Um clássico de capa nova. A anterior era branquinha, lembram? Para um CD como este, penso que as apresentações sejam dispensáveis. Por isso iremos com certa urgência à música. Uma excelente apreciação!
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concerto para piano e orquestra No. 22 em Mi bemol maior, K. 482
01. Allegro
02. Andante
03. Allegro
Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para piano e orquestra No. 3 em Dó menor, Op. 37
04. Allegro con brio
05. Largo
06. Rondo (Allegro)
Sviatoslav Richter, piano
Philharmonia Orchestra
Riccardo Muti, regente
Fazer o quê? Um bom CD com a pianista fictícia Svetlana Stanceva e o maestro também fictício Alberto Lizzio. Bom som, boa interpretação, tudo comprado baratinho no século XX atrás da chamada Cortina de Ferro e lançada no mundo ocidental sob nomes falsos, orquestra falsa, tudo falso, tudo criado pelo esperto produtor e regente Alfred Scholz, que não apenas existiu como escreveu uma biografia de Lizzio. Mas ouçam: a coisa é de primeira linha. Aliás, sugiro a leitura do excelente romance Leopold, de Luiz Antônio Assis Brasil. Há muito de Mozart nesta história centrada em seu pai. Um dos três melhores livros brasileiros lançados em 2024, certamente.
W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 23 e 26 / Fantasia K. 397 para Piano (Stanceva, Lizzio)
Klavierkonzert Nr. 23 A-Dur, K. 488 / Piano Concerto No. 23 In A Major, K. 488
1 Allegro 10:47
2 Andante 5:53
3 Presto: Allegro Assai 7:53
Klavierkonzert Nr. 26 D-Dur K. 537 ‘Krönungskonzert’ / Piano Concerto No. 26 In D Major K. 537 ‘Coronation’
4 Allegro 14:31
5 Larghetto 5:45
6 Allegretto 12:14
7 Phantasie D-Moll, K. 397 / Phantasy In D Minor, K. 397 4:57
W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 e 21 / Rondo alla Turca K. 331 (Stanceva, Lizzio)
Klavierkonzert Nr. 20 D-Moll, K. 466 – Piano Concerto No. 20 In D Minor, K. 466
1 Allegro 13:50
2 Romanze 8:42
3 Rondo: Allegro Assai 8:01
Klavierkonzert Nr. 21 C-Dur, K. 467 ‘Elvira Madigan’ – Piano Concerto No. 21 In C Major, K. 467 ‘Elvira Madigan’
4 Allegro Maestoso 14:32
5 Andante 5:35
6 Andante Vivo Assai 7:02
7 Rondo Alla Turca Aus Sonata Nr. 11 A-Moll, K. 331 – Rondo Alla Turca From Sonata No. 11 In A Minor, K. 331 3:33
Lembrando de que essa série é uma repostagem, originalmente feita lá em 2016.
Vamos então encerrar mais uma série. Este feriado de Carnaval está servindo para colocar em dia alguns downloads e uploads atrasados. E para complicar, tive problema de virus em meu notebook, e passei a manhã do domingo de Carnaval tentando expulsar o dito cujo sem ter de formatar o HD e reinstalar tudo de novo. Seria um trabalho por demais cansativo e chato.
Mas a música de Mozart compensa todo o estresse e ainda alivia a tensão. Não por acaso que Badura-Skoda é um especialista neste repertório, Lembrando que estas gravações foram realizadas no final dos anos 1980, na vitalidade de seus sessenta e poucos anos, idade em que encarou esta integral das sonatas, ele dá exemplo de uma vitalidade e talento únicos.
01. Sonate en fa majeur, K 533494 – I. Allegro
02. Sonate en fa majeur, K 533494 – II. Andante
03. Sonate en fa majeur, K 533494 – III. Rondo. Andante
04. Sonate en ut majeur, K 545 – I. Allegro
05. Sonate en ut majeur, K 545 – II. Andante
06. Sonate en ut majeur, K 545 – III. Rondo. Allegretto
07. Sonate en si bémol majeur, K 570 – I. Allegro
08. Sonate en si bémol majeur, K 570 – II. Adagio
09. Sonate en si bémol majeur, K 570 – III. Allegretto
10. Sonate en ré majeur, K 576 – I. Allegro
11. Sonate en ré majeur, K 576 – II. Adagio
12. Sonate en ré majeur, K 576 – III. Allegretto
Paul Badura-Skoda – Forte-piano Johann-Schantz, ca. 1790
Gosto muito destas três sonatas de sequência K. 331, K. 332 e K. 333. Elas apresentam uma unidade interessante, ouçam as três na sequência para entenderem o que estou falando.
Paul Badura-Skoda nasceu em 1927, na capital austríaca. Foi aluno de ninguém menos que Edwin Fischer, um dos maiores pianistas da primeira metade do século XX. Ainda nos anos 50 gravou com com Wilhelm Furtwangler e Hans Knapptersbusch e Hermann Scherchen.
Possui uma coleção particular de pianofortes em sua casa, e com eles realizou dezenas de gravações, se destacando como grande intérprete de Mozart mas também de Schubert e de Beethoven.
Esta gravação que ora vos trago foi realizada em 1989.
01. Sonate en fa majeur, K 332 (K 300k) – I. Allegro
02. Sonate en fa majeur, K 332 (K 300k) – II. Adagio
03. Sonate en fa majeur, K 332 (K 300k) – III. Allegro assai
04. Sonate en bémol majeur, K 333 (K 315c) – I. Allegro
05. Sonate en bémol majeur, K 333 (K 315c) – II. Andante cantabile
06. Sonate en bémol majeur, K 333 (K 315c) – III. Allegretto grazioso
07. Fantaisie en ut mineur, K 475
08. Sonate en ut mineur, K 457 – I. Molto allegro
09. Sonate en ut mineur, K 457 – II. Adagio
10. Sonate en ut mineur, K 457 – III. Allegro assai
Paul Badura-Skoda – Pianoforte Johann Schantz, Vienne ca, 1790
Neste terceiro volume da série de Paul Badura-Skoda dedicada às sonatas de Mozart temos três obras primas, entre elas a favorita de muita gente, o K. 331, que tem a indefectível ‘Alla Turca’, talvez a peça para piano de Mozart mais conhecida. São menos de quatro minutos de pura alegria e criatividade. Coisa de gênio mesmo. Não gosto do que Gould fez com esse movimento, senti até um pouco de raiva nas primeiras vezes que ouvi, mas tudo bem, passou. Lembro de ter mostrado para uma amiga que se indignou, e pediu para tirar o disco imediatamente. Disse que parecia que ele estava brincando, e na verdade, creio que estivesse mesmo. Mas nosso querido e sumido Vassily Genrikhovich já meio que destrinchou a questão, quando postou a série do canadense. Procurem lá para saberem do que estou falando.
Mas Badura-Skoda leva o assunto mais a sério. Ouçam, tirem suas conclusões e depois me digam o que acharam.
01. Sonata in A Minor K 310 (300d) – I. Allegro maestoso
02. Sonata in A Minor K 310 (300d) – II. Andante cantabile con espressione
03. Sonata in A Minor K 310 (300d) – III. Presto
04. Sonata in C Major K 330 (300h) – I. Allegro moderato
05. Sonata in C Major K 330 (300h) – II. Andante cantabile
06. Sonata in C Major K 330 (300h) – III. Allegretto
07. Sonata in A Major K 331 (300i) – I. Tema Andante grazioso – Variazioni I-VI
08. Sonata in A Major K 331 (300i) – II. Menuetto
09. Sonata in A Major K 331 (300i) – III. Alla Turca. Allegretto
Paul Badura-Skoda – Pianoforte, Johann Schantz, Vienne, ca. 1790
Mais um outono para a Rainha, e desta feita ela nos presenteia com gravações novas – tão novas, claro, quanto podem ser as de alguém tão avessa aos estúdios e afeita a dividir a ribalta com jovens colegas e os parceiros de sempre. Estas que ora lhes apresento foram feitas algumas semanas depois do seu octagésimo aniversário, em junho de 2021, no festival que Martha vem consolidando em Hamburgo e no qual desfruta do privilégio de selecionar a pinça o tradicional petit comité que tem garantido muito de sua longeva alegria em pisar palcos.
No que tange a Sua Majestade, o melhor que ela nos oferece nesses volumes são a leitura da sonata Op. 30 no. 3 de Beethoven, com Renaud Capuçon – seu mais frequente e afiado parceiro ao arco, nos últimos anos -, um ebuliente Segundo Concerto de Ludwig, e o belíssimo Trio de Mendelssohn, ao lado de Mischa Maisky e da über-diva Anne-Sophie Mutter. A família Margulis – Jura, Alissa e Natalia – traz um azeitadíssimo Trio “Fantasma” e um mui tocante “Canto dos Pássaros”, joia folclórica catalã posta em pauta por Pau Casals. O variado cardápio também inclui as “Canções e Danças da Morte” de Mussorgsky, com o ótimo baixo Michael Volle, e uma Sonata para dois pianos e percussão de Bartók para a qual a Rainha, que tanto a tocou com nosso Nelson Freire, convidou seu outro Nelson favorito, o compatriota Goerner. O melhor retrogosto, entretanto, não foi o que veio de dedos hermanos, e sim das diminutas mãos de Maria João em Schubert – que maravilhosos, os dois improvisos! – e da última apresentação pública de Nicholas Angelich, um brahmsiano que sempre honrou o grande hamburguense e fez da Segunda Sonata para viola e piano seu canto de cisne.
ooOoo
Uma breve nota: a partir de hoje, mudarei a maneira de compartilhar música com os leitores-ouvintes. Cansei de ver a pedra rolar tantas vezes morro abaixo. Não farei mais comentários. Que venham os tomates.
Disco 1
Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Sete Variações para violoncelo e piano sobre “Bei Männern, welche Liebe fühlen”, da ópera “Die Zauberflöte” de Wolfgang Amadeus Mozart, WoO 46 1 – Thema. Andante
2 – Variation I
3 – Variation II
4 – Variation III
5 – Variation IV
6 – Variation V: Si prenda il tempo un poco più vivace
7 – Variation VI. Adagio
8 – Variation VII. Allegro ma non troppo
Mischa Maisky, violoncelo
Martha Argerich, piano
Das Três Sonatas para violino e piano, Op. 30:
Sonata no. 3 em Sol maior 9 – Allegro assai
10 – Tempo di Minuetto, ma molto moderato e grazioso
11 – Allegro vivace
Renaud Capuçon, violino
Martha Argerich, piano
Dos Dois Trios para piano, violino e violoncelo, Op. 70:
No. 1 em Ré maior, “Fantasma” 12 – Allegro vivace e con brio
13 – Largo assai ed espressivo
14 – Presto
Alissa Margulis, violino Natalia Margulis, violoncelo Jura Margulis, piano
Disco 2
Ludwig van BEETHOVEN
Concerto para piano e orquestra no. 2 em Si bemol maior, Op. 19
1 – Allegro con brio
2 – Adagio
3 – Rondo. Molto allegro
Martha Argerich, piano
Symphoniker Hamburg
Sylvain Cambreling, regência
Jakob Ludwig Felix MENDELSSOHN-Bartholdy (1809-1847)
Trio para piano, violino e violoncelo no. 1 em Ré menor, Op. 49
4 – Molto allegro agitato
5 – Andante con moto tranquillo
6 – Scherzo: Leggiero e vivace
7 – Finale: Allegro assai appassionato
Anne-Sophie Mutter, violino
Mischa Maisky, violoncelo
Martha Argerich, piano
Johannes BRAHMS (1833-1897)
Das Duas Sonatas para clarinete e piano, Op. 120 (transcritas para viola e piano pelo compositor):
Sonata no. 2 em Mi bemol maior 8 – Allegro amabile
9 – Allegro appassionato
10 – Andante con moto – Allegro – Più tranquillo
Gérard Caussé, viola
Nicholas Angelich, piano
Disco 3
Franz Peter SCHUBERT (1797-1828)
Dos Improvisos para piano, D. 935 (Op. Posth. 142): No. 2 em Lá bemol maior
1 – Allegretto
No. 3 em Si bemol maior, “Rosamunde” 2 – Andante
Sonata para piano em Lá maior, D. 664
3 – Allegro moderato
4 – Andante
5 – Allegro
Maria João Pires, piano
Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)
Sonata para piano a quatro mãos em Dó maior, K. 521
6 – Allegro
7 – Andante
8 – Allegretto
Martha Argerich e Maria João Pires, piano
Disco 4
Pau CASALS i Defilló (1876-1973)
1 – El Cant dels Ocells, para violino, violoncelo e piano
Alissa Margulis, violino
Natalia Margulis, violoncelo
Jura Margulis, piano
Manuel de FALLA y Matheu (1876-1946)
Suite Popular Espanhola, para violino e piano
2 – El Paño Moruno
3 – Nana
4 – Canción
5 – Polo
6 – Asturiana
7 – Jota
Quinteto em Fá menor para dois violinos, viola, violoncelo e piano
8 – Molto moderato quasi lento – Allegro
9 – Lento, con molto sentimento
10 – Allegro non troppo ma con fuoco
Akiko Suwanai e Tedi Papavrami, violinos Lyda Chen, viola Alexander Kniazev, violoncelo Evgeni Bozhanov, piano
Disco 5
Astor Pantaleón PIAZZOLLA (1921-1992)
1 – Le Grand Tango
Gidon Kremer, violino Georgijs Osokins, piano
Leonard BERNSTEIN (1918-1990)
Danças Sinfônicas de West Side Story, para dois pianos
2 – Prologue
3 – Somewhere
4 – Scherzo
5 – Mambo
6 – Cha-cha
7 – Meeting Scen
8 – Cool Fugue
9 – Rumble Track
10 – Finale
Um dos motivos que me faz seguir em frente junto ao PQPBach é o de dar a oportunidade para outras pessoas de ouvirem algo que nunca ouviriam a não ser aqui. Esta experiência de se ouvir Mozart como se ouvia no século XVIII é única. Pode-se conferir a genialidade do compositor, e como se trata de uma integral, compreender a evolução do mesmo enquanto compositor. Esse é o principal motivo para postar estas integrais.
Vamos então dar sequência, trazendo o segundo CD da coleção. Espero que apreciem.
1 Sonate en ré majeur, K 284 (K 205b), I. Allegro
2 Sonate en ré majeur, K 284 (K 205b), II. Rondeau en Polonaise_ Andante
3 Sonate en ré majeur, K 284 (K 205b), III. Tema con 12 variazioni
4 Sonate en ut majeur, K 309 (K 284b), I. Allegro con spirito
5 Sonate en ut majeur, K 309 (K 284b), II. Andante, un poco adagio
6 Sonate en ut majeur, K 309 (K 284b), III. Rondeau_ Allegretto grazioso
7 Sonate en ré majeur, K 311 (K 284c), I. Allegro con spirito
8 Sonate en ré majeur, K 311 (K 284c), II. Andante con espressione
9 Sonate en ré majeur, K 311 (K 284c), III. Rondeau_ Allegro
10 Allegro en si bémol majeur, K 400 (K 372a)
11 Allegro en sol mineur, K 312 (K 590d)
Paul Badura-Skoda – Pianoforte Johann Schantz, Vienne ca. 1790
Essa série foi postada originalmente lá em 2016, e acho muito importante atualizar seus links pela sua importância. Paul Badura-Skoda se utiliza de um pianoforte baseado em pianos da época de Mozart, e assim podemos ouvir estas sonatas tão interessantes como deveriam soar lá no século XVIII.
Depois dos senhores experimentarem as ‘experiências’ de Glenn Gould com as sonatas de Mozart, resolvi trazer um dos maiores pianistas do século XX interpretando estas sonatas, mas nada de piano moderno aqui. Skoda interpreta estas obras com um instrumento similar ao que Mozart usou para compô-las. Trata-se portanto de uma experiência acústica diferente para aqueles que não estão acostumados com a sonoridade de um pianoforte.
O selo francês Astrée caprichou na edição desta coleção, com um booklet que traz os comentários do próprio solista para cada uma das sonatas.
Então vamos começar. Espero que apreciem a experiência.
CD 1
1 Sonate en ut majeur, K 279 (K 189d) – I. Allegro
2 Sonate en ut majeur, K 279 (K 189d) – II. Andante
3 Sonate en ut majeur, K 279 (K 189d) – III. Allegro
4 Sonate en fa majeur, K 280 (K 189e) – I. Allegro assai
5 Sonate en fa majeur, K 280 (K 189e) – II. Adagio
6 Sonate en fa majeur, K 280 (K 189e) – III. Presto
7 Sonate en si bémol majeur, K 281 (K 189f) – I. Allegro
8- Sonate en si bémol majeur, K 281 (K 189f) – II. Andante amoroso
9 Sonate en si bémol majeur, K 281 (K 189f) – III. Rondeau. Allegro
10 Sonate en mi bémol majeur, K 282 (K 189g) – I. Adagio
11 Sonate en mi bémol majeur, K 282 (K 189g) – II. Menuetto I & II
12 Sonate en mi bémol majeur, K 282 (K 189g) – III. Allegro
13 Sonate en sol majeur, K 283 (K 189h) – I. Allegro
14 Sonate en sol majeur, K 283 (K 189h) – II. Andante
15 Sonate en sol majeur, K 283 (K 189h) – III. Presto
Paul Badura-Skoda – Fortepiano Johann Schantz, Vienne ca. 1790
E aqui temos outro exemplar de grande CD dedicado aos Concertos para Piano de Mozart. A portuguesa Maria João Pires já meteu Clara Haskil e até Uchida no bolso neste quesito. Sua dicção mozartiana é impecável, limpa e cheia de surpreendentes nuances. Para melhorar, utiliza as mais belas cadenzas já escritas para estes dois belos concertos. Abbado, que já gravou este mesmo repertório com Pollini, está muito à vontade em torno da Maria João. É notável e maravilhosa a forma como as gravações que antes julgávamos insuperáveis vão caindo uma após outra. Ouçam bem esta aqui e comprovem a forma como este dois grandes artistas demonstram empatia para com a serena ousadia de Mozart. E é simplesmente estarrecedor que estas composições da maturidade do compositor — que alcançava expressão mais livre e pessoal — , contrariassem o público e os críticos de Viena e fossem, de forma inequívoca, o princípio de seu fim.
Mozart (1756-1791): Piano Concertos Nos. 17 & 21
1. Piano Concerto No.17 in G, K.453 – Cadenzas: W. A. Mozart – 1. Allegro (Cadenza: K.624/22) 12:06
2. Piano Concerto No.17 in G, K.453 – Cadenzas: W. A. Mozart – 2. Andante (Cadenza: K.624/24) 9:53
3. Piano Concerto No.17 in G, K.453 – 3. Allegretto 7:25
4. Piano Concerto No.21 in C, K.467 – Cadenza: Rudolf Serkin – 1. Allegro – Cadenza: Rudolf Serkin 14:11
5. Piano Concerto No.21 in C, K.467 – 2. Andante 6:10
6. Piano Concerto No.21 in C, K.467 – Cadenza: Rudolf Serkin – 3. Allegro vivace assai – Cadenza: Rudolf Serkin 6:42
Maria João Pires
The Chamber Orchestra of Europe
Claudio Abbado
Aqui estão, diretos do Túnel do Tempo, outros dois discos que contêm as peças que formaram um CD comemorativo da passagem de duzentos anos da morte de Mozart. Esse disco foi mencionado em postagem anterior, com os trios de Ravel e Mozart. As outras duas peças, além do Trio de Mozart, são um Quinteto com Piano e Sopros, que serviu de modelo para uma obra semelhante composta pelo jovem Ludovico, e o Trio “Kegelstatt”, do qual faz parte um clarinete. O Quinteto com Piano e Sopros faz dobradinha exatamente com a obra de Beethoven e o Trio “Kegelstatt” faz dobradinha com o maravilhoso, espetacular, Quinteto para Clarinete e Cordas.
Esta gravação do lindo Quinteto para Clarinete foi também agrupada em um CD com a gravação do Quinteto com a mesma formação, composto por Brahms, no período no qual ele andou de amores com o som do clarinete. Assim, temos dois LPs restaurados digitalmente mais um bônus – o Quinteto com Clarinete de Johannes Brahms.
G de Peyer
Sobre Gervase de Peyer, sabemos que chamou a atenção ao interpretar o solo do Concerto para clarinete de Mozart numa transmissão da BBC quando tinha ainda apenas 16 anos. Foi o principal clarinetista da London Symphony Orchestra de 1955 até 1972, quando foi forçado a declinar do posto por estar atuando também em Nova Iorque. Mas, por volta de 1970, juntamente com outros membros da LSO fundou o Melos Ensemble. Esses músicos queriam tocar música de câmara, com diversas combinações de instrumentos. Alguns dos outros membros fundadores também aparecem aqui nas gravações, como Cecil Aranowitz (viola), Richard Adeney (flauta), Emanuel Hurwitz (violino), Osian Ellis (harpa) e Lamar Crowson (piano). Podiam tocar músicas como o Septeto de Beethoven, os Octetos de Schubert e Mendelssohn. Essas peças reunidas aqui nos dão uma ideia de como eles tinham amor pela música e prazer em tocar em pequenos grupos.
CD1
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)
Trio em mi bemol maior para clarinete, viola e piano, K.498
Andante
Menuetto And Trio
Allegretto
Quinteto em lá maior para clarinete e cordas, K.581
Allegro
Larghetto
Menuetto – Trios I & II
Allegretto Con Variazioni
Johannes Brahms (1833 – 1897)
Quinteto em si menor para clarinete e cordas, Op. 115
The clarinettist Gervase de Peyer first made his mark with a BBC broadcast of the Mozart concerto at the age of 16, while still a schoolboy. He went on to become the outstanding player of his generation, developing a warm, flexible sound that made extensive use of vibrato, particularly in the lower register, and inspired many new compositions.
Aproveite!
René Denon
Melos Ensemble na formação de quinteto para clarinete e cordas…
Em 1991 comprei um CD comemorativo pelos 200 anos desde a morte de Mozart, que reunia algumas das suas obras de câmara. Os CDs eram ainda recentes e as gravadoras buscavam qualquer ocasião para buscar gravações de seus arquivos para lançar no mercado. Deu um pouco de trabalho, mas consegui reconstruir virtualmente os LPs originais dos quais as três peças do CD foram retiradas. Aqui está o primeiro deles – uma combinação não muito usual do único trio com piano de Ravel com um dos trios com piano compostos por Mozart.
A gravação é do início dos anos sessenta, mas o ouvido rapidamente se ajusta e podemos desfrutar de um lindo programa de música de câmara interpretada por excelentes músicos que também mantinham uma grande amizade.
O pianista Louis Kentner (1905 – 1987) era húngaro de nascimento e sua formação musical foi na Hungria. Foi aluno de Leo Weiner e de Zoltán Kodály. Acompanhado por orquestra regida por Otto Klemperer interpretou o Segundo Concerto de Bartók pela primeira vez na Hungria. Posteriormente mudou-se para a Inglaterra. Sua primeira mulher, Ilona Kabós era pianista e eles apresentaram em 1942 a première da versão revisada da Sonata para dois pianos e percussão de Bartók. O casamento terminou em 1945 e ele casou-se então com Griselda Gould, irmã de Diana Menuhin, esposa de Yehudi Menuhin. Eles se aproximaram, tornaram-se amigos e passaram a se apresentar juntos e também em trio, com o violoncelista Gaspar Cassadó, como na gravação da postagem. Kentner era especialista em música de Liszt e dos húngaros, mas passou também a se dedicar à música de compositores ingleses de sua época. Foi o pianista na première do Concerto para Piano de Michael Tippett, por exemplo.
Yehudi Menuhin (1916 – 1999) dispensa apresentações, foi um dos maiores violinistas de seu tempo e também uma figura respeitada no universo musical. Deu grande contribuição para a divulgação de música clássica e foi o apresentador de uma interessante série sobre música produzida e apresentada pela BBC, que também resultou em um alentado livro. Com mente bastante aberta, Menuhin fez parcerias com músicos de diferentes áreas, como Wilhelm Kempff, Stephane Grappelli e Pandit Ravi Shankar.
Gaspar Cassadó (1897 – 1966) nasceu em Barcelona, em uma família musical e teve muito cedo seus talentos reconhecidos. Aos nove anos apresentou um concerto e foi notado por Pablo Casals, que se ofereceu para ensiná-lo. Cassadó tornou-se um dos mais famosos alunos de Casals, com quem manteve amizade por toda a vida. Cassadó também estudou piano com Enrique Granados e composição com Manuel de Falla, tendo assim uma formação musical completa.
Never a pianist of virtuoso display, Kentner used his talents strictly for musical ends. Although identified particularly with the music of Chopin and Liszt, he always completely absorbed himself in a work when studying it, often delivering an interpretation that could sound introverted, particularly in his later years.
Yehudi Menuhin was a rich enigma: a gentle spirit tied to an implacable will: a perfectionist who loved amateurs and young beginners; an ascetic who relished down-to-earth pleasures.
Cassadó began his professional career as a cellist, and his playing was known for its evocative, lyrical quality and impeccable technique. His unique interpretations, coupled with his technical virtuosity, made him a sought-after performer across Europe.
Foi com grande surpresa que me dei conta de que esse disco não constava no acervo de mais de 8 mil posts da casa. Horowitz in Moscow documenta nada menos que o retorno do colossal pianista Vladimir Horowitz à União Soviética, sua terra natal, depois de 61 anos. 61 anos! Uma vida…
O recital aconteceu no dia 20 de abril de 1986, na Grande Sala do Conservatório Tchaikovsky, em Moscou, mesmo palco onde Horowitz havia se apresentado pela última vez na URSS, em 1925. O mestre, agora, tinha 82 anos e queria ver sua pátria-mãe Rússia mais uma vez antes de morrer.
O encarte do disco, lançado com o selo amarelo da Deutsche Grammophon, reproduz um texto de Charles Kuralt para a CBS News que capta um pouco da atmosfera em torno do recital:
“Um simples pôster apareceu numa manhã de primavera na parede amarelo-pálido do Conservatório de Música de Moscou. Ele dizia que um recital de piano seria dado por “Vladimir Horowitz (USA). Apenas um pôster, mas que disparou uma descarga elétrica de surpresa e alegria pela capital soviética. Aqueles que viram o pôster, ou que ouviram dizer sobre ele, sabiam que era um concerto para ser lembrado eternamente. E foi.
Ah, você tinha que ter estado lá! Mas como? Menos de 400 ingressos foram colocados à venda para o público, e uma longa fila de russos amantes da música passaram a noite toda em pé para conseguí-los assim que a bilheteria abrisse. O resto dos 1800 lugares da bela Grande Sala do Conservatório estavam reservados para funcionários do governo e membros de corpos diplomáticos.
Chovia quando chegou a hora do concerto. 20 de abril de 1984, 4 da tarde, hora de Moscou. Centenas de pessoas se aglomeraram sob guarda-chuvas na rua do lado de fora do auditório. Eles sabiam que não iam conseguir escutar uma única nota; queriam apenas poder dizer que estavam presentes nesse dia. (…)”
“Na tarde da sexta-feira que antecedeu o concerto, Horowitz veio até a sala para ensaiar, em frente a uma platéia lotada de estudantes e professores de música. Ele checou meticulosamente a luz e o posicionamento do piano no palco, e brincou um pouco com os fotógrafos. Então, sensível à expectativa dos estudantes, começou a tocar seriamente. Um silêncio profundo se instalou na sala. O ensaio então virou um concerto, prelúdio para o recital formal. Muitos estudantes fecharam os olhos para se concentrar no que estavam ouvindo. Um membro da entourage de Horowitz, radiante, disse que aquele ensaio foi uma das melhores performances do pianista que ele ouviu na vida, um presságio maravilhoso para o concerto de domingo, que seria televisionado para a Europa e os Estados Unidos. Os alunos aplaudiram Horowitz por longos minutos e o seguiram até o pátio do Conservatório, cercando seu carro em uma explosão de amor e admiração. Apesar dos esforços de um cordão policial, a limusine levou quase meia hora para andar os cerca de 15 metros até a rua. Mesmo após o carro ter escapado da multidão, os estudantes permaneceram ali em pequenos grupos, discutindo maravilhados o que haviam escutado.
Na tarde do concerto oficial, dois dias mais tarde, muitos daqueles estudantes voltaram querendo mais. Sem ingressos, eles burlaram a segurança disposta ao redor do prédio e conseguiram escapulir até as galerias superiores, no início do concerto. O barulho que você consegue escutar no início da primeira sonata de Scarlatti é o som da polícia soviética tentando, em vão, retirar os estudantes do terraço. Eles, no entanto, permaneceram firmes, a polícia recuou e o concerto prosseguiu — com um grande número de estudantes ‘bicões’ presentes.
Horowitz e a esposa Wanda dando uma conferidinha num manuscrito de um certo Piotr Ilitch Tchaikovsky
O repertório é uma daquelas maravilhosas viagens horowitzianas, prestando reverência a mestres que habitaram as máximas alturas da literatura pianística, com uma inevitável queda para aquele pedaço do planeta que o viu nascer: Scarlatti, Mozart, Rachmaninov, Scriabin, Liszt (incluindo um d’après Schubert), Chopin, Schumann e Moszkowski.
Senhoras e senhores, sem mais delongas, o histórico retorno de Vladimir Horowitz a Moscou, em 1986. Веселитесь!
Piano Sonata in C major, K. (330) (300 h) 2 – I. Allegro moderato
3 – II. Andante cantabile
4 – III. Allegreto
Sergei Rachmaninov (1873-1943)
5 – Prelude in G major, op. 32 nº 5 6 – Prelude in G sharp minor, op. 32 nº 12
Alexander Scriabin (1872-1915)
7 – Etude in C sharp minor, op. 2 nº 1 8 – Etude in D sharp minor, op. 8 nº 12
Franz Liszt (1811-1886) d’après Franz Schubert (1797-1828)
9 – Soirées de Vienne – Valse-Caprice nº 6
Franz Liszt (1811-1886)
10 – Sonetto 104 del Petrarca
Frédéric Chopin (1810-1849)
11 – Mazurca in C sharp minor, op. 30 nº 4 12 – Mazurka in F minor, op. 7 nº 3
Robert Schumann (1810-1856)
13 – Träumerei (from Kinderszenen)
Moritz Moszkowski (1854-1925)
14 – Étincelles, op. 36 nº 6
Sergei Rachmaninov (1873-1943)
15 – Polka de W.R.
Vladimir Horowitz, piano
Gravado ao vivo na Grande Sala do Conservatório de Música de Moscou em 20 de abril de 1986.
PS: Você pode assistir ao concerto, com um filme mostrando os preparativos e o clima, aqui:
PPS: Você também pode ouvir uma digitalização de uma fita cassete mexicana do concerto aqui, uma daquelas coisas insólitas que só o Internet Archive faz por você.
Ganhando flores de ninguém menos que uma sobrinha-neta de Tchaikovsky
Dando prosseguimento às gravações de Karl Richter com sua Münchener Bach Orchestra, FDP Bach traz mais uma joia de sua coroa: o concerto para Flauta, Harpa e Orquestra de Mozart.
A dupla Richter / Nicolet está em segundo lugar na lista dos nossos downloads. Desde que foi postado, creio que há uns 7 ou 8 meses atrás, sua gravação das Sonatas para Flauta e Cravo de nosso pai já tiveram um total de 571 downloads, atrás apenas do primeiro volume das bachianas.
Espero o mesmo sucesso com esses dois concertos maravilhosos, com a mesma dupla, e com uma excelente harpista, Rose Stein. Na verdade, esse concerto para flauta e harpa já havia sido postado com o Rampal, portanto eis uma ótima oportunidade para serem feitas as devidas comparações.
Não canso de indicar para meus amigos o andantino do segundo movimento desse concerto. Em minha opinião trata-se de uma das mais belas páginas da obra de Mozart, quiçá da história da música. O trio Nicolet / Richter / Stein está afinadíssimo.
E a dupla Richter / Nicolet volta com tudo no Concerto para Flauta de Haydn.
Enfim, um cd pelo que tenho muito carinho e cuidado. Infelizmente encontra-se fora do catálogo da Teldec.
FDP Bach possivelmente não fará mais postagens até o final do Carnaval, está planejando uma viagem, e para complicar ainda mais seu computador resolveu falhar, portanto, não terei acesso ao meu acervo por alguns dias. Felizmente foi um problema elétrico, queimou a fonte, e o conteúdo dos meus HDs está garantido. De qualquer forma, ele já estava sendo negociado, e vai demorar um pouco para transferir o conteúdo para outro computador ainda a ser adquirido.
Ou seja, tenham todos um excelente Carnaval, e com certeza voltaremos com gás total na próxima semana..
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Concerto for Flauta e Harpa, K299 / Franz Joseph Haydn (1732-1809): Concerto para Flauta, Hob VIIf: D1 (Nicolet, Richter)
1 – Mozart – Concert for flute, Harp e Orchestra – Allegro
2 – Mozart – Concert for flute, Harp e Orchestra – Andantino
3 – Mozart – Concert for flute, Harp e Orchestra – Rondo – Allegro
4 – Haydn – Concert for flute and Orchestra – Allegro Moderato
5 – Haydn – Concert for flute and Orchestra – Adagio
6 – Haydn – Concert for flute and Orchestra – Allegro molto
Munich Bach Orchestra
Karl Richter – Conductor
Aurele Nicolet – Flute
Rose Stein – Harpe
“Começou de forma muito simples: apenas uma pulsação no registro mais baixo. Então, de repente, bem acima, soou uma única nota no oboé, que ficou ali, inabalável, me perfurando, até que a respiração não conseguiu mais segurá-la, e um clarinete a tirou de mim e a adoçou em uma frase de tal deleite que me fez tremer. A luz tremeluziu na sala. Meus olhos ficaram nublados… pareceu-me que eu tinha ouvido uma voz de Deus…” Peter Shaffer: Amadeus
Mozart claramente amava instrumentos de sopro: eles geralmente são como cantores lado a lado das vozes reais em suas óperas e são os verdadeiros cantores em sua música instrumental. Richard Bratby
Eu adorei esse disco, que tem como peça principal a Serenata em si bemol maior K 361, mais conhecida como a Gran Partita. Quando Mozart a compôs em 1781, em Munique, dispunha de excelentes músicos do naipe de sopros, que estavam a serviço da Corte Bávara e eram originários da famosa Orquestra de Mannheim. A Gran Partita foi composta para 13 instrumentos de sopros, sendo que um contrabaixo é geralmente usado na parte do contrafagote. A genialidade de Mozart produziu uma obra prima em um gênero considerado menor.
Música para conjuntos de sopros com seis, oito instrumentos, era muito comum e servia para acompanhar a vida social dos nobres e abastados. Esse tipo de música era chamado de harmoniemusik e seu repertório contava com peças originais, divertimentos, serenatas, assim como arranjos de óperas de sucesso.
Além da obra prima de Mozart, o disco nos brinda com outras duas composições que exemplificam essa forma musical. Johnn Nepomuk Wendt fez um arranjo de oito trechos de O Rapto do Serralho para um conjunto de instrumentos de sopros. Esse arranjo certamente é reflexo do sucesso dessa primeira ópera composta por Mozart após sua mudança de Salzburgo para Viena. É uma delícia reconhecer os momentos correspondentes da ópera, como o dueto de Blonde e Osmin ou o último movimento, outro cômico momento envolvendo o malvado Osmin e o esperto Pedrillo.
Joan Enric Lluna, fundador do excelente conjunto Moonwinds
Na última parte da maravilhosa Don Giovanni há um jantar para o libertino cavaliere para o qual uma orquestra de sopros, uma harmonie, é contratada. Essa orquestra toca exatamente trechos de óperas de sucesso. Mozart coloca nesse momento um trecho de uma ópera de um ‘rival’, Vicente Martín y Soler, Lo Spagnulo, como os vienenses o chamavam. Soler era um músico que peregrinou por várias cidades europeias e por um certo período viveu em Viena. Ele fez sucesso compondo óperas, ao lado de Mozart e Salieri. Assim como no caso de Mozart, Soler produziu três óperas com libretos de Lorenzo da Ponte. Entre elas, Una cosa rara, a ópera que mereceu uma citação de Mozart. No disco, um arranjo de trechos dessa ópera feito pelo próprio Soler. Se você baixar o disco e ouvir até o fim, vai lembrar-se do trecho da ópera Don Giovanni no qual Una cosa rara é citada…
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Serenata em si bemol maior K.361 Gran Partita
Largo – Molto Allegro
Menuetto – Trio I – Trio II
Adagio
Menuetto: Allegretto – Trio I – Trio II
Romance: Adagio – Allegretto
Tema con 6 variazioni (Andante)
Finale (Molto Allegro)
El Rapto En El Serrallo
Arranjo de Johann Nepomuk Wendt (1745-1801)
Presto – Abertura (Presto)
Hier Soll Ich Dich Sehen
Ich Gehe, Doch Rate Ich Dir
Durch Zärtlichkeit Und Schmeichein
Wenn Der Freude Tränen Fliessen
Ha, Wie Will Triumphieren
Welche Wonne, Welche Lust
Viva Bacchus, Bacchus Lebe
Vicente Martín y Soler (1754-1806)
Divertimento para octeto de sopros sobre temas de ‘Una cosa rara’
Moonwinds was born from the artistic initiative of Joan Enric Lluna with the desire to bring together outstanding wind instruments to form a stable group of chamber music
O grupo Sopros da Lua
Seção ‘The Book is on the Table’: Moonwinds show a more balanced approach, play all the repeats, and give us, in the two extra items, a vivid impression of the scope of Viennese wind music in the 1780s. JN Wendt’s arrangement of eight numbers from Die Entführung is imaginative and professional, and the Martín y Soler, drawn from his operatic hit Una cosa rara, has a third movement that’s the very piece Mozart quoted in Don Giovanni (using Martín’s own wind arrangement). Moonwinds play all this with spirit and finesse (the oboe solo in the second movement of the Martín is especially fine).
Post publicado originalmente em 1º de janeiro de 2012
Um bom modo de começar o ano. Sem exageros e já fazendo a desintoxicação pós-festa. Uns russos que tocam muito bem fazem um repertório bastante conhecido dos pequepianos. Um disco consistente para que deve ser baixado e ouvido tranquilamente neste começo de 2012, ano em que o Internacional vencerá mais uma Copa Libertadores da América. Peço sinceras desculpas aos gremistas e corintianos. Sei que o mundo vai acabar este ano e, como parece que o mundo acaba cedo em dezembro, espero não ter que enfrentar o Barcelona. Menos um problema.
Ah, não esqueçam que, se o mundo acabar, o Michel Teló acaba junto.
W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Piano Nº 23 e para Violino Nº 3
Piano Concerto No.23 in A major, K 488
I.Allegro
II.Adagio
III.Allegro assai
Violin Concerto No.3 in G major, K 216
I.Allegro
II.Adagio
III.Rondo
Veronika Reznikovskaya, piano
Mikhail Gantvarg, violin
Solist of St.Petersburg Chamber Ensemble
Artistic director Mikhail Gantvarg
Recorded by Petersburg Recording Studio, 1994
Nada como terminar a semana com uma grande obra-prima numa clássica interpretação que já recebeu três capas diferentes da EMI. Quem não se arrepiar no Kyrie inicial ou não gosta de música ou acabou de deixar de gostar. CD obrigatório, com Leppard em perfeita forma e Kiri nem se fala. Esta nasceu para cantar Mozart. A orquestra é enorme, mas Leppard (1927-2019) era um sujeito que sabia dosar as coisas. Ele não economiza nos tutti, mas aqui eles têm função. A Grande Missa K. 427 é tida como uma de suas maiores obras de Mozart. Ele a compôs em Viena em 1782 e 1783, após seu casamento, quando se mudou de Salzburgo para Viena. É uma missa solene composta para dois solistas soprano , um tenor e um baixo, coro duplo e grande orquestra. Permaneceu inacabada, faltando grandes partes do Credo e do Agnus Dei.
W. A. Mozart (1756-1791): Grande Missa em Dó Menor K. 427 (Cotrubas, Kiri Te Kanawa, New Philharmonia, Leppard)
1 I. Kyrie 8:05
2 II. Gloria: Gloria In Excelsis 2:52
3 II. Gloria: Laudamus Te 4:53
4 II. Gloria: Gratias Agimus Tibi 1:30
5 II. Gloria: Domine Deus 2:52
6 II. Gloria: Qui Tollis Peccata Mundi 6:27
7 II. Gloria: Quoniam Tu Solus Sanctus 4:18
8 II. Gloria: Jesu Christe 0:46
9 II. Gloria: Cum Sancto Spiritu 4:09
10 III. Credo: Credo In Unum Deum 3:59
11 III. Credo: Et Incarnatus Est 8:25
12 IV. Sanctus: Sanctus 2:03
13 IV. Sanctus: Osana 2:16
14 V. Benedictus 6:30
Ilena Cotrubas
Kiri te Kanawa
Werner Krenn
Hans Sotin
John Aldis Choir
New Philharmonia Orchestra
Raymond Leppard
Friedrich Gulda disse numa entrevista que queria morrer no dia do aniversário de seu compositor predileto, Mozart. Conseguiu o feito; e aparentemente sem provocá-lo! Morreu em 27 de janeiro de 2000. Mas este não é o maior milagre de Gulda. O pianista não era nada ortodoxo e demonstrava um enorme desprezo pelas autoridades da Academia de Viena e outras. Uma vez foi-lhe oferecido o prêmio “Beethoven Ring”, pelas suas interpretações do compositor, mas o prêmio foi recusado por Gulda. Além disso, ele gravou um disco de jazz com Chick Corea, escreveu um Prelúdio e Fuga em ritmo de jazz que foi interpretado por Emerson, Lake & Palmer, compôs Variações sobre Light My Fire, de The Doors. Também gravou standards do jazz no álbum As You Like It.
Mas nem só de estrepolias é feito o austríaco. Ele foi profe de Martha Argerich e Claudio Abbado e é com seu pupilo que realizou estas gravações seminais dos maiores concertos de Mozart. Eu concordo com a escolha. Quem não gostar dela que reclame nos comentários. Será inútil mas pode ser divertido. Talvez eu me irrite se começarem a citar concertos mais jovens. Aliás, já estou ficando meio puto. Vão se fuder.
W. A. Mozart (1756-1791): Os Maiores Concertos para Piano (mesmo?) (Gulda, Abbado, VP)
1. Concerto No.20 In D Minor, K 466 / Allegro
2. Concerto No.20 In D Minor, K 466 / Romance
3. Concerto No.20 In D Minor, K 466 / Rondo
4. Concerto No.21 In C Major, K.467 / Allegro
5. Concerto No.21 In C Major, K.467 / Andante
6. Concerto No.21 In C Major, K.467 / Allegro Vivace
7. Concerto No.25 In C Flat Major, K.503 / Allegro Maestoso
8. Concerto No.25 In C Flat Major, K.503 / Andante
9. Concerto No.25 In C Flat Major, K.503 / Allegretto
10. Concerto No.27 In B Flat Major, K.595 / Allegro
11. Concerto No.27 In B Flat Major, K.595 / Larghetto
12. Concerto No.27 In B Flat Major, K.595 / Allegro
Friedrich Gulda, Piano
Vienna Philharmonic Orchestra
Claudio Abbado, Conductor
Sim, um Heifetz, mas não chega a ser uma coisa de louco. Eu não roubaria nem mataria por estas gravações do grande violinista. Gravação jurássica pisando a linha do suportável, não obstante o inigualável talento de Jascha Heifetz. Para quem chegou anteontem de Marte, o lituano Heifetz (1901-1987) foi um dos maiores virtuosos da história do violino, famoso por suas interpretações de Paganini, Beethoven, Brahms, Tchaikovsky, Saint-Saëns, Sibelius e de todos os que passaram por suas mãos. É considerado por muitos o melhor violinista do século XX. Descobri que esta gravação do Concerto de Mozart é dos anos 40 e, bem, era difícil de recuperá-la com um som decente.
W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Violino Nº 5, K. 219 / Sonata para Violino e Piano, K. 378 / Quinteto para Cordas, K. 516 (Heifetz e amigos)
Concerto No. 5 K.219, “Turkish” In A
Allegro Aperto 9:31
Adagio 9:58
Rondeau. Tempo Di Menuetto 6:43
Sonata, K.378 In B Flat
Allegro Moderato 8:14
Andantino Sostenuto E Cantabile 4:27
Rondo Allegro 3:59
Quintet, K.516 In G Minor
Allegro 8:57
Menuetto 4:23
Adagio Ma Non TRoppo 8:16
Adagio: Allegro 8:24
Orchestra – Chamber Orchestra* (tracks: 1–3)
Piano – Brooks Smith (2) (tracks: 4–6)
Viola – Virginia Majewski, William Primrose (tracks: 7–10)
Violin – Jascha Heifetz
Violin [II] – Israel Baker (tracks: 7–10)
Violoncello – Gregor Piatigorsky (tracks: 7–10)
Gravação ultra clássica (e boa). Todo mundo da minha geração teve este disco em formato LP. Só que não tinha o Sunrise (Aurora). No LP só vinham o Imperador e a Caça. Os seis Quartetos de Cordas, Op. 76, de Haydn, foram compostos em 1797 ou 1798 e dedicados ao conde húngaro Joseph Georg von Erdődy. Eles formam o último conjunto completo de quartetos de cordas que Haydn compôs. Na época da encomenda, Haydn estava empregado na corte do Príncipe Nicolaus Esterházy II e estava escrevendo o oratório A Criação. Os quartetos Op. 76 estão entre as obras de câmara mais ambiciosas de Haydn. O Quarteto K. 458, A Caça, é o mais leve e o menos “profundo” da série de 4 quartetos que Mozart dedicou a Haydn. É também o mais próximo ao estilo do compositor. Ele dá ao ciclo, tão denso e trabalhado, seu indispensável momento de repouso. Na época, imaginem, o Quarteto de Cordas ainda era uma novidade inventada pelo genial Haydn.
F. J. Haydn (1732-1809): Quartetos Imperador e Aurora / W. A. Mozart (1756-1791): Quarteto da Caça (Amadeus Qtt.)
Buenas, Alberto Lizzio novamente. Mais uma boa gravação com o maestro fictício criado por Alfred Scholz. Ou vi o CD com maior má vontade, mas ele me venceu. Não é nada de extraordinário, mas, contrariamente a Bolsonaro, Trump e outros mentirosos, passou pelo PQP Quality Control. Não que este seja muito rigoroso, somos mais fáceis do que muito(a) prostituto(a). Boa orquestra (qual será?), bons solistas dos quais não verifiquei a veracidade, enfim, um CD que dá para ouvir e que posto numa sexta-feira quentíssima — verdadeiramente insuportável — na cidade de Porto Alegre. Por falar nisso, ontem (06/02/2025), Trump cancelou US$ 4 bilhões para fundo climático da ONU. Mas, fiquem tranquilos, está tudo sob controle.
W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Clarinete, K. 622 / Concerto para Fagote, K. 191 / Concerto Nº 2 para Trompa, K. 417 (Lizzio e outros fantasmas)
Clarinet Concerto In A Major KV 622
1 Allegro 11:55
2 Adagio 7:22
3 Rondo: Allegro 8:52
Bassoon Concerto In B Major KV 191
4 Allegro 7:44
5 Andante Ma Adagio 7:20
6 Rondo: Tempo Di Menuetto 4:19
Horn Concerto No. 2 In E Flat Major KV 417
7 Allegro Maestoso 6:43
8 Andante 3:13
9 Rondo: Allegro 4:02
Bassoon – Kamil Sreter
Clarinet – Joze Ostranc
Conductor – Alberto Lizzio
Horn – Josef Ducopil*
Orchestra – Mozart Festival Orchestra
As duas primeiras faixas deste disco pertencem àquele irritante grupo de obras de Mozart que parecem mais adequadas às caixinhas de música. Depois, a coisa ganha profundidade — diria enorme profundidade, até — e o CD de Anne Queffélec fica espetacular. A gente gosta é de drama e sangue, Anne e Wolfgang! A gente somos viscerais, sacou? A elegância e a articulação fluida da pianista nascida em Paris torna-a digna de seus professores Alfred Brendel, Jorg Demus e Paul Badura-Skoda. A interpretação que Queffélec dá às duas Fantasias e à Sonata são algo para ficar morando no coração da gente.
W.A. Mozart (1756-1791): Obras para piano (Queffélec)
1. Rondo en la mineur, K. 511: Andante 10:09
2. Variations sur un menuet de Duport en ré majeur, K. 573 14:56
3. Fantaisie en ut mineur, K. 475 12:51
4. Sonate en ut mineur, K. 457: Allegro molto 8:09
5. Sonate en ut mineur, K. 457: Adagio 8:58
6. Sonate en ut mineur, K. 457: Allegro assai 4:35
Como diversão, aqui vão duas gravações do justamente célebre Réquiem de Mozart. O portento vem em duas versões totalmente diferentes: uma com instrumentos modernos, outra com instrumentos originais. Para meu gosto, apesar de respeitar o grande regente que foi Karl Böhm, a transparência e delicadeza torna a gravação de Koopman muito melhor do que o pesado registro lá dos anos 70. Acho que esta é uma batalha ganha pelos modernos admiradores das coisas antigas. Meus ouvidos afirmam que é mais bonita a versão com instrumentos originais, mais transparente e delicada. Além disso, o estilo de Koopman me parece mais correto ao não ser tão tonitruante e pesado. O molho de Böhm é pesado demais para Mozart, né? E… Se nossas salas de concertos já são museus sonoros, nada mais natural que os timbres originais sejam respeitados, penso. Além disso, os historicamente informados de hoje fazem pilates, são alongados, não têm mais a cintura dura. Discorde aí na sua casa. (Brincadeira).
W. A. Mozart (1756-1791): Réquiens, K. 626, em duas versões inteiramente diferentes (Böhm e Koopman)
01 – Kyrie
02 – Dies Irae
03 – Tuba Mirum
04 – Rex Tremendae
05 – Recordare
06 – Confutatis
07 – Lacrimosa
08 – Domine Jesu
09 – Hostias
10 – Sanctus
11 – Benedictus
12 – Agnus Dei – Lux Aeterna
Wiener Staatsopernchor
Norbert Balatsch, dir.
Edith Mathis, soprano
Julia Hamari, contralto
Wieslaw Ochman, tenor
Hans Haselbock, órgão
Karl Ridderbusch, baixo
Este é um disco de obras menores de Mozart. Nada aqui vai provocar sentimentos sublimes, mas algumas risadas vão ocorrer quando você ouvir Ein Musikalischer Spaß (Uma Piada Musical). O restante do CD é agradável. com destaque para os duos para trompas. Uma Piada Musical (em alemão: Ein musikalischer Spaß) K. 522, diversão para duas trompas em Fá e quarteto de cordas, é uma composição de Mozart cujo propósito é satírico. Suas gafes harmônicas e rítmicas servem para parodiar o trabalho de compositores amadores. Spaß não conota necessariamente o jocoso, para o qual a palavra Scherz provavelmente seria usada. Na opinião de Fritz Spiegl , uma tradução mais precisa seria Um Divertimento Musical. Outros apelidos às vezes mencionados são Dorfmusikantesextett (Sexteto dos músicos da aldeia) e Bauernsinfonie (Sinfonia dos fazendeiros) foram adicionados após a morte de Mozart.
W. A. Mozart (1756-1791): Ein Musikalischer Spaß, Hornquintet, Marches, Duos Divertimenti (L’Archibudelli)
1 Marsch Für 2 Violinen, Viola, Violoncello Und 2 Hörner, D-Dur, KV 445
2 Marsch Für 2 Violinen, Viola, Violoncello Und 2 Hörner, F-Dur, KV 248
3 Marsch Für 2 Violinen, Viola, Violoncello Und 2 Hörner, D-Dur, KV 290
4 Duo Für 2 Blasinstrumente, KV 487 – Nr. 5 Larghetto (Es-Dur)
5 Duo Für 2 Blasinstrumente, KV 487 – Nr. 2 Menuetto, Allegretto (Es-Dur)
Quintett Für Horn, Violine, 2 Violen Und Violoncello Es-Dur KV 407
6 1. ()
7 2. Andante
8 3. Allegro
9 Duo Für 2 Blasinstrumente, KV 487 – Nr. 10 Andante (Es-Dur)
10 Duo Für 2 Blasinstrumente, KV 487 – Nr. 8 Allegro (Es-Dur)
Ein Musikalischer Spaß (Dorfmusikanten Sextett) Für 2 Violinen, Viola, Baß Und 2 Hörner F-Dur KV 522
11 1. Allegro
12 2. Menuett: Maestoso
13 3. Adagio Cantabile
14 4. Presto
15 Fragment Aus Divertimento Für Violine, Viola, Violoncello Und 2 Hörner F-Dur KV 288
16 Fragment Aus Divertimento Für 2 Violinen, Viola, Violoncello Und 2 Hörner D-Dur KV 246b
Double Bass – Anthony Woodrow
Horn – Ab Koster, Knut Hasselmann
Viola – Jürgen Kussmaul
Violin – Lucy van Dael, Vera Beths
Violoncello – Anner Bylsma
Pura alegria. Este registro que foi relançado a baixo preço é uma pequena joia mozartiana que fez minha vizinha perguntar: “Qual era a música maravilhosa que tocaste ontem? Adorei!”. Dei uma bela explicação, ofereci uma cópia e ela aceitou. Deixo vocês utilizarem a gravação para o findi de vocês, OK? Fora de brincadeira, bom disco. A música é a do Mozart jovem, ainda sem a profundidade da maturidade. Como você esperaria de Mozart inicial — uma cascata de melodias que fluirá pela sua mente muito depois que os músicos terminarem. Ousadia leve, brilhante e alegre. A orquestra de Koopman está perfeita nesses divertimenti que à primeira vista, parecem simples, mas que mostram apenas como Mozart faz tudo parecer fácil.
W. A. Mozart (1756 – 1791): Divertimentos K. 136, 137, 138 e 251 (Koopman)
Divertimento KV 136 En Ré Majeur / D Major / D-dur (18:30)
1 Allegro 6:04
2 Andante 8:26
3 Presto 4:00
Divertimento KV 137 En Si Bémol Majeur / B Flat Major / B-dur (12:33)
4 Andante 5:42
5 Allegro Di Molto 3:38
6 Allegro Assai 3:13
Divertimento KV 138 En Fa Majeur / F Major / F-dur (13:43)
7 Allegro 5:25
8 Andante 6:13
9 Presto 2:05
Divertimento KV 251 En Ré Majeur / D Major / D-dur (27:20)
10 Allegro Molto 7:04
11 Menuetto – Trio 3:41
12 Andantino 4:19
13 Menuetto (Tema Con Variazioni) 4:20
14 Rondeau (Allegro Assai) 5:21
15 Marcia Alla Francese 2:35
Cello – Ageet Zweistra, Jaap ter Linden
Conductor – Ton Koopman
Double Bass – Nicholas Pap
Horn – François Mérand, Michel Garcin-Marrou
Oboe – Marcel Ponseele
Orchestra – The Amsterdam Baroque Orchestra
Viola – Jan Schlapp, Jane Norman
Violin – Andrew Manze, Caroline Balding, Helen Orsler, Mark Cooper*, Margareth Faultness*, Nicola Cleminson, Nicolette Moonen, Pavlo Beznoziuk
No Brasil, este disco saiu pela MoviePlay e era uma joia no meio das coisas mais ou menos da gravadora. Ambas as Sinfonias Concertantes de Mozart são extraordinárias, com especial destaque para o K. 364, claro. Mas a outra não lhe fica muito a dever. Com excelente regência de Álvaro Cassuto, com bons solistas da Europa Oriental (acredito eu) e uma orquestra bastante boa, este disco baratinho dá um banho em muita gente metidona. Na capa ao lado não aparece nem a orquestra, nem o nome do maestro. É um foda-se total. Apenas ouça. Reclamações — duvido — nos comentários.
W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonia Concertante, K. 297 & Sinfonia Concertante, K. 364 (Nova Filarmonia Portuguesa, Cassuto)
Mozart: Sinfonia Concertante in E-flat Major, K. 297b
I. Adagio 13:33
II. Adagio 8:40
III. Andantino con variazioni 8:54
Lisa Kosenko (Oboé)
Chris Inguanti (Clarinete)
Ellen Tomasiewics (Trompa)
Martin Mangrum (Fagote)
Nova Filarmonia Portuguesa
Álvaro Cassuto
Mozart: Sinfonia Concertante for Violin, Viola & Orchestra in E flat major, K. 364
I. Allegro maestoso 13:48
II. Andante 11:39
III. Presto 6:34