Rachmaninov (1873 – 1943) • Scriabin (1872 – 1915) • Ligeti (1923 – 2006) • Prokofiev (1891 – 1953): Yuja Wang – Recital de Berlim (2018) • PQP-Originals ֍

Rachmaninov (1873 – 1943) • Scriabin (1872 – 1915) • Ligeti (1923 – 2006) • Prokofiev (1891 – 1953): Yuja Wang – Recital de Berlim (2018) •  PQP-Originals ֍

Rachmaninov • Scriabin

Ligeti • Prokofiev

Peças para Piano

Yuja Wang

 

 

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)

150 anos de nascimento

&

György Ligeti (1923 – 2006)

100 anos de nascimento

O pessoal do PQP Bach Pâtisserie Gourmet caprichou no bolo do Ligeti!

Mais uma postagem comemorativa, agora com dois homenageados! Para prestar essa homenagem trazemos a reedição de uma postagem feita pelo PQP Bach em 2020 – o Recital de Berlim de Yuja Wang (2018).

Yuja Wang é uma pianista sensacional e coloca aqui toda a sua arte a brilhar em um programa que demanda certa atenção do ouvinte, pois foge do óbvio.

Aqui está o texto da postagem original e o selo da série PQP-Originals:

 

Yuja Wang e Khatia Buniatishvili são livres para se vestirem como quiserem. É justo. Mas boa parte do público as conhece mais através das pernas de uma e dos seios e costas da outra do que por suas qualidades musicais. É injusto. Wang é efetivamente uma tremenda pianista, mas creio que o mesmo não se possa dizer de Buniatishvili, uma instrumentista que aposta apenas na emoção. Para comprovar o que digo, este CD da DG venceu vários prêmios de melhor disco eruditosolo de 2019. Isto é, Wang merece ser ouvida. O Ligeti e o Prokofiev dela são sensacionais. Já Rachmaninov e Scriabin são compositores tão estranhos a meu gosto que não vou falar. A 8ª Sonata de Prokofiev é notavelmente interpretada. Como Sviatoslav Richter, ela consegue integrar o poder e o lirismo que caracterizam os longos movimentos externos. Ao manter o Andante sognando estável, elegante e discreto, os toques expressivos de Wang tornam-se ainda mais significativos. Dos três Estudos de Ligeti, o Vertige é o melhor, e raramente soou tão suave e transparente.

Decidi fortalecer o pacote adicionando ao arquivo musical mais dois Estudos de Ligeti e uma outra Sonata para Piano de Scriabin, que fazem parte de um outro disco de Yuja Wang, chamado Sonatas e Estudos, postado também pelo PQP Bach, em 2016.

Assim temos um pacote com peças bastante representativas dos dois homenageados que certamente lhe abrirão o apetite por mais e umas sonatas para piano de dois conterrâneos e bem conhecidos de Rachmaninov. As Sonatas de Scriabin estão espetaculares e a interpretação da Sonata de Prokofiev foi elogiada pelo PQP Bach!

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)

  1. Prelude Op. 23 No. 5 em sol menor
  2. Etude-Tableaux, Op. 39, No. 1 em dó menor
  3. Étude-Tableaux, Op. 33, No. 3 em dó menor
  4. Prelude Op. 32 No. 10 em si menor

Alexander Scriabin (1872 – 1915)

  1. Sonata para Piano No. 10, Op. 70

György Ligeti (1923 – 2006)

Études Pour Piano

  1. No. 3 “Touches bloquées”
  2. No. 9 “Vertige”
  3. No. 1 “Désordre”
  4. No. 4 “Fanfares” (Faixa Extra)
  5. No. 10 “Der Zauberlehrling” (Faixa Extra)

Alexander Scriabin (1872 – 1915)

Sonata para Piano No. 2 em sol sustenido menor “Sonate-Fantasie”

  1. Andante (Faixa Extra)
  2. Presto (Faixa Extra)

Sergei Prokofiev (1891 – 1953)

Piano Sonata No. 8 in B flat major, Op. 84

  1. Andante dolce
  2. Andante sognando
  3. Vivace

Yuja Wang, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 307 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 215 MB

As peças de Rachamaninov são dois famosos Prelúdios, peças com as quais ele ganhou a atenção do mundo musical bem no início da carreira, além de dois Estudos-Tableau. Ou seja, estudos, mas que também contam uma história. Eu sempre tomo como referência algumas das peças de Mussorgsky, que compõem a suíte Quadros de Uma Exposição.

Aproveite!

Luminosa!

As postagens originais:

Chopin · Scriabin · Liszt · Ligeti: Sonatas para Piano e Estudos

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

PQP Bach Quizz: Qual ator você escolheria para fazer o papel de György Ligeti?

Adès / J. S. Bach / Barber / Brahms / Couperin / Händel / Ligeti / Rameau / Ravel: Time Traveler’s Suite – Inon Barnatan, piano ֍

Adès / J. S. Bach / Barber / Brahms / Couperin / Händel / Ligeti / Rameau / Ravel: Time Traveler’s Suite – Inon Barnatan, piano ֍

 

Time Traveler’s Suite

Inon Barnatan

 

 

 

Este interessantíssimo disco para piano solo é interpretado pelo estreante aqui no blog (pelo menos como solista) – Inon Barnatan – distingue-se por seu programa não usual.

Sala de gravação do disco…

O título, Time Traveler’s Suite (Suíte do Viajante do Tempo), indica que teremos uma sequência de peças – talvez inspiradas em danças – mas que foram colecionadas ao longo de uma jornada, não linear, no tempo.

Pode parecer estranho, peças de períodos diferentes e compositores diferentes, colocadas uma depois da outra, mas o resultado é surpreendente, gostei de ouvir todo o disco. A viagem começa na geração dos compositores que nasceram em 1685 com uma das Toccatas de Bach, seguida de uma deliciosa Allemande da Quinta Suíte de Handel. A próxima parada da nave-ampulheta de Inon é em Paris, com o ponteiro ainda marcando um passado mais distante. Duas peças dos grandes compositores franceses para teclado – uma Courante de Rameau e de François Couperin a peça chamada Atalanta.

Depois desses mestres do barroco, Barnatan regula seu ponteiro para avançar até o século XX, chegando a uma das composições de Ravel – o Rigaudon da sua suíte Tombeau de Couperin, que ele escreveu durante a Primeira Guerra tanto para reverenciar o seu colega antecessor como para homenagear os amigos cujas vidas foram perdidas na guerra.

Inon avistou de sua escotilha a TARDIS, do Dr. Who…

A viagem segue e a próxima parada é na Londres de nossos dias – composição de Thomas Adès, Blanca Variations, uma espetacular peça para piano de uns seis minutos que é a um tempo inovadora, com sonoridades belíssimas, mas que também tem um olhar voltado para a música do passado. E depois disso, vamos com o pianista até a Hungria da metade do século XX, agora com duas peças de um conjunto composto por György Ligeti, chamado Musica Ricercata. Aqui ouvimos as Décima e Décima Primeira peças, mas em ordem retrógrada. Essa diversidade toda evidencia a técnica e as habilidades ao piano de Inon Barnatan. E como a última peça de Ligeti é compatível com a próxima parada, agora a Fuga composta como último movimento da Sonata para Piano que Samuel Barber compôs para o pedido de Volodya Horowitz, o mais virtuoso dos pianistas.

Para terminar a viagem e o programa, o pianista escolheu a integral das Variações Handel, de Brahms, outro compositor que reverenciava a música do passado.

O disco é recente e a produção é excelente!

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Toccata in E minor, BWV914
  1. Toccata

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Suite em mi maior, HWV 430 – ‘The Harmonious Blacksmith’
  1. Allemande

Jean-Philippe Rameau (1683 – 1764)

Suíte em lá menor das “Nouvelles suites de pièces de clavecin (c1729–30)”
  1. Courante

François Couperin (1668 – 1733)

Pièces de clavecin II: Ordre 12ème em mi maior
  1. L’Atalante

Maurice Ravel (1875 – 1937)

Le Tombeau de Couperin
  1. Rigaudon. Assez vif “Piere & Pascal Gaudin”

Thomas Adès (nascido em 1971)

Blanca Variations
  1. Variações

György Ligeti (1923 – 2006)

Musica Ricercata
  1. 11, Andante misurato e tranquillo “Girolamo Frescobaldi”
  2. 10, Vivace. Capriccioso

Samuel Barber (1910 – 1981)

Sonata para Piano, Op. 26
  1. Fuga. Allegro con spirito

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Variações e Fuga sobre um tema de Handel, Op. 24
  1. Variações e Fuga

Inon Barnatan, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 194 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 148 MB

Inon Barnatan

On his third PENTATONE album Time Traveler’s Suite, pianist Inon Barnatan redefines our notions of the suite by taking us on a journey through time and space, from Baroque pieces by Bach, Handel, Rameau and Couperin to more recent works by Ravel, Barber, Adès and Ligeti. The program culminates in Brahms’s ingenious Variations and Fugue on a Theme by Handel. Inon Barnatan is one of the most admired pianists of his generation (New York Times). His complete recordings of Beethoven’s piano concertos together with the Academy of St Martin in the Fields and Alan Gilbert were released on PENTATONE in 2019 and 2020.

Barnatan plays with delightful alertness of phrasing and his ornamentation is sublimely executed. Some musical transitions work better than others, and I did wonder whether all of the Baroque works needed to be bunched at the start…Still, I love the concept, and anything that can so effectively and seamlessly bring old and new together is very welcome. BBC Music Magazine

Barnatan is palpably in his element [in the Barber], with a real clarity to his thinking and a whole range of colours and shadings from the most delicate pianissimos to stomping fortissimos…Barnatan is utterly at home in the midst of counterpoint. He’s beautifully recorded too. A winner! Gramophone

Aproveite!

René Denon

Inon chegando para mais uma seção de gravação…

Bartók (1881-1945): Contrastes e Sonata para 2 Pianos e Percussão / Ligeti (1923-2006): Concertos para Piano, Violoncelo e Violino (Ensemble Intercontemporain) #BRTK140

Bartók (1881-1945): Contrastes e Sonata para 2 Pianos e Percussão / Ligeti (1923-2006): Concertos para Piano, Violoncelo e Violino (Ensemble Intercontemporain) #BRTK140

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Dois compositores da minha mais absoluta preferência!

É difícil saber qual é a maior das obras de Bartók. Ele tinha a mania de não errar. Deste modo, é complicado escolher, mas certamente a Sonata para 2 Pianos e Percussão está na lista de candidatas ao Olimpo. Bartók escreveu seus concertos para piano, ou piano e outros instrumentos, para sua própria execução, até 1923. Foi neste ano que ele se casou com Ditta Pásztory, uma de suas alunas. A partir de então, dedicou várias de suas peças a ela. A Sonata para Dois Pianos e Percussão foi composta em 1937 e estreou em 1938, com o casal interpretando a peça aos pianos. O piano, é bom lembrar, é um instrumento de percussão e, portanto, podemos considerar a sonata como um quarteto de percussão (com dois pianistas e dois percussionistas), tão integrado quanto os quartetos de cordas do compositor. Olhando sob outro ângulo, temos nove instrumentos, já que os dois percussionistas tocam sete deles: tímpanos, gran cassa, címbalos, triângulo, caixa, gongo e xilofone. Na partitura publicada, o compositor fornece instruções altamente detalhadas para os percussionistas, estipulando, por exemplo, qual parte de um prato suspenso deve ser batido com que tipo de baqueta. Ele também fornece instruções precisas para o layout da plataforma dos quatro jogadores e seus instrumentos.

Então, este é um extraordinário álbum duplo que traz dois enormes compositores do século XX, os vizinhos Bartók e Ligeti, o primeiro nascido na Hungria (sua cidade natal é hoje romena) e o segundo romeno mesmo. A Sonata para Dois Pianos e Percussão, de Béla Bartók, foi a obra que me introduziu na música moderna quando adolescente e é fundamental neste repertório. Contrastes é outras esplêndida música de câmara do húngaro. No segundo disco, temos três concertos de Ligeti. De início muito influenciado por Bartók, aqui Ligeti desprende-se do antecessor. O concerto para violoncelo é de 1966  — nota-se ainda certas vozes bartokianas –, o para piano é de 1988 e o para violino — que é imenso e ótimo — é de 1992.

Bartók (1881-1945): Contrastes e Sonata para 2 Pianos e Percussão /
Ligeti (1923-2006): Concertos para Piano, Violoncelo e Violino

Disc 1 — Bartók

1 Contrasts, SZ. 111: I. Verbunkos 5:17
2 Contrasts, SZ. 111: II. Piheno 4:19
3 Contrasts, SZ. 111: III. Sebes 7:11

4 Sonata For 2 Pianos & Percussion, SZ. 110: I. Assai Lento 12:21
5 Sonata For 2 Pianos & Percussion, SZ. 110: II. Lento, Ma Non Troppo 6:22
6 Sonata For 2 Pianos & Percussion, SZ. 110: III. Allegro Non Troppo 6:34

Disc 2 — Ligeti

1 Piano Concerto: I. Vivace Molto Ritmico E Preciso 4:03
2 Piano Concerto: II. Lento E Deserto 6:20
3 Piano Concerto: III. Vivace Cantabile 4:14
4 Piano Concerto: IV. Allegro Risoluto, Molto Ritmico 5:31
5 Piano Concerto: V. Presto Luminoso 3:44

6 Cello Concerto: I. — 3:42
7 Cello Concerto: II. — 7:55

8 Violin Concerto: I. Praeludium 3:42
9 Violin Concerto: II. Aria 7:07
10 Violin Concerto: III. Intermezzo 2:27
11 Violin Concerto: IV. Passacaglia 6:38
12 Violin Concerto: V. Appassionato 7:58

Ensemble Intercontemporain:
Bartók:
Contrasts for violin, clarinet & piano, BB 116, Sz. 111:
Jérôme Comte (clarinet), Diego Tosi (violin) & Sébastien Vichard (piano)
Sonata for Two Pianos & Percussion, BB 115, Sz. 110:
Gilles Durot, Samuel Favre (percussions) & Dimitri Vassilakis, Sébastien Vichard (pianos)
Ligeti:
Piano Concerto:
Hidéki Nagano (piano)
Cello Concerto:
Pierre Strauch (cello)
Violin Concerto:
Jeanne-Marie Conquer (violin)
Direção artística e regência: Matthias Pintscher

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Olha o o Ensemble Intercontemporain chegando, gente!
Olha o o Ensemble Intercontemporain chegando na sede de Berlim do PQP Bach, gente!

PQP

Shostakovich / Kalējs / Escaich / Gubaidulina / Janáček / Ligeti / Garūta: Light & Dark

Para inaugurar o órgão da Elbphilharmonie de Hamburgo (Alemanha), a organista Iveta Apkalna escolheu obras dos últimos cem anos. Não sabemos o motivo, mas a música de concerto contemporânea tem vivido uma certa era de ouro nos três países bálticos –  Letônia, Lituânia e Estônia – terra de Iveta e de outros grandes intérpretes como Gidon Kremer, Paavo Järvi e Andris Nelsons, bem como compositores de destaque como Lepo Sumera (1950-2000), Lūcija Garūta (1902-1977) e Arvo Pärt (1935-).

Algumas das obras escolhidas por Iveta, como as do letão Kalejs e do tcheco Janáček, usam o som do órgão em um contexto religioso. Outras não têm qualquer conotação espiritual, como a obra de Shosta (parte de uma ópera) e os dois estudos de Ligeti, e finalmente, há a obra de Gubaidulina que, apesar de não ter função litúrgica, expressa a espiritualidade da compositora.

A relação de Ligeti com o órgão me lembra um pouco a de Mozart com o clarinete. São um punhado de peças, de duração não tão longa, mas que mostram um compositor no auge de seu talento e com perfeito domínio das potencialidades do instrumento. Daquelas obras que usam todas as teclas ou quase, do grave ao agudo, do pianissimo a sons ensurdecedores, e por isso são incontornáveis para os grandes solistas.

A  compositora russa Sofia Gubaidulina também soube utilizar de forma contrastante os sons mais agudos e os mais graves do rei dos instrumentos. A obra dela, que dá nome ao disco, é cheia de contrastes: claro e escuro, grave e agudo, sutileza e dissonância, profano e sagrado. Como Messiaen, Sofia Gubaidulina não escreveu música litúrgica (por exemplo, uma Missa ou um Réquiem), mas expressa sua religiosidade nos títulos de peças como Rejoice!, Seven Words, In Croce, De Profundis, Et exspecto, Misterio so, etc. Como observou Mike Silverton, essa conexão com a espiritualidade sugere uma resolução convencional que parece estar próxima mas vira a esquina, e assim sucessivamente.

Hoje, podemos comemorar a Páscoa da forma mais religiosa ou da forma mais secular, além de várias possibilidades e sincretismos no meio do caminho. Não era tão fácil assim para Sofia Gubaidulina na URSS, nos anos 1970, quando compôs a obra para órgão tocada por Iveta e também esta outra que já postamos no PQP. O Estado laico é uma conquista que não se deve naturalizar. Espero que este disco traga uma boa Páscoa para os ouvintes-leitores do PQPBach.

  1. Shostakovich: Lady Macbeth of the Mtsensk District, Op. 29: Passacaglia
  2. Aivars Kalējs: Prayer
  3. Escaich: Évocation I
  4. Escaich: Évocation II
  5. Escaich: Évocation III
  6. Gubaidulina: Light and Dark
  7. Janáček: Glagolitic Mass: Varhany sólo (Postludium)
  8. Ligeti: Two Etudes for Organ: I. Harmonies
  9. Ligeti: Two Etudes for Organ: II. Coulée
  10. Garūta: Meditation

Iveta Apkalna – órgão

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

A Elbphilharmonie de Hamburgo: cheirando a nova

Pleyel

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Yuja Wang e Khatia Buniatishvili são livres para se vestirem como quiserem. É justo. Mas boa parte do público as conhecem mais através das pernas de uma e dos seios e costas da outra do que por suas qualidades musicais. É injusto. Wang é efetivamente uma tremenda pianista, mas creio que o mesmo não se possa dizer de Buniatishvili, uma instrumentista que aposta apenas na emoção. Para comprovar o que digo, este CD da DG venceu vários prêmios de melhor disco erudito solo de 2019. Isto é, Wang merece ser ouvida. O Ligeti e o Prokofiev dela são sensacionais. Já Rachmaninov e Scriabin são compositores tão estranhos a meu gosto que não vou falar. A 8ª Sonata de Prokofiev é notavelmente interpretada. Como Sviatoslav Richter, ela consegue integrar o poder e o lirismo que caracterizam os longos movimentos externos. Ao manter o Andante sognando estável, elegante e discreto, os toques expressivos de Wang tornam-se ainda mais significativos. Dos três Estudos de Ligeti, o Vertige é o melhor, e raramente soou tão suave e transparente.

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943)
1.Prelude in G Minor, Op. 23, No. 5 3:53
Études-Tableaux, Op. 39
2.No. 1 in C Minor 3:25
Études-Tableaux, Op. 33
3.No. 3 in C Minor 4:15
4.Prelude in B Minor, Op. 32, No. 105:32

Alexander Scriabin (1872 – 1915)
5.Piano Sonata No. 10, Op. 70 11:44

György Ligeti (1923 – 2006)
Études pour piano
6.No. 3 “Touches bloquées” 1:53
Études pour piano
7.No. 9 “Vertige” 2:39
Études pour piano
8.No. 1 “Désordre” 2:35

Sergei Prokofiev (1891 – 1953)
Piano Sonata No. 8 in B-Flat Major, Op. 84
9.1. Andante dolce 13:49
10.2. Andante sognando 4:39
11.3. Vivace 10:46

Yuja Wang, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Yuja Wang: excelente pianista que aposta no seu par de pernas

PQP

Bach, Brahms, Chopin, Debussy, Dvořák, Grieg, Kancheli, Kempff, Ligeti, Liszt, Mendelssohn, Pärt, Ravel, Scarlatti, Scriabin, Tchaikovsky: Motherland (com Khatia Buniatishvili)

Bach, Brahms, Chopin, Debussy, Dvořák, Grieg, Kancheli, Kempff, Ligeti, Liszt, Mendelssohn, Pärt, Ravel, Scarlatti, Scriabin, Tchaikovsky: Motherland (com Khatia Buniatishvili)

Lembram daquela série interminável de discos da Philips — lançados nos anos 70 e 80 — que eram seleções malucas de clássicos e que tinham gatinhos na capa? Ali, o Aleluia de Händel podia vir antes de um trecho de Rhapsody in Blue, o qual era seguido pela Abertura 1812 e pela chamada Ária na Corda Sol (mentira, corda sol coisa nenhuma) de Bach, por exemplo. Salada semelhante é servida por Khatia Buniatishvili neste CD. Mas o importante é faturar enquanto a beleza não abandona a pianista. Ela tem alguns anos de sucesso ainda. Como habitualmente, neste disco ela é muita emoção e languidez — principalmente a última –, acompanhada de um talento que não precisaria ter registros gravados. Temos tanta gente melhor! Depois deste disco altamente suspeito, ela sucumbe aqui. Só a aparência não basta. Afinal, ouvimos o CD. Vocês sabem que eu amo as belas musicistas, mas tudo tem limite.

O volume 1 da numerosa série

Bach, Brahms, Chopin, Debussy, Dvořák, Grieg, Kancheli, Kempff, Ligeti, Liszt, Mendelssohn, Pärt, Ravel, Scarlatti, Scriabin, Tchaikovsky: Motherland (com Khatia Buniatishvili)

1 Johann Sebastian Bach: Was mir behagt, ist nur die muntre Jagd, BWV 208: IX. Schafe können sicher weiden (Arr. for Piano)
2 Pyotr Ilyich Tchaikovsky: The Seasons, Op. 37b: X. October (Autumn Song)
3 Felix Mendelssohn-Bartholdy: Lied ohne Worte in F-Sharp Minor, Op. 67/2
4 Claude Debussy: Suite Bergamasque, L. 75: III. Clair de lune
5 Giya Kancheli: Tune from the Film by Lana Gogoberidze: When Almonds Blossomed
6 György Ligeti: Musica ricercata No. 7 in B-Flat Major
7 Johannes Brahms: Intermezzo in B-Flat Minor, Op. 117/2
8 Franz Liszt: Wiegenlied, S. 198
9 Antonín Dvorák: Slavonic Dance for Four Hands in E Minor, Op. 72/2: Dumka (Allegretto grazioso)
10 Maurice Ravel: Pavane pour une infante défunte in G Major, M. 19
11 Frédéric Chopin: Etude in C-Sharp Minor, Op. 25/7
12 Alexander Scriabin: Etude in C-Sharp Minor, Op. 2/1
13 Domenico Scarlatti: Sonata in E Major, K. 380
14 Edvard Grieg: Lyric Piece in E Minor, Op. 57/6: Homesickness
15 Traditional: Vagiorko mai / Don’t You Love Me?
16 Wilhelm Kempff: Suite in B-Flat Major, HWV 434: IV. Menuet
17 Arvo Pärt: Für Alina in B Minor

Khatia Buniatishvili, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Desculpe, Khatia, não rolou.

PQP

Walton / Bloch / Ligeti / Britten: Peças para Violoncelo e Orq. de Câmara e Violoncelo Solo

Walton / Bloch / Ligeti / Britten: Peças para Violoncelo e Orq. de Câmara e Violoncelo Solo

O concerto de Walton foi encomendado pelo violoncelista russo Gregor Piatigorsky, cuja reputação como intérprete foi tal que a ele foram dedicadas obras de ninguém menos do que Stravinsky, Prokofiev e Hindemith. Embora o concerto não tenha sido muito bem recebido pelos críticos após a sua primeira apresentação, é o resultado da singular sensibilidade estética de Walton — um romantismo antiquado no período do pós-guerra. O desempenho de Wispelwey desloca-se sem esforço através das fortes passagens rítmicas e dos momentos de serenidade exigidos pela composição. O CD também inclui três composições para violoncelo solo: a Suíte Nº 1 de Bloch, a Sonata de Ligeti para violoncelo solo e a Passacaglia de Walton. A função se encerra com a Ciaccona de Britten, que deixa claro porque Wispelwey é considerado um dos principais intérpretes de Britten.

Walton / Bloch / Ligeti / Britten: Works for Cello

WALTON Cello Concerto
1 I Moderato 8.59
2 II Allegro appassionato 6.38
3 III Tema ed improvvisazioni 15.29

Sydney Symphony
Jeffrey Tate
Pieter Wispelwey toca um cello de 1760 de Giovanni Battista Guadagnini

BLOCH Suite no.1 for solo cello
4 Prelude 3.31
5 Allegro 2.27
6 Canzona 3.43
7 Allegro 2.21

LIGETI Sonata for solo cello
8 I Dialogo. Adagio, rubato, cantabile 4.30
9 II Capriccio. Presto con slancio 3.47

10 WALTON 10 Passacaglia for solo cello 6.59

11 BRITTEN Ciaconna from Cello Suite no.2 7.02
Cello 1698 Antonio Stradivarius ‘Magg’

Pieter Wispelwey, violoncelo

Total timing: 66.22

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Wispelwey ficou assustado ao ver o tamanho do acervo do PQP Bach

PQP

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) / György Sándor Ligeti (1923-2006): Rameau & Ligeti

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) / György Sándor Ligeti (1923-2006): Rameau & Ligeti

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em 2014, lembramos dos 250 anos de morte de Jean-Philippe Rameau. Porém, estranhamente, este disco apresenta também obras de um pioneiro musical do século 20: Ligeti! E a coisa funciona!

Vamos pensar um pouco? Rameau e Ligeti têm aqui uma abordagem semelhante: peças curtas, cheias de intenções e humor. Krier aborda as obras sem muitos rodeios ou reverência. Mas faz sentido combinar a música de um mestre barroco francês com obras de vanguarda escritas nos anos 50 do século passado? Pode-se colocar estes dois compositores — Jean- Philippe Rameau (1683-1764) e György Ligeti (1923-2006) — lado a lado? Será que eles têm algo em comum, e, em caso afirmativo, como podem ser vistos tais traços a partir dos pontos de vista de dois séculos totalmente diferentes?

Na minha opinião, o CD se justifica tanto quanto este aqui.

A Musica Ricercata de Ligeti traz de volta um gênero barroco chamado ricercare, um precursor da fuga. A escolha do título foi uma homenagem a Girolamo Frescobaldi, o pai da ricercare. Como no caso da música barroca, Ligeti coloca em cada peça um conjunto rigoroso de regras e limitações. Tais limitações formais e estruturais tornam-se a base de sua escrita, que exibe uma abordagem totalmente intelectual à composição, sempre submetendo-a a um determinado conceito. Visto por esse ângulo, os dois compositores, Rameau e Ligeti…

Chega! Tudo isso é blá-blá-blá. O que interessa mesmo é o julgamento de nossos ouvidos. Ouça e julgue você mesmo.

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) / György Sándor Ligeti (1923-2006): Rameau & Ligeti

RAMEAU – Pièces de clavecin – Suite En Sol

01. No. 1 Les tricotets. Rondeau
02. No. 2 L’indifferente
03. No. 3 Menuet – Deuxième menuet
04. No. 4 La poule
05. No. 5 Les triolets
06. No. 6 Les sauvages
07. No. 7 L’enharmonique
08. No. 8 L’égiptienne

LIGETI – Musica Ricercata (11 Stucke fur Klavier)

09. No. 1 Sostenuto – Misurato – Prestissimo
10. No. 2 Mesto, rigido e cerimoniale
11. No. 3 Allegro con spirito
12. No. 4 Tempo di valse – Poco vivace – “a l’orgue de Barbarie”
13. No. 5 Rubato. Lamentoso
14. No. 6 Allegro molto capriccioso
15. No. 7 Cantabile, molto legato
16. No. 8 Vivace. Energico
17. No. 9 Adagio. Mesto – Allegro maestoso (Béla Bartók in Memoriam)
18. No. 10 Vivace. Capriccioso
19. No. 11 Andante misurato e tranquillo (Omaggio a Girolamo Frescobaldi)

RAMEAU – Pièces de clavecin des Concerts

20. premier concert en ut mineur, CRT 7: No. 2, La livri
21. deuxième concert en sol majeur, CRT 8: No. 3, L’agacante
22. troisième concert an la majeur, CRT 9: No. 2, La timide
23. quatrième concert en si bémol majeur, CRT 10: No. 2, L’indiscrète

24. La Dauphine, RCT 12

Cathy Krier, Piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A lindinha Cathy Krier: mistura fina de barroco e contemporâneo
A lindinha Cathy Krier: mistura fina de barroco e contemporâneo

PQP

Schnittke (1934-1998) / Lutoslawski (1913-1994) & Ligeti (1923-2006): Obras para Orquestra de Câmara

Schnittke (1934-1998) / Lutoslawski (1913-1994) & Ligeti (1923-2006): Obras para Orquestra de Câmara

schnittke ligeti Lutoslawski

Mais um grande disco de música da segunda metade do século XX. Aqui, Schnittke está acompanhado de Lutoslawski e Ligeti, mas permanece como a estrela deste CD da Deutsche Grammophon que faz parte da coleção Classikon, destinada aos clássicos modernos. E, com efeito, são gravações que já tinham aparecido em discos anteriores da DG. Apesar do disco abrir e fechar com Lutoslawski, penso que ele sirva de parênteses para as criações de Ligeti e Schnittke, a meu ver superiores. Vale muito a audição!

Schnittke (1934-1998) / Lutoslawski (1913-1994) & Ligeti (1923-2006): Obras para Orquestra de Câmara

Witold Lutoslawski (1913-1994)
Chain 3 (1986)
for Orchestra

1 1. Presto (4’42)
2 2. Presto (13) (4’59)
3 3. (38) (2’12)

BBC Symphony Orchestra
Dir.: Witold Lutoslawski

Alfred Schnittke (1934-1998)
Concerto grosso no.1 (1976-77)
for two violins, harpsichord, prepared piano and string orchestra

4 1. Preludio: Andante (5’00)
5 2. Toccata: Allegro (4’26)
6 3. Recitativo: Lento (6’55)
7 4. Cadenza (without tempo marking) (2’32)
8 5. Rondo: Allegro (7’08)
9 6. Postludio: Andante – Allegro – Andante (2’13)

Gidon Kremer, Tatiana Grindenko, violins
Yuti Smirnov, harpsichord & prepared piano
The Chamber Orchestra or Europe
Dir.: Heinrich Schiff

György Ligeti (1923-2006)
Chamber Concerto (1969-70)
for 13 instruments

10 1. Corrente (5’07)
11 2. Calmo, sostenuto (5’53)
12 3. Movimiento preciso e meccanico (3’58)
13 4. Presto (3’33)

Ensemble InterContemporain
Dir.: Pierre Boulez

Witold Lutoslawski
Novelette (1978-79)
for Orchestra

14 I. Announcement (1’45)
15 II. First Event (2’58)
16 III. Second Event (3’38)
17 IV. Third Event (2’10)
18 V. Conclusion (6’58)

BBC Symphony Orchestra
Dir.: Witold Lutoslawski

Deutsche Grammophon 439 452-2

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Alfred Schnittke: o grande talento do inventor do poili estilismo
Alfred Schnittke: o grande talento do inventor do poliestilismo

PQP

Britten / Bach / Ligeti : Peças para Violoncelo Solo

Britten / Bach / Ligeti : Peças para Violoncelo Solo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um notável disco do professor, compositor e celista húngaro Miklós Perényi. Como eu disse um dia, um violoncelo solitário é a porta de entrada para a alma de vários compositores. E, à medida que mais violoncelistas gravam álbuns solo, parece haver uma demanda crescente por um repertório maior além do punhado de peças que geralmente são interpretadas. Compositores, mexam-se! Há demanda! Para este disco de 2012, Miklós Perényi escolheu três obras que demonstram não apenas combinarem perfeitamente entre si, mas a necessidade de mais peças. As obras de Bach e de Ligeti são conhecidas obra-primas, a de Britten é uma grata surpresa. Que música, meus amigos! Perény é claramente um mestre e ele toca os três trabalhos com compromisso, conhecimento e vitalidade.

Benjamin Britten — Third Suite for Cello, Op. 87
1 Introduzione: Lento 2:16
2 Marcia: Allegro 1:34
3 Canto: Con moto 1:09
4 Barcarola: Lento 1:13
5 Dialogo: Allegretto 1:10
6 Fuga: Andante espressivo 2:32
7 Recitativo: Fantastico 1:09
8 Moto perpetuo: Presto 0:51
9 Passacaglia: Lento solenne 8:33

Johann Sebastian Bach — Suite for Cello Solo No. 6 in D, BWV 1012
10 Prélude 5:32
11 Allemande 6:34
12 Courante 3:51
13 Sarabande 5:43
14 Gavotte 1 – 2 4:32
15 Gigue 3:47

György Ligeti — Sonata for Solo Cello
16 Dialogo: Adagio, rubato, cantabile 4:00
17 Capriccio: Presto con slancio 3:35

Miklós Perényi, violoncelo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Perényi: mestre absoluto
Perényi: mestre absoluto

PQP

Ernest Bloch (1880-1959), Luigi Dallapiccola (1904-1975) e & György Ligeti (1923-2006): Suites for solo cello

Ernest Bloch (1880-1959), Luigi Dallapiccola (1904-1975) e & György Ligeti (1923-2006): Suites for solo cello

Um violoncelo solitário é a porta de entrada para a alma de muitos compositores. Bach e Britten são os mais famosos. Ernest Bloch escreveu suas três suítes solo de violoncelo na década de 1950, perto do final de sua vida, e elas são fugazes e estranhas, como se tratasse de lembranças problemáticas. A notável Natalie Clein completa seu programa com duas outras peças do pós-guerra: a Ciaccona, Intermezzo e Adagio (1945) de Dallapiccola, peça bem perturbada e forte, e a Sonata em dois movimentos de Ligeti (1948-53), que contém uma das melodias mais desprotegidamente bonitas que conheço. Com razão, Clein toca cheia de convicção e não recua em alternar ataques destemidos e passagens sublimes, tranquilas e assustadoras. Este disco é 2017 e a violoncelista recém completou 40 anos. Uma menina! Parabéns, Natalie!

Bloch, Ligeti & Dallapiccola: Suites for solo cello

Suite for solo cello No 1 [10’11] Ernest Bloch (1880-1959)
1 Prelude[2’35]
2 Allegro[1’56]
3 Canzona[3’00]
4 Allegro[2’40]

Suite for solo cello No 2 [18’12] Ernest Bloch (1880-1959)
5 Prelude[2’52]
6 Allegro[5’20]
7 Andante tranquillo[5’04]
8 Allegro[4’56]

Suite for solo cello No 3 [11’15] Ernest Bloch (1880-1959)
9 Allegro deciso[1’24]
10 Andante[2’35]
11 Allegro[2’34]
12 Andante[2’30]
13 Allegro giocoso[2’12]

Ciaccona, Intermezzo e Adagio [16’18] Luigi Dallapiccola (1904-1975)
14 Ciaccona: Con larghezza[8’00]
15 Intermezzo: Allegro, con espressione drastica[2’44]
16 Adagio[5’34]

Sonata for solo cello [8’33] György Ligeti (1923-2006)
17 Dialogo: Adagio, rubato, cantabile[3’57]
18 Capriccio: Presto con slancio[4’36]

Natalie Clein, violoncelo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Bom dia, Natalie.
Bom dia, Natalie.

PQP

 

Béla Bartók, Peter Eötvös e György Ligeti: Concertos para Violino e Orquestra

Béla Bartók, Peter Eötvös e György Ligeti: Concertos para Violino e Orquestra

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este CD duplo recebeu o Prêmio de Gravação do Ano de 2013 da Revista Gramophone. E, olha, é bom demais mesmo.

Patricia Kopatchinskaja nasceu em 1977 na Moldávia. Aqui, ela executa três concertos de primeira linha de compositores nascidos ali do lado, na Hungria, mais exatamente na Transilvânia, com um brio e um elã que vou lhes contar. Ou não, melhor vocês ouvirem. Não nego a importância da orquestra regida por Peter Eötvös, mas o destaque é o desempenho de — diga rápido! — Kopatchinskaja. Ela tem fantasia e fluidez ímpares. E mais não escrevo.

E o Concerto de Bartók? Uma obra-prima indiscutível, né?

Bela Bartók, Peter Eötvös e György Ligeti: Concertos para Violino e Orquestra

Bartók: Violin Concerto No. 2, Sz 112
1 Violin Concerto N°2: I. (Allegro non troppo) 16:57
2 Violin Concerto N°2: II. (Andante tranquillo) 10:01
3 Violin Concerto N°2: III. (Allegro molto) 12:07

Peter Eötvös: Seven
4 Seven: I. (First Cadenza) 1:29
5 Seven: II. (Second Cadenza) 0:47
6 Seven: III. (Third Cadenza) 2:55
7 Seven: IV. (Fourth Cadenza) 5:44
8 Seven: V. (Part II) 12:02

Ligeti: Violin Concerto
1 Violin concerto: I. (Praeludium: Vivacissimo luminoso) 3:57
2 Violin concerto: II. (Aria – Hoquetus – Choral: Andante con moto) 7:13
3 Violin concerto: III. (Intermezzo: Presto fluido) 2:24
4 Violin concerto: IV. (Passacaglia: Lento intenso) 7:06
5 Violin concerto: V. (Appassionato: Agitato molto) 7:05

Patricia Kopatchinskaja, violino
Frankfurt Radio Symphony Orchestra
Ensemble Modern (no Ligeti)
Peter Eötvös

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Patricia Kopatchinskaja: gênia total
Patricia Kopatchinskaja: gênia total

PQP

György Ligeti (1923-2006): Lontano, Violin Concerto, Atmosphères e San Francisco Polyphony

György Ligeti (1923-2006): Lontano, Violin Concerto, Atmosphères e San Francisco Polyphony

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Imperdível, mas só para quem tem ouvidos que não se chocam com o moderno. Na minha inútil opinião, Ligeti foi o maior compositor da segunda metade do século XX. Com um pé na tradição europeia — tendo tomado impulso em seu compatriota Béla Bartók — e uma imaginação delirante, este húngaro criou uma obra ao mesmo tempo rigorosa, compreensível e bem humorada. Eu amo Lontano, o Concerto para Violino e a micropolifonia de Atmosphères, aqui magnificamente interpretados pelo pessoal da Rádio da Finlândia. É uma linguagem que me agrada sobremaneira.

Toda aquela bagunça
Quero ver tudo isso organizado até o meio-dia, György!

György Ligeti (1923-2006): Lontano, Violin Concerto, Atmospheres e San Francisco Polyphony

01. Lontano
02. Violin Concerto – I. Praeludium
03. Violin Concerto – II. Aria, Hoquetus, Choral
04. Violin Concerto – III. Intermezzo
05. Violin Concerto – IV. Passacaglia
06. Violin Concerto – V. Appassionato
07. Atmospheres
08. San Francisco Polyphony

Benjamin Schmid, violino
Finnish Radio Symphony Orchestra
Hannu Lintu

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Dizem que se pronuncia Lígeti, como proparoxítona. Confere, produção?
Dizem que se pronuncia Lígeti, como proparoxítona. Confere, produção?

PQP

Amoyel, Bacri, Britten, Cassadó, Crumb, Dutilleux, Henze, Kodály, Ligeti: O Violoncelo do Século XX

Amoyel, Bacri, Britten, Cassadó, Crumb, Dutilleux, Henze, Kodály, Ligeti: O Violoncelo do Século XX

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este álbum reúne dois CDs de música moderna para violoncelo solo interpretados por Emmanuelle Bertrand. No passado recente, ambos foram lançados em separado. O primeiro disco é a estreia de Bertrand na Harmonia Mundi. Ele apresenta obras de Dutilleux, Crumb, Henze, Ligeti e Bacri. O segundo, lançado sob o título Le violoncelle parle (o violoncelo fala), inclui suítes para violoncelo solo de Britten e Cassadó e a monumental Sonata de Kodaly para violoncelo solo. Nas mãos de Bertrand, o violoncelo realmente “fala” e nos leva direto ao coração de uma linguagem ainda não compreendida por todos. “Não gostam agora? Gostarão mais tarde”, diria Beethoven. Muitas das peças foram dedicadas a Bertrand, mas damos destaque especial para Itinérance, onde a violoncelista canta — sim, com a voz. É óbvio que o compositor Pascal Amoyel sabia da bela voz da violoncelista.

Emmanuelle Bertrand – Le violoncelle au XXe siècle

Disc 1

Henri Dutilleux [1916-2013]
Trois strophes sur le nom de SACHER (1976-82)
1 I. Un poco indeciso / A tempo 4’02
2 II. Andante sostenuto 3’21
3 III. Vivace – Calmo – A tempo 3’14

Hans Werner Henze [1926-2012]
Sérénade (1949)
4 I. Adagio rubato 0’58
5 II. Poco allegretto 0’50
6 III. Pastorale 0’42
7 IV. Andante con moto. Rubato 0’59
8 V. Vivace 0’42
9 VI. Tango 1’16
10 VII. Allegro marciale 0’42
11 VIII. Allegretto 0’44
12 IX. Menuett 1’04

George Crumb [1929]
Sonate (1955)
13 I. Fantasia. Andante espressivo e con molto rubato 4’16
14 II. Tema pastorale con variazioni. Tema : Grazioso e dlicato Var. I : Un poco più animato. Var. II : Allegro possibile e sempre pizzicato. Var. III : Poco adagio e molto espressivo 5’01
15 III. Toccata. Largo e drammatico. Allegro vivace 2’31

György Ligeti [1923-2006]
Sonate (1948-53)
16 I. Dialogo. Adagio, rubato, cantabile 5’18
17 II. Capriccio. Presto con slancio – Sostenuto – Presto 5’10

Nicolas Bacri [1961]
Suite n°4 op.50 (1994-96)
dédiée à Emmanuelle Bertrand
18 I. Preludio. Adagio 4’35
19 II. Sonata gioconda. Presto volante, etc. 2’43
20 III. Intermezzo improvvisato. Adagio lamentoso 4’02
21 IV. Sonata seria. Andante maestoso 4’56

Disc 2

Benjamin Britten [1913-1976]
Suite for solo violoncello no.3 op.87 (1971) in C minor / ut mineur / e-moll
1 I. Introduzione. Lento 2’15
2 II. Marcia. Allegro 1’44
3 III. Canto. Con moto 1’20
4 IV. Barcarola. Lento 1’19
5 V. Dialogo. Allegretto 1’27
6 VI. Fuga. Andante espressivo 2’48
7 VII. Recitativo. Fantastico 1’27
8 VIII. Moto perpetuo. Presto 0’55
9 IX. Passacaglia. Lento solenne 8’32

Gaspar Cassadó [1897-1966]
Suite for solo violoncello (1926)
10 I. Preludio-Fantasia. Andante 6’06
11 II. Sardana (Danza). Allegro giusto 4’09
12 III. Intermezzo e danza finale. Lento ma non troppo 5’23

Pascal Amoyel [1971]
13 Itinérance (2003). Lento. Prégnant, du fond des âges 10’35

Zoltán Kodály [1882-1967]
Sonata for solo violoncello op.8 (1915)
14 I. Allegro maestoso ma appassionato 9’13
15 II. Adagio 12’50
16 III. Allegro molto vivace 11’46

Nicolas Bacri [1961]
17. Suite No. 4 pour violoncelle seul, Op. 50: V. Postludio – Adagio (2:36)

Emmanuelle Bertrand, violoncelo e também voz em Itinérance

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Emmanuelle Bertrand: intimidade com o século XX
Emmanuelle Bertrand: intimidade com o século XX

PQP

György Ligeti (1923-2006): Selected Works 5-LP Box Set

György Ligeti (1923-2006): Selected Works 5-LP Box Set

ligeti 5LP

Penso que esta caixa de 5 LPs, salva por um santo no avaxhome, dê a perspectiva perfeita do que é a música de György Ligeti. A caixa é de 1984 e foi concebida pele gravadora Wergo Studio-reihe neuer Musik. O texto abaixo foi retirado da Wiki. Transcrevo-o aqui na esperança de que alguéns se interessem por Ligeti. Ah, e já preparei meu estômago para suportar as lastimáveis piadinhas daquelas pessoas limitadas a poucos compositores e estilos e que fazem piadas com “hehe”. Puro ruído de galinhas que gostariam de ser reconhecidas pelo ouvido absoluto de Schumann (essa foi muito mais elegante, exata e histórica do que a maioria de vocês imagina…; afinal, Schumann, o qual tinha ouvido absoluto, reconhecia suas galinhas através da tonalidade que emitiam e um dos hostis às modernagens do blog costuma melar a cueca com Bob Schu; OK, baixei o nível). Ah, IMPORTANTE: se um de vocês tiver a lista de músicos que participaram das gravações, peço que faça o favor de informar. Eu não sei nada, só sei que é bom demais.

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

György Sándor Ligeti (Dicsőszentmárton, 28 de maio de 1923 — Viena, 12 de junho de 2006) foi um compositor húngaro judeu, amplamente considerado como um dos mais notáveis compositores de música erudita do século XX. Sua obra mais famosa é a ópera Le Grand Macabre. Também é conhecido por algumas músicas das trilhas sonoras de filmes como 2001: Uma Odisséia no Espaço e Eyes Wide Shut.

Biografia

Ligeti nasceu em Dicsőszentmárton (em romeno: Diciosânmartin, atualmente Târnăveni), na região da Transilvânia, Romênia. Era sobrinho-neto do violinista Leopold Auer. à época, Dicsőszentmárton era um povoado húngaro de população judaica. Ligeti dizia que seu primeiro contato com a língua romena foi em um dia quando ouviu policiais falando naquele idioma. Após deixar sua terra natal, não voltaria mais até a década de 1990.

Ligeti recebeu suas primeiras instruções musicais no conservatório de Cluj/Kolozsvár, no centro da Transilvânia. Sua educação parou em 1943 quando, por ser judeu, foi coagido a trabalhar para os nazistas. Seus pais, seu irmão e outros parentes foram deportados para o campo de concentração de Auschwitz, onde foram executados. Sua mãe foi a única que sobreviveu.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, Ligeti voltou a estudar, em Budapeste, graduando-se em 1949. Estudou com Pál Kadosa, Ferenc Farkas, Zoltán Kodály e Sándor Veress. Realizou um trabalho etnomusicológico sobre a música folclórica romena, mas, depois de um ano, voltou à antiga escola em Budapeste e foi nomeado professor de harmonia, contraponto e análise musical. Naquele tempo, o contato entre a Hungria e o ocidente estavam rompidos pelo, então, governo comunista, e Ligeti teve de ouvir secretamente as transmissões do rádio para se inteirar dos progressos musicais no mundo. Em dezembro de 1956, mudou-se para Viena e tornou-se cidadão austríaco.

Pôs-se, então, em contato com várias das figuras-chaves da música de vanguarda que nao eram conhecidas na isolada Hungria de seu tempo. Entre os vanguardistas, estavam compositores como Karlheinz Stockhausen e Gottfried Michael Koenig, que atuavam na música electrónica. Ligeti trabalhou com ela no mesmo estúdio que tinha em Colônia, e se inspirou com os sons que criava lá. Todavia, produziu pouca música propriamente eletrônica, concentrando-se mais nas obras isntrumentais com certas nuances que lembravam a música eletrônica.

Desde esse tempo, a obra de Ligeti começou a se tornar mais conhecida e respeitada. Mais recentemente, seus três livros de estudos para piano adquiriram grande difusão devido às gravações feitas por Pierre-Laurent Aimard, Fredrik Ullén, entre outros.

Ligeti deu aulas em Darmstadt, Hamburgo, Estocolmo e Stanford. Foi também professor na Hamburg Hochschule für Musik und Theater em 1973, retirando-se em 1989. No início da década de 1980, sofreu problemas cardíacos que o levaram a se ausentar por vários anos do cenário musical, até ter aparecido com o Trio para Trompa, Violino e Piano (1983). Desde então, sua produção foi abundante até os anos 1990. Após 2000, seus problemas de saúde voltaram a aparecer e nenhuma obra mais foi escrita desde o ciclo de canções Síppal, dobbal, nádihegedüvel (“Com pipas, tambores, violinos”, 2000). Faleceu em Viena, em junho de 2006.

Além da música, Ligeti também se interessou pela geometria fractal de Benoît Mandelbrot, e nas obras literárias de Lewis Carroll e Douglas R. Hofstadter.

O filho de Ligeti, Lukas Ligeti, é um compositor e percussionista que vive hoje em Nova York.

A música de Ligeti

As primeiras obras de Ligeti são uma extensão da linguagem musical de seu compatriota Béla Bartók. Por exemplo, suas peças para piano Musica Ricercata (1951 – 53), foram comparadas com as do Mikrokosmos de Bartók . A coleção de Ligeti tem onze peças ao todo, A primeira usa somente uma nota “lá” executada em diversas oitavas. Só no fim da peça é possível escutar a segunda nota – “ré”. A segunda peça emprega três notas diferentes, a terceira emprega quatro, e assim até o fim, de tal forma que a décima-primeira peça usa todas as doze notas da escala cromática.

Nessa primeira parte de sua carreira, Ligeti foi afetado pelo regime comunista da Hungria daquele tempo, que impunha a estética do realismo socialista. A décima peça da Musica Ricercata foi proibida pelas autoridades por considerarem-na “decadente”. Isto se deveu provavelmente ao uso muito livre dos intervalos de segunda menor. Devido à ousadia de suas intenções musicais, é fácil de supor a razão por ter decidido deixar a Hungria.

Uma vez estabelecido em Colônia, começou a compor música electrónica junto a Karlheinz Stockhausen. Entretanto, suas obras para essa linguagem se resumem em três:, dentre as quais Glissandi (1957) e Artikulation (1958), antes de voltar à música instrumental e à vocal. Suas composições, então, apareceram influenciadas por suas experiências eletrônicas e muitos dos efeitos sonoros que criou lembram outras obras eletrônicas. A obra Apparitions (1958-59) foi a primeira a atrair a atenção da crítica, mas foi sua obra seguinte, Atmosphères, a mais conhecida atualmente. Foi usada, junto com fragmentos de Lux aeterna e seu Réquiem como parte de la trilha sonora de 2001: Uma Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick – sem a autorização do próprio Ligeti.

Atmosphères (1961) é uma peça para uma grande orquesta sinfônica. É considerada peça-chave na produção de Ligeti e contém muitos dos recursos explorados durante a década de 1960. Abandonou o foco na melodia, na harmonia e no ritmo, para se concentrar apenas no timbre dos sons, uma técnica conhecida como “massa de som. Cada nota da escala cromática soa em cinco oitavas. A peça se desenvolve a partir desse acorde, com nuances sempre distintas.

Ligeti cunhou o termo “micropolifonia” à técnica composicional que usou em Atmosphères, Apparitions e outras obras daquela época. Assim a definiu: “a complexa polifonia das partes individuais está fundida num fluxo harmônico-musical, no qual as harmonias não mudam subitamente; em vez disso, mesclam-se umas com as outras. É uma combinação de intervalos claramente reconhecível e que vai se tornando nebulosa. Nesta nebulosidade, pode-se distingüir uma nova combinação de intervalos se formando”.

Da década de 1970 em diante, Ligeti se afastou do cromatismo total e começou a se concentrar no ritmo. Interessou-se, particularmente, nos aspectos rítmicos da música africana, em especial na dos pigmeus. Em meados de 1970, escreveu a ópera “Le Grand Macabre”, com base no teatro do absurdo com muitas referências escatológicas. Sua música dos anos 1980 e 90 deram ênfase a complexos mecanismos rítmicos, em uma linguagem menos densamente cromática (tendendo a favorecer as tríades maiores e menores deslocadas e estruturas polimodais).

A última obra de Ligeti foi o Concerto de Hamburgo para trompa e orquestra de câmara (1998-99, revisado em 2003).

Lista de obras

Andante e Allegro para quarteto de cordas (1950)
Baladi joc para dois violinos (1950)
Concert românesc para orquestra (1951)
Musica ricercata para piano (1951-1953)
Seis bagatelas para quinteto de sopros (1953)
Quarteto de cordas nº 1 “Métamorphoses nocturnes” (1953-54)
Glissandi, música eletrônica (1957)
Artikulation, música eletrônica (1958)
Apparitions para orquestra (1958-59)
Atmosphères para orquestra (1961)
Volumina para órgão (1961-62, revisado em 1966)
Poème Symphonique para 100 metrônomos (1962)
Réquiem para soprano e mezzosoprano solistas, coro misto e orquestra (1963-65)
Concerto para violoncelo e orquestra (1966)
Lux Aeterna para 16 solistas (1966)
Lontano para orquesta (1967)
Dois estudos para órgão (1967, 1969)
Continuum para cravo (1968)
Ramifications para 12 instrumentos de corda solistas (1968-69)
Quarteto de cordas nº 2 (1968)
Dez peças para quinteto de sopros (1968)
Concerto de câmara para 13 instrumentos (1969-70)
Melodien para orquestra (1971)
Concerto duplo para flauta, oboé e orquestra (1972)
Clocks and Clouds para 12 vozes femininas (1973)
San Francisco Polyphony para orquestra (1973-74)
Le Grand Macabre, ópera (estreada en 1978)
Études pour piano, Premier livre (1985)
Concerto para piano e orquestra (1985-88)
Concerto para violino e orquestra (1992)
Études pour piano, Deuxième livre (1988-94)
Concerto de Hamburgo para trompa e orquestra de câmara com quatro trompas naturais obligato (1998-99, revisado em 2003)
Síppal, dobbal, nádihegedűvel: Weöres Sándor verseire (2000)
Études pour piano, Troisième livre (1995-2001)

Prêmios

Grawemeyer Award for Music Composition (Etudes for Piano) (1986)
Prémio Balzan (1991)
Schock Prize for Musical Arts (1995)
Kyoto Award (2001)
Polar Music Prize (2004)

György Ligeti – Selected Works 5-LP Box Set

1-01 Streichquartett No 1
1-02 Streichquartett No 2
1-03 Streichquartett No 2
1-04 Streichquartett No 2
1-05 Streichquartett No 2
1-06 Streichquartett No 2
2-01 Continuum
2-02 Zehn Stucke fur Blaserquintett
2-03 Artikulation
2-04 Glissandi
2-05 Etuden No.1 Harmonies
2-06 Etuden No.2 Coulee
2-07 Volumina
3-01 Kammerkonzert
3-02 Ramifications Version fur Streichorchester
3-03 Ramifications Version fur 12 Solostreicher
3-04 Lux aeterna
3-05 Atmospheres
4-01 Konzert fur Violoncello und Orchester
4-02 Lontano
4-03 Doppelkonzert
4-04 San Francisco Polyphony
5-01 Requiem
5-02 Aventures
5-03 Nouvelles Aventures

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Faço música para metrônomos, e daí?
Faço música para metrônomos, e daí?

PQP

Chopin · Scriabin · Liszt · Ligeti: Sonatas para Piano e Estudos

Chopin · Scriabin · Liszt · Ligeti: Sonatas para Piano e Estudos

Assim como acontece com a georgiana Khatia Buniatishvili, a chinesa Yuja Wang (ou seus agentes) aposta fundo na beleza física. Não é proibido, mas acho chato ver hoje mais discos das duas do que de Maria João Pires e Martha Argerich, por exemplo. Jovens e belas, ambas nascidas em 1987, Wang e Buniatishvili são boas pianistas, não há dúvida, mas estão longe de merecer o Olimpo. O destaque deste CD é a excelente escolha do repertório. Chopin e Scriabin entremeados por dois Ligeti, com a grande Sonata de Liszt ao final é realmente de entusiasmar pelo bom gosto. Dá vontade de ouvir e o desempenho de Wang é satisfatório, mesmo que não nos faça flutuar como faria alguém com maior maturidade artística. Afinal, ao menos aqui, estou mais interessado em meus ouvidos.

Chopin · Scriabin · Liszt · Ligeti: Sonatas para Piano e Estudos

Chopin: Piano Sonata No.2 In B Flat Minor, Op.35
1 1. Grave – Doppio movimento 7:50
2 2. Scherzo – Più lento – Tempo I 6:49
3 3. Marche funèbre (Lento) 8:25
4 4. Finale (Presto) 1:28

Ligeti: 6 etudes pour piano, premier livre
5 – Etude Nº 4 – Fanfares 3:40

Scriabin: Piano Sonata No.2, In G Sharp Minor Op.19 “Sonata Fantasy” –
6 1. Andante 8:18
7 2. Presto 4:02

8 Ligeti: Etude No.10 “Der Zauberlehring” 2:15

Liszt: Piano Sonata In B Minor, S.178 – Edited By Alfred Cortot
9 1. Lento assai – Allegro energico – Grandioso-Recitativo 12:24
10 2. Andante sostenuto 7:45
11 3. Allegro energico – Andante sostenuto – Lento assai 11:05

Yuja Wang, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Yuja Wang: música erudita explícita
Yuja Wang: música erudita explícita

PQP

György Ligeti (1923-2006): Requiem, Aventures e Nouvelles Aventures

György Ligeti (1923-2006): Requiem, Aventures e Nouvelles Aventures

IM-PER-DÍ-VEL !!!

E mais um Ligeti para o povo pequepiano. A complexidade dos contrapontos do Requiem — música da fase timbrística de Ligeti e composta um ano antes de Lux Aeterna — é uma coisa que beira o absurdo, ao menos para um ouvinte como eu. É uma coisa linda e metafísica. É a melhor peça deste maravilhoso CD, mas amo também as divertidas Aventures e as Nouvelles Aventures, escritas pouco antes do Requiem. Aqui há também uma polifonia furiosa, porém parece-me que a utilização de grunhidos e, fundamentalmente, do riso e de algumas momices, torna essas duas obras mais simpáticas do que o belo e difícil Requiem. Nas Aventuras, a impressão geral é a de que estamos de volta ao ambiente e à vida descrita pelo excelente filme Themroc (1973), de Claude Faraldo… Esta gravação é de 1965 e bastante rara, apesar da Amazon tê-la disponível.

Enjoy porque vale a pena…

György Ligeti (1923-2006) – Requiem, Aventures e Nouvelles Aventures

1 Requiem
Choir – Chor Des Bayerischen Rundfunks
Chorus Master – Wolfgang Schubert
Conductor [Orchester] – Michael Gielen
Mezzo-soprano Vocals – Barbro Ericson
Orchestra – Sinfonie-Orchester Des Hessischen Rundfunks Frankfurt
Soprano Vocals – Liliana Poli

2 Aventures

3 Nouvelles Aventures
Alto Vocals – Marie-Thérèse Cahn
Baritone Vocals – William Pearson
Conductor – Bruno Maderna
Orchestra – Internationales Kammerensemble Darmstadt
Soprano Vocals – Gertie Charlent

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Ele tenta se esconder, mas a gente sempre reencontra Ligeti
Ele tenta se esconder, mas a gente sempre encontra Ligeti

PQP

Gyorgy Ligeti (1923-2006): Quartetos de Cordas Nº 1 e 2 / Sonata para Violoncelo Solo

Gyorgy Ligeti (1923-2006): Quartetos de Cordas Nº 1 e 2 / Sonata para Violoncelo Solo

Métamorphoses nocturnes é a grande atração deste CD e é um título particularmente adequado para o primeiro quarteto do lendário compositor húngaro György Ligeti. É uma extraordinária obra de juventude e dá mostras da inquietude desenvolvimento precoce daquele que é uma das vozes mais influentes do século 20.

Composto em 1953-4, fica claro que o herói de Ligeti era Béla Bartók, um dos poucos compositores “modernos” que eram acessíveis ao dentro das fronteiras da Hungria. O Quarteto é marcado por discordantes ritmos folclóricos, contraponto e episódios de solidão e violência. Bartók. Mas a voz do próprio Ligeti é clara, assim como o germe do que viria a se tornar conhecido como a “micropolifonia” — densas rajadas que resultam em aglomerados frenéticos.

Gosto muito do Quarteto Nº 1, apesar de sabê-lo inferior ao 2. Fazer o quê? Já a Sonata para Violoncelo Solo é de 1948-1953, é lírica e tem referências a Bach, Bartók e Kodály. Uma peça de estudo, ou de um estudante brilhante.

Gyorgy Ligeti (1923-2006): Quartetos de Cordas Nº 1 e 2 / Sonata para Violoncelo Solo

String Quartet No. 1, “Métamorphoses nocturnes”
01.String Quartet No. 1, “Métamorphoses nocturnes”

String Quartet No. 2
02. I. Allegro nervoso
03. II. Sostenuto, molto calmo
04. III. Come un meccanismo di precisione
05. IV. Presto furioso, brutale, tumultuoso
06. V. Allegro con delicatezza

Cello Sonata
07. I. Dialogo
08. II. Capriccio

Quatuor Béla

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Já ouviu falar em micropolifonia?
Já ouviu falar em micropolifonia?

PQP

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 3 e 4, de 4)

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 3 e 4, de 4)


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Intrigante, surpreendente, engraçada, Ligeti é a música do final do século XX e além. Os trabalhos incluem peças para instrumentos solo (órgão, piano), para conjuntos de câmara desde quartetos até orquestras de câmara, mais obras para coral, concertos instrumentais e para grande orquestra. Os vários conjuntos — Ensemble Intercontemporain, Orquestra de Câmara da Europa, London Sinfonietta, Orquestra Filarmônica de Viena, Coro da Rádio Alemã de Hamburgo, Quarteto Hagen, Vienna Brass Soloists, irmãos Kontarsky, Quarteto LaSalle e vários outros solistas excepcionais — , estão sob a direção de luminares como Claudio Abbado, David Atherton, e Pierre Boulez. E quem não rir com as Aventures é mulher do padre ou come uma freira feia sob pagamento (módico, com dinheiro dos crentes). Destaques também para os ESPLÊNDIDOS Concertos para Piano e para Violino.

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 3 e 4, de 4)

CD 3:

1. Aventures for 3 singers and 7 instrumentalists (1962) [12:01]
Nouvelles Aventures for 3 singers and 7 instrumentalists
2. 1. Sostenuto [6:17]
3. 2. Agitato molto [5:12]

Cello Concerto (1966)
4. 1. Quarter = 40: Attacca [6:55]
5. 2. (Lo stesso tempo) [8:14]
Jean-Guihen Queyras
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

Chamber Concerto for 13 instrumentalists
6. 1. Corrente (Fliessend) [5:03]
7. 2. Calmo, sostenuto [5:48]
8. 3. Movimento preciso e meccanico [3:51]
9. 4. Presto [3:32]
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

Mysteries of the Macabre for Trumpet and Piano
10. Arr. Elgar Howarth [6:52]
arr. Elgar Howarth
Håkan Hardenberger, Roland Pöntinen

Double Concerto for flute, oboe & orchestra
11. 1. Calmo, con tenerezza [8:08]
12. 2. Allegro corrente [7:51]
Jacques Zoon & Douglas Boyd
Chamber Orchestra of Europe, Claudio Abbado

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 4:
1. Die große Schildkröten-Fanfare vom Südchinesischen Meer [0:37]
Håkan Hardenberger

Three Pieces for two Pianos
2. 1. Monument [4:15]
3. 2. Selbstportrait [7:08]
4. 3. Bewegung [4:56]
Aloys Kontarsky, Alfons Kontarsky

Études pour piano (1985)
Premier livre
5. Étude 2: Cordes à vide [3:36]
6. Étude4: Fanfares [3:24]
Gianluca Cascioli

Piano Concerto (1985-88)
7. 1. Vivace molto ritmico e preciso – attacca subito: [3:54]
8. 2. Lento e deserto [7:01]
9. 3. Vivace cantabile [4:24]
10. 4. Allegro risoluto, molto ritmico – attacca subito: [4:48]
11. 5. Presto luminoso: fluido, costante, sempre molto ritmico [3:17]
Pierre-Laurent Aimard
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

Violin Concerto (1992)
12. 1. Praeludium: Vivacissimo luminoso – attacca: [4:23]
13. 2. Aria, Hoquetus, Choral: Andante con moto – attacca: [8:11]
14. 3. Intermezzo: Presto fluido [2:44]
15. 4. Passacaglia: Lento intenso [5:55]
16. 5. Appassionato: Agitato molto [7:12]
Saschko Gawriloff
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Ma che...
Ma che…

PQP

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 1 e 2, de 4)

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 1 e 2, de 4)


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Devo iniciar declarando meu amor. Pois a verdade, caríssimos pequepianos, é que amo Ligeti. Assim como o imenso Bartók, Ligeti foi um compositor húngaro, um dos mais notáveis do século XX. Este álbum quádruplo da DG é maravilhoso. Vejam só quem toca, não há second choices: só dá Boulez, Abbado, Hagen Quartett, Orquestra Filarmônica de Viena… Neste dois primeiros CDs já estão Lontano, Atmosphères, Luz aeterna, Volumina, o Quarteto Nº 1, a Sonata para Cello Solo, ou seja, muitas obras-primas. Ligeti se tornou conhecido por ter sido fartamente utilizado por um grande fã seu, o cineasta Stanley Kubrick, que usou suas músicas em filmes como 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001) e De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut). É preciso que se esclareça que Ligeti não compôs tais músicas como trilhas desses filmes, mas elas foram utilizadas por Stanley Kubrick pela extrema adequação entre suas linguagens. Não, não é pouca coisa.

György Ligeti (1923-2006): Clear or Cloudy (CDs 1 e 2, de 4)

CD 1:
György Ligeti (1923 – 2006)
Sonata for Solo Cello
1. 1. Dialogo: Adagio, rubato, cantabile [4:55]
2. 2. Capriccio: Presto con slancio [3:47]
Matt Haimovitz

Six Bagatelles for Wind Quintet (1953)
3. 1. Allegro con spirito [1:14]
4. 2. Rubato. Lamentoso [3:04]
5. 3. Allegro grazioso -attacca subito [2:43]
6. 4. Presto ruvido [0:58]
7. 5. Adagio. Mesto [2:27]
8. 6. Molto vivace. Capriccioso [1:21]
Jacques Zoon, Douglas Boyd, Richard Hosford, James Sommerville, Matthew Wilkie, Claudio Abbado

String Quartet No. 1 (Métamorphoses nocturnes)
9. Allegro grazioso [1:31]
10. Vivace, capriccioso [0:34]
11. A tempo [1:20]
12. Adagio, mesto [2:10]
13. Presto [2:11]
14. […] molto sostenuto – Andante tranquillo [1:34]
15. Più mosso [2:00]
16. Tempo di Valse, moderato, con eleganza, un poco capriccioso [0:55]
17. Subito prestissimo [0:43]
18. Subito: molto sostenuto [0:45]
19. Allegretto, un poco gioviale [0:54]
20. Allarg. Poco più mosso 0:001:03
21. Subito allegro con moto, string. poco a poco sin al prestissimo [0:34]
22. Prestissimo [1:05}
23. Allegro comodo, gioviale [0:13]
24. sostenuto, accelerando [1:46]
25. Lento [0:42]
Hagen Quartett

Ten Pieces for Wind Quintet
26. 1. Molto sostenuto e calmo [2:05]
27. 2. Prestissimo minaccioso e burlesco [0:43]
28. 3. Lento [1:48]
29. 4. Prestissimo leggiero e virtuoso [0:49]
30. 5. Presto staccatissimo e leggiero [0:31]
31. 6. Preso staccatissimo e leggiero [1:12]
32. 7. Vivo, energico [1:08]
33. 8. Allegro con delicatezza [2:32]
34. 9. Sostenuto, stridente [1:03]
35. 10. Presto bizzarro e rubato, so schnell wie möglich [1:01]
Wiener Bläsersolisten

String Quartet no.2 (1967-68)
36. Allegro nervoso [5:13]
37. Sostenuto, molto calmo [4:56]
38. Come un meccanismo di precisione [3:09]
39. Presto furioso, brutale, tumultuoso [2:01]
40. Allegro con delicatezza – stets sehr mild [5:38]
LaSalle Quartet

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 2:
1. Atmosphères [9:05]
Vienna Philharmonic Orchestra, Claudio Abbado

2. Volumina [17:28]

3. Lux aeterna (1966) [7:59]
Helmut Franz
Chor des Norddeutschen Rundfunks

4. Organ Study no.1 “Harmonies” [9:04]
Gerd Zacher

5. Lontano (1967) (for large orchestra) [12:44]
Vienna Philharmonic Orchestra, Claudio Abbado

6. Ramifications for string orchestra or 12 solo strings (1968-69) [8:28]
Ensemble Intercontemporain, Pierre Boulez

7. Melodien for Orchestra [13:07]
London Sinfonietta, David Atherton

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Ligeti: sorria, você está sendo fotografado!
Ligeti: sorria, você está sendo fotografado!

PQP

György Ligeti (1923-2006) – Special Edition 2006

Há pouco menos de um mês, PQP postou um box de 5 CDs de obras ligetianas aqui. Meu box tem somente três (e algumas repetidas) mas que também valem muito a pena – especialmente pelas obras de câmara do terceiro álbum e pelas interpretações dos quartetos de corda no segundo.

***

Ligeti: Requiem Aventures Nouvelles Aventures

1. Requiem
2. Aventures
3. Nouvelles Aventures

Michael Gielen (Conductor), Friedrich Cerha (Conductor), Andrzej Markowski (Conductor), Barbro Ericson (Performer), Liliana Poli (Performer)

BAIXE AQUI

Ligeti: String Quartets Nos. 1 & 2

1. String Quartet No. 1 (‘Métamorphoses nocturnes’)
2. String Quartet No. 2: Allegro nervoso
3. String Quartet No. 2: Sostenuto, molto calmo
4. String Quartet No. 2: Come un meccanismo di precisione
5. String Quartet No. 2: Presto furioso, brutale, tumultuoso
6. String Quartet No. 2: Allegro con delicatezza

Arditti String Quartet

BAIXE AQUI

György Ligeti: Continum; Zehn Stück für Bläserquintet; Artikulation

1. Continuum Fur Cembalo – Antoinette Vischer
2. Zehn Stucke Fur Blaserquintett – Blaserquintett Des Sudwestfunks, Baden-Baden
3. Artikulation, Elektronische Komposition – Gyorgy Ligeti/Gottfried Michael Koenig/Cornelius Cardew
4. Glissandi, Elektronische Komposition – Gyorgy Ligeti
5. Etuden: No. 1 Harmonies – Zsigmond Szathmary
6. Etuden: No. 2 Coulee – Zsigmond Szathmary
7. Volumina: 1. Fassung – Karl-Erik Welin

Helmut Muller (Performer), Hans Lemser (Performer), Gyorgy Ligeti (Composer), Southwest German Radio Wind Quintet (Performer), Baden-Baden Bläserquintett des Südwestfunks (Performer), Kraft-Thorwald Dilloo (Performer), Antoinette Vischer (Performer), Karl Arnold (Performer), Helmut Koch (Performer), Zsigmond Szathmáry (Performer), Karl-Erik Welin (Performer)

BAIXE AQUI

CVL

György Ligeti (1923-2006) – Études Pour Piano

Eu não sei que CD é este. Só sei que ele está no stigma rest room (label “Contemporary”) daquele espanhol completamente maluco que posta música “unusual” e reclama da ex- mulher. Ah, dentro do “.rar” há uma capa de DVD russo sem maiores informações (???)… Mas o stigma nos dá uma pequena ficha.

György Ligeti – Études Pour Piano

Premier livre
01 – Étude no. 1 D‚sordre
02 – Étude no. 2 Cordes à vide
03 – Étude no. 3 Touches bloquées
04 – Étude no. 4 Fanfares
05 – Étude no. 5 Arc-en-ciel
06 – Étude no. 6 Automne à Varsovie

Deuxième livre
07 – Étude no. 7 Galamb borong
08 – Étude no. 8 FÉm
09 – Étude no. 9 Vertige
10 – Étude no. 10 Der Zauberlehrling
11 – Étude no. 11 En suspens
12 – Étude no. 12 Entrelacs
13 – Étude no. 13 L’escalier du Diable
14 – Étude no. 14 Coloana infinita

Troisieme livre
15 – Étude no. 15 White on white
16 – Étude no. 16 Pour Irina
17 – Étude no. 17 A bout de souffle

Sim, são os estudos para piano. A gravação é boa. Algum de vocês sabe o que é? E quem será o pianista?


BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Gyorgy Ligeti (1923-2006) – Études – Musica Ricercata (Ligeti Edition 3)

OK, já sabem que eu adoro Ligeti, não? Pouca gente deu-se conta de que Kubrick voltou a utilizar a música de Ligeti em seu último filme De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut). Tratava-se da bartokiana Musica Ricercata Nº 2. A música pontuava muito bem a hesitação do personagem de Tom Cruise ao não saber — creio eu! — bem como manejar a sexualidade de sua mulher… Claro que nenhum de nós passa ou passou por este gênero de problema… Adiante!

Kubrick tinha bastante amor aos compositores húngaros. isto comprova seu bom gosto. Em O Iluminado usou e abusou da Música para Cordas, Percussão e Celesta de Béla Bartók, lembram?

Pois bem, este é mais um esplêndido CD da coleção da Sony que traz gravações realizadas sob supervisão de Ligeti. O pianista Pierre-Laurent Aimard deve saber a sorte que teve e aproveitou para realizar um trabalho de mestre. Ele pegou o espírito do compositor, sem dúvida, e suas versões estão fadadas a serem referências obrigatórias. Um bem-aventurado, né? Os comentaristas que li dão total precedência ao fato de que os Estudos são uma das mais importantes obras do século XX, dando pouca atenção ao restante do disco (M. Ricercata). Estranho. Não tenho absolutamente nada contra os Estudos, mas a Musica Ricercata é muito bonita. A Wikipedia reforça sua importância histórica:

As primeiras obras de Ligeti são uma extensão da linguagem musical de seu compatriota Béla Bartók. Por exemplo, suas peças para piano Musica Ricercata (1951 – 53), foram comparadas com as do Mikrokosmos de Bartók. A coleção de Ligeti tem onze peças ao todo, A primeira usa somente uma nota “lá” executada em diversas oitavas. Só no fim da peça é possível escutar a segunda nota – “ré”. A segunda peça emprega três notas diferentes, a terceira emprega quatro, e assim até o fim, de tal forma que a décima-primeira peça usa todas as doze notas da escala cromática.

Nessa primeira parte de sua carreira, Ligeti foi afetado pelo regime comunista da Hungria daquele tempo, que impunha a estética do realismo socialista. A décima peça da Musica Ricercata foi proibida pelas autoridades por considerarem-na “decadente”. Isto se deveu provavelmente ao uso muito livre dos intervalos de segunda menor. Devido à ousadia de suas intenções musicais, é fácil de supor a razão por ter decidido deixar a Hungria.

Com vocês…

Ligeti – Études – Musica Ricercata

01 – Etude 1 [Book 1] – Desordre
02 – Etude 2 [Book 1] – Cordes A Vide
03 – Etude 3 [Book 1] – Touches Bloquees
04 – Etude 4 [Book 1] – Fanfares
05 – Etude 5 [Book 1] – Arc-En-Ciel
06 – Etude 6 [Book 1] – Automne A Varsovie
07 – Etude 7 [Book 2] – Galamb Borong [1988]

08 – Etude 8 [Book 2] – Fem [1989]
09 – Etude 9 [Book 2] – Vertige [1990]
10 – Etude 10 [Book 2] – Der Zauberlehrling [1994]
11 – Etude 11 [Book 2] – En Suspens [1994]
12 – Etude 12 [Book 2] – Entrelacs [1993]
13 – Etude 13 [Book 2] – Lescalier Du Diable [1993]
14 – Etude 14 [Book 2] – Coloana Infinita [1993]

15 – Musica Ricercata [1]
16 – Musica Ricercata [2]
17 – Musica Ricercata [3]
18 – Musica Ricercata [4]
19 – Musica Ricercata [5]
20 – Musica Ricercata [6]
21 – Musica Ricercata [7]
22 – Musica Ricercata [8]
23 – Musica Ricercata [9]
24 – Musica Ricercata [10]
25 – Musica Ricercata [11]

26 – Etude 15 [Book 3] – White On White [1995]

Pierre-Laurent Aimard, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Gyorgy Ligeti (1923-2006) – Keyboard Works (Ligeti Edition 6)

Hoje temos diversão no PQP. Ligeti é um dos compositores de que mais gosto e é um sujeito que costuma expor seu bom humor para quem queira reconhecê-lo. Se dividarem, ouçam Hungarian Rock para cravo solo. Ligeti nasceu numa cidadezinha húngara da Transilvânia, atual Romênia, e considerava-se húngaro. Abandonou a Hungria em função das limitações do realismo socialista, trabalhou com Stockhausen, mas, penso, criou uma linguagem acessível ao público, o que é, em minha humilde opinião, sinal inequívoco de um tipo de genialidade e interesse no público e na continuidade da tradição musical que Stock nunca teve. As peças deste CD são quase todas do período de seus estudos rítmicos, mas há também peças timbrísticas em que a melodia, a harmonia e o ritmo ficam esquecidos.

Podem baixar porque vale a pena. CUMPRA-SE.

Gyorgy Ligeti – Ligeti Edition 6 – Keyboard Works

Piano 4 hands
01 – Indulo – March – Allegro.mp3
02 – Polyphonic Etude – Allegro comodo.mp3
03 – Three Wedding Dances The Cart Is At The Gate – Allegro.mp3
04 – Three Wedding Dances Quickly Come Here Pretty – Andantino.mp3
05 – Three Wedding Dances Circling Dance – Allegro.mp3
06 – Sonatina Allegro.mp3
07 – Sonatina Andante.mp3
08 – Sonatina Vivace.mp3
09 – Allegro.mp3

Piano
10 – Capriccio No. 1 – Allegretto capriccioso.mp3
11 – Invention – Risoluto.mp3
12 – Capriccio No. 2 – Allegro robusto.mp3

2 Pianos
13 – Monument.mp3
14 – Selbstportrait mit Reich und Riley (und Chopin ist auch dabei).mp3
15 – In zart fliessender Bewegung.mp3

Cravo
16 – Passacaglia ungherese – Andante.mp3
17 – Hungarian Rock – Vivacissimo molto ritmico.mp3
18 – Continuum – Prestissimo.mp3

Órgão
19 – Ricercare – Omaggio a Girolamo Frescobaldi.mp3
20 – Two Studies For Organ Harmonies – Rubato, sempre legatissimo.mp3
21 – Two Studies For Organ Coulee – Prestissimo, sempre legato.mp3
22 – Volumina.mp3

1-9 Irina Kataeva, Pierre-Laurent Aimard
10-12 Irina Kataeva
13-15 Irina Kataeva, Pierre-Laurent Aimard
16-18 Elisabeth Chojnacka
19-22 Zsigmond Szathmary

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Gustav Holst (1874-1934) / György Ligeti (1923-2006) / Tom Zé (1936) e Rita Lee (1947) – Os Planetas / Lux Aeterna / 2001

Vamos a um papo sideral, mas não siderado, ainda: Holst, nascido em 12 de Setembro de 1874 de mãe inglesa e pai sueco, devia ser um desses chatos que adoram astrologia. Nada contra, o problema é que essas pessoas gostam de expressar sua admiração por esta ciência e fazem perguntas, perguntas, perguntas… A fama de Gustav Holst procede principalmente desta obra. Escreveu The Planets durante os finais de semana enquanto trabalhava como professor na St. Paul´s Girls´School de Hammersmith (Inglaterra). Doente de asma, Holst não pode chegar a ser o concertista de piano que ambicionava ser. Seu interesse pelo hinduísmo o levou a aprender o sâncristo… Era um bicho-grilo doente, algo assim. Fruto do seu apaixonado interesse pelo misticismo hindu escreveu ópera Sita (1899-1906) em três atos. Como todo bicho-grilo que se preze, era vegetariano. Já viram.

Composto entre 1913 e 1916, depois que Holst se interessara profundamente pela astrologia, Os Planetas descreve musicalmente as influências planetárias no horóscopo. De Marte expressava seu espírito independente e ambicioso; de Vênus, seu indiscutível afeto e capacidade emotiva; de Mercúrio sua adaptabilidade, rapidez e inteligência e de Júpiter sua capacidade de nos dar abundância e perseverança, algo de que nunca duvidei. Também foi influenciado pelas leituras do um astrólogo qualquer que demonstrava o autêntico papel dos planetas sobre os acontecimentos mundiais. Um super bicho-grilo!

Não obstante, é boa música.

Ligeti era mais razoável e foi levado ao estrelato por outro gênio, Stanley Kubrick, que utilizou justamente Lux Aeterna (1966) em 2001, Uma Odisséia no Espaço (para os brasileiros). Ao que me consta, era uma pessoa normal.

Lux Aeterna é espetacularmente caricaturizada na canção 2001 de Tom Zé e os Mutantes. O arranjador era um imenso talento: Rogério Duprat. Deixamos também esta obra-prima da música brasileira e da ironia universal para ser baixada no PQP Bach. Desta forma, somos obrigados a incluir Tom Zé e Rita Lee em nossa lista de autores. Já estou rindo das críticas daqueles que consideraram a inclusão do jazz um desvio da linha cultural do blog. Certamente terão de protestar novamente, mas desta vez já venho armado e aviso que não responderei aos comentários hostis. Afinal, preconceito é feio, burro e causa acne. Então, de forma profilática, mando-os de antemão tomarem no rabo. Bem, voltando a nosso assunto: exatamente aos 2 minutos da canção, entra Ligeti. Não vá se perder por aí.

Os Planetas

1. Marte, Deus da Guerra
2. Vênus, Deus da Paz
3. Mercúrio, Mensageiro Alado
4. Júpiter, Deus da Alegria
5. Saturno, Deus da Velhice
6. Urano, o Mago
7. Netuno, o Místico

Coro do Conservatório da Nova Inglaterra
Orquestra Sinfônica de Boston
William Steinberg

8. Lux Aeterna

Coro da Rádio do Norte da Alemanha
Helmut Franz

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

2001 (Tom Zé-Rita Lee) pelos Mutantes
Arranjo de Rogério Duprat

BAIXE AQUI A 2001 DOS MUTANTES- DOWNLOAD HERE 2001 BY MUTANTES

PQP