Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia Nº 10

Aquela outra reconstrução da décima que postei, não era tão boa quanto esta. Puxa, esta é maravilhosa! Parece Mahler! E do melhor! O “pobrema” é que eu consegui esta pérola na Internet e os caras converteram o CD para 96 kbps. O som não é uma tragédia, mas o desempenho de Rattle com a Filarmônica de Berlim é espantoso. Na minha opinião, o Andante-Adagio de abertura – único movimento escrito inteiramente por Mahler, pois os outros são reconstruções post-mortem – é uma das maiores peças do compositor, se não a maior. Vou ter que comprar o CD. Está baratinho e este eu preciso ter. Cá para nós, Simon Rattle é um monstro e a Filarmônica de Berlim nem se fala. Pena que o sucesso artístico desta fase da orquestra não esteja sendo tão apreciado pelo público. É que Rattle gosta de Mahler, Shosta, Bartók e já gravou até Henze. Sacumé, o público é conservador em qualquer parte do mundo. Uma bosta.

Mahler Symphony nº10
50.3MB | mp3 | 96KBPS

1 Andante; Adagio
2 Scherzo (Schnelle Vierteln)
3 Purgatorio (Allegretto moderato. Nicht zu schnell)
4 Scherzo II- Der Teufel tanz es mit mir
5 Finale (Einleitung; Allegro moderato)

SIMON RATTLE, Berlin Philharmonic Orchestra (revised by Rattle, in collaboration with Berthold Goldschmidt,
Colin Matthews and David Metthews)

September 24 & 25, 1999 at concerts in the Philharmonia, Berlin

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.: interlúdio :.

Sem delongas, que a tarde vai caindo e o fim de semana nos espera.

Nicholas Payton nasceu em 1973. Em New Orleans. Começou a tocar trumpete em 77. Seu pai era o baixista Walter Payton, que, ao lado da família, o incentivava e ensinava notação e escalas. Aos 12, fez turnês pelos EUA e Europa com a All Stars Jazz Band. Formou-se em música na universidade local, sob a tutela de Ellis Marsalis. Foi apadrinhado por outro pilar de mesmo sobrenome: Winton. Nos anos 90, começou a gravar e não parou mais. Assentou notoriedade com o disco Dear Louis, de 97, relendo em dueto com Doc Cheatham as faixas de, é claro, Louis Armstrong. É fã de Hermeto Paschoal.

Neste disco, gravado em 1999 e lançado em janeiro de 2000, não esperem um jazz novidadeiro, inovativo; tampouco um simulacro da era de ouro do jazz. Nick é um músico honesto e faz bop (ou neo-bop, como preferem alguns) com claridade cristalina; embora pudesse ter tocado em qualquer formação clássica dos ’50, não soa nada deslocado na contemporaneidade. Suas composições são atrativas, inteligentes e sensíveis; Nick@Night divide-se em faixas de um belo e atmosférico cool jazz, rendições a New Orleans big-band, e momentos onde lembra o bop espaçado de Miles Davis pré-Bitches Brew. Mas procurem não pensar muito nisso, pelos menos na primeira audição. Tenho certeza que a maior qualidade deste álbum – o frescor, a juventude – vai se fazer entender com facilidade nos ouvidos gabaritados que freqüentam este blog. Escutem sem reverência.

Nick

Nicholas Payton: Nick@Night (192)
Nicholas Payton: trumpet, flugelhorn, harpsichord, celeste
Tim Warfield: soprano & tenor saxophones
Anthony Wonsey: piano, harpsichord, celeste
Reuben Rogers: bass
Adonis Rose: drums
Produzido por Nicholas Payton para a Verve

download – 99mB
01 Beyond The Stars 5’46
02 Captain Crunch (Meets The Cereal Killer) 5’31
03 Faith 8’39
04 Pleasant Dreams 4’34
05 Interlude No. 1 (Turn Up The Funk) 0’55
06 Nick @ Night 6’14
07 Somnia 5’24
08 Interlude No. 2 (Turn Out The Burn Out) 1’10
09 Prince Of The Night 6’51
10 Blacker Black’s Revenge 8’28
11 Little Angel 5’58
12 Exquisite Tenderness 4’52
13 Sun Goddess 7’13

Boa audição!

J. S. Bach (1685-1750) – Obras Completas para Órgão (CD 3 de 12)

Excelente! Neste CD começam as esplêndidas Triosonatas. Sei que Otto Maria Carpeaux não é o mais indicado historiador musical, mas, de qualquer forma, há uma afirmativa curiosíssima no livro. Carpeaux diz, para os anos 20 do século passado, a maior obra de todos os tempos eram estas 6 Triosonatas, encaradas como superiores à Missa em Si Menor, aos 6 Concertos de Brandenburgo, às Goldberg, à Oferenda, etc. e às obras de qualquer outro compositor. Apesar de quase inacreditável, sei que Carpeaux não era burro nem mentiroso, só não era um especialista em música. Eu gosto muitíssimo das Triosonatas e já estou ouvido o vivaz primeiro movimento da Nº 1. O que você está esperando?

Obras Completas para Órgão (CD 3 de 12)

1-2. Prelude and Fugue in B minor, BWV 544 (13:47)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1727-1731
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962
3-4. Prelude and Fugue in F minor, BWV 534 (9:49)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962
5-6. Prelude and Fugue in C minor, BWV 546 (12:46)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962
Notes Composition written: ?Weimar, Germany (1708 – 1717).
7-8. Prelude and Fugue in A minor, BWV 543 (11:27)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962
9-11. Trio Sonata for Organ no 1 in E flat major, BWV 525 (13:14)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written circa 1727
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1956
12-14. Trio Sonata for Organ no 6 in G major, BWV 530 (13:45)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written circa 1727
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1956

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George Frederic Handel (1685-1759) – Concerti Grossi, op. 6, nºs 10-12, e HWV 318, “Alexander´s Fest”

Eis que mais uma integral se conclui. O vol. 4 da gravação de Karl Richter e sua Münchener Bach-Orchester traz os últimos três concertos do op. 6 além do meu favorito, já postado aqui tanto por Clara Schumann quanto por mim mesmo, o “Alexander´s Fest”.

Música divina, com uma interpretação que muitas vezes beira a perfeição,  lamento apenas que a série tenha terminado. Mas outras obras primas deste mestre do barroco virão. Quem viver, verá.. 

George Frederic Handel (1685-1759) – Concerti Grossi, op. 6, nºs 10-12, e HWV 318, “Alexander´s Fest”  

 Concerto grosso in D minor, Op.6, No.10
 
1   1. Ouverture   
2   2. Allegro
3   2. Allegro
4   4. Allegro
5   5. Allegro
6   5. Allegro

Concerto grosso in A, Op.6, No.11
 
7   1. Andante larghetto, e staccato
8   2. Allegro
9   3. Largo, e staccato  
10   4. Andante  
11   5. Allegro    

Concerto grosso in B minor, Op.6, No.12
 
12   1. Largo
13   2. Allegro
14   3. Larghetto, e piano
15   4. Largo
16   5. Allegro

Gerhart Hetzel, Kurt-Christian Stier, Fritz Kiskalt, Hedwig Bilgram
Münchener Bach-Orchester
Karl Richter
  
 Concerto grosso in C, HWV 318 “Alexander’s Feast”
 
17   1. Allegro
18   2. Largo – Adagio
19   3. Allegro – Adagio
20   4. Andante non presto

Kurt-Christian Stier, Fritz Kiskalt, Hedwig Bilgram – solistas
Münchener Bach-Orchester
Karl Richter

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Integral das Sinfonias – Sinf. Nros. 1 e 12 – (CD 1 de 11)

Consegui por aí a integral das Sinfonias de Shostakovich com Kirill Kondrashin e a Filarmônica de Moscou. Vocês não demonstram grande entusiasmo por Shosta, mas minha habitual falta de consideração e esquizofrenia me obrigará a publicar sua integral antes da de Mahler, Sibelius, Nielsen (adoro Nielsen) e outros. O CD Nro. 1 traz a esplêndida Sinfonia Nº 1 e a medonha 12ª, “O Ano de 1917”, talvez seu único fracasso artístico de grandes proporções. A Sinfonia Nº 12 soa falsa, nada convincente. As suas outras obras revolucionárias nos parecem sinceras, porém esta sinfonia é um exagero que torna-se uma espécie de caricatura involuntária. O livro Shostalkovich: Vida, Música, Tempo, de Lauro Machado Coelho não chega a dedicar uma página de suas quinhentas e duas à decima-segunda. Merece o desprezo.

Mas há a primeira, uma obra-prima que Mítia finalizou quando tinha apenas 19 anos!

Sinfonia Nº 1, Op. 10 (1924-1925) : Shostakovich começou a escrever esta sinfonia quando tinha dezessete anos. Antes disso, tinha composto alguns scherzi que só interessam à musicólogos. Sua estréia foi mesmo com esta Nº 1, terminada antes do autor completar vinte anos. Ela tornou aquele estudante de música, mais conhecido por ser o pianista-improvisador de três cinemas mudos de Petrogrado, internacionalmente célebre. Tal fama pode ser atribuída por Shostakovich ser o primeiro rebento musical do comunismo, mas ouvindo a sinfonia hoje, não nos decepcionamos de modo algum. É música de um futuro mestre.

Ela começa com um toque de trompete ao qual, se acrescentarmos um crescendo, tornar-se-á um tema de Petrouchka, de Igor Stravinski. Alguns regentes russos fazem esta introdução exatamemente igual à Petroushka. É algo curioso que o jovem Dmitri tenha feito esta homenagem, quando dizia que seus modelos – e isto foi comprovadíssimo logo adiante – eram Mahler, Bach, Beethoven e Mussorgski. Mas há mesmo algo de “boneca triste” no primeiro movimento desta sinfonia. O segundo movimento possui um curioso tema árabe, que é a primeira paródia encontrada em sua obra. Um achado.

O movimento lento, muito triste, é daqueles que a Veja consideraria uma comprovação do sofrimento do compositor sob o comunismo e de uma postura fatalista do tipo isto-não-vai-dar-nada-certo, porém acreditamos que a morte de seu pai, ocorrida alguns meses antes e a internação de Dmitri num sanatório da Criméia (ele contraíra tuberculose) tenha maior relação com tal tristeza. Há um belíssimo solo funéreo de oboé neste movimento.

CD 1

SYMPHONY No.1 in F Minor, Op.10

1. Allegretto. Allegro ma non troppo
2. Allegro
3. Lento
4. Allegro molto, Lento Allegro molto

Recorded: July 19, 1972

SYMPHONY No.12 in D Minor, Op.112, “1917”
5. Revolutionary “Petrograd”: Moderato, Allegro
6. Allegro
7. Aurora: Allegro
8. Down of Humanity: Allegro, Allegretto

Recorded: December 13, 1972

Moscow Philharmonic Orchestra
Kirill Kondrashin, Conductor

Total time 68:59

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J. S. Bach (1685-1750) – Obras Completas para Órgão (CD 2 de 12)

Talvez a obra que eu mais goste de toda esta coleção esteja neste CD Nº 2. É a Passacaglia e Fuga BWV 582. Obra de estrutura simples sobre a qual bach constrói imensa catedral. (Minha única grande dúvida é se o Organista Doido, em cuja honra faço esta enorme postagem, já sabe que seu pedido está sendo minuciosamente atendido.) Não vou comentar este CD para não cometer nenhuma gafe. É que me perco na numeração dessas obras que ouvi muitas vezes sem prestar muita atenção sobre o que era o quê. Ademais, tenho esta caixa do Walcha desde quando meu amigo Augusto Maurer a trouxe de Nova Iorque nos idos de 1988 e fazia tempo que não a ouvia. Bem, com vocês, o volume 2 da empreitada.

J. S. Bach (1685-1750) – Obras Completas para Órgão (CD 2 de 12)

1. Fantasie and Fugue in C minor, BWV 562: Fantasie (4:40)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962

2-3. Passacaglia and Fugue in C minor, BWV 582 (13:43)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written circa 1708-1712
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962

4. Fantasie in G major, BWV 572 (8:52)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written by 1706
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962

5-6. Fantasie and Fugue in C minor, BWV 537 (8:59)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962
Notes Composition written: Weimar, Germany (1708 – 1717).

7-8. Prelude and Fugue in E minor, BWV 548 “Wedge” (14:39)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1727-1731
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962

9-10. Prelude and Fugue in C major, BWV 547 (10:32)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written after 1723
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1956

11-12. Prelude and Fugue in G major, BWV 541 (8:42)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962

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Comprando CDs na Amazon

Sim, eu nunca paguei impostos porque compro aos poucos.

Funciona assim: eles cobram o CD e o frete no cartão de crédito, nada mais. Depois, passado mais de um mês – há que ter calma pois peço o frete mais barato – chega um daqueles bilhetinhos do correio avisando que chegou alguma coisa. Então, eu vou à agência de retiro o CD sem custo, só desejando uma boa tarde à atendente.

Aconteceu ontem. Recebi 4 CDs. Não paguei nada de imposto.

Update: Uma leitora-ouvinte do PQP me mandou a lei menos de 5 minutos depois de eu responder ao Rafael que não sabia porque não pagava nenhum imposto. Aqui está:

Isenções

a) Remessas no valor total de até US$ 50.00 (cinqüenta dólares americanos) estão isentas dos impostos, desde que sejam transportadas pelo serviço postal, e que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas;

b) Medicamentos, destinados à pessoa física, sendo que no momento da liberação do medicamento, o Ministério da Saúde exige a apresentação da receita médica;

c) livros, jornais e periódicos impressos em papel não pagam impostos (art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal).

A regra completa está neste endereço.

(Então, Rafael, para adquirir a caixa de 12 CDs do Walcha, terias que pagar algum imposto, pois o valor mais barato que a Amazon encontrou foi US$ 60,00… Será que eles não poderiam declarar como livro??? Certamente passaria!)

J. S. Bach (1685-1750) – Obras Completas para Órgão (CD 1 de 12)

Eu cada vez mais torço o nariz para os pedidos, mas há alguns feitos com tamanho bom humor, criatividade e necessidade que sou obrigado a atender. O Organista Doido comentou que esperava as postagens “como um amante espera a amada numa noite fria…”. Ora, a analogia foi-me tão atraente e vívida que dobrei-me imediatamente à sua vontade. Começo a postar agora, imaginando às inúmeras vezes que dormi sozinho no frio inverno portoalegrense à espera de uma amante… que muitas vezes não veio ou chegou depois do sono.

A história destas gravações de Helmut Walcha (1907-1991) foi complicadíssima. Cito-a de memória: tudo começou quando a Archiv quis lançar a obra completa de Bach em 1950, ano dos 200 anos de morte de meu pai. Começaram a gravar em 1947, mas Walcha estava insatisfeito com os resultados. Grande organista e cravista alemão, Walcha era cego – mas enxergava muito mais que eu – e perfeccionista – para nossa sorte. Ele reclamava dos órgãos alemães do pós-guerra. Ele e os técnicos da Archiv viajaram por toda a Alemanha à procura de um instrumento que fosse aceito pelo organista. Tudo em vão. Os melhores estavam em igrejas destruídas ou quase. O projeto simplesmente abortou, em grande parte por culpa da insistência de Walcha quanto à qualidade dos instrumentos. Finalmente, em 1956, Walcha encontrou na Holanda “o órgão dos sonhos” (sem duplo sentido, por favor). Gravaram alguns discos sem a intenção de completar toda a obra escrita por Bach para o instrumento. De 1962 à 1965, gravaram mais uma série de discos para a Archiv na mesma igreja de Alkmaar, na Holanda e, para finalmente realizar as gravações das Obras Completas, Walcha escolheu um instrumento ainda melhor, o órgão da Catedral de Estrasburgo.

Repito que contei a história de memória. Pode haver erros. Só não erro ao dizer que foi um trabalho monumental, gravado com espetacular qualidade de som e que começo a postar hoje.

Obs: Notaram o preço da caixa de 12 CDs da Archiv? 5 dólares por CD! É dado e, como é mercadoria usada, chega aqui sem imposto. Basta pagar a caixa e o frete.

Obras Completas para Órgão (CD 1 de 12)

1-2. Toccata and Fugue in D minor, BWV 565 (9:30)
Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written by 1708
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1956

3-4. Toccata and Fugue in F major, BWV 540 (15:12)
Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1708-1717
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962

5-6. Toccata and Fugue in D minor, BWV 538 “Dorian” (13:12)
Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1708-1717
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962

7-9. Toccata, Adagio and Fugue in C major, BWV 564 (15:11)
Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1708-1717
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1956

10-11. Fantasia and Fugue in G minor, BWV 542 “Great G minor” (12:59)
Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written 1708-1717
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1962

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Commedia Musicale – Banchieri, Vecchi, Dowland, Holborne, etc.

Quando a gente encontra um CD com este nome, o mínimo que se espera é que ele seja engraçado. Este tem alguns bons momentos de comédia, mas acaba mesmo por surpreender pela qualidade do Musica Antiqua Ambergensis. Um disco bem divertido, ao gosto de Clara Schumann e seus elisabetanos.

Commedia Musicale

1 Chi brama Havere (Banchieri)
2 Qui vi siamo (Banchieri)
3 Contraponto bestiale (Banchieri)
4 Pastorella (anonym)
5 Mag ich, Herzlieb (Senfl)
6 Geigt auf (Wipacher)
7 Herzlieb zu dir allein (HaЯler)
8 Padouana-Gagliarda-Courente-Allemande-Tripla (Schein)
9 So dir mein liebes Brьderlein (Schein)
10 E voi Signora Laura (Vecchi)
11 Villanella (Vecchi)
12 O che sciolta favella (Vecchi)
13 A l’entrada (anonym)
14 Ce fu en mai (Moniot d’Arras)
15 Bransles (Caroubel)
16 Lágrimas (Cebrián)
17 Awake, sweet love (Dowland)
18 Fine knacks for ladies (Dowland)
19 Alman (Holborne)
20 Woeful heart (Dowland)
21 Shall I sue (Dowland)
22 Loccke up, fair lids (Peerson)
23 Fate silencio (Vecchi)
24 Si grav’ e’l mio dolore (Vecchi)
25 Viva la gioia (Vecchi)
26 Di marmo sete voi (Vecchi)
27 Qual’honor (Vecchi)

Musica Antiqua Ambergensis

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Johann Sebastian Bach (1685-1750 – The Well-Tempered Clavier, Book II, BWVs 870-893

Completando a série, eis o Segundo Livro do Cravo Bem Temperado, na versão de Glenn Gould.
Muitos de nossos leitores tem pedido a versão para cravo dessa obra, seja na versão do Gustav Leonhardt, seja em alguma outra. Infelizmente não possuo nenhuma outra, mas não posso responder pelos meus outros colegas de blog.
Com relação às obras para órgão, bem, estou conversando com meu irmão PQP, para decidirmos o que postaremos, pois não é pouca coisa, não.
Enquanto isso, continuem admirando essa versão gouldiana de uma das obras mais importantes compostas por nosso pai.

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – The Well-Tempered Clavier, Book 2

CD 1

1.Prelude and Fugue No. 1 in C major, BWV 870: Praeludium
2. Prelude and Fugue No. 1 in C major, BWV 870: Fuga  
3. Prelude and Fugue No. 2 in C minor, BWV 871: Praeludium   
4. Prelude and Fugue No. 2 in C minor, BWV 871: Fuga
5. Prelude and Fugue No. 3 in C-sharp major, BWV 872: Praeludium
6. Prelude and Fugue No. 3 in C-sharp major, BWV 872: Fuga
7. Prelude and Fugue No. 4 in C-sharp minor, BWV 873: Praeludium
8. Prelude and Fugue No. 4 in C-sharp minor, BWV 873: Fuga
9. Prelude and Fugue No. 5 in D major, BWV 874: Praeludium
10. Prelude and Fugue No. 5 in D major, BWV 874: Fuga
11. Prelude and Fugue No. 6 in D minor, BWV 875: Praeludium
12. Prelude and Fugue No. 6 in D minor, BWV 875: Fuga
13. Prelude and Fugue No. 7 in E-flat major, BWV 876: Praeludium   
14. Prelude and Fugue No. 7 in E-flat major, BWV 876: Fuga   
15. Prelude and Fugue No. 8 in D-sharp minor, BWV 877: Praeludium   
16. Prelude and Fugue No. 8 in D-sharp minor, BWV 877: Fuga   
17. Prelude No. 9 in E major, BWV 878: Praeludium   
18. Prelude No. 9 in E major, BWV 878: Fuga   
19. Prelude and Fugue No. 10 in E minor, BWV 879: Praeludium  
20. Prelude and Fugue No. 10 in E minor, BWV 879: Fuga
21. Prelude and Fugue No. 11 in F major, BWV 880: Praeludium
22. Prelude and Fugue No. 11 in F major, BWV 880: Fuga
23. Prelude and Fugue No. 12 in F minor, BWV 881: Praeludium
24. Prelude and Fugue No. 12 in F minor, BWV 881: Fuga

CD 2

1. Prelude and Fugue No. 13 in F-sharp major, BWV 882: Praeludium
2. Prelude and Fugue No. 13 in F-sharp major, BWV 882: Fuga
3. Prelude and Fugue No. 14 in F-sharp minor, BWV 883: Praeludium
4. Prelude and Fugue No. 14 in F-sharp minor, BWV 883: Fuga  
5. Prelude and Fugue No. 15 in G major, BWV 884: Praeludium
6. Prelude and Fugue No. 15 in G major, BWV 884: Fuga
7. Prelude and Fugue No. 16 in G minor, BWV 885: Praeludium
8. Prelude and Fugue No. 16 in G minor, BWV 885: Fuga
9. Prelude and Fugue No. 17 in A-flat major, BWV 886: Praeludium
10. Prelude and Fugue No. 17 in A-flat major, BWV 886: Fuga
11. Prelude and Fugue No. 18 in G-sharp minor, BWV 887: Praeludium  
12. Prelude and Fugue No. 18 in G-sharp minor, BWV 887: Fuga 
13. Prelude and Fugue No. 19 in A major, BWV 888: Praeludium  
14. Prelude and Fugue No. 19 in A major, BWV 888: Fuga
15. Prelude and Fugue No. 20 in A minor, BWV 889: Praeludium
16. Prelude and Fugue No. 20 in A minor, BWV 889: Fuga
17. Prelude and Fugue No. 21 in B-flat major, BWV 890: Praeludium  
18. Prelude and Fugue No. 21 in B-flat major, BWV 890: Fuga 
19. Prelude and Fugue No. 22 in B-flat minor, BWV 891: Praeludium
20. Prelude and Fugue No. 22 in B-flat minor, BWV 891: Fuga
21. Prelude and Fugue No. 23 in B major, BWV 892: Praeludium  
22. Prelude and Fugue No. 23 in B major, BWV 892: Fuga 
23. Prelude and Fugue No. 24 in B minor, BWV 893: Praeludium   
24. Prelude and Fugue No. 24 in B minor, BWV 893: Fuga
Glenn Gould – Piano

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Johann Sebastian Bach (1685-1750 – The Well-Tempered Clavier, Book I, BWVs 846-869

Ando bonzinho demais ultimamente, atendendo a pedidos. Espero não estar acostumando mal os nossos leitores.

Mas enfim, essa gravação do Gould para o Cravo Bem Temperado já era um desejo antigo, e felizmente consegui completá-la. Neste primeiro momento, porém, estarei postando apenas o Primeiro Livro, devido ao tamanho da obra. Então, deixarei para postar o Segundo Livro amanhã, se sobrar um tempinho.
Cito o comentário do editorialista da amazon a respeito desta gravação:

It’s rather amazing today, when recordings of Bach’s Well-Tempered Clavier practically fall of the shelves, to recall just how unusual it was back in the 1960s for a pianist to undertake to record this amazing work. It’s probably fair to say that until Glenn Gould got his fingers around it, Bach’s music was used for teaching purposes more than anything else. What Gould proves in this essential set is that Bach is decidedly not just a threat to hold over the head of budding pianists but a joy to listen to. One of Gould’s very greatest recordings. David Hurwitz

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – The Well-Tempered Clavier, Book I

CD 1

1. Prelude & Fugue No. 1 in C Major, BWV 846/Prelude
2. Prelude & Fugue No. 1 in C Major, BWV 846/Fugue
3. Prelude & Fugue No. 2 in C minor, BWV 847/Prelude
4. Prelude & Fugue No. 2 in C minor, BWV 847/Fugue
5. Prelude & Fugue No. 3 in C-sharp Major, BWV 848/Prelude
6. Prelude & Fugue No. 3 in C-sharp Major, BWV 848/Fugue
7. Prelude & Fugue No. 4 in C-sharp minor, BWV 849/Prelude
8. Prelude & Fugue No. 4 in C-sharp minor, BWV 849/Fugue
9. Prelude & Fugue No. 5 in D Major, BWV 850/Prelude
10. Prelude & Fugue No. 5 in D Major, BWV 850/Fugue
11. Prelude & Fugue No. 6 in D minor, BWV 851/Prelude
12. Prelude & Fugue No. 6 in D minor, BWV 851/Fugue
13. Prelude & Fugue No. 7 in E-flat Major, BWV 852/Prelude
14. Prelude & Fugue No. 7 in E-flat Major, BWV 852/Fugue
15. Prelude in E-flat minor & Fugue in D-sharp minor No. 8, BWV 853/Prelude
16. Prelude in E-flat minor & Fugue in D-sharp minor No. 8, BWV 853/Fugue
17. Prelude & Fugue No. 9 in E Major, BWV 854/Prelude
18. Prelude & Fugue No. 9 in E Major, BWV 854/Fugue
19. Prelude & Fugue No. 10 in E minor, BWV 855/Prelude
20. Prelude & Fugue No. 10 in E minor, BWV 855/Fugue
21. Prelude & Fugue No. 11 in F Major, BWV 856/Prelude
22. Prelude & Fugue No. 11 in F Major, BWV 856/Fugue
23. Prelude & Fugue No. 12 in F minor, BWV 857/Prelude
24. Prelude & Fugue No. 12 in F minor, BWV 857/Fugue
CD 2

1. Prelude & Fugue No. 13 in F-sharp Major, BWV 858/Prelude
2. Prelude & Fugue No. 13 in F-sharp Major, BWV 858/Fugue
3. Prelude & Fugue No. 14 in F-sharp minor, BWV 859/Prelude
4. Prelude & Fugue No. 14 in F-sharp minor, BWV 859/Fugue
5. Prelude & Fugue No. 15 in G Major, BWV 860/Prelude
6. Prelude & Fugue No. 15 in G Major, BWV 860/Fugue
7. Prelude & Fugue No. 16 in G minor, BWV 861/Prelude
8. Prelude & Fugue No. 16 in G minor, BWV 861/Fugue
9. Prelude & Fugue No. 17 in A-flat Major, BWV 862/Prelude
10. Prelude & Fugue No. 17 in A-flat Major, BWV 862/Fugue
11. Prelude & Fugue No. 18 in G-sharp minor, BWV 863/Prelude
12. Prelude & Fugue No. 18 in G-sharp minor, BWV 863/Fugue
13. Prelude & Fugue No. 19 in A Major, BWV 864/Prelude
14. Prelude & Fugue No. 19 in A Major, BWV 864/Fugue
15. Prelude & Fugue No. 20 in A minor, BWV 865/Prelude
16. Prelude & Fugue No. 20 in A minor, BWV 865/Fugue
17. Prelude & Fugue No. 21 in B-flat Major, BWV 866/Prelude
18. Prelude & Fugue No. 21 in B-flat Major, BWV 866/Fugue
19. Prelude & Fugue No. 22 in B-flat minor, BWV 867/Prelude
20. Prelude & Fugue No. 22 in B-flat minor, BWV 867/Fugue
21. Prelude & Fugue No. 23 in B Major, BWV 868/Prelude
22. Prelude & Fugue No. 23 in B Major, BWV 868/Fugue
23. Prelude & Fugue No. 24 in B minor, BWV 869/Prelude
24. Prelude & Fugue No. 24 in B minor, BWV 869/Fugue
Glenn Gould – Piano

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Franz-Joseph Haydn (1732-1809)- Die Schöpfung, Hob. XXI:2

Como prometido, aqui está a versão em alemão desta magnífica obra, em uma interpretação mais que inspirada de Leonard Bernstein, que conta com solistas admiráveis, se destacando o grande Kurt Moll, um dos maiores baixos deste século.

Como prometido, o arquivo em .pdf traz o libreto da obra, traduzido em português, numa época em que as gravadoras no Brasil se preocupavam em passar as informações para os seus clientes. Este libreto faz parte da minha gravação em vinil, com o Karajan. Como já expliquei anteriormente, ainda não consegui adquirir essa versão em cd.

 Franz-Joseph Haydn (1732-1809)- Die Schöpfung, Hob. XXI:2

CD 1

1 – Part 1- Die Vorstellung des Chaos
2 – Part 1- Im Anfange schuf Gott Himmel und Erde
3 – Part 1- Nun schwanden vor dem heiligen Strahle
4 – Part 1- Und Gott machte das Firmament
5 – Part 1- Mit Staunen sieht das Wunderwerk
6 – Part 1- Und Gott sprach, es sammle sich das Wasser
7 – Part 1- Rollend in schaeumenden Wellen
8 – Part 1- Und Gott sprach, es bringe die Erde Gras hervor
9 – Part 1- Nun beut die Flur das frische Gruen
10 – Part 1- Und die himmlischen Heerscharen verkuendigten
11 – Part 1- Stimmt an die Saiten
12 – Part 1- Und Gott sprach, es sei’n Lichter an der Feste des Himmels
13 – Part 1- In vollem Glanze steiget jetzt
14 – Part 1- Die Himmel erzaehlen die Ehre Gottes
15 – Part 2- Und Gott sprach, es bringe das Wasser in der Fuelle hervor
16 – Part 2- Auf starkem Fittiche schwinget sich der Adler stolz
17 – Part 2- Und Gott schuf grosse Walfische
18 – Part 2- Und die Engel ruehrten ihr’ unsterblichen Harfen
19 – Part 2- In holder Anmut stehn

CD 2

2-01 Part 2 – Und Gott sprach, es bringe die Erde hervor lebende Geschoepfe
2-02 Part 2 – Gleich oeffnet sich der Erde Schoss
2-03 Part 2 – Nun scheint in vollem Glanze der Himmel
2-04 Part 2 – Und Gott schuf den Menschen
2-05 Part 2 – Mit Wuerd’ und Hoheit angetan
2-06 Part 2 – Und Gott sah jedes Ding
2-07 Part 2 – Vollendet ist das große Werk , Zu dir, o Herr, blickt alles auf
2-08 Part 3 – Aus Rosenwolken bricht
2-09 Part 3 – Von deiner Guet’, o Herr und Gott , Gesegnet sei des Herren Macht
2-10 Part 3 – Nun ist die erste Pflicht erfuellt
2-11 Part 3 – Holde Gattin, dir zur Seite
2-12 Part 3 – O gluecklich Paar, und gluecklich immerfort
2-13 Part 3 – Singt dem Herren alle Stimmen

Judith Blegen – Soprano (Gabriel)
Thomas Moser – Tenor (Uriel)
Kurt Moll – bass (Raphael)
Lucia Popp – Soprano (Eva)
Kurt Ollmann – baritone (Adam)

Choir und Symphonie-Orchester des Bayerischen Rundfunks
Leonard Bernstein – Direktor

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Links para o povo

1. Um curiosa leitura para quem se preocupa com o preço da cultura está aqui. É verdade. Heitor Villa-Lobos custa menos que Ivete S@ngalo. Muito menos.

2. O melhor site/blog sobre música brasileira é o Sovaco de Cobra, do não menos que genial Zé Carlos Cipriano. As músicas você busca no Um que tenha.

3. Indicação de CDs, biografias de compositores e críticas de música erudita fora do mainstream xaroposo de sempre é aqui, ó.

4. Um P.Q.P. Bach pra lá de alternativo? Que mistura música étnica com eruditos contemporâneos? Olha só.

5. O maluco faz ficção com Mozart e com um de seus mais patéticos intérpretes. O problema é que é em capítulos, mas tem as músicas para se ver e ouvir no YouTube. Aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

6. Quer se achar em meio à enorme obra de Shostakovich? Clique aqui.

Franz-Joseph Haydn (1732-1809)- The Creation

Atendendo a várias solicitações, FDP Bach traz uma das maiores obras já compostas pelo ser humano, daquelas que se fincaram no cânone universal, dentre outras, como a Nona Sinfonia de Beethoven, O Messias, de Handel, ou até mesmo a Missa em Si Menor de nosso pai.
Obra composta já nos últimos anos de sua vida (sua estréia ocorreu em 1798), é uma síntese da genialidade haydniana, já expressa em suas sinfonias e quartetos. Tanto a parte vocal quanto a orquestral são de uma beleza única, e essa versão em inglês de Hogwood é memorável.
Farei o seguinte: neste primeiro momento estarei postando a versão inglesa, com Hogwood e Kirkby, mas assim que possível irei postar a versão do Bernstein, em alemão, claro, para as devidas comparações. Versão executada com instrumentos de época, bem ao estilo de Hogwood, que conta com a incomparável Emma Kirkby.
Uma pequena explicação se faz necessária: o booklet em anexo foi escaneado e transformado em formato .pdf, e foi tirado de meu velho LP da DG, da versão do Karajan, que infelizmente ainda não possuo em cd, ou mp3. O texto é assinado por Reihnard Schultz, e traduzido por Mário Wilmersdorf Jr. Quando postar a versão em alemão, colocarei a tradução do libreto junto.

Franz-Joseph Haydn (1732-1809) – The Creation

CD 1
01 – Part 1 Overture – The Representation of Chaos
02 – Part 1 Scene 1 – In the beginning God created the heaven
03 – Part 1 Scene 1 – Now vanish for the holy beams
04 – Part 1 Scene 2 – And God made the firmament
05 – Part 1 Scene 2 – The marv’lous work beholds amazed
06 – Part 1 Scene 3 – And God said- Let the waters under the heavens be gathered together
07 – Part 1 Scene 3 – Rolling in foaming billows
08 – Part 1 Scene 3 – And God said- Let the earth bring forth grass
09 – Part 1 Scene 3 – With verdure clad the fields appear
10 – Part 1 Scene 3 – And the heavenly hosts proclaimed
11 – Part 1 Scene 3 – Awake the harp
12 – Part 1 Scene 4 – And God said- Let there be lights in the firmament of heaven
13 – Part 1 Scene 4 – In splendour bright is rising now the sun
14 – Part 1 Scene 4 – The heavens are telling the Glory of God

CD 2

1. Part Two: Scene 1: And God said: Let the waters bring forth –
2. Part Two: Scene 1: On mighty pens uplifted soars the eagle aloft
3. Part Two: Scene 1: And God created great whales   
4. Part Two: Scene 1: And the angels struck their immortal harps
5. Part Two: Scene 1: Most beautiful appear
6. Part Two: Scene 2: And God said: Let the earth bring forth
7. Part Two: Scene 2: Straight opening her fertile womb
8. Part Two: Scene 2: Now heaven in fullest glory shone
9. Part Two: Scene 2: And God created man
10. Part Two: Scene 2: In native worth and honour clad
11. Part Two: Scene 2: And God saw everything
12. Part Two: Scene 2: Achieved is the glorious work
13. Part Three: Scene 1: In rosy mantle appears
14. Part Three: Scene 2: By Thee with bliss, a bounteous Lord
15. Part Three: Scene 3: Our duty we performed now
16. Part Three: Scene 3: Graceful consort! At thy side
17. Final Scene: O happy pair  
18. Final Scene: Sing the Lord ye voices all!
The Academy of Ancient Music
Christopher Hogwood – Director
Emma Kirkby – Soprano
Anthony Rolfe Johnson – tenor
Michael George – Bass
Choir of New College Oxford

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BOOKLET – DOWNLOAD HERE
 

Edvard Grieg (1843 1907) – Canções

Vocês não têm culpa de nada, claro. O fato é que eu tenho um walkman antigo que toca só CDs de áudio e ontem fui dormir com a Anne Sofie von Otter cantando só para mim. Dormi de costas com o aparelho sobre a barriga e acordei de bruços sobre o aparelho mas sem nenhuma Anne Sofie. Ela, aos 52 anos, ainda é uma coroa enxuta, mas de qualquer maneira acordei sem ela e sem sua voz. Mas chega de besteira. Este CD da DG foi lançado em 1993 dentro das comemorações dos 150 anos de nascimento de Grieg. A sueca Anne Sofie está impecável em sua homenagem ao maior compositor do país fronteiriço. Muita atenção para o extraordinário pianista Bengt Forsberg. Creio que não precise escrever muito sobre von Otter. Trata-se de uma das maiores cantoras de sua – nossa, minha – geração, porém o principal é que, além dos excepcionais dotes de cantora, a mulher com que dormi esta noite é de perfeito bom gosto. Em vez de berrar PucciVerdis por aí, prefere ganhar seus prêmios Grammy, Diapason, Gramophone e outros cantando Mahler, Bach, Schubert, Ravel, Brahms, Mozart, Bartók, Berg, Gluck, Purcell, Stravinsky, Handel, Debussy e Bizet, raramente caindo na tentação italiana. Chegou bem perto dos PucciVerdi ao gravar – e ser novamente premiadíassima – a ópera Werther de Massenet. É óbvio que ela deve ter feito algum papel que não gosto, mas certamente foram poucos e prefiro permanecer na ignorância. Afinal, nunca sabemos tudo sobre nossas mulheres.

É fato notável como sempre atribuímos bom gosto àqueles que têm nosso gosto.

Grande disco, viram? Para ouvir com atenção e minúcia. Na décima audição ainda estaremos descobrindo sutilezas…

Anne Sofie von Otter – Grieg Songs

1. Haugtussa Op. 67: 1. Det syng
2. Haugtussa Op. 67: 2. Veslemøy
3. Haugtussa Op. 67: 3. Blåbær-Li
4. Haugtussa Op. 67: 4. Møte
5. Haugtussa Op. 67: 5. Elsk
6. Haugtussa Op. 67: 6. Killingdans
7. Haugtussa Op. 67: 7. Vond Dag
8. Haugtussa Op. 67: 8. Ved Gjætle-Bekken
9. Seks Sange op. 48: 1. Gruss
10. Seks Sange op. 48: 2. Dereinst, Gedanke mein
11. Seks Sange op. 48: 3. Lauf der Welt
12. Seks Sange op. 48: 4. Die verschwiegene Nachtigall
13. Seks Sange op. 48: 5. Zur Rosenzeit
14. Seks Sange op. 48: 6. Ein Traum
15. Seks Digte af henrik Ibsen op. 25: 2. En svane
16. Seks Digte af henrik Ibsen op. 25: 4. Med en vandlilje
17. Fem Digte af John Paulsen op 26: 1. Et håb
18. Tolv Melodier til Digte af Aasmund Olavsson Vinje op. 33: 2. Våren
19. Digte af Vilhelm Krag op. 60: 3. Mens jeg venter
20. Barnlige sange op. 61: 3. Lok
21. Tolv Melodier til Digte af Aasmund Olavsson Vinje op. 33: 5 Langs ei Å
22. Romancer op. 39: 1. Fra Monte Pincio
23. Hjertets Melodier af H. C.Andersen op. 5: 1. To brune Øjne
24. Hjertets Melodier af H. C.Andersen op. 5: 3. Jeg elsker Dig
25. Seks Digte af Holger Drachmann op. 49: 6. Forårsregn

Anne Sofie von Otter (Mezzosoprano),
Bengt Forsberg (Piano)

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Béla Bartók (1881-1945) – O Mandarim Miraculoso e Concerto para Orquestra

O ballet-pantomima O Mandarim Miraculoso narra uma curiosa história. Sons precipitados e tumultuados de rua apresentam três vagabundos que coagindo uma jovem mulher a fazer o papel de prostituta a fim de atrair homens a seu quarto para que eles pudessem roubá-los. (O chamado sedutor é soado três vezes pelo clarinete.) Primeiro, a jovem atrai a atenção de um senhor de idade. Mas seu interesse por ela é subitamente interrompido quando os três cúmplices o escorraçam porque ele não tem dinheiro. O chamado sedutor soa de novo, desta vez alcançando um jovem tímido. A jovem se sente atraída por ele e os dois dançam. Mas quando descobrem que ele também tem pouco dinheiro, é igualmente posto para fora.

O terceiro chamado traz à cena o macabro Mandarim. Os olhos traem-lhe os desejos. A jovem começa a dançar para ele- uma valsa que lentamente começa a se delinear – excitando-o ainda mais. No clímax da dança ela se lança a seus joelhos. Apaixonadamente, ele a abraça. A jovem, aterrorizada, foge dele quando um forte toque de trombone anuncia frenética perseguição em ostinado. O Mandarim a persegue e, quando alcança a mulher, os três delinqüentes saltam de seu esconderijo e tentam asfixiá-lo sob uma pilha de almofadas. Mas o mandarim consegue se reerguer e com os olhos fixos ainda mais apaixonadamente sobre a jovem. Os homens o atravessam com uma espada enferrujada, mas o Mandarim não sangra. Enforcam-no num candelabra mas ele não morre. Finalmente, sua cabeça é decepada e a jovem, chorando toma-o nos braços. Só então começam a ferir as feridas do Mandarim e ele consegue morrer.

Bela BartokO Concerto para Orquestra não tem programa e faz parte da triste história da emigração de Bartók para os EUA. Não vou falar da luta contra a pobreza nem da falta de saúde. Vamos tentar falar da parte boa: apesar dos temores quanto ao futuro, da leucemia que acabaria por matá-lo e de suas preocupações com a humanidade, ele contava com amigos influentes. Benny Goodman encomendara Contrastes e, com outros amigos, aconselhara Koussevitsky a encomendar o Concerto para Orquestra. A encomenda tinha que ser feita com discrição para evitar qualquer sugestão de caridade que feriria o orgulho de Bartók. Mesmo assim, Koussevitsky teve dificuldade em persuadir o compositor enfermo a aceitar um adiantamento. O húngaro, um socialista cujo molde perdeu-se, não tinha mesmo o traquejo social de Stravinsky, cujo indiscutível talento como compositor aliava-se notável desejo de tornar-se um socialite, coisa que conseguiu ao final da vida. Anyway…

O Concerto para Orquestra não demonstra grande tristeza. É uma obra onde a orquestra literalmente ri no quarto movimento e há a brincadeira do segundo movimento com os instrumentos entrando em duplas – Gioco delle copie. Se o terceiro movimento é uma “Canção da Morte”, o quarto é alegre e o quinto é uma belíssima afirmação de vida.

A gravação de Simon Rattle com a CBSO é uma comprovação de que ele só foi para Berlim por cargo, salário e visibilidade. Não o critico por isso, mas vejam como era fantástica sua orquestra em Birmingham!

O Mandarim Miraculoso
1 The Miraculous Mandarin, Op 19 (Sz 73): The Beginning, the Curtain Rises 3:11
2 The Miraculous Mandarin, Op 19 (Sz 73): First Seduction Game 3:44
3 The Miraculous Mandarin, Op 19 (Sz 73): Second Seduction Game 3:16
4 The Miraculous Mandarin, Op 19 (Sz 73): Third Seduction Game, the Mandarin Enters 4:14
5 The Miraculous Mandarin, Op 19 (Sz 73): Dance of the Girl 4:18
6 The Miraculous Mandarin, Op 19 (Sz 73): The Chase, the Tramps Leap Out 4:26
7 The Miraculous Mandarin, Op 19 (Sz 73): Suddenly the Mandarin’s Head Appears, They Drag the Mandarin to the Centre of the Floor 6:25
8 The Miraculous Mandarin, Op 19 (Sz 73): The Mandarin Falls to the Floor 2:11

Concerto para Orquestra
9 Concerto for Orchestra (Sz 116): Introduzione (Andante non troppo – Allegro vivace) 10:15
10 Concerto for Orchestra (Sz 116): Giuoco delle coppie (Allegretto scherzando) 6:38
11 Concerto for Orchestra (Sz 116): Elegia (Andante non troppo) 7:23
12 Concerto for Orchestra (Sz 116): Intermezzo interrotto (Allegretto) 4:27
13 Concerto for Orchestra (Sz 116): Finale (Pesante – Presto) 9:52

City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 1

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 2

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – English Suites BWV 806-811

Meu imão PQP Bach já postou uma bela versão destas mesmas Suítes Inglesas, com o grande Gustav Leonhardt, com certeza um dos maiores intérpretes que nosso pai já teve. Mas os gouldmaníacos logo se manifestaram, e começaram a pedir mais gravações do canadense. Fucei, então, meus cds de mp3, e logo encontrei essas gravações.

Somos todos gouldmaníacos, com certeza. Essa sua versão das Suítes Inglesas é magnífica, e não canso de ouvi-la. Ainda tenho meu LP com essa gravação, aliás, e fiquei muito feliz quando consegui a versão em mp3.

Mas vamos ao que interessa.

Johann Sebastian Bach  (1685-1750) –  English Suites – BWV 806-811

Disc: 1    
1. Suite No. 1 In A Major, BWV 806 — 1. Prelude    
2. Suite No. 1 In A Major, BWV 806, II. Allemande
3. Suite No. 1 In A Major, BWV 806, III. Courante I
4. Suite No. 1 In A Major, BWV 806, IV. Courante II
5. Suite No. 1 In A Major, BWV 806, V. Double I 
6. Suite No. 1 In A Major, BWV 806, VI. Double II
7. Suite No. 1 In A Major, BWV 806, VII. Sarabande
8. Suite No. 1 In A Major, BWV 806, VIII. Bourree I
9. Suite No. 1 In A Major, BWV 806, IX. Bourree II — Bourree I Da Capo
10. Suite No. 1 In A Major, BWV 806, X. Gigue 
11. Suite No. 2 In A Minor, BWV 807, I. Prelude
12. Suite No. 2 In A Minor, BWV 807, II. Allemande
13. Suite No. 2 In A Minor, BWV 807, III. Courante
14. Suite No. 2 In A Minor, BWV 807, IV. Sarabande-Les Agrements De La Meme Sarabande
15. Suite No. 2 In A Minor, BWV 807, V. Bourree I 
16. Suite No. 2 In A Minor, BWV 807, VI. Bourree II — Bourree I Sa Capo
17. Suite No. 2 In A Minor, BWV 807, VII. Gigue    
18. Suite No. 3 In G Minor, BWV 808, I. Prelude 
19.Suite No. 3 In G Minor, BWV 808, II. Allemande
20. Suite No. 3 In G Minor, BWV 808, III. Courante
21. Suite No. 3 In G Minor, BWV 808, IV. Sarabande-Les Agrements De La Meme Sarabande
22. Suite No. 3 In G Minor, BWV 808, V. Gavotte I (Ou La Musette)   
23. Suite No. 3 In G Minor, BWV 808, VI. Gavotte II — Gavotte I Da Capo
24. Suite No. 3 In G Minor, BWV 808, VII. Gigue 

Disc: 2    
1. Suite No. 4 In F Major, BWV 809, I. Prelude   
2. Suite No. 4 In F Major, BWV 809, II. Allemande
3. Suite No. 4 In F Major, BWV 809, III. Courante
4. Suite No. 4 In F Major, BWV 809, IV. Sarabande
5. Suite No. 4 In F Major, BWV 809, V. Menuett I 
6. Suite No. 4 In F Major, BWV 809, VI. Menuett II — Menuett I Da Capo 
7. Suite No. 4 In F Major, BWV 809, VII. Gigue 
8. Suite No. 5 In E Minor, BWV 810, I. Prelude    
9. Suite No. 5 In E Minor, BWV 810, II. Allemande    
10. Suite No. 5 In E Minor, BWV 810, III. Courante   
11. Suite No. 5 In E Minor, BWV 810, IV. Sarabande   
12. Suite No. 5 In E Minor, BWV 810, V. Passepied I (En Rondeau)  
13. Suite No. 5 In E Minor, BWV 810, VI. Passepied II — Passepied I Da Capo
14. Suite No. 5 In E Minor, BWV 810, VII. Gigue 
15. Suite No. 6 In D Minor, BWV 811, I. Prelude 
16. Suite No. 6 In D Minor, BWV 811, II. Allemande
17. Suite No. 6 In D Minor, BWV 811, III. Courante
18. Suite No. 6 In D Minor, BWV 811, IV. Sarabande
19. Suite No. 6 In D Minor, BWV 811, V. Double 
20. Suite No. 6 In D Minor, BWV 811, VI. Gavotte
21. Suite No. 6 In D Minor, BWV 811, VII. Gavotte II — Gavotte I Da Capo
22. Suite No. 6 In D Minor, BWV 811, VIII. Gigue 

Glenn Gould – Piano

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P.Q.P. Bach ganha comunidade no Orkut

Um maluco do bem – que não conheço, mas que certamente costuma nos visitar – criou uma “Comunidade para todos os fãs da magnífica obra promovida por Clara Schumann (as damas primeiro, claro), P.Q.P. Bach, F.D.P. Bach e Blue Dog, ilustres polinizadores da Beleza e da Arte”.

Não sei bem o que dizer, sabe? Fico honrado. Já tem 61 membros, o que é uma popularidade tonitruante para um bastardo como eu.

A Comunidade P.Q.P. Bach está bem aqui.

God Bach21Há outra de 750 (!) membros chamada Eu acredito em Bach. Na imagem que caracteriza esta comunidade, meu pai pisa na cabeça de Wagner, lá chamado de “fagner”. Provocadores, não? Tsc, tsc, tsc.

Os mesmos provocadores me alertam de um blog bem mais austero onde estão sendo traduzidas todas as cantatas de meu pai. Clique aqui para chegar ao paraíso.

Jan Dismas Zelenka (1679-1745) – The Lamentations of Jeremiah

Ontem, o Pedro fez justos elogios ao Bach da Boêmia e resolvi ouvir e postar este grande CD sempre reeditado pelo Helios. Anos atrás, sei lá por quê, eu achava que Zelenka fosse holandês, mas claro que Zelenka era boêmio. Com seu nome típico de mau meio-campista da República Tcheca, viveu em Dresden, na Saxônia, fazendo lá carreira com sua música exuberante, onde ecoava tanto a Praga da juventude quanto uma luminosidade italiana, onde também estudou. Aqui, mostramos a face religiosa da música de Zelenka. Compositor tardio, ele curiosamente substituiu Heinichen – outro notável compositor que falta a este blog e que desejo postar logo – na posição de Kapellmeister da catedral de Dresden. Meu pai o admirava muito, mas as bombas que caíram sobre Dresden em 1945 não tiveram nenhuma consideração pelos manuscritos de Zelenka. Muita coisa foi perdida e o que temos são os fragmentos de uma grande obra.

The lamentations of Jeremiah

Lamentations for Maudy Thursday
Lamentation I
01 Incipit lamentatio (Lamentatio 1) (Lamentationes pro die mercurii sancto) 4:48
02 Omnes amici eius spreverunt 4:47
03 Facti sunt hostes eius in capite 2:04
04 Jerusalem, Jerusalem 3:36

Lamentation II
05 Et egressus est (Lamentatio 2) 1:13
06 Recordata est Jerusalem 2:49
07 Ipsa autem 2:14
08 Jerusalem, Jerusalem 2:58

Lamentations for Good Friday
Lamentation I
09 Cogitavit Dominus (Lamentationes pro die Jovis sancto) (Lamentatio 1) 1:32
10 Defixae sunt in terra portae eius 1:47
11 Yod 1:26
12 Sederunt in terra 1:48
13 Jerusalem, Jerusalem 3:43

Lamentation II
14 Lamed (Lamentatio 2) 1:20
15 Matribus suis dixerunt 4:11
16 Plauserunt super te manibus omnes 3:37
17 Jerusalem, Jerusalem 3:24

Lamentations for Easter Eve
Lamentation I
18 Heth (Lamentationes pro die Veneris sancto) (Lamentatio 1) 1:57
19 Misericordiae Domini 2:16
20 Bonus est Dominus 3:17
21 Sedebit solitarius 4:07
22 Dabit percutienti se maxillam 2:43

Lamentation II
23 Quomodo obscuratum est aurum (Lamentatio 2) 2:05
24 Quomodo reputati sunt 1:59
25 Daleth 1:22
26 Adhaesit lingua lactentis 2:00
27 Jerusalem, Jerusalem 3:46

Michael Chance (Countertenor)
John Mark Ainsley (Tenor)
Michael George (Bass)
CHANDOS BAROQUE PLAYERS

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Dmitri Shostakovich (1906 – 1975) – Sinfonias Nº 2 e Nº 15

Já postei a Sinfonia Nº 15 em versão muito superior a esta, mas a segunda é inédita em nosso blog. A Sinfonia Nº 2 (1927) foi terminada quando o compositor tinha 21 anos e começava a abraçar a estética da música moderna. Se a primeira sinfonia leva o DNA do Shostakovich maduro, a segunda é a sinfonia de um jovem revolucionário nos anos iniciais de outra revolução. O stalinismo ainda não o tinha rotulado de “formalista” e Shosta flanava nas novidades. Foram os anos da espetacular (e irreverente)ópera “O Nariz” e da não menos (e mais irreverente ainda) “Lady Macbeth de Mzenski”. Erra quem diz que o estilo de Shostakovich foi forjado por Stalin e Jdanov, pois a Quarta Sinfonia, obra já madura, é anterior às primeiras proibições. Mas, voltando ao assunto, é boa a Segunda Sinfonia “Outubro”, Op. 14.

Ontem, lendo o livro “Alucinações Musicais”, tradução impecável de Musicophilia – Tales of music and brain, de Oliver Sacks, deparei-me (e abismei-me) com o seguinte:

Em um artigo no New York Times em 1983, Donal Henahan escreveu sobre a lesão cerebral de Shostakovich. Não existem provas, mas, ressaltou Henahan, conta-se que o compositor foi atingido por uma granada alemã durante o cerco de Leningrado, e quealguns anos depois um raio X revelou um fragmento de metal encravado na área auditiva direira de seu cérebro. Henahan relata:

“Shostakovich, porém, relutava em permitir a remoção do metal, e não era para menos: afirmou que desde que o fragmento estava lá, cada vez que ele inclinava a cabeça podia ouvir música. Sua cabeça estava povoada de melodias, diferentes a cada vez, das quais ele se servia ao compor. Quando ele endireitava a cabeça, a música parava imediatamente”.

????? Ah, aquele negrito é meu.

Dmitri Shostakovich 1
Acima, flagrante de Shosta ouvindo música…

SHOSTAKOVICH: Symphonies Nos. 2 and 15

1. Symphony No. 2 in B major, Op. 14, “October” 00:19:35

Symphony No. 15 in A major, Op. 141
2. Allegretto 00:08:23
3. Adagio 00:15:42
4. Allegretto 00:04:02
5. Adagio 00:16:03

Slovak Philharmonic Chorus
Slovak Radio Symphony Orchestra
Ladislav Slovak, Conductor

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.: interlúdio :.

Um dos discos de jazz contemporâneo que mais me impressionou nos últimos anos. Dentro das esferas do estilo, a paixão não exige muita variedade; por isso, uma releitura de composições de Herbie Hancock feita por um grupo sem piano é, no mínimo, uma curiosidade – além de demonstrar um gigantesco respeito desde a sua conceituação.

Se da reunião transparece um (adequado) vigor juvenil, também o virtuosismo e a sabedoria comparecem para tratar as faixas de Herbie (que cobrem o período de 1962 a 1975) com calma e muito feeling. O trio que gravou em 1997 este Fingerpainting é composto por Christian McBride (um notável fenômeno do baixo, como fosse cruza de Mingus e John Pattitucci), Nicholas Payton (o melhor dos jovens trumpetistas, a quem retornaremos com mais atenção em breve) e Mark Whitfield (guitarrista, session leader da Verve) – e o que se ouve é um mix de sucessos (Driftin’, fantástica), obscurantismos e trilha sonora (The Kiss e Jane’s Theme são do “Blow-Up” de Antonioni) executados com uma espécie de “brilhantismo silente”. Os arranjos limpos deixam muito respiro nas músicas, de modo que se percebe facilmente a qualidade impecável das instrumentações. Ao mesmo tempo, toques de swing – Payton é de New Orleans – mantêm o disco coeso e agradável mesmo para quem deixa o disco tocando como pano de fundo. Ou seja, é generoso com o ouvinte – mas exige mais de uma audição para entregar todos os seus segredos. Ou diria mais: mesmo com apenas três músicos, o álbum é dos que sempre tem algo novo a entregar, não importa quantas vezes já se tenha escutado. Além, é claro, de mostrar o gênio de Hancock diante de um novo espelho.

Finger1

Christian McBride, Nicholas Payton & Mark Whitfield – Fingerpainting: The Music Of Herbie Hancock (192)

 

Christian McBride: baixo, arranjos
Nicholas Payton: trumpete, arranjos #6 e #9
Mark Whitfield: guitarra
produzido por Richard Seidel para a Verve

download – 96mB

01 Fingerpainting – 5’56
02 Driftin’ – 4’28
03 Chameleon – 5’03
04 Tell Me A Bedtime Story – 4’43
05 Eye Of The Hurricane – 3’35
06 The Kiss – 5’33
07 Speak Like A Child – 6’39
08 The Sorcerer – 4’41
09 Dolphin Dance – 3’53
10 Chan’s Song – 4’07
11 One Finger Snap – 4’00
12 Sly – 3’54
13 Oliloqui Valley – 5’56
14 Jane’s Theme – 4’03

Boa audição!

Louis Spohr (1784 – 1859) – Obras para Harpa e Flauta

Ele nasceu Ludwig Spohr, porém é mais conhecido como Louis. Não chega a ser surpreendente que Spohr tenha escrito para a obscura harpa. Afinal, ainda jovem, apaixonou-se pela bela harpista de 18 anos Dorette Scheidler. Casou-se com ela. Durante o casamento, Dorette abandonou a carreira de harpista e se concentrou em criar os filhos. É a mesma história de Clara Schumann, apesar de Dorette ter morrido jovem, causando grande dor em Louis. Foi um compositor prolífico, que produziu mais de 150 obras com número de opus, além de muitas outras não catalogadas por numeração de opus. Escreveu música em todos os gêneros. Spohr era um conceituado violinista, e inventou a queixeira para violinos por volta de 1820.

O CD da Orfeo que posto hoje é bem interessante e agradável. Eram obras escritas para sua mulher, cheia das delicadezas de um casamento recém iniciado… Apesar de não ser devoto da sonoridade da harpa, ouvi-lo foi uma boa experiência. Méritos para o maridão.

Louis Spohr – Obras para Harpa e Flauta

Sonata for flute and harp in D major/E flat major (“Sonata Concertante”), Op. 113
01. Allegro brillante
02. Adagio
03. Rondo, Allegretto

Sonata for flute and harp in G major/A flat major (“Sonata Concertante”), Op. 115
04. Larghetto G-Dur

Sonata for flute and harp in C minor, WoO 23
05. Adagio
06. Andante

Fantasia on themes by Handel and Vogler, for flute and harp or piano, Op. 118
07. Fantasie über Themen

Andras Adorjan, Flauta
Marielle Nordmann, Harpa

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J.S. Bach (1685-1750) – Alles mit Gott

Grande sucesso de vendas, este CD é um dos melhores lançamentos da discografia mais recente. Ignoro qual foi a inspiração ou motivação para este lançamento de grandes árias e corais de Bach, o que sei é que é um CD raro por sua qualidade e pela originalidade da coletânea. As maravilhosas vozes envolvidas e a orquestra de Gardiner garante um disco perfeito com seus mais notáveis momentos nas faixas 1, 7, 8 e 10. Obrigatório baixar este CD que foi presenteado ao blog por um de nossos leitores-ouvintes. Desconheço outra introdução melhor e mais “alternativa” à música vocal de meu pai. Repito: desconheço a história ou motivação deste disco, apenas atesto-lhe a imensa qualidade.

Johann Sebastian Bach: Alles mit Gott

1. Alles mitt Gott und nichts ohn’ ihn BWV 1127 (Bach) 12:16
2. Himmelskonig, sei willkommen BWV 182 – I. Sinfonia (Bach) 2:04
3. Himmelskonig, sei willkommen BWV 182 – II. Coro: Himmelskonig, sei willkommen (Bach) 2:57
4. Widerstehe doch der Sunde BWV 54 – I. Aria: Widerstehe doch der Sunde (Bach) 7:55
5. Gott ist mein Konig BWV 71 – VII. Coro: Du wollest dem Feinde (Bach) 3:17
6. Mein Gott, wie lang, ach lange? BWV 155 – IV. Aria: Wirf, mein Herze, wirf dich noch (Bach) 2:10
7. Jesu, der du meine Seele BWV 78 – II. Aria (Duetto): Wir eilen mit schwachen (Bach) 4:23
8. Singet Dem Herrn Ein Neues Lied BWV 190 – V. Aria (Duetto): Jesu soll mein alles sein (Bach) 3:43
9. Susser Trost, mein Jesus kommt BWV 151 – I. Aria: Susser Trost, mein Jesus kommt (Bach) 9:53
10. Sehet! Wir gehn hinauf gen Jerusalem BWV 159 – IV. Aria: Es ist vollbracht (Bach) 7:33
11. Sehet! Wir gehn hinauf gen Jerusalem BWV 159 – V. Choral: Jesu, deine Passion (Bach) 1:33

Composer: Johann Sebastian Bach
Conductor: John Eliot Gardiner
Performer: Peter Harvey, Alison McGillivray, Rachel Beckett, David Miller, English Baroque Soloists

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.:interlúdio:.

Há algumas semanas atrás um leitor/ouvinte nosso pediu Claude Bolling. E imediatamente acendeu uma luzinha na cabeça de FDP Bach quando se lembrou das Suítes para Flauta e Piano Jazz Trio gravados por este grande pianista de jazz francês com ninguém mais ninguém menos que Jean-Pierre Rampal. Procurou incansavelmente em seu acervo, até que finalmente às localizou. E ao ouvi-las, novamente uma torrente de lembranças lhe veio à cabeça, dos tempos em que, entre os 17 e 20 anos, ouvia estes LPs incansavelmente, viajando através da imaginação pelas impressionantes composições de Bolling, com o sopro divino que emanava dos pulmões de Rampal. Até então não tinha ouvido nada parecido, uma fusão de estilos, um cross-over, um pianista de jazz, que já tinha tocado com todos os grandes mestres, como Oscar Peterson, ou até mesmo Duke Ellington, e um gênio da flauta, que até então nunca tinha se envolvido com jazz. O resultado, bem, o resultado é o que vocês irão ouvir. Considero estes dois cds duas pérolas da incrível capacidade técnica e artística destes dois músicos. Destaco três grandes momentos neste cd: a abertura, denominada “Baroque and Blue”, a magnífica “Sentimentale” e uma legítima aula de fuga bachiana, “Fugace”.

Claude Bolling Trio & Jean Pierre Rampal  Suite nº 1 for Flute & Jazz piano

 01 – Baroque And Blue

 02 – Sentimentale

03 – Javanaise

 04 – Fugace

 05 – Irlandaise

 06 – Versatile

 07 – Veloce

Jean-Pierre Rampal – Flute 

Claude Bolling Trio:

Claude Bolling – Piano

Max Hediguer – Bass

Marcel Sabiani – Drums

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