A Quatro Mãos: Piano Brasileiro a Quatro Mãos – Duo Kaplan-Parente (Série Discos Marcus Pereira)

capaA intensa atividade do duo pianístico formado por José Alberto Kaplan e Gerardo Parente – ex-professores da Universidade Federal da Paraíba – também gerou este álbum lançado pelo precioso selo Discos Marcus Pereira. O repertório, bastante incomum, é aparentemente uma gota do imenso e inexplorado repertório brasileiro para quatro mãos. Aos que me cobram novas postagens do Discos Marcus Pereira, e em particular àqueles que me fizeram pedidos específicos, prometo para breve novos .:interlúdios:. com blocos de quatro ou cinco discos. Só lhes peço paciência, e que guardem os tomates, pois subi ao servidor muito mais coisas do que o tempo que tenho me permite postar. Fazemos o PQP Bach por puro amor, nas poucas horas livres, e sem nada ganharmos por isso – e, de quebra, ainda levamos algumas pedradas.

Sim, isso dói. E, sim, aceitamos abraços carinhosos ali na caixa de comentários.

PIANO BRASILEIRO A QUATRO MÃOS – DUO KAPLAN-PARENTE

Francisco Paulo MIGNONE 
01 – Lundu

José Alberto KAPLAN
02 – Duas Modinhas: Azulão (sobre canção de Jayme Ovalle) e Casinha Pequenina (tradicional)

Octavio MAUL
03 – Duas Miniaturas: Cirandinha e Polka Antiga

Aylton ESCOBAR
04 – Seresta opus um

Osvaldo LACERDA
05 – Brasiliana no. 4

Aloysio de ALENCAR PINTO
06 – Sarau de Sinhá: Schottisch – Polca – Romance – Contradança – Valsa – Noturno – Capricho – Lundu – Recitativo – Galope

Duo Kaplan-Parente
José Roberto Kaplan e Gerardo Parente, piano

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Duo Kaplan-Parente, aqui disposto como Parente-Kaplan.
Duo Kaplan-Parente (ou, aqui, Parente-Kaplan)

Vassily Genrikhovich

 

Maura Moreira: O Canto da Terra – Ernani Braga (1888-1948), Luciano Gallet (1893-1931), Jayme Ovalle (1894-1955), Waldemar Henrique (1905-1995), João Baptista Siqueira (1906-1992) e Aloysio de Alencar Pinto (1912-2007) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

MUITO BOM !!!

(postado originalmente em 6 de dezembro de 2012. Repostado agora com arquivo em FLAC)

A postagem de hoje atrasou, mas saiu. Vamos com mais um pouco de música erudita brasileira, brasileiríssima!

Aliás, você conhece ou, pelo menos, já ouviu falar de Maura Moreira? Ah, precisamos conhecê-la!

Maura foi (é) uma contralto brasileira excepcional de sólida carreira no exterior. Mineira de Belo Horizonte, começou seus estudos musicais no Conservatório Mineiro de Música. Após vencer um concurso de canto, deu prosseguimento aos estudos em Viena, onde teve aula com grandes nomes da música erudita. Estreou profissionalmente 1958, no teatro da cidade de Ulm, na Alemanha, interpretando Santuzza, na Cavalleria Rusticana de Pietro Mascagni. No ano seguinte fixou residência naquele país. Ao longo da carreira, acumulou outros papéis importantes, em óperas como Aida, Don Carlo e Madame Butterfly. Integrou, a partir de 1962, a tradicional Casa de Ópera de Colônia.

Por ser brasileira e negra, sempre se dedicou à música do Brasil e à música raiz e folclórica. Em meio Às suas gravações, sempre abriu um espaço para compositores como Villa-Lobos, Jayme Ovalle e Waldemar Henrique, para cantos de nossa terra…

Aqui ela se obrigou a levar sua técnica ao máximo: há uma variedade tão grande de ritmos, cadências, evoluções e síncopas da mesma maneira como grande é este país e diversificada a sua cultura. Há cantos indígenas amazônicos, pontos de orixás, cantos de trabalho, modinhas e canções de vários tipos, que fazem com que Maura Moreira mostre toda a sua versatilidade (e seu belo timbre) com O Canto da Terra. Coisa linda!

Em duas dimensões, no tempo e no espaço, este é um recital abrangente onde temos, pela voz privilegiada de Maura Moreira, um panorama do canto popular na terra brasileira. Popular em seu sentido mais fundamentado, porque profundamente ligado à terra e às suas tradições e acima dos modismos. São cantos de confluências raciais, de heranças espirituais que se somam, buscando pela complexidade da convivência evitar a perplexidade dos desencontros. (Zito Batista Filho, extraído do encarte)

Show de bola! Ouça! Ouça! Deleite-se!

Fonogramas espetaculosamente cedidos pelo paraense Raphael Soares! Inestimável!

Maura Moreira (1933-)
O Canto da Terra

Waldemar Henrique (Belém, PA, 1905-1995)
01. Lendas Amazônicas – Cobra grande
02. Lendas Amazônicas – Tamba-tajá
03. Lendas Amazônicas – Uirapuru
Aloysio de Alencar Pinto (Fortaleza, CE, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 2007) (arr.)
04. Cantos indígenas – Tagnani-tangrê (canto religioso dos índios Nhambiquaras)
05. Cantos indígenas – Canções dos índios botocudos: Céu grande, Macaco barbado na árvore, Minha mulher é boa de verdade
Jayme Ovalle (Belém, PA, 1894 – Rio de Janeiro, RJ, 1955) (arr.)
06. Três pontos de Santo – Chariô
07. Três pontos de Santo – Aruanda
08. Três pontos de Santo – Estrela do mar
Aloysio de Alencar Pinto (Fortaleza, CE, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 2007) (arr.)
09. Três cantos afro-brasileiros – O Fuli-lorerê ê (Canto de Oxalá)
10. Três cantos afro-brasileiros – Yemanjá (Toada à Mãe-d’Água)
11. Três cantos afro-brasileiros – Abá Iogum (Louvação a Ogum)
João Baptista Siqueira (Princesa, PB, 1906 – Rio de Janeiro, RJ, 1992) (arr.)
12. Se meus suspiros pudessem (Modinha do séc. XVIII)
13. Hei de amar-te até morrer (Melodia do séc. XX)
Ernani Costa Braga (Rio de Janeiro, RJ, 1888 – 1948) (arr.)
14. Casinha pequenina (Modinha do séc. XX)
Luciano Gallet (Rio de Janeiro, RJ, 1893 – 1931) (arr.)
15. Morena, morena (Modinha recolhida no Paraná)
Mário Raul de Morais Andrade (São Paulo, SP, 1893 – 1945) (letra)
16. Viola quebrada (Toada de caipira)
Aloysio de Alencar Pinto (Fortaleza, CE, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 2007) (arr.)
17. Sodade (Cantiga de roda de Minas Gerais)
Luciano Gallet (Rio de Janeiro, RJ, 1893 – 1931) (arr.)
18. Tayêras (Chula de mulatas do Norte)
Ubiratan (arr.)
19. Prenda minha (Folclore gaúcho)
Ernani Costa Braga (Rio de Janeiro, RJ, 1888 – 1948) (arr.)
20. Capim di pranta (Folclore gaúcho), (Canto de trabalho de negros escravos)

Maura Moreira, contralto
Sonia Maria Vieira, piano
Rio de Janeiro, 1979


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