Debussy (1862 – 1918): Debussy Orchestrated – Orchestre National des Pays de la Loire & Pascal Rophé ֍ #DEBUSSY160

Debussy (1862 – 1918): Debussy Orchestrated – Orchestre National des Pays de la Loire & Pascal Rophé ֍ #DEBUSSY160

Debussy

Petite Suite

La boîte à joujoux

Children’s Corner

Orchestre National des Pays de la Loire

Pascal Rophé

Se houvesse um único critério para estabelecer se este ou aquele compositor teria passagem para o panteão dos imortais, na minha opinião, seria o reconhecimento imediato de alguma de suas peças, melodia (tune), vocês me entendem, pelos ‘trouxas’, aquelas pessoas que não são como nós e raramente ouvem música ‘clássica’, quem dirá leem os nomes das peças nas capas dos discos ou nos visores do streaming.

Lembra-se da sequência no início do filme ‘Amadeus’, de Milos Forman, na qual o idoso Salieri experimentando seu já não tão lento afundamento no esquecimento? Nenhum de seus ‘hits’ é reconhecido pelo padre que o assiste, mas eis que por encanto, um delas ascende os olhos do sacerdote desejoso de agradar ao decrépito Salieri – Sim, está sim, eu reconheço bem! – Pois esta não é minha, é da ‘criatura’! Assim é como Salieri se referia à Mozart.

Aplicando este mundano (admito) critério a Debussy ele teria passe livre para o tal panteão, um único bilhete no qual estaria escrito Clair de lune! Uma única evidência para tão ousada afirmação: basta lembrar do filme Frankie and Johnny (1996), com a deslumbrante Michelle Pfeiffer e o carismático Al Pacino. Se você não se lembra do filme, busque a última cena dele. Eu digo pela música, a melodia de Clair de lune surge na forma como foi composta por Debussy, para piano, e depois vai se transmutando em uma peça para orquestra. A continuidade das cenas embalada pela música é bastante interessante, levando em conta o momento em que o filme foi feito.

Henri Büsser, quando jovem…

Neste disco temos algo assim, a música composta originalmente por Debussy para piano é apresentada em roupas de música para orquestra.  A orquestração não é de Debussy, mas é quase como se fosse. Os orquestradores eram muito próximos, colaboradores e amigos dele, Henri Büsser e André Caplet.

Começamos com a Petit suíte, composta em 1899 para piano a quatro mãos e orquestrada por Henri Büsser em 1907, que foi plenamente aprovada por Debussy e é um sucesso desde então. A posto que você nunca deixará de reconhecer os acordes iniciais do primeiro movimento, En bateau.

Adivinhe qual ator seria escalado para fazer o papel do Caplet…

Em 1905 nasceu Chouchou, a filha de Debussy, que acabou escrevendo para ela a suíte Children´s Corner. A dedicatória ‘dear little Chouchou, with tender apologies from her father for what follows’, assim como os títulos dos movimentos, foram dados em inglês pelo próprio Claude. Ele gostava de inglês, especialmente dos escritos de Edgar Allan Poe. A orquestração ficou aos cuidados de André Caplet, amigo e colaborador de Debussy e também compositor. Entre os movimentos desta suíte, a Serenade for the Doll era um dos encores de Horowitz.

Em 1913, o ilustrador André Hellé (veja a capa do disco) sugeriu a Debussy que compusesse um balé para fantoches, descrevendo as aventuras de brinquedos que ganham vida. O tema faz sucesso desde sempre. Debussy certamente conhecia os balés de Tchaikovsky e de seu contemporâneo inovador Stravinsky. O resultado foi La Boîte à joujou que ele compôs para piano e iniciou a orquestração, mas que só foi terminada em 1919, de novo, por Caplet.

Claude Debussy (1862 – 1918)

Petite Suite

  1. En bateau
  2. Cortège
  3. Menuet
  4. Ballet

La Boite A Joujoux

  1. Prélude
  2. 1, Le magasin de jouets
  3. 2, Le champ de bataille
  4. 3, La bergerie à vendre
  5. 4, Après fortune faite
  6. Épilogue

Children’s Corner

  1. Doctor Gradus ad Parnassum
  2. Jimbo’s Lullaby
  3. Serenade for the Doll
  4. The Snow Is Dancing
  5. The Little Shepherd
  6. Golliwog’s Cake-Walk

Orchestre National des Pays de la Loire

Pascal Rophé

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FLAC | 261 MB

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MP3 | 320 KBPS | 157 MB

Pascal Rophé e a ONPL achando a Sala de Concertos do PQP Bach em Pomerode encantadora…

With the present disc, Pascal Rophé and his Orchestre National des Pays de la Loire pay tribute to their great countryman, Claude Debussy – but not with the standard orchestral fare. Debussy Orchestrated paints a portrait of a light-hearted composer, seen through the eyes of two of his collaborators, Henri Büsser and André Caplet, who transferred the works recorded here from the keyboard to the orchestra.  [Resumo do site Prestomusic]

Both La boîte à joujoux and the similarly enchanting Children’s Corner are performed with deft panache by this quality orchestra, whose subtly shaded tone and style sound much more like those of earlier French vintages than the globalised full-colour sonority dominating elsewhere today. There are outstanding individual players, among them the principal oboe, whose haunting contribution to ‘The Little Shepherd’ in Children’s Corner is a special moment. [BBC Music Magazine, maio de 2022]

the playing is exquisite….a wonderfully engaging disc of great charm. [Gramophone, abril de 2022]

Aproveite!
René Denon

Pascal Rophé… Rophé!

Resposta do nosso quizz:

Quizz 2: Qual o nome da rádio, do programa de rádio e do apresentador do mesmo, no filme Frankie e Johnny?