Stephen Hartke (1952): The Horse with the Lavender Eye – Piano and Chamber Music

Uma joia, uma maravilha esse CD. Música moderna do melhor nível. Fiquei entusiasmado com a qualidade do que ouvi e dos reconhecimentos que fiz. Ouvi My favorite things distorcida em meio às belas invenções desse Hartke. Não sabia nada acerca do autor e fui ver se havia alguma notícia biográfica ou entrevista do sujeito. Encontrei e a qualidade do ser humano não nega sua música. Um postura impecável frente à religião e… Bem, copio abaixo a entrevista e peço para vocês prestarem atenção a sua resposta para a pergunta de número 12.

Hartke is one of the most exciting contemporary composers, writing orchestral and chamber music that blends the most experimental aspects of concert music with simpler elements of folk songs, and the comprehensible structures of song forms. Listen to his piece “The King of the Sun.”

1. What’s the first piece of music you listened to today?
The sound of finches dive-bombing the windows of my house to pick off the moths that had taken refuge on the glass during the night.  I know this sounds rather like a John Cage sort of answer, and, to be honest, I don’t have much use for John Cage. The fact is, I don’t listen to recorded music every day. I rather think we hear too much music nowadays, and it ceases to be special. When I was younger, I certainly did listen to recordings a lot, and attended far more concerts, but now I’m more inclined to sit quietly and remember pieces or to flip through a score or play something. Later this morning, after the finch attack was over, I played through a couple of the Bach English Suites and a few Scarlatti sonatas.

2. What are your vices?
My musical vices include a fondness for unison orchestral doublings of flutes, oboes and clarinets. Some folks think I am overfond of natural harmonics in the strings, but there’s no twelve-step program for that (most string instruments can’t get past the eighth step partial anyway). I also take perverse and anachronistic delight in the vibraphone with the motor on.

3. What is one of your prejudices?
I heartily dislike popular culture, especially rock and roll.

4. In what way do you think music has the ability to change the way people live their lives?
This question suggests that you think that such an ability might be a good thing. I’m not so sure. Music makes life worth living, but I don’t know if it is because it might have a power to change someone’s life. Certainly most music written with a political purpose does not achieve its aim. The Three-Penny Opera was intended as a work of musique-engagee and was tremendously successful as a work of musical theater, but it did nothing to alter the course of German political or social life, more’s the pity.

5. At what age did you first feel distrust?
At the age of 54 when I was first posed this question by you.

6. What is the best piece of music you’ve ever created, in your opinion?
My favorites shift according to my mood and my ever-evolving perspective as I write more. However, at the moment I’m inclined to say “Cathedral in the thrashing rain.”

7. Right now, how are you trying to change yourself?
By relaxing.

8. If you had the time, what else would you do?
Learn a few more languages.

9. What social cause do you feel the most strongly about (negative or positive)?
Bringing an end to all superstition and releasing mankind from the thralldom imposed by religion.

10. What are your fears?
That religionists will hasten the demise of life on this planet through their vainglorious belief that the world was created for them by some sort of uber-parent.

11. What is your favorite joke (tasteful or tasteless)?
A nice old lady meets a 9-year old child and starts an innocent little chat.  “What do you want to be when you grow up?” she asks. The kid replies: “A dry-cleaner.”

12. Who is your favorite author?
Joaquim Machado de Assis

13. What is your favorite movie?
Fellini’s Eight and a Half

14. Favorite album(s) from the last few years?
The Complete Sacred Music of Henry Purcell (Hyperion)

15. What would you like to know more about?
Just about everything.

16. What is one thing you would like to do/see/accomplish before you die?
I’d like to visit Japan.

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Stephen Hartke (1952):
The Horse with the Lavender Eye – Piano and Chamber Music

The Horse with the Lavender Eye (1997)
Episodes for Violin, Clarinet and Piano
1 I Music of the Left. Left-handed
2 II The Servant of Two Masters. Quite manic
3 III Waltzing at the Abyss. Gingerly, but always moving along
4 IV Cancel My Rumba Lesson. Two Left Feet

Selections from ‘Post-modern Homages’ (1984-92)
for Piano
5 Sonatina-Fantasia (1987). Giubilante
6 Gymnopédie No. 4 (1984). Suave
7 Template (1985). Presto
8 Estudo-Scherzo (1992). Presto-leggiero
9 Sonatina DCXL (1991). Boppin’ along

Sonata (1997-98)
for Piano
10 I Prelude. Massive
11 II Scherzo. Epicycles, Tap-dancing, and a Soft Shoe. Deft and lively
12 III Postlude. Floating

The King of the Sun (1988)
Tableaux for Violin, Viola, Cello and Piano
13 I Personage in the night guided by the phosphorescent tracks of snails. Stealthily
14 II Dutch interior. Phantasmagorical
15 III Dancer listening to the organ in a Gothic cathedral. Granitic
16 Interlude. Tempo of Movement I
17 IV The flames of the sun make the desert flower hysterical. Fiery
18 V Personages and birds rejoicing at the arrival of night. Quietly energetic, with an air of innocence

Richard Faria: clarinet
Xak Bjerken: piano
Ellen Jewett: violin
Los Angeles Piano Quartet

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PQP

José Siqueira (1907-1985) – Peças para Quarteto de Cordas: Tríptico Negro I, Toada e Louvação [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!, como não poderia deixar de ser, em se tratando de José Siqueira!

Meu acervo de José Siqueira, parco que só, já estava no fim, mas eis que levantei meu clamor aos céus e aos ouvintes/usuários deste blog e o maestro Harry Crowl abriu seu baú de preciosidades para compartilhar conosco mais algumas pérolas que fazem parte de seu acervo-tesouro musical. Por isso ainda temos hoje um último suspiro, um alento, um afago terno e singelo da música deste grande brasileiro alijado na história e que tentamos sofregamente recuperar.

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Na postagem de hoje, de Peças para Quarteto de Cordas, podemos ver muito bem como José Siqueira era um grande melodista. As peças deste álbum seguem suas vertentes de pesquisa mais destacadas: sobre música nordestina e música negra e… São lindas! São melodias que, se você ouvi-las por uma ou duas vezes, vão voltar e visitar sua memória e se repetir na sua cabeça. Mas não ache que isso ocorre porque as músicas são fáceis. Pelo contrário, se por um lado são de uma estrutura singela, sem muitos incrementos, possuem aquela profusão de síncopas característica dos ritmos brasileiros e tão apreciada e valorizada por Siqueira, e estão amarradas, todas elas, por melodias muito redondas, cantabiles, ricas em beleza.
Admito que o quarteto não é dos melhores que já ouvi, há momentos em que algumas notas não estão perfeitas, mas como ocorre comumente com música erudita brasileira, é a única gravação que conhecemos (com exceção da Toada, que está aqui): não há muito como escolher… De qualquer forma, as peças são interessantíssimas e valem (meu Deus, como valem) demais o download e a audição!

Agradecimento especial ao Harry Crowl que, sempre solícito aos nossos apelos, cedeu os fonogramas via Avicenna! Valeu muito vocês dois!

É coisa linda! Um primor! Ouça! Ouça!

José Siqueira (1907-1985)
Peças para Quarteto de Cordas

01. Louvação
02. Toada para Cordas
03. Triptico Negro I – 1. Calmo e Recitado
04. Triptico Negro I – 2. Calmo e expressivo
05. Triptico Negro I – 3. Apressado

Quarteto Brasileiro da UFRJ
Santino Parpinelli e Henrique Morelenbaum, violinos
Jacques Nirenberg, viola
Eugen Ranevsky, violoncelo

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Ouça! Deleite-se! … E não se esqueça de nos escrever umas letrinhas amigas…


José Siqueira regendo na URSS na década de 1980: repare no texto em cirílico…

Bisnaga

Antonin Dvorák (1841-1904) – Concerto for Cello & Orchestra in B Minor – Richard Strauss (1864-1949) – Don Quixote – Maisky, Mehta, BPO


Trago mais uma versão do maravilhoso Concerto para Cello, de Dvorák, para desespero do mano PQPBach, que simplesmente não suporta a música do tcheco. Mas fazer o que, né? Ele é minoria, e como em uma democracia, a maioria vence, então, eis outra versão do Concerto para Cello. E desta vez, ao contrário da anterior, com o Rostropovich, da qual declarei não me sentir muito entusiasmado, o papo aqui é outro. Para começar, é gravado ao vivo. Só isso garante diversão. E traz Mischa Maisky, que também já gravou este concerto em outras ocasiões, e que também o conhece muito bem. E Maisky está muito inspirado. Traz sangue para a música, emoção. Quem já teve a oportunidade de assistir alguma apresentação dele ao vivo, nem que seja pela televisão, sabe o quanto ele se entrega à música. Começando pelo visual, com os cabelos sempre compridos, não se preocupando muito em penteá-los, sua maca registrada, por sinal. Mas o som que sai de seu instrumento é de alguém que realmente ama o que faz. De alguém que sabe o que está fazendo. E esta sua leitura de Dvorák é absolutamente apaixonante. Para ajudá-lo, tem “apenas” a Filarmônica de Berlim, regida pelo sempre competente Zubin Mehta. Por se tratar de uma gravação ao vivo, temos rangidos de cadeira, tosses, etc, mas a engenharia de som da DG é perfeita, nada atrapalha a audição, ao contário, até traz um certo charme.
Richard Strauss não aparece com muita frequência por aqui. Admiro muito sua obra, porém na hora de postar alguma coisa, acabo esquecendo dele. Como a proposta é postar aquilo que estamos ouvindo, reconheço portanto que não o estou ouvindo com muita frequência. Mas cubro esta ausência trazendo a bela versão ao vivo do Maisky.

01 – Applause
01 – Dvorak – Cello Concerto in b, Op.104 – I Allegro
02 – Dvorak – Cello Concerto in b, Op.104 – II Adagio, ma non troppo
03 – Dvorak – Cello Concerto in b, Op.104 – III Finale_ Allegro moderato
04 – 17 – Richard Strauss – Don Quixote, Op.35
18 – Applause

Mischa Maisky – Cello
Berliner Philharmoniker
Zubin Mehta – Conductor

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FDPBach

Antonin Dvorák (1841-1904) – Cello Concerto in B Minor, op. 104 – Camille Saint-Säens (1835-1921) – Cello Concerto nº1 in A Minor, op. 33 – Rostropovich, Giulini, LPO

Rostropovich gravou o concerto de Dvorák diversas vezes, e é dele a gravação considerada a definitiva, realizada ainda nos anos 60 com Karajan e já postada aqui. Não vou entrar nos méritos da discussão, gosto é gosto e não se discute. A verdade, e vantagem, é que existem diversas gravações excelentes destes dois concertos que ora trago e que podemos apreciá-las devidamente. Uma gravação antiga de Pierre Fournier me acompanhou durante anos, ainda nos tempos do LP, Janos Starker também tem uma versão excelente, assim como Jacqueline Du Pré. Sem esquecer do excepcional russo Misha Maisky, parando por aqui a lista, sabendo que vou esquecer de muitos, e que sei que serão citados nos comentários. Mas Mstislav Rostropovich era o cara. Mesmo em pleno século XXI ele é considerado o grande nome do instrumento. E dominava estes dois concertos como poucos, o de Dvórak e o de Saint-Saens.

Mas tem alguma coisa nesta gravação que não me convence. Poxa, os senhores podem perguntar, Rostropovich, Giulini e Filarmônica de Londres fora de sintonia? Sei lá, pode ser frescura minha, e deve ser mesmo. Ouçam e me digam que estou errado. Sinto falta da alma russa de Rostropovich falando mais alto, mais emoção, mais sangue. Me soa burocrática, meio automática. Espero estar errado e que possa mudar de opinião à medida em que ouvir este cd mais vezes. Os leitores e clientes da amazon lhe deram cinco estrelas. Eu daria quatro. Mas gosto é gosto. Talvez seja esta a gravação que os senhores aguardavam.

1 – Dvorák – Concerto for Cello in B Minor, op. 104 – 1 – Allegro
2 – Adagio ma non troppo
3 – Finale (Allegro moderato)
4 – Saint~Säens – Cello Concerto nº1 in A Minor, op. 33 – 1 – Allegro ma non troppo
5 – Allegreto com moto
6 – Un peu moins vite

Mstislav Rostropovich – Cello
London Philharmonic Orchestra
Carlo Maria Giulini – Conductor

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FDPBach

José Siqueira (1907-1985) – Concertos UFRJ [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!     Com três exclamações!

José de Lima Siqueira nos vem hoje no P.Q.P.Bach em sua oitava aparição por essas bandas. E essa postagem me vem com um tom já nostálgico: é a última cartada que tenho para dar com obras deste gênio tão pouco conhecido. Acabou tudo o que eu tinha… Estou aceitando doações/indicações de nossos ouvintes de material sobre ele.

(Harry Crowl, por favor, ajude-me abrindo seu baú de preciosidades mais uma vez).

José Siqueira, para mim, foi amor à primeira audição. Mal o tomei contato com suas obras, em fins do ano passado, já fiquei desesperado para conhecer mais, encontrar tudo sobre ele e divulgá-lo, espalhar sua música. Pra se ter uma ideia, já estou fazendo busca em alfabeto cirílico – Жосэ Сикыйра – pra ver se acho algo de sua estada na URSS… Ainda não encontrei nada, mas quem sabe…

Bom, hoje teremos, nesta que eu espero não ser a derradeira postagem que faremos de José Siqueira aqui no P.Q.P.Bach, um apanhado de sua obra: uma edição do Concertos UFRJ, excelente programa da universidade carioca que apresenta obras de ex-professores da Escola de Música. Ainda que coletâneas não sejam nosso forte e nem me agradem pessoalmente, pra essa eu tiro meu chapéu. Dá pra se ter uma boa ideia da variedade melódica das obras de Siqueira, com intérpretes e formações orquestrais e de câmara os mais variados, todos de grande categoria. Há obras para canto e piano, clarinete e piano, orquestra de câmara, orquestra completa, tem de tudo. Show de buela!

Em tempo, tem mais quatro postagens de álbuns com músicas de José Siqueira no blog Música Brasileira de Concerto (aqui). Recomendo a ‘Tenda’, com o Quarteto Bessler.

Ouça mais um pouco (e tudo que puder) deste gênio! Ouça! Ouça! Ouça! Ouça!

José Siqueira (1907-1985)
Concertos UFRJ

01. Segunda Cantiga
02. Estudo para Clarineta e Piano nº1
03. Estudo para Clarineta e Piano nº2
04. Estudo para Clarineta e Piano nº3
05. Vadeia Cabocolinho
06. Madrigal
07. Concerto para violino, I movimento
08. Toada para Cordas
09. O Canto do Tabajara
10. Recitativo, Ária e Fuga para Violoncelo e Orq de Cordas – I. Recitativo
11. Recitativo, Ária e Fuga para Violoncelo e Orq de Cordas – II. Ária
12. Recitativo, Ária e Fuga para Violoncelo e Orq de Cordas – III. Fuga
13. 3ª Valsa em Ré menor

Atílio Mastrogiovanni, piano (faixa 01)
Paulo Passos, clarineta/ Sara Cohen, piano (faixas 02 a 04)
Lia Salgado, soprano/ Alceo Bocchino, piano (faixa 05)
Maria Lúcia Godoy, soprano/ Murillo Santos, piano (faixa 07)
Orcar Borgerth, violino/ Orquestra Sinf. Nacional/ José Siqueira, regente (faixa 08)
Brasil Quarteto da Rádio Roquette Pinto (João Daltro de Almeida e José Alves da Silva, violinos, Nelson de Macedo, viola / Watson Clis, violoncelo) (faixa 09)
Fábio Presgrave, violoncelo/ Camerata Fukuda/ Celso Antunes, regente (f. 10 a 12)
Marcos Leite, piano (faixa 13) (bônus)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (190Mb)

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Ouça! Deleite-se! … Mas, antes ou depois disso, deixe um comentário…


José Siqueira regendo na URSS na década de 1980.

Bisnaga

Altamiro Carrilho (1924-2012)

Ah, perdemos Altamiro Carrilho.
Talvez essa não seja uma boa oportunidade de homenagear esse grande cara… Já se passaram uns dias em que o único mal irremediável a qual todos estamos fadados lhe ocorreu. Já não estamos no calor do momento, mas não poderia deixar algumas linhas escritas e, ao menos, um vídeo mostrando um pouco de Altamiro (nem tenho um CD aqui para subir, estão todos na outra casa…).

Eu o conheci em uma apresentação no interior de São Paulo. Consegui um autógrafo dele ao fim do espetáculo e, como o senhorzinho, na época com 81 anos estava meio desarvorado esperando a van que o levaria ao hotel e que não chegava, o convidei, em tom de brincadeira, para que se juntasse à nossa roda de amigos e fôssemos todos tomar uma cerveja.

Altamiro se aproximou, negou a cerveja (não bebia), mas uniu-se ao grupeto de jovens estudantes e conversamos de muitas coisas, desde música até as qualidades das pessoas e seu caráter. A prosa ia alta e animada quando, infelizmente a condução chegou e tivemos que nos despedir. E a conversa, ampla, eterna no sentido viniciano, durou apenas meia hora.

Parecíamos velhos amigo! Ele unia, de forma inacreditável, jovialidade e sagacidade espantáveis ao peso de sua experiência de pessoa vivida. Uma frase que nos disse eu nunca esquecerei:

“Não somos nada mais do que aquilo que deixamos de nós nos outros.”

Altamiro Carrilho deixou muita coisa boa naquela curta meia hora que conversamos. Era, para além de um dos maiores flautistas que o mundo já assistiu, de compositor de mão cheia, autor de mais de 200 músicas, um grande coração, um imenso ser humano.

Ê, seu Altamiro, já tá deixando Saudade…

Bisnaga

Johannes Brahms (1833-1896) – Violin Concerto, op 77 – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Concerto, op.61, Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Preludio from Partita n°3 in E


Os dois cds aqui postados fazem parte de minha cdteca já há mais de 20 anos, e tenho muito carinho por eles. Os motivos são muitos e óbvios: são duas versões top de linha dentre todas as que já ouvi destes concertos, e Nigel Kennedy com o grande regente Klaus Tennstedt estão impecáveis. A versão do concerto de Brahms é a mais escancaradamente romântica que já ouvi, e o andamento dos movimentos só reforçam o que digo, mas não há como não se emocionar com o adagio, o violino de Kennedy quase chora de emoção. E como se trata de Nigel Kennedy, não podemos nem nos surpreender com suas escolhas. E este romantismo exacerbado que destaco não faz mal a ninguém, ao contrário, só realça a beleza do concerto.


E reconheço também que para alguns, este excesso de romantismo, de quase se chegar às lágrimas, pode até prejudicar a obra, mas não é o caso aqui, exatamente por se tratar de um músico tão sem medo de arriscar e ousar como Nigel Kennedy em sua juventude. Não sei se ele continua tão ousado e sempre disposto a quebrar convenções quanto em seus vinte e poucos anos, mas em minha modesta opinião de fã incondicional destes dois concertos, tendo já os ouvido dezenas, quiçá centenas de vezes, estas duas gravações com certeza estão entre as minhas Top-ten, junto de Oistrakh, Szering, Grumiaux, Perlmann, Heifetz, entre tantas outras.

Ludwig van Beethoven – Violin Concerto, op.61, Johann Sebastian Bach – Preludio from Partita n°3 in E 

01 Applause
02 Violin Concerto in D, op. 61 – Allegro ma non troppo
03 Larghetto
04 Rondo (Allegro)
05 Bach – Preludio from Partita n°3, BWV1006
06 Bach – Allegro assai from Sonata n°3 in C, BWV1005

Nigel Kennedy – Violin
Sinfonie-Orchester des NDR
Klaus Tennstedt – Conductor

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Johannes Brahms (1833-1896) – Violin Concerto, op 77

01 Violin Concerto in D major, Op. 77- Allegro non troppo
02 Violin Concerto in D major, Op. 77- Adagio
03 Violin Concerto in D major, Op. 77- Allegro giocoso, ma non troppo vivace

Nigel Kennedy – Violin
The London Philharmonic Orchestra
Klaus Tennstedt – Conductor

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FDPBach

J.S. Bach (1685-1750): Concerto Italiano / Caprichos / Duetos / Abertura Francesa

Mais um presente de nosso querido FDP Bach. Inicia com o espetacular Concerto Italiano para teclado solo, segue por algumas peças pouco conhecidas como o belíssimo Capricho para a partida de seu amado irmão, mais um Capricho, os 4 Duetos e finaliza com a extraordinária Abertura Francesa. Nada mal para um sábado quente deste falso inverno de Porto Alegre.

J.S. Bach (1685-1750): Concerto Italiano / Caprichos / Duetos / Abertura Francesa

1-3. Italian Concerto, BWV971
4-9. Capriccio sopra la lontananza del suo fratello dilettissimo, BWV992
10. Capriccio in E major, BWV993
11-14. Duets Nos. 1-4, BWV802-805
15-28. French Overture in B minor, BWV831

Angela Hewitt, piano

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Abaixo, o Presto do Concerto Italiano de Bach com Angela Hewitt:

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg em gravação pirata com Angela Hewitt

Hoje, um amigo escreveu no Facebook:

— Aliás, música limpinha cada vez menos me interessa. Tirando João Gilberto e Bach…

E eu respondi:

— Idem. No mesmo sentido, cresce minha preferência por gravações ao vivo. Hoje, no PQP, entrará uma gravação pirata das Goldberg ao vivo onde a Angela Hewitt erra bastante. E daí? A qualidade da interpretação e o contexto concertístico estão inteirinhos lá. É sensacional.

Encontrei esta gravação no rapidlibrary, espécie de index do rapidshare. Fiquei desagradavelmente surpreso ao ver que ela vinha numa faixa só. E felicíssimo ao ouvi-la. Trata-se de uma gravação amadora de boa qualidade, feita num concerto. Adoro gravações ao vivo e sem tratamento. A plateia tossindo é horrível, mas o importante, é claro, é a música, e nela Angela Hewitt toca e erra maravilhosamente. Há variações onde ela se perde MESMO, prova que mesmo os pianistas mais geniais têm seus momentos de absoluta bocabertice. Já a interpretação, a concepção, reafirma Hewitt como a maior pianobachiana viva. Na minha opinião, IM-PER-DÍ-VEL !!!

Ah, vêm aí 9 gravações de Hewitt. Todas da Hyperion. Um tesouro.

J.S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg, BWV 988, em gravação ultra pirata com Angela Hewitt

1. Aria
2. Variation 1
3. Variation 2
4. Variation 3
5. Variation 4
6. Variation 5
7. Variation 6
8. Variation 7
9. Variation 8
10. Variation 9
11. Variation 10
12. Variation 11
13. Variation 12
14. Variation 13
15. Variation 14
16. Variation 15
17. Variation 16
18. Variation 17
19. Variation 18
20. Variation 19
21. Variation 20
22. Variation 21
23. Variation 22
24. Variation 23
25. Variation 24
26. Variation 25
27. Variation 26
28. Variation 27
29. Variation 28
30. Variation 29
31. Variation 30
32. Aria da capo

Angela Hewitt, piano

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PQP

Jean-Philippe Rameau (1682-1764): Hippolyte et Aricie

Post revalidado. Era de março de 2009.

Eu nem avisei vocês quando Clara Schumann pediu para retirar-se do blog, há cerca de dois meses. Passa por graves problemas de saúde em sua familia. Esperamos que ela um dia retorne com seu amor aos elisabetanos, à Schubert, à Brendel e à música francesa em geral. Hoje, ataco com outro CD enorme, um álbum triplo que posto em duas partes: a ópera Hippolyte et Aricie do grande Jean-Philippe Rameau. Ele é daqueles autores que sempre tem uma bela melodia e orquestração a mostrar e às vezes ainda coloca um colorido orquestral efetivamente escandaloso, o que me causa sempre euforia. Sim, eu adoro Jean-Philippe. Foi um grande gênio, com voz própria e distinta, tanto em sua obra instrumental quanto na vocal. Ele substituiu com vantagem Jean-Baptiste Lully como o maior compositor de óperas francês. Hippolyte et Aricie é sua estréia no gênero, ocorrida em 1733, causou alguma celeuma pelo uso revolucionário de harmonias inaceitáveis na época de Lully.

O homem é genial. Confiram!

Rameau: Hippolyte et Aricie

Disc 1

1. Hippolyte et Aricie – Overture Les Musiciens du Louvre 3:01
2. Hippolyte et Aricie / Prologue – Choeur des nymphes:”Accourez, habitants des bois!” Ensemble Vocal Sagittarius 1:12
3. Hippolyte et Aricie / Prologue – Entrée des habitants de la forêt Ensemble Vocal Sagittarius 2:01
4. Hippolyte et Aricie / Prologue – Sur ces bords fortunés je fais régner la paix Thérèse Feighan 1:06
5. Hippolyte et Aricie / Prologue – Vous êtes dans ces mêmes lieux Thérèse Feighan 0:30
6. Hippolyte et Aricie / Prologue – Quels doux concerts se font entendre? Thérèse Feighan 1:17
7. Hippolyte et Aricie / Prologue – Au doux penchant qui les entraîne Thérèse Feighan 1:25
8. Hippolyte et Aricie / Prologue – Duo: “Non, je ne souffrirai pas” Thérèse Feighan 0:50
9. Hippolyte et Aricie / Prologue – Invocation: “Arbitre souverain du ciel et de la terre” Thérèse Feighan 1:18
10. Hippolyte et Aricie / Prologue – Diane, j’étais prêt à défendre tes droits Thérèse Feighan 1:27
11. Hippolyte et Aricie / Prologue – Nymphes, aux lois du sort il faut que j’obéisse Thérèse Feighan 0:44
12. Hippolyte et Aricie / Prologue – Peuples, Diane enfin vous libre à ma puissance Annick Massis 1:40
13. Hippolyte et Aricie / Prologue – Plaisirs, doux vainqueurs Annick Massis 3:32
14. Hippolyte et Aricie / Prologue – A l’Amour rendez les armes Annick Massis 1:02
15. Hippolyte et Aricie / Prologue – La tranquille indifférence n’a que d’ennuyeux… plaisiplaisirs” Annick Massis 1:08
16. Hippolyte et Aricie / Prologue – Premier Menuet – Deuxième Menuet – Premier Menuet Annick Massis 1:32
17. Hippolyte et Aricie / Prologue – Par de nouveaux plaisirs couronnons ce grand jour! Annick Massis 1:06
18. Hippolyte et Aricie / Prologue – Marche Les Musiciens du Louvre 0:37
19. Hippolyte et Aricie / Prologue – Ent’racte: reprise de l’Ouverture Les Musiciens du Louvre 1:56
20. Hippolyte et Aricie / Act 1 – “Temple sacré, séjour tranquille” Veronique Gens 3:28
21. Hippolyte et Aricie / Act 1 – “Princesse, quels apprêts me frappent” Veronique Gens 2:26
22. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Hypolyte amoureux m’occupera sans cesse Veronique Gens 1:06
23. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Je vous affranchirai d’une loi si cruelle! Veronique Gens 0:30
24. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Duo:”Tu règnes sur nos coeurs” Veronique Gens 1:17
25. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Marche…Dieu d’amour Veronique Gens 1:58
26. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Choeur des prêtresses: “Dans ce paisible séjour” Ensemble Vocal Sagittarius 1:17
27. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Dieu d’amour, pour nos asiles Kiyoko Okada 2:56
28. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Rendons un éternel hommage Monique Simon 1:59
29. Hippolyte et Aricie / Act 1 – “Princesse, ce grand jour par des noeuds éternels” Veronique Gens 0:35
30. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Non, non, un coeur forcé n’est pas digne des dieux Bernarda Fink 1:07
31. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Du moins par d’injustes regueurs Ensemble Vocal Sagittarius 1:01
32. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Prélude: “Dieux vengeurs, lancez le tonnerre!” Ensemble Vocal Sagittarius 1:06
33. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Tonnerre -“Nos cris sont montés jusqu’aux cieux” Monique Simon 1:18
34. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Prélude…”Ne vous alarmez pas d’un projet téméraire” Thérèse Feighan 1:36
35. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Prélude..”Quoi! La terre et le ciel contre moi” Bernarda Fink 1:15
36. Hippolyte et Aricie / Act 1 – G malheur! G funeste sort! Bernarda Fink 1:18
37. Hippolyte et Aricie / Act 1 – “C’en est assez”-Prélude – “Mes yeux commencent …” Bernarda Fink 2:15

Disc 2

1. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Ritournelle Les Musiciens du Louvre 0:40
2. Hippolyte et Aricie / Act 2 – “Laisse-moi respirer, implacable Furie!” Russell Smythe 0:32
3. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Dieux, n’est-ce pas assez des maux j’ai soufferts? Russell Smythe 1:30
4. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Duo: “Contente-toi d’une victime!” Russell Smythe 0:44
5. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Prélude..Inexorable Roi de L’Empire infernal!” Russell Smythe 2:00
6. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Sous les drapeaux de Mars Russell Smythe 0:41
7. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Mais cette gloire, enfin, fallait-il la ternir? Russell Smythe 0:29
8. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Air mesuré: “Pour prix d’un projet téméraire” Russell Smythe 0:59
9. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Eh bien! je remets ma victime” Russell Smythe 0:22
10. Hippolyte et Aricie / Act 2 – “Qu’à servir mon courroux tout l’enfer se prépare!” Laurent Naouri 2:14
11. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Premier Air infernal Laurent Naouri 1:30
12. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Deuxième Air – Laurent Naouri 1:17
13. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Pluton commande, vengeons notre Roi! Ensemble Vocal Sagittarius 1:23
14. Hippolyte et Aricie / Act 2 – “Dieux! que d’infortunés gémissent” Russell Smythe 0:47
15. Hippolyte et Aricie / Act 2 – La mort, la seule mort a droit de vous unir Russell Smythe 0:27
16. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Trio des Parques: “Du destin le vouloir suprême” Jerome Varnier 1:36
17. Hippolyte et Aricie / Act 2 – “Ah! qu’on daigne du moins…Puisque Pluton” Jerome Varnier 3:00
18. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Choeur: “Non, Neptune aurait beau t’entendre” Ensemble Vocal Sagittarius 0:52
19. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Prélude…Neptune vous demande grâce” Laurent Naouri 0:53
20. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Air: “Jupiter tient les cieux sous son obéissance” Jean-Louis Georgel 0:34
21. Hippolyte et Aricie / Act 2 – C’en est fait, je me rends’ Laurent Naouri 1:22
22. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Quelle soudaine horreur ton destin nous inspire! Jerome Varnier 3:16
23. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Prélude..”Cruelle mère des amours” Bernarda Fink 5:58
24. Hippolyte et Aricie / Act 3 – “Eh bien! viendra-t-il en ces lieux” Bernarda Fink 0:39
25. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Reine, sans l’ordre exprès qui dans ces lieux… ,’appell Bernarda Fink 2:41
26. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Ma fureur va tout entreprendre Bernarda Fink 1:37
27. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Terribles ennemis des perfides humains Jean-Paul Fouchécourt 0:19
28. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Ah! cesse, par tes voeus, d’allumer le tonnerre! Jean-Paul Fouchécourt 1:04
29. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Que vois-je? Quel affreux spectacle! Jean-Paul Fouchécourt 0:42
30. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Sur qui doit tomber ma colère? Jean-Paul Fouchécourt 0:42
31. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Quoi! tout me fuit, tout m’abandonne Russell Smythe 1:14
32. Hippolyte et Aricie / Act 3 – De mon heureux retour, au Dieu des vastes mers Russell Smythe 0:40
33. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Marche Les Musiciens du Louvre 0:50
34. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Que ce rivage retentisse Ensemble Vocal Sagittarius 2:41
35. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Premier Air des Matelots Ensemble Vocal Sagittarius 1:47
36. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Deuxième Air des Matelots Ensemble Vocal Sagittarius 1:07
37. Hippolyte et Aricie / Act 3 – L’amour comme Neptune invite à s’embarquer Ensemble Vocal Sagittarius 1:55
38. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Pour l’auteur de mes jours j’aime à voir votre zèle Russell Smythe 0:37
39. Hippolyte et Aricie / Act 3 – “Quels biens! Je frémis quand j’y pense” Russell Smythe 4:00
40. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Mais de courroux l’onde s’agite Russell Smythe 1:11

Disc 3

1. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Prélude…”Ah! faut-il, en un jour” Jean-Paul Fouchécourt 3:15
2. Hippolyte et Aricie / Act 4 – “C’en est donc fait, cruel, rien n’arrête vos pas” Veronique Gens 1:16
3. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Air tendre:”Dieux! pourquoi séparer deux coeurs” Veronique Gens 1:01
4. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Eh bien! daignez me suivre! Veronique Gens 1:10
5. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Duo:”Nous allons nous jurer une immortelle foi!” Veronique Gens 1:26
6. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Le sort conduit vers nous ces sujets de Diane Veronique Gens 0:23
7. Hippolyte et Aricie / Act 4 – “Faisons partout voler nos traits!” Ensemble Vocal Sagittarius 1:19
8. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Amants, quelle est votre faiblesse! Meredith Hall 1:53
9. Hippolyte et Aricie / Act 4 – A la chasse, armez-vous! Meredith Hall 2:33
10. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Premier Menuet – Deuxième Menuet en Rondeau Meredith Hall 2:15
11. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Quel bruit! Quels vents, ô ciel! Jean-Paul Fouchécourt 1:58
12. Hippolyte et Aricie / Act 4 – “Quelle plainte en ces lieux m’appelle?” Bernarda Fink 4:07
13. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Grands Dieux! de quels remords je me sens dechiré! Russell Smythe 1:59
14. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Arrête!..Pour un fils quelle pitié vous presse?” Russell Smythe 3:24
15. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Où suis-je? De mes sens j’ai recouvré l’usage” Russell Smythe 5:16
16. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Descendez, brillante immortelle” Veronique Gens 2:07
17. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Peuples toujours soumis à mon obéissance” Thérèse Feighan 1:06
18. Hippolyte et Aricie / Act 5 – G trop heureux bergers! Thérèse Feighan 1:03
19. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Vol des zéphirs Veronique Gens 0:20
20. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Où suis-je transporté? Veronique Gens 0:35
21. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Que mon sort est digne d’envie! Veronique Gens 0:30
22. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Les habitants de ces retraites Thérèse Feighan 0:31
23. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Marche…”Chantons sur la musette” Thérèse Feighan 2:06
24. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Bergers, vous allez voir combien” Thérèse Feighan 1:22
25. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Que tout soit heureux sous les lois Ensemble Vocal Sagittarius 1:30
26. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Chaconne Les Musiciens du Louvre 2:48
27. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Rossignols amoureux, répondez à nos voix” Annick Massis 5:12
28. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Première Gavotte – Deuxième Gavotte – Première Gav. Annick Massis 1:31

Jean-Paul Fouchecourt
Veronique Gens
Bernarda Fink
Laurent Naouri
Annick Massis
Russell Smythe
Thérèse Feighan

Les Musiciens du Louvre
Marc Minkowski

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PQP

.: interlúdio :. Egberto Gismonti: Alma (1987)

Estava com saudades deste disco onde Egberto passa uma régua em suas composições até 1987. Tudo num disco solo, com ar de sarau caseiro e competência de clube de jazz americano ou londrino. Claro que é uma enorme redução e ninguém deve pensar que passa a conhecer o Egberto pré 1987 ouvindo Alma. Aquele foi um período tão criativo que Alma é uma passadinha pelos momentos mais curtos e melódicos do compositor. Por exemplo, como incluir em Alma o notável e irrepetível Dança das Cabeças? E todos as variações que resultaram em memoráveis discos da ECM? Bem, mas para quem quer conhecer um pouco ou lembrar Egberto, Alma é excelente.

Egberto Gismonti: Alma (1987)

1. Baiao Malandro 4:16
2. Palhaço 4:07
3. Loro 3:59
4. Maracatú 5:30
5. Karatê 2:39
6. Agua & Vinho 5:04
7. Frevo 6:09
8. Cigana 4:43
9. Ruth 7:03
10. Sanfona 5:31
11. Fala Da Paixao 8:26
12. Realejo 4:48
13. 7 Anéis 8:54

Egberto Gismonti, piano

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PQP

Anton Bruckner (1824-1896) – Symphony No. 4 in E-flat major – "Romântica" (CD2 de 12)

Postado inicialmente em 6 de novembro de 2010.

Mais uma sinfonia dessa imperdível integral. A “Romântica” de Bruckner, como também é conhecida a Quarta Sinfonia, foi gravada em 1874 e passou por inúmeras revisões até o ano de 1888. Revisionismo era uma palavra que seguiu a carreira de Bruckner. Muitas das suas sinfonias passaram por imensas “remodelagens”. Talvez isso fosse uma traço da insegurança do compositor. Embora a Sinfonia No. 4 tenha o nome de “Romântica”, ela não segue o ideário do “amor romântico” do século XVIII. Bruckner segue um programa medieval, inspirado nas óperas Lohengrin e Siegfried de Richard Wagner. Esqueçamos Wagner e nos fixemos em Bruckner, num dos trabalhos mais belos e populares do seu repertório. Confesso que não gostei tanto da versão do Celibidache. As versões com o Abbado e com o Harnoncourt ficaram bem melhores. Com Abbado eu já postei; com Harnoncourt, ainda postarei. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) – Symphony No. 4 in E-flat major – “Romântica”
01 – I – Bewegt, nicht zu schnell
02 – II – Andante quasi Allegretto
03 – III – Scherzo. Bewegt – Trio. Nicht zu schnell. Keinesfalls schleppend
04 – IV – Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell

Edition: Robert Haas

Total time: 79:11

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Carlinus

A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil – 2 Volumes [link atualizado 2017]

Alice Ribeiro, Alice Ribeiro…

Ah, Alice Ribeiro! Ela era mesmo daquelas que podemos chamar de diva! Bela e dona de uma linda voz, com técnica e com carisma. E o que mais me agrada é que ela era muito versátil: consegue seguir músicas mais pesadas, mas sua voz se destaca em canções de câmara, mais singelas, pela limpidez do seu timbre e pela clareza da dicção, bem acima dos padrões de uma cantora lírica. As músicas aqui soam quase como se fossem MPB, sendo possível fazer comparações com cantoras de música de rádio de voz aguda como a de Alice: não é difícil aproximá-la a Dalva de Oliveira, por exemplo.

A soprano era dona de uma técnica e de uma pureza na voz impressionantes. Seu casamento com José Siqueira foi uma feliz união de duas pessoas competentíssimas na música e, se por um lado o fato de Siqueira escalá-la costumeiramente para executar suas músicas foi uma forma de proteção a Alice Ribeiro, a perfeição da moça nas interpretações das peças também muito ajudou a divulgar o trabalho do marido. Dupla pra lá de boa essa! Nem vou me alongar muito nos elogios porque eles vão acabar sendo redundantes depois das postagens já realizadas.

<< contracapa do disco autografada por Alice Ribeiro (está no arquivo para download)

No Primeiro Volume de A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil, a soprano coloca toda a sua delicadeza novamente em cena para interpretar canções de motivos populares do Brasil, contemplando compositores de várias partes do país, com destaques aqui para os dois autores mais contemplados: José Siqueira, paraibano arretado que vai buscar e defender a música com influência especialmente negra e nordestina, e Waldemar Henrique, este último, grande compositor paraense que se destacou especialmente pelas canções que criou, muitas ligadas ao folclore e à cultura do Amazonas. E as canções de ninar que ela canta, então (Papai Noel, Acalanto e Balança Eu)? Dá para embalar seus filhos ou netos para dormir até hoje.

O volume dois de A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil (e que voz!) é mais lento e tem uma característica mais de acalanto que o primeiro. É mais terno, mais intimista, mais maternal até. E segue com canções que estão exatamente no meio-fio entre o erudito (a música de concerto) e o popular: não são poucos os momentos em parece que estamos ouvindo uma daquelas músicas que apareciam nos antigos filmes dos estúdios da Atlântida. Isso se dá pela orquestração simples e pela leveza e clara dicção de Alice Ribeiro. Fica-se a questionar, novamente, se é que existe algo que divida o erudito do popular. As músicas aqui cantadas pela soprano, contemplando compositores cariocas (Lorenzo Fernandez, Roberto Duarte, Ricardo Tacuchian), paraibanos (os irmãos Siqueira) e paraenses (Waldemar Henrique, Jayme Ovalle), mostram exatamente isso, e são de um alto grau de pureza e de ligação com nossas canções.

Bom, chega de lenga-lena, vamos à música! Ouça! Ouça!

Ah, esse volume duplo leva o carimbo de IM-PER-DÍVEL!!!

Alice Ribeiro (1920-1988)
A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil – Vol.1

01. A Casinha Paquenina – arr. José Siqueira (1907-1985)
02. Coco Peneruê – Waldemar Henrique (1905-1995)
03. Papai Noel – Francisco Mignone (1897-1986)
04. Natiô – José Siqueira (1907-1985)
05. Engenho Novo – Leopoldo Hekel Tavares (1896-1969)
06. Acalanto – Ernani Braga (1888-1948) (letra Manoel Bandeira, 1886-1968)
07. Azulão – Jayme Ovalle (1884-1955)
08. Querer Bem não é Pecado – Osvaldo de Souza, Ricardo Tacuchian (1939)
09. Balança Eu – José Siqueira (1907-1985)
10. Nesta Rua – arr. José Siqueira (1907-1985)
11. Boi-bumbá – Waldemar Henrique (1905-1995)
12. Virgens Mortas – Francisco Braga (1868-1945)

Alice ribeiro, soprano
(sem informação da orquestra)
José Siqueira, regente
Rio de Janeiro, 1968

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (84Mb)

Alice Ribeiro (1920-1988)
A Voz de Alice Ribeiro na Canção do Brasil – Vol.2

01. Toada Baré – Arnaldo Rebello (1905-1984), arr. Roberto Ricardo Duarte (1941)
02. Foi Numa Noite Calmosa – José Siqueira (1907-1985)
03. Maracatu – Waldemar Henrique (1905-1995), arr. Roberto Ricardo Duarte (1941)
04. Dorme Coração – Arnaldo Rebello (1905-1984), arr. Roberto Ricardo Duarte (1941)
05. Dentro da Noite – Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), arr. Roberto Duarte (1941)
06. Você – José Siqueira (1907-1985)
07. Por Quê? – Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993), arr. Ricardo Tacuchian (1939)
08. Toada para Você – Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), arr. Elza Lakschevitz
09. Modinha – Jayme Ovalle (1884-1955), arr. José Siqueira (1907-1985)
10. Banho de Cheiro – Osvaldo de Souza, arr. Odemar Brígido (1941)
11. Tamba Tajá – Waldemar Henrique (1905-1995), arr. Roberto Ricardo Duarte (1941)
12. Cantiga para Ninar – Haroldo Costa (1930), arr. Ricardo Tacuchian (1939)
13. Que Sorte, Que Sina – João Baptista Siqueira (1906-1992)

Alice ribeiro, soprano
(sem informação da orquestra)
José Siqueira, regente
Rio de Janeiro, 1968

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (191Mb)

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Bisnaga

.: interlúdio :. Elizete Cardoso: Canção do amor demais (1958)

IM-PER-DÍ-VEL  !!!

Creio que nem precise apresentar longamente este disco, né? Os pequepianos certamente conhecem a importância histórica de Canção do amor demais. Então, provando mais uma vez que o PQP é cultura, abrimos uma janela para um disco histórico e necessário. O disco fundador da Bossa Nova é, infelizmente, coisa rara na discoteca de qualquer brasileiro. Este antológico LP traz pela pimeira vez Chega de Saudade, Serenata do AdeusLuciana, As Praias Desertas, Modinha e Outra Vez. O acompanhamento é feito em grande parte por um jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: o jovem João Gilberto. Sim, antes do primeiro LP de João Gilberto, Chega de Saudade, Tom, Vinícius e João Gilberto ensinavam Elizete Cardoso na

Rua Nascimento Silva, cento e sete
Você ensinando prá Elizete as canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz, ai que saudade, Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria este Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela e além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor

Trecho da letra de Carta ao Tom, de Vinícius de Moraes

Abaixo o texto de Vinícius de Moraes da primeira edição do LP em abril de 1958:

Dois anos são passados desde que Antonio Carlos Jobim (Tom, se preferirem) e eu nos associamos para fazer os sambas de minha peça “Orfeu da Conceição”, de que restou um grande sucesso popular, “Se Todos Fossem Iguais a Você” e, sobretudo, uma grande amizade. É notório que parceiros se desentendem: e a história da música popular brasileira está cheia dessas brigas de comadres, provocadas geralmente por vaidades e ciumadas, por um não querer o seu nome em baixo do nome do outro, quando não por motivos mais deselegantes e mesquinhos. Mas no nosso caso, não só essa amizade como um profundo afinamento de sensibilidades para a música, que constitui, sem dúvida, nossa distração máxima, tem determinado que fazer sambas e canções seja para nós um ato extraordinariamente livre e gratuito, no sentido da fatalidade.

Este LP, que se deve ao ânimo de Irineu Garcia, é a maior prova que podemos dar da sinceridade dessa amizade e dessa parceria. A partir dos sambas de “Orfeu da Conceição”, raras têm sido as vezes em que, de um encontro meu com o maestro, não resulte alguma composição nova, por isso que eu creio ser essa a verdadeira linguagem da nossa relação. Ponha-se Antonio Carlos Jobim ao piano – e é difícil encontrá-lo longe de um – e em breve, de dois ou três acordes, nascerá entre nós um olhar de entendimento; e de seus comentários cifrados (“–Isto são as pedras, poeta!”; “–Os pequenos caracois listados debaixo das folhas secas…”; “– As grandes migrações corais…”; “–O outro lado do riacho…”; “–Chegamos à galaxia…”) eu terei sabido extrair exatamente o que ele me quer ouvir dizer em minha letra. E nunca houve entre nós quaisquer reservas no sentido de um tirar o outro de um impasse durante o trabalho. É possível mesmo que tudo isso se deva ao fato de que ele crê na poesia da música e eu creio na música da poesia. Porque a verdade é que eu gosto das letras que, eventualmente, Tom também escreve, como “As Praias Desertas”; e a prova de que ele considera as músicas que eu, vez por outra, também faço, está no carinho com que orquestrou a minha “Serenata do Adeus” e o meu “Medo de Amar” – todos neste LP.

Nem com este LP queremos provar nada, senão mostrar uma etapa do nosso caminho de amigos e parceiros no divertidíssimo labor de fazer sambas e canções, que são brasileiros mas sem nacionalismos exaltados, e dar alimento aos que gostam de cantar, que é coisa que ajuda a viver.

A graça e originalidade dos arranjos de Antonio Carlos Jobim não constituem mais novidade, para que eu volte a falar delas aqui. Mas gostaria de chamar a atenção para a crescente simplicidade e organicidade de suas melodias e harmonias, cada vez mais libertas da tendência um quanto mórbida e abstrata que tiveram um dia. O que mostra a inteligência de sua sensibilidade, atenta aos dilemas do seu tempo, e a construtividade do seu espírito, voltado para os valores permanentes na relação humana.

Não foi somente por amizade que Elizete Cardoso foi escolhida para cantar este LP. É claro que, por ela interpretado, ele nos acrescenta ainda mais, pois fica sendo a obra conjunta de três grandes amigos; gente que se quer bem para valer; gente que pode, em qualquer circunstância, contar um com o outro; gente, sobretudo, se danando para estrelismos e vaidades e glórias. Mas a diversidade dos sambas e canções exigia também uma voz particularmente afinada; de timbre popular brasileiro mas podendo respirar acima do puramente popular; com um registro amplo e natural nos graves e agudos e, principalmente, uma voz experiente, com a pungência dos que amaram e sofreram, crestada pela pátina da vida. E assim foi que a Divina impôs-se como a lua para uma noite de serenata.

Vinícius de Moraes

Rio, abril de 1958.

Elizete Cardoso: Canção do amor demais (1958)

Lado A

01 chega de saudade [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
02 serenata do adeus [vinicius de moraes]
03 as praias desertas [antonio carlos jobim]
04 estrada branca [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
05 luciana [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
06 janelas abertas [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]

Lado B

07 eu nao existo sem voce [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
08 outra vez [antonio carlos jobim]
09 medo de amar [vinicius de moraes]
10 caminho de pedra [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
11 vida bela [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
12 modinha [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
13 cancao do amor demais [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]

Voz: elizete cardoso
Arranjos, regência e piano: antonio carlos jobim
Violão: joão gilberto
Violino e arregimentador: irany pinto
Flauta: nicolino copia [copinha]
Trombones: gaúcho e maciel
Trompa: herbet
Contrabaixo: vidal
Bateria: juquinha
Sete violinos, duas violas e dois cellos não identificados

Coro em “chega de saudade”: joão gilberto, antonio carlos jobim e walter santos
Gravado no estúdio [três canais] da odeon, no rio de janeiro, em janeiro de 1958
Transcrição análogo/digital: golden slumbers studio [SP]
Masterização: sun trip, por albertho iessus [SP]
Produtor fonográfico: estúdio eldorado ltda
Gerência artística: murilo pontes
Produto licenciado por “selo festa de irineu garcia ltda”
Produção gráfica e digitalização de LP/CD: luiz katmandu

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Elizete Cardoso

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado (completo) — Versão de 2008 com Angela Hewitt

IM-PER-DÍ-VEL !!!

( <— Capa da versão de 2008. Da Hyperion. )

E aqui está a versão de 2008, prometida e explicada aqui. Eu a ouvi inteirinha e lhes digo que a canadense — com cidadania inglesa e que reside atualmente em Londres — Angela Hewitt faz um retrabalho de gênio. Notei muitas diferenças, ou fui traído pela memória. Para caracterizar o que ouvi teria que recorrer a tais metáforas poéticas que perderia minha fama de macho alfa. Além disso, vocês sabem que sou um sujeito pudico que não se mostra para qualquer um.

Com efeito, o caso desta moça Angela, nascida em 1958, é muito sério e creio que cada prêmio que esta maravilhosa gravação recebeu é minuciosamente merecido. Se eu fosse você baixava os discos, comprava o DVD e ainda me mandava bombons. Aliás, isto deveria ser lei. Estou de aniversário no dia 19, caralho!

Das wohltemperirte Klavier ‘The well-tempered Clavier’ Book 1, BWV846-869

CD1
1 No 01 in C major, BWV846. Movement 1:Prelude [2’20]
2 No 01 in C major, BWV846. Movement 2: Fugue [2’08]
3 No 02 in C minor, BWV847. Movement 1: Prelude [1’35]
4 No 02 in C minor, BWV847. Movement 2: Fugue [1’52]
5 No 03 in C sharp major, BWV848. Movement 1: Prelude [1’23]
6 No 03 in C sharp major, BWV848. Movement 2: Fugue [2’19]
7 No 04 in C sharp minor, BWV849. Movement 1: Prelude [3’04]
8 No 04 in C sharp minor, BWV849. Movement 2: Fugue [5’24]
9 No 05 in D major, BWV850. Movement 1: Prelude [1’24]
10 No 05 in D major, BWV850. Movement 2: Fugue [2’13]
11 No 06 in D minor, BWV851. Movement 1: Prelude [1’40]
12 No 06 in D minor, BWV851. Movement 2: Fugue [2’59]
13 No 07 in E flat major, BWV852. Movement 1: Prelude [3’44]
14 No 07 in E flat major, BWV852. Movement 2: Fugue [1’40]
15 No 08 in E flat minor, BWV853. Movement 1: Prelude [3’58]
16 No 08 in E flat minor, BWV853. Movement 2: Fugue [5’16]
17 No 09 in E major, BWV854. Movement 1: Prelude [1’24]
18 No 09 in E major, BWV854. Movement 2: Fugue [1’06]
19 No 10 in E minor, BWV855. Movement 1: Prelude [2’19]
20 No 10 in E minor, BWV855. Movement 2: Fugue [1’10]
21 No 11 in F major, BWV856. Movement 1: Prelude [1’02]
22 No 11 in F major, BWV856. Movement 2: Fugue [1’38]
23 No 12 in F minor, BWV857. Movement 1: Prelude [2’12]
24 No 12 in F minor, BWV857. Movement 2: Fugue [4’55]

CD2
1 No 13 in F sharp major, BWV858. Movement 1: Prelude [1’31]
2 No 13 in F sharp major, BWV858. Movement 2: Fugue [2’19]
3 No 14 in F sharp minor, BWV859. Movement 1: Prelude [1’01]
4 No 14 in F sharp minor, BWV859. Movement 2: Fugue [3’16]
5 No 15 in G major, BWV860. Movement 1: Prelude [0’54]
6 No 15 in G major, BWV860. Movement 2: Fugue [2’50]
7 No 16 in G minor, BWV861. Movement 1: Prelude [2’15]
8 No 16 in G minor, BWV861. Movement 2: Fugue [1’41]
9 No 17 in A flat major, BWV862. Movement 1: Prelude [1’22]
10 No 17 in A flat major, BWV862. Movement 2: Fugue [3’10]
11 No 18 in G sharp minor, BWV863. Movement 1: Prelude [1’30]
12 No 18 in G sharp minor, BWV863. Movement 2: Fugue [2’07]
13 No 19 in A major, BWV864. Movement 1: Prelude [1’28]
14 No 19 in A major, BWV864. Movement 2: Fugue [2’00]
15 No 20 in A minor, BWV865. Movement 1: Prelude [0’59]
16 No 20 in A minor, BWV865. Movement 2: Fugue [5’33]
17 No 21 in B flat major, BWV866. Movement 1: Prelude [1’25]
18 No 21 in B flat major, BWV866. Movement 2: Fugue [1’45]
19 No 22 in B flat minor, BWV867. Movement 1: Prelude [3’51]
20 No 22 in B flat minor, BWV867. Movement 2: Fugue [3’08]
21 No 23 in B major, BWV868. Movement 1: Prelude [0’57]
22 No 23 in B major, BWV868. Movement 2: Fugue [2’24]
23 No 24 in B minor, BWV869. Movement 1: Prelude [4’40]
24 No 24 in B minor, BWV869. Movement 2: Fugue [6’57]

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Das wohltemperirte Klavier ‘The well-tempered Clavier’ Book 2, BWV870-893

CD3
1 No 01 in C major, BWV870. Movement 1: Prelude [3’04]
2 No 01 in C major, BWV870. Movement 2: Fugue [1’39]
3 No 02 in C minor, BWV871. Movement 1: Prelude [2’27]
4 No 02 in C minor, BWV871. Movement 2: Fugue [2’53]
5 No 03 in C sharp major, BWV872. Movement 1: Prelude [1’41]
6 No 03 in C sharp major, BWV872. Movement 2: Fugue [2’08]
7 No 04 in C sharp minor, BWV873. Movement 1: Prelude [4’47]
8 No 04 in C sharp minor, BWV873. Movement 2: Fugue [2’22]
9 No 05 in D major, BWV874. Movement 1: Prelude [5’49]
10 No 05 in D major, BWV874. Movement 2: Fugue [2’59]
11 No 06 in D minor, BWV875. Movement 1: Prelude [1’34]
12 No 06 in D minor, BWV875. Movement 2: Fugue [2’22]
13 No 07 in E flat major, BWV876. Movement 1: Prelude [2’47]
14 No 07 in E flat major, BWV876. Movement 2: Fugue [1’55]
15 No 08 in D sharp minor, BWV877. Movement 1: Prelude [4’18]
16 No 08 in D sharp minor, BWV877. Movement 2: Fugue [5’00]
17 No 09 in E major, BWV878. Movement 1: Prelude [4’41]
18 No 09 in E major, BWV878. Movement 2: Fugue [4’17]
19 No 10 in E minor, BWV879. Movement 1: Prelude [3’40]
20 No 10 in E minor, BWV879. Movement 2: Fugue [2’51]
21 No 11 in F major, BWV880. Movement 1: Prelude [3’31]
22 No 11 in F major, BWV880. Movement 2: Fugue [1’46]
23 No 12 in F minor, BWV881. Movement 1: Prelude [5’06]
24 No 12 in F minor, BWV881. Movement 2: Fugue [1’49]

CD4
1 No 13 in F sharp major, BWV882. Movement 1: Prelude [3’35]
2 No 13 in F sharp major, BWV882. Movement 2: Fugue [2’35]
3 No 14 in F sharp minor, BWV883. Movement 1: Prelude [3’21]
4 No 14 in F sharp minor, BWV883. Movement 2: Fugue [3’38]
5 No 15 in G major, BWV884. Movement 1: Prelude [2’32]
6 No 15 in G major, BWV884. Movement 2: Fugue [1’14]
7 No 16 in G minor, BWV885. Movement 1: Prelude [4’03]
8 No 16 in G minor, BWV885. Movement 2: Fugue [2’45]
9 No 17 in A flat major, BWV886. Movement 1: Prelude [4’17]
10 No 17 in A flat major, BWV886. Movement 2: Fugue [3’47]
11 No 18 in G sharp minor, BWV887. Movement 1: Prelude [4’06]
12 No 18 in G sharp minor, BWV887. Movement 2: Fugue [3’21]
13 No 19 in A major, BWV888. Movement 1: Prelude [2’21]
14 No 19 in A major, BWV888. Movement 2: Fugue [1’13]
15 No 20 in A minor, BWV889. Movement 1: Prelude [4’15]
16 No 20 in A minor, BWV889. Movement 2: Fugue [1’42]
17 No 21 in B flat major, BWV890. Movement 1: Prelude [7’19]
18 No 21 in B flat major, BWV890. Movement 2: Fugue [2’39]
19 No 22 in B flat minor, BWV891. Movement 1: Prelude [3’29]
20 No 22 in B flat minor, BWV891. Movement 2: Fugue [4’54]
21 No 23 in B major, BWV892. Movement 1: Prelude [1’52]
22 No 23 in B major, BWV892. Movement 2: Fugue [3’50]
23 No 24 in B minor, BWV893. Movement 1: Prelude [2’29]
24 No 24 in B minor, BWV893. Movement 2: Fugue [1’53]

Angela Hewitt, piano (Fazioli).
Recorded in Berlin’s Jesus-Christus-Kirche
PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonias Nº 5, Op. 47, e Nº 9, Op. 70

A Inglaterra é monstruosa. Há as orquestras de Londres, as escocesas e as do interior. Primeiro era foi a de Bournemouth, depois a de Birmingham e agora é a de Liverpool. Todas espetaculares.

A Sinfonia Nº 5, Op. 47 (1937) é a obra mais popular de Dmitri Shostakovich. Recebeu incontáveis gravações e não é para menos. O público costuma torcer o nariz para obras mais modernas e aqui o compositor retorna no tempo para compor uma grande sinfonia ao estilo do século XIX. Sim, é em ré menor e possui quatro movimentos, tendo bem no meio, um scherzo composto por um Haydn mais parrudo. Mesmo para os aficcionados, é uma obra apetitosa, por transformar a linguagem do compositor em algo mais sonhador do que o habitual. Foi a primeira sinfonia de Shostakovich que ouvi. Meu pai, um romântico, apresentou-me a sinfonia dizendo que era muito melhor que as de Prokofiev, exceção feita à Nº 1, Clássica, que ele amava. Alguns consideram esta obra uma grande paródia; eu a vejo como uma homenagem ao glorioso passado sinfônico do século anterior. A abertura e a coda do último movimento (Allegro non troppo) costuma aparecer, com boa frequência, em programas de rádio que se querem sérios e influentes… Apesar de não ser típica, ela reflete de forma absoluta a sintaxe, o discurso e o sotaque do compositor. É a música ideal para o primeiro contato com Shostakovich.

Desde Schubert, com sua Sinfonia Nº 9 “A Grande”, passando pela Nona de Beethoven e pelas nonas de Bruckner e Mahler, que espera-se muito das sinfonias Nº 9. Há até uma maldição que fala que o compositor morre após a nona, o que, casualmente ou não, ocorreu com todos os citados menos Shostakovitch. Esta sinfonia — por ser a “Nona” — foi muito aguardada e, bem, digamos que não seria Shostakovitch se ele não tivesse feito algo inesperado. Stálin ficou muito decepcionado com ela. Muito. Ele foi na noite da estreia e confessou-se puto, mas com outras palavras.

Leonard Bernstein lia esta partitura dando gargalhadas desta piada musical dirigida a Stalin, cujas muitas citações formam um todo no mínimo sarcástico. O compositor declarou que faria uma música que expressaria “a luta contra a barbárie e grandeza dos combatentes soviéticos”, mas os severos críticos soviéticos, adeptos do realismo socialista, foram mais exatos e apontaram que a obra seria debochada, irônica e de influência stravinskiana. Bingo! Na verdade é uma das composições mais agradáveis que conheço. O material temático pode ser bizarro e bem humorado (primeiro e terceiro movimentos), mas é também terno e melancólico (segundo e largo introdutório do quarto), terminando por explodir numa engraçadíssima coda. Apesar dos cinco movimentos, é uma sinfonia curta, muito parecida em espírito com a primeira sinfonia “Clássica” de Prokofiev e com a Sinfonia “Renana” de Schumann, também em cinco movimentos. Deixando de lado a geopolítica soviética e detendo-se na obra, podemos dizer que esta Nona é uma consciente destilação de experiências e, talvez uma reação muito cuidadosamente pensada, contra as enormidades musicais oriundas da guerra das duas sinfonias anteriores.

Cá entre nós, é puro divertimento.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonias Nº 5, Op. 47, e Nº 9, Op. 70

Sinfonia Nº 5 em Ré menor, Op. 47

01. Moderato
02. Allegretto
03. Largo
04. Allegro non troppo

Sinfonia Nº 9 in E flat major, Op. 70
05. Allegro
06. Moderato
07. Presto
08. Largo
09. Allegretto – Allegro

Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
Vasily Petrenko

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PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado (completo) — Versão de 1997-99 com Angela Hewitt

IM-PER-DÍ-VEL !!!

( <— Capa da versão de 97-99, ainda em catálogo. Da Hyperion. )

Deixa eu explicar:

1. Não sei bem os problemas que ocorreram na postagem deste CD pelo FDP, sei apenas que houve reclamações sobre o arquivo e a ordem das faixas, etc.

2. O final de uma faixa — bem no final da mesma — também apresenta problemas no primeiro arquivo que ora posto. O resto é ouro sobre azul. Perfeição total.

3. Nos próximos dias, vou postar a outra versão de Hewitt. Por quê? Ora, há quinze anos, Angela Hewitt gravou uma versão do Livro I do Cravo Bem Temperado que deslumbrou o mundo. Verdade. Basta ler as revistas da época. Este foi seguido pouco depois pelo Livro II, que foi recebido da mesma forma. Só que, entre agosto de 2007 até o final de outubro de 2008, ela fez uma turnê mundial onde tocou o Cravo Bem Temperado completo em 58 cidades de 21 países de seis continentes. E tudo mudou.

Em uma nota pessoal que está na nova gravação, Angela explicou suas razões, tanto artísticas quanto emocionais, para esta importante decisão criativa de regravar tudo. Ela fala de uma “recém-descoberta liberdade” que ela adquiriu em suas performances de 2007 e 2008 e elogiou especialmente os pianos Fazioli, “cujos luminosos, poderosos e também delicados sons abriram novos mundos para mim e permitiram que a minha imaginação voasse para outros lugares”.

É óbvio que nós, pequepianos e, portanto, seres privilegiados, precisamos ter a experiência de ouvir ambas as versões, vai dizer que não?

P.S. — O nome dos arquivos falam em 95-97, mas é 97-99. Não enche o saco, Vanderson!

Johann Sebastian Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado (completo) —
Versão de 1997-99 com Angela Hewitt

Book I, CD 1
1. Prelude #1 in C major, BWV 846 [2:08]
2. Fugue #1 in C major, BWV 846 [1:56]
3. Prelude #2 in C minor, BWV 847 [1:31]
4. Fugue #2 in C minor, BWV 847 [1:45]
5. Prelude #3 in C sharp major, BWV 848 [1:24]
6. Fugue #3 in C sharp major, BWV 848 [2:14]
7. Prelude #4 in C sharp minor, BWV 849 [2:31]
8. Fugue #4 in C sharp minor, BWV 849 [5:27]
9. Prelude #5 in D major, BWV 850 [1:21]
10. Fugue #5 in D major, BWV 850 [2:09]
11. Prelude #6 in D minor, BWV 851 [1:42]
12. Fugue #6 in D minor, BWV 851 [2:34]
13. Prelude #7 in E flat major, BWV 852 [3:34]
14. Fugue #7 in E flat major, BWV 852 [1:42]
15. Prelude #8 in E flat minor, BWV 853 [3:40]
16. Fugue #8 in E flat minor, BWV 853 [5:36]
17. Prelude #9 in E major, BWV 854 [1:27]
18. Fugue #9 in E major, BWV 854 [1:07]
19. Prelude #10 in E minor, BWV 855 [2:19]
20. Fugue #10 in E minor, BWV 855 [1:10]
21. Prelude #11 in F major, BWV 856 [1:02]
22. Fugue #11 in F major, BWV 856 [1:35]
23. Prelude #12 in F minor, BWV 857 [1:52]
24. Fugue #12 in F minor, BWV 857 [4:38]

Book I, CD 2
1. Prelude #13 in F sharp major, BWV 858 [1:31]
2. Fugue #13 in F sharp major, BWV 858 [2:19]
3. Prelude #14 in F sharp minor, BWV 859 [1:01]
4. Fugue #14 in F sharp minor, BWV 859 [3:16]
5. Prelude #15 in G major, BWV 860 [0:55]
6. Fugue #15 in G major, BWV 860 [3:00]
7. Prelude #16 in G minor, BWV 861 [2:01]
8. Fugue #16 in G minor, BWV 861 [1:45]
9. Prelude #17 in A flat major, BWV 862 [1:26]
10. Fugue #17 in A flat major, BWV 862 [3:06]
11. Prelude #18 in G sharp minor, BWV 863 [1:29]
12. Fugue #18 in G sharp minor, BWV 863 [2:22]
13. Prelude #19 in A major, BWV 864 [1:27]
14. Fugue #19 in A major, BWV 864 [2:00]
15. Prelude #20 in A minor, BWV 865 [1:03]
16. Fugue #20 in A minor, BWV 865 [5:38]
17. Prelude #21 in B flat major, BWV 866 [1:20]
18. Fugue #21 in B flat major, BWV 866 [1:51]
19. Prelude #22 in B flat minor, BWV 867 [4:01]
20. Fugue #22 in B flat minor, BWV 867 [3:10]
21. Prelude #23 in B major, BWV 868 [1:03]
22. Fugue #23 in B major, BWV 868 [2:24]
23. Prelude #24 in B minor, BWV 868 [4:47]
24. Fugue #24 in B minor, BWV 868 [6:48]

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Book II, CD 3
1. Prelude #1 in C major, BWV 870 [2:34]
2. Fugue #1 in C major, BWV 870 [1:36]
3. Prelude #2 in C minor, BWV 871 [2:29]
4. Fugue #2 in C minor, BWV 871 [2:48]
5. Prelude #3 in C sharp major, BWV 872 [1:56]
6. Fugue #3 in C sharp major, BWV 872 [1:52]
7. Prelude #4 in C sharp minor, BWV 873 [4:48]
8. Fugue #4 in C sharp minor, BWV 873 [2:14]
9. Prelude #5 in D major, BWV 874 [5:34]
10. Fugue #5 in D major, BWV 874 [2:57]
11. Prelude #6 in D minor, BWV 875 [1:30]
12. Fugue #6 in D minor, BWV 875 [2:10]
13. Prelude #7 in E flat major, BWV 876 [2:30]
14. Fugue #7 in E flat major, BWV 876 [1:48]
15. Prelude #8 in D sharp minor, BWV 877 [4:03]
16. Fugue #8 in D sharp minor, BWV 877 [4:32]
17. Prelude #9 in E major, BWV 878 [4:53]
18. Fugue #9 in E major, BWV 878 [3:28]
19. Prelude #10 in E minor, BWV 879 [4:13]
20. Fugue #10 in E minor, BWV 879 [2:47]
21. Prelude #11 in F major, BWV 880 [3:22]
22. Fugue #11 in F major, BWV 880 [1:39]
23. Prelude #12 in F minor, BWV 881 [4:44]
24. Fugue #12 in F minor, BWV 881 [1:52]

Book II, CD 4
1. Prelude #13 in F sharp major, BWV 882 [3:28]
2. Fugue #13 in F sharp major, BWV 882 [2:32]
3. Prelude #14 in F sharp minor, BWV 883 [3:06]
4. Fugue #14 in F sharp minor, BWV 883 [3:42]
5. Prelude #15 in G major, BWV 884 [2:40]
6. Fugue #15 in G major, BWV 884 [1:13]
7. Prelude #16 in G minor, BWV 885 [3:39]
8. Fugue #16 in G minor, BWV 885 [2:37]
9. Prelude #17 in A flat major, BWV 886 [4:08]
10. Fugue #17 in A flat major, BWV 886 [3:39]
11. Prelude #18 in G sharp minor, BWV 887 [4:11]
12. Fugue #18 in G sharp minor, BWV 887 [3:20]
13. Prelude #19 in A major, BWV 888 [2:10]
14. Fugue #19 in A major, BWV 888 [1:13]
15. Prelude #20 in A minor, BWV 889 [4:27]
16. Fugue #20 in A minor, BWV 889 [1:29]
17. Prelude #21 in B flat major, BWV 890 [7:22]
18. Fugue #21 in B flat major, BWV 890 [2:36]
19. Prelude #22 in B flat minor, BWV 891 [3:09]
20. Fugue #22 in B flat minor, BWV 891 [4:36]
21. Prelude #23 in B major, BWV 892 [2:05]
22. Fugue #23 in B major, BWV 892 [3:27]
23. Prelude #24 in B minor, BWV 893 [2:13]
24. Fugue #24 in B minor, BWV 893 [1:44]

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Angela Hewitt, piano Steinway

Recorded in the Beethovensaal, Hannover, on 5-7 June 1997 (CD1),
17-19 December 1997 (CD2), 17-19 August 1998 (CD3)
and 21-23 March 1999 (CD4)

Angela Hewiit
PQP

Edvard Grieg (1843-1907): Sonata e outras peças para Violoncelo e Piano

Ao lado da única Sonata para Violoncelo e Piano de Grieg, a de Op.36, Emmanuelle Bertrand e Amoyel Pascal transcreveram algumas de suas peças líricas. Eles refazem a vida de Grieg, desde a Arietta de 1867 até o lento olhar para o passado de Remembrances (1901). O programa também inclui duas peças originais para cello e piano: o Intermezzo e a transcrição do próprio Grieg para o Scherzo de sua 3ª Sonata para Violino e piano. A dupla de instrumentistas escalada pela Harmonia Mundi é espantosa, como de hábito.

Edvard Grieg (1843-1907): Sonata e outras peças para Violoncelo e Piano

1. Arietta, lyric piece for piano, Op. 12/1
2. Erotik, lyric piece for piano, Op. 43/5
3. Allegretto expressivo, for cello & piano in E major
4. Troldtog (March of the Dwarfs), lyric piece for piano, Op. 54/3
5. For dine fødder (At your Feet), lyric piece for piano, Op. 68/3
6. Sonata for cello & piano in A minor, Op. 36: 1. Allegro agitato
7. Sonata for cello & piano in A minor, Op. 36: 2. Andante molto tranquillo
8. Sonata for cello & piano in A minor, Op. 36: 3. Allegro
9. Intermezzo for cello & piano in A minor, EG 115
10. Vöglein (Little Bird), lyric piece for piano, Op. 43/4
11. Drømmesyn (Phantom), lyric piece for piano, Op. 62/5
12. Geheimniss (Secret), lyric piece for piano, Op. 57/4
13. Gangar (Norwegian March), lyric piece for piano, Op. 54/2
14. Heimweh (Homesickness), lyric piece for piano, Op. 57/6
15. Entschwundene Tage (Vanished Days), lyric piece for piano, Op. 57/1
16. Efterklang (Remembrances), lyric piece for piano, Op. 71/7

Emmanuelle Bertrand: cello
Pascal Amoyel: piano

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PQP

Alice Ribeiro: Chants du Brésil – Ernani Braga (1888-1948), Hekel Tavares (1896-1969), Waldemar Henrique (1905-1995), José Siqueira (1907-1985) e Zé do Norte (1908-1979) [link atualizado 2017]

Demais esse LP !!

Chants du Brésil é uma pequena coleção (são apenas 8 músicas) lançada na França com canções brasileiras de compositores contemporâneos (naquele ano de 1953), em sua maioria eruditos, baseadas em temas populares do Brasil. Ela foi organizada, arranjada e regida pelo maestro José Siqueira, grande panfletário da música brasileira, e tem nos solos a doce voz da soprano Alice Ribeiro, que aqui no P.Q.P. Bach já nos deu o ar de sua graça em peças mais pesadas, densas e corpulentas: o Cangerê (aqui) de Baptista Siqueira, e Xangô (aqui) e Candomblé (aqui), de seu marido José Siqueira.

Aqui, em Chants du Bresil (não se engane, esta obra é mais antiga que as citadas) o caráter geral é bem mais leve que as demais: Alice Ribeiro é acompanhada por uma orquestra de câmara e há um clima caseiro, até jocoso. Boa parte dessas músicas eu aposto que vocês já ouviram suas mães ou avós cantarem. Tal é o grau de sintonia que todos os compositores aí contemplados tinham com a cultura popular e a maestria melódica que possuíam que essas canções se tornaram de domínio público, como se existissem há séculos…

É um álbum todo de canções curtas, porém, belas e singelas, de muita graciosidade, como se fosse uma caixinha de joias de família que um dia se abre para que os demais conheçam. Esse tom caseiro é dado também pelo caráter ágil e sencilho que Alice Ribeiro imprime à sua voz…
Alice Ribeiro (1920-1988) nasceu no Rio de Janeiro. Começou seus estudos de teoria musical e de piano com José Siqueira. Já o estudo de canto foi com Stella Guerra Duval e Murillo de Carvalho. Durante sua longa permanência na Europa frequentou o curso de alta interpretação da música francesa e alemã, com Pierre Bernac; a classe de Mise-en-scène, com Paul Cabanel, no Conservatório de Paris. Estudou repertório de música espanhola com Salvador Bacarisse.
Venceu concurso nacional de canto em 1936, com apenas 16 anos, realizando, desde então, inúmeras turnês nacionais e internacionais, particularmente nos Estados Unidos, França e nos países do leste europeu, notadamente na União Soviética. No Brasil, atuou como solista das Orquestras Sinfônicas do Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Distrito Federal, sob regência de Eugen Szenkar, Eric Kleiber, Hacha Horeinstein, Edoardo de Guarnieri, José Siqueira e outros (retirado de encarte do LP Alice Ribeiro na canção do Brasil).
Foi sucessora de Luis Cosme na cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Música.

Em tempo: esse disco foi um grande sucesso, um dos campeões de vendas na França no ano de seu lançamento. Só tem gente de muita categoria na execução das peças. Muito bom, mesmo!
Então… Ouça! Ouça!

Alice Ribeiro (1920-1988)
Chants du Brésil

1. Mulher Rendeira, de “O Cangaceiro” – atrib. Zé do Norte (Alfredo Ricardo do Nascimento, 1908-1979)
2. A Casinha Paquenina – arr. José Siqueira (1907-1985)
3. Coco Peneruê – Waldemar Henrique (1905-1995)
4. Engenho Novo – Leopoldo Hekel Tavares (1896-1969)
5. Abaluaiê – Waldemar Henrique (1905-1995)
6. Acalanto – Ernani Braga (1888-1048) (letra Manoel Bandeira, 1886-1968)
7. Meu Engenho é de Humaita – José Siqueira (1907-1985)
8. Boi-bumbá – Waldemar Henrique (1905-1995)
9. Faixa bônus

Alice ribeiro, soprano
(sem informação da orquestra)
José Siqueira, regente
Paris, 1953

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Partituras e outros que tais? Clique aqui

Ouça! Deleite-se! … Mas, antes ou depois disso, deixe um comentário…

Bisnaga

Johan Halvorsen (1864-1935) – Orchestral Works, Vol. 4

E para concluir esta bela coleção trago o quarto CD, que já há algum tempo espera pacientemente sua vez para ser disponibilizado. Sempre é bom conhecermos coisas novas, não acham? E a música deste norueguês, amigo de Grieg, é muito bonita, sempre se utilizando de temas do folclore de seu país.Ouçam as belas Rapsódias Norueguesas, presentes neste cd, para entenderem o que estou falando.
A média de downloads dos outros três cds se manteve por volta de 110, o que é um número interessante, visto que pouca gente conhecia este compositor.
Neeme Járvi continua impecável, para variar, regendo a Bergen Philharmonic Orchestra, nos trazendo uma música leve, solta, sem pretensões, porém muito emotiva. Eu já comentei com os senhores que o próprio Halvorsen foi violinista e diretor desta mesma orquestra? Ou seja, a música de Halvorsen está no DNA da orquestra, assim como a música de Beethoven está no DNA da Filarmônica de Berlim, e a de Mahler, no DNA da Filarmônica de Viena ou da Orquestra do Concertgebow de Amsterdam.
Chove muito aqui em meu estado. Estamos em constante estado de alerta, com o temor de novas enchentes aqui em minha cidade. E não faz muito tempo, menos de um ano, que sofremos com uma, de trágicas proporções.
Mas tenho de ir trabalhar. Porém lhes deixo em boa companhia.

P.S. Abaixo do link, anexei uma foto da bela cidade de Bergen, Noruega. Paisagens para Halvorsen se inspirar não faltavam.

1 Rhapsodie norvégienne No. 1
2 Rhapsodie norvégienne No. 2
3 Brudefølget drager forbi
4 Passacaglia, Op. 20 No. 2*
5 Dance Scene from ‘Queen Tamara’
6 Symphonic Intermezzo from ‘The King’
7 Norsk Festouverture, Op. 16
8-12 Norske Eventyrbilleder, Op. 37

Melina Mandozzi violin*
Ilze Klava viola*
Bergen Philharmonic Orchestra
Melina Mandozzi leader
Neeme Järvi

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

 

FDP