Stephen Hough’s Spanish Album – Peças de A. Soler, E. Granados, I. Albeniz, F. Mompou, F. Longas, C. Debussy, M. Ravel, F. X. Scharwenka, W. Niemann e S. Hough

Stephen Hough’s Spanish Album – Peças de A. Soler, E. Granados, I. Albeniz, F. Mompou, F. Longas, C. Debussy, M. Ravel, F. X. Scharwenka, W. Niemann e S. Hough

Peças para Piano 

Vários Compositores

 

Uma alusão à música espanhola nos traz à memória uma variedade de ritmos e estilos que vão do violão clássico, passando pelo flamenco, zarzuela e outros. Esses ritmos e estilos inspiraram compositores de Espanha e de outros países também.

Como não pensar no Capricho Espanhol, de Rimsky-Korsakov, na ópera Carmen, de Bizet ou no balé El amor brujo, de Manuel de Falla?

A música tem esse poder de evocar lembranças em todos os nossos sentidos: sons, cores, temperatura e sabores – tudo junto e misturado.

O disco desta postagem nos transporta para um mundo de paixões e misticismo. Você identificará em cada faixa algum aspecto da cultura espanhola e ficará surpreso ao perceber que nem todas as peças foram compostas por espanhóis.

O disco merece ser ouvido muitas vezes. Primeiro por sua simples beleza e sensualidade. Depois você perceberá a altíssima qualidade técnica do pianista Stephen Hough, um dos melhores em atividade.

A maneira como o disco foi concebido, desfilando compositores espanhóis, fraceses e de outras nacionalidades, mas também guardando alguma ordem cronológica mostra o cuidado da produção.

Real Alcazar, Sevilha

A sonata do padre Antonio Soler nos lança imediatamente no clima de ritmos empolgantes, de clara evocação espanhola. Soler aprendeu muita coisa com o Domenico Scarlatti!

A sequência também apresenta peças mais poéticas, onde ritmos mais dolentes revelam o caráter apaixonado da cultura espanhola.

Os compositores franceses agregam muita sofisticação e refinamento ao disco.

Stephen Hough

As últimas faixas exibem o aspecto virtuosístico do pianista que compôs a última delas. É a técnica colocada ao serviço da música (e do nosso prazer), não o contrário.

O selo Hyperion é mais uma garantia de qualidade na produção sonora, nas notas do livreto e na escolha da (magnífica) capa. Veja o que disse a Classic CD sobre o álbum: “This is a terrific disc. A master pianist reminds us that the piano can delight, surprise and enchant!”

Stephen Hough’s Spanish Album

  1. Antonio Soler (1729-1783) – Sonata em fá sustenido maior
  2. Enrique Granados (1867-1916) – Valses poéticos
  3. Isaac Albéniz (1860-1909) – Evocación, do livro I, de Iberia
  4. Isaac Albéniz – Triana, do livro II, de Iberia
  5. Frederico Mompou (1893-1987) – Pájaro triste, de Impressiones íntimas
  6. Frederico Mompou – La barca, de Impressiones íntimas
  7. Frederico Mompou – Secreto, de Impressiones íntimas
  8. Frederico Mompou – Gitano, de Impressiones íntimas
  9. Federico Longas (1893-1968) – Aragón
  10. Claude Debussy (1862-1918) – La soirée dans Grenade, de Estampes
  11. Claude Debussy – La sérenade interrompue, dos Préludes, livro I
  12. Claude Debussy – La Puerta del Vino, dos Préludes, livro II
  13. Maurice Ravel (1875-1937) – Pièce em forme de Habanera, arranjo de Maurice Dumesnil (1886-1974)
  14. Isaac Albéniz – Tango, arranjo de Leopold Godowsky (1870-1938)
  15. Franz Xaver Scharwenka (1850-1924) – Spanisches Ständchen, Op. 63, 1
  16. Walter Niemann (1876-1953) – Evening in Seville, Op. 55, 2
  17. Stephen Hough (b 1961) – On Falla (2005)

Stephen Hough, piano

Produção: Andrew Keener

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FLAC | 181 MB

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MP3 | 320 KBPS | 164 MB

Stephen Hough esperando a van do PQP para levá-lo ao Castelo do PQP para um fim de semana com a turma…

Se você não ficar fascinado, adicto e dependente deste disco, então eu não sei de mais nada. Este merece nosso Selo RD de (Ótima) Qualidade!

Anda, vai, baixa logo, mas cuidado, material altamente contagiante!

René Denon

Xaver Scharwenka (1850-1924): Piano Concerto no. 4

Xaver Scharwenka (1850-1924): Piano Concerto no. 4

Hoje estou compartilhando mais uma gravação da Naxos do pianista e compositor Franz Xaver Scharwenka. Nascido em 6 de janeiro de 1850 em Samster (na moderna Szamotuly perto de Poznań, Polônia) no coração da então região prussiana de Wielkopolska. Este CD traz algumas adoráveis danças polonesas e o gigante (em termos de dificuldade pianística) concerto número 4. Ativo tanto como pianista, compositor e professor, Xaver evitou a vanguarda musical, assim como os modismos parisienses e vienenses do final e início do século XX, permanecendo fiel às idéias estéticas românticas do século XIX. Apesar de seus contemporâneos, como por exemplo Liszt, elogiassem os seus trabalhos como compositor a história, no entanto, se move de misteriosas maneiras, e por alguma estranha razão o seu trabalho foi esquecido por muitos anos. Suas principais composições se mostraram de muito difícil execução para muitos artistas, e as audiências esperavam ouvir niovidades e não peças que arremetiam ao romantismo tardio. Talvez por estas razões as obras de Scharwenka foram negligenciadas.

Espero que esta gravação prove que o trabalho de Scharwenka é um elemento valioso do patrimônio musical polaco, digno de reintrodução. As peças que fazem parte deste quarto CD que compartilho com vocês , traz obras que gozavam de considerável popularidade e eram freqüentemente executadas na virada do século XIX para o XX. As Danças Polonesas são peças que gosto muito, os ritmos da tradição folclórica polonesa misturado com sua paixão por Chopin nos remetem às mazurcas do último mostrando bem quais foram as fontes de inspiração. O Concerto em Fá menor, é o último concerto para piano de Scharwenka. Coroa sua experiência como virtuosi do piano, requer alta demanda de técnica do solista, alcançam o ápice do desempenho habilidades, particularmente nos movimentos finais.
Na época as plateias queriam ver os artistas em geral como figuras de circo, fazendo malabarismo para executar música, ouvimos muitas passagens que requer uma técnica absurda, textura maciça da parte de piano baseada em oitavas duplas, repetições e passagens de bravura, bem como sequências de acordes em oitavas e cadências virtuosas cobrindo toda a gama de som do instrumento criando uma impressão de que o compositor queria resumir realizações do pianismo da época em uma única composição. Do ponto de vista estilístico, o concerto é uma peça eclética, que combina elementos típico dos concertos brilhantes de Mendelssohn, Liszt e Tchaikovsky. Composto em 1908, o Concerto para Piano em Fá menor, Op. 82, teve sua estréia em Berlim em outubro do mesmo ano. Dois anos depois o compositor fez o concerto em Nova York, Scharwenka como solista acompanhado pela New York Symphony Orchestra sob a batuta de Gustav Mahler. Embora um trabalho de gênio, sua incrível técnica e dificuldade interpretativa fez com que o Concerto, ao longo do tempo, fosse ignorado pela maioria dos pianistas. Neste Cd quem encarou o grande desafio técnico foi o pianista François Xavier Poizat e a Poznań Philharmonic Orchestra sob a regência de Łukasz Borowicz. De quebra ainda temos a abertura Mataswintha e a sonata para Cello Op. 46. São belas obras do romantismo tardio que valem a pena ouvir.

Xaver Scharwenka (1850-1924): Piano Concerto no. 4

01 – Piano Concerto No.4 in F minor, Op.82 – I. Allegro patetico
02 – Piano Concerto No.4 in F minor, Op.82 – II. Intermezzo Allegretto molto
03 – Piano Concerto No.4 in F minor, Op.82 – III. Lento
04 – Piano Concerto No.4 in F minor, Op.82 – IV. Allegro con fuoco
05 – Mataswintha – Opera Overture
06 – Cello Sonata in E minor, Op.46 – II. Andante religioso
07 – Polish National Dances, Op.3 – No. 1 in E flat minor
08 – Polish National Dances, Op.3 – No. 8 in B flat minor
09 – Polish National Dances, Op.3 – No. 15 in B flat major

Piano – François Xavier Poizat
Poznań Philharmonic Orchestra
Maestro – Łukasz Borowicz

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Xaver, Francois e Lukasz se preparando para fazer bonito no PQP

Franz Xaver Scharwenka (1850-1925): Peças para piano Volume 3

Franz Xaver Scharwenka (1850-1925): Peças para piano Volume 3

Neste terceiro CD da série dedicada ao grande pianista, compositor e professor Xaver Scharwenka (1850-1924) a gravadora Hyperion selecionou mais nove peças sempre com a competente interpretação da pianista turca Seta Tanyel. As peças que abrem este CD são quatro Danças Polonesas, Op 58, foram compostas quando Scharwenka estava no auge de seu poder criativo. Em contraste com seus trabalhos anteriores neste gênero, essas peças fazem um maior uso de harmonias cromáticas e modulações avançadas, mostrando maior maturidade do compositor, não são apenas meras referências às mazurcas de Chopin. Embora Scharwenka não fosse o nacionalista ardente há talvez uma referência irônica ao hino polonês na última peça deste conjunto. Já o Scherzo em sol maior, Op 4 (1869) é uma peça cheia de exuberância juvenil e um bom exemplo da capacidade de Scharwenka de compor de forma eficaz para sua própria exibição como virtuoso sem sacrificar o verdadeiro conteúdo musical. O pianista não recebe trégua enquanto a peça se desenrola, terminando com uma onda espetacular de dificílimas oitavas quebradas. O século XIX foi a idade de ouro dos grandes pianistas virtuosos que eram obrigados pela tradição a compor música para tocar em seus próprios concertos. Durante a primeira metade do século, em particular, muita música foi escrita principalmente para simples exibição de virtuosismo do intérprete e continha todas as dificuldades técnicas imagináveis. Um grande número de fantasias, rondós e conjuntos de variações sobre as melodias populares apareceram, que foram alvo de críticas muito negativas de músicos e compositores sérios, representados em particular por Robert Schumann. Scharwenka não foi exceção, criou obras para não ficar de fora da dita moda dos pianistas “malabaristas”. A Barcarolle em Mi menor Op 14 é uma peça curta composta no início da década de 1870. Scharwenka usa seu conhecimento profundo do piano com um bom efeito, com uma rica linha melódica acima de um constante e ondulante acompanhamento, peça bem bonita. A obra Novelette und Melodie, Op 22, (1875), encontamos alguma evidência aqui da influência de Schumann, particularmente na Novelette mais enérgica, em contraste direto, a simplicidade do Melodie cria um ar de tranquilidade zen. Com exceção de suas Danças polonesas, Variations para Piano, Op 48, foi provavelmente o trabalho mais popular de Scharwenka durante sua vida. Ele certamente tocava em seus concertos e, em 1919, foi interpretado pelo jovem Claudio Arrau em Berlim, em um concerto para celebrar o quinquagésimo aniversário de Scharwenka como artista, as Variações são um excelente trabalho de grande criatividade. Divirtam-se !

Peças para piano Volume 3

01 Polish Dance op 58 n01
02 Polish Dance op 58 n02
03 Polish Dance op 58 n03
04 Polish Dance op 58 n04
05 Scherzo in G major op 4
06 Barcarolle in E minor op 14
07 Novelette und melodie op 22 – Novelette
08 Novelette und melodie op 22 – Melodie
09 Variations for piano op 48

Piano – Seta Tanyel

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Seta Tanyel e Xaver, El Bigodon.

Ammiratore

Franz Xaver Scharwenka (1850-1925): Peças para piano CD2

Franz Xaver Scharwenka (1850-1925): Peças para piano CD2

Olá pessoal, estou postando o segundo CD da obra de Scharwenka, assim como o CD 1 este conjunto de peças para piano surpreendem bastante pela harmonia gostosa e alegre de ouvir. Composto em 1877 e dedicado a Brahms, o Romanzero Op 33 é uma fantasia em quatro movimentos. O primeiro movimento dramático um scherzo é seguido por um Adagio bastante contemplativo, que serve como um intermezzo que conduz ao terceiro movimento. Aqui, após a abertura do Vivace, o tema do Adagio aparece novamente. No Allegro do último movimento parece sugerir uma polonesa de Chopin, melodia leve e envolvente. A sonatina em mi menor, Op 52 n º 1 foi composta em 1880. É bastante formal em estilo, seguindo modelos do período clássico, com um “Tempo di Menuetto” como o segundo movimento. A sonoridade desta sonatina lembra obras compostas voltadas ao estudo do piano, de habilidade intermediária, uma elegante peça para os pianistas amadores. Ao longo de sua carreira criativa, Scharwenka retornava constantemente a escrita das danças polonesas, assim como Chopin sempre retornava a escrever mazurcas. De fato, a maioria das chamadas danças polonesas de Scharwenka são mazurkas. Ele escreveu cerca de trinta ao todo, e os dois aqui que compreendem Op 29, em Dó menor e Si menor, respectivamente, foram escritos por volta de 1876. Como a maioria de seus trabalhos anteriores nesse gênero, eles consistem em um número pequeno de temáticas contrastantes e elegantes. Durante os sete anos que se passaram desde o aparecimento de sua primeira sonata para piano, Scharwenka estabeleceu sua reputação como compositor, e sua segunda sonata em Mi Op 36, composta em 1878, foi sem dúvida seu trabalho mais substancial para piano solo. Dividido em quatro movimentos, com o scherzo precedendo o terceiro movimento lento. Mais uma vez o conteúdo melódico é forte e a escrita do piano é de alto padrão consistente, como se poderia esperar de um dos principais pianistas do início do século vinte. Um apanhado de obras que nos remetem instantâneamente ao compositor que o mestre pianista Scharwenka gostava mais de interpretar: Chopin.

Aclamada tanto por suas performances distintas do repertório tradicional quanto por sua consistente defesa das obras de compositores menos conhecidos, Seta Tanyel tem atraído muita atenção do público em todo o mundo. Nascida em Istambul nos idos de 1947, de ascendência armênia. Ela recebeu inúmeros elogios da crítica por suas gravações nos selos das Chandos, Collins Classics e Hyperion. “As performances de Seta Tanyel estão além do louvor em sua inestimável série Scharwenka”, declarou a revista Gramophone. As gravações pelo selo da Hyperion foi descrita pela revista americana Fanfare como “uma adição diferenciada ao catálogo – um vencedor. Ouçam e divirtam-se !

Franz Xaver Scharwenka CD2

01 Romanzero Op 33 Allegro
02 Romanzero Op 33 Adagio
03 Romanzero Op 33 Vivace
04 Romanzero Op 33 Allegro
05 Sonatine in E minor Op 52 Allegro
06 Sonatine in E minor Op 52 Tempo di Menuetto
07 Sonatine in E minor Op 52 Allegro
08 Polish Dance Op 29 Vivace
09 Polish Dance Op 29 Moderato
10 Sonata No 2 Op 36 Allegro Maestoso
11 Sonata No 2 Op 36 Allegro appassionato
12 Sonata No 2 Op 36 Adagio
13 Sonata No 2 Op 36 Allegro con brio

Seta Tanyel – Piano

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Franz Xaver Scharwenka (1850-1925), fazendo pose !

Ammiratore

Franz Xaver Scharwenka (1850-1925): Peças para piano

Franz Xaver Scharwenka (1850-1925): Peças para piano

Caros começarei este texto com uma pergunta: será que o nome de um compositor pode influenciar a manter sua música nas salas de concerto? Pensem nisso por um momento. Quantos compositores têm nomes difíceis? Existem alguns, principalmente os russos, mas nomes como Verdi, Mozart e similares são fáceis de pronunciar. Chopin é um pouco complicado, mas é agradável de se pronunciar. Que tal Scharwenka? Schar-quem-nka? Franz Xaver Scharwenka ( 6 de janeiro de 1850 em Samter, Prússia – 8 de dezembro de 1924 em Berlim) não tem um nome fácil ou agradável para se pronunciar. Ele foi um pianista , compositor e professor polonês/alemão muito respeitado. Eu conhecia sua dança polonesa número 1 op.3 (faixa 6) e só. Achei uma coleção de obras em quatro CD’s (que postarei) e fiquei maravilhado. O cara era bom! Seus concertos para piano são fenomenais. Tome Rachmaninoff, misture-o com Tchaikovsky, adicione um pouco de Schumann e você terá um concerto para piano de Scharwenka. As obras desde primeiro CD são para piano solo interpretado pela pianista Seta Tanyel, de cara percebemos uma forte influência da música de Chopin. Mas são obras originais e encantadoras. Por que, por que, por que ele não é representado nas salas de concerto, ou mesmo nas rádios ? As instituições musicais temem que as pessoas não venham ouvir um compositor com um nome nada familiar ? É possível.

O público adoraria Scharwenka? Sim, sem duvida. Ouçam e cometem, eu sinceramente não conhecia este compositor e gostei muito !

Franz Xaver Scharwenka CD1
01 Xaver Scharwenka Piano Sonata 1 op 6 – Allegro
02 Xaver Scharwenka Piano Sonata 1 op 6 – Scherzo
03 Xaver Scharwenka Piano Sonata 1 op 6 – Cantabile
04 Xaver Scharwenka Piano Sonata 1 op 6 – Allegro Molto
05 Xaver Scharwenka Impromptu op 17
06 Xaver Scharwenka Polish Dance op 3 – 1
07 Xaver Scharwenka Polish Dance op 3 – 2
08 Xaver Scharwenka Polish Dance op 3 – 3
09 Xaver Scharwenka Polish Dance op 3 – 4
10 Xaver Scharwenka Polish Dance op 3 – 5
11 Xaver Scharwenka Polonaise op 12
12 Xaver Scharwenka Waltz Eglantine op 84
13 Xaver Scharwenka Polonaise op 42

Seta Tanyel – Piano

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Ammiratore