J. S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical – Ensemble Sonnerie

J. S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical – Ensemble Sonnerie

Musikalisches Opfer, BWV 1079

A Oferenda Musical, BWV 1079

A obra desta postagem – Musikalisches Opfer – nasceu de um episódio muito especial que ocorreu em 1747, quase no fim da vida de Johann Sebastian Bach. Ele havia sido praticamente intimado a visitar a corte de Frederico, O Grande, para quem trabalhava seu segundo filho, Carl Philippe Emanuel, como músico e cravista. A viagem de Leipzig até Potsdam deve ter sido difícil para um senhor de mais de sessenta anos. Além disso, Frederico não era exatamente um amigável anfitrião. Costumava fazer pesadas brincadeiras mesmo com importantes figuras que visitavam a corte. Estava no ar o confronto entre o passado, na figura de Bach, que reverenciava a tradição de uma arte musical, que ele havia levado a um altíssimo estado de desenvolvimento, e a nova música, de estilo galante, que era cultivada naquela corte.  Esta é uma maneira de ver este episódio e é assim descrito no livro Uma Noite no Palácio da Razão, de James R. Gaines. Mas há outras coisas para também considerarmos.

Os últimos 27 anos de vida de Bach foram vividos em Leipzig, onde ocupou um importante cargo musical na Igreja de São Tomás. As condições de trabalho eram difíceis e o gênio de Bach deve ter criado muitas, muitas dificuldades para todo mundo.

De 1740 em diante, a Escola de São Tomás nomeou um novo mestre para Teoria Musical e Bach passou a dedicar-se menos às obrigações de seu cargo, concentrando-se mais em compor e revisar as obras que já havia produzido, preparando-as para publicação.

A vida também tinha seus bons momentos. Ele acompanhava com interesse as atividades da erudita Sociedade para a Promoção das Ciências Musicais, fundada por Lorenz Mizler e que publicava uma revista a cada quatro semanas. Ele só propôs sua candidatura a tal sociedade em junho de 1747, quando tornou-se o décimo quarto membro. Em tal ocasião teve um retrato pintado por E. G. Haussmann, no qual aparece segurando uma peça musical que havia sido oferecida como prova de sua erudição. O número 14 era significativo para Bach (B=2, A=1, C=3, H=8; 2+1+3+8=14). Ele também presentou a sociedade com uma composição para órgão, as variações canônicas Von Himmel Hoch, BWV 769. É claro que ele se comprazia com charadas e quebra-cabeças musicais e numéricos.

Bach era constantemente convidado a testar órgãos e aceitava com prazer a esses convites. Passava também tempo em Dresden, a capital da Saxônia, dando recitais de órgão e tocando com os músicos da capital, que retribuíam essas visitas indo a Leipzig para tocar com ele. Há cartas deste período trocadas com parentes que falam de presentes tais como barris de vinho. A viagem a Potsdam deve ter sido uma decisão mais difícil. Mas, afinal Frederico era o patrão de Emanuel e tinha suas maneiras de conseguir o que queria. Na visita Bach teve a alegria de conhecer seu primeiro neto.

Frederico tocando a sonata que Bach escreveu para ele. Emanuel ao cravo!

Podemos dizer que a visita foi um sucesso. Bach improvisou uma fuga a três vozes sobre um tema que o próprio rei lhe apresentou, coisa que deixou a todos verdadeiramente extasiados. Mas o rei queria mais e pediu uma fuga a seis vozes. Só uma pessoa como Bach poderia declinar a tal pedido, pois tal fuga a seis vozes sobre o tema do rei demandava mais tempo para devida composição. Naquela ocasião, Bach apresentou uma fuga a seis vozes sobre um tema próprio. De qualquer forma, prometeu ao rei que levaria a cabo tal façanha quando estivesse de volta recolhido ao seu próprio local de trabalho. Dessa promessa surgiu, alguns meses depois a peça que aqui temos. A Oferenda Musical, uma coleção de fugas e cânones mais uma sonata para flauta, violino e cravo. Nesta coleção, duas peças especiais, as quais Bach denominou ricercares, uma a três e a outra a seis vozes. Lembremos que o rei tocava flauta e compunha, mas no estilo galante. Ricercar remete ao passado, uma maneira de dizer que aquela era uma arte que provinha de passadas experiências e traz o significado de buscar com diligência. Além disso, a palavra é parte de um acróstico. Estava escrito na impressão do Ricercar a 6: ‘Regis Iussu Cantio Et Reliqua Canonica Arte Resoluta’ (Ao comando do Rei, a canção [o Ricercar a 6] e as peças remanescentes resolvidas canonicamente [segundo os cânones, as regras]). Até a escolha do nome, Musikalisches OpferOferenda Musical, traz alguma sutileza, uma vez que Opfer, oferenda, oferta, remete ao óbvio significado, mas também a sacrifício…

A interpretação desta obra demanda muito dos intérpretes, uma vez que a indicação dos instrumentos a serem usados ocorre apenas na sonata. Na verdade, esse aspecto de proposta ao intérprete aparece em algumas dicas deixadas pelo autor. Um dos cânones vem com a instrução em Latim: Quaerendo Invenietis, busque e encontrarás! Nesta gravação, além da interpretação do Ricercar a 6 ao cravo, também temos uma gravação como seis instrumentos melódicos. Esta música desafia o intérprete e o ouvinte, assim como a última obra que a seguiu, Die Kunst der FugeA Arte da Fuga. Espero que você possa desfrutar tanto do aspecto intelectual quanto do sensual que nos é proposto aqui. O balanço entre estes aspectos da arte musical nos oferece boa motivação para continuar buscando novas músicas e novas maneiras de ouvir.

Gostaria de mencionar o livro sobre J. S. Bach escrito por Karl Geiringer como referência.

Igor Stravinsky, um músico muito mais próximo do nosso tempo, disse de maneira muito arguta: To listen is na effort, and just to hear is no merit. A duck hears also. Arriscando uma tradução (e já fazendo alguma traição): Ouvir demanda um esforço e não há mérito em apenas escutar. Até um pato escuta.

Assim, aqui está o disco com suas delícias e suas demandas. Espero que aprecie.

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Musikalisches Opfer – Oferenda Musical

1. Ricercar a 3
2. Canon perpetuus super Thema Regium
3-7. Canones diversi super Thema Regium
8. Fuga canonica in Epidiapente
9. Ricercar a 6
10. Canon a 2. Quaerando Invenientis
11. Canon a 4
12-15. Sonata sopr’il Soggeto Reale
16. Canon perpetuus
17. Ricercar a 6

Ensemble Sonnerie

Monica Huggett, violin
Sarah Cunningham, viola da gamba
Gary Cooper, harpsichord
Wilbert Hazelzet, flauta
Paul Goodwin, oboe, aboe d’amore, oboe da caccia
Pavlo Beznosiuk, violin, viola, tenor viola
Frances Eustace, basson

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FLAC | 354 MB

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MP3 | 320 KBPS | 165 MB

João Sebastião Ribeiro chegando apressado para o encontro com Frederico…

Esperando que você aceite a oferta, do

René Denon

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Piano Concertos nº 23 & 26 – Gulda, Harnoncourt, RCO

Friedrich Gulda não foi apenas um pianista clássico, o cara também era um baita músico de Jazz, e já trouxemos suas incursões nessa área em outras postagens. Gulda era também um cara inquieto. Brigou algumas vezes com establishment, se afastou dos palcos e das grandes orquestras, e foi tocar Jazz.
Nikolaus Harnoncourt também foi um cara inquieto. Inquieto com a forma com que se tocava a música barroca, criou uma nova escola de interpretação para este estilo, junto com os irmãos Kujiken e com Gustav Leonhardt e eles nos mostraram que Bach também poderia ser tocado de outra forma, com instrumentos semelhantes aos que eram usados na época em que foram compostos, e nas mesmas formas de se tocar da época também. Ele era um descendente direto dos Habsburgs, família nobre européia que administrou o continente por séculos. Ou seja, o cara ainda tinha sangue azul.
Juntem dois músicos deste porte, e acrescente-se a essa fórmula a melhor orquestra sinfônica dos últimos cinquenta anos, os holandeses do Concertgebouw de Amsterdam. O resultado? Bem, veja bem … vejo estes registros mais como um encontro de amigos rebeldes, que ainda tentam fugir ao establishment.
De qualquer forma, é Mozart, senhores. Interpretado por dois dos maiores músicos do Século XX. E isso não é pouca coisa.

1 Mozart – Piano Concerto No.26 in D major K537, ‘Coronation’ – I Allegro
2 Mozart – Piano Concerto No.26 in D major K537, ‘Coronation’ – II Larghetto
3 Mozart – Piano Concerto No.26 in D major K537, ‘Coronation’ – III Allegretto
4 Mozart – Piano Concerto No.23 in A major K488 – I Allegro
5 Piano Concerto No.23 in A major K488 – II Adagio
6 Mozart – Piano Concerto No.23 in A major K488 – III Allegro assai

Friedrich Gulda – Piano
Royal Concertgebow Orchestra
Nikolaus Harnoncourt – Conductor

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Amaral Vieira (1952): Fábulas, para piano solo

Amaral Vieira (1952): Fábulas, para piano solo

Vocês querem mais Amaral Vieira? Então aí vai. Só peças para piano solo…

***

Fábulas, para piano solo, e outras obras

1 Fábulas: Deciso
2 Fábulas: Moderato
3 Fábulas: Mosso
4 Fábulas: Dramático
5 Fábulas: Andante
6 Fábulas: Selvagem
7 Fábulas: Appassionato
8 Fábulas: Allegro
9 Fábulas: Risoluto
10 Fábulas: Enérgico e Festivo
11 Sonata piccola: Allegro
12 Sonata piccola: Andantino
13 Con Sonata piccola: Con Spirito
14 Allegro de Concerto, Opus 225
15 Quatro miniaturas: Arabesque I, Opus 82 Arabesque I, Opus 82
16 Quatro miniaturas: Arebesque II, Opus 91 Arebesque II, Opus 91
17 Reminiscência, Opus 83 Reminiscência, Opus 83
18 Burlesca, Opus 95 Burlesca, Opus 95
19 Movimento de Concerto, Opus 192 Movimento de Concerto, Opus 192
20 Trilogia: Elegia
21 Trilogia: Noturno Noturno
22 Trilogia: Toccata
23 O Alvorecer do Século da Humanidade, Opus 256

Piano: Paulo Gazzaneo

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Amaral esqueceu de fazer a barba hoje.
O grande Amaral Vieira esqueceu de fazer a barba para sair bem na foto.

CVL

Aram Khachaturian (1903-1978) – Concerto for Flute and Orchestra (Sikorski) , Einojuhani Rautavaara (1928-2016) – Flute Concerto, Op.69, ‘Dances with the Winds’ – Sharon Bezaly, SPSO, Enrique Diemecke, Lahti Simphony Orchestra, Dima Slobodeniouk

Hoje trago mais um CD desta incrível flautista israelense, Sharon Bezaly. E hoje o negócio é peso pesado, pois ela encara dois petardos, o Concerto para Flauta de Khachaturian, originalmente composto para violino, e transcrito para flauta por Jean Pierre Rampal, que também contribuiu com a cadenza que Bezaly toca aqui,  um Concerto para Flauta do compositor finlandês Ratavaara. Diga-se de passagem que o Concerto original para violino foi dedicado e estreado por David Oistrakh, ou seja, o cara só frequentava altos círculos.
Esse concerto de Khachaturian é de um grau de dificuldade insano. Sharon Bezaly fez sua estréia nos palcos foi aos 13 anos de idade com a regência de Zubin Mehta. Diversos compositores já lhe dedicaram obras, como Kalevi Aho e Sofia Gubaldulina.
A outra curiosidade nesta gravação do selo BIS é ela ser acompanhada pela nossa Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, dirigida pelo maestro mexicano Enrique Diemecke.

A segunda obra deste CD é de autoria do compositor finlandês Einojuhani Rautavaara, que assim se descreve, em entrevista concedida em 1999:

‘I was born in 1928 – fortunately in Finland. Fortunately, because this is a country with dramatic destinies, situated between east and west, between Tundra and Europe, between the Lutheran and Orthodox faiths. It is full of symbols, of ancient metaphors, revered archetypes.’

Neste incrível Concerto o solista precisa se revezar entre quatro tipos de flauta. Maiores detalhes vocês podem encontrar no booklet se segue em anexo ao arquivo compactado.
Espero que apreciem. Já conhecia o Concerto de Khachaturian, tanto a versão para Violino quanto para Flauta, e a obra de Rautavaara é uma agradável surpresa, que permite que Sharon Bezaly demonstre todo o seu talento.

KHACHATURIAN, Aram (1903–78)
Concerto for Flute and Orchestra (Sikorski) (transcribed and provided with a cadenza by Jean-Pierre Rampal)
I. Allegro con fermezza
II. Andante sostenuto
III. Allegro vivace

RAUTAVAARA, Einojuhani (b.1928)
Flute Concerto, Op.69, ‘Dances with the Winds’ (Original version for four flutes)
I. Andantino
II. Vivace
III. Andante moderato
IV. Allegro

Revised version for three flutes
I. Andantino
II. Vivace
III. Andante moderato
IV. Allegro TT:

Sharon Bezaly flute
[1–3] São Paulo Symphony Orchestra (OSESP)
Enrique Diemecke conductor
[4–11] Lahti Symphony Orchestra (Sinfonia Lahti)
Dima Slobodeniouk conductor

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.: interlúdio :. Carla Bley Big Band Goes to Church

.: interlúdio :. Carla Bley Big Band Goes to Church

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este é o sensacional registro da participação de Carla Bley no Umbria Jazz Festival de 1996. Levei alguns dias para conseguir chegar à faixa 2 do CD tal é o entusiasmo que me causa a aula de arranjo que Carla nos demonstra nos 24 minutos do esplêndido blues de abertura: Setting Calvin’s Waltz. O título do CD é uma piada. Sabendo que sua apresentação seria na Igreja de San Francesco Al Prato em Perugia, Bley usou e abusou de sonoridades e timbres pouco usuais que soaram espetacularmente. Também pegou emprestado os gospels Exaltation / Religious Experience / Major de Carl Ruggles. O restante são composições — incluindo Setting Calvin’s Waltz — de Bley. Goes to Church está longe de ser um álbum religioso, é apenas um álbum que se utiliza da especial sonoridade de uma igreja, algo que talvez só pudesse ser fruído adequadamente em Perugia, entre os dias 19 e 21 de julho de 1996.

Carla Bley Big Band Goes to Church

1. Setting Calvin’s Waltz 23:52
2. Exaltation / Religious Experience / Major 9:33
3. One Way 8:29
4. Beads 8:27
5. Permanent Wave 10:07
6. Who Will Rescue You? 7:52

Carla Bley Big Band (17 músicos):
Lew Soloff (trumpet); Guy Barker (trumpet); Claude Deppa (trumpet); Steve Waterman (trumpet); Gary Valente (trombone); Pete Beachill (trombone); Chris Dean (trombone); Richard Henry (bass trombone); Roger Jannotta (soprano and alto saxophones, flute); Wolfgang Puschnig (alto saxophone); Andy Sheppard (tenor saxophone); Jerry Underwood (tenor saxophone); Julian Argüelles (baritone saxophone); Karen Mantler (organ, harmonica); Carla Bley (piano); Steve Swallow (bass); Dennis Mackrel (drums)

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80 anos! Eu te acho linda, Carla
80 anos! Ainda trabalhando muito e com enorme criatividade.

PQP

Great Works for Flute and Orchestra – Sharon Bezaly, Residentie Orkest den Haag

Sharon Bezaly é um dos grandes nomes da flauta na atualidade. É jovem (ou ao menos aparenta, já que nasceu em 1972), ou seja, tem muito a contribuir ainda, muito versátil, e encara com tranquilidade petardos como este Concerto de Nielsen que temos neste CD, e o de Kachaturian, que pretendo trazer amanhã, ou depois de amanhã. Destaque especial para o arranjo que Kalevi Aho fez em 2008 do “Vôo do Besouro” de Korsákov e lhe dedicou e que fecha este CD.
Aqui nesta gravação ela é acompanhada pelo experiente maestro Neeme Järvi, que conduz a Residentie Orkest den Haag.

P.S. O booklet com maiores informações está anexo ao arquivo compactado.

NIELSEN, Carl (1865–1931) Concerto for Flute and Orchestra, FS119 (1926)
I. Allegro moderato
II. Allegretto, un poco – Adagio ma non troppo – Allegretto – Poco Adagio – Tempo di Marcia

GRIFFES, Charles Tomlinson (1884–1920) Poem for Flute and Orchestra(1918)
Andantino

REINECKE, Carl (1824–1910) Concerto for Flute and Orchestra in D major Op.283 (1908)
I. Allegro molto moderato 7’02
II. Lento e mesto 4’44
III. Finale. Moderato 6’08

CHAMINADE, Cécile (1857–1944) Concertino for Flute and Orchestra (Enoch & Cie) Op.107 (1902)
Moderato

TCHAIKOVSKY, Pyotr Ilyich (1840–93) adapted by Ernest Sauter
Largo and Allegro for two flutes and strings (1863–64) Version for solo flute and strings (Verlag Walter Wollenweber)

POULENC, Francis (1899–1963) orch. Lennox Berkeley Flute Sonata (1956–57) (Chester Music) 11’27
I. Allegro malinconico 4’22
II. Cantilena. Assez lent 3’32
III. Presto giocoso 3’21

RIMSKY-KORSAKOV, Nikolai (1844–1908) arr. Kalevi Aho 2008 –dedicated to Sharon Bezaly The Flight of the Bumblebee (1899–1900) (Fennica Gehrman)

Presto

Sharon Bezaly flute
Residentie Orkest Den Haag
Neeme Järvi conductor

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Franz Joseph Haydn (1732-1809): Quartetos de Cordas Op. 20 (Completos)

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Quartetos de Cordas Op. 20 (Completos)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Peço desculpas pela intromissão da política, mas é que nos estranhos dias de hoje, com um presidente tolo e seus ministros amalucados, ouvir o tranquilidade, o bom humor, a alegria, a beleza e a inteligência de Haydn parece realmente um privilégio. Saímos de uma atmosfera carregada de más notícias e péssimos presságios para um oásis. De um ambiente onde reina a burrice para outro onde há equilíbrio e paz. E muita classe. E, sabem?, o cara é tão perfeito que a gente sai da audição ainda mais indignado com o mundo.

Não vivendo mais na doce ilusão de uma sociedade sem classes, concordei em viver numa sociedade sem classe. Aqui, ó!

O Op. 20 de Haydn tem lindíssimos momentos. A estrutura é mesma das sinfonias. Inicia com um Grave-Allegro, depois vem um Minueto ou um Adágio — eles podem se alternar ma segunda e terceira posições — e um Presto final. E temos cada adágio… Bem, o Doric é um grupo maravilhoso, não nos decepcionando nunca. Acho que este CD é de audição obrigatória.

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Quartetos de Cordas Op. 20 (Completos)
[original dedication to Prince Nikolaus Zmeskall von Domanowetz]

String Quartet, Op. 20 No. 1 (Hob. III: 31) 25:19
in E flat major – in Es-Dur – en mi bémol majeur
1.Allegro moderato 9:19
2.Menuet. Un poco allegretto – Trio – Menuet da Capo 3:44
3.Affettuoso e sostenuto 8:33
4.Finale. Presto 3:35

String Quartet, Op. 20 No. 2 (Hob. III: 32) 23:06
in C major – in C-Dur – en ut majeur
5.Moderato 9:34
6.Capriccio. Adagio – Segue subito il Menuet 6:45
7.Menuet. Allegretto – Trio – Menuet da Capo 3:31
8.Fuga a quattro soggetti. Allegro 3:10

String Quartet, Op. 20 No. 3 (Hob. III: 33) 25:49
in G minor – in g-Moll – en sol mineur
9.Allegro con spirito 7:56
10.Menuet. Allegretto – Trio – Menuet da Capo 4:17
11.Poco adagio 9:43
12.Finale. Allegro di molto 3:45

String Quartet, Op. 20 No. 4 (Hob. III: 34) 29:21
in D major – in D-Dur – en ré majeur
13.Allegro di molto 10:57
14.Un poco adagio e affettuoso 9:44
Variazione I –
Variazione II –
Variazione III – [ ]
15.Menuet all Zingarese. Allegretto – Trio – Menuet da Capo 1:40
16.Presto e scherzando 6:53

String Quartet, Op. 20 No. 5 (Hob. III: 35) 25:29
in F minor – in f-Moll – en fa mineur
17.Moderato 11:14
18.Menuet. [ ] – Trio – Menuet da Capo fin al Segno 5:02
19.Adagio – Segue Fuga 6:30
20.Finale. Fuga a due soggetti 8:39

String Quartet, Op. 20 No. 6 (Hob. III: 36) 20:24
in A major – in A-Dur – en la majeur
21.Allegro di molto e scherzando 8:38
22.Adagio 6:04
23.Menuet. [ ] – Trio – Menuet da Capo 2:34
24.Fuga con tre soggetti. Allegro 2:55

Doric String Quartet
Alex Redington, violin
Jonathan Stone, violin
Hélène Clément, viola
John Myerscough, cello

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PQP

Mendelssohn (1809-1847): Sinfonia Italiana / Brahms (1833-1897): Sinfonia No. 2 (National Ph. Orch. & Leopold Stokowski)

Mendelssohn (1809-1847): Sinfonia Italiana / Brahms (1833-1897): Sinfonia No. 2 (National Ph. Orch. & Leopold Stokowski)

Mendelssohn – Sinfonia Italiana

Brahms – Sinfonia No. 2

A principal razão para esta postagem é este disco maravilhoso, que merece ser ouvido muitas e muitas vezes. A Sinfonia Italiana de Mendelssohn recebe uma de suas interpretações mais alerta e ensolarada de que se tem notícia. A Segunda Sinfonia de Brahms, com a repetição do primeiro movimento observada, está gloriosa. A orquestra formada para gravações com os melhores músicos das orquestras de Londres, foi reunida no lendário Studio 1 da EMI, na Abbey Road.

Capa de LP da CBS com a Sinfonia Italiana

Ouvindo o disco podemos imaginar um maestro vigoroso, mas flexível – características facilmente associadas a um jovem. Na verdade, estas foram praticamente as últimas gravações de Leopold Stokowski, aos 95 anos.

O produtor Roy Emerson conta que quando não estava no pódio, Stokowski era uma figura frágil, mas assim que começava qualquer atividade relacionada à música, seja estudando as partituras, ouvindo as gravações realizadas e, sobretudo, quando regendo, ele se revelava ativo e cheio de energia.

Para a maioria das pessoas da minha geração (e das gerações próximas, também), o nome Stokowsky está associado ao filme Fantasia, produzido por Walt Disney. Este filme foi feito em 1940! Foram usadas pela primeira vez técnicas de gravações em multiple audio channels e o filme apresentado em stereophonic sound. A Sagração da Primavera, que havia sido escrita em 1913 por Stravinsky, é um dos números do filme. A transcrição para orquestra da Toccata e Fuga em ré menor, de Bach, que abre o filme, lembra o começo da carreira de Stokowski como organista. Naquele tempo ele fazia o contrário, transcrevendo para órgão famosas peças orquestrais. Popularização de música erudita foi também uma das coisas para as quais Stokowski contribuiu.

Leopold Stokowski

Nascido em Londres, foi na Filadélfia que encontrou a oportunidade de desenvolver sua arte, tornando a Orquestra da Filadélfia uma das melhores do mundo. Numa época de regentes quase icônicos – Toscanini, Furtwängler, Klemperer, Bruno Walter – Stokowski foi capaz de imprimir sua própria personalidade na maneira de fazer música, produzindo seu típico som, com graves pronunciados, como o que você vai ouvir, se baixar este lindo disco.

Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847)

Sinfonia No. 4 em lá maior, Op. 90, Italiana

  1. Allegro vivace
  2. Andante con moto
  3. Con moto moderato
  4. Saltarello: presto

Johannes Brahms (1833-1897)

Sinfonia No. 2 em ré maior, Op. 73

  1. Allegro non troppo
  2. Adagio non troppo
  3. Allegretto grazioso
  4. Allegro con spirito

National Philharmonic Orchestra

Leopold Stokowski

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Clique e dançarei para você!

Aproveite!

René Denon

Cage, Cowell, Lundquist & Taïra: Música para Percussão

Cage, Cowell, Lundquist & Taïra: Música para Percussão

IM-PER-DÍ-VEL !!! Mas só para quem, como eu, curte os modernos.

Um belo ex-LP de música para percussão com os suecos do Kroumata, grupo fundado em 1978 e ainda ativo, com mais de 20 álbuns gravados. É claro que John Cage (1912-1992) domina o repertório com sua obra de quase sete minutos, mas a peça de Taïra (1937-2005) também é muito intrigante ao acoplar gritos dos instrumentistas, que parecem estar praticando artes marciais. Eu gostei demais de ouvir o Kroumata. Porém, se você é conservador em música, fuja deste post agora. Correndo!

Cage, Cowell, Lundquist & Taïra: Música para Percussão

John Cage (1912 – 1992)
1) Second Construction (1940) for four players [6:44]
Henry Cowell (1897 – 1965)
2) Pulse (1939) for five players [3:53]
Torbjörn Iwan Lundquist (1920 – 2000)
3) Sisu (1976) for six percussions [9:20]
Yoshihisa Taïra (1938 – 2005)
4) Hierophonie V pour six percussionnistes [19:32]

Kroumata Percussion Ensemble

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O grupo sueco manda ver.

PQP

Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726): Leçons de Ténèbres – Ensemble Correspondances, dir. Sébastien Daucé

Michel Richard de Lalande
France, 1657-1726

Leçons de Ténèbres

Ensemble Correspondances
dir. Sébastien Daucé

2015

 

Quando Delalande deixou este vale de lágrimas, sua fama estava no auge; entre 1725 e 1730, ele foi o compositor mais frequentemente ouvido em Paris. O público reunia-se para ouvir seus motetos, notavelmente os três Leçons de Ténèbres e o Miserere para voz solo, escritos para os ofícios da Semana Santa. Muitos compositores já haviam produzido arranjos desses textos na França do Rei Sol, tornando o Ofício de Tenebrae um verdadeiro evento social. Fiel à mesma estética, Delalande explorou essa arte da ambiguidade enquanto se desviava da tradição. (ex-encarte)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Leçons de Ténèbres
Michel Richard de Lalande
Ensemble Correspondances – 2015
dir. Sébastien Daucé

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XLD RIP | FLAC | 361 MB

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MP3 | 320 KBPS | 169 MB

powered by iTunes 12.8.2 | 1 h 16 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição!

 

 

 

 

Avicenna

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas BWV 2, 20 & 176

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas BWV 2, 20 & 176

Grande Mestre Herreweghe! Mais uma gravação impecável do belga! Este disco é marcado para mim pelos três corais impressionantes, cada um muito diferente do outro, que abrem as cantatas. A maior e mais ambiciosa composição aqui é a Cantata “O Ewigkeit” (# 20, 1724). O coral homônimo com o qual ela começa mostra todo o domínio contrapontístico de meu pai. Bach escreve uma abertura francesa completa francesa para orquestra, com as seções lentas distinguidas por ritmos pontilhados abrindo e concluindo o coral, e seção de fuga mais rápida. A ideia remonta às formas medievais usando o cantus firmus, mas, em sua encarnação barroca, é uma criação imponente e majestosa. Os corais de abertura de Cantatas 2 e 176 são mais curtos e menos ambiciosos — mas também são muito bonitos. A Cantata 176 é apresentada por um coral muito dramático que me lembra certas partes dos Concertos de Brandenburgo. O coral da Cantata 2 é melancólico e emotivo.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas BWV 2, 20 & 176

“Ach Gott, Vom Himmel Sieh Darein” BWV 2
1 Choral: Ach Gott Vom Himmel Sieh Darein 4:05
2 Recitativo: Sie Lehren Eintel Falsche List 1:11
3 Aria: Tilg, O Gott, Die Lehren 3:30
4 Recitativo: Die Armen Sind Verstört 1:35
5 Aria: Durchs Feuer Wird Das Silber Rein 5:08
6 Choral: Das Wollst Du, Gott Bewahren Rein 0:56

“O Ewigkeit, Du Donnerwort” BWV 20
7 [Choral] O Ewigkeit, Du Donnerwort 4:45
8 Recitativo: Kein Unglück Ist In Aller Welt Zu Finden 0:48
9 Aria: Ewigkeit, Du Machst Mir Bange 3:13
10 Recitativo: Gesetzt Es Dau’rte Der Verdammten Qual 1:18
11 Aria: Gott Ist Gerecht In Seinen Werken 4:24
12 Aria: O Mensch, Errette Deine Seele 2:02
13 Choral: Solang Ein Gott Im Himmel Lebt 1:03
14 Aria: Wacht Auf, Wacht Auf, Verlornen Schafe 2:28
15 Recitativo: Verlass, O Mensch, Die Wollust Dieser Welt 1:17
16 Duetto. Aria: O Menschenkind 3:09
17 Choral: O Ewigkeit, Du Donnerwort 1:03

“Es ist Ein Trotzig Und Verzagt Ding” BWV 176
18 [Chor] Es Ist Ein Trotzig Und Verzagt Ding 2:03
19 Recitativo: Ich Meine, Recht Verzagt 0:44
20 Aria: Dein Sonst Hell Beliebter Schein 2:51
21 Recitativo: So Wundere Dich, O Meister Nicht 1:43
22 Aria: Ermuntert Euch 2:14
23 Choral: Auf Dass Wir Also Allzugleich 1:17

Alto Vocals [Choir] – Alex Potter, Cécile Pilorger, Ivonne Fuchs, Mieke Wouters
Alto Vocals [Soloist] – Ingeborg Danz
Bass Vocals [Choir] – Bart Vandewege, Frits Vanhulle, Pieter Coene, Robert Van Der Vinne
Bass Vocals [Soloist] – Peter Kooy*
Bassoon – Philippe Miqueu
Cello – Claire Giardelli, Harm-Jan Schwitters
Choir – Collegium Vocale
Cornett – Bruce Dickey (tracks: 1 to 6)
Directed By – Philippe Herreweghe
Double Bass – Miriam Shalinsky
Flute – Patrick Beuckels (tracks: 1 to 6)
Oboe – Marcel Ponseele, Rafael Palacios, Taka Kitazato
Orchestra – Collegium Vocale
Organ – Herman Stinders
Soprano Vocals [Choir] – Cécile Kempenaers, Dominique Verkinderen, Edwige Cardoen, Lut Van De Velde
Soprano Vocals [Soloist] – Johannette Zomer
Tenor Vocals [Choir] – Friedemann Büttner, Gerhard Hölzle, Malcolm Bennett (2), Markus Schuck
Tenor Vocals [Soloist] – Jan Kobow
Timbales – Peppie Wiersma
Trombone – Charles Toet (tracks: 1 to 6), Harry Ries (tracks: 1 to 6), Simen van Mechelen (tracks: 1 to 6)
Trumpet – Guy Ferber, Pascal Geay, René Maze
Viola – Brigitte Clément, Hiltrud Hampe, Peter Van Boxelaere
Violin [1] – Andreas Preuss, Kathrin Tröger, Michiyo Kondo
Violin [2] – Adrian Chamorro, Corrado Masoni, Sebastiaan Van Vucht
Violin, Concertmistress – Mira Glodeanu

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Philippe Herreweghe: mestre bachiano absoluto

PQP

Chopin Evocations – Daniil Trifonov, Mikhail Pletnev, Mahler Chamber Orchestra

Este CD vai em homenagem à todos aqueles românticos babões, como este que vos escreve, que sempre se emocionam com as obras do polonês Chopin, mesmo que já as tenham ouvido dezenas, quiçá, centenas de vezes.
Daniil Trifonov é um dos grandes nomes do piano da atualidade, sem dúvida nenhuma. E esta sua parceria com o também pianista, regente e compositor Mikhail Pletnev, e claro, russo como ele, é uma grande prova disso. Os fãs destes concertos vão notar que existe uma diferença na parte orquestral, e aí é que entra Pletnev, que reescreveu essa parte. Li em certa ocasião que aí residia um dos grandes problemas destes concertos: a parte orquestral, que não seria a praia de Chopin. Alguns excessos desnecessários, diziam os críticos. Pletnev realmente deu um trato, digamos assim, enxugou estas partes. Volto a repetir, os fãs dos concertos e ouvintes destas obras há décadas, como este que vos escreve, irão entender do que estou falando. Aliás, antes de ouvir com mais atenção esta gravação, ouvi a histórica gravação de Samson François, lá do final dos anos 50, com a regência de Louis Fremaux, uma de minhas leituras favoritas. E Samson François foi um dos maiores intérpretes de Chopin do século XX.

Mas vamos ouvir o que Trifonov tem a dizer:
“Chopin revolutionized the expressive horizons of the piano. From very early in his musical output, Chopin’s lyrical grace, thematic sincerity, harmonic adventure and luminous virtuosity embodied all the qualities the Romantics, like Schumann, found irresistible.”

O texto do booklet continua a análise:

“In the context of these diverse works composed or inspired by Chopin, a new light is cast on his two piano concertos, written in close succession when he was turning 20. The F minor “Second” Concerto was in fact composed and premiered first, although it was published after the E minor “First” Concerto. Yet irrespective of sequence, the two works can be understood together as a singular experiment in a genre to which Chopin never returned. They reflect the young composer’s creative consciousness paying homage to his musical predecessors while searching for new expressive means. As Trifonov explains: “The concertos are more massive in terms of length and instrumentation than anything else Chopin ever wrote. He knew and admired the piano concertos of Mozart and Beethoven, yet his interest in the form was not in the Classical balance between soloist and orchestra, but in the concerto as a lyrical epic form, like a Delacroix painting, providing a huge tableau for his musical expression.”
The experiment was only partly successful. While the E minor Concerto is more bravura and the F minor more introversion, they are both full of candid sentiment, drama and pianistic innovation, their central movements evoking bel canto melodies of heartbreaking intimacy. But the proportions are challenging. Chopin eschews the Classical convention of discrete cadenzas, instead subsuming all elements of thematic variation and technical development in a continuous soloistic narrative. His typically delicate, improvisational style and compact elegance can get lost in the sprawling dimensions of the works, the authenticity of whose orchestrations have always been a matter of debate. In both concertos, the piano plays almost uninterruptedly from the solo introduction in the first movement exposition through to the final bars. Yet, as the soloist winds and twists and explores melodic nuances, the original orchestral accompaniment provides punctuation and amplitude but little affinity with this flow of ideas. It was the desire to restore these two works to more chamberlike proportions commensurate with the detail of the solo material and to allow for more faithful interaction between soloist and orchestra that motivated Mikhail Pletnev to create new orchestrations for the two Chopin concertos. The piano parts are unaltered, but Pletnev’s streamlined instrumentation, in Trifonov’s words, “liberates the soloist. The new orchestral transparency allows the pianist greater spontaneity and sensitive engagement with the other voices.” Himself a brilliant pianist-composer, Pletnev’s intimate knowledge of the scores as both performer and orchestrator make him an ideal partner in Trifonov’s Chopinist evocations. The Mahler Chamber Orchestra, a dynamic ensemble of soloists steeped in the responsiveness demanded by opera and chamber music, realizes Pletnev’s refreshed balances of voice and colour. Pletnev’s contribution to the musical constellation is not only material, but also spiritual. As Trifonov explains: “My mentor and teacher, Sergei Babayan, studied with Mikhail Pletnev in Moscow in the 1980s. That makes him a little bit like my musical forefather.” The family portrait is completed on this album by a rendition of Chopin’s rarely heard and devilishly difficult Rondo op. posth. 73, performed by Trifonov and Babayan together. This autobiographical element closes the circle of thematic motives in Trifonov’s project revolving around Chopin. “Chopin is one of the world’s most beloved composers – the poetry of his music goes straight to the heart and requires no justification”, Trifonov contends. “But in a sense, the genius of Chopin becomes even more clear in the context of those who influenced him and those who have been inspired by him.” The programme affords an opportunity to hear his familiar music afresh, transfigured within a tapestry of historical, musicological, personal and expressive “evocations”, as well as a glimpse of the young man to whose “genius, steady striving, and imagination” Schumann bowed his head.”

Espero que apreciem. Eu gostei muito deste CD.

CD 1
FRÉDÉRIC CHOPIN (1810–1849)
Concerto for Piano and Orchestra No.  2 in F minor op.  21 f-Moll | en fa mineur
1 1. Maestoso
2 2. Larghetto
3 3. Allegro vivace

Daniil Trifonov piano
Mahler Chamber Orchestra
Mikhail Pletnev

Variations on “Là ci darem la mano” from the opera Don Giovanni by W. A. Mozart in B flat major op.  2 B-Dur | en si bémol majeur
4 Introduction. Largo – Poco più mosso
5 Tema. Allegretto
6 Var. 1. Brillante
7 Var. 2. Veloce, ma accuratamente
8 Var. 3. Sempre sostenuto
9 Var. 4. Con bravura
10 Var. 5. Adagio

ROBERT SCHUMANN (1810–1856)
12 Chopin. Agitato 1:30 No. 12 from Carnaval op.  9

EDVARD GRIEG (1843–1907)
13 Study “Hommage à Chopin” op.  73 no. 5. Allegro agitato

SAMUEL BARBER (1910–1981)
14 Nocturne op.  33. Moderato

PYOTR ILYICH TCHAIKOVSKY (1840–1893)
15 Un poco di Chopin op. 72 no.  15. Tempo di Mazurka

Daniil Trifonov piano

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CD 2

1 Rondo for Two Pianos in C major op. posth. 73 n ut majeur
Daniil Trifonov, Sergei Babayan pianos

Concerto for Piano and Orchestra No. 1 in E minor op. 11 e-Moll
2 1. Allegro maestoso
3 2. Romance. Larghetto
4 3. Rondo. Vivace

Daniil Trifonov piano
Mahler Chamber Orchestra
Mikhail Pletnev

FREDERIC MOMPOU (1893–1987) Variations on a Theme by Chopin
5 Theme. Andantino
6 Var. 1. Tranquillo e molto amabile
7 Var. 2. Gracioso
8 Var. 3. Lento (Para la mano izquierda / For the left hand)
9 Var. 4. Espressivo
10 Var. 5. Tempo di Mazurka
11 Var. 6. Recitativo
12 Var. 7. Allegro leggiero
13 Var. 8. Andante dolce e espressivo
14 Var. 9. Valse
15 Var. 10. Évocation. Cantabile molto espressivo
16 Var. 11. Lento dolce e legato
17 Var. 12. Galope y Epílogo 3:19

FRÉDÉRIC CHOPIN
18 Impromptu No.  4 in C sharp minor 5:36 “Fantaisie-Impromptu” op.  66

Daniil Trifonov piano

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Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726): Dies Irae, Miserere – La Chapelle Royale, dir. Philippe Herreweghe – 1990

Michel Richard de Lalande
France, 1657-1726

Dies Irae
Miserere

La Chapelle Royale
dir. Philippe Herreweghe

1990

 

Originalmente composta para o funeral da delfina, Princesa Marie-Anne-Christine-Victoire da Baviera, em 1 de maio de 1690, este notável arranjo de Dies irae foi revisado em 1711, ou por causa da morte do delfim ou das duas filhas de Lalande: todos morreram de varíola dentro de um período de seis semanas.

O arranjo de Lully de Dies irae, pela morte da rainha em 1683, mostrara as possibilidades desse texto como um grande moteto para solistas, coros e orquestra. Mas foi Lalande, sete anos depois, que desenvolveu este conceito e produziu um resultado muito mais surpreendente – talvez o primeiro arranjo de Dies irae na história da música onde o compositor explorou em tal estilo dramático os contrastes inerentes às 18 estrofes rimadas deste poema do século 13.

Este trabalho demonstra a propensão de Lalande para o mais reflexivo e sombrio, provocando uma impressionante resposta musical. Seu forte senso formal é mostrado no desenho musical que é organizado de modo a agrupar as 18 estrofes em quatro grupos cada um de quatro, enquadrando um grupo central de dois. Os dois grupos maiores mais próximos do centro são atribuídos a uma voz solo (haute-contre, depois barítono), enquanto os outros empregam uma variedade de texturas solo e coral.

Dies Irae, Miserere
Michel Richard de Lalande
La Chapelle Royale – 1990
dir. Philippe Herreweghe

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Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

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Boa audição!

 

 

 

 

Avicenna

.:interlúdio:. A arte de Jacob do Bandolim (1918 – 1969)

.:interlúdio:. A arte de Jacob do Bandolim (1918 – 1969)

Olá pessoal!  Hoje tenho o imenso prazer de compartilhar uma verdadeira pérola da música brasileira, trata-se de um pouquinho da imensa obra do incrível Jacob Pick Bittencourt, ou Jacob do Bandolim nascido em 14/02/1918, no Rio de Janeiro. Morava na casa de n° 97, da Rua Joaquim Silva, na Lapa. Quando criança uma de suas distrações era ficar na janela de casa ouvindo um vizinho francês, cego, tocar violino. Ao ver o filho com tanto interesse ganhou um violino da mãe aos 12 anos, mas, por não se adaptar ao arco do instrumento, passou a usar grampos de cabelo para tocar as cordas. Depois de várias cordas arrebentadas, uma amiga da família disse: “..o que esse menino quer é tocar bandolim..”. Dias depois, Jacob ganhou um bandolim, comprado na Guitarra de Prata. Era um modelo “cuia”, estilo napolitano, e segundo o próprio Jacob: ” …aquilo me arrebentou os dedos todos, mas eu comecei…”. Aos 13 anos, ainda da janela de sua casa, escutou o primeiro choro: “É do que há” (CD2 faixa 00) – composto e gravado pelo famoso Luiz Americano – “Nunca mais esqueci a impressão que me causou”, afirmaria Jacob, anos mais tarde. Raramente saia à rua. Seu negócio era ir na escola e ficar em casa tocando bandolim. Costumava freqüentar a loja de instrumentos musicais Casa Silva, na rua do Senado, onde, para variar, ficava palhetando os bandolins. Em 1933 se apresentou pela primeira vez, ainda como amador, na Rádio Guanabara, com um grupo formado por amigos, o “Conjunto Sereno”. Ao tomar a decisão que o bandolim “era o seu negócio” e nele se concentrar iniciou a sua carreira radiofônica. O sucesso foi tanto que Jacob foi contratado pela rádio, passando a se revezar com o grupo do famoso flautista Benedito Lacerda, o “Gente do Morro”, no acompanhamento dos principais artistas da época, dentre eles, Noel Rosa, Augusto Calheiros, Ataulfo Alves, Carlos Galhardo, Lamartine Babo. Em conseqüência, seu grupo, que era formado por Osmar Menezes e Valério Farias “Roxinho” nos violões, Carlos Gil no cavaquinho, Manoel Gil no pandeiro e Natalino Gil no ritmo, passou a se chamar “Jacob e sua gente”.

1953 – Sentados: Donga-Pixinguinha-João-da-Bahiana-e-Jacob-do-Bandolim. Em pé no centro Ataúlfo Alves

Em 1940, Jacob se casou com Adylia Freitas, sua grande companheira para toda a vida. Nesta época se firmou uma profunda amizade com o violonista e histórico compositor Ernesto dos Santos – o Donga. Tempos difíceis, cachês fracos e o apoio pessoal e material que veio de Donga foi fundamental para o casal Jacob e Adylia costumavam comentar que “…Donga e a esposa Zaira de Oliveira mataram nossa fome algumas vezes…”. Mais experiente e conhecedor das dificuldades da profissão, Donga convenceu Jacob a prestar concurso público, idéia que o bandolinista abraçou, pois sempre pretendeu alcançar uma estabilidade que lhe permitisse realizar seus saraus e desenvolver sua arte sem ser obrigado a acompanhar cantores e calouros eternamente, isso somado ao temor de perder sua independência em virtude das pressões das gravadoras e dessa forma, por não querer fazer concessões à indústria fonográfica, JACOB prestou concurso, sendo nomeado Escrevente Juramentado da Justiça do Rio de Janeiro, mas continuou tocando bandolim, cada vez mais.

Em 1941, a convite de Ataulfo Alves, participou das gravações, “Leva Meu Samba” (Ataulfo Alves) e a famosa “Ai, que Saudades da Amélia” (Ataulfo Alves e Mário Lago). Em 1947, Jacob lança pela gravadora Continental, seu primeiro disco como solista, um 78 rpm, com um choro de sua autoria, “Treme-treme” (CD01 faixa 00) e a valsa “Glória”, de Bonfiglio de Oliveira, fazendo grande sucesso.

Em 1949, já residindo em Jacarepaguá, na Rua Comandante Rubens Silva, no 62, Jacob passou a realizar grandes saraus que contatavam na platéia com a presença de grandes nomes da política, artes e jornalistas que lá iam ouvir a arte: Dorival Caymmi, Elizeth Cardoso, Serguei Dorenski, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola, Hermínio Bello de Carvalho, Canhoto da Paraíba, Maestro Gaya, Darci Villa-Verde, Turíbio Santos e Oscar Cáceres (violonista uruguaio). Segundo Hermínio Bello de Carvalho, assíduo participante dessas reuniões musicais: “….. quem participou de seus célebres saraus, tornou-se não apenas um ouvinte privilegiado das noites mais cariocas que esta cidade já conheceu, mas um discípulo sem carteira de um Mestre que não sonegava lições, que fazia questão de repassá-las nas inúmeras atividades que exercia – inclusive como radialista. Proclamava não ser professor e, por isso, não ter formado alunos. Ignorava que, ao morrer, deixaria não apenas uma escola, mas uma universidade aberta a todos que um dia iriam estudar o gênero a que se dedicou com rara e profícua eficiência. Sua casa em Jacarepaguá era uma permanente oficina musical, onde reunia a nata dos chorões cariocas, proporcionando a eles o convívio com músicos de outros Estados, de quem fazia questão de registrar as obras para posterior divulgação. Canhoto da Paraíba, Rossini Pereira, Zé do Carmo, Dona Ceça e outros autores-instrumentistas eram recepcionados e hospedados em sua casa, num gesto de ampla generosidade por quase todos, reconhecido. Recebia também artistas internacionais do porte de Maria Luisa Anido, Sergei Dorenski e Oscar Cáceres em saraus memoráveis….”

Entre o final de 1956 e 1958, Radamés Gnatalli escreveu “Retratos”, uma suíte para bandolim, orquestra e conjunto regional, onde homenageou, em cada movimento, um dos quatro compositores que considerava geniais e fundamentais na formação da nossa música instrumental: Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga. Como se revelasse uma fotografia musical extraída da alma de cada um dos quatro homenageados, Radamés traz no primeiro movimento um Choro baseado em Carinhoso, no segundo, uma Valsa a partir de Expansiva, no terceiro, um Schottisch lembrando Três Estrelinhas e no quarto movimento, um Maxixe “a la” Corta Jaca. Uma obra de rara beleza e que exigia um solista sensível e com conhecimento musical. Radamés dedicou a suíte Retratos a Jacob que para executá-la foi obrigado a aprofundar seus estudos de teoria musical, que havia iniciado em 1949, e para isso contou com a ajuda de Chiquinho do Acordeon (Romeu Seibel) e com a sua própria obstinação. Jacob registrou em seu gravador a estréia radiofônica de Retratos interpretada por Chiquinho, na Rádio Nacional, no final dos anos 50 e a partir daí estudou a obra continuamente para enfim gravá-la em fevereiro de 1964 (Gravação compartilhada abaixo). Em maio do mesmo ano, Jacob escreve uma carta a Radamés para confessar que “…valeu estudar e ficar dentro de casa o Carnaval de 64, devorando e autopsiando os mínimos detalhes da obra…”. Jacob que começou na infância tocando “de ouvido” era fanático por ensaios, revelava agora uma nova face, o de musico estudioso. Em agosto de 64, Jacob fez a primeira audição pública de “Retratos”, acompanhado pela Orquestra da CBS, no saguão do Museu de Belas Artes, no Rio de Janeiro. “Retratos” foi um salto de qualidade na carreira de Jacob e na música brasileira. Com a fusão entre a linguagem camerística e a popular Radamés deu-nos uma nova leitura do Choro que, embora pouco reconhecido a época, amadureceria cerca de 20 anos depois.

Jacob do Bandolim no estúdio de gravação do LP Vibrações

Jacob produziu muitos Lps, mas o Lp “Vibrações”, de 1967, é considerado “o maior LP de choro de todos”, com gravações imortais de “Lamento” e “Brejeiro” (Ernesto Nazareth), uma beleza sem igual. Nos faz pensar e crer que um dia lá no futuro artistas como ele serão realmente reconhecidos como gênio. Que obra !!!!

No início de agosto de 1969, Jacob interrompeu uma estadia em Brasília, onde estava se tratando de dois enfartes com o “cardio-bandolinista” Dr. Veloso, retornou ao Rio de Janeiro para reassumir suas funções no Conselho de Música Popular do Museu da Imagem e do Som do RJ, onde ocupava a cadeira n° 22 e para retomar as gravações de seu programa de rádio na Rádio Nacional – “Jacob e seus Discos de Ouro” – um dos poucos programas especializados em choro e samba no rádio brasileiro, sempre transmitido as 23:30 hs. Nessa época, por precaução, após os dois enfartes, Adylia não permitia que Jacob saísse sozinho. Mas, no dia 13.08.69, uma quarta-feira, Jacob, que desde que havia retornado de Brasília insistia em ir ver seu amigo Pixinguinha pois soubera que este passava por problemas, resolveu ir a Ramos de qualquer jeito. D. Adylia que estava adoentada e não podia acompanhá-lo, relutou mas acabou concordando. Dentre outras coisas, Jacob queria acertar com o amigo Pixinga a realização de um velho sonho. A gravação de um disco só com músicas do velho mestre e com a renda revertida para ele. Jacob passou a tarde com Pixinguinha e ao retornar para sua residência em Jacarepaguá, ainda dentro do carro sofreu o terceiro infarte, falecendo na varanda de sua casa, nos braços da esposa, por volta das 19 hs.

Jacob e Cartola

Jacob sempre perseguiu a perfeição da execução e a excelência na preservação da nossa música, sem, contudo ser um conservador. Municiava-se de recursos tecnológicos de ponta à época (anos 50), para obter resultados inovadores, na busca de novas sonoridades, ou para melhorar o registro de seus arquivos. Da mesma forma, quando estudou, à fundo, a arte fotográfica, para poder microfilmar suas partituras, pois arquivos físicos não lhe bastavam, em se tratando de milhares de partituras a serem preservadas.

O jornalista e filho de Jacob, Sérgio Bittencourt, era famoso pelo estilo polêmico. Não economizava críticas ácidas ao escrever sobre música popular em jornais e revistas. Tornou-se também um rosto conhecido ao atuar como jurado nos programas de calouros de Flávio Cavalcanti. Mas as palavras ficavam doces ao falar sobre a admiração que tinha pelo pai, Jacob do Bandolim, um dos maiores músicos de choro da história do País. A morte de Jacob, em 1969, foi dura para o rapaz de 28 anos. Em sua homenagem, compôs a comovente Naquela Mesa: “Naquela mesa ele sentava sempre / E me dizia sempre o que é viver melhor / Naquela mesa ele contava histórias / Que hoje na memória eu guardo e sei de cor… “ Há quem diga que a canção foi escrita durante o velório do pai. A música ficaria famosa nas vozes de Elizeth Cardoso e Nelson Gonçalves (Faixas bônus) e se tornaria um clássico, quase obrigatória em repertórios boêmios Brasil afora. Até mereceu um arranjo do maestro e arranjador francês Paul Mauriat.

Hoje, são raras as rodas de choro onde não se ouvem as cordas de um bandolim, são raros os bandolinistas que não tem em Jacob sua referência musical e, principalmente, é raro o país que teve o privilégio de ter tido um Jacob do Bandolim. O que dizer do choro “Odeon”, “Brejeiro”, “Noites Cariocas” ou a brincadeira com o Zimbo trio na última faixa do CD 03 “Chega De Saudade”….

Contrariando a letra do Sérgio Bittencourt aonde diz “… e hoje ninguém mais fala do seu bandolim….”. Hoje falamos e mando este petardo em homenagem ao grande músico que foi, é, e sempre será – Jacob do Bandolim.

Fontes bibliográficas:
Tributo a Jacob (Discografia) / Sergio Prata e Maria V. Pugliesse / Rio, CECAC, 2003; / Arquivos da família Bittencourt; / Depoimentos de Déo Rian, Elena Bittencourt e César Faria ; / Jacob do Bandolim / Ermelinda de Azevedo Paz , Rio, Funarte, 1997; / O Choro: do Quintal ao Municipal / Henrique Cazes, São Paulo, Editora 34, 1998. / http://jacobdobandolim.com.br/biografia.html

Pessoal, divirtam-se com estes arquivos que ora disponibilizamos. Bom Sarau!

Jacob Do Bandolim – Gravações Originais
CD 01


1-0 Treme Treme
1-1 Noites Cariocas
1-2 Despertar Da Montanha
1-3 Dolente
1-4 Pé-De-Moleque
1-5 Simplicidade
1-6 Bonicrates De Muletas
1-7 Cristal
1-8 Mexidinha
1-9 Choro De Varanda
1-10 Vascaíno
1-11 Bole-Bole
1-12 Nostalgia
1-13 Odeon
1-14 Confidências
1-15 Atlântico
1-16 Faceira
1-17 Biruta
1-18 Migalhas De Amor
1-19 Alvorada

CD2


2-0 É do que há
2-1 Doce De Coco
2-2 Reminiscências
2-3 Entre Mil… Você!
2-4 Mimosa
2-5 Sapeca
2-6 Carícia
2-7 Santa Morena
2-8 Tira Poeira
2-9 Diabinho Maluco
2-10 Cochichando
2-11 Agüenta, Seu Fulgêncio
2-12 Sempre Teu
2-13 Implicante
2-14 Lábios Que Beijei
2-15 Serra Da Boa Esperança
2-16 Flor Do Abacate
2-17 Chorando
2-18 Gostosinho
2-19 Noites Cariocas

CD 03


3-1 Assanhado
3-2 Feia
3-3 Bola Preta
3-4 Benzinho
3-5 A Ginga Do Mané
3-6 O Vôo Da Mosca
3-7 Ernesto Nazareth – 2º Movimento Da Suíte Retratos (Retrato B)
3-8 Chiquinha Gonzaga – 4º Movimento Da Suíte Retratos (Retrato D)
3-9 Vibrações
3-10 Receita De Samba
3-11 Ingênuo
3-12 Lamentos
3-13 Murmurando
3-14 Floraux
3-15 Brejeiro
3-16 Noites Cariocas
3-17 Modinha
3-18 Chega De Saudade

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Vibrações


01 – VIBRAÇÕES (Jacob do Bandolim)
02 – RECEITA DE SAMBA (Jacob do Bandolim)
03 – INGÊNUO (Pixinguinha / Benedito Lacerda)
04 – PÉROLAS (Jacob do Bandolim)
05 – ASSIM MESMO (Luis Americano)
06 – FIDALGA (Ernesto Nazareth)
07 – LAMENTO (Pixinguinha)
08 – MURMURANDO (Fon-Fon)
09 – CADÊNCIA (Juventino Maciel)
10 – FLORAUX (Ernesto Nazareth)
11 – BREJEIRO (Ernesto Nazareth)
12 – VÉSPER (Ernesto Nazareth)

JACOB DO BANDOLIM & CONJUNTO ÉPOCA DE OURO – 1967 ( RCA Camden ) FAIXAS DO ÁLBUM VIBRAÇÕES (Compositor) JACOB DO BANDOLIM: Bandolim / DINO 7 CORDAS: Violão 7 cordas / CESAR FARIA E CARLINHOS: Violão / JONAS: Cavaquinho / GILBERTO D’ÁVILA: Pandeiro / JORGINHO: Percussão

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Suíte Retratos


Jacob do Bandolim – Radamés Gnattali e Orquestra – SUITE RETRATOS – gravação de 1964

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Naquela mesa
Naquela mesa – Nelson Gonçalves
Sergio Bittencourt e Elizeth Cardoso – Naquela mesa
Paul Mauriat – Naquela Mesa

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Jacob afinando o seu Bandolim na sala de Luteria do PQP

Ammiratore

Antonio Vivaldi (1678-1741): Gloria / Alessandro Scarlatti (1660-1725): Dixit Dominus

Antonio Vivaldi (1678-1741): Gloria /  Alessandro Scarlatti (1660-1725): Dixit Dominus

Um belo disco de música sacra italiana com obras de Vivaldi e Alessandro Scarlatti. Quase todos nós já ouvimos o Gloria de Vivaldi muitas vezes e, embora seja muito boa música, a pessoa tende a se cansar depois de um tempo. A versão de Pinnock é excelente. Meu interesse real sobre este disco é o Dixit Dominus de Scarlatti. Nós ouvimos muito pouco da música sacra de Alessandro, que é de alta qualidade. Embora ele não seja tão ousado ou enérgico como Handel, tem muitas ideias originais e belas melodias. Todos os movimentos são atraentes. Pinnock e turma estão excelentes como sempre. Embora desconhecido, este Dixit é definitivamente o destaque deste disco para mim.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Gloria / Alessandro Scarlatti (1660-1725): Dixit Dominus

Gloria, In D Major For Soloists, Chorus And Orchestra, RV 589
Composed By – Antonio Vivaldi

1 Gloria In Excelsis Deo (Allegro)
Oboe – David Reichenberg
Trumpet – Crispian Steele-Perkins
2:24
2 Et In Terra Pax Hominibus (Andante) 4:52
3 Laudamus Te (Allegro)
Soprano Vocals – Ingrid Attrot, Nancy Argenta
2:14
4 Gratias Agimus Tibi (Adagio) 0:28
5 Propter Magnam Gloriam Tuam (Allegro) 0:50
6 Domine Deus, Rex Caelistis (Largo)
Oboe – David Reichenberg
Soprano Vocals – Nancy Argenta
3:43
7 Domine Fili Unigeniti (Allegro) 2:18
8 Domine Deus, Agnus Dei (Adagio)
Alto Vocals – Catherine Denley
5:01
9 Qui Tollis Peccata Mundi (Adagio) 1:45
10 Qui Sedes Ad Dexteram Patris (Allegro)
Alto Vocals – Catherine Denley
2:45
11 Quoniam Tu Solus Sanctus (Allegro)
Oboe – David Reichenberg
Trumpet – Crispian Steele-Perkins
0:47
12 Cum Sancto Spirito (Allegro)
Oboe – David Reichenberg
Trumpet – Crispian Steele-Perkins
2:48

Dixit Dominus, For Soloists, Strings And Continuo (Musica Sacra MS 710)
Composed By – Alessandro Scarlatti

13 Dixit Dominus (Spiritoso) 2:35
14 Virgam Virtutis (Allegro)
Soprano Vocals – Nancy Argenta
2:34
15 Tecum Principium
Alto Vocals – Ashley Stafford
2:53
16 Juravit Dominus 3:14
17 Dominus A Dextris Tuis
Bass Vocals – Stephen Varcoe
2:13
18 Judicabit In Nationibus (Andante – Allegro – Allegro) 1:57
19 De Torrente In Via Bibet (Andante)
Alto Vocals – Ashley Stafford
Soprano Vocals – Nancy Argenta
2:50
20 Gloria Patri (Allegro) 3:58

Alto Vocals – Ashley Stafford
Alto Vocals [Choir] – Ashley Stafford, Caroline Trevor, Graeme Curry, Mary Nichols
Bass Vocals – Stephen Varcoe
Bass Vocals [Choir] – Donald Greig, Richard Savage, Richard Wistreich, Stephen Charlesworth (2)
Cello – Jaap ter Linden, Richard Webb
Concertmaster – Simon Standage
Contralto Vocals – Catherine Denley
Double Bass – Amanda MacNamara*
Oboe [Solo] – David Reichenberg
Organ – Ivor Bolton
Soprano Vocals – Ingrid Attrot, Nancy Argenta
Soprano Vocals [Choir] – Evelyn Tubb, Nicola Jenkin, Sally Dunkley, Tessa Bonner
Tenor Vocals [Choir] – Angus Smith, John Dudley, Neil Lunt, Nicolas Robertson
Theorbo – Nigel North
Trumpet [Solo] – Crispian Steele-Perkins
Viola – Katharine Hart* (tracks: 1 to 12), Trevor Jones (4) (tracks: 1 to 12)
Violin [1st] – Graham Cracknell, Miles Golding, Pauline Nobes (tracks: 1 to 12), Simon Standage
Violin [2nd] – Elizabeth Wilcock (tracks: 1 to 12), Frances Turner (tracks: 13 to 20), Maurice Whitaker (tracks: 1 to 12), Micaela Comberti, Pauline Nobes (tracks: 13 to 20), Susan Carpenter-Jacobs* (tracks: 1 to 12)
Violin [3rd] – Elizabeth Wilcock (tracks: 13 to 20), Maurice Whitaker (tracks: 13 to 20), Susan Carpenter-Jacobs* (tracks: 13 to 20)
Vocals [Solo Quartet] – Ashley Stafford (tracks: 13 to 20), Nicolas Robertson (tracks: 13 to 20), Richard Wistreich (tracks: 13 to 20), Tessa Bonner (tracks: 13 to 20)
Choir – The English Concert Choir
Orchestra – The English Concert
Conductor, Harpsichord – Trevor Pinnock

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Cerimônia religiosa na igreja de San Lorenzo, em Veneza, em quadro pintado em 1789 por Gabriele Bella. Pelo menos dois concertos de Vivaldi, o RV 286 e o RV 562, foram encomendados a Vivaldi com a intenção de abrilhantar cerimônias em San Lorenzo

PQP

Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726): Music for the Sun King – Ex Cathedra, dir. Jeffrey Skidmore – 2002

Michel Richard de Lalande
France, 1657-1726

Music for the Sun King
….Te Deum laudamus
….Venite, exultemus
….Panis Angelicus
….La grande pièce royale

Ex Cathedra
dir. Jeffrey Skidmore – 2002

 

Devemos agradecer que Luís XIV não gostava de missas solenes. Na verdade, era o fato de ele preferir assistir a Missa Baixa [a Missa Solene é celebrada com assistência de diácono e subdiácono; uma Missa cantata, o padre canta as partes da missa que as rubricas atribuem a ele, porém sem a assistência do diácono e subdiácono. Na missa baixa o celebrante além de rezar sua parte, reza todos os outros formulários da missa. Nela um servidor recita a parte do coro e de todos os outros ministros] na capela real que levou ao moteto, sendo a principal forma de música sacra do repertório do barroco francês.

Durante este serviço, o celebrante fala as palavras da liturgia, enquanto os músicos do rei cantam três motetos. Esse arranjo foi descrito em 1665 por Abbe Perrin no prefácio de uma coletânea de textos de seu próprio moteto: Para a missa do rei, três motetos geralmente são apresentados: um grande, um petit para a Elevação, e uma “sálvia Dentina”, fae regente (“Deus salve o rei”).

Embora o modelo para o grande moteto tenha sido criado por Henry Du Mont, que serviu na capela real durante vinte anos, de 1663 a 1683, foram dois dos seus contemporâneos mais jovens – Marc-Antoine Charpentier (1643-1704) e Michel-Richard de Lalande (1657-1726) – que levou o gênero ao seu auge.

O disco atual dá a oportunidade de ouvir dois dos motetos grandiosos de Lalande na íntegra, bem como um movimento solo extraído de outro e uma de suas peças instrumentais. Lalande tornou-se um dos quatro compositores designados para a capela de Luís XIV em 1683, após uma competição bem documentada. Muito estimado pelo rei, ele foi premiado com um número crescente de cargos oficiais nos anos seguintes, tornando-se o único compositor da capela real, bem como compositor e superintendente (diretor) da musique de la chambre (música da câmara).

Embora tenha começado a renunciar às suas responsabilidades depois da morte de Luis XIV em 1715, Lalande manteve uma posição na capela real até a sua própria morte em 1726. Ao longo dos 43 anos em que esteve associado à corte, Lalande compôs e reformulou 77 grands motets. Eles eram altamente considerados, eles eram realizados não apenas na capela real durante todo o século XVIII, mas também foram uma parte importante do repertório no Concert Spirituel, uma série de concertos estabelecidos em Paris em 1725 com o objetivo de realizar música sacra durante períodos em que a Ópera era fechada.

Quase meio século depois da morte do compositor, Jean-Jacques Rousseau descreveu os grands motets de Lalande como “obras-primas do gênero” e, em 1780, Laborde creditou o compositor como “criador de um novo gênero de música sacra”. Outra evidência da estima em que os grands motets foram mantidos é o fato de que eles eram conhecidos fora de Paris: cópias chegavam às bibliotecas em outros lugares na França e no exterior. (do livreto)

Music for the Sun King
Michel Richard de Lalande
Ex Cathedra, dir. Jeffrey Skidmore – 2002

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Avicenna

J. S. Bach (1685-1750): Oratório da Páscoa & Ascension Oratorio – Masaaki Suzuki

J. S. Bach (1685-1750): Oratório da Páscoa & Ascension Oratorio – Masaaki Suzuki


Osteroratorium – Oratório da Páscoa 

Himmelfahrtsoratorium – Oratório da Ascensão

Bach deixou três peças sacras as quais denominou Oratórios. A mais famosa é o Oratório de Natal, um conjunto de seis cantatas que foram apresentadas pela primeira  vez nos dias 25, 26 e 27 de dezembro de 1734. Os outros dois Oratórios estão reunidos neste espetacular disco. Ambos fazem referência à Páscoa.

Masaaki Suzuki

O mais antigo, Osteroratorium – Oratório da Páscoa – teve sua primeira audição em 1 de abril de 1725 e era uma paródia de uma cantata produzida umas semanas antes, para o aniversário do Duque Christian de Saxe-Weissenfels. Bach deve ter tido esta música em alta conta, pois a reapresentou em mais três ocasiões ao longo de sua vida, sempre adaptando ou arranjando algo novo. Em 1735 passou a chamá-la de Oratório. A última vez que a apresentou, na forma como aqui foi gravada, ocorreu em 1749. O Oratório inicia com dois movimentos puramente orquestrais, provavelmente provenientes de algum concerto que Bach escrevera em Koethen, onde trabalhou antes de mudar-se para Leipzig. O primeiro deles é festivo, com trompetes e tímpanos. O segundo é um adágio lindíssimo: sobre as cordas em suspiros, um instrumento melódico, aqui uma flauta transversa, que eleva o sentimento de espiritualidade. Segue um movimento que seria o final do concerto, agora adaptado para incluir o coro, e o todo funciona como uma grande abertura do oratório.

Em seguida uma série de recitativos e árias, uma delas para contralto que segue por onze minutos, onde novamente a flauta exerce papel proeminente, num diálogo com a solista. O Oratório concluiu com um coro acompanhado com toda a força da orquestra. É possível até imaginar o contentamento que o príncipe aniversariante deve ter sentido.

O outro oratório – Himmelfahrtsoratorium – arranjado para a Festa da Ascensão, também é catalogado como uma cantata, Lobet Gott in seinen Reichen, BWV 11. Foi estreado em 19 de maio de 1735 e é a adaptação de uma cantata não religiosa que não existe mais. Aqui os recitativos do tenor fazem o papel do Evangelista conduzindo a história.

De novo trompetes, tímpanos, flautas, oboés e cordas dão o tom solene e alegre, com o devido equilíbrio de momentos mais reflexivos, como é próprio para a ocasião.

Esta gravação é um primor. Foi feita na Capela da Kobe Shoin Women’s University, e pela foto do libreto deve ser espetacular. O Bach Collegium Japan, sob a direção de Masaaki Suzuki, artistas do selo sueco BIS Records é de altíssimo nível e uma referência mundial na interpretação da música de Bach. Suzuki estudou com os maiores especialistas em Bach e música antiga. É cravista, organista, regente, músico completo. Com o Bach Collegium Japan, fundado por ele, já gravou todas as cantatas de Bach assim como as outras grandes obras sacras, sempre para o selo BIS.

 

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Easter Oratorio. Kommt, eilet und laufet, BWV 249

01          I. Sinfonia

02          II. Adagio

03          III. Chorus – Kommt, eilet und laufet

04          IV. Recitativo (soprano, alto, tenore, basso) – O kalter Männer Sinn!…

05          V. Aria (soprano) – Seele, deine Spezereien…

06          VI. Recitativo (alto, tenore, basso) – Hier ist die Gruft…

07          VII. Aria (tenore) – Sanfte soll mein Todeskummer…

08          VIII. Recitativo (soprano, alto) – Indessen seufzen wir…

09          IX. Aria (alto) – Saget, saget mir geschwinde…

10          X. Recitativo (basso) – Wir sind erfreut…

11          XI. Chorus – Preis und Dank…

Ascension Oratorio. Lobet Gott in seinen Reichen, BWV 11

12          I. Chorus – Lobet Gott in seinen Reichen

13          II. Recitativo (tenore) – Der Herr Jesus hub seine Hände auf…

14          III. Recitativo (basso) – Ach, Jesu, ist dein Abschied schon so nah?…

15          IV. Aria (alto) – Ach, bleibe doch, mein liebstes Leben…

16          V. Recitativo (tenore) – Und ward aufgehaben zusehends…

17          VI. Choral – Nun liget alles unter dir…

18          VII. Recitativo (tenore, basso) – Und da sie ihm nachsahen… Recitativo (alto) – Ach ja! so komme bald zurück… Recitativo (tenore) – Sie aber beteten ihn an…

19          VIII. Aria (soprano)- Jesu, deine Gnadenblicke…

20          IX. Choral – Wenn soll es doch geschehen…

Patrick van Goethem, contra-tenor
Jan Kobow, tenor
Yukari Nonoshita, soprano
Chiyuki Urano, baixo
Bach Collegium Japan
Masaaki Suzuki, conductor

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Aproveite a oportunidade para ouvir boa música e refletir nas coisas mais altas e misteriosas da vida.

René Denon

Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726): 3 Grands Motets: Te Deum + Super Flumina Babilonis + Confitebor Tibi Domine – Les Arts Florissants, dir. William Christie – 2001

Michel Richard de Lalande
France, 1657-1726

Te Deum
Super Flumina Babilonis
Confitebor Tibi Domine

Sandrine Piau, Véronique Gens, Arlette Steyer – sopranos

Les Arts Florissants – 2001
dir. William Christie

 

GRANDES MOTETOS DE MICHEL-RICHARD DELALANDE “O criador da música sacra francesa” … um “Latin Luny” … uns dos elogios a Delalande (1657-1726), que levou o moteto ao seu auge de popularidade na França. Sucessor de Lully como proeminente músico da corte sob Luís XIV e Luís XV, a criatividade dramática de Delalande foi mais poderosa em seus 75 motetos, louvando seu Deus e, é claro, seu rei.

A devoção de Delalande à corte e à música sacra começou como um estudante na igreja de Saint-Germain l’Auxerrois e seus postos de organista em quatro igrejas de Paris. Em 1683, logo após a mudança do tribunal para Versalhes, ele foi o candidato favorito de Louis para o sous maitre da capela, sua primeira das dez nomeações durante os 43 anos seguintes. Por volta de 1770, seus motetos haviam desfrutado de mais de 600 apresentações na série de concertos públicos de Paris, a Concert Spirituel. Delalande compôs um terço de seus motetos, bem como sete entretenimentos seculares, durante sua primeira década prodigiosa na corte. Ele completou a maioria dos motetos restantes em 1710 e dedicou seus últimos anos à revisão de trabalhos anteriores.
(ex-catálogo, Barbara Coeyman)

3 Grands Motets
Michel Richard de Lalande
01. Te Deum – 1. Simphonie
02. Te Deum – 2. Te Deum laudamus
03. Te Deum – 3. Tibi omnes angeli
04. Te Deum – 4. Sanctus Dominus Deus Sabaoth
05. Te Deum – 5. Te gloriosus Apostolorum chorus
06. Te Deum – 6. Tu Rex gloriae, Christe
07. Te Deum – 7. Tu ad liberandum
08. Te Deum – 8. Tu devicto mortis aculeo
09. Te Deum – 9. Te ergo, quaesumus
10. Te Deum – 10. Aeterna fac
11. Te Deum – 11. Per singulos dies
12. Te Deum – 12. Dignare Domine
13. Te Deum – 13. In te Domine speravi
14. Super Flumina Babilonis – 1. Simphonie – 2. Super flumina
15. Super Flumina Babilonis – 3. In salicibus
16. Super Flumina Babilonis – 4. Quia illic interrogaverunt nos
17. Super Flumina Babilonis – 5. Hymnum cantate nobis
18. Super Flumina Babilonis – 6. Si oblitus fueri tui
19. Super Flumina Babilonis – 7. Adhaereat lingua mea
20. Super Flumina Babilonis – 8. Memor esto, Domine
21. Super Flumina Babilonis – 9. Filia Babilonis misera (soli)
22. Super Flumina Babilonis – 10. Filia Babilonis misera (chorus)
23. Confitebor Tibi Domine – 1. Simphonie – 2. Confiterbor
24. Confitebor Tibi Domine – 3. Magna opera Domini
25. Confitebor Tibi Domine – 4. Confessio et magnificentia
26. Confitebor Tibi Domine – 5. Memoriam fecit mirabilium
27. Confitebor Tibi Domine – 6. Memor erit in saeculum
28. Confitebor Tibi Domine – 7. Fidelia omnia mandata ejus
29. Confitebor Tibi Domine – 8. Redemptionem misit populo suo
30. Confitebor Tibi Domine – 9. Sanctum et terribile
31. Confitebor Tibi Domine – 10. Intellectus bonus
32. Confitebor Tibi Domine – 11. Gloria

3 Grands Motets
Michel Richard de Lalande
Les Arts Florissants, dir. William Christie – 2001

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Avicenna

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Pimpinone

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Pimpinone

Eu curti. Pimpinone é uma ópera cômica em 3 partes e 11 cenas, com música de Georg Philipp Telemann e libreto em alemão de Johann Philipp Praetorius, sobre texto precedente de Pietro Pariati. A sua estreia foi feita no Theater am Gänsemarkt de Hamburgo, em 27 de setembro de 1725. O seu título completo é Die Ungleiche Heirat zwischen Vespetta und Pimpinone oder Das herrsch-süchtige Camer Mägden (O casamento desigual entre Vespetta e Pimpinone ou A dominante camareira). A obra está descrita como um Lustiges Zwischenspiel (Intermezzo cômico) em três partes. Telemann retoma o libreto que musicou Tommaso Albinoni quase vinte anos antes, através de uma versão em alemão para os recitativos, conservando para as árias o texto em italiano. Pimpinone teve muito êxito e marcou o caminho que seguiriam os intermezzi posteriores, em particular La serva padrona de Giovanni Battista Pergolesi. Esta ópera raras vezes se representa na atualidade; nas estatísticas do site Operabase aparece com somente 6 representações no período 2005-2010.

Mas ela é ótima e belamente interpretada neste CD. O que Reiner Süß faz na faixa 17 não é normal. A trama é simples: Vespetta, a empregada, ganha a confiança do seu chefe, o velho Pimpinone, para que se case com ela. Uma vez casados, a natureza mordaz dela (o nome Vespetta significa “pequena vespa”) domina completamente o marido. Só há dois personagens nesta mini-ópera.

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Pimpinone

1 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel I 3:43
2 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel II 1:53
3 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel III 3:55
4 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel IV 2:39
5 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel V 3:18
6 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel VI 1:42
7 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel VII 2:47
8 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel VIII 0:31
9 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel IX 1:24
10 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel X 1:53
11 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XI 2:18
12 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XII 1:43
13 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XIII 2:29
14 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XIV 1:22
15 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XV 5:19
16 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XVI 2:01
17 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XVII 3:04
18 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XVIII 1:50
19 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XIX 1:29
20 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XX 0:52
21 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XXI 4:12
22 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XXII 1:20
23 Pimpinone, oder Die ungleiche Heirat, oder Die herrschsüchtige Cammer-Mädgen deel XXIII 4:06

Erna Roscher
Reiner Süß
Staatskapelle Berlin
Helmut Koch

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PQP

Georg Friedrich Händel (1685 – 1759): Oratorio La Resurrezione – Les Musiciens du Louvre, dir. Marc Minkowski – 1996

Oratorio Sacro La Resurrezione

Georg Friedrich Händel
Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759

Les Musiciens du Louvre
dir. Marc Minkowski

1996

Foi Ruspoli quem encomendou o segundo oratório de Handel, La Resurrezione, que recebeu sua primeira apresentação no palácio de Ruspoli em Roma no domingo de Páscoa de 1708, com uma apresentação repetida no dia seguinte. O oratório foi apresentado como uma peça de acompanhamento para (e sem dúvida de alguma forma em competição com) um oratório da Paixão de Alessandro Scarlatti, realizado na quarta-feira anterior no palácio de outro importante padroeiro romano, o cardeal Ottoboni.

Ottoboni escreveu o texto do oratório da paixão; o texto de La Resurrezione era de Carlo Sigismondo Capece (1652-1728), poeta da corte da rainha Maria Casimira da Polônia, que vivia exilada em Roma. O título completo, como dado no libreto, era Oratorio Per Risurtione di Nostro Signor Giesit Cristo: Ruspoli tinha 1500 cópias do texto impresso para as apresentações… mais, no encarte.

As faixas da peça podem ser encontradas aqui.

Oratorio Sacro La Resurrezione -1996

Georg Friedrich Händel
Les Musiciens du Louvre, dir. Marc Minkowski

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Avicenna

J.S. Bach (1685-1750) pelo Grande Órgão e Fanfarra da catedral de Nôtre Dame (1962)

Eu não diria que este é um grande disco, mas sim que é suficientemente significativo para ser compartilhado e ouvido nesta semana de paixão/passio/passamento não só de Jesus, segundo a tradição tantas vezes e tão brilhantemente musicada por J.S. Bach, como também desse edifício de tantos sentidos atribuídos que é a catedral de Nôtre Dame de Paris.

Lançado na França em 1962 – bem antes, portanto, da ascensão do movimento de interpretação historicamente informada – o Bach de Pierre Cochereau e Armand Birnbaum soa às vezes estupidamente bombástico, às vezes efetivamente impressionante ou sinceramente comovente (caso, em especial, dos dois solos do trompetista Maurice André – faixas A03 e B03). Obviamente não cabe aí nem pensar no adjetivo “autêntico” –

… mas tampouco caberia usar a palavra “autêntico” para a própria Nôtre Dame – tantas vezes “depenada” e reformada que talvez o que conhecemos se deva mais ao arquiteto Eugène Viollet-le-Duc, em meados do século XIX, que aos seus criadores originais dos séculos XII e XIII.

O fato é que as reformas arquitetônicas e realizações musicais ditas inautênticas são elas mesmas parte da História tanto quanto as ditas autênticas… Dificilmente alguém que vai a Paris deixaria de visitar a Nôtre Dame por “inautêntica” – então talvez ainda valha a pena ouvir este disco, no mínimo para ouvirmos como certos músicos de destaque numa das principais “capitais culturais” do mundo eram capazes de interpretar o barroco de Bach em meados do século XX…

E não fiquem com vergonha se chegarem a gostar: ego, Ranulfus Monacus, vos absolvo!

“Grandes Órgão e Fanfarras na Notre Dame: Johann Sebastian Bach”

Regente da Fanfarra: Armand Birnbaum
Trompete solo: Maurice André (1933-2012)
Órgão: Pierre Cochereau (1924-1984)

Gravação PHILIPS (vinil)
França: 1962. Brasil: 1970

FAIXAS (títulos em português conforme a capa do disco)

A01 Jesus bleibet meine Freude (da Cantata 147)
……(Jesus, alegria dos homens)
A02 Wir glauben all’ an einem Gott (BWV 680)
……(Nós todos cremos todos em um só Deus)
A03 Herzlich tut mich verlangen (BWV 727)
……(Ardentemente eu aspiro a um fim feliz)
A04 Nun freut euch, lieben Christen g’mein (BWV 388)
……(Rejubilai-vos, cristãos amados)
A05 Gottes Sohn ist kommen (BWV 318)
……(O filho de Deus chegou)
A06 Ach Herr lass dein lieb Engelein (Johannespassion BVW 245)
……(Coral final da Paixão segundo São João)

B01 Sinfonie der Kantate Nr 29 “Wir danken Dir, Gott)
……(Sinfonia da Cantata nº 29 “Nós vos agradecemos, Deus”)
B02 Aus tiefer Not ruf’ ich zu Dir
……(Do fundo de minha desgraça venho a vós, Senhor)
B03 Erbarm’ dich mein, o Herre Gott (BWV 305)
……(Tende piedade de mim, oh Senhor Deus)

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Ranulfus

Franz Schubert (1797-1828): Piano Trios Nos. 1 & 2 / Arpeggione Sonata / Nocturne for Piano Trio

Franz Schubert (1797-1828): Piano Trios Nos. 1 & 2 / Arpeggione Sonata / Nocturne for Piano Trio

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Que repertório! Que repertório! Que repertório! Este CD duplo oferece quatro obras-primas da Schubert em notáveis performances. Nos trios, a liderança musical vem do piano, mas isso não é um problema quando o pianista é um schubertiano tão experiente quanto Schiff e os outros dois músicos têm tanta personalidade e empatia. Eles decididamente formam um conjunto. Embora haja outras excelentes gravações, esta é especial. O som é muito realista e equilibrado e os intérpretes têm coisas a nos dizer a respeito de Franz. Eles sabem o que Franz fez no verão passado. Ou há muitos verões. Tudo é bom aqui, mas o destaque fica para as melhores obras — os dois Trios. O Trio Nº 2 é tocado com seu final completo recentemente restaurado, uma vantagem.

Franz Schubert (1797-1828): Piano Trios Nos. 1 & 2 / Arpeggione Sonata / Nocturne for Piano Trio

Disc: 1
1. Sonata In A Minor D 821 ‘Arpeggione’: Allegro Moderato
2. Sonata In A Minor D 821 ‘Arpeggione’: Adagio
3. Sonata In A Minor D 821 ‘Arpeggione’: Allegretto
4. Piano Trio In B Flat Major D 898 Op. 99: Allegro Moderato
5. Piano Trio In B Flat Major D 898 Op. 99: Andante Un Poco Mosso
6. Piano Trio In B Flat Major D 898 Op. 99: Scherzo: Allegro – Trio
7. Piano Trio In B Flat Major D 898 Op. 99: Rondo: Allegro Vivace

Disc: 2
1. Piano Trio Movement In E Flat Major D 897 Op. 148 ‘Notturno’: Adagio
2. Piano Trio In E Flat Major D 929 Op. 100: Allegro
3. Piano Trio In E Flat Major D 929 Op. 100: Andante Con Moto
4. Piano Trio In E Flat Major D 929 Op. 100: Scherznado : Allegro Moderato
5. Piano Trio In E Flat Major D 929 Op. 100: Allegro Moderato

Cello – Miklós Perényi
Piano – András Schiff
Violin – Yuuko Shiokawa

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PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonata No. 18 in E Flat, Op. 31 No. 3, Rondos, Trios, etc – Sviatoslav Richter, Borodin Quartet

Vamos continuar nossa saga de apresentar os grandes músicos do passado, e trazer um russo que olha, o cara não era fraco não… já contei aqui uma pequena anedota: quando Emil Gilels veio se apresentar nos Estados Unidos pela primeira vez foi muito elogiado. Seu comentário então foi : ‘se vocês acham que eu toco muito deveriam ouvir meu amigo, Sviatoslav Richter. Esse é o cara !!’

Essa coleção da DECCA se intitula “Richter The Master”, e tem diversos volumes. Aleatóriamente, escolhi este aqui, também dedicado a Beethoven. Uma informação importante: estas gravações aqui são bem mais recentes que aquelas que eu trouxe anteriormente dos Arturs… são quarenta anos que as separam, pois estas aqui foram registradas ao vivo com o grande pianista russo já adentrado nos setenta e tantos anos, ali em 1986. É também sabido que a memória já o vinha traindo, por isso se utilizava das partituras em suas apresentações. Mas isso não tira o mérito. Identificamos aqui um músico em seu apogeu, dono e conhecedor de seus talentos, e profundo conhecedor daquilo que está tocando. Eu contei que é tudo ao vivo? Com direito a tosses, ranger de cadeiras, etc? É mais emocionante assim, né?

CD 1

01. Sonata No. 18 in E Flat, Op. 31 No. 3 – 1. Allegro
02. Sonata No. 18 in E Flat, Op. 31 No. 3 – 2. Scherzo. Allegretto vivace
03. Sonata No. 18 in E Flat, Op. 31 No. 3 – 3. Menuetto. Moderato e grazioso
04. Sonata No. 18 in E Flat, Op. 31 No. 3 – 4. Presto con fuoco
05. Rondo in C, Op. 51 No. 1
06. Rondo in G, Op. 51 No. 2
07. Sonata No. 28 in A, Op. 101 – 1. Etwas lebhaft und mit der innigsten Empfindu
08. Sonata No. 28 in A, Op. 101 – 2. Lebhaft, marschmassig. Vivace alla marcia
09. Sonata No. 28 in A, Op. 101 – 3. Langsam und sehnsuchtsvoll. Adagio ma non tr
10. Sonata No. 28 in A, Op. 101 – 4. Geschwind, doch nicht zu sehr, und mit Entsc

Sviatoslav Richter – Piano

CD 1 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 2

01. Piano Trio No. 7 in B flat, Op. 97 ‘Archduke’ – 1. Allegro moderato
02. Piano Trio No. 7 in B flat, Op. 97 ‘Archduke’ – 2. Scherzo. Allegro
03. Piano Trio No. 7 in B flat, Op. 97 ‘Archduke’ – 3. Andante cantabile, ma pero
04. Piano Trio No. 7 in B flat, Op. 97 ‘Archduke’ – 4. Allegro moderato

Sviatoslav Richter – Piano
Members of Borodin Quartet:
Mikhail Kopelmann – Piano
Valentin Berlinsky – Cello

05. Quintet in E flat, Op. 16 – 1. Grave – Allegro ma non troppo
06. Quintet in E flat, Op. 16 – 2. Andante cantabile
07. Quintet in E flat, Op. 16 – 3. Rondo. Allegro, ma non troppo

Members of the Quintette Moragués
David Walter – Oboe
Pascal Moragués – Clarinet
Pierre Moragués – Horn
Patrick Vilaire – Basson

CD 2 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Beethoven (1770-1827): Sinfonia No. 6, Op. 68 – Pastoral – Leningrad PO & Evgeny Mravinsky

Beethoven (1770-1827): Sinfonia No. 6, Op. 68 – Pastoral – Leningrad PO & Evgeny Mravinsky

Beethoven 

Pastoral

Há tempos não ouvia a Pastoral e quando este CD cruzou o meu caminho, não hesitei, saltei-lhe em cima.

Eu sabia desta gravação desde quando havia lido em uma revista especializada em som e aparelhos eletrônicos um artigo sobre portable players. Alguém se lembra do Walkman Sony? Pois então, o autor do artigo colocou esta Pastoral num destes aparelhinhos e foi dar uma volta na Beethovenhaus, em Bonn. Chique, não? Morri de inveja.

Quando o CD chegou, você pode imaginar o meu estado de antecipação – como será a gravação (ao vivo)? Barulhos estranhos (tosses cavernosas e outras coisas estranhas) assombram várias gravações ao vivo oriundas dos setores russos. E a interpretação? Mravinsky e sua orquestra são lendários, mas…

Bem, sosseguem, realmente é uma ótima Pastoral, vocês poderão experimentar por si próprios. No entanto, vale a pena notar algumas coisas. Mravinsky não faz a repetição indicada na partitura, no primeiro movimento, que ainda assim leva pouco menos do que dez minutos. Ou seja, esta Pastoral não vai correndo como a maioria das apresentadas por grupos de instrumentos de época (ou orientados pelo movimento HIP – historically informed performance), mas flui com majestade e não se arrasta, o que, para mim, é fundamental. Chamou-me a atenção em toda a performance como os diferentes grupos de instrumentos – sopros, madeiras, cordas – têm sua proeminência, seu destaque. Oboés e fagotes!

A tempestade é ameaçadora suficiente e a festa final é de contentamento, mas sem faltar a devida vitalidade. Realmente, uma gravação que merece destaque, como um revelador retrato de um grande regente em ação.

Evgeny Mravinsky, em momento de puro dleite com a Pastoral…

O livreto conta histórias ótimas. O depoimento de Lev Markitz, violinista e maestro, revela parte da relação do grande regente com a orquestra que dirigiu por cinquenta anos. Segundo ele, Mavrinsky era um tremendo tirano. Todos na orquestra tinham medo dele. Quando o maestro chegava em frente ao prédio da orquestra para os ensaios (que eram muitos e longos) ouviam-se aos sussurros – fozduch – que significa algo como abriguem-se, inimigo à vista!

Mravinsky demandava muitas horas de ensaios mesmo para peças que já havia tocado com a orquestra muitas vezes. Paradoxalmente, ele tinha uma certa fobia da apresentação pública e por diversas vezes foi substituído em um concerto preparado por ele por um dos seus maestros assistentes. Entre eles nomes hoje famosos, como Mariss Jansons, Neeme Järvi e Valerie Gergiev. Este último disse que, mesmo nestas ocasiões, não importava qual fosse o maestro no pódio, a influência do grande maestro estava sempre brilhantemente presente: ele está lá conosco, não importa quais sejam as nossas próprias ideias.

Ludwig van BEETHOVEN (1770 – 1827)

Sinfonia No. 6 em fá maior, Op. 68  “Pastoral”

  1. Allegro ma non troppo
  2. Andante molto mosso
  3. Allegro
  4. Allegro
  5. Allegretto

Leningrad Philharmonic Orchestra

Evgeny MRAVINSKY

Gravação ao vivo em 17 de outubro de 1982, no auditória da orquestra.

Na ripagem do disco em mp3 resolvi reunir em um único arquivo as três últimas faixas. A razão disto é que, apesar de três faixas, quando tocadas diretamente do CD, a música flui de um movimento para o outro, sem interrupção. Já o leitor de mp3 que uso (no carro, por exemplo) sempre faz uma pausa entre um arquivo e o outro e em tais situações, interrompe a música, coisa que acho bastante desagradável.  Desta forma, espero evitar as interrupções. Aguardo comentários dos leitores atentos.

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FLAC | 181 MB

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MP3 | 320 KBPS | 92 MB

Ludovico, dando uma volta, pensando naquelas harmonias…

Boa Pastoral para você também!

René Denon

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concerto nº3, Piano Sonatas nº 18 e 23 – Arthur Rubinstein, Arturo Toscanini, NBC Symphony Orchestra

Como sei que os senhores gostaram daqueles históricos registros do Artur Schnabel tocando Beethoven, resolvi fuçar no baú e encontrei esta outra preciosidade, e também trazendo dois gigantes do século XX, o outro Arthur, mas desta vez o Rubinstein, sendo dirigido por ninguém menos que Arturo Toscanini, o mítico maestro italiano. Esta gravação tem uma história interessante, que tentarei resumir abaixo.

O próprio Rubinstein sempre declarou que tinha um grande desejo de ser dirigido por Toscanini, porém suas agendas sempre eram incompatíveis. A ocasião apareceu quando ele foi convidado a tocar este Concerto de nº3 com o italiano, porém havia um problema: Ele tinha um recital de Chopin para apresentar no Carnegie Hall de noite. Mas conseguiram a façanha: ensaiaram o Concerto na parte da manhã, gravaram de tarde e duas horas após o término desta apresentação, ele foi para o Carnegie Hall cumprir seu contrato, com um repertório dedicado a Chopin. É ou não é coisa de gente grande? Ah, era sabido que Toscanini não gostava de tocar com músicos solistas, então o tal do ensaio foi bem complicado, pois o maestro não quis parar para corrigir detalhes, ou falhas. Eles tinham concepções diferentes relacionadas à obra, mas no momento da gravação, a genialidade de ambos tornou possível a presente gravação. O próprio Rubinstein a considera um dos melhores momentos de sua carreira discográfica.

Rubinstein, Toscanini, NBC Symphony Orchestra … fala sério, vocês nem vão levar muito em consideração que este registro foi realizado em 1944, né? Isso aconteceu há apenas setenta e cinco anos …

Ah, comparada com a gravação do outro Artur, o Schnabel, o trabalho dos engenheiros da RCA Victor, ou Sony nos dias de hoje, não foi lá grandes coisas, pois estão presentes aqueles típicos chiados das gravações antigas. Mas em se tratando de quem está tocando, isso soa como mero detalhe.

Preciso dizer que temos aqui um registro absolutamente IM-PER-DÍ-VEL ?

01. Concerto for Piano and Orchestra No. 3 in C minor, Opus 37_ I. Allegro con brio
02. Concerto for Piano and Orchestra No. 3 in C minor, Opus 37_ II. Largo
03. Concerto for Piano and Orchestra No. 3 in C minor, Opus 37_ III. Rondo. Allegro
04. Sonata for Piano No. 18 in E-flat major, Opus 31, No. 3_ I. Allegro
05. Sonata for Piano No. 18 in E-flat major, Opus 31, No. 3_ II. Scherzo_ Allegretto vivace
06. Sonata for Piano No. 18 in E-flat major, Opus 31, No. 3_ III. Menuetto_ Moderato e grazioso
07. Sonata for Piano No. 18 in E-flat major, Opus 31, No. 3_ IV. Presto con fuoco
08. Sonata for Piano No. 23 in F minor, Opus 57 ‘Appassionata’_ I. Allegro assai
09. Sonata for Piano No. 23 in F minor, Opus 57 ‘Appassionata’_ II. Andante con moto
10. Sonata for Piano No. 23 in F minor, Opus 57 ‘Appassionata’_ III. Allegro non troppo

Arthur Rubinstein – Piano
NBC Symphony Orchestra
Arturo Toscanini – Conductor

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