, valsa e uma chacona de Buxtehude (orquestrada por Chávez), fora os já postados Huapango, de Moncayo (a Sinfonietta dele, que abre este CD, vale ser ouvida), e Danzón n° 2 de Márquez.

***

Concierto Conmemorativo SMMS (2007)

01 Sinfonietta – J.P. Moncayo
02 Chacona en mi menor – D. Buxtehude arr. Carlos Chávez
03 Danzón No. 2 – A. Márquez
04 A la orilla de un palmar – M. M. Ponce
05 Vals sobre las olas – J. Rosas
06 Marcha Zacatecas – G. Codina
07 Huapango – J.P. Moncayo
08 Dios nunca muere – M. Alcalá
09 Sones de Mariachi – B. Galindo
10 Las mañanitas – D.P.

BAIXE AQUI

CVL

.: interlúdio: Sonny Criss plays Cole Porter :.

Sonny Criss Plays Cole Porter (320)
Sonny Criss: alto sax
Larry Bunker: vibraphone
Sonny Clark: piano
Buddy Clark: bass
Lawrence Marable: drums

download – 80MB
01 I Love You
02 Anything Goes
03 Easy to Love
04 It’s All Right With Me
05 In the Still of the Night
06 Love for Sale
07 Night and Day
08 Just One of Those Things
09 What Is This Thing Called Love?
10 I Get a Kick Out of You

Boa audição!
Blue Dog

Caiu na Rede é Peixe

Por que publico isso? Porque alguns de nossos links — poucos, ainda — estão sumindo e eu estou meio deprimido. É uma guerra que eles já perderam. Até os artistas aprovam a difusão de seus trabalhos. Eles querem ser ouvidos da mesma forma que um escritor quer ser lido. Sabem que ganham com a exposição. Um amigo meu, sabendo de meu desânimo, mandou-me este e-mail ontem:

O intrigante é que as gravadoras nunca se importaram tanto com a defesa dos direitos autorais quando a vantagem era pro lado delas. CDs de compilação, em que músicas de artistas eram vendidas e o próprio não via um centavo de royalties é prática comum até hoje.

… E tem coisa muito pior, como relançamentos dos quais o artista nunca é informado, artista sendo engabelado a vender direitos autorais de suas próprias canções, ou acordos por fora entre gravadoras e canais de distribuição, incluindo aí vendas mascaradas, em que a gravadora tira uma graninha que nem os músicos, nem o Ministério da Fazenda, chegam a ver…

Então, direitos dos artistas é o cacete. Aconteceu a mesma coisa quando o K7 foi lançado, ou quando as rádios começaram a executar música. O que as gravadoras querem é manter o arbítrio unilateral e total sobre o comércio de música… A diferença é que dessa vez eles não estão sabendo cooptar o inimigo, como foi feito com as rádios.

Não é contra a pirataria. É sobre pilhar sozinho nos mares.

Felipe de Amorim

Outro e-mail:

No que concerne à pirataria devemos pensar que ela deve operar, claro que por dinâmicas sociais, junto com outros modos de combate às privatizações da criatividade. No fim, e todos sabemos disso, não há nada mais delicioso do que ser privatizado, se tal processo significa segurança financeira e voz, donde surge uma intensa dor, a de estar à venda sem que ninguém queira comprar. Por isso, julgo que a pirataria deve fazer parte, pelo menos devemos pensar no que fazer, de toda uma rede de novos movimentos criativos. No caso da pirataria da música erudita, devemos produzir movimentos de habitação das salas de concerto e exigência de custos mais baixos, novas disponibilidades. No caso da música popular, penso que o ostracismo deve ser desmontado pela re-povoamento do espaço público pela arte. No caso dos livros, as pequenas editoras devem surgir com tiragens menores, mas fomentando leituras não evidentes. Parece que a internet, no fim das contas, serve para que sejamos capazes de encontrar e agremiar as pequenas coisas. Claro, com uma política atenta! Existem muitas capturas. A pirataria, como outras coisas boas ou ruins, funciona meio que como ácido. Devemos saber o que esperamos ver derretido.

Cesar Kiraly

-=-=-=-=-=-=-

Por Alexandre Sanches – Publicado em CartaCapital

Na noite do domingo 15, a equipe coordenadora da comunidade Discografias, do site de relacionamentos Orkut, jogou a toalha, decretou o fechamento de suas portas virtuais e apagou por conta própria todo o conteúdo acumulado em quase quatro anos por 920 mil integrantes.

O conteúdo era música, toneladas virtuais de música compartilhadas pelos participantes de modo gratuito. Ou era pirataria, ilegalidade, crime, de acordo com o argumento usado por corporações musicais que pressionavam a população da Discografias a parar de infringir direitos autorais de compositores, músicos, produtores, editoras e gravadoras.

Um aviso ficou no lugar do maior fórum brasileiro de troca de música: “Informamos a todos os membros da comunidade Discografias e relacionadas que encerramos as atividades, devido às ameaças que estamos sofrendo da APCM e outros órgãos de defesa dos direitos autorais”. APCM é a sigla para Associação Antipirataria Cinema e Música, criada há um ano pelas indústrias fonográfica e cinematográfica, e dirigida por um ex-delegado.

Em comunicado oficial, a APCM confirmou que havia meses acompanhava e solicitava a retirada de links. “Já estava claro que a comunidade se dedicava a disponibilizar músicas de forma ilegal, ignorando todos os canais legais de divulgação e uma cadeia produtiva de compositores, autores, cantores, produtores fonográficos, etc.” E acrescentou considerar um “avanço positivo” a exclusão da Discografias.

O episódio é apenas a ponta visível de um fenômeno mundial de enormes proporções, que transformou a internet num admirável mundo novo para usuários, tanto quanto um inferno para os produtores da cultura antes vendida no formato de CDs e DVDs. Por baixo da pequena multidão reunida numa comunidade do Orkut, há proliferação vertiginosa de blogs e outros recursos de internet dedicados majoritariamente a ofertar download instantâneo e gratuito de discos, filmes e livros.

Tudo está disponível ali para ser compartilhado em qualquer lugar do planeta, do recente filme Gomorra a Louco por Você, um disco cuja reedição é vetada há 48 anos por Roberto Carlos. No campo editorial, o Portal Detonando desenvolve o chamado Projeto Democratização da Leitura – Biblioteca Virtual Gratuita, de downloads de livros. “Compartilhar, nesses casos, é o equivalente a disponibilizar, que por sua vez é uma forma de distribuição. Conteúdo protegido por direito autoral só pode ser disponibilizado por seus titulares”, reage o diretor-executivo da APCM, Antonio Borges Filho.

Mas, à diferença do que aconteceu na fase da pirataria física, hoje não é uma máfia ou o crime organizado que desrespeitam os cânones do direito autoral. Os blogueiros, a maioria deles anônima, são em geral colecionadores de discos, DVDs e livros que descobriram nos blogs a chave para participar do processo cultural, compartilhando seus acervos privados com o resto do mundo.

Em grande medida, são cidadãos comuns (médicos, fotógrafos, técnicos de informática, estudantes), desacostumados aos holofotes da mídia e distantes, inclusive geograficamente, dos bastidores do mercado cultural. De cinco blogueiros ouvidos por CartaCapital, todos garantiram não ganhar nenhum centavo (ao contrário, dizem investir dinheiro na atividade). Portanto, não aceitam o termo “pirata” nem se consideram como tal.

Cada blogueiro demonstra construir uma ética própria, e às vezes critica o que considera “errado” no comportamento do vizinho, mas não em seu próprio. “Acho estranho jogar na rede o trabalho de alguém que ficou dez anos sem gravar e agora fez um disco. É sacanagem”, afirma Mauro Caldas, de 44 anos, integrante de banda punk no Rio de Janeiro dos anos 80, que hoje trabalha em informática e é o único dos blogueiros entrevistados a abrir publicamente sua identidade.

Ele usa o codinome Zeca Louro no Loronix, um dos mais atuantes e abrangentes blogs musicais do Brasil. Escrito em inglês, recebe em média 3,2 mil visitas por dia e já foi acessado em 191 países, segundo Caldas. “Loronix só publica o que é antigo, sem nenhuma possibilidade comercial. Essa distinção a indústria sabe fazer muito bem”, diz, para justificar o fato de nunca ter sido incomodado ou ameaçado. Ao contrário: “Gente da indústria vem até mim, pergunta se tenho determinado disco, pede a capa se vai relançar. Eu colaboro”.

Outro blogueiro, autoapelidado Eterno Contestador e especializado em compartilhar CDs que ainda não chegaram às lojas, defende sua atitude. Diz que não distribui nada de maneira ilegal ou pirata, apenas copia links existentes na rede. E insinua que esses são vazados por integrantes da própria indústria, como jogada de marketing.

O produtor musical Pena Schmidt, ex-executivo de gravadoras e atual diretor do Auditório Ibirapuera, tem argumento semelhante: “A indústria sempre deitou e rolou com o vazamento do novo disco do Roberto Carlos ou do Michael Jackson, sempre deu para poder vender. Na época do piano de rolo, Chiquinha Gonzaga e Zequinha de Abreu eram demonstradores de lojas, tocavam para chamar a atenção das pessoas. Gravadora tocava música de graça no rádio por quê? Para vender música”. A diferença é que antes os vazamentos podiam ser controlados e se dirigiam a uns poucos “formadores de opinião”. Hoje, basta uma cópia cair na rede e pronto, a obra é de todo mundo e não é mais de ninguém.

O produtor Marco Mazzola, dono da gravadora MZA, defende a estratégia punitiva: “Medidas radicais devem ser tomadas, punindo, prendendo os que praticam. Você fica três meses dentro de um estúdio criando com o artista um CD, gasta em músicos, estúdios, capa, marketing, e antes de o produto estar no mercado já está na rede”. Schmidt discorda: “A lei não se encontra com a realidade digital. Por causa de 22 pessoas, 50 milhões se transformaram em criminosos? Não é mais fácil refazer a legislação?”

Se as gravadoras se desesperam com a perda de valor do material plástico que as sustentava, nebulosa é a posição dos artistas e criadores. “A indústria alega a defesa do direito dos autores, mas não é verdade, é só discurso. É a defesa de um modelo de negócio. Não sabem fazer de outra maneira e querem que o resto do mundo todo pare”, diz Schmidt. “Autor não fala sobre o assunto, a não ser que seja diretor de sociedade arrecadadora, como Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Walter Franco.”

CartaCapital procurou ouvir os três citados, entre outros, mas não obteve respostas. Uma possível razão para o silêncio é dada indiretamente pelos blogueiros. Diz um deles, identificado como Fulano Sicrano: “Meu blog adquiriu notoriedade entre artistas e produtores e, atualmente, uma parte do que é publicado é fornecida por eles próprios, à busca de divulgação”. Fulano é mantenedor do Um Que Tenha, que põe na rede novidades musicais, e, segundo ele, recebe 14 mil visitas diárias. “Embora deseje que seu trabalho tenha o máximo de divulgação possível, o artista teme a indisposição com a gravadora, por isso o sigilo”, afirma.

O blogueiro diz receber também e-mails de gravadoras, produtores e artistas que solicitam a retirada de conteúdo. Afirma atendê-los prontamente. Seja repressor ou legitimador, o contato direto com músicos e outros fãs parece ser uma das recompensas pelas dez ou doze horas semanais dedicadas a blogar discos. “Pelo seu ângulo, pode até ser generosidade. Pelo meu, não. Eu me sinto tão bem publicando o UQT que isso passou a ser um ato de puro egoísmo.”

Zeca Louro também cita a notoriedade adquirida no meio musical: “O máximo que me aconteceu foi um ou dois casos de alguém comercialmente ligado a um artista dizer ‘poxa, seria legal você não ter mais o disco aí’. Imediatamente tirei, mas num dos casos o próprio artista reclamou, pediu para contornar. Tem artista que reclama de não ter nada no blog, pergunta se tenho alguma coisa contra ele. Muitos são avessos à tecnologia, eu ajudo”.

Nos bastidores, poucos admitem praticar pirataria virtual, mas há quem o propague aos quatro ventos, caso de Carlos Eduardo Miranda, produtor de grupos de rock e jurado dos programas de tevê Ídolos e Astros. “Sou fã dos blogs de música, muito mesmo. Sou usuário.” Em guerra retórica com a indústria, devolve aos acusadores as acusações de pirataria, roubo, crime: “Deveriam tomar vergonha na cara, porque estão vendendo a mesma música várias vezes, em vinil, depois em CD, depois em MP3. Já paguei, preciso pagar quantas vezes? Quando vão parar de me roubar? Se o artista se acha importante para a cultura, não pode fazer nada que impeça a circulação, senão ele é criminoso também”.

E desafia: “Compro 40 CDs por mês, poucos compram tanto como eu. Sou um criminoso? Os caras estão brigando com quem os sustentou a vida inteira. Deviam contratar os blogueiros para serem executivos deles”. Miranda antevê soluções futuras para o conflito: “Ninguém mais vai precisar guardar nada, e você vai ter acesso a todas as músicas do mundo. Vai ligar o botão como se fosse rádio e escolher. Que se pague uma mensalidade, como paga água e luz, e o problema vai acabar”.

A APCM confirma a pressão sobre os piratas, mas nega fazer “ameaças”. “Não estamos no campo da repressão, muito menos na área policial”, diz Borges Filho. “Fazemos a solicitação ao provedor, no caso o Google, para a retirada de conteúdo ou links.”

“Não aceitamos pressão da indústria fonográfica”, diz Felix Ximenes, diretor de comunicação local do Google, dono do Orkut e do gerador de blogs Blogger. “Nosso compromisso é com o usuário, com quem buscamos compartilhar responsabilidades.” O Google baseia-se na política de receber denúncias, verificar e tirar do ar se for o caso. “Antes, só tínhamos apagado links que levavam a produtos de copyright. O fechamento da Discografias foi um ato do próprio coordenador, que a desarticulou sob protesto, pelas ameaças da APCM. O Orkut é mais visível, eles preferem ir onde há volume.”

“Nunca recebi nenhum e-mail de censura, ameaças ou coisa parecida”, atesta Augusto TM, do Toque Musical, outro dos blogs recheados de raridades. “Isso se deve, acredito, à minha postura de não levar para o blog coisas que se encontram em catálogo nem fazer negócio, comércio ou propaganda.” No início do ano, o Toque Musical protagonizou comoção ao publicar a gravação caseira de uma sessão feita por João Gilberto em 1958, imediatamente antes da fama.

A fita fora vendida para japoneses e já não era propriedade brasileira, como acontece com todo o relicário musical pertencente às multinacionais do disco. Caiu na rede mundial, e o Toque Musical, com média diária de mil visitantes, foi fechado por algumas semanas. Mas isso ocorreu, segundo o blogueiro, devido a seu próprio temor de alguma reação negativa do cantor. Até hoje João Gilberto não reclamou.

J. S. Bach (1685-1750): Concerto Italiano, Abertura no Estilo Francês e Fantasia e Fuga Cromática

No aniversário de Bach, vamos a um bom CD de sua música para teclado. Três grandes obras muito bem interpretadas por Pieter-Jan Belder. O Concerto Italiano e a Abertura Francesa moram em meu coração desde a primeira vez que os ouvi. A sonhadora Fantasia Cromática não perde muito para as duas citadas.

IMPERDÍVEL!!!

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Italian Concerto – French Overture – Chromatic Fantasy & Fugue

ITALIAN CONCERTO in F major BWV 971
1. Allegro 4:08
2. Largo 4:49
3. Presto 4:02

OVERTURE IN THE FRENCH STYLE in B minor BWV 831
4. Ouvertüre 7:24
5. Courante 2:05
6. Gavotte I + II, da capo 3:37
7. Passepied I + II, da capo 2:57
8. Sarabande 3:47
9. Bourrée I + II, da capo 3:05
10. Gigue 2:32
11. Echo 3:02

CHROMATIC FANTASY & FUGUE, in D minor BWV 903
12. Fantasie 5:36
13. Fuge 5:12

Total: 52:22

Pieter-Jan Belder, Harpsichord

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – A Paixão Segundo Mateus, BWV 244

Hoje é aniversário de meu pai. 324 anos. Aproveito a data para revalidar os links desta grande postagem.

Johann Sebastian Bach é o começo e fim de toda a música […] Como fenômeno criador, ele representa o fim de uma época da história da música, o barroco, mas também mais do que isso: Bach é a síntese de toda a música que o precedeu e é, sem dúvida alguma, a chave para toda a música que veio depois.

Günther Ramin, 1954

Certamente, Bach deu muita atenção à composição desta Paixão. Isto fica claro na primorosa partitura, uma partitura que é única entre seus muitos e belos manuscritos. Bach trabalhou nela com régua e compasso e usou tinta vermelha para as falas (recitativos) do Evangelista, a fim de distinguir a mensagem divina do resto do texto. O compositor queria que esta Paixão empolgasse a quantos a escutassem e, de fato, existe nessa obra uma precisão sem circunlóquios difícil de encontrar. A frase que Beethoven escreveu no frontispício da Missa Solemnis também se aplica aqui: “Vem do coração… Que possa chegar ao coração”.

Outra indicação da grande importância que Bach atribuiu à obra são as vastas forças necessárias para executá-la. Elas excedem de longe as de qualquer cantata e as da Paixão Segundo São João. Em sua forma definitiva, a paixão utiliza dois coros mistos, duas orquestras e um outro grupo de meninos cantores para o cantus firmus do primeiro coro. Se não existem partes independentes para cada uma das oito vozes dos dois coros, Bach prescreveu que coro deve interpretar cada número ou se devem unir suas forças.

A predileção do compositor por misturar elementos estilísticos está presente aqui. Os recitativos do Evangelista é acompanhados somente por baixos e órgão, mas isso pode mudar como no caso do pranto de Pedro. As árias são freqüentemente duetos entre um cantor e um instrumento de, aproximadamente, mesmo registro.

Um mar de vozes bachiano não pode ser confundido com nenhum outro.

Johannes Brahms, 1877

A variedade da música dedicada às cenas de multidão é impressionante. A calúnia não poderia ser melhor retratada do que naquele cânone em que uma falsa testemunha repete servilmente cada palavra da acusação de uma outra. Também são formidáveis os três acordes usados na palavra “Barabbas”.

Melodias corais são freqüentemente repetidas na Mateus. Uma delas aparece cinco vezes em diferentes lugares, com letra e harmonia soberbamente ajustadas ao espírito do momento.

É uma obra espantosa que mostramos a vocês na versão de John Eliot Gardiner de 1989. Ela satisfará mesmo ao mais exigente dos ouvintes.

John Eliot Gardiner’s reading of the Matthew Passion is conceived and executed on the highest level, an example of period practice that is unlikely to be bettered any time soon. The performance as a whole vibrates with life: soloists are first-rate, and wonderfully well chosen for their respective parts, and the work of chorus and orchestra is exemplary. The recording, made in 1988 in the spacious ambience of Snape Maltings (England), is well balanced and exceptionally vivid. –Ted Libbey

A Paixão Segundo Mateus, BWV 244 de Johann Sebastian Bach

Durante o coro de abertura da Paixão Segundo Mateus formaram-se à minha frente verdadeiras montanhas de dor.

Rainer Maria Rilke, 1920

CD 1:
1. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.1 Chorus I/II: “ Kommt, ihr Töchter, helft mir klagen” English Baroque Soloists 7:01
2. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.2 Evangelist, Jesus: “ Da Jesus diese Rede vollendet hatte” Anthony Rolfe Johnson 0:35
3. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.3 Choral: “ Herzliebster Jesu, was hast du verbrochen” English Baroque Soloists 0:38
4. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.4 Evangelist, Chorus I/II, Jesus: “ Da versammelten sich die Hohenpriester” Anthony Rolfe Johnson 2:51
5. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.5 Recitative (Alto): “ Du lieber Heiland du” Anne Sofie von Otter 0:52
6. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.6 Aria (Alto): “ Buss und Reu” Anne Sofie von Otter 4:13
7. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.7 Evangelist, Judas: “ Da ging hin der Zwölfen einer” Anthony Rolfe Johnson 0:35
8. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.8 Aria (Soprano): “ Blute nur, du liebes Herz” Ann Monoyios 4:42
9. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.9 Evangelist, Chorus I, Jesus: “ Aber am ersten Tage der süssen Brot” Anthony Rolfe Johnson 1:54
10. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.10 Choral: “ Ich bin’s, ich sollte büssen” English Baroque Soloists 0:42
11. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.11 Evangelist, Jesus, Judas: “ Er antwortete und sprach” Anthony Rolfe Johnson 2:33
12. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.12 Recitative (Soprano): “ Wiewohl mein Herz in Tränen schwimmt” Barbara Bonney 1:17
13. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.13 Aria (Soprano): “ Ich will dir mein Herz schenken” Barbara Bonney 2:56
14. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.14 Evangelist, Jesus: “ Und da sie den Lobgesang gesprochen hatten”  Anthony Rolfe Johnson 0:53
15. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.15 Choral: “ Erkenne mich, mein Hüter” English Baroque Soloists 0:50
16. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.16 Evangelist, Jesus, Petrus: “ Petrus aber antwortete” Anthony Rolfe Johnson 0:51
17. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.17 Choral: “ Ich will hier bei dir stehen” English Baroque Soloists 0:51
18. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.18 Evangelist, Jesus: “ Da kam Jesus mit ihnen zu einem Hofe” Anthony Rolfe Johnson 1:27
19. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.19 Recitative (Tenor, Chorus II): “ O Schmerz! hier zittert das gequälte Herz” Howard Crook 1:57
20. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.20 Aria (Tenor, Chorus II): “ Ich will bei meinem Jesu wachen” Howard Crook 4:56
21. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.21 Evangelist, Jesus: “ Und ging hin ein wenig” Anthony Rolfe Johnson 0:37
22. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.22 Recitative (Bass): “ Der Heiland fällt vor seinem Vater nieder” Olaf Bär 0:53
23. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.23 Aria (Bass): “ Gerne will ich mich bequemen” Olaf Bär 4:01
24. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.24 Evangelist, Jesus: “ Und er kam zu seinen Jüngern” Anthony Rolfe Johnson 1:07
25. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.25 Choral: “ Was mein Gott will, das g’scheh allzeit” English Baroque Soloists 0:57
26. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.26 Evangelist, Jesus, Judas: “ Und er kam und fand sie aber schlafend” Anthony Rolfe Johnson 2:25
27. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.27 Aria (Soprano, Alto, Chorus II): “ So ist mein Jesus nun gefangen”  – Chorus I/II: “ Sind Blitze, sind Donner” Barbara Bonney 5:27
28. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.28 Evangelist, Jesus: “ Und siehe, einer aus denen” Anthony Rolfe Johnson 1:48
29. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.29 Choral: “ O Mensch, bewein dein Sünde groß” English Baroque Soloists 6:01

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 2:
1. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.30 Aria (Alto, Chorus II): “ Ach nun ist mein Jesu hin” Anne Sofie von Otter 3:32
2. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.31 Evangelist: “ Die aber Jesum gegriffen hatten” Anthony Rolfe Johnson 0:52
3. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.32 Choral: “ Mir hat die Welt trüglich gericht” English Baroque Soloists 0:39
4. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.33 Evangelist, Pontifex, Testis I/II: “ Und wiewohl viel falsche Zeugen herzutraten” Anthony Rolfe Johnson 1:02
5. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.34 Recitative (Tenor): “ Mein Jesus schweigt zu falschen Lügen stille” Howard Crook 1:15
6. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.35 Aria (Tenor): “ Geduld” Howard Crook 3:34
7. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.36 Evangelist, Pontifex, Jesus, Chorus I/II: “ Und der Hohepriester antwortete” Anthony Rolfe Johnson 1:54
8. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.37 Choral: “ Wer hat dich so geschlagen” English Baroque Soloists 0:42
9. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.38 Evangelist, Ancilla I/II, Petrus, Chorus II: “ Petrus aber sass draussen im Palast” Anthony Rolfe Johnson 2:18
10. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.39 Aria (Alto): “ Erbarme dich” Michael Chance 6:43
11. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.40 Choral: “ Bin ich gleich von dir gewichen” English Baroque Soloists 0:53
12. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.41 Evangelist, Judas, Chorus I/II, Pontifex I/II: “ Des Morgens aber hielten alle Hohepriester” Anthony Rolfe Johnson 1:43
13. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.42 Aria (Bass): “ Gebt mir meinen Jesum wieder” Cornelius Hauptmann 2:52
14. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.43 Evangelist, Pilatus, Jesus: “ Sie hielten aber einen Rat” Anthony Rolfe Johnson 2:01
15. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.44 Choral: “ Befiehl du deine Wege” English Baroque Soloists 0:57
16. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.45 Evangelist, Pilatus, Uxor Pilati, Chorus I/II: “ Auf das Fest aber hatte der Landpfleger Gewohnheit” Anthony Rolfe Johnson 2:09
17. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.46 Choral: “ Wie wunderbarlich ist doch diese Strafe” English Baroque Soloists 0:38
18. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.47 Evangelist, Pilatus: “ Der Landpfleger sagte” Anthony Rolfe Johnson 0:14
19. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.48 Recitative (Soprano): “ Er hat uns allen wohl getan” Ann Monoyios 1:04
20. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.49 Aria (Soprano): “ Aus Liebe will mein Heiland sterben” Ann Monoyios 5:18
21. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.50 Evangelist, Chorus I/II, Pilatus: “ Sie schrieen aber noch mehr” Anthony Rolfe Johnson 1:50
22. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.51 Recitative (Alto): “ Erbarm es Gott” Anne Sofie von Otter 0:56
23. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.52 Aria (Alto): “ Können Tränen meiner Wangen” Anne Sofie von Otter 6:48

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 3:
1. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.53 Evangelist, Chorus I/II: “ Da nahmen die Kriegsknechte” Anthony Rolfe Johnson 1:02
2. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.54 Choral: “ O Haupt voll Blut und Wunden” English Baroque Soloists 1:46
3. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.55 Evangelist: “ Und da sie ihn verspottet hatten” Anthony Rolfe Johnson 0:52
4. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.56 Recitative (Bass): “ Ja freilich will in uns das Fleisch und Blut” Olaf Bär 0:31
5. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.57 Aria (Bass): “ Komm, süsses Kreuz” Olaf Bär 6:06
6. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.58 Evangelist, Chorus I/II: “ Und da sie an die Stätte kamen” Anthony Rolfe Johnson 3:25
7. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.59 Recitative (Alto): “ Ach Golgatha” Michael Chance 1:25
8. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.60 Aria (Alto, Chorus II): “ Sehet, Jesus hat die Hand”  – “ Wohin?” Michael Chance 3:17
9. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.61 Evangelist, Jesus, Chorus I/II: “ Und von der sechsten Stunde an”  – “ Der rufet dem Elias”  – “ Und bald lief”  – “ Halt!”  – “ Aber Jesus schriee abermal” Anthony Rolfe Johnson 2:03
10. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.62 Choral: “ Wenn ich einmal soll scheiden” English Baroque Soloists 1:08
11. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.63 Evangelist, Chorus I/II: “ Und siehe da, der Vorhang im Tempel zerriss”  – “ Wahrlich, dieser ist Gottes Sohn”  – “ Und es waren viel Weiber da” Anthony Rolfe Johnson 2:27
12. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.64 Recitative (Bass): “ Am Abend, da es kühle war” Cornelius Hauptmann 1:57
13. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.65 Aria (Bass): “ Mache dich, mein Herze, rein” Cornelius Hauptmann 5:57
14. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.66 Evangelist, Chorus I/II, Pilatus: “ Und Joseph nahm den Leib”  – “ Herr, wir haben gedacht”  – “ Pilatus sprach zu ihnen” Anthony Rolfe Johnson 2:30
15. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.67 Recitative (Soprano,Alto,Tenor,Bass,Chorus II): “ Nun ist der Herr zur Ruh gebracht”  – “ Mein Jesu, gute Nacht” Olaf Bär 1:36
16. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.68 Chorus I/II: “ Wir setzen uns mit Tränen nieder” English Baroque Soloists 5:09

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

St. Matthew Passion (Matthäuspassion), BWV 244 (3 CDs)
Composed by Johann Sebastian Bach
Performed by English Baroque Soloists and Monteverdi Choir
with Ann Monoyios, Cornelius Hauptmann, Howard Crook, Michael Chance, Barbara Bonney, Gilian Ross, Andreas Schmidt, Anne Sofie von Otter, Ruth Holton, Anthony Rolfe Johnson, Olaf Bar
Conducted by John Eliot Gardiner

PQP

Frank Zappa (1940-1993) – Boulez conducts Zappa

Quem caberia melhor no perfil do título deste álbum, The perfect stranger*? Pierre Boulez, por reger obras do talvez mais conceitual e experimental roqueiro que já existiu até o momento, ou Frank Zappa, por ser tão ousado em suas experiências musicais ao ponto de adentrar a música atonal e acusmática?

A verdade é que Zappa era tão antenado com a vanguarda de qualquer gênero musical – jazz, rock, fusion ou música erudita – que não poderia deixar, ao se aventurar na “música de concerto”, de despertar os olhares de um papa da música contemporânea. E Boulez recrutou sem pestanejar seu Ensemble Intercontemporain para executar as peças camerísticas do americano off style.

Gostaria de traduzir e postar aqui os breves comentários sobre cada obra, conforme escreveu Zappa, mas deixo para vocês lerem o encarte (em inglês).

Não é meu CD preferido do genial bigodudo. Prefiro as obras orquestrais com a Sinfônica de Londres regida por Kent Nagano – acho que não há nada mais mixórdico e audacioso dele utilizando uma orquestra (aguardem).

Como não poderia deixar de ser, o presente álbum foi gravado no Ircam.

***

* Por que tanto disco de rock tem esse título?

***

The perfect stranger – Boulez conducts Zappa

1. The Perfect Stranger
2. Naval Aviation in Art?
3. The Girl in the Magnesium Dress
4. Dupree’s Paradise
5. Love Story
6. Outside Now Again
7. Jonestown

BAIXE AQUI

CVL

.: interlúdio:. Ketil Bjørnstad (1952) – The Nest

(Fanfarras)

P.Q.P. Bach anuncia a entrada de Otto Mahler na insigne e ínclita equipe de postadores do blog.

(Fanfarras, parem agora, por favor, Chega.)

Mahler teve poucos irmãos. Eles eram apenas:

– Isidor Mahler 22 Mar. 1858, Kaliste 1859
– Ernst Mahler 18 Mar. 1862, Jihlava 13 Apr. 1875, Jihlava (heart disease)
– Leopoldine Mahler 18 May 1863, Jihlava 27 Sep. 1889, Vienna
– Karl Mahler 27 Aug. 1864, Jihlava 28 Dec. 1865, Jihlava
– Rudolf Mahler 17 Aug. 1865, Jihlava 21 Feb. 1866, Jihlava
– Alois-Louis Mahler 6 Oct. 1867, Jihlava 14 April 1931, Chicago Bookkeeper and (Sales)
– Justine Mahler (married to Arnold Rosé) 15 Dec. 1868, Jihlava 22 Aug. 1938, Vienna
– Arnold Mahler 19 Dec. 1869, Jihlava 15 Dec. 1871, Jihlava
– Friedrich Mahler 23 Apr. 1871, Jihlava 15 Dec. 1871, Jihlava
– Alfred Mahler 22 Apr. 1872, Jihlava 6 May 1873, Jihlava
– Otto Mahler 18 June, 1873, Jihlava 6 Feb. 1895, Vienna – Musician
– Emma Mahler (married to Eduard Rosé) 19 Oct. 1875, Jihlava 15 May 1933
– Konrad Mahler 17 Apr. 1879, Jihlava 8 Jan. 1881, Jihlava

Otto era músico e o irmão mais velho, Gustav (de 1860), ora atribuia-lhe excepcional talento, ora largava-lhe as patas. Otto era músico e, pior, era compositor. Vamos novamente: o irmão mais velho, Gustav (de 1860), ora atribuia-lhe excepcional talento, ora largava-lhe as patas, dizendo que suas composições eram uma merda.

Resultado: Otto suicidou-se aos 22 anos. Isto é que diz a história oficial. Pura mentira, pois Otto não apenas está alive and kicking como manda CDs para mim. Logo logo, ele terá login e senha, algo que Gustav Mahler nunca teve! Rá, rá, rá, rá!

Ketil Bjørnstad é um pianista e compositor norueguês. Seria um pianista clássico, chegou a apresentar-se, aos 16 anos, interpretando com a Filarmônica de Oslo o notável Concerto Nº 3 para piano e orquestra de Béla Bártok. Mas, ainda jovem, Bjørnstad descobriu o jazz e aderiu com entusiasmo o “European Jazz”.

É hoje um conhecido artista da gravadora ECM, mas também é escritor, tendo publicado cerca de 20 livros (sobretudo romances) além de livros de poesia e ensaios.

The Nest é tão diferente que eu não sei bem o que dizer. O disco é belíssimo, agrada-me muito, mas a concepção é perturbadora e pressinto intenções que não reconheço. E por que desejo tanto classificar este trabalho? Não sei.

Otto Mahler nos envia um artigo que traduzo parcialmente:

Partes da música de The Nest foram escritas para uma peça sobre Sigrid Undset (1882 – 1949), autora norueguesa ganhadora do Nobel, enquanto as canções sobre poemas de Crane foram compostas depois. A vida de Sigrid foi trágica: casamento infeliz, uma filha com retardo mental e um filho morto na II Guerra Mundial. Já Crane morreu afogado no mar num aparente suicídio, depois de lutar contra a família, a pobreza e a discriminação por ser homossexual. A música composta por Bjørnstad é inspirada por estas tragédias. Nesse sentido, são utilizados fragmentos de melodias.

E Otto completa já sem traduzir:

Ketil Bjornstad não reduz aos fragmentos apenas uma melodia, talvez nos reduza ao melhor de nós mesmos. Basta apurar os ouvidos para estas tonalidades, e descobrir o mundo de um escritor, poeta, romancista e compositor e pianista único.

Ketil Bjørnstad – The Nest – 2002

1 Nest (Preludium)
2 In Shadow
3 Window
4 Bridge I
5 Bathers
6 Hope I
7 Excile
8 Circle
9 Darkland
10 Forgetfulness
11 Joy
12 Bridge II
13 Old Song
14 Hope
15 Memory
16 Fear
17 Next (Postludium)

Words from the poetry of Hart Crane (1899 – 1932)

Anneli Drecker vocal
Nora Taksdal viola
Eivind Aarset guitars
Kjetil Bjerkestrand synthesizers, samplers, percussion
Ketil Bjørnstad piano, synthesizers

Recorded in Rainbow Studio, Oslo, Norway, August-December 2002

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE [link atualizado 06/11]

PQP (com OM)

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Obras para Órgão

Se houve alguém “inventou” Bach, este foi Buxtehude. Leiam a seguir o texto que a Sociedade Bach do Brasil publicou nesta página. As intervenções em itálico são minhas.

Prolongando sua licença.

No outono de 1705 (papai tinha apenas 20 anos) Bach pediu uma licença para ausentar-se até Lübeck, lar do brilhante organista Dietrich Buxtehude. Tendo sido concedida uma licença de quatro semanas, Bach foi para Lübeck, percorrendo mais de 400 km em 10 dias. Quando chegou a hora de retornar a Arnstadt, Bach prolongou por mais três meses inteiros sua licença sem comunicar seus empregadores (o eterno criador de casos, mas deixem-no porque sabemos como valeu a pena). É possível que Bach haja partido de Arnstadt pensando em prolongar sua licença para que então pudesse assistir a apresentação de Buxtehude na Abendmusiken, um evento renomado no nordeste da Alemanha em comemoração ao Advento.

Uma oferta que ele poderia recusar.

O cargo do velho Buxtehude chamava a atenção de jovens músicos como Bach. Mas a prática era, que se após a morte de um Diretor Musical, este deixasse alguma filha não casada, o novo Diretor deveria tomá-la como esposa. Uma tradição que foi responsável pelo casamento de Buxtehude. Em 1703 Handel e Mattheson foram a Lübeck, oficialmente para assistir a Abendmusiken, e não oficialmente para verificar a filha solteira de 30 anos de Buxtehude (30 anos?, uma velha para a época!). Bach pode ter prolongado a sua estadia pela mesma razão. Aparentemente ele não gostou do que viu (recusaram o emprego por conta do canhão, certamente!), pois ele retornou a Arnstadt e logo depois se casou com a sua prima Maria Bárbara (sempre as primas…). Mesmo depois de dois anos passados da morte de Buxtehude sua infeliz filha permanecia solteira (coitada).

Ouçam como a música para órgão de Bach deve a tio Bux. Ouçam como a estética de papai é semelhante à do pai do canhão. Obviamente que Bach subiu a alturas que nenhum Bux sequer sonhou, mas foi nos ombros dele que papai ergueu-se para o primeiro salto.

Um grande CD!

Buxtehude: Organ Works

1. Organ Works: Preludium und Ciacona C-dur, Bux WV 137
2. Organ Works: Eine feste Burg ist unser Gott, Bux WV 184
3. Organ Works: Passacaglia d-moll, Bux WV 161
4. Organ Works: Nun komm, der Heiden Heiland, Bux WV 211
5. Organ Works: In dulci jubilo, Bux WV 197
6. Organ Works: Fuge C-dur, Bux WV 174
7. Organ Works: Puer natus in Bethelehem, Bux WV 212
8. Organ Works: Praludium D-dur, Bux WV 139
9. Organ Works: Nun lob, mein Seel, den Herren, Bux WV 212
10. Organ Works: Praludium g-moll, Bux WV 163
11. Organ Works: Wie schon leuchtet der Morgenstern, Bux WV 223
12. Organ Works: Praludium g-moll, Bux WV 149

Ton Koopman, órgão

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Edouard Lalo (1823-1892) – Symphonie Espagnola, Camile Saint-Saëns – Concerto para violino nº 3 – Perlman, Baremboim

Fiz uma confusão tremenda ontem, e acabei agendando uma postagem sem ter subido o arquivo para o rapidshare. Desculpem a confusão, ando meio atrapalhado nos últimos dias, ansioso, na verdade, devido às burocracias referentes à contratação em um novo emprego. Por este motivo, só ao chegar em casa hoje, perto das 3 da tarde, e que vi que a postagem sem o link.E como bobagem pouca é bobagem, no final das contas acabei deletando a postagem.
Bem, vou resumir o que falei: Perlman está afiadíssimo neste cd, mostrando todo o seu virtuosismo, ao lado de seu amigo de longa data, Daniel Baremboim, nos bons tempos em que este era diretor da Orchestre des Paris, no começo dos anos 80.
Então, eis duas obras famosas do repertório violinistico. Espero que apreciem. Ah, antes que me esqueça, o cd também traz uma obra de Berlioz, mas meu cd está com defeito nesta faixa, e simplesmente se recusa a ser convertido para mp3.

Edouard Lalo (1823-1892) – Symphonie Espagnola, Camile Saint-Saëns – Concerto para violino nº 3 – Perlman, Baremboim

1 – Lalo- Symphonie Espagnole op. 21- 1. Allegro non tropo
2 – Lalo- Symphonie Espagnole op. 21- 2. Scherzando- Allegro molto
3 – Lalo- Symphonie Espagnole op. 21- 3. Intermezzo- Allegretto non troppo
4 – Lalo- Symphonie Espagnole op. 21- 4. Andante
5 – Lalo- Symphonie Espagnole op. 21- 5. Rondo- Allegro
6 – Saint-Saens- Concerto pour violon et orchestre op. 61- 1. Allegro non troppo
7 – Saint-Saens- Concerto pour violon et orchestre op. 61- 2. Andantino quasi allegretto
8 – Saint-Saens- Concerto pour violon et orchestre op. 61- 3. Molto moderato e maestoso – Allegro non troppo

Itzhak Perlman – Violino
Orchestre des Paris
Daniel Baremboim – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

Jan Dismas Zelenka (1679-1745) – Complete Orchestral Works

Este é um álbum triplo que transformei em um arquivo dividido em duas partes. Zelenka é bom compositor, escrevia notavelmente para sopros. Sua música orquestral é agradável, de uma simplicidade sedutora. Muito melhor na música vocal (sacra), aqui ele apela para as grandes massas sonoras. Nada de comparações com Handel, por favor.

Zelenka: Complete Orchestral Works

Capriccio No.2 in G major for 2 Horns, 2 Oboes, 2 Violins, Viola & BC
1. [Allegro]
2. Canarie
3. Aria
4. Canarie da capo
5. Gavotte
6. Rondeau
7. Menuett – Trio – Menuett da capo

Hipocondrie a 7 concertanti in A major for 2 Oboes, 2 Violins, Viola, Bassoon & BC
8. [Lentement]
9. Fuge. Allegro – Lentement

Concerto a 8 concertanti in G major for Oboe, Violin, 2 Violins in ripieno, Viola, Violoncello, Basson & BC
10. [Allegro]
11. Largo
12. Allegro

Capriccio No.3 in F major for 2 Horns, 2 Oboes, 2 Violins, Viola & BC
13. [Ouverture] Staccato e forte
14. Allegro
15. Allemande
16. Menuett – [Trio 1] – Menuett da capo [Trio 2] – Menuett da capo
17. [Allegro]

Capriccio No.5 in G major for 2 Horns, 2 Oboes, 2 Violins, Viola & BC
1. [Allegro]
2. Menuett 1 – Menuett 2 – Menuett 1 da Capo
3. Il Contento – Trio – Il Contento da capo
4. Il Furibundo
5. Villanella – Trio – Villanella da capo

Simphonie a 8 concertanti in a minor for 2 Oboes, 2 Violins, Viola, Bassoon, Violoncello & BC
6. [Allegro]
7. Andante
8. Capriccio. Tempo di Gavotta
9. Aria da Capriccio (Andante – Allegro – Andante – Allegro)
10. [Menuett 1] – [Menuett 2] – [Menuett 1 ca capo]

Capriccio No.1 in D major for 2 Horns, 2 Oboes, 2 Violins & BC
11. Andante – [Allegro]
12. Paysan
13. Aria
14. Bourrée
15. Menuett 1 – Menuett 2 – Menuett 1 da capo

Overture a 7 Concertanti in F major for 2 Oboes, 2 Violins, Viola, Bassoon, Violoncello & BC
1. Ouverture. Grave – Allegro – Grave
2. Aria
3. Menuett 1 – Menuett 2 – Menuett 1 da capo
4. [Siciliano]
5. Folie

Symphonia from “Melodrama de S.Wenceslao” in D major for 2 Trumpets, Timpani, 2 Oboes, 2 Violins, Viola & BC
6. Symphonia

Capriccio IV in A major for 2 Corno da caccia, 2 Oboes, 2 Violins & BC
7. Allegro assai
8. Adagio
9. Aria 1 – Aria 2 – Aria 1 da capo
10. In tempo di Canarie
11. Menuett 1 – Menuett 2 – Menuett 1 da capo
12. Andante
13. Paysan 1 – Paysan 2 – Paysan 1 da capo

Das Neu-Eroffnete Orchestre
(on period Instruments)
dir. Jurghen Sonnentheil

BAIXE A PARTE 1 AQUI – DOWNLOAD PART 1 HERE

BAIXE A PARTE 2 AQUI – DOWNLOAD PART 2 HERE

PQP

Richard Strauss (1864-1949) – Symphony in F minor, Sechs Lieder

Essa Sinfonia em F menor, na verdade, sua 2ª Sinfonia, me era desconhecida até ter acesso a este CD, e fiquei surpreso com sua beleza. Richard Strauss escreveu esta sinfonia quando tinha pouco mais de 20 anos, e ela já traz alguns elementos que mostram as influências wagnerianas e brahmsianas. Esta sinfonia impressionou gente do porte de Hans von Bülow, que contratou o jovem Richard para ser seu assistente e deu-lhe a incumbência de reger a própria sinfonia em sua estréia. Maiores detalhes sobre a obra podem ser lidos no encarte que acompanha esta edição.

Hoje é domingo e pretendo aproveitá-lo, sabendo que não ficarei como um doido tendo de preparar aula. O sol brilha lá fora, bate uma leve brisa prenunciando o outono que se aproxima, e ouço um CD magnífico de Vivaldi que pretendo postar por aqui logo, logo.

P.S. – O cd que estou postando não é este que estou mostrando aí ao lado, pois a gravação do Romance para violoncelo já foi postado anteriormente. Infelizmente este cd não consta no acervo da Amazon.

Richard Strauss (1864-1949) –  Symphony in F minor, Sechs Lieder

01 – Symphony in F minor. I – Allegro ma non troppo, un poco maestoso
02 – Symphony in F minor. II – Scherzo. Presto
03 – Symphony in F minor. III – Andante cantabile
04 – Symphony in F minor. IV – Finale. Allegro assai, molto appassionato
05 – Sechs Lieder. I – An die Nacht
06 – Sechs Lieder. II – Ich wollt ein Sträußlein binden
07 – Sechs Lieder. III – Säusle, liebe Myrthe
08 – Sechs Lieder. IV – Als mir dein Lied erklang
09 – Sechs Lieder. V – Amor
10 – Sechs Lieder. VI – Lied der Frauen

Eilenn Hulse – Soprano
Royal Scottish National Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FDP Bach

Paul McCartney (1942) – Standing Stone

Não, este post não é um Interlúdio. Desde 1991 que o ex-baixista dos Beatles sente que tem algo a dizer nas salas de concertos e esta obra aqui é um de seus acertos (o outro é o oratório Ecce Cor Meum).

As opiniões dos ouvintes se dividem sobre a experiência erudita de McCartney: ou ele é um grande fazedor de obras clichês, que conta com a ajuda de uns amigos orquestradores (não sei se há um deles por trás de Standing Stone – nas outras peças eu sei quem são), ou é esforçado e competente e vai mais longe; ou ele está se metendo a fazer obras que não passarão de medianas e que serão ouvidas porque ele é um figurão, ou elas são melhores do que muita coisa por aí feitas por compositores com mais tempo de estrada.

Acompanho tudo o que Paul vem compondo e fico com as segundas opiniões acima. Não posso exigir que ele seja o que não é [nem poderá ser], mas parte do que ele faz para as salas de concerto tem seus bons méritos e calhou dessa parte conter as peças de maior porte.

Sobre a trajetória erudita de Paul até aqui:

O Oratório de Liverpool (1991) é uma ópera não declaradamente autobiográfica para sala de concerto orquestrada por [e com muitas intervenções de] Carl Davies – tem árias bonitas mas carece muito de coesão dramática. Tratando-se de “opus 1”, os solistas da primeira execução mundial ajudaram a atrair os holofotes: Kiri Te Kanawa, Sally Burgess, Jerry Hadley e Willard White (Paul é Paul e a EMI ajuda, não é?).

Standing Stone (1997) – algo como “a pedra que se encontra de pé”, um termo em inglês para menir (as pedras que Obelix fabrica) – é um poema sinfônico em quatro movimentos e 19 partes (!?), que duram 80 minutos. Na verdade, um longo poema [literário] de Paul baseado em temas celtas deu origem à obra sinfônica e ainda a duas telas a óleo, reproduzidos no encarte do álbum.

A garland for Linda (2000) não entra na contagem. É uma coletânea de peças corais dos amigos de Paul – a única que ele compôs para o álbum foi Nova.

Working classical (1999) se trata de uma compilação de obras não eruditas de Paul arranjadas para quarteto de cordas (pelos tais amigos orquestradores) ao lado de composições originais, como Junk, e ainda três peças sinfônicas. Não empolga.

Sobre Ecce cor meum (2005) falarei alguma coisa em breve. Quanto a Standing Stone, os títulos dos movimentos e das partes da obra, reproduzidos abaixo, dão ideia do argumento que a construiu.

***

Standing Stone

Movement I – After heavy light years

1. “Fire/Rain” Allegro energico – 4:30
2. “Cell Growth” Semplice – 8:30
3. “‘Human’ Theme” Maestoso – 3:36

Movement II – He awoke startled

1. “Meditation” Contemplativo – 3:57
2. “Crystal Ship” Con moto scherzando – 2:02
3. “Sea Voyage” Pulsating, with cool jazz feel – 3:39
4. “Lost At Sea” Sognando – 4:37
5. “Release” Allegro con spirito – 1:54

Movement III – Subtle colours merged soft contours

1. “Safe Haven/Standing Stone” Pastorale con moto – 4:11
2. “Peaceful moment” Andante tranquillo – 2:09
3. “Messenger” Energico – 3:35
4. “Lament” Lamentoso – 2:26
5. “Trance” Misterioso – 5:32
6. “Eclipse” Eroico – 4:57

Movement IV – Strings pluck, horns blow, drums beat

1. “Glory Tales” Trionfale – 2:40
2. “Fugal Celebration” L’istesso tempo. Fresco – 4:25
3. “Rustic Dance” Rustico – 2:00
4. “Love Duet” Andante intimo – 3:43
5. “Celebration” Andante – 6:15

Sinfônica de Londres e coro, regidos por Lawrence Foster

BAIXE AQUI

CVL

S. Prokofiev (1891-1953) – Romeu e Julieta (balé completo)

Esta versão de Ozawa é, disparado, a melhor versão que ouvi de Romeu e Julieta. Esqueça Rostropovich e Maazel, fique com Ozawa. Ele mata a pau. E a música de Prokofiev, em grande parte roubada dele mesmo, é absolutamente irresistível. Ozawa está perfeitamente à vontade dentro do espírito bem humorado e apaixonado da obra, apesar do drama final. Um show.

Tenho dúvidas sobre a relação de faixas abaixo, acho que há 54 em meu CD. Seria o correto. Será que uma alma caridosa poderia fazer a correção nos comentários? Já disse ontem que estou com sérios problemas de tempo para postar [nota de Vassily: a relação de faixas foi corrigida]

ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL!!!

Prokofiev – Romeo & Juliet

CD1
1. Part I, No. 1, “Introduction”
2. Part I, No. 2, “Romeo”
3. Part I, No. 3, “The street awakens”
4. Part I, No. 4, “Morning Dance”
5. Part I, No. 5, “The Quarrel”
6. Part I, No. 6, “The Fight”
7. Part I, No. 7, “The Prince gives his order”
8. Part I, No. 8, “Interlude”
9. Part I, No. 9, “Preparing for the Ball” (Juliet and the Nurse)
10. Part I, No. 10, “Juliet as a young girl”
11. Part I, No. 11, “Arrival of the guests” (Minuet)
12. Part I, No. 12, “Masks”
13. Part I, No. 13, “Dance of the Knights”
14. Part I, No. 14, “Juliet’s Variation”
15. Part I, No. 15, “Mercutio”
16. Part I, No. 16, “Mercutio”
17. Part I, No. 17, “Tybalt recognizes Romeo”
18. Part I, No. 18, “Departure of the guests” (Gavotte)
19. Part I, No. 19, “Balcony scene”
20. Part I, No. 20, “Romeo’s Variation”
21. Part I, No. 21, “Love Dance”
22. Part II, No. 22, “Folk Dance”
23. Part II, No. 23, “Romeo and Mercutio”
24. Part II, No. 24, “Dance of the five couples”
25. Part II, No. 25, “Dance with the five mandolins”

CD2
1. Part II, No. 26, “The Nurse”
2. Part II, No. 27, “The Nurse gives Romeo the note from Juliet”
3. Part II, No. 28, “Romeo with Friar Laurence”
4. Part II, No. 29, “Juliet with Friar Laurence”
5. Part II, No. 30, “The people continue to make merry”
6. Part II, No. 31, “A Folk Dance again”
7. Part II, No. 32, “Tybalt meets Mercutio”
8. Part II, No. 33, “Tybalt and Mercutio fight”
9. Part II, No. 34, “Mercutio dies”
10. Part II, No. 35, “Romeo decides to avenge Mercutio’s death”
11. Part II, No. 36, “Finale”
12. Part III, No. 37, “Introduction”
13. Part III, No. 38, “Romeo and Juliet” (Juliet’s bedroom)
14. Part III, No. 39, “The Last Farewell”
15. Part III, No. 40, “The Nurse”
16. Part III, No. 41, “Juliet refuses to marry Paris”
17. Part III, No. 42, “Juliet alone”
18. Part III, No. 43, “Interlude”
19. Part III, No. 44, “At Friar Laurence’s”
20. Part III, No. 45, “Interlude”
21. Part III, No. 46, “Again in Juliet’s bedroom”
22. Part III, No. 47, “Juliet alone”
23. Part III, No. 48, “Morning Serenade”
24. Part III, No. 49, “Dance Of The Young Girls With The Lilies”
25. Part III, No. 50, “At Juliet’s bedside”
26. Epilogue, No. 51, “Juliet’s funeral”
27. Epilogue, No. 52, “Death of Juliet”

Boston Symphony Orchestra
Seiji Ozawa

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP [restaurado por Vassily em 14.5.2022]

Christoph Willibald Gluck (1714-1787) – Orfeu e Eurídice (completa)

Posto para vocês a extraordinária ópera Orfeu e Eurídice de Glück. Como estou com reais dificuldades de tempo, vou copiar aqui dois textos: o primeiro sobre Gluck e o segundo sobre a ópera:

Christoph Willibald Ritter von Gluck (2 July 1714 Erasbach, Upper Palatinate – 15 November 1787 in Vienna) was an opera composer of the early classical period. After many years at the Habsburg court at Vienna, Gluck brought about the practical reform of opera’s dramaturgical practices that many intellectuals had been campaigning for over the years. With a series of radical new works in the 1760s, among them Orfeo ed Euridice and Alceste, he broke the stranglehold that Metastasian opera seria had enjoyed for much of the century.

The strong influence of French opera in these works encouraged Gluck to move to Paris, which he did in November 1773. Fusing the traditions of Italian opera and the French national genre into a new synthesis, Gluck wrote eight operas for the Parisian stages. One of the last of these, Iphigénie en Tauride, was a great success and is generally acknowledged to be his finest work. Though he was extremely popular and widely credited with bringing about a revolution in French opera, Gluck’s mastery of the Parisian operatic scene was never absolute, and after the poor reception of his Echo et Narcisse, he left Paris in disgust and returned to Vienna to live out the remainder of his life.

Fonte: nem deus sabe.

Orfeu e Eurídice foi a primeira de três óperas conhecidas como as óperas da reforma, onde Gluck, em parceria com Calzabigi, procurou, através da “nobreza da simplicidade” da acção e da música, substituir os complicados enredos e os floreados musicais que se tinham apoderado da Ópera Séria.

A verdade é que Gluck já tinha composto numerosas óperas na estética convencional de Metastasio. Assim, a parceria com Calzabigi, proporcionava-lhe uma oportunidade quase única para se pôr em prática uma nova concepção do teatro musical: mais sóbrio e mais dramático, e que se aproximasse da unidade da tragédia grega.

Orfeu e Eurídice estreia com enorme sucesso, no dia 5 de Outubro de 1762 e tornou-se na obra mais popular de Gluck.

Já traduzida em música por compositores como Monteverdi e Peri, esta é a história de como Orfeu traz de volta Eurídice para o mundo dos vivos. Enfrenta os infernos para recuperar a amada, com a imprescindível ajuda da música-apaziguadora de almas atormentadas.

Apesar do enorme sucesso que foi a estreia de Orfeu e Eurídice em 1762, a partir do ano seguinte até 1769, a ópera nunca mais foi interpretada.

A recuperação desta obra surge pelas mãos do próprio Gluck, quando a dirige, de novo, em Parma. Fazia parte de um tríptico – La Feste d’Apollo – onde Orfeu e Eurídice foi apresentada sem um único intervalo e com a parte destinada ao castrado contralto transposta para um castrado soprano.

Depois, em 1774, Gluck submete a partitura a mais uma revisão para ser posta em cena na Academia Real de Música de Paris: transpõe e adapta o papel de Orfeu para a voz de haute-contre – muito em voga na altura em França, sobretudo para a interpretação de papéis heróicos; altera a orquestração para a tornar mais grandiosa; inclui novas peças, vocais e instrumentais; e encomenda um novo libreto para ser cantado em francês.

Sinopse

I Acto

No primeiro acto, após um breve prelúdio, a cortina ergue-se por cima do túmulo de Eurídice. Orfeu chora a perda da amada, rodeado pelos seus amigos.

Aparece então o Cupido que traz uma mensagem: sensibilizados com a dor de Orfeu, os deuses autorizam-no a descer aos infernos para trazer Eurídice. Mas há uma condição: Orfeu não pode olhar para a amada antes estar de volta sob um céu mais clemente.

II Acto

Orfeu é acolhido nos infernos pelas Fúrias e pelo Cérbero, o cão das três cabeças de Hades. Perante o perigo, Orfeu começa a cantar, fazendo-se acompanhar pela sua lira e consegue apaziguar estes terríveis guardiães. Assim, chega à morada das sombras felizes onde encontra Eurídice. Toma-a pela mão, sem a olhar para ela directamente, e pede-lhe que volte com ele.

III Acto

Euridice não compreende porque é que Orfeu não olha para ela uma única vez. Atribui a atitude à frieza de espírito e não dá oportunidade a Orfeu para se explicar. É então, que depois de muito censurado, Orfeu perde a paciência e se volta para ela. Como consequência Eurídice cai inanimada – uma das cenas mais aguardadas de toda a ópera, à qual se segue a ária “Che farò senza Euridice?”, cantada por Orfeu desesperado. Surge de novo o Cupido. Orfeu provou merecer Eurídice, por isso é-lhe restituída a vida.

Na última cena, no templo do Cupido, Orfeu, Eurídice e Cupido unem as suas vozes às dos pastores e cantam os mistérios e a força do amor.

Fonte: esta.

Gluck: Orfeu e Eurídice

01. Overtura
02. Ah ! se intorno a ques’ urna funesta
03. Basta, basta, o compagni!
04. Ballo
05. Ah! se intorno a quest’ urna funesta 2
06. Chiamo, il mio ben cosi
07. Numi! barbari Numi!
08. T’assiste Amore!
09. Gli sguardi trattieni
10. Che disse Che ascoltai
11. Ballo – Chi mai dell’Erebo
12. Deh! placatebi con me
13. Misero giovane!
14. Mille pene, ombre moleste
15. Ah quale incognito
16. Ballo 3
17. Che puro ciel!
18. Vieni a’regni del riposo
19. Ballo 4
20. Anime avventurose
21. Torna, o bella

01. ATTO III SCENA 1 Vieni, segui i miei passi
02. Vieni, appaga il tuo consorte! (Orfeo,Euridice)
03. Qual vita e questa mai
04. Che fiero momento! (Euridice)
05. Ecco un nuovo tormento! (Orfeo, Euridice)
06. Che faro senza Euridice
07. Ah finisca e per sempre (Orfeo)
08. ATTO III SCENA 2 Orfeo, che fai (Amore, Orfeo, Euridice)
09. ATTO III SCENA 3 Introduzione
10. Ballo I
11. Ballo II
12. Ballo III
13. Ballo IV (Orchestra)
14. Trionfi Amore! (Orfeo,Coro,Amore,Euridice)

Agnes Baltsa
Margaret Marshall
Edita Gruberova
Ambrosian Opera Chorus
John McCarthy
Philharmonia Orchestra
Riccardo Muti

BAIXAR PARTE 1 AQUI – DOWNLOAD PART 1 HERE

BAIXAR PARTE 2 AQUI – DOWNLOAD PART 2 HERE

PQP