Dieterich Buxtehude (1637-1707): Membra Jesu Nostri (Cantus Cölln, Junghänel) & A filha feia

Dieterich Buxtehude (1637-1707):  Membra Jesu Nostri (Cantus Cölln, Junghänel) & A filha feia

Membra Jesu Nostri, de Dietrich Buxtehude, é uma série de 7 cantatas luteranas, com texto em latim, cada uma endereçada a uma parte do corpo de Jesus: aos pés, aos joelhos, às mãos, aos flancos, ao peito, ao coração e à face. É, na verdade, uma meditação sobre o sofrimento de Cristo durante a contemplação da cruz, olhando Jesus dos pés até a cabeça. Uma meditação barroca, de 1680, baseada no poema medieval Salve mundi salutaris. s cantatas são realmente comoventes, no sentido mais puro da palavra, e alguns momentos (como o Vulnerasti cor meum, da cantata 6) são de arrepiar qualquer um. Ah, e além dessas sete cantatas, o cd inclui também uma cantata alemã, Nimm von uns, Herr, du treuer Gott. No mesmo espírito, é uma súplica pela piedade divina diante das faltas humanas.

A filha feia

O jovem Johann Sebastian Bach era contratado na igreja da rica cidade de Arnstadt como organista. Lá, desfrutou de um novo órgão e de um bom salário. Ansioso por mais, em 1705 pediu uma licença de 4 semanas para ir a Lübeck visitar o velho mestre Buxtehude. Tinha apenas 20 anos de idade e viajou os mais de 320 quilômetros que separavam as duas cidades a pé. Surpreendido com a habilidade do jovem organista, Buxtehude propôs a Bach que ele permanecesse em Lübeck até sua morte e depois ocupasse o seu prestigioso posto. Porém, para ocupar tal posição, havia uma regra: o candidato tinha que casar com a filha mais velha do seu antecessor no cargo. A moça em questão, Ana Margarita, era vários anos mais velha do que Bach e não muito bonita, pelo que Bach recusou a oferta.

Handel passou alguns dias em Lübeck em 1703. Bach ficaria lá durante três meses em 1705. Como ele tinha sudo autorizado a ficar ausente por 4 semanas, provocou a fúria dos seus patrões ao fazê-lo durante meses. Essa longa viagem quase lhe custou seu emprego, mas valeu a pena. Ele aprendeu muito com o velho Buxtehude.

Buxtehude estava perto da aposentadoria e ansiava por um sucessor da mais alta qualidade. Claro, tanto Handel como Bach encheram-lhe de esperanças. Ele lhes ofereceu a sua bem paga posição, esclarecendo a questão com sua adorada filha mais velha. Apesar de solteiros, nenhum dos dois compositores concordou. O trabalho era atraente mas, dizem que a filha não era. Johann Mattheson, que seria um compositor proeminente e um notório teórico da música, também a rejeitou.

Bach, contudo, como passou muito mais do que 4 semanas em Lübeck, talvez estivesse pensando seriamente no caso. Digo talvez, porque acredita-se que o jovem Bach estava muito mais interessado em ficar ao lado de Buxtehude o máximo de tempo possível, para aprender tudo o que ele lhe pudesse ensinar.

Uma prova mais forte dos escassos encantos de Ana Margarita pode ser encontrada em visitas anteriores a de Bach. Em 1703, os consagrados Händel e Mattheson também visitaram Buxtehude, repito. Não quiseram ter aulas, vieram apenas para tentar suceder ao venerável organista na sua posição. Quando tomaram conhecimento das condições e de Ana Margarita, não hesitaram: deixaram Lübeck no dia seguinte.

Buxtehude, que tinha jurado não se aposentar até a sua filha se casar, ocupou o cargo até à morte, em 1707. Não pensem, contudo, que Anna Margareta foi deixada sozinha para o resto dos seus dias. O fiel assistente do seu pai, J.C. Schieferdecker, foi encorajado a desposá-la. Ele não é lembrado por mais nada, este foi seu grande feito. Para alguns foi uma atitude de gratidão, para outros, uma demonstração soberana de interesse monetário.

De fato, quando Buxtehude assumiu a posição de organista da Igreja de Santa Maria (Marienkirche), teve de cumprir uma condição semelhante: com a morte de Franz Tunder em Novembro de 1667, a posição de organista da Marienkirche, uma das mais importantes do norte da Alemanha, foi deixada vaga. Depois de muitos outros organistas tentarem o cargo e serem rejeitados, Buxtehude foi eleito em abril de 1668. Em julho do mesmo ano tornou-se cidadão de Lübeck e em agosto casou com Anna Margarethe Tunder, uma das filhas de seu antecessor. Era uma situação imposta para ser aceito no emprego, prática comum na época.

Dieterich Buxtehude (1637-1707): Membra Jesu Nostri (Cantus Cölln, Junghänel)

Membra Jesu Nostri, BuxWV 75 (Zyklus In 7 Kantaten)
Kantate Nr. 1 Ad Pedes 8:49
Kantate Nr. 2 Ad Genua 8:40
Kantate Nr. 3 Ad Manus 8:20
Kantate Nr. 4 Ad Latus 8:27
Kantate Nr. 5 Ad Pectus 9:45
Kantate Nr. 6 Ad Cor 9:15
Kantata Nr. 7 Ad Faciem 7:13

Nimm Von Uns, Herr, Du Treuer Gott BuxWV 78 13:31

Cantus Cölln
Konrad Junghänel

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Bux véio de guerra

PQP

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Obras Completas para órgão (Walter Kraft, 6CD)

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Obras Completas para órgão (Walter Kraft, 6CD)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Tio Bux nunca nos mandou um presente que fosse, acho até que tinha morrido quando nasci, mas papai falava muito dele. Contava as viagens que fizera a Lübeck a fim de aprender sobre o órgão. Para nós, crianças, tio Bux era um homem grande e poderoso, maior do que papai. Hoje sabemos que papai era maior, mas a admiração que ele tinha por Bux era algo notável. Papai contava que o tio quisera repassar-lhe a filha, mas que ela era um jaburu assustador. Naquela época, os empregos eram herdados e Bux tentara fazer de papai seu herdeiro ao mesmo tempo que salvava a filha encalhada. Seria um bom acordo. Para o tio, talvez para a moça. Ainda bem que papai fugiu e ficou com a prima Maria Bárbara e depois com a Anna Magdalena, ambas bonitinhas, jovens e parideiras. Eu, como vocês sabem, nasci de uma escapadela, mas não escapei das narrativas sobre o imenso organista que tinha sido tio Bux.

E aqui vocês têm a obra completa para órgão de Buxtehude. Sem a filha.

Dietrich Buxtehude: Obras Completas para órgão – Walter Kraft (1957). 6CD

CD 1
01. Te Deum laudamus, BuxWV 218 – Praeludium 01:50
02. Te Deum laudamus, BuxWV 218 – Te Deum laudamus 03:00
03. Te Deum laudamus, BuxWV 218 – Te Martyratum candidatus 01:15
04. Te Deum laudamus, BuxWV 218 – Tu devicto mortis arcuelo 02:56
05. Te Deum laudamus, BuxWV 218 – Pleni sunt coeli et terra 05:28
06. Canzon in C major, BuxWV166 05:52
07. Canzonetta in C major, BuxWV167 01:19
08. Toccata in F major, BuxWV156 08:20
09. Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ, BuxWV196 03:08
10. Herr Jesu Christ, ich weiss gut wohl, BuxWV 193 03:55
11. Wir danken dir, Herr Jesu Christ, BuxWV 224 01:42
12. Toccata in F major, BuxWV 157 – Toccata 02:07
13. Toccata in F major, BuxWV 157 – Fugue 02:57
14. Prelude, Fugue and Ciacona in C major, BuxWV 137 – Prelude 01:42
15. Prelude, Fugue and Ciacona in C major, BuxWV 137 – Fugue 02:13
16. Prelude, Fugue and Ciacona in C major, BuxWV 137 – Ciacona 01:41
17. Ach, Herr, mein armen Sunder, BuxWV 178 03:19
18. Christ unser Herr zum Jordan kam, BuxWV 180 04:08
19. Prelude and Fugue in E minor, BuxWV 142 – Prelude 01:11
20. Prelude and Fugue in E minor, BuxWV 142 – Fugue 08:01

CD 2
01. Prelude in E minor, BuxWV 143 – Prelude 01:31
02. Prelude in E minor, BuxWV 143 – Fugue 02:59
03. Prelude in E minor, BuxWV 143 – Adagio 01:11
04. Prelude and Fugue in G minor, BuxWV 149 – Prelude 01:22
05. Prelude and Fugue in G minor, BuxWV 149 – Fugue 02:32
06. Prelude and Fugue in G minor, BuxWV 149 – Allegro 04:50
07. Prelude and Fugue in F major, BuxWV 145 – Prelude 01:55
08. Prelude and Fugue in F major, BuxWV 145 – Fugue 04:11
09. Fugue in B flat major, BuxWV 176 05:01
10. Prelude and Fugue in G minor, BuxWV 148 – Prelude 00:48
11. Prelude and Fugue in G minor, BuxWV 148 – Allegro 00:40
12. Prelude and Fugue in G minor, BuxWV 148 – Fugue 06:13
13. Prelude and Fugue in D major, BuxWV 139 – Prelude 01:09
14. Prelude and Fugue in D major, BuxWV 139 – Fugue 01:33
15. Prelude and Fugue in D major, BuxWV 139 – Adagio 03:05
16. Prelude and Fugue in G minor, BuxWV 150 – Prelude 01:00
17. Prelude and Fugue in G minor, BuxWV 150 – Fugue 07:11
18. Fugue in C major 03:49
19. Prelude and Fugue in A minor, BuxWV 153 – Prelude 01:24
20. Prelude and Fugue in A minor, BuxWV 153 – Fugue 05:27
21. Prelude and Fugue in C major, BuxWV 136 – Prelude 00:58
22. Prelude and Fugue in C major, BuxWV 136 – Fugue 03:04
23. Prelude and Fugue in C major, BuxWV 136 – Allegro 02:42
24. Prelude and Fugue in E major, BuxWV 141 – Prelude 00:52
25. Prelude and Fugue in E major, BuxWV 141 – Fugue 03:29
26. Prelude and Fugue in E major, BuxWV 141 – Presto 01:29
27. Prelude and Fugue in E major, BuxWV 141 – Adagio 01:42

CD 3
01. Prelude and Fugue in D minor, BuxWV 140 – Prelude 01:22
02. Prelude and Fugue in D minor, BuxWV 140 – Fugue 02:24
03. Prelude and Fugue in D minor, BuxWV 140 – Allegro 02:55
04. Der tag, der ist so freudenreich, BuxWV 182 04:29
05. Toccata in G major, BuxWV 164 03:23
06. Durch Adams Fall ist ganz verderbt, BuxWV 183 03:49
07. Prelude and Fugue in F sharp minor, BuxWV 146 01:41
08. Prelude and Fugue in F sharp minor, BuxWV 146 01:30
09. Prelude and Fugue in F sharp minor, BuxWV 146 01:28
10. Prelude and Fugue in F sharp minor, BuxWV 146 – Con discretione 03:24
11. Prelude and Fugue in the Phrygian Mode [a], BuxWV 152 – Prelude 01:16
12. Prelude and Fugue in the Phrygian Mode [a], BuxWV 152 – Fugue 03:56
13. Erhalt uns Herr bei deinem Wort 03:06
14. Es ist das Heil uns kommen her, BuxWV 186 02:46
15. Ein feste Burg ist unser Gott, BuxWV 184 03:51
16. Erhalt uns Herr bei deinem Wort, BuxWV 185 02:03
17. Praeambulum [Prelude and Fugue] in A minor, BuxWV 158 – Praeambulum 01:07
18. Praeambulum [Prelude and Fugue] in A minor, BuxWV 158 – Fugue 04:46
19. Prelude and Fugue in F major, BuxWV 144 – Prelude 01:09
20. Prelude and Fugue in F major, BuxWV 144 – Fugue 02:38
21. Nun komm, der Heiden Heiland, BuxWV 211 01:39
22. Prelude [Prelude and Fugue] in G minor, BuxWV 163 00:39
23. Praeambulum [Prelude and Fugue] in A minor, BuxWV 158 – Fughetta 01:54
24. Prelude [Prelude and Fugue] in G minor, BuxWV 163 – Fugue 1 04:00
25. Prelude [Prelude and Fugue] in G minor, BuxWV 163 – Fugue 2 01:52
26. In dulci jubilo 02:03
27. Prelude and Fugue in A major – Prelude 02:51
28. Prelude and Fugue in A major – Fugue 02:20
29. Prelude and Fugue in A major – Adagio 02:00

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CD 4
01. Ciacona in C minor, BuxWV 159 07:35
02. Lobt Gott, ihr Christen, allzugleich, BuxWV 202 01:25
03. Canzonetta [Canzona] in G major, BuxWV 171 03:00
04. Canzonetta in G minor, BuxWV 173 01:50
05. Gelobet seist du, Jesu Christ, BuxWV 189 02:15
06. Ciacona in E minor, BuxWV 160 06:01
07. Ich dank dir, lieber Herre, BuxWV 194 04:47
08. Canzonetta in D minor, BuxWV 168 05:00
09. Nun freut euch lieben Christen g’mein, BuxWV 210 14:29
10. Canzona in G major, BuxWV 170 04:33
11. Danket dem Herrn, BuxWV 181 03:28
12. Ich dank dir schondurch deinen Sohn, BuxWV 195 05:53
13. Kommt her zu mir, spricht Gottes Sohn, BuxWV 201 03:04
14. Magnificat prmi toni, BuxWV 203 08:08

CD 5
01. Gelobet seist du, Jesu Christ, BuxWV 188 10:04
02. Prelude and Fugue in G major, BuxWV162 06:13
03. Wie schon leuchtet der Morgenstern, BuxWV 223 08:52
04. Nun lob mein Seel den Herren, BuxWV 214/215 – I. 03:33
05. Nun lob mein Seel den Herren, BuxWV 214/215 – II. 02:24
06. Nun lob mein Seel den Herren, BuxWV 214/215 – III. 02:22
07. Nun lob mein Seel den Herren, BuxWV 214/215 – IV. 02:38
08. Vater unser im Himmelreich – I. 02:17
09. Vater unser im Himmelreich – II. 04:32
10. Vater unser im Himmelreich – III. 01:53
11. Nun lob mein Seel den Herren, BuxWV 213 – I. 02:27
12. Nun lob mein Seel den Herren, BuxWV 213 – II. 02:24
13. Nun lob mein Seel den Herren, BuxWV 213 – III. 02:36
14. Prelude (fragment) in B flat major, BuxWV 154 01:12
15. Von Gott will ich nicht lassen, BuxWV 220 02:16
16. Von Gott will ich nicht lassen, BuxWV 221 02:31
17. Jesus Christus, unser Heiland, BuxWV 198 01:53
18. Nun lob mein Seel den Herren, BuxWV 212 04:20
19. Nun bitten wir der heil’gen Geist, BuxWV 209 02:55
20. Gott der Vater wohn bei uns, BuxWV 190 03:57
21. Fugue in G major, BuxWV 175 04:09

CD 6
01. Canzonetta in E minor, BuxWV 169 03:30
02. Magnificat primi toni, BuxWV 204 02:38
03. Vater unser in Himmelreich, BuxWV 219 02:55
04. Nun bitten wir den heilgen Geist, BuxWV 208 02:41
05. Magnificat noni toni, BuxWV 204 – Magnificat 01:58
06. Magnificat noni toni, BuxWV 204 – Versus 01:03
07. Magnificat noni toni, BuxWV 204 – Versus 5 alla duodecima 01:53
08. Auf meinen lieben Gott – Praeludium 00:57
09. Auf meinen lieben Gott – Double 01:02
10. Auf meinen lieben Gott – Sarabande 00:53
11. Auf meinen lieben Gott – Courante 00:54
12. Auf meinen lieben Gott – Gigue 00:49
13. Komm, heiliger Geist, Herre Gott, BuxWV 199 04:01
14. Herr Christ, der einig Gottes Sohn, BuxWV 192 03:00
15. Mensch, willst du leben seliglich, BuxWV 206 02:35
16. Puer natus in Bethlehem, BuxWV 217 01:18
17. War Gott nicht mit uns diese Zeit, BuxWV 222 02:44
18. Es spricht der Unweisen Mund wohl, BuxWV 187 02:53
19. Herr Christ, der einig Gottes Sohn, BuxWV 191 03:41
20. Komm, heiliger Geist, Herre Gott, BuxWV 200 03:50
21. Passacaglia in D minor, BuxWV 161 06:12
22. Toccata in G major, BuxWV 165 06:03
23. Ach Gott und Herr, BuxWV 177 02:19
24. Toccata in D minor, BuxWV 155 07:16

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Walter Kraft, órgão

Tio Bux
Tio Bux

PQP

Dieterich Buxtehude (1637-1707): Trio Sonatas Op. 1

Dieterich Buxtehude (1637-1707): Trio Sonatas Op. 1

Pois é. Este registro de Buxtehude serve para que notemos a diferença entre muita sensibilidade e talento e, bem, pouca sensibilidade e talento. Temos duas gravações deste repertório aqui no PQP Bach. Ambas trazem exatamente as mesmas músicas e o os nomes de ambos os posts são iguais. Só que esta aqui é uma maravilha, causou-me entusiasmo e recebeu o rótulo de IM-PER-DÍ-VEL, e a que ora posto não me causou nada. Aqui, a polifonia é chata. As vozes que entram não recebem o merecido espaço. Todo mundo toca no mesmo volume, é uma sensibilidade diferente que nos obriga e cavocar com o ouvido e é desconfortável. O CD passou e fui para outro, apenas passou.

Dieterich Buxtehude (1637-1707): As Trio Sonatas Completas

1 Sonata for 2 violins, viola da gamba & harpsichord in F major, Op. 1/1, BuxWV 252 08:35
2 Sonata for 2 violins, viola da gamba & harpsichord in G major, Op. 1/2, BuxWV 253 07:10
3 Sonata for 2 violins, viola da gamba & harpsichord in A minor, Op. 1/3, BuxWV 254 09:47
4 Sonata for 2 violins, viola da gamba & harpsichord in B flat major, Op. 1/4, BuxWV 255 07:47
5 Sonata for 2 violins, viola da gamba & harpsichord in C major, Op. 1/5, BuxWV 256 07:58
6 Sonata for 2 violins, viola da gamba & harpsichord in D minor, Op. 1/6, BuxWV 257 08:03
7 Sonata for 2 violins, viola da gamba & harpsichord, in E minor, Op. 1/7, BuxWV 258 06:50

Boston Museum Trio

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Gerrit van Honthorst (1592-1656), Um alegre grupo atrás de uma balaustrada com violino e alaúde , ca. 1623

PQP

Böhm / Buxtehude / Händel / Mattheson / Pauset / Scheidemann / Telemann / Weckmann: Hamburg 1734

Böhm / Buxtehude / Händel / Mattheson / Pauset / Scheidemann / Telemann / Weckmann: Hamburg 1734

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Se você duvida que este disco seja a maior das extravagâncias, ouça direto os dois primeiros movimentos da Suíte Alster. Ou ela inteira, claro.

Hamburgo, 1734. O mais doido dos construtores de cravo, Hieronymus Albrecht Hass, criou um instrumento cuja sonoridade foi inspirada pela variedade e amplitude do órgão. Aqui, numa cópia deste cravo único, Andreas Staier interpreta obras dos melhores compositores que foram atraídos para a cidade por Hass. O resultado é uma profusão de cores. O cravista Staier é um mestre. E um cara corajoso, senão certamente evitaria tamanha anarquia.

Ouça e se SURPREENDA.

Georg Friedrich Haendel (1685-1759)

1. Chaconne

Georg Phillipp Telemann (1681-1767)
Ouverture burlesque (aus “Der Getreue Music-Meister)
2. Ouverture à la Polonoise
3. Loure
4. Gavotte en Rondeau
5. Bourrée
6. Menuet
7. Giga

Dietrich Buxtehude (1637-1707)
8. Praeludium & Fuga

Johann Mattheson (1681-1764)
Aus “Grosse General-Bass-Schule”
9. Der Ober-Classe Dreizehntes Prob-Stück
10. Der Ober-Classe Siebendes Prob-Stück

Georg Böhm (1661-1733)
11. Praeludium, Fuga & Postludium

Georg Phillipp Telemann (1681-1767)
Aus “Hamburger Ebb und Fluth” – transcription Andreas Staier
12. Loure. Der verliebte Neptunus
13. Bourrée. Die erwachende Thetis
14. Gavotte. Die spielenden Najaden
15. Harlequinade. Der schertzende Tritonus
16. Gigue. Ebbe und Fluth

Matthias Weckmann (c.1619-1674)
17. Toccata IV

Heinrich Scheidemann (1595-1663)
18. Pavana Lachrymae

Georg Phillipp Telemann (1681-1767)
Aus der “Alster-Ouvertüre” – transcription Andreas Staier
19. Die Hamburgischen Glockenspiele
20. Die concertierende Frösche und Krähen
21. Der Schwanen Gesang
22. Der Alster Schäffer Dorf Music

Brice Pauset (b. 1965)
23. Entrée

Andreas Staier
Christine Schornsheim

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Andreas Staier: baita CD, anárquico.

PQP

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas Barrocas Alemãs (Vol. 7)

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas Barrocas Alemãs (Vol. 7)

Aos poucos, a gente vai completando (ou não) esta série. O que interessam são os bons discos que ela possui e não tê-la por inteiro. E este é excelente. Buxtehude foi um dos ídolos de Bach e aqui os motivos de sua admiração estão mais do que claros. Buxtehude — nascido provavelmente em Helsingborg e falecido em Lübeck — foi um compositor e organista teuto-dinamarquês do período barroco. Apesar de nascido na cidade de Helsingborg, na época pertencente à Dinamarca (hoje território sueco), Buxtehude era de ascendência alemã e é considerado um dos representantes mais importantes do período barroco alemão. Seu pai, organista e mestre de escola em Bad Oldesloe, mudou-se para Hälsingburg, na Suécia, quando Buxtehude tinha um ano de idade. Seu pai, também seu único professor de música por toda a vida, depois mudou-se para Helsingor, na Dinamarca, onde morreu em 1674. Esta foi a cidade na qual Buxtehude cursou a Lateinschule. Buxtehude assumiu a função do pai, de organista na igreja em Hälsingburg em 1658 e, em 1660, foi para Helsingor, e, posteriormente, para Lübeck, na Alemanha, onde foi nomeado Werkmeister (gerente geral) e organista da Marienkirche em 11 de abril de 1668, após concorrido concurso para um dos cargos mais cobiçados do norte do país. Casou, em agosto desse ano, com Anna Margarethe Tunder, filha de Franz Tunder, seu antecessor nesta igreja. Esse era o costume da época, no qual o sucessor do organista da igreja deveria se casar com a filha do seu antecessor. A partir daí, e nos 40 anos seguintes, Buxtehude entraria na parte mais prolífica de sua carreira, principalmente considerando que sua obra era praticamente nula até então. Ele tentou passar sua filha para Bach, que FUGIU dela. Buxtehude ganhou prestígio com a retomada da tradição dos Abendmusik, que eram saraus vespertinos organizados na igreja, idealizados por seu antecessor inicialmente apenas como entretenimento para os homens de negócios da cidade, previstos para ocorrerem em cinco domingos por ano, precedendo o Natal. Mas Buxtehude ampliou grandemente o escopo destes saraus e para eles compôs algumas de suas melhores obras, em forma de cantata, das quais se preservam cerca de 120 em manuscrito, com textos retirados da Bíblia, dos corais da tradição Protestante e mesmo da poesia secular. Também dedicou-se a outros gêneros, como solos para órgão (variações corais, canzonas, toccatas, prelúdios e fugas) e os concertos sacros. Todos os oratórios se perderam, mas guardam-se os registros de que existiram. Em diversas ocasiões, foi visitado por compositores promissores da época, como Georg Friedrich Händel e Johann Mattheson, que o procuravam principalmente quanto à sua fama de organista. De todas as visitas, a mais notável foi a de Johann Sebastian Bach, grande admirador de sua obra. Bach prorrogou a estada inicialmente planejada de quatro semanas para quatro meses. Buxtehude, a despeito da importância para a música alemã e de sua origem também alemã (a família era de Buxtehude, uma cidade a sudoeste de Hamburgo), sempre se considerou dinamarquês.

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas Barrocas Alemãs (Vol. 7)

1 O Clemens, O Mitis, O Coelestis Pater 7:57
2 An Filius Non Est Dei 13:09
3 Mein Herz Ist Bereit 7:54
4 Drei Schöne Dinge Sind 10:49
5 Quemadmodum Desiderat Cervus
Organ – Robert Kohnen
6:26
6 Ich Bin Eine Blume Zu Saron 8:26
7 Erbarm Dich Mein, O Herre Gott 18:42

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Alegoria da Amizade, de Johannes Voorhout, 1674. Buxtehude está ali sentado com a viola da gamba, atrás do cravista.

PQP

Buxtehude (c.1637 – 1707): La Capricciosa – Suites and Variations for Harpsichord – Mitzi Meyerson

Buxtehude (c.1637 – 1707): La Capricciosa – Suites and Variations for Harpsichord – Mitzi Meyerson
A capa traz um Rembrandt! Quer mais?

Dietrich Buxtehude (c.1637 – 1707)

Música para Cravo

No outono (europeu) de 1705, um jovem de vinte anos empreendeu uma viagem muito especial. Saiu de Arnstadt, onde era organista na Neuekirche, e caminhou 378 km até Lübeck, para visitar Dietrich Buxtehude, então o mais famoso organista e compositor conhecido, pelo menos onde hoje chamamos Alemanha.

O visitante era Johann Sebastian Bach, que partira de Arnstadt com uma licença de quatro semanas, mas permaneceu afastado por quatro meses, convivendo com Buxtehude. Na volta para casa, ele teve de lidar com as reclamações do conselho que dirigia a igreja e era responsável pelo seu emprego, mas a viagem valera a pena.

Vista de Lübeck, com destaque para Marienkirche

Buxtehude era organista e responsável pela música da Marienkirche desde 1668. Ele havia sucedido a Franz Tunder, que iniciara uma tradição a qual Buxtehude deu continuidade – Abendmusik – (Concertos Noturnos). Durante o período no qual Buxtehude foi o responsável pela direção desses concertos, eles se davam nas noites dos cinco domingos que precediam o Natal. Esses concertos no ano de 1705 devem ter sido definitivamente especiais. Bach certamente tomou parte deles. Tocava-se música para órgão e também música coral e com orquestra.

Na volta para casa Bach levou consigo cópias de muitas peças de Buxtehude. Entre elas a partitura da principal peça desta postagem, a Partite diverse sopra un’Aria d’Invenzione detta “La Capricciosa. Esta peça é um arquétipo das Variações Goldberg e merece ser conhecida e apreciada por seus próprios méritos. Consiste de uma série de 32 variações (Partitas) sobre La Bergamasca. Bergamasca é uma dança rústica (de Bérgamo) muito popular entre os compositores barrocos. Marco Ucellini tem uma peça simplesmente encantadora chamada Aria sopra La Bergamasca e certamente aparecerá por aqui um dia desses. Voltando à peça do Buxtehude, cada variação tem duas seções, que são repetidas imediatamente. A inventividade do compositor é muito grande e certamente abriu caminho para o atento Johann Sebastian.

Dietrich Buxtehude

Bach era um potencial sucessor de Buxtehude, quando o visitou. Este contava com 68 anos e já buscava alguém para substituí-lo há algum tempo. Mas, segundo a tradição, o pacote incluía a mão da filha mais velha do sucedido. O próprio Buxtehude cumprira a tradição ao casar-se com uma filha de Franz Tunder. O emprego já havia sido recusado, dois anos antes, por Handel e por Johann Mattheson. Bach preferiu voltar para Arnstadt onde, além de um conselho de revoltados paroquianos, o esperava também uma jovem chamada Bárbara.

Esta gravação, feita pela cravista de Chicago, Mitzi Meyerson, é prima. O selo, Gaudeamus, ramo da ASV (Academy Sound & Vision) inglesa, dedicado à música barroca, é excelente. Excelente também é a produção do disco, aos cuidados de Nicholas Parker. Mitzi também foi a cravista do Trio Sonnerie, que gravou discos memoráveis neste selo. Mas, ao ouvir o disco, calibre bem o volume. Não coloque muito baixo, mas também não exagere. Cravos são instrumentos deveras perigosos, especialmente perto da meia-noite.

Completam o disco quatro suítes de danças, que também devem ter influenciado o patrono aqui da casa. Mas o disco vale mesmo pelas Variações Caprichosas sobre a Bergamasca. Você verá que até Bach tinha uma coisa ou outra para aprender com seus antecessores.

Dietrich Buxtehude (c. 1637 – 1707)

  1. La Capricciosa: Partite Diverse Sopra Una Aria D’inventione (Bux WV 250)

  2. Suite VII em ré menor (Bux WV 234)

  3. Suite XIX em lá maior (Bux WV 236)

  4. Suite XI em mi menor (Bux WV 236)

  5. Suite V em dó maior (Bux WV 230)

Mitzi Meyerson, cravo

 

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Mitzi vai tocar La Capricciosa, basta baixar! Aproveite!

René Denon

Dietrich Buxtehude (c. 1637–1707) – Membra Jesu nostri, BuxWV 75 – Purcell Quartet, Fretwork

“Nos tempos modernos, as cantatas coletivamente intituladas ‘Membra Jesu nostri’ tornaram-se entre as obras vocais mais frequentemente gravadas e executadas de Buxtehude, embora pouco se saiba ao certo sobre sua origem e propósito. A principal evidência é a partitura autografada de Buxtehude, escrita em tablatura de órgão alemã e preservada na coleção Düben na Biblioteca da Universidade de Uppsala, na Suécia. É datado de 1680 na página de título e é dedicado a Gustav Düben (c. 1629–1690), diretor de música na corte sueca e organista de St Gertrude em Estocolmo, a igreja alemã e a capela da corte na época. Buxtehude descreveu Düben como seu “amigo honrado” (“Amico honorando”), e o grande número de peças dele na coleção Düben sugere que os dois homens desfrutaram de um relacionamento pessoal próximo durante vários anos. Assim, é possível que Membra Jesu nostri tenha sido comissionado para apresentação na corte sueco; conjuntos de partes de cada uma das cantatas na mão de Düben certamente sugerem que Düben as apresentou em Estocolmo.
A partir de 1680 Dietrich Buxtehude foi organista da Marienkirche em Lübeck por doze anos. Ele nasceu em 1637, filho de um organista, talvez em Oldesloe in Holstein, então parte da Dinamarca. Posteriormente, a família mudou-se para Helsingborg e Helsingør, onde seu pai realizava consultas. Dietrich foi organista das igrejas de seu pai em ambas as cidades antes de se mudar para o porto báltico de Lübeck em 1668. Pouco depois de chegar lá, ele desenvolveu a série anual de concertos conhecida como Abendmusiken, dada na Marienkirche depois das Vésperas nos cinco domingos antes do Natal. Perto do fim de sua vida, os concertos incluíam obras de oratória ampliadas, bem como peças vocais e instrumentais originalmente escritas para serviços na Marienkirche, então é possível que Membra Jesu nostri tenha sido originalmente planejado para a performance nelas. O planejamento e a composição de obras de grande porte certamente teriam fornecido a Buxtehude a experiência necessária para compor um ciclo de cantata com um design literário e musical complexo e incomum que era independente e não derivava da liturgia.
O elemento comum em todas as cantatas é o uso de linhas do poema medieval Salve mundi salutare, ou Rhythmica oratio, tradicionalmente atribuída a Bernard de Clairvaux (1090-1153), mas agora pensado ser por Arnulf de Lovaina (c. 1200-1250 ). Ele toma a forma de uma seqüência de sete meditações no corpo crucificado de Jesus, começando com os pés (‘Ad pedes’), e continuando com os joelhos (‘Ad genua’), as mãos (Ad manus ‘), o lado («ad latus»), o peito («ad pectus»), o coração («ad cor») e o rosto («ad faciem»). Assim, a perspectiva do autor é a de um penitente ajoelhado ao pé da cruz e gradualmente estendendo o olhar para cima, meditando em cada parte do corpo por sua vez. O misticismo incorporado nos escritos de, ou atribuído a, Bernard foi incorporado ao Luteranismo pelo próprio Lutero e por escritores posteriores como Paul Gerhardt, que baseava seu hino O Haupt voll Blut und Wunden (O sagrado cabeça ferida) em ‘Salve, caput cruentatum ‘, um dos vários cantos adicionais associados à oratória rítmica. Em cada uma das sete cantatas as estrofes do poema são justapostas com passagens bíblicas apropriadas, tiradas respectivamente de Naum 1: 15, Isaías 66: 12, Zacarias 13: 6, o Cântico de Salomão 2: 13 e 14, 1 Pedro 2: 2 e 3, a canção de Salomão 4: 9, e Salmos 31: 16. Os textos foram provavelmente escolhidos e reunidos pelo próprio compositor.”

Esta magnífica gravação do Purcell Quartett com o Fretwork é IM-PER-DÍ-VEL !!! para os fãs e admiradores da música sacra barroca. Lembro que temos aqui Dame Emma Kirkby, uma das maiores sopranos do século XX.

I. Ad pedes
1 1 Sonata
2 2 Tutti. Ecce super montes
3 3 Aria. Salve mundi salutare
4 4 Tutti. Ecce super montes
5 5 Tutti. Salve mundi salutare 0:59

II. Ad genua
6 Sonata in tremulo
7 7 Tutti. Ad ubera portabimini
8 8 Aria. Salve Jesu, rex sanctorum
9 9 Tutti. Ad ubera portabimini

III. Ad manus
10 10 Sonata 0:56
11 11 Tutti. Quid sunt plagae istae 1:58
12 12 Aria. Salve Jesu, pastor bone
13 13 Tutti. Quid sunt plagae istae

IV. Ad latus
14 14 Sonata
15 15 Tutti. Surge, amica mea, speciosa mea
16 16 Aria. Salve latus salvatoris 4:40 17 17 Tutti. Surge, amica mea, speciosa mea

V. Ad pectus
18 18 Sonata
19 19 Voci. Sicut modo geniti infantes rationabiles
20 20 Aria. Salve, salus mea, Deus
21 21 Voci. Sicut modo geniti infantes rationabiles

VI. Ad cor
22 22 Sonata
23 23 Doi Soprani è Basso. Vulnerasti cor meum
24 24 Aria. Summi Regis cor, aveto
25 25 Doi Soprani è Basso. Vulnerasti cor meum 2:28

VII. Ad faciem
26 26 Sonata
27 27 Tutti. Illustra faciem tuam super servum tuum
28 28 Aria. Salve, caput cruentatum 3:51 29 29 Tutti. Amen

Emma Kirkby soprano
Elin Manahan Thomas soprano
Michael Chance counter-tenor
Charles Daniels tenor
Peter Harvey bass

The Purcell Quartet
Catherine Mackintosh violin
Catherine Weiss violin
Richard Boothby bass violin
Robert Woolley organ

with

Fretwork
Susanna Pell treble viol • bass viol
Richard Boothby tenor viol
William Hunt bass viol
Reiko Ichise bass viol
Asako Morikawa bass viol
Richard Campbell great bass viol

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Dieterich Buxtehude (1637-1707): Sonatas Op. 2

Como já disse tantas vezes, Buxtehude é o compositor com a sintaxe mais parecida com a de Bach que conheço. Isso não significa, é claro, que o dinamarquês possua algum percentual significativo do talento do alemão, mas é mesmo assim é muito bom ouvi-lo. Estas sonatas revelam um Bux alegre e influente. Tanto que se notam ecos seus em outros compositores posteriores do barroco. É que, em diversas ocasiões, ele foi visitado por compositores promissores da época, como Georg Friedrich Händel e Johann Mattheson, que o procuraram principalmente para aprender os segredos do órgão. Porém, de todas as visitas, a mais notável foi a de Johann Sebastian Bach, grande admirador de sua obra. Bach prorrogou a estada inicialmente planejada de quatro semanas para quatro meses. Os intérpretes são notáveis. Observando a discografia do L’Estravagante está cheia de Buxtehude. Não dá para competir com os caras. São os especialistas em Bux.

Dieterich Buxtehude (1637-1707): Sonatas Op. 2

1 Sonata No. 1 in B flat major, BuxWV 259: Allegro 1:20
2 Sonata No. 1 in B flat major, BuxWV 259: Adagio – Allegro 2:28
3 Sonata No. 1 in B flat major, BuxWV 259: Grave – Vivace – Lento 3:19
4 Sonata No. 1 in B flat major, BuxWV 259: Poco Adagio – Presto 1:58

5 Sonata No. 2 in D major, BuxWV 260: Adagio – Allegro – Largo 3:22
6 Sonata No. 2 in D major, BuxWV 260: Arietta 6:35
7 Sonata No. 2 in D major, BuxWV 260: Largo – Vivace 2:21

8 Sonata No. 3 in G minor, BuxWV 261: Vivace – Lento 2:52
9 Sonata No. 3 in G minor, BuxWV 261: Allegro – Lento 1:35
10 Sonata No. 3 in G minor, BuxWV 261: Andante – Grave 4:33
11 Sonata No. 3 in G minor, BuxWV 261: Gigue 2:00

12 Sonata No. 4 in C minor, BuxWV 262: Poco Adagio 1:39
13 Sonata No. 4 in C minor, BuxWV 262: Allegro 1:27
14 Sonata No. 4 in C minor, BuxWV 262: Lento – […] – Vivace 4:30

15 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Allegro 0:58
16 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Solo 1:19
17 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Concitato 2:11
18 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Adagio (solo) 1:18
19 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Allegro – Adagio 1:22
20 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: […] – Poco Presto 2:09

21 Sonata No. 6 in E major, BuxWV 264: Grave – Vivace 3:46
22 Sonata No. 6 in E major, BuxWV 264: Adagio – Poco Presto – Lento 4:01
23 Sonata No. 6 in E major, BuxWV 264: Allegro 1:33

24 Sonata No. 7 in F major, BuxWV 265: Adagio – […] 3:00
25 Sonata No. 7 in F major, BuxWV 265: Lento – Vivace 2:42
26 Sonata No. 7 in F major, BuxWV 265: Largo – Allegro 2:47

L’Estravagante

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O pessoal do L'Estravagante.
O pessoal do L’Estravagante.

PQP

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas

Um raio “torrou” o meu modem no último domingo. Uma chuva torrencial que caiu aqui em Brasília trouxe uma série de problemas – inclusive o meu silêncio compulsório nos últimos dois dias. Somente hoje à noite a coisa foi solucionada. A seguir, este delicioso post com a música de Buxtehude. O compositor foi um dos principais nomes a influenciar Johann Sebastian Bach. Há alguns dias li um livro em que o autor afirma que Bach se deslocava cerca de 300 quilômetros a fim de ver Buxtehude tocando. Imagine se não vale a pena ouvir a música de Dietrich! “Dietrich Buxtehude (provavelmente Bad Oldesloe, 1637 – Lübeck, 9 de maio de 1707) foi um compositor e organista teuto-dinamarquês do período barroco. Apesar de nascido provavelmente na cidade de Bad Oldesloe, na época pertencente à Dinamarca (hoje território alemão), Buxtehude era de ascendência alemã e é considerado um dos representantes mais importantes do período barroco alemão.

O pai, organista e mestre de escola em Bad Oldesloe, muda-se para Hälsingburg, na Suécia, quando Buxtehude tinha um ano. O pai, também seu único professor de música por toda a vida, ainda se mudará para Helsingor, na Dinamarca, onde morrerá em 1674. Esta havia sido a cidade na qual Buxtehude cursara a Lateinschule. Buxtehude assume a função do pai, de organista na igreja em Hälsingburg em 1658 e, em 1660 vai para Helsingor, e, posteriormente, para Lübeck, na Alemanha, onde é nomeado Werkmeister (gerente geral) e organista da Marienkirche em 11 de abril de 1668, após concorrido concurso para um dos cargos mais cobiçados do norte do país. Casa-se, em agosto desse ano, com Anna Margarethe Tunder, filha de Franz Tunder, seu antecessor nesta igreja. Esse era o costume da época, no qual o sucessor do organista da igreja deveria se casar com a filha do seu antecessor. A partir daí, e nos 40 anos seguintes, Buxtehude entraria na parte mais prolífica de sua carreira, principalmente considerando que sua obra era praticamente nula até então. Buxtehude ganha prestígio com a retomada da tradição dos Abendmusik, que eram saraus vespertinos organizados na igreja, idealizados por seu antecessor inicialmente apenas como entretenimento para os homens de negócios da cidade, previstos para ocorrerem em cinco domingos por ano, precedendo o Natal. Mas Buxtehude ampliou grandemente o escopo destes saraus e para eles compôs algumas de suas melhores obras, em forma de cantata, das quais se preservam cerca de 120 em manuscrito, com textos retirados da Bíblia, dos corais da tradição Protestante e mesmo da poesia secular. Também dedicou-se a outros gêneros, como solos para órgão (variações corais, canzonas, toccatas, prelúdios e fugas) e os concertos sacros. Todos os oratórios se perderam, mas guardam-se os registros de que existiram. Em diversas ocasiões, foi visitado por compositores promissores da época, como Haendel e Mattheson, que o procuravam principalmente quanto à sua fama de organista. De todas as visitas, a mais notável foi a de Bach, grande admirador de sua obra. Bach prorroga a estada de quatro semanas inicialmente planejadas para quatro meses. Buxtehude, a despeito da importância para a música alemã e de sua origem também alemã (a família era de Buxtehude, uma cidade a sudoeste de Hamburgo), sempre se considerou dinamarquês”.

Extraído DAQUI

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Cantatas

01. Canite Jesu nostro
02. Mein Herz ist bereit
03. Salve, Jesu, patris gnate unigenite
04. Motetto: Cantate Domino
05. Fürchtet euch nicht
06. Herr, wenn ich nur dich habe
07. Ich bin eine Blume zu Saron
08. In dulci jubilo

Arcadia
Margaret Pearce & Helen Gagliano, soprano
Michel Leighton Jones, baixo
Catherine Shugg, Ross Mitchel & John Quaine, violino
Ruth Wilkinson, viola da gamba
Jacqueline Ogeil, órgão e direção

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Bux véio de guerra
Bux véio de guerra

Carlinus

Buxtehude, Bach, Reger, Kodaly e o órgão de Culemborg

Grandes órgãos holandeses – parte 3 de 4
Bert Lassing e o órgão de Culemborg
cover

Meu pai trabalhava numa fábrica e me ensinou desde pequeno que, na produção em escala industrial, tão importante quanto a qualidade é a padronização dos produtos. O gosto e a aparência de um refrigerante feito no Oiapoque no ano passado e de outro da mesma marca engarrafado ontem no Chuí devem ser idênticos. Vinhos, por outro lado, não são assim: é natural que um vinho de Santa Catarina seja diferente de um produzido no vale do São Francisco e de um terceiro da Serra Gaúcha, sem falar em safras diferentes, etc.

E o que isso tem a ver com o órgão? É que esse instrumento de tradição milenar, assim como os vinhos, vem resistindo às tentativas de padronização. Hoje muita gente reclama que as orquestras estão soando mais parecidas, os pianistas ao redor do mundo estão seguindo a mesma cartilha (será?), mas em relação aos órgãos, como podemos ouvir nessa série de órgãos holandeses, mesmo dentro de um país e do chamado “período barroco”, cada um é diferente. Assim como vinhos, há órgãos mais de acordo com o padrão, mais certinhos, e há outros com personalidade forte, inconfundíveis. Este órgão de Culemborg, na Holanda, me parece o mais peculiar dos quatro. São especialmente belos os registros que imitam instrumentos de sopro: flautas, oboés, trompetes… A fuga de Buxtehude, a Pastorella e o adagio de Bach, os corais de Reger usam muito esses sons de sopros. As obras de Bach também podem ser chamadas de únicas: Ele escreveu dezenas de Prelúdios e Fugas, seis Triosonatas, mas só uma Pastorella, peça bucólica que provavelmente era tocada na época do Natal, com inspirações galantes italianas, e apenas uma obra para órgão com a forma da BWV 564, com um sublime movimento lento (adagio) no meio de dois rápidos (tocata e fuga), que lembra até os concertos à maneira de Vivaldi.

Dietrich Buxtehude (1673-1707):
01. Praeludium in D major, BuxWV 139
02. Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ, BuxWV 196
03. Fuga in C major, BuxWV 174
J.S. Bach (1685-1750):
04. Pastorella in F major, BWV 590 – Part 1
05. Pastorella in F major, BWV 590 – Part 2
06. Pastorella in F major, BWV 590 – Part 3
07. Pastorella in F major, BWV 590 – Part 4
08. Toccata, Adagio und Fuge in C major, BWV 564
Max Reger (1873-1916):
09. Jesus, meine Zuversicht, Opus 67 No. 20
10. Jesus meine Freude, Opus 67 No. 21
11. Introduktion und Passacaglia in d minor
Zoltan Kodaly (1882-1967):
12. Praeludium
Piet Kee (1927-):
13. Erschienen ist der herrlich Tag

Bert Lassing – organista
Verhofstad Organ, 1711, Barbarakerk, Culemborg, Netherlands
Gravado em 1991

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Bert Lassing com as mãos ocupadas
Bert Lassing com as mãos ocupadas

Pleyel

Buxtehude (1637-1707): Toccata BuxWV 155, Prelúdios Corais BuxWV 177, BuxWV 181 e BuxWV 196, Fantasia Coral BuxWV 210; Improvisos

Grandes órgãos holandeses – parte 2 de 4
Sietze de Vries e o órgão Schnitger de Uithuizen
Buxtehude-Vries

A maioria dos grandes compositores foi também mestre na arte do improviso: Beethoven quando jovem ganhou parte de sua reputação improvisando ao piano em salões aristocráticos, Mozart improvisava as cadências de seus concertos e por aí vai. Mais recentemente a arte do improviso se associou ao jazz (e, no Brasil, ao choro) e se perdeu completamente na música clássica ocidental. Completamente? Não, os organistas, sabe-se lá por quê, continuaram improvisando, provavelmente por sua função litúrgica, em que muitas vezes era necessário repetir as melodias cantadas nas igrejas, sem tempo para tocar uma obra inteira.
Messiaen, por exemplo, improvisava a cada domingo e há uma anedota curiosa: a compositora e professora Nadia Boulanger fazia rezar uma missa anual em memória de sua irmã Lili. Em 1934 Messiaen, o organista da igreja, iniciou a cerimônia com um coral de Bach e em seguida improvisou até o final da missa. Nadia não apreciou o estilo dos improvisos, ficou furiosa e Messiaen precisou escrever uma carta se desculpando: “Sinto muitíssimo que as coisas não tenham se passado como Mademoiselle queria. Além do coral de Bach, nenhuma outra instrução me foi dada (…) Pensei que o melhor seria improvisar, e não tenho culpa!”

O improviso também se aprende, existem tradições de improviso típicas de cada país. Na Holanda, os improvisos frequentemente são sobre salmos que fazem parte da liturgia protestante. Nunca ouvi falar em concursos de improviso para violino ou flauta, mas para o órgão existe um concurso internacional de improviso em Haarlem (sempre a Holanda…) que reúne organistas do mundo todo desde 1951. Aliás, Sietze de Vries, que ouvimos neste CD de hoje, foi o vencedor em 2002.

A primeira metade do disco é de obras de Buxtehude. Em 1705, J.S. Bach viajou a pé até a cidade de Lübeck para ouvir a música de Buxtehude, organista na Marienkirche. Bach acabou ficando alguns meses por lá e, ao voltar para seu emprego em Arnstadt, foi criticado por sua longa ausência e também pela música, na época um pouco vanguardista, que incomodou o pessoal da igreja: “ele tem feito variações estranhas sobre os hinos, misturando vários tons diferentes e confundindo a congregação.” Suspeita-se que essas variações e improvisos estranhos deviam muito à influência de Buxtehude.

A organista Kimberly Marshall escreveu: As toccatas em ré menor de Buxtehude (BuxWV 155) e de Bach (BWV 565) têm muito em comum. Ambas refletem o ‘stylus phantasticus’, um estilo de composição dramático com contrastes violentos e floreios improvisatórios. Ambas começam com motivos curtos e memoráveis com longas pausas. A estrutura de ambas consiste na mudança dessa virtuosidade espontânea para o pulso estrito do contraponto, embora a fuga de Bach seja mais longa do que as seções fugato de Buxtehude. É inevitável pensar na influência entre as duas obras, que estão entre as mais famosas dos dois compositores.

Dietrich Buxtehude:
01 Toccata in d minor, BuxWV 155
02 Ach Gott und Herr, BuxWV 177 – Versus I
03 Ach Gott und Herr, BuxWV 177 – Versus II
04 Danket dem Herrn, denn er ist sehr freundlich, BuxWV 181 – Versus I
05 Danket dem Herrn, denn er ist sehr freundlich, BuxWV 181 – Versus II
06 Danket dem Herrn, denn er ist sehr freundlich, BuxWV 181 – Versus III
07 Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ, BuxWV 196
08 Choralfantasie Nun freut euch, lieben Christen g’mein, BuxWV 210

Improvisos de Sietze de Vries:
09 Improvisatie Psalm 24, versus I
10 Improvisatie Psalm 24, versus II
11 Improvisatie Psalm 24, versus III
12 Improvisatie Psalm 24, versus IV
13 Improvisatie Psalm 24, versus V
14 Improvisatie Psalm 24, versus VI
15 Improvisatie Concerto di segnor Vriescobaldi  – I. Allegro
16 Improvisatie Concerto di segnor Vriescobaldi  – II. Adagio
17 Improvisatie Concerto di segnor Vriescobaldi  – III. Allegro
18 Improvisatie Psalm 81, versus I
19 Improvisatie Psalm 81, versus II
20 Improvisatie Psalm 81, versus III
21 Improvisatie Psalm 81, versus IV
22 Improvisatie Psalm 81, versus V
23 Improvisatie Psalm 81, versus VI

Sietze de Vries – organista
Arp Schnitger organ, 1700, Hervormde Kerk, Uithuizen, Netherlands

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os registros, os dois manuais e a pedaleira
os registros, os dois manuais e a pedaleira

Pleyel

Dieterich Buxtehude (1637-1707): Trio Sonatas Op. 1

Dieterich Buxtehude (1637-1707): Trio Sonatas Op. 1

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Está na cara que não é Bach, mas é parecido, não? É que Buxtehude exerceu grande influência sobre Bach. Em novembro de 1705, Johann Sebastian pediu licença de um mês para ir a Lübeck visitar Bux. Sem grana, caminhou trezentos e vinte quilômetros só para ouvi-lo e aprender alguma coisa. Além desta visita, outros músicos, como Häendel e Matterson, também acorreram a Lübeck com a mesma finalidade. Buxtehude fez um testamento no qual dizia que o organista que se seguisse a ele na Marienkirche deveria se casar com sua filha solteira. Era uma tradição ligada ao organista da igreja. O próprio Buxtehude se casou com a filha mais nova do antigo organista (Franz Tunder). Ele fez tudo para que Bach casasse com sua filha, mas nosso herói simplesmente fugiu. É que já estava de olho em sua prima Maria Barbara. Na Marienkirche de Lübeck, Buxtehude fizera significativas mudanças nas tradições musicais da Igreja, estabelecendo as Abendmusik, eventos que atraíam grande interesse, visitantes e comerciantes para Lübeck. Como organista, representa o auge da tradição alemã (apesar de ele próprio se considerar dinamarquês), exercendo decisiva influência nos músicos da geração subsequente. Bux dava às suas músicas leveza, vida e uma sensação de improviso. É o grande compositor barroco no período entre Heinrich Schütz e J. S. Bach.

Dieterich Buxtehude (1637-1707): Complete Trio Sonatas

1 Trio Sonata in F Major, Op. 1 No. 1, BuxWV 252 9:18
2 Trio Sonata in G Major, Op. 1 No. 2, BuxWV 253 8:04
3 Trio Sonata in A Minor, Op. 1 No. 3, BuxWV 254 9:29
4 Trio Sonata in B-Flat Major, Op. 1 No. 4, BuxWV 255 8:11
5 Trio Sonata in C Major, Op. 1 No. 5, BuxWV 256 8:32
6 Trio Sonata in D Minor, Op. 1 No. 6, BuxWV 257 8:33
7 Trio Sonata in E Minor, Op. 1 No. 7, BuxWV 258 7:06

Arcangelo:
Sophie Gent
Jonathan Manson
Thomas Dunford
Jonathan Cohe

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Bux véio de guerra
Bux véio de guerra

PQP

The Image of Melancholy – Barokksolistene

melancholy_coverThe Image of Melancholy
Barokksolistene
Bjarte Eike

 

Barokksolistene, fundado e liderado pelo violinista e diretor artístico norueguês Bjarte Eike, é um conjunto barroco que “traz os ritmos puros da música folclórica escandinava para … o mais puro barroco” [Financial Times].

“The Image of Melancholy” é um dos primeiros grandes discos do grupo, foi lançado pelo selo BIS e explora o uso da melancolia na música ao longo dos séculos. No mesmo mês, em que foi lançado, ganhou o “International Recording of the Year” do Danish P2 Prisen Award.

Bjarte Eike e Barokksolistene estão localizados na Noruega e se estabeleceram em 2005. Eles são muito gratos por receber apoio do governo via Kulturraind e a comunidade da Noruega como orgulhosos embaixadores da cultura norueguesa.

Bjarte Eike (Noruega, 1972 -)
01. Savn – a tune for Signe
Anthony Holborne (Inglaterra, c1545 – 1602)
02. Image of melancholy
John Dowland (Inglaterra, 1563 – 1626)
03. Book of Songs, Book 2: Sorrow, stay, lend true repentant tears
Jørgen Nyrønning (Noruega, atual)
04. Bjørnsons bruremarsj
Anthony Holborne (Inglaterra, c1545 – 1602)
05. Wanton
Tradicional, Noruega
06. Gjendines bådnlåt
Ebba Rydqvist Ryan (Suécia, atual)
07. Mystery (Rosary) Sonata No. 9, “Jesus Carries the Cross”: I. Sonata
Dietrich Buxtehude (Suécia, 1637 – Free City of Lübeck, 1707)
08. Fried- und Freudenreiche Hinfahrt, BuxWV 76: II. Klag-Lied
Anthony Holborne (Inglaterra, c1545 – 1602)
09. Muy linda
Tradicional croata. Voz por Milos Valent
10. Joj Mati (Oh, mother, dear mother)
Traditional Swedish wedding march
11. Evertsbergs gamla brudmarscharr, arr. Bjarte Eike
Berit Norbakken Solset (Noruega, 1977 – )
12. Bånsull
Anthony Holborne (Inglaterra, c1545 – 1602)
13. Last will and testament
Ruaidri Dáll Ó Catháin (Irlanda, c1570-c1650)
14. Tabhair dom do lamh (Give me your hand)
John Dowland (Inglaterra, 1563 – 1626)
15. Flow, my tears / Lachrimae antiquae
Jon Balke (Noruega, 1955 – )
16. Introducing Susanne
Johann Sommer (Alemanha, 1542 – Roménia, 1574)
17. Devising Susanne
John Dowland (Inglaterra, 1563 – 1626)
18. Gaillard ‘Susanna’
William Byrd (England, 1540 – 1623)
19. Ye sacred muses
Niel Gow (Escócia, 1727 – 1807)
20. Niel Gow’s lament for the death of his second wife, arr. Bjarte Eike

The Image of Melancholy – 2014 – Bjarte Eike – violin/director
Milos Valent – viola/vocal
Kanerva Juutilainen – violin
Judith-Maria Blomsterberg – cello
Thomas Pitt – cello
Fredrik Bock – guitar/lute
Hans Knut Sveen – organ
Mattias Frostenson – bass

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XLD RIP | FLAC | 327 MB

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MP3 | 320 kbps | 140 MB

Boa audição !

borboletas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

 

Dietrich Buxtehude (1637-1707): O Fröhliche Stunde (Cantatas)

Dietrich Buxtehude (1637-1707): O Fröhliche Stunde (Cantatas)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em 1705, aos 20 anos, Johann Sebastian Bach foi de Arnstadt até Lübeck (300 Km) A PÉ só para escutar o organista Dietrich Buxtehude. Este ficou tão impressionado com Bach que ofereceu um emprego e a sua sucessão como organista, desde que Bach se casasse com a sua filha. O negócio parecia maravilhoso para alguém tão jovem, mas Bach não aceitou. Dizem que a moça, coitada, era um raio de feia. Porém havia mais empecilhos: Bach tinha em vista sua bela prima Maria Barbara que — como todas as Bárbaras –, era linda. Buxtehude, dois meses depois, fez a mesma oferta para um outro jovem compositor alemão de 20 anos que também negou a moça: tratava-se de Händel. Pobre moça. Mas a música do tio Bux ficou e é de primeira qualidade. Você não precisa caminhar 300 Km para ouvi-la, basta baixar em seu computador.

Dietrich Buxtehude (1637-1707): O Fröhliche Stunde (Cantatas)

1. Lobe Den Herrn, Meine Seele
2. Ich sprach in meinem Herzen
3. Quemadmodum Desiderat Cervus
4. Canzon in C-Dur – Dietrich Becker
5. Herr, nun laeszt du deinen Diener
6. Singet Dem Herrn
7. Toccata in G
8. O froehliche Stunden
9. Fuga in G
10. Herr, wenn ich nur dich hab

Jean Tubéry
La Fenice
Hans Jörg Mamme

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Buxtehude tentou vender a filha para Bach, que fugiu
Buxtehude tentou vender a filha para Bach, que fugiu

PQP

German Baroque Cantatas Vols 1, 2 e 3

Bem, este aqui é um trio de CDs da gravadora Ricercar. O grupo que interpreta as obras é o Ricercar Consort. Deve ser a gravadora do grupo, não? Pois os CDs, lançados em 1992, sumiram. Talvez tenham sido relançados por outra gravadora; afinal, o Ricercar ainda anda por aí fazendo música, mas, enfim, tenho pouca informação a respeito da coleção original. Algum de vocês sabe, claro, e vai colocar tudo faixa por faixa nos comentários, não?

Mas ouvi atentamente à música. É muito boa. Trata-se de cantatas compostas na fase pré-Bach naquilo que hoje entendemos por Alemanha. Não são obras pra cima, são sacras sacras. Muitíssimo bem interpretadas, são para os efetivamente tarados pelo barroco, não para os outros.

German Baroque Cantatas Vols 1, 2 e 3

101 Franz Tunder_ Salve mi Jesu.mp3
102 Dietrich Buxtehude_ Wenn ich, Herr Jesu, habe dich.mp3
103 Dietrich Buxtehude_ Jesu, meine Freud und Lust.mp3
104 Heinrich Schutz_ Erbarm dich mein, o Herre Gott.mp3
105 Christoph Bernard_ Was betr?bst du dich, meine Seele.mp3
106 Johann Philipp Krieger_ O Jesu, du mein Leben.mp3
107 Johann Philipp Ahle_ Jesu dulcis memoria.mp3
108 Johann Philipp Ahle_ Gehe aus auf die Landstrassen.mp3
109 Leopoldus I_ Regina Coeli.mp3
201 Herr ich lasse dich nicth.mp3
202 Dialogus inter Christum et fidelem animan.mp3
203 Nichts soll uns scheiden von der Liebe Gotter.mp3
204 Ich halte es dafür.mp3
205 Ich suchte des Nachts.mp3
206 Das neugeborne Kindelein.mp3
301 Johann-Hermann Schein_ Christ, unser Herr, zum Jordan kam (Opella Nova, 1618).mp3
302 Johann-Hermann Schein_ O Jesu Christe, Gottes Sohn (Opella Nova, 1618).mp3
303 Franz Tunder_ An Wasserfl?ssen Babylon.mp3
304 Franz Tunder_ Ach Herr, lass deine lieben Engelein.mp3
305 Frans Tunder_ Wachet auf! ruft uns die Stimme.mp3
306 Anonyme_ Es ist g’nug.mp3
307 Dietrich Buxtehude_ Laudate pueri, Dominium.mp3
308 Dietrich Buxtehude_ Klag-Lied.mp3
309 Dietrich Buxtehude_ Gen Himmel zu dem Vater mein.mp3
310 Dietrich Buxtehude_ Singet dem Herrn.mp3

Ricercar Consort
Henri Ledroit

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Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
Comente a postagem!

PQP

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Trio Sonatas

Apesar da sexta-feira dita santa ter acabado, essa postagem é para comemorar a data. Todos os anos a igreja e a TV alimentam o ideário de dor e sofrimento da paixão de Cristo. E para se unir ao suposto sofrimento de Cristo pela humanidade, tantas outras micro-paixões acontecem. Tantos outras pessoas cismam em se cortar a fim de reproduzir as dores e as chagas de Cristo. Curiosamente, a espiritualidade ocidental foi construída sobre a dor. Assim quanto mais uma pessoa sofre, tanto mais ela é virtuosa. Os ditos santos foram homens que sofreram. Nenhum um santo tornou-se santo por ser feliz. A alegria e a felicidade são sentimentos perigososos que um santo jamais deverá sentir. É necessário que, antes de tudo, ele compunja o semblante. Não tome banho. Não se perfume. Abomine a natureza. O amor carnal. As relações humanas. A música. A poesia. Em suma: a beleza. Quando penso nessas supostas virtudes, lembro-me de uma frase de Nietzsche: “Prefiro ser um sátiro a um santo”. E pensando nisso, chego à conclusão de que a vida é muito pequena para que nos fiemos apenas por uma face dela. O universo está cheio de belezas, de cintilações de mistério. É estúpido, ato de suprema desinteligência, olhar para a vida e fazer da dor apenas virtude. Viver um ascetismo moral, não fruindo das tantas maravilhas que o unievrso nos fornece como dádiva, é ser devoto da mais suprema imbecilidade. Os religiosos são cegos em sua jornada monocromática. É baseado nisso que faço essa deliciosa postagem, cheia de encantos, de beleza. Ou seja, perigosa para os santos. Não deixe de ouvir. Fui até à Alemanha e trouxe essa bela efeméride barroca para este dia ensolarado. Um bom deleite!

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Trio Sonatas

01 – Sonata I in F major, BuxWV 252
02 – Sonata II in G major, BuxWV 253
03 – Sonata III in A minor, BuxWV 254
04 – Sonata IV in Bb major, BuxWV 255
05 – Sonata V in C major, BuxWV 256
06 – Sonata VI in D minor, BuxWV 257
07 – Sonata VII in E minor, BuxWV 258

The Boston Museum Trio
Daniel Stepner, baroque violin
John Gibbons, cravo
Laura Jeppesen, viola da gamba

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Carlinus

Obras sinfônicas mexicanas

Pronto. Pra encerrar meu giro pelo México e pelos Estados Unidos, hoje vai um CD de obras sinfônicas chicanas e, amanhã, outro de Frank Zappa.

O presente álbum, também baixado do blog Música Mexicana de Concerto, foi gravado ao vivo no concerto de centenário da Sinfônica de Minería e não possuo mais dados sobre ele. Sei que é sensacional e muito representativo: tem até marcha à la Strauss, valsa e uma chacona de Buxtehude (orquestrada por Chávez), fora os já postados Huapango, de Moncayo (a Sinfonietta dele, que abre este CD, vale ser ouvida), e Danzón n° 2 de Márquez.

***

Concierto Conmemorativo SMMS (2007)

01 Sinfonietta – J.P. Moncayo
02 Chacona en mi menor – D. Buxtehude arr. Carlos Chávez
03 Danzón No. 2 – A. Márquez
04 A la orilla de un palmar – M. M. Ponce
05 Vals sobre las olas – J. Rosas
06 Marcha Zacatecas – G. Codina
07 Huapango – J.P. Moncayo
08 Dios nunca muere – M. Alcalá
09 Sones de Mariachi – B. Galindo
10 Las mañanitas – D.P.

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CVL

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Obras para Órgão

Se houve alguém “inventou” Bach, este foi Buxtehude. Leiam a seguir o texto que a Sociedade Bach do Brasil publicou nesta página. As intervenções em itálico são minhas.

Prolongando sua licença.

No outono de 1705 (papai tinha apenas 20 anos) Bach pediu uma licença para ausentar-se até Lübeck, lar do brilhante organista Dietrich Buxtehude. Tendo sido concedida uma licença de quatro semanas, Bach foi para Lübeck, percorrendo mais de 400 km em 10 dias. Quando chegou a hora de retornar a Arnstadt, Bach prolongou por mais três meses inteiros sua licença sem comunicar seus empregadores (o eterno criador de casos, mas deixem-no porque sabemos como valeu a pena). É possível que Bach haja partido de Arnstadt pensando em prolongar sua licença para que então pudesse assistir a apresentação de Buxtehude na Abendmusiken, um evento renomado no nordeste da Alemanha em comemoração ao Advento.

Uma oferta que ele poderia recusar.

O cargo do velho Buxtehude chamava a atenção de jovens músicos como Bach. Mas a prática era, que se após a morte de um Diretor Musical, este deixasse alguma filha não casada, o novo Diretor deveria tomá-la como esposa. Uma tradição que foi responsável pelo casamento de Buxtehude. Em 1703 Handel e Mattheson foram a Lübeck, oficialmente para assistir a Abendmusiken, e não oficialmente para verificar a filha solteira de 30 anos de Buxtehude (30 anos?, uma velha para a época!). Bach pode ter prolongado a sua estadia pela mesma razão. Aparentemente ele não gostou do que viu (recusaram o emprego por conta do canhão, certamente!), pois ele retornou a Arnstadt e logo depois se casou com a sua prima Maria Bárbara (sempre as primas…). Mesmo depois de dois anos passados da morte de Buxtehude sua infeliz filha permanecia solteira (coitada).

Ouçam como a música para órgão de Bach deve a tio Bux. Ouçam como a estética de papai é semelhante à do pai do canhão. Obviamente que Bach subiu a alturas que nenhum Bux sequer sonhou, mas foi nos ombros dele que papai ergueu-se para o primeiro salto.

Um grande CD!

Buxtehude: Organ Works

1. Organ Works: Preludium und Ciacona C-dur, Bux WV 137
2. Organ Works: Eine feste Burg ist unser Gott, Bux WV 184
3. Organ Works: Passacaglia d-moll, Bux WV 161
4. Organ Works: Nun komm, der Heiden Heiland, Bux WV 211
5. Organ Works: In dulci jubilo, Bux WV 197
6. Organ Works: Fuge C-dur, Bux WV 174
7. Organ Works: Puer natus in Bethelehem, Bux WV 212
8. Organ Works: Praludium D-dur, Bux WV 139
9. Organ Works: Nun lob, mein Seel, den Herren, Bux WV 212
10. Organ Works: Praludium g-moll, Bux WV 163
11. Organ Works: Wie schon leuchtet der Morgenstern, Bux WV 223
12. Organ Works: Praludium g-moll, Bux WV 149

Ton Koopman, órgão

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PQP

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Cantatas Sacras

Esta coletânea de Cantatas Sacras de Tio Bux é bastante boa, porém, apesar dos grandes intérpretes, algo não funcionou e o CD não me interessou muito. Deve ter sido desatenção de minha parte, pois as obras de Buxtehude normalmente me interessam demais. Bom sábado a todos!

Buxtehude: Sacred Cantatas, Vol 1

01 Sonata ;Ich habe Lust abzuacheiden
02 Ich habe Lust abzuacheiden ;Ich habe Lust abzuacheiden
03 Spann aus, spann aus, ach frommer Gott ;Ich habe Lust abzuacheiden
04 Dann was ist doch die schno¨de Welt ;Ich habe Lust abzuacheiden
05 Wie einer, welcher auf dem Meer ;Ich habe Lust abzuacheiden
06 So spann doch aus, ach frommer Gott ;Ich habe Lust abzuacheiden

07 Sonata ;Salve, Jesu, patris gnate unigenite
08 Salve, Jesu, patris gnate unigenite ;Salve, Jesu, patris gnate unigente
09 O vis amoris tui, Jesu, maxima! ;Salve, Jesu, patris gnate unigenite
10 Cur fasciis te involvis laceris, Jesule ;Salve, Jesu, patris gnate unigenite
11 Cur alges, qui fulmina fira vibras ;Salve, Jesu, patris gnate unigenite
12 O suavis, o grandis amor, o fortis amor ;Salve, Jesu, patris gnate unigenite
13 Jesu, opstupesco, in quem amorem tui colliquesco ;Salve, Jesu, patris gnate unigenite

14 Jesu dulcis memoria ;Jesu dulcis memoria
15 Nil canitur suavis ;Jesu dulcis memoria
16 Jesu, spes peonitnentibus ;Jesu dulcis memoria
17 Jesu, dulcedo cordium ;Jesu dulcis memoria
18 Ned lingua valet dicere ;Jesu dulcis memoria
19 Jesu, rex admirabilis ;Jesu dulcis memoria
20 Mane nobiscum, Domine ;Jesu dulcis memoria
21 Amor Jesu dulcissmus ;Jesu dulcis memoria
22 Jesu dulcis memoria ;Jesu dulcis memoria

23 Sonata ;Mein Herz ist bereit
24 Mein Herz ist bereit, Gott, daB ich singe und lobe ;Mein Herz ist bereit
25 Wache auf, meine ehre, wache auf, Psalter und Harfe ;Mein Herz ist bereit
26 Herr, ich will dir danken unter den Volkern ;Mein Herz ist bereit
27 denn deine Gute ist so weit de Himmel ist ;Mein Herz ist bereit
28 Erhebe dich, Gott, uber den Himmel ;Mein Herz ist bereit

29 Fuga

30 Cantate Domino canticum novum ;Cantate Domino
31 Cantate Domino, et benedicite nomini ejus ;Cantate Domino
32 In omnibus populis mirabilia ejus ;Cantate Domino
33 Quoniam magnus Dominus et laudabilis nimis ;Cantate Domino
34 Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto ;Cantate Domino

35 Sonata ;Ich halte es dafur
36 Ich halte es dafur ;Ich halte es dafur
37 Was qua¨let mein Herz ;Ich halte es dafur
38 Was a¨ngstet mein Herz ;Ich halte es dafur
39 Ach war ich bei dir ;Ich halte es dafur
40 Du gibest mir ruh ;Ich halte es dafur
41 Drum Laß ich der Welt ;Ich halte es dafur

43 Sonata ;Jesu, meine Freude
44 Jesu, meine Freude ;Jesu, meine Freude
45 Unter deinem Schirmen ;Jesu, meine Freude
46 Trotz dem alten Drachen ;Jesu, meine Freude
47 Weg mit allen Scha¨tzen ;Jesu, meine Freude
48 Gute Nacht, o Wesen ;Jesu, meine Freude
49 Weicht, ihr Trauergeister ;Jesu, meine Freude

Suzie LeBlanc
Emma Kirkby
Peter Harvey
Purcell Quartet
Richard Boothby
Robert Woolley, órgão
Clare Salaman, violino

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PQP

D. Buxtehude (1637 – 1707) / J. Pachelbel (1653 – 1706) – Música de Câmara

A música de Buxtehude é imensamente parecida com a do Bach inicial. Tio Bux – imenso compositor – foi um grande modelo para meu pai. Ele fez uma longa viagem a pé para aprender composição e órgão com Bux. Ouçam a Sonata Bux 273 a fim de conferir quão “de Bach” parece aquele ostinato ao fundo com os violinos improvisando em cima. Este disco do Musica Antiqua é uma jóia diversas vezes reeditada para Archiv. Depois, divirtam-se com a versão original do Famoso Canon de Pachebel, outro excelente compositor para este instrumento esquecido que é o órgão. Como cafezinho, enquanto vocês estiverem baixando o CD, vejam o vídeo da gravação do Canon em versão com instrumentos originais do século XVIII.

Buxtehude and Pachelbel – Chamber Music
1 Sonata for 2 violins, viola da gamba & continuo in G major, BuxWV 271
Composed by Dietrich Buxtehude
with Cologne Musica Antiqua
Conducted by Reinhard Goebel

2-6 Sonata and Suite, for violin, viola da gamba & continuo in B flat, BuxWV 273
Composed by Dietrich Buxtehude
with Cologne Musica Antiqua
Conducted by Reinhard Goebel

7 Sonata for 2 violins, viola da gamba & continuo in C major, BuxWV 266
Composed by Dietrich Buxtehude
with Cologne Musica Antiqua
Conducted by Reinhard Goebel

8-15 Partie á 4, for violin, 2 violas & violone (or continuo) in G major, T. 339
Composed by Johann Pachelbel
with Cologne Musica Antiqua
Conducted by Reinhard Goebel

16-19 Partie IV, for 2 scordatura violins & continuo in E minor (Musicalische Ergötzung No. 4), T. 334
Composed by Johann Pachelbel
with Cologne Musica Antiqua
Conducted by Reinhard Goebel

20 Aria con variazioni, for violin, 2 violas da gamba & continuo in A major, T. 341
Composed by Johann Pachelbel
with Cologne Musica Antiqua
Conducted by Reinhard Goebel

21-22 Canon and gigue, for 3 violins & continuo in D major, T. 337
Composed by Johann Pachelbel
with Cologne Musica Antiqua
Conducted by Reinhard Goebel

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[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=QjA5faZF1A8[/youtube]

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Obras para Cravo

Em 1703, em Arnstadt, aos 18 anos, meu pai, o imenso Johann Sebastian Bach, tomou posse do cargo de organista da igreja de St. Boniface. Durante sua gestão, fez uma viagem a Lübeck (uma jornada de 300 Km que fez a pé) para ouvir e receber conselhos do grande organista Dietrich Buxtehude. Era para ficar quatro meses com Bux, mas meu pai ficou cinco… Tal descumprimento o fêz perder o emprego e ele foi obrigado procurar outro, encontrando-o em Mülhausen, em 1706. Neste ano ele casou-se com sua prima, Maria Bárbara, que não cheguei a conhecer, tendo apenas tomado contato com Anna Magdalena, sua segunda esposa, mas essa é outra história. (Obs.: há uma correção nos comentários escrita pela filha de titio Bux.)

Buxtehude foi reconhecido principalmente como organista, mas foi bem mais do que isto. Em 1658, Buxtehude assume a função de seu pai, também organista, na igreja em Hälsingburg em 1658 e, em 1660 vai para Helsingor, e, posteriormente, para Lübeck, na Alemanha, onde é nomeado Werkmeister e organista da Marienkirche em 11 de abril de 1668, após concorrido concurso. Casa-se, em agosto desse ano, com Anna Margarethe Tunder, filha de Franz Tunder, seu antecessor nesta igreja. Esse era o costume da época, no qual o sucessor do organista da igreja deveria se casar com a filha do seu antecessor. A partir daí, e nos próximos 40 anos, Buxtehude entraria na parte mais prolífica de sua carreira, principalmente considerando que sua obra era praticamente nula até então.

Buxtehude ganha prestígio com a retomada da tradição dos Abendmusik, que eram saraus vespertinos organizados na igreja, idealizados por seu antecessor inicialmente apenas como entretenimento para os homens de negócios da cidade, previstos para ocorrerem em cinco domingos por ano, precedendo o Natal. Mas Buxtehude ampliou grandemente o escopo destes saraus e para eles compôs algumas de suas melhores obras, em forma de cantata, das quais se preservam cerca de 120 em manuscrito, com textos retirados da Bíblia, dos corais da tradição Protestante e mesmo da poesia secular. Também dedicou-se a outros gêneros, como solos para órgão (variações corais, canzonas, toccatas, prelúdios e fugas) e os concertos sacros. Todos os oratórios se perderam, mas guardam-se os registros de que existiram. Sem esquecer de Bach, em diversas ocasiões, foi visitado por compositores promissores da época, como Haendel e Mattheson, que o procuravam principalmente quanto à sua fama de organista.

Buxtehude é um compositor fundamental do barroco alemão. Foi uma espécie de pai espiritual de Bach. As obras deste CD são uma prova disso. Não pensem que as 30 Variações das Goldberg mais as duas árias não tenham nada a ver com as 32 variações da La Capricciosa. Ouçam esta obra e depois voltem às Goldberg. Está lá o agradecimento de meu pai ao grande Bux.

P.Q.P. Bach

Dietrich Buxtehude: Capricciosa (La) / Suite in G Minor

1. Toccata in G major, BuxWV 165 04:58

La Capricciosa (32 Variations on the “Bergamasca”), BuxWV 250
2. Variations 1 – 8 04:24
3. Variations 9 – 16 05:14
4. Variations 17 – 24 04:00
5. Variations 25 – 32 04:03

Auf meinen lieben Gott, BuxWV 179
6. I. Allemande and Double 02:59
7. II. Sarabande 01:06
8. III. Courante 00:46
9. IV. Gigue 00:45

10. Prelude in G major, BuxWV 162 05:26

11. Air with Two Variations in A minor, BuxWV 249 06:44

12. Prelude in G minor, BuxWV 163 07:31

Suite in G minor, BuxWV 241
13. I. Allemande 02:03
14. II. Courante 01:00
15. III. Sarabande 01:12
16. IV. Gigue 01:02

17. Canzonetta in G major, BuxWV 171 02:06

Glen Wilson, harpsichord

Total Playing Time: 49:19

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Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Membra Jesu Nostri

Membra Jesu Nostri é a homenagem deste ateu ao Natal. Trata-se de um ciclo de sete pequenas cantatas compostas em 1680. A letra, Salve mundi salutare – também conhecida como Rhythmica oratio – é um poema atribuído às vezes a São Bernardo de Claraval (1153), outras vezes a Arnulf de Louvain (1250), ambos da ordem cisterciense. Cada uma das sete partes em que se divide a obra é dedicada a uma parte do corpo crucificado de Jesus: pés, joelhos, mãos, costas, peito, coração e cabeça. É música sacra da melhor qualidade. F.D.P. Bach deve estar preparando também sua alusão à data: será o Oratório de Natal, composto por papai. Aguardem.

Sobre Buxtehude, tenho a dizer que era imenso compositor, organista admiradíssimo por meu pai – que viajou algumas vezes para encontrá-lo e vê-lo tocar – e que seria mais conhecido, não fora a presença sufocante de papai em nossa cultura. Entre nós, os mais jovens da família, era conhecido como tio Bux.

Membra Jesu Nostri – Ciclo de 7 Cantatas

1. Membra Jesu Nostri – Ad Pedes
2. Membra Jesu Nostri – Ad Genua
3. Membra Jesu Nostri – Ad Manus
4. Membra Jesu Nostri – Ad Latus
5. Membra Jesu Nostri – Ad Pectus
6. Membra Jesu Nostri – Ad Cor
7. Membra Jesu Nostri – Ad Faciem

Sir John Eliot Gardiner, regência;
Monteverdi Choir;
English Baroque Soloists.

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