J. S. Bach e C. P. E. Bach: Sonatas para Viola da Gamba transcritas para Violoncelo

J. S. Bach e C. P. E. Bach: Sonatas para Viola da Gamba transcritas para Violoncelo

00181f3dElegância poderia ser o outro nome deste CD. É incrível notar como se adapta a música diversa e variada que J. S. Bach escreveu. Originalmente escritas para a gamba e o cravo, essas composições aparecem muito bem no violoncelo e no piano modernos. Os sons são agradáveis e ensolarados, a música, linda. A última sonata do filho mais musicalmente inovador de Bach, CPE Bach, é um bônus do CD. O tratamento recebido pelo mano CPE é igualmente luxuoso. Bem, tendo gravado todas as principais obras para teclado de Bach, Angela Hewitt agora ataca essas peças com o violoncelista Daniel Muller-Schott. As composições não são necessariamente “virtuosísticas”, mas são as primeiras a dar uma tratamento mais igualitário ao teclado além de ser apenas o continuo. As sonatas transbordam de melodias e os belos desenvolvimentos vêm sem o menor esforço.

J. S. Bach e C. P. E. Bach: Sonatas para Viola da Gamba transcritas para Violoncelo

1. Sonate No.1 G-dur BWV 1027 – I. Adagio (3:55)
2. Sonate No.1 G-dur BWV 1027 – II. Allegro ma non tanto (3:33)
3. Sonate No.1 G-dur BWV 1027 – III. Andante (2:57)
4. Sonate No.1 G-dur BWV 1027 – IV. Allegro moderato (3:11)

5. Sonate No.2 D-dur BWV 1028 – I. Adagio (2:04)
6. Sonate No.2 D-dur BWV 1028 – II. Allegro (3:34)
7. Sonate No.2 D-dur BWV 1028 – III. Andante (4:14)
8. Sonate No.2 D-dur BWV 1028 – IV. Allegro (4:02)

9. Sonate No.3 g-moll BWV 1029 – I. Vivace (5:07)
10. Sonate No.3 g-moll BWV 1029 – II. Adagio (5:43)
11. Sonate No.3 g-moll BWV 1029 – III. Allegro (3:56)

12. Sonate fur Viola da gamba und Basso continuo D-dur H 559 – I. Adagio m… (3:13)
13. Sonate fur Viola da gamba und Basso continuo D-dur H 559 – II. Allegro… (4:20)
14. Sonate fur Viola da gamba und Basso continuo D-dur H 559 – III. Arioso (4:53)

Daniel Muller-Schott, violoncelo
Angela Hewitt, piano

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Daniel Müller-Schott procurando Angela
Daniel Müller-Schott: onde está Angela?

PQP

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sonatas para piano, Toccata, etc

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sonatas para piano, Toccata, etc

15fNesses tempos de Copa do Mundo, estou fazendo uma série sobre a música russa para piano. Já passei por Rachmaninoff, Scriabin e vou pular Shostakovich: seus Prelúdios e Fugas e os dois Concertos para Piano já apareceram bastante por aqui. As próximas duas postagens são dedicadas a Prokofiev.

A vida de Prokofiev pode ser dividida em três fases e lugares. Na primeira, até 1918, ele viveu e estudou em Petrogrado (São Petersburgo). Dessa época datam a 1ª Sinfonia “Clássica”, a Toccata e as Sonatas para Piano nº 1 a 4, e as miniaturas pianísticas “Visões Fugitivas”, que ele costumava tocar como bis em seus concertos como pianista.

Após a Revolução Russa, apesar de não ser um opositor declarado do novo regime, Prokofiev se exilou, vivendo entre os EUA – estreando com sucesso em Chicago a ópera O Amor das Três Laranjas – e a França – onde compõe balés em parceria com Diaghilev e seu famoso 3º Concerto para Piano. Também passou algum tempo em Londres e nos Alpes alemães.

Finalmente, na década de 1930, volta à União Soviética, recebido como um herói local que conquistou o Ocidente. Dessa fase, destacam-se a 5ª e a 6ª Sinfonias e as Sonatas “de guerra” nº 6, 7 e 8. Morreu em Moscou em 1953, no mesmo dia que Stalin.

A pianista brasileira Magda Tagliaferro conta em seu livro de memórias que conheceu Prokofiev em um jantar, provavelmente em Paris, onde ela morava. Magda, a quem foram dedicados o Momoprecoce, de Villa-Lobos, a 1ª Sonata de Mignone e o Concerto em Mi Maior, de Hahn, conta que Prokofiev lhe disse o seguinte:

“Vou dar a mim mesmo dois anos de exclusividade para tocar meu terceiro concerto, enquanto o editam, e depois gostaria que fosse você a primeira pessoa a tocá-lo. À medida que receber as provas vou-lhe enviando para que possa trabalhá-lo tranquilamente.”

Por isso possuo as provas do concerto nº 3, corrigidas pelo próprio autor.

E foi então que cometi uma das maiores tolices da minha vida (…). Naquela ocasião eu viajava por todo o mundo. Guardei cuidadosamente a música e continuei minhas andanças sem pensar mais nela. Uma tolice perder tal oportunidade e tamanha honra! Logicamente outros pianistas apressaram-se a tocá-lo.

Tagliaferro conta ainda que, anos depois, quando Prokofiev já tinha voltado para a Rússia, ela finalmente resolveu estudar e tocar o dificílimo 3º Concerto. E não foi só ela que esnobou Prokofiev: é comum no Brasil. O russo teve seu Concerto para piano e orquestra nº 4, para a mão esquerda, estreado em terras brasileiras apenas em 2016!

Antigamente, se queria conhecer os concertos de Prokofiev, suas sonatas, balés ou o infantil Pedro e o Lobo, o brasileiro tinha que viajar para países onde a música russa do século XX é comum nas salas de concerto, de ópera e de recitais. Se não podia viajar, ficava restrito aos LP’s e CD’s que chegavam por aqui. Hoje, temos a internet para ouvir dezenas de intérpretes de Prokofiev, dos quais um dos maiores foi o ucraniano Emil Gilels, que estreou a lírica e sonhadora oitava sonata, dedicada a ele. Aqui temos gravações ao vivo que vão de 1951 a 67.

Sergei Prokofiev (1891-1953)
Sonata para piano nº 2 em ré menor, Op. 14 (1912)
1. I. Allegro ma non troppo
2. II. Scherzo. Allegro marcato
3. III. Andante
4. IV. Vivace
5. Sonata para piano nº 3 em lá menor, Op. 28 (1917)
Sonata para piano nº 8 em si bemol maior, Op. 84 (1944)
6. I. Andante dolce – Poco piu animato – Allegro moderato – Tempo I – Andante – Andante dolce, come prima – L`istesso tempo – Allegro
7. II. Andante sognando
8. III. Vivace – Allegro ben marcato – Vivace come prima
9. Visions fugitives, Op. 22: (seleção: 1. Lentamente, 3. Allegretto, 5. Molto giocoso, 7. Pittoresco (Harpa), 8. Commodo, 10. Ridicolosamente, 11. Con vivacità, 17. Poetico) (1917)
10. Toccata em ré menor, Op. 11 (1912)
11. Marcha do ‘Amor das Três Laranjas’ (1922)

Emil Gilels (1916-1985), piano

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Prokofiev jovem
Prokofiev jovem

Pleyel e o piano russo, parte 3

Josquin des Près: Missa ‘Ave maris stella’ & Marian motets – Weser-Renaissance Bremen

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Missa ‘Ave maris stella’
Marian motets

Josquin des Près

Weser-Renaissance Bremen
Manfred Cordes dir.

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Josquin Lebloitte, ou Josquin des Prez ou Josquin des Près (Beaurevoir ?, Picardia, c. 1440 – Condé-sur-l’Escaut, 27 de agosto de 1521), frequentemente designado simplesmente como Josquin, foi um compositor franco-flamengo da Renascença.

É o compositor europeu mais célebre entre Guillaume Dufay (1397 – 1474) e Palestrina (1525 – 1594). Geralmente considerado como a figura central da Escola franco-flamenga, é o primeiro grande mestre da polifonia vocal dos primórdios do Renascimento.

No século XVI, Josquin chegou a ser considerado o maior compositor da época. Seu domínio da técnica e sua expressividade eram admirados e imitados. Autores tão diversos como Baldassare Castiglione e Martinho Lutero escreveram sobre sua reputação e seu renome. Teóricos como Glareanuse Gioseffo Zarlino julgaram seu estilo perfeito.

Sua música incorpora influências italianas na formação característica da escola flamenga. A combinação de técnica e expressividade marcam uma ruptura com a música medieval. Josquin contribuiu para diversos gêneros, principalmente motetos, missas e chansons francesas e italianas. Mas foi sobretudo nos mais de cem motetos que se mostrou mais original: a suspensão é empregada como recurso de ênfase, e as vozes ganham os registros mais graves nos trechos em que o texto alude à morte. As canções também são importantes na sua obra.

Foi o principal representante do novo estilo de meados do século XV, com formas musicais menos rígidas. Certas canções mostram técnica rebuscada, em ritmos vivos e texturas claras.

A ampla difusão de sua música tornou-se possível graças à invenção da impressão de partituras, no começo do século XVI, e hoje sabemos mais sobre sua música do que sobre sua vida.

Foi o primeiro compositor renascentista considerado genial, superando as formas tradicionais e dando novo tratamento às relações entre texto e música. Mestre da polifonia e do contraponto, estendeu e aplicou sistematicamente o recurso da imitação (repetição de um trecho musical por vozes diferentes).

Compositor e cantor de talento muito apreciado pelos mais ricos mecenas da Europa, incluindo a família Este, de Ferrara, Josquin foi o primeiro compositor a ter impressos volumes inteiramente dedicados à sua obra musical. Vários aspectos de sua biografia são pouco documentados – sobretudo detalhes de sua infância e educação. Um problema tem sido a atribuição a Josquin de peças que não são suas. Seu estilo musical exibe grande invenção melódica e domínio de técnicas como o cânone, bem como uma inclinação pelas canções populares. (Wikipedia)

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Missa ‘Ave maris stella’ & Marian motets
Josquin Desprez (Franco-Flemish, c.1440 – 1521)
01. Ave Maria a 4
02. Kyrie eleison a 4 [missa]
03. Gloria in excelsis a 4 [missa]
04. Virgo prudentissima a 4
05. Virgo salutiferi a 5
06. Credo in unum Deum a 4 [missa]
07. Alma redemptoris mater / Ave regina a 4
08. Illibata Dei virgo nutrix a 5
09. Sanctus a 4 [missa]
10. Benedicta es, coelorum regina
11. Agnus Dei a 4 [missa]
12. Salve regina a 5
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Missa ‘Ave maris stella’, Marian Motets – 2011
Weser-Renaissance Bremen
Manfred Cordes dir.
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Captura de Tela 2018-06-28 às 13.23.09

 

 

 

 

 

 

 

 

Boa audição.

Avicenna

Alexander Scriabin (1871-1915): 24 Prelúdios

Alexander Scriabin (1871-1915): 24 Prelúdios

0100d8fc1a95ce5a25970a816807179783095d34O compositor russo Alexander Scriabin morreu jovem, com 43 anos em 1915. Em 1925, o escritor Boris Schlœzer, russo emigrado para a França após a revolução, escrevia no Ménestrel:

O décimo aniversário da morte de Scriabin será certamente a ocasião de concertos, conferências e cerimônias comemorativas, consagradas à obra do grande músico que reina como líder na Rússia e cuja dominação parece fortemente estabelecida, apesar das tentativas de reação de Medtner e Rachmaninoff e, mais recentemente, Stravinsky e Prokofiev.

Mas essa liderança só vai até as fronteiras do país dos Sovietes. Scriabin tem um papel insignificante na vida musical europeia após a Guerra de 1914-18, particularmente na França (os programas de concerto alemães e ingleses incluem com frequência as últimas sonatas, o Prometeu, o Poema do Êxtase).

A arte de Scriabin “não pega” em Paris, fato extremamente significativo! Essa arte, com efeito, me parece essencialmente revolucionária. Os meios musicais têm uma repugnância instintiva: dizem que Scriabin nada inventou, que ele deve tudo a Chopin e Liszt, que é um wagneriano tardio, um “romântico enfim” – o que é a pior das injúrias hoje, como sabemos. A verdade é que não querem ouvi-lo, porque pressentem um perigo. Sob este ponto de vista, parece que se Paris repele obstinadamente Scriabin, enquanto Berlim e Londres o acolhem, é porque a França após a Guerra é a fortaleza do espírito anti-revolucionáro.

Mas o que significam esses termos, “revolucionário”, “anti-revolucionário”, no domínio musical? Não se trata aqui de fazer de Scriabin um bolchevique. Tendo conhecido pessoalmente o compositor, creio que ele estaria hoje entre os emigrados, como Prokofiev, e que o comunismo russo teria nele um inimigo irredutível. Quando pretendo que Scriabin era um revolucionário, quero dizer que o espírito que anima suas obras, as tendências desta obra, a concepção que o compositor faz da arte, da vida, os meios que utilizava, os objetivos perseguidos, tudo estava em contradição essencial com o espírito e as realizações da arte ocidental.

O autor do Poema do Êxtase não deve nada à escola nacionalista russa, aos “Cinco”; ele aparece à primeira vista, por seu vocabulário sonoro, como um europeu. É a falha percebida por alguns críticos, que buscam exositmo. Ora, exótico ele é, mas em um outro plano: este europeu refinado ataca as próprias bases da cultura estética ocidental. O “extatismo”, a exaltação mística, o entusiasmo heróico dessa alma bêbada são a negação mesma do espírito realista, do espírito de ordem, de medida e de compromisso ao qual se aspira em Europa após a terrível tormenta da Guerra.

Como sabemos, e o artigo acima mostra bem, Scriabin construiu um mundo próprio no começo do século XX, distante dos consenso das vanguardas europeias, e por isso mesmo revolucionário, em obras para piano como a Sonata nº 9 “Missa Negra”, o místico Prometeu para piano e orquestra, sem falar na obra inacabada Mysterium, que deveria incluir música, efeitos visuais, incenso e dança.

Antes, na década de 1890, Scriabin já criava uma música altamente cromática, mística, mas ainda de forma mais convencional, imitando um pouco Chopin em mazurkas e noturnos para piano. Imitou também Chopin e Liszt em Estudos de enormes exigências técnicas, com sustenidos e bemóis pra todos os lados. Mas talvez sua mais sublime imitação de Chopin tenha sido ainda na juventude, com seus Prelúdios Opus 11, que são 24, com tons maiores e menores se alternando da mesma forma que nos prelúdios do polonês.

Enquanto no CD recém postado de Rachmaninoff, a pianista turca Idil Biret usava muita força no piano para fazer aqueles sons de sinos que o compositor pede, aqui, o pianista GIeseking toca Scriabin com todo o mistério, a sutileza e a delicadeza que este compositor merece… mas sem medo de usar a força em alguns prelúdios específicos, como os de nº 19 e 24.

Alexander Scriabin (1871-1915): 24 Prelúdios Opus 11
Walter Gieseking – piano

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Scriabin no piano
Scriabin tocando piano

Pleyel e o piano russo, parte 2

Carl Orff – Carmina Burana – Herbert Blomstedt, San Francisco Symphony Orchestra, Lynne Dawson, John Daniecki, Kevin McMillan

611P2EiH4YLAmada por alguns, odiada por outros, a indefectível obra de Carl Orff intitulada ‘Carmina Burana’ é uma das obras musicais mais emblemáticas do século XX. Suas canções já foram usadas de diversas formas, principalmente sua abertura, ‘Fortuna, Imperatrix Mundi’. Infelizmente, uma imagem que me vem em mente é um determinado momento do filme de Pasolini, ‘Saló, ou os Cem dias de Sodoma’, onde vemos jovens sendo obrigados a comer suas próprias fezes ao som de ‘Primo Vere – Veris Leta Facies’. A cena, como não poderia deixar de ser, é deprimente, depressiva e obviamente revoltante e o ambiente sombrio que a música transmite se encaixa à perfeição na cena, sendo quase um personagem da mesma. Em se tratando de Pasolini, claro que o objetivo era chocar.

Herbert Blomstedt é um regente norte americano, apesar do nome alemão, e que durante muitos anos foi diretor da excelente San Francisco Symphony Orchestra. Completou 91 anos de idade ano passado.

Essa sua gravação foi agraciada com um EMMY quando de seu lançamento, lá no começo da década de 1990.

1 – Fortuna Imperatrix Mundi – O Fortuna
2 – Fortuna Imperatrix Mundi – Fortune Plango Vulnera
3 – I. Primo Vere – Veris Leta Facies
4 – I. Primo Vere – Omnia Sol Temperat
5 – I. Primo Vere – Ecce Gratum
6 – I. Uf Dem Anger – Tanz
7 – I. Uf Dem Anger – Floret Silva Nobilis
8 – I. Uf Dem Anger – Chramer, Gip Die Varwe Mir
9 – I. Uf Dem Anger – Reie
10 – I. Uf Dem Anger – Were Diu Werlt Alle Min
11 – II. In Taberna – Estuans Interius
12 – II. In Taberna – Olim Lacus Colueram
13 – II. In Taberna – Ego Sum Abbas
14 – II. In Taberna – In Taberna Quando Sumus
15 – III. Cours D’Amour – Amor Volat Undique
16 – III. Cours D’Amour – Dies, Nox Et Omnia
17 – III. Cours D’Amour – Stetit Puella
18 – III. Cours D’Amour – Circa Mea Pectora
20 – III. Cours D’Amour – Si Puer Cum Puellula
21 – III. Cours D’Amour – Veni, Veni, Venias
22 – III. Cours D’Amour – In Trutina
23 – III. Cours D’Amour – Tempus Est Jocundum
24 – III. Cours D’Amour – Dulcissime
25 – Blanziflor Et Helena – Ave Formosissima
26 – Fortuna Imperatrix Mundi – O Fortuna (2)

Lynne Dawson – Soprano
John Daniecki – Tenor
Kevin McMillan – Baritnoe
San Francisco Girls Chorus
San Francisco Boys Chorus
San Francisco Symphony Chorus
San Francisco Symphony
Herbert Blomstedt – Conductor

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Pisendel & Compositores de Dresden: Sonatas para Violino

Pisendel & Compositores de Dresden: Sonatas para Violino

51IbWqrq5LLUm bom disco. Som barroco perfeito e música de alta qualidade, onde se destaca… Bem, se destaca um compositor anônimo que nos traz uma sonata com uma passacaglia maravilhosa (faixa 6). Mas, de resto, a coisa também é ótima. Dresden é uma cidade incrivelmente linda. Possui cerca de 600 mil habitantes, é cortada pelo rio Elba e está situada no meio do caminho para aqueles que vão de trem de Berlim para Praga. É uma linda viagem. A parte cultural da cidade é preservada com festivais de música barroca por todo lado. Pisendel (1688-1755) foi o principal violinista alemão de sua época. Foi direta e indiretamente responsável pela criação de música memorável. Em 1712, aceitou um lugar na Orquestra da Corte de Dresden. Permaneceu lá pelo resto da vida. Às vezes, dava um rolê em Veneza para visitar Vivaldi.

Pisendel & Compositores de Dresden: Sonatas para Violino

Johann Georg Pisendel: Sonata for Violin and Basso Continuo in E minor
1. Sonata for Violin & Continuo in E minor: Largo
2. Sonata for Violin & Continuo in E minor: Moderato
3. Sonata for Violin & Continuo in E minor: Scherzando

Anonymous: Sonata for violin & continuo in E flat major
4. Sonata for Violin & Continuo in E Flat Major (Scodatura Tuning BF Ef BF Ef): Prelude: Grave – Presto
5. Sonata for Violin & Continuo in E Flat Major (Scodatura Tuning BF Ef BF Ef): Aria Tarde – Adagio
6. Sonata for Violin & Continuo in E Flat Major (Scodatura Tuning BF Ef BF Ef): Passagalia: Allegro – Presto – Menuett
7. Sonata for Violin & Continuo in E Flat Major (Scodatura Tuning BF Ef BF Ef): Final

Johann Georg Pisendel: Sonata for Violin and Basso Continuo in D major
8. Sonata for Violin & Continuo in D Major: Allegro
9. Sonata for Violin & Continuo in D Major: Larghetto
10. Sonata for Violin & Continuo in D Major: Allegro

Johann David Heinichen: Sonata for violin & continuo in C minor
11. Sonata for Violin & Continuo in C minor: Adagio
12. Sonata for Violin & Continuo in C minor: Andante
13. Sonata for Violin & Continuo in C minor: Affetuoso
14. Sonata for Violin & Continuo in C minor: Allegro

Wilhelm Friedemann Bach: Keyboard Sonata in F major, F. 202 (BR A10)
15. Keyboard Sonata in F Major, F. 202 (BR A10): Allegro Ma Non Troppo
16. Keyboard Sonata in F Major, F. 202 (BR A10): Larghetto
17. Keyboard Sonata in F Major, F. 202 (BR A10): Presto

Johann Georg Pisendel: Sonata for Violin solo in A minor
18. Sonata for Violin Solo in A minor: Largo
19. Sonata for Violin Solo in A minor: Allegro
20. Sonata for Violin Solo in A minor: Giga
21. Sonata for Violin Solo in A minor: Variationen

Johann Adolph Hasse: Sonata for violin & continuo No. 6 in B flat major
22. Sonata for Violin & Continuo No. 6 in B Flat Major: Allegretto
23. Sonata for Violin & Continuo No. 6 in B Flat Major: Adagio
24. Sonata for Violin & Continuo No. 6 in B Flat Major: Allegro
25. Sonata for Violin & Continuo No. 6 in B Flat Major: Gavotte

Johann Georg Pisendel: Sonata for violin & continuo in E flat major (attrib.)
26. Sonata for Violin & Continuo in E Flat Major (Attrib.): Adagio
27. Sonata for Violin & Continuo in E Flat Major (Attrib.): Allegretto
28. Sonata for Violin & Continuo in E Flat Major (Attrib.): Larghetto
29. Sonata for Violin & Continuo in E Flat Major (Attrib.): Allegro

Martina Graulich, baroque violin
Ute Petersilge, baroque cello
Thomas C. Boysen, lute, theorbo, guitar
Stefano Demicheli, harpsichord

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Martina Graulich, sons barrocos e grandes anônimos
Martina Graulich, sons barrocos e grandes anônimos

PQP

17th Century Funeral Music – Schütz-Akademie

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17th Century Funeral Music

Heinrich Schütz
Michael Praetorius
Johann Hermann Schein
Johannes Demantius

Schütz-Akademie
Howard Arman, dir.

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Os compositores da Reforma não escreveram Missas de Réquiem para os mortos, mas comemoram seu amado falecido em conjuntos vocais menores acompanhados por um grupo de instrumentos com violino, teorba e órgão. As seleções, música de beleza pungente, devoção e consolo, incluem obras de Heinrich Schütz, Michael Praetorius, Johann Hermann Schein e Johannes Demantius. Apresentações da Schütz-Akademie, gravadas em 1992. (Internet)
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17th Century Funeral Music
Heinrich Schütz (Alemanha, 1585-1672)
01. Musicalische Exequien, Op. 7: Nacket bin ich von Mutterleibe kommen, SWV 279
Michael Praetorius (Alemanha, 1571 – 1621)
02. Musae Sioniae: III. Herzlich lieb hab ich dich
Heinrich Schütz (Alemanha, 1585-1672)
03. Musicalische Exequien, Op. 7: Herr, wenn ich nur dich habe, SWV 280
04. Musicalische Exequien, Op. 7: Herr, nun lässest du deinen Diener – Selig sind die Toten, SWV 281
Michael Praetorius (Alemanha, 1571 – 1621)
05. Musae Sioniae: III. Mit Fried und Freud ich fahr dahin
06. Musae Sioniae: III. Hört auf mit Weinen und Klagen
Johann Hermann Schein (Alemanha, 1586 – 1630)
07. Ich will schweigen “Threnus”
Heinrich Schütz (Alemanha, 1585-1672)
08. Geistliche Chor-Musik, Op. 11: X. Die mit Tränen säen, SWV 378
09. Geistliche Chor-Musik, Op. 11: XX. Das ist je gewißlich wahr, SWV 388
Johann Christoph Demantius (Alemanha, 1567 – 1643)
10. Quis dabit oculis (Threnodia)
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17th Century Funeral Music – 1992
Schütz-Akademie
Howard Arman, dir.
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Old Schütz_Musikalische_Exequien

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Boa audição.

Avicenna

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Symphonie Nr. 36 C-dur, KV 425 ‘Linzer’, Symphonie Nr. 33 B-dur, KV 319, Symphonie Nr. 39 Es-dur, KV 543 – Jochum, Symphonie-Orchester des Bayerischen Rundfunk

51rbJHAwNyL._SY355_O segundo CD da coleção “Música – Linguagem Universal” da Deutsche Grammophon traz Eugen Jochum regendo três sinfonias de Mozart. Compositor, regente e orquestra dispensam apresentações. Coisa finíssima, para começarmos bem a semana. Impossível uma combinação destas não dar certo.
Espero que apreciem.

 

01. Symphonie Nr. 36 C-dur, KV 425 ‘Linzer’ – 1.Satz Adagio – Allegro spirituoso
02. Symphonie Nr. 36 C-dur, KV 425 ‘Linzer’ – 2.Satz Andante
03. Symphonie Nr. 36 C-dur, KV 425 ‘Linzer’ – 3.Satz Menuetto
04. Symphonie Nr. 36 C-dur, KV 425 ‘Linzer’ – 4.Satz Presto
05. Symphonie Nr. 33 B-dur, KV 319 – 1.Satz Allegro assai
06. Symphonie Nr. 33 B-dur, KV 319 – 2.Satz Andante moderato
07. Symphonie Nr. 33 B-dur, KV 319 – 3.Satz Menuetto – Trio
08. Symphonie Nr. 33 B-dur, KV 319 – 4.Satz Allegro assai
09. Symphonie Nr. 39 Es-dur, KV 543 – 1.Satz Adagio – Allegro
10. Symphonie Nr. 39 Es-dur, KV 543 – 2.Satz Andante con moto
11. Symphonie Nr. 39 Es-dur, KV 543 – 3.Satz Menuetto Allegretto
12. Symphonie Nr. 39 Es-dur, KV 543 – 4.Satz Finale Allegro

Symphonie-Orchester des Bayerischen Rundfunk
Eugen Jochum – Conductor

CD BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
COVER ART – BAIXE AQUI

FDPBach

.: interlúdio :. Chet Baker: As Times Goes By, 1986

.: interlúdio :. Chet Baker: As Times Goes By, 1986

23kt6wjDizia o saudoso Paulo Francis: “Chet Baker é um escroto, como todo drogado, mas o que importa? Basta ouvi-lo no trompete ou com uma voz curiosamente andrógina e perco a consciência de mim mesmo, como em grande música. Ouço Chet Baker horas. O prazer é puramente sensorial, apesar de o jazz cool ter estruturação fincada em música maior, mas que importa? Chet tem a mesma qualidade de Ella, Sarah ou Billie, rara entre brancos.” Alguns artistas nos capturam, mesmo quando não se é músico. Na verdade, aqueles que conheci que mais amavam música sequer eram músicos, mas doces melômanos, eruditos inatos. Não entrarei aqui no que Francis poderia tomar por ‘grande música’ ou ‘música maior’, para mim toda música é erudita, desde quando tem um Know-how necessário à sua manifestação. Mas Francis era um espírito de porco e este é o único espírito no qual acredito; prestada esta homenagem, sigamos em frente.

2u46mphAssim como certos artistas, certos filmes também nos capturam. Alguns capturam gerações inteiras, a exemplo do septuagenário Casablanca, de Michael Curtiz. O que faria Casablanca (1942) ser o sucesso imorredouro que é? Um filme rodado em meio a muitos outros, numa época na qual as películas eram produzidas às pencas, os atores saltando de um set de filmagem para outro, tropeçando em camelos, gladiadores, damas fatais, detetives sombrios, profetas barbudos, apaches e cowboys… Talvez um roteiro dinâmico, caleidoscópico em aparições de personagens variadíssimos: nazistas, um barman alemão antinazista; um garçom russo; policiais franceses corruptos e colaboracionistas; espiões, ladrões, refugiados, jogadores, músicos que tocam Perfídia (vale conferir) e La Marseillaise – numa das maiores cenas da história do cinema. O que nos fascina tanto em Casablanca e nos faz querer estar ali? Num bar em uma cidadela do Marrocos enquanto o mundo lá fora explode em guerra. No bar do adorável cafajeste Rick (Bogart), confessadamente ‘drunk’. Capaz das melhores e inesperadas ações, mas também capaz de eliminar sem hesitação qualquer antagonista. Num dos melhores momentos do filme Rick salva um casal de fugitivos, autorizando em pessoa uma trapaça na roleta, frustrando assim os planos de sedução do comissário francês colaboracionista para com a bela refugiada e atraindo contra si o desafeto do mesmo. No final, eliminando sem pestanejar o oficial nazista (Conrad Veidt em seu último papel) que impediria a fuga da sua amada Ilsa Lund Laszlo (Ingrid Bergman) com seu marido herói da resistência. Nem é preciso falar de Sam (Dooley Wilson), o formidável pianista, intérprete da celebérrima canção que intitula o presente disco e que é o coração do filme.

b4w9qqConta-se que ninguém previa o sucesso do filme, ao que parece nem os roteiristas Julius Epstein, Phillip G. Epstein e Howard Koch parecem ter vaticinado tal sucesso quando se basearam na peça jamais encenada Everybody Comes to Rick’s (Todo mundo vem ao Café de Rick), de Murray Burnett e Joan Allison. Não conheço a peça, não saberia dizer se as irresistíveis citações do filme seriam virtude dos dramaturgos ou dos roteiristas. Já citei em uma postagem anterior um grande momento, quando Rick rememora seus dias de amor com Ilsa na Paris recém ocupada pelos nazis: “Eu me lembro de todos os detalhes. Os alemães vestiam cinza e você azul”. E na célebre despedida ao final da película: “Nós sempre teremos Paris”. Outro momento ótimo, quando Rick se vê inquirido por uma antiga amante que o persegue. Quando ela lhe indaga onde estava na noite anterior ele se queixa da memória, e respondendo ao que fará à noite: “não costumo fazer planos com tanta antecedência”.

2128kkiPessoalmente falando, o que mais aprecio em Casablanca é a participação do grande ator Peter Lorre como Mister Ugarte. A fugaz aparição de Lorre em Casablanca rouba a cena. O personagem Mr. Ugarte é o pivô de todo o filme, quando confia a Rick os vistos que libertariam Mr. Laszlo (herói da resistência) e sua consorte – razão de todo o drama e manguaça de Rick, que se pergunta por quê, em meio a milhares de bares sobre a terra, ela teria de entrar precisamente no seu. Além disso, a atuação de Lorre cativa pela sua aparente covardia, mas ele acabara de eliminar alguns nazista e roubar-lhes as passagens. É portanto um herói e ao longo de todo o filme, eu, pelo menos, sinto a falta do personagem. É famosa a fala na qual ele indaga a Rick se o despreza e o mesmo responde que o desprezaria se ao menos pensasse nele. Soberbo.

Enfim, sobre o presente disco, é mais uma joia de Baker, que interpreta As Times Goes By com a sua amiúde irresistível verve, nos levando por deliciosos abismos de melancólica beleza. Para os que ainda não conhecem Baker ou Casablanca, acredito que “este é o começo de uma bela amizade”.

Chet Baker: As Times Goes By, 1986

  1. You And The Night And The Music
  2. As Times Goes By
  3. My Melancholy Baby
  4. I Am A Fool To Want You
  5. When She Smiles
  6. Sea Breeze
  7. You Have Been Here All Along
  8. Angel Eyes
  9. You’d Be So Nice To Come Home To
  10. ‘Round Midnight

Chet Baker – Trumpet, Vocals.
Harold Danko – Piano
John Burr – Bass
Ben Riley – Drums

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Chet Baker, As Times Goes By.
Chet Baker, As Times Goes By.

Wellbach

Gustav Mahler – Songs with Orchestra – Michael Tilson Thomas, San Francisco Symphony Orchestra & Chorus

602477Minha intenção aqui é apenas a de completar o ciclo do “The Mahler Project”, dirigido pelo maestro inglês Michael Tilson Thomas, que traz a obra vocal de Mahler. São três belíssimos CDs, que, junto com as gravações das sinfonias, já se consolidaram como uma das grandes gravações mahlerianas deste começo de século XX. Nosso mentor PQPBach já postou as sinfonias, por duas vezes por sinal, agora é a vez da obra vocal.
Como informado acima, Michael Tilson Thomas está aqui, como em todo o projeto, dirigindo a Sinfônica de San Francisco, e tem excelentes solistas a seu dispor:  o barítono Thomas Hampson e a mezzo soprano Susan Graham, o tenor Thomas Moser, o barítono Sergei Leiferkus e a soprano Marina Shaguch, e para completar, a mezzo soprano Michelle DeYoung.

Das Klagende Lied

01 I.  Waldmarchen. Langsam und traumerisch
02 II.  Der Spielmann. Sehr gehalten
03 III.  Hochzeitsstuck. Heftig bewegt

Thomas Moser – Tenor
Sergei Leiferkus – Baritone
Marina Shaguch – Soprano
Michelle DeYoung – Mezzo Soprano
San Francisco Symphony Orchestra
San Francisco Symphony Chorus
Michael Tilson Thomas – Conductor

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Songs with Orchestra

01 Lieder Eines Fahrenden Gesellen- Wenn Mein Schatz Hochzeit Macht
02 Lieder Eines Fahrenden Gesellen- Ging Heut’ Morgen Übers Feld
03 Lieder Eines Fahrenden Gesellen- Ich Hab’ Ein Glühend Messer
04 Lieder Eines Fahrenden Gesellen- Die Zwei Blauen Augen Von Meinem Schatz
05 Rückert-Lieder- Ich Atmet’ Einen Linden Duft
06 Rückert-Lieder- Blicke Mir Nicht In Die Lieder
07 Rückert-Lieder- Liebst Du Um Schönheit
08 Rückert-Lieder- Um Mitternacht
09 Rückert-Lieder- Ich Bin Der Welt Abhanden Gekommen
10 Des Knaben Wunderhorn- Lied Des Verfolgten Im Turm
11 Des Knaben Wunderhorn- Der Tamboursg’sell
12 Des Knaben Wunderhorn- Wo Die Schönen Trompeten Blasen
13 Des Knaben Wunderhorn- Revelge
14 Des Knaben Wunderhorn- Urlicht

Thomas Hampson – Baritone
Susan Graham – Mezzo Soprano
San Francisco Symphony Orchestra
Michael Tilson Thomas – Conductor, Piano

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Das Lied Von Der Erde

01 Das Trinklied vom Jammer der Erde
02 Der Einsame im Herbst
03 Von der Jugend
04 Von der Schönheit
05 Der Trunkene im Frühling
06 Der Abscheid

Thomas Hampson – Baritone
Susan Graham – Mezzo Soprano
San Francisco Symphony Orchestra
Michael Tilson Thomas – Conductor

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Rachmaninoff (1873-1943): Preludes Op. 23, Cinq morceaux Op. 3

folderEm 1894, o oficial de artilharia do exército francês Alfred Dreyfus foi levado a julgamento e condenado a prisão perpétua em um tribunal marcial a portas fechadas, acusado de alta traição num processo baseado em documentos falsos e provas forjadas. Depois, novos documentos apontam o verdadeiro culpado. Em um novo julgamento em 1899, contra todas as evidências, outro tribunal referenda a condenação anterior. Indignado, o escritor Émile Zola publica uma carta aberta ao presidente da República, provocando comoção popular. A carta – J’accuse! (Eu acuso!) – se tornou um clássico. Zola recebeu muitos apoios, mas também ameaças antisemitas e xenófobas (seu pai era italiano) e foi processado por difamação pelo Estado francês, se exilando por 11 meses.

Dreyfus foi solto por indulto presidencial e anos mais tarde, já em 1906, foi declarado inocente.*

O romancista Marcel Proust foi um dos melhores cronistas do caso Dreyfus:

“Aconteceu com o dreyfusismo (defensores da liberdade de Dreyfus) o mesmo que com o casamento de Saint-Loup com a filha de Odette, casamento que chocou muitos. Hoje, ao vermos todas as pessoas conhecidas frequentando a casa dos Saint-Loups, aprovamos tudo como se sua esposa fosse uma nobre viúva. O dreyfusismo é hoje integrado a uma série de coisas respeitáveis e habituais. Quanto a se perguntar o que ele valia em si próprio, ninguém pensava nisso, nem para inocentá-lo agora nem para condená-lo antigamente.” (O Tempo Redescoberto)

Em seu romance sobre a passagem do tempo, ele mostra que os gostos e os humores mudam com os anos, que o culpado de hoje é o herói de amanhã e que é um erro delimitar a sociedade em classes estanques:

“De certa maneira as manifestações sociais (muito inferiores aos movimentos artísticos, às crises políticas, à evolução que leva o gosto do público em direção ao teatro de ideias, depois à pintura impressionista, depois à música alemã e complexa, depois à música russa e simples, ou em direção às ideias sociais, às ideias de justiça, à reação religiosa, ao ataque patriótico) são o reflexo distante, rachado, incerto, nebuloso, mutável, desses movimentos. De forma que as pessoas não podem ser descritas em uma imobilidade estática.”
(Sodoma e Gomorra)

Da mesma forma, as estreias da 1ª Sinfonia e do 1º Concerto para Piano de Rachmaninoff foram completos fiascos, que levaram o compositor à depressão e à perda da sua autoestima. Alguns anos depois, em 1901, o 2º Concerto para Piano teve grande sucesso e sua autoestima voltou. Pouco depois vieram os 10 Prelúdios opus 23.

O som de sinos – típico das igrejas russas – era uma obsessão de Rachmaninoff, desde seu Prelúdio em dó # menor op.3, reaparecendo em quase todas suas obras para piano e até em The Bells (1913) para coro e orquestra.

Os críticos xingaram a música de Rach com os adjetivos mais feios da época: romântica demais, acessível, superficial, barata. Era música russa e simples, desse tipo que Proust menciona mais acima. Stravinsky o desprezava.

No entanto, o tempo passa e muitos dos vanguardistas da época hoje viraram nota de rodapé, quase não são ouvidos nas salas de concerto, enquanto a música de Rach ainda é tocada e tem seu público.

Em 1915 Rachmaninoff programou um recital de piano em homenagem a Scriabin (1872-1915), seu compatriota e colega de Conservatório. Os críticos, pra variar, detestaram: o pianista Rach não entendia o estilo de Scriabin e “Enquanto a música de Scriabin flutuava nas nuvens, Rach trouxe-a para a terra”. Essa oposição descreve bem os dois russos: o místico, leve Scriabin e o pesado e depressivo Rach.

Eu pessoalmente gosto da música de Rach para piano e tenho horror a sua escrita orquestral: aquelas cordas exageradamente emotivas dos concertos, aquelas sinfonias previsíveis… Mas há quem goste e, como diria Proust, as modas e os gostos mudam. Nunca diga nunca.

Sergei Rachmaminoff:
10 Preludes op. 23
1) F♯ minor (Largo)
2) B♭ major (Maestoso)
3) D minor (Tempo di minuetto)
4) D major (Andante cantabile)
5) G minor (Alla marcia)
6) E♭ major (Andante)
7) C minor (Allegro)
8) A♭ major (Allegro vivace)
9) E♭ minor (Presto)
10) G♭ major (Largo)

5 Morceaux de Fantaisie op. 3
11) Elegie in E♭ minor
12) Prelude in C♯ minor
13) Melody in E major
14) Polichinelle in F♯ minor
15) Serenade in B♭ minor

Idil Biret, piano

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Idil Biret tem mais de 3 milhões de CD's vendidos. A maioria provavelmente de Chopin e Rachmaninoff
Idil Biret tem mais de 3 milhões de CD’s vendidos. A maioria provavelmente de Chopin e Rachmaninoff

Pleyel e o piano russo, parte 1
*Qualquer semelhança com o Brasil é mera coincidência. Ou não.

Victoria: Tenebrae Responsories – The Tallis Scholars

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Tenebrae Responsories

Tomás Luis de Victoria (Espanha, 1548-1611)

The Tallis Scholars
Peter Phillips, dir.

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Juntamente com o Requiem (também gravado brilhantemente pelos The Tallis Scholars), esta peça define a reputação de Victoria como um compositor notável.

Os Tenebrae Responsories fazem parte do ciclo litúrgico tradicional durante a Semana Santa – na época de Vitória, a Igreja Católica Romana teria as Lamentações, Jeremias e outros meios para trabalhar no sentido de aumentar a tristeza e as trevas à medida que o mundo se aproximasse da Sexta-feira Santa e do Sábado Santo.

Os Tenebrae Responsories aqui não teriam sido cantados como um todo, mas divididos apropriadamente entre vários serviços. Eles são extremos na simplicidade – Victoria não permite que as configurações musicais dominem as palavras, que são muito importantes para definir o humor aqui. Victoria complementa as palavras. A música alterna entre solos e duetos para partes de quatro vozes, raramente expandindo além disso.

Tenebrae Responsories
Tomás Luis de Victoria

Tenebrae Responsories 01. Amicus meus
Tenebrae Responsories 02. Iudas mercator pessimus
Tenebrae Responsories 03. Unus ex discipulis meis
Tenebrae Responsories 04. Eram quasi agnus
Tenebrae Responsories 05. Una hora
Tenebrae Responsories 06. Seniores populi
Tenebrae Responsories 07. Tamquan ad latronem
Tenebrae Responsories 08. Tenebrae factae sunt
Tenebrae Responsories 09. Animam meam dilectam
Tenebrae Responsories 10. Tradiderunt me
Tenebrae Responsories 11. Iesum tradidit impius
Tenebrae Responsories 12. Caligaverunt oculi mei
Tenebrae Responsories 13. Recessit pastor noster
Tenebrae Responsories 14. O vos omnes
Tenebrae Responsories 15. Ecce quomodo moritur
Tenebrae Responsories 16. Astiterunt reges
Tenebrae Responsories 17. Aestimatus sum
Tenebrae Responsories 18. Sepulto Domino

Tenebrae Responsories – 1990
The Tallis Scholars
Maestro Peter Phillips
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MP3 | 320 kbps | 149 MB
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powered by iTunes 12.7.4 | 1 h 06 min
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Boa audição.

Avicenna

.: interlúdio :. Omar Sosa, Seckou Keita: Transparent Water

.: interlúdio :. Omar Sosa, Seckou Keita: Transparent Water

Omar-Sosa-Seckou-Keita-Transparent-WaterÁlbum agradável e eufônico, com uma interessante mistura de instrumentos e estilos musicais. Algumas das faixas são bastante fracas, no entanto. A sutil e fascinante combinação de piano e kora, que eu nunca tinha ouvido antes, funciona bem e também é ótimo ouvir o koto, um dos meus instrumentos favoritos. Funcionará bem como música de fundo ou para as noites calmas e relaxantes em casa.

Bem, Transparent Water é a nova colaboração de estúdio entre o guitarrista e pianista Omar Sosa, sete vezes indicado ao Grammy, e o cantor senegalês e mestre de kora Seckou Keita, que reside em Londres. A ideia do projeto surgiu de um improviso casual da dupla em 2012 com o baterista Marque Gilmore no CLF Art Café em Londres. Motivado pela boa experiência, Omar convidou Seckou. Esta gravação foi lançada em fevereiro deste ano, mas é de 2013.

Omar Sosa, Seckou Keita: Transparent Water

1 Dary 5:09
2 In The Forest 5:14
3 Black Dream 5:24
4 Mining-Nah 4:11
5 Tama-Tama 4:55
6 Another Prayer 5:13
7 Fatiliku 5:38
8 Oni Yalorde 3:53
9 Peace Keeping 4:48
10 Moro Yeye 4:36
11 Recaredo 1993 4:19
12 Zululand 3:01
13 Thiossane 4:09

Musicians:
Omar Sosa – piano, keyboards, electronics, marimba, vocals
Seckou Keita – kora, djembe, talking drum, sabar, vocals
Gustavo Ovalles – bata drums, culo’e puya, clave, maracas, guataca, calabaza
Mieko Miyazaki – koto
Wu Tong – sheng, bawu
Mosin Khan Kawa – nagadi
E’Joung-Ju – geomungo
Dominique Huchet – bird EFX

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A dupla.
A dupla.

PQP

Franz-Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonie Nr. 44 e-moll ‘Trauersymphonie’ Hob. I44, Symphonie Nr. 95 c-moll Hob. I95, Symphonie Nr. 98 B-dur Hob. I98 – Ferenc Fricsay, RIAS Symphonie-Orchester Berlin

41-ya7iwNtL._SY355_Havia um tempo em que os LPs dominavam a Terra. Era a única forma das pessoas terem acesso a música, se não fosse em apresentações ao vivo ou transmitidas pelo rádio.
Estarei postando pelos próximos dias uma série de gravações históricas do selo Deutsche Grammophon, realizadas antes do advento do estéreo, ainda na metade da década de cinquenta. Os maestros e orquestras são bem conhecidos pelos ‘frequentadores’ do PQPBach, músicos renomados e respeitados. O texto abaixo serão tirados do booklet da coleção.

“In February 1954, as part fo promotional campaign, Deutsch Grammophon produced a a now-legendary 10 inch LPs titled Musik … Sprache der Welt (Music – The Universal Language), that presented selections of its then-current recordings. 
That LP, now a rare collector´s item, consisted of extract works by the great composers. Each selection had a brief spoken introduction and was intended as a marketing tool for salesmen, to give – as Deutsch Grammophon wrote – “an impression of the breadth and quality of our repertory … a kind of calendar in sound”. It offered something different from the usual sales-information sheets and record catalogues. 
By reviving the title (and using the original Musik … Sprache der Welt cover art) we have developed this series to re-create the flavour and the spirit of those times at Deutsche Grammophon. 
The new 10 CD set of chronologically-ordered orchestral works (from Haydn to Bruckner) – features familiar iconic recordings  (such as Furtwängler´s Schumann Fourth) that appear alongside recordings completely new to CD (e.g. Lehmann´s Schubert and Sanderling Beethoven´s Second). In fact, over half of this recordings appear internationally on CD for the first time. In many cases the recordings on the original LP are complemented by bonus material from the same conductor. In some cases, two LPs set have been put onto a single  CD. The reproduction of original artwork and the illustrative material contained here evoke the look and feel of that period, and serve as a testemony to the cultural and aesthetic values of another era.”

David Butchart

P.S. Devido a importância histórica desta coleção, vou trazer também a arte das capas originais de cada CD.
CD 1

01. Symphonie Nr. 44 e-moll ‘Trauersymphonie’ Hob. I44 – 1.Satz Allegro con brio
02. Symphonie Nr. 44 e-moll ‘Trauersymphonie’ Hob. I44 – 2.Satz Menuetto Alleg
03. Symphonie Nr. 44 e-moll ‘Trauersymphonie’ Hob. I44 – 3.Satz Adagio
04. Symphonie Nr. 44 e-moll ‘Trauersymphonie’ Hob. I44 – 4.Satz Finale Presto
05. Symphonie Nr. 95 c-moll Hob. I95 – 1.Satz Allegro moderato
06. Symphonie Nr. 95 c-moll Hob. I95 – 2.Satz Andante cantabile
07. Symphonie Nr. 95 c-moll Hob. I95 – 3.Satz Menuet – Trio – Menuet
08. Symphonie Nr. 95 c-moll Hob. I95 – 4.Satz Finale Vivace
09. Symphonie Nr. 98 B-dur Hob. I98 – 1.Satz Adagio – Allegro
10. Symphonie Nr. 98 B-dur Hob. I98 – 2.Satz Adagio cantabile
11. Symphonie Nr. 98 B-dur Hob. I98 – 3.Satz Menuet Allegro – Trio – Menuet
12. Symphonie Nr. 98 B-dur Hob. I98 – 4.Satz Finale Presto

RIAS Symphonie-Orchester Berlin
Ferenc Fricsay – Conductor

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
COVER ART – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Capa original da Coleção
Capa original da Coleção

 

Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Concertino Op. 73, Concerto para Piano Op. 113, Rondó Op. 117

Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Concertino Op. 73, Concerto para Piano Op. 113, Rondó Op. 117

CH9558Hummel é um caso curioso na história da música. Bom compositor, foi contemporâneo dos gênios Haydn, Mozart e Beethoven, sendo bem inferior a este trio de ouro. O resultado é que pouca gente ouve ao “Mozart sem magia” representado por Hummel. Sua música é competente e agradável, sem transcendência, mas sem merecer o limbo. O pianista e maestro Howard Shelley é uma espécie de mensageiro de Hummel, tanto que gravou uma série de CDs com a obra do compositor. Com o selo de alta qualidade da Chandos, a série é um primor, mas, sabem?, é Hummel.

Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Concertino Op. 73, Concerto para Piano Op. 113, Rondó Op. 117

Concertino in G major Op. 73 16:25
1.I Allegro moderato 8:13
2.II Andante grazioso 3:56
3.III Rondo 4:12

Piano Concerto in A flat major Op. 113 29:44
4.I Allegro moderato 15:42
5.II Romanze: Larghetto con moto 4:47
6.III Rondo alla Spagniola: Allegro moderato 9:13

7. Gesellschafts-Rondo in D major Op. 117 12:47

London Mozart Players
Howard Shelley piano / director

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Howard Shelley: o mensageiro de Hummel
Howard Shelley: o mensageiro de Hummel

PQP

Victoria: Missa Dum Complerentur – The Westminster Cathedral Choir

Victoria-Missa-Dum-Complerentur

Missa Dum Complerentur

Tomás Luis de Victoria (Espanha, 1548-1611)

The Westminster Cathedral Choir
James O’Donnell, dir.

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Tomás Luis de Victoria foi o maior compositor da “idade de ouro” espanhola da música polifônica do século XVI. Esta gravação inclui a  Missa Dum Complerentur a seis vozes; o moteto a cinco vozes em que a missa é baseada, e mais seis hinos e sequências, incluindo o grande Popule Meus e uma composição do Improperia, que formam o coração da liturgia para a Sexta-Feira Santa.

Esta é uma música de beleza irresistível, que ilustra bem a extraordinária capacidade de Victoria de criar, através da simples homofonia, música extremamente comovente e de grande expressividade.

Missa Dum Complerentur
Tomás Luis de Victoria

01. Veni Sancte Spiritus, sequence fo 8 voices
02. Dum complerentur dies Pentecostes, motet for 5 voices
03. Missa Dum complerentur, for 6 voices: Kyrie
04. Missa Dum complerentur, for 6 voices: Gloria
05. Missa Dum complerentur, for 6 voices: Credo
06. Missa Dum complerentur, for 6 voices: Sanctus
07. Missa Dum complerentur, for 6 voices: Benedictus
08. Missa Dum complerentur, for 6 voices: Agnus Dei
09. Popule meus, responsory (improperium) for 4 voices
10. Salve regina, antiphon for 6 voices
11. Veni Creator Spiritus, hymn for 4 voices
12. Pange lingua, hymn for 4 voices
13. Lauda Sion, sequence for 8 voices

Missa Dum Complerentur – 1996
The Choir of Westminster Cathedral
Maestro James O’Donnell
Joseph Cullen, organ continuo (1, 13)
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MP3 | 320 kbps | 154 MB
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powered by iTunes 12.7.4 | 1 h 09 min
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Boa audição.

Avicenna

Leos Janacek (1854-1928) – Sonata for Violin & Piano, Bedrich Smetana (1824-1884) – From Homeland, two pieces for Violin & Orchestra, Jaroslav Jezek (1906-1942) – Sonata for Piano & Violin, Bohuslav Martinu (1890-1959) – Duos for Cello & Violin – Josef Suk

Box FrontO violinista tcheco Josef Suk continua desfilando seu talento neste outro CD dedicado apenas a compositores tchecos.  Tocando sonatas acompanhado por piano, ou duos com violoncelo, ele mostra que herdou mesmo o talento de seu avô, além do nome. Outro grande nome que temos neste CD é o do violoncelista francês Andre Navarra. Impressionante o trabalho da dupla nas difíceis peças de Bohuslav Martinu. Espero que apreciem. São músicos de altíssimo nível, mostrando todos os recursos de seus instrumentos.

1. Sonata for Violin and Piano I. Con moto
2. Sonata for Violin and Piano II. Ballade. Con moto
3. Sonata for Violin and Piano III. Allegretto
4. Sonata for Violin and Piano IV. Adagio. Un poco più mosso
5. From the Homeland, 2 pieces for Violin and Piano I. Moderato
6. From the Homeland, 2 pieces for Violin and Piano II. Andantino. Moderato. Allegro vivo. Moderato assai. Presto
7. Sonata for Violin and Piano I. Allegro vivo Allegretto
8. Sonata for Violin and Piano II. Lento
9. Sonata for Violin and Piano III. Largo
10. Sonata for Violin and Piano IV. Allegro
11. Duo for Violin and Cello No. 1, H 157 I. Preludium. Andante moderato
12. Duo for Violin and Cello No. 1, H 157II. Rondo. Allegro con brio
13. Duo for Cello and Violin No. 2, H 371 I. Allegretto
14. Duo for Cello and Violin No. 2, H 371 II. Adagio
15. Duo for Cello and Violin No. 2, H 371 III. Poco allegro

Josef Suk – Violin
Jan Panenka – Piano (1-10)
André Navarra (11-15) – Cello

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Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 5 (CDs 3 e 4 de 12)

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 5 (CDs 3 e 4 de 12)

61-4cYIGGfLA Sinfonia No. 5 é grande, enorme. Não me refiro apenas ao tempo cronológico, mas às dimensões e profundidade do trabalho. É uma das obras mais arrebatadores de Bruckner. Ao ouvir a Quinta Sinfonia, alçamos galáxias e realidades para além do mundo. A seguir, alguns dados importantes sobre a Quinta Sinfonia:

“Bruckner iniciou a composição de sua Quinta Sinfonia, em fevereiro de 1875, uma época de grandes dificuldades pessoais e econômicas para ele. Por causa disso, não causa admiração que esta sua obra inicie com um adagio, tempo sempre reflexivo e melancólico, presença constante na obra do músico. É a única sinfonia de Bruckner onde a lenta introdução influenciará, tanto tonal quanto tematicamente, em toda esta obra. A singulariedade do primeiro movimento, um complexo arranjo de temas e formas, com grandes espaços preenchidos separados por espaços abertos, tal qual uma “catedral sonora”, nas palavras do músico Halbreich. A constante mudança do tema, os constantes contrastes entre fortíssimos e pianíssimos, trazendo inovação à estrutura sinfônica, culminando com os belíssimos ostinati da coda. A aparência simples do adagio, só o é a primeira vista, pois possui como de costume nos adágios de Bruckner, uma bela riqueza composicional, começando de um início austero , evoluindo melodicamente através do desdobramento de modulações e mutações harmônicas, começando por um sentimento trágico que transforma-se em esperança. O scherzo que compõe o terceiro movimento demonstra toda a genialidade composicional de Bruckner, que partindo de um simples ländler, transforma-se em um dos maiores compostos pelo músico, cheio de crescendos seguidos de ríspidas paradas, uma grande demonstração da arte de conjugar extremos. O gigantesco quarto e último movimento, utilizando-se da forma sonata acrescida de uma dupla fuga onde aparecem os temas anteriores da sinfonia, transmutados em formas estranhas e imaginativas , sendo executados em uma gigantesca peça polifônica. A coda, com seus contrapontos e harmonias, utiliza-se enormemente da polifonia orquestral, que conduzirá à um dos maiores climax da música sinfônica”.

Extraído DAQUI

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 5 em Si bemol maior

DISCO 3

01. Applause
02. I. Introduction. Adagio – Allegro
03. II. Adagio. Sehr lagsam

Total time: 48:03

DISCO 4

01. III. Scherzo. Molto vivace (Schnell) – Trio
02. IV. Finale. Adagio – Allegro moderato
03. Applause

Total time: 41:50

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Celi não é mole não.
Celi não é mole não.

Carlinus

Frederic Chopin Works for Piano and Orchestra – Jan Lisiecki, NDR Elbphilharmonie Orchester, Krzysztof Urbanski

Jan Lisiecki - Chopin Works for Piano & Orchestra (2017)Toda a exuberância da música de Chopin está presente neste CD, lançado ano passado, e por esquecimento de minha parte, ainda não tinha aparecido aqui no PQPBach. Ok, falha nossas.

Jan Lisiecki é um jovem pianista polonês – canadense, que está encantando todo mundo com sua técnica apuradíssima, sensibilidade e virtuosismo. Conhecia suas leituras dos concertos para piano do mesmo Chopin ao lado de Howard Shelley, CD este que trouxe para os senhores já há algum tempo.
Neste que ora vos trago, Lisiecki gravou outras obras de Chopin compostas para Piano e Orquestra. Está muito bem acompanhado pela excelente NDR Elbphilharmonie Orchester, dirigida pelo seu conterrâneo, Krzysztof Urbański.

01. Chopin Andante Spianato & Grande Polonaise Brillante In G Major E Flat Major, Op. 22-Andante spianato. Tranquillo-Semplice
02. Chopin Andante Spianato & Grande Polonaise Brillante In G Major E Flat Major, Op. 22-Grande Polonaise brillante. Allegro molto
03. Chopin Rondo À La Krakowiak In F Major, Op. 14-Introduzione. Andantino quasi Allegretto-Allegro molto
04. Chopin Rondo À La Krakowiak In F Major, Op. 14-Rondo. Allegro non troppo-Poco meno mosso
05. Chopin Variations On Là ci darem la mano From Mozart’s Don Giovanni, Op. 2-Introduzione. Largo-Poco più mosso
06. Chopin Variations On Là ci darem la mano From Mozart’s Don Giovanni, Op. 2-Tema. Allegretto
07. Chopin Variations On Là ci darem la mano From Mozart’s Don Giovanni, Op. 2-Var. I. Brillante
08. Chopin Variations On Là ci darem la mano From Mozart’s Don Giovanni, Op. 2-Var. II. Veloce, ma accuratamente
09. Chopin Variations On Là ci darem la mano From Mozart’s Don Giovanni, Op. 2-Var. III. Sempre sostenuto
10. Chopin Variations On Là ci darem la mano From Mozart’s Don Giovanni, Op. 2-Var. IV. Con bravura
11. Chopin Variations On Là ci darem la mano From Mozart’s Don Giovanni, Op. 2-Var. V. Adagio
12. Chopin Variations On Là ci darem la mano From Mozart’s Don Giovanni, Op. 2-Coda. Alla Polacca
13. Chopin Fantasy On Polish Airs, Op. 13-Largo non troppo
14. Chopin Fantasy On Polish Airs, Op. 13-Air Już miesiąc zeszedl psy się uśpily Andantino
15. Chopin Fantasy On Polish Airs, Op. 13-Thème de Charles Kurpinski Allegretto-Presto con fuoco-Lento quasi Adagio-Molto più mosso
16. Chopin Fantasy On Polish Airs, Op. 13-Kujawiak. Vivace
17. Chopin Nocturne In C Sharp Minor, Op. Posth

Jan Lisiecki – Conductor
NDR Elbphilharmonie Orchester
Krzysztof Urbanski

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Telemann (1681-1767). J.S. Bach (1685-1750), Koppel (1944), Krähmer (1795-1837), Vivaldi (1678-1741), Ibert (1890-1962), Kupkovič (1928), Jacob (1895-1984): Souvenir – Musica para Flauta Doce e Alaúde / Violão

Telemann (1681-1767). J.S. Bach (1685-1750), Koppel (1944), Krähmer (1795-1837), Vivaldi (1678-1741), Ibert (1890-1962), Kupkovič (1928), Jacob (1895-1984): Souvenir – Musica para Flauta Doce e Alaúde / Violão

Um disco leve e divertido. Aqui, a super virtuose Petri dá um banho de competência ao lado de seu parceiro habitual Lars Hannibal — que não é Lecter. O que Petri faz é impressionante. Jamais imaginei que fossem possíveis tantos efeitos quanto os obtidos na obra de Kupkovič, por exemplo. Mas Petri não é só hábil. Ela sabe fazer música para lá de sua demoníaca forma de tocar. Um belo CD para você esquecer seu (sua) chefe e se alegrar após um dia de trabalho daqueles.

Telemann (1681-1767). J.S. Bach (1685-1750), Koppel (1944), Krähmer (1795-1837), Vivaldi (1678-1741), Ibert (1890-1962), Kupkovič (1928), Jacob (1895-1984): Souvenir – Musica para Flauta Doce e Alaúde / Violão

Georg Philipp Telemann (1681 – 1767): Sonata in D Minor / d-moll / ré mineur for Alto Recorder and Continuo
1 Affetuoso 1:52
2 Presto 3:34
3 Grave 0:54
4 Allegro 3:09

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750): Partita in C Minor / c-moll / ut mineur, BWV 1013, or Alto Recorder (Flute)
5 Allemande 2:31
6 Corrente 2:25
7 Sarabande 4:13
8 Bourrée anglaise 2:34

Thomas Koppel (b.1944): Nele’s Dances for Recorder and Lute
9 I Know You Are Crossing the Borders Somewhere 2:09
10 And I Know You Are Remembering, You Distant Boy 2:51
11 And I’m Still Feeling You in My Arms 1:47
12 In Front of the Castle With No Doors 1:45
13 Where the Living Dead Are Dancing 1:54
14 There I Dance My Dance on Black Feet 3:38
15 And Later On, In the Place That No One Knows 2:09
16 I Give Birth to the Warm Fruit of Our Love 0:58
17 And the Wild Foals Leave the Folds 0:35
18 In a Symphony of Galloping Hooves 0:54

19 Ernest Krähmer (1795 – 1837): Introduction, Theme, and Variations, Op, 32, for Soprano Recorder and Guitar 10:46

Antonio Vivaldi (1678 – 1741): Sonata in G Major / G-dur / sol majeur, RV 59, for Soprano Recorder and Continuo
20 Preludio – Largo 1:44
21 Allegro ma non presto 2:53
22 Pastorale 3:22
23 Allegro 1:45

24 Jacques Ibert (1890 – 1962): Entr’acte for Sopranino Recorder (Flute) and Guitar 3:00

25 Ladislav Kupkovič (b.1928) / arr. Petri: Souvenir for Sopranino Recorder (Violin) and Guitar (Piano) 4:06

26 Gordon Jacob (1895 – 1984): An Encore for Michala for Alto Recorder and Guitar 2:19

Michala Petri, flauta doce
Lars Hannibal, alaúde / violão

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Petri & Hannibal: ele ainda não a mordeu
Petri & Hannibal: ele ainda não a mordeu

PQP

Victoria: Requiem (1605) – Officium Defunctorum – The Sixteen

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Requiem (1605) – Officium Defunctorum

Tomás Luis de Victoria (Espanha, 1548-1611)

The Sixteen
Harry Christophers, dir.

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O Officium Defunctorum foi composto para o funeral da Imperatriz Maria, irmã de Filipe II de Espanha, filha de Carlos V, esposa de Maximiliano II e mãe de dois imperadores; foi dedicado à princesa Margaret para “as exéquias de sua mãe mais venerada”. A Imperatriz Maria morreu em 26 de fevereiro de 1603 e as grandes exéquias foram realizadas em 22 e 23 de abril. Victoria foi apontado como capelão pessoal da Imperatriz Maria desde 1586 até a época de sua morte.

Victoria publicou onze volumes de sua música durante sua vida, representando a maioria de sua produção composicional. Officium Defunctorum, o único trabalho a ser publicado por si só, foi o décimo primeiro volume e o último trabalho publicado por Victoria. A data de publicação, 1605, é freqüentemente incluída com o título para diferenciar o Officium Defunctorum de outra obra de Victoria, a Missa Requiem (em 1583, Victoria compôs e publicou um livro de Missas, reimpresso em 1592, incluindo uma Missa pro defunctis por coro a quatro).

A sublime Missa pro defunctis (1605) de Tomás Luis de Victoria tem sido uma obra central no repertório de The Sixteen; de fato, o número deste conjunto foi baseado nos 16 cantores – 12 homens, 4 meninos – do Monasterio de las Descalzas Reales, que Victoria provavelmente usou para suas próprias apresentações do Requiem. Mas o diretor Harry Christophers adiou o registro dessa obra-prima por muitos anos, esperando que sua interpretação amadurecesse e que o canto do grupo se tornasse o mais refinado possível.

Esta gravação de 2005 é presumivelmente tão boa quanto possível, e, como em qualquer versão do The Sixteen, isso é muito: o tom puro dos cantores, a entonação soberba, a dicção nítida e a mistura luminosa do conjunto são totalmente evidentes, e o Requiem é tão sonoramente rico e expressivamente sombreado como este trabalho renascentista era para soar. O tema sombrio Taedet animam meam, três antífonas marianas e três motetos de textos do Cântico dos Cânticos completam o programa, e as seleções compartilham o suave contraponto e plangentes harmonias modais que são características das maiores obras de Victoria. A gravação do DSD por Coro é maravilhosamente clara e focada, e a acústica da Igreja de São Silas, o Mártir, em Londres, dá a essa ressonância e presença ideais do SACD híbrido. Qualquer um que procura uma introdução perfeita a Victoria, à música sacra renascentista em geral, ou ao talento artístico de The Sixteen faria bem em conferir este esplêndido álbum, um dos melhores absolutamente por qualquer padrão. (extraído da internet)

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Requiem (1605) – Officium Defunctorum
Tomás Luis de Victoria
01. Salve regina a 6
02. Ave Regina caelorum a 5
03. Nigra sum sed formosa
04. Quam pulchri sunt gressus tui
05. Trahe me post te
06. Ave regina caelorum a 8
07. Officium defunctorum: Taedet animam meam
08. Missa Pro Defunctis a 6: 1.Introit
09. Missa Pro Defunctis a 6: 2.Kyrie
10. Missa Pro Defunctis a 6: 3.Gradual
11. Missa Pro Defunctis a 6: 4.Offertory
12. Missa Pro Defunctis a 6: 5.Sanctus & Benedictus
13. Missa Pro Defunctis a 6: 6.Agnus Dei I, II and III
14. Missa Pro Defunctis a 6: 7.Communion
15. Missa Pro Defunctis a 6: 8.Funeral motet: Versa est in luctum
16. Missa Pro Defunctis a 6: 9.Responsory: Libera me

Requiem (1605) – Officium Defunctorum – 2005
The Sixteen, Harry Christophers, dir.
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MP3 | 320 kbps | 165 MB
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powered by iTunes 12.7.4 | 1 h 13 min
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Boa audição.

Avicenna

.: interlúdio :. Wes Montgomery – In Paris; The Definitive ORTF Recording

coverEsta belezura de CD foi gravada alguns dias após o nascimento deste que vos escreve, lá em meados dos anos 60, no Theatré des Champs-Élyseés, e mostra todo o talento deste fantástico guitarrista, que inspirou gerações de outros guitarristas, com seu estilo e técnica únicos.
Ele é acompanhado por quatro excepcionais músicos:

Harold Mabern – Piano
Arthur Harper – Baixo
Jimmy Lovelace – Drums
Johnny Griffin – Sax Tenor

Sou fã confesso de Wes desde a primeira vez que o ouvi. O que ele faz aqui em clássicos como ‘Impressions’, de John Coltrane elevou a guitarra a um nível até então pouco explorado enquanto instrumento solista. Umas das particularidades mais incríveis deste gigante do Jazz é que era autodidata, aprendeu a tocar de ouvindo, ouvindo seu ídolo Charlie Christian.

01 – Four On Six
02 – Impressions
03 – The Girl Next Door
04 – Here’s That Rainy Day
05 – Jingles
06 – To Wane
07 – Full House
08 – ‘Round Midnight
09 – Blue ‘N Boogie ; West Coast Blues
10 – Twisted Blues

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Enrico Caruso (1873-1921): His First Recordings

Enrico Caruso (1873-1921): His First Recordings

Capa CD CarusoHoje tenho o imenso prazer em compartilhar uma verdadeira pérola rara. Enrico Caruso nascido em Nápoles, Itália, em 25 de fevereiro de 1873 –faleceu em Nápoles aos 2 de agosto de 1921. É considerado o maior tenor de todos os tempos, para quem nunca ouviu estas gravações que ora lhes trago são registros com mais de 100 anos com a qualidade dos pioneiros da indústria fonográfica (gravação de som em discos de cera, o cilindro fonográfico), remasterizada com muito cuidado, a voz do italiano era ralmente fantástica, até o grande Luciano Pavarotti (1935 – 2007) nunca ousou comparar seu talento ao de Caruso. O alcance de sua voz era grande, desde as notas baixas – características da voz grave de barítono – até as notas mais agudas, combinada com grande capacidade de pronúncia e interpretação. É considerado, por muitos, como o agudo mais potente da história da ópera (ouçam o agudo no fim da faixa 29 “I Pescatori Dl Perle Mi Par D ‘ud” m-a-r-a-vi-l-h-o-s-o). De origem pobre, Caruso começou cantando serenatas, para ganhar algum dinheiro ajudando no sustento de seus 6 irmãos. Sua estréia cantando ópera foi em 15 de Março de 1895, em um teatro simples de sua cidade natal. Neste mesmo ano realizou as 20 primeiras gravações ainda na Itália, em Milão. Após 2 anos apresentando-se em cidades do sul da Itália, Caruso participou de uma audição com o maestro Giacomo Puccini (1858 – 1924), que estava em busca de um tenor para o papel principal de sua nova ópera, La Bohéme. Puccini ficou tão impressionado com a voz do jovem Caruso que, diz-se, perguntou-lhe “quem o enviou para mim? Deus?”. Em 1903, foi para Nova Iorque e, no mesmo ano, deu início a gravações fonográficas pela Victor Talking Machine Company antecessora da RCA-Victor. Caruso foi um dos primeiros cantores a gravar discos em grande escala, foi o primeiro cantor clássico a atrair grandes plateias em todo o mundo e ainda hoje figura entre os maiores intérpretes clássicos da história. Sua interpretação de “Vesti la giubba”, da ópera “Pagliacci”, foi a primeira gravação na história a vender 1 milhão de cópias. Em Novembro de 1903, estreou no Metropolitan, onde se apresentaria nas próximas 18 temporadas, somando um total de 607 apresentações em 37 papéis diferentes, muitas vezes sob direção do legendário Maestro Artuto Toscanini. De 1903 a 1920, Caruso apresentou-se no Met em todas as noites de abertura de temporadas, exceto em 1906, quando teve que cancelar sua apresentação por problemas particulares. Sua gravação mais lendária é de 1904, “Una Furtiva Lacrima”, de Gaetano Donizetti. Além da ópera, Caruso incluiu em seu repertório uma diversidade de canções napolitanas, popularizando-as pelo mundo afora. Paolo Tosti, compositor deste tipo de canções, chegou a compor especialmente para a voz de Caruso. Depois dele, os tenores italianos passaram a incluir as populares “canzonetas” em seu repertório. Lembro, quando criança, a “italianada” da família ao se juntar frequentemente aos domingos para mais uma festa regada a macarronada com porpeta… queijo e vinho. Colocavam os discos de canções napolitanas e mandavam ver no vinho…. cantavam, choravam (..bella Itália…) até cair…

Em 1917 Enrico apresentou-se no Municipal do Rio de Janeiro. Lá encantou o público interpretando Canio, da ópera “Pagliacci” de Ruggero Leoncavallo. Durante sua rápida passagem pela cidade de São Paulo, o tenor foi entrevistado pelo “Jornal Estado” (antecessor do estadão). Em 5 de junho de 1917, a edição noturna do “Estado” trazia as declarações do artista : “ Minha arte é o meu canto. Eu sou um cantor, eis tudo. E um cantor que não tem preferência por nenhum papel. Na minha opinião, o verdadeiro artista não pode ter preferência por quaisquer dos seus papeis”.

O legal destas gravações é que não havia como esconder as derrapadas dos artistas, não havia mixagem um exemplo é o pianista na faixa 24 “Giordano- Fedora – Amor Ti Vieta di non amar” erra e se apavora no início e percebemos que só acalma quando Caruso começa o canto….e que canto. Uma viagem no tempo, infelizmente não há maiores informações sobre os artistas que acompanhavam Enrico no encarte.

Enrico-Caruso-in-PagliacciEnrico Caruso, His First recordings

AICC and Pathe discs and cylinders – 1900 – 1901
01 Carbonetti- Tu Non Mi Vuoi Piu Ben
02 Puccini- Tosca – E Lucevan Le Stelle
03 Meyerbeer- Qui sotto it ciel
Discos Zonofono Records
04 Trimarchi- Un Bacio Ancora
05 Bolto- Luna Fedel
06 Donizetti- L’Elisir D’Amore – Una Furtiva lagrima
07 Puccini- Tosca – E Lucevan Le Stelle
08 Franchetti- Germania – No, Non Chiuder gli occhi vaghi
09 Verdi- Rigoletto – La Donna e Mobile
10 Mascagni- Cavalleria Rusticana – Siciliana
The Gramophone and Typewriter Records / Recorded Milan, Italy – march 1902
11 Verdi- Rigoletto – Questa o Quella
12 Massenet- Manon – Chiudo Gli Occhi
13 Donizetti- L’Elisir D’Amore – Una furtiva lagrima
14 Boito- Mefistofele – Giunto sul passo estremo
15 Puccini- Tosca – E Lucevan le Stelle
16 Mascagni- Iris – Serenata
17 Franchetti- Germania – No, Non Chiuder gli occhi vaghi
18 Franchetti- Germania – Studenti! Udite
Recorder november 1902
19 Boito- Mefistofele – Dai Campi, dai prati
20 Verdi- Aida – Celeste Aida
21 Ponchielli- La Gioconda – Cielo! e mar!
22 Mascagni- Cavalleria Rusticana – Siciliana
23 Cilea- Adriana Lecouvreur – No, piu nobile
24 Giordano- Fedora – Amor Ti Vieta di non amar
25 Leoncavallo- I Pagliacci – Vesti la giubba
26 Giorgi- Non T’Amo Piu
27 Cimmino- La Mia Canzone
28 Boito- Luna Fedel
Recorded in Fall 1903
29 Bizet- I Pescatori Di Perle – Mi par d’udir ancora
Recorded in April os 1904
30 Leoncavallo- Mattinata

Tenor: Enrico Caruso

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1915- Geralsine Farrar and Enrico Caruso in La Boheme.
1915- Geralsine Farrar and Enrico Caruso in La Boheme.

Ammiratore

J. S. Bach (1685-1750): Peças para Órgão

J. S. Bach (1685-1750): Peças para Órgão

81rmAOuymYL._SX355_Karl Richter conduz-nos pela sacralidade de Bach. É como se estivéssemos naquelas catedrais góticas medievais, com suas cristas a alcançarem o céu. O alemão Richter faz evocar de forma “atordoadora”, “avassaladora”, o conjunto de peças aqui contido nos 3 CDs. Acredito que muito da genialidade de Bach esteja aqui contida — são fugas, tocatas, fantasias, a passacaglia — e isso provoca em nós uma sensação de música que se espirala e vai alcançando o infinito. Mas faltam algumas peças fundamentais do compositor nesta, mesmo assim, boa coleção.

J. S. Bach (1685-1750): Peças para Órgão

CD1

01 Toccata und Fuge in D minor BWV 565 – Toccata
02 Toccata und Fuge in D minor BWV 565 – Fuge
03 Triosonate No.2 in C minor BWV 526 – Vivace
04 Triosonate No.2 in C minor BWV 526 – Largo
05 Triosonate No.2 in C minor BWV 526 – Allegro
06 Präludium und Fuge in D major (BWV 532), Präludium
07 Präludium und Fuge in D major (BWV 532), Fuge
08 Präludium und Fuge in A minor BWV 543 – Präludium
09 Präludium und Fuge in A minor BWV 543 – Fuge
10 Fantasie und Fuge in G minor – Fantasie
11 Fantasie und Fuge in G minor – Fuge
12 Präludium und Fuge in E flat major BWV 552 – Präludium
13 Präludium und Fuge in E flat major BWV 552 – Fuge
14 Präludium Und Fuge in E minor (BWV 548), Präludium
15 Präludium Und Fuge in E minor (BWV 548), Fuge

CD2

01 Triosonate No.1 in E flat major BWV 525 – (Allegro moderato)
02 Triosonate No.1 in E flat major BWV 525 – Adagio
03 Triosonate No.1 in E flat major BWV 525 – Allegro
04 Trio Sonata No.5 in C major, BWV 529_ Allegro
05 Triosonata No.5 in C major BWV 529 – Adagio
06 Trio Sonata No.5 in C major, BWV 529_ Allegro
07 Wachet auf, ruft uns die Stimme, BWV 645
08 Kommst du nun, Jesus, vom Himmel Herunter BWV 650
09 Schmucke dich, o liebe Seele, BWV 654
10 Präludium Und Fuge in B minor (BWV 544), Präludium
11 Präludium Und Fuge in B minor (BWV 544), Fuge
12 Präludium Und Fuge In C Minor (BWV 546), Präludium
13 Präludium Und Fuge In C Minor (BWV 546), Fuge
14 Canzona in D minor, BWV 588

CD3

1 Toccata und Fuge in F major BWV 540 – Toccata
2 Toccata und Fuge in F major BWV 540 – Fuga
3 O Gott, du frommer Gott BWV 767
4 Toccata und Fuge ‘Dorian’ BWV 538 – Toccata
5 Toccata und Fuge ‘Dorian’ BWV 538 – Fuga
6 Sei gegrüßet, Jesu gütig – BWV 768
7 Passacaglia und Fuge in C minor BWV 582 – Passacaglia
8 Passacaglia und Fuge in C minor BWV 582 – Thema fugatum

Karl Richter, órgão

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Karl Richter mandando bala.
Karl Richter mandando bala.

Carlinus

Victoria: Devotion to Our Lady – The Sixteen

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Devotion to Our Lady

Tomás Luis de Victoria (Espanha, 1548-1611)

The Sixteen
Harry Christophers, dir.

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A tradição de longa data de devoção à Virgem Maria resultou em algumas configurações soberbas de compositores espanhóis. Supremo entre eles, Victoria produziu algumas de suas melhores músicas para textos marianos. 
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Esta gravação apresenta obras para oito partes, algumas delas para dois corais antifonais discretamente acompanhados por órgão e bajón*, todos exibindo as magníficas sonoridades pelas quais ele é famoso.
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bajón* – Antiguo instrumento musical parecido al fagot, pero de sonido más grave y construido en una sola pieza de madera. Ell bajón se utilizó en los siglos xvi y xvii , especialmente en la música religiosa . (Google tradutor)

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Devotion to Our Lady
Tomás Luis de Victoria
01. Salve Regina a 8
02. Missa Salve a 8: 1. Kyrie
03. Missa Salve a 8: 2. Gloria
04. Missa Salve a 8: 3. Credo
05. Missa Salve a 8: 4. Sanctus
06. Missa Salve a 8: 5. Benedictus
07. Missa Salve a 8: 6. Agnus Dei
08. Ave Maris Stella a 4 (Rome 1581)
09. Alma Redemptoris Mater a 8
10. Regina caeli lactare a 8
11. Ave Maria gratia plena a 8
12. Magnificat Primi toni a 8

Devotion to Our Lady – 2011
The Sixteen, Harry Christophers, dir.
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MP3 | 320 kbps | 120 MB
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powered by iTunes 12.7.4 | 52 min
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Boa audição.

Avicenna