J.S. Bach (1685-1750) – Sonatas e Partitas para Violino Solo (II)

Custei a encontrar uma boa gravação em CD destas obras fundamentais de papai. Tinha em vinil o registro de Henryk Szeryng, o qual me satisfazia inteiramente. Já na era do CD, importei a gravação do mítico Jasha Heifetz, que achei decepcionante. A área de Heifetz não é Bach. Depois, encontrei em Buenos Aires uma oferta baratíssima da gravação de Nathan Milstein, outra decepção. Achando um pouco cômica minha dificuldade, acabei chegando a esta maravilhosa gravação da santa Naxos. É realmente muito boa. Podem baixar sem medo de errar.

Violin Partita No. 2 in D minor, BWV 1004
I. Allemanda 04:18
II. Corrente 02:48
III. Sarabande 03:18
IV. Giga 04:28
V. Ciaconna 12:21

Violin Sonata No. 3 in C major, BWV 1005
I. Adagio 03:22
II. Fuga 10:30
III. Largo 03:02
IV. Allegro assai 04:10

Violin Partita No. 3 in E major, BWV 1006
I. Preludio 04:01
II. Loure 03:58
III. Gavotte en Rondeau 03:00
IV. Menuett I 01:46
V. Menuett II 01:27
VI. Bouree 01:22
VII. Gigue 02:03

Lucy van Dael, violin

Total Playing Time: 01:05:54

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J.S. Bach (1685-1750) – Sonatas e Partitas para Violino Solo (I)

Custei a encontrar uma boa gravação em CD destas obras fundamentais de papai. Tinha em vinil o registro de Henryk Szeryng, o qual me satisfazia inteiramente. Já na era do CD, importei a gravação do mítico Jasha Heifetz, que achei decepcionante. A área de Heifetz não é Bach. Depois, encontrei em Buenos Aires uma oferta baratíssima da gravação de Nathan Milstein, outra decepção. Achando um pouco cômica minha dificuldade, acabei chegando a esta maravilhosa gravação da santa Naxos. É realmente muito boa. Podem baixar sem medo de errar.

Violin Sonata No. 1 in G minor, BWV 1001
I. Adagio 03:25
II. Fuga: Allegro 05:35
III. Siciliana 02:53
IV. Presto 02:58

Violin Partita No. 1 in B minor, BWV 1002
I. Allemanda 05:20
II. Double 02:40
III. Correnta 03:42
IV. Double 04:09
V. Sarabande 03:10
VI. Double 02:28
VII. Tempo di Borea 02:18
VIII. Double 02:28

Violin Sonata No. 2 in A minor, BWV 1003
I. Grave 04:00
II. Fuga 08:30
III. Andante 05:08
IV. Allegro 04:10

Lucy van Dael, violin

Total Playing Time: 01:02:54

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Concerto para Piano e Orquestra, Op. 102

Concerto dedicado ao filho pianista Maxim Shostakovich. É um autêntico presente de pai para filho. Alegre, brilhante e cheio de brincadeiras de caráter privado como a inacreditável inclusão – no terceiro movimento de exercícios que seu filho praticava quando era estudante do instrumento… E não se surpreenda, o primeiro movimento deste concerto é conhecido entre as crianças que vêem desenhos da Disney. É a música que é executada durante o episódio do Soldadinho de Chumbo em Fantasia 2000. Quando ouço esta música em casa, sempre um de meus filhos vem me dizer “olha aí a música do Soldadinho de Chumbo”. É claro que a música não tem nada a ver com a história infantil; Shostakovich fez um belo concerto para seu filho, de atmosfera delicada e afetuosa. O primeiro movimento (Allegro) começa com uma rápida introdução orquestral em seguida à qual entra o piano. De acordo com a prática habitual de Shostakovich, o tema inicial é um pouco mais poético do que o segundo, de entonação mais vigorosa e rítmica.

Dois movimentos vivos e felizes cercam um melancólico, tocante e melodioso segundo movimento. A inspiração óbvia para este concerto foi o Concerto em Sol Maior (1931) de Ravel. Leonard Bernstein deu-se conta disto e gravou um de seus melhores discos em 1978, acumulando as funções de pianista e regente nos dois concertos. Se este concerto não arrancar algum sorriso do ouvinte, este necessita de urgentemente de anti-depressivos.

Piano Concerto No. 2 in F major, Op. 102
Michael Houstoun, piano
Performed by:New Zealand Symphony Orchestra
Conducted by:Christopher Lyndon-Gee

I. Allegro 07:22
II. Andante 06:37
III. Allegro 05:46

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Antonio Vivaldi (1678 – 1741) – Orlando Furioso, RV 728

Ainda não ouvi este CD triplo, saído das conexões de F.D.P. Bach com a longínqua Rússia, mas imagino.

F.D.P. foi sucinto:

Pois bem, acabou a espera… eis o Orlando Furioso, de Vivaldi… 3 cds e booklet compactados em .rar, em uma gravação muito inspirada de uma obra fenomenal… coisa de gênio mesmo.

Antonio Vivaldi é um compositor descoberto tão recentemente que até 40 anos atrás não imaginava-se que sua música vocal pudesse ser ainda melhor que a instrumental, mas é. Chega de conversa porque também tenho que fazer os downloads… Ah, importante: a obra foi gravada no esquema uma faixa por CD, portanto, é importante baixar o booklet.

CD : 1

1. Sinfonia, Rv116 : Allegro
2. Sinfonia, Rv116 : Andante
3. Sinfonia, Rv116 : Allegro
4. Acte 1, Scène 1 : Recitativo
5. Acte 1, Scène 1 : Un Raggio Di Speme
6. Acte 1, Scène 2 : Recitativo
7. Acte 1, Scène 2 : Alza In Quegl’Occhi
8. Acte 1, Scène 3 : Recitativo
9. Acte 1, Scène 3 : Costanza Tu M’Insegni, E Vuoi Ch’Io Speri
10. Acte 1, Scène 4 : Recitativo
11. Acte 1, Scène 4 : Ascondero Il Mio Sdegno
12. Acte 1, Scène 5 : Recitativo
13. Acte 1, Scène 5 : Nel Profondo
14. Acte 1, Scène 6 : Recitativo
15. Acte 1, Scène 7 : Recitativo
16. Acte 1, Scène 8 : Recitativo
17. Acte 1, Scène 8 : Tu Sei Degl’Occhi Miei
18. Acte 1, Scène 8 : Recitativo
19. Acte 1, Scène 8 : Troppo E Fiero, Il Nume Arciero
20. Acte 1, Scène 9 : Recitativo
21. Acte 1, Scène 9 : Rompo I Ceppi
22. Acte 1, Scène 10 : Recitativo
23. Acte 1, Scène 11 : Recitativo
24. Acte 1, Scène 11 : Sol Da Te, Mio Dolce Amore
25. Acte 1, Scène 12 : Recitativo
26. Acte 1, Scène 13 : Recitativo
27. Acte 1, Scène 13 : Amorose Ai Rai Del Sole

CD : 2

1. Acte 2, Scène 1 : Recitativo
2. Acte 2, Scène 1 : Vorresti Amor Da Me
3. Acte 2, Scène 2 : Recitativo
4. Acte 2, Scène 2 : Benche Nasconda
5. Acte 2, Scène 3 : Recitativo
6. Acte 2, Scène 3 : Taci, Non Ti Lagnar
7. Acte 2, Scène 4 : Recitativo
8. Acte 2, Scène 4 : Sorge L’Irato Nembo
9. Acte 2, Scène 4 : Recitativo
10. Acte 2, Scène 5 : Recitativo
11. Acte 2, Scène 5 : Qual Candido Fiore
12. Acte 2, Scène 6 : Recitativo
13. Acte 2, Scène 6 : Chiara Al Pari Di Lucida Stella
14. Acte 2, Scène 6 : Recitativo
15. Acte 2, Scène 7 : Recitativo
16. Acte 2, Scène 8 : Recitativo
17. Acte 2, Scène 9 : Recitativo
18. Acte 2, Scène 10 : Recitativo
19. Acte 2, Scène 10 : Che Bel Morirti In Sen
20. Acte 2, Scène 10 : Recitativo
21. Acte 2, Scène 10 : Se Cresce Un Torrente
22. Acte 2, Scène 11 : Al Fragor De Corni Audaci
23. Acte 2, Scène 11 : Recitativo
24. Acte 2, Scène 11 : Recitatico Accompagnato
25. Acte 2, Scène 11 : Gran Madre Venere
26. Acte 2, Scène 11 : Recitativo
27. Acte 2, Scène 11 : Diva Dell’Espero
28. Acte 2, Scène 11 : Recitativo
29. Acte 2, Scène 11 : Cosi Potessi Anch’Io
30. Acte 2, Scène 12 : Recitativo
31. Acte 2, Scène 12 : Belle Pianticelle
32. Acte 2, Scène 12 : Recitativo
33. Acte 2, Scène 12 : Sei Mia Fiamma, E Sei Mio Bene
34. Acte 2, Scène 13 : Recitativo
35. Acte 2, Scène 13 : Recitativo Accompagnato

CD : 3

1. Acte 3, Scène 1 : Recitativo
2. Acte 3, Scène 1 : Dove Il Valor Combatte
3. Acte 3, Scène 2 : Recitativo
4. Acte 3, Scène 3 : L’Arco Vuo Frangerti
5. Acte 3, Scène 3 : Recitativo
6. Acte 3, Scène 3 : Recitativo Accompagnato
7. Acte 3, Scène 3 : Recitativo
8. Acte 3, Scène 4 : Recitativo
9. Acte 3, Scène 5 : Canzon E Recitativo
10. Acte 3, Scène 5 : Recitativo
11. Acte 3, Scène 5 : Che Dolce Pui, Che Pui Giocondo Stato
12. Acte 3, Scène 5 : Recitativo
13. Acte 3, Scène 5 : Poveri Affetti Miei, Siete Innocenti
14. Acte 3, Scène 6 : Recitativo
15. Acte 3, Scène 6 : Io Son Ne’ Lacci Tuoi
16. Acte 3, Scène 6 : Recitativo
17. Acte 3, Scène 7 : Recitativo
18. Acte 3, Scène 8 : Recitativo
19. Acte 3, Scène 8 : Come L’Onda
20. Acte 3, Scène 9 : Recitativo
21. Acte 3, Scène 9 : Vorrebe Amando Il Cor
22. Acte 3, Scène 10 : Recitativo
23. Acte 3, Scène 10 : Scendi Nel Tartaro
24. Acte 3, Scène 10 : Recitativo
25. Acte 3, Scène 10 : Recitativo Accompagnato
26. Acte 3, Scène 11 : Recitativo
27. Acte 3, Scène 12 : Recitativo
28. Acte 3, Scène Finale : Recitativo
29. Acte 3, Scène Finale : Recitativo Accompagnato
30. Acte 3, Scène Finale : Andero, Chiamero Dal Profondo
31. Acte 3, Scène Finale : Recitativo
32. Acte 3, Scène Finale : Con Mirti E Fiori

Conductor: Jean-Christophe Spinosi
Performers: Ann Hallenberg (Mezzo Soprano – Bradamante)
Blandine Staskiewicz (Mezzo Soprano – Medoro)
Marie-Nicole Lemieux (Alto – Orlando)
Jennifer Larmore (Mezzo Soprano – Alcina)
Veronica Cangemi (Soprano – Angelica)
Philippe Jaroussky (Countertenor – Ruggiero)
Lorenzo Regazzo (Bass – Astolfo)
Genre Baroque Period / Opera
Date Written 1727
Ensemble Ensemble Matheus
Period Baroque
Language
Venice, Italy
Recording Studio

CD1 – BAIXE AQUI

CD2 – BAIXE AQUI

CD3 – BAIXE AQUI

BOOKLET – BAIXE AQUI

Michael Nyman (1944-) – Where the Bee Dances / Piano Concerto

Achei um tanto decepcionante este CD do grande autor das trilhas dos filmes de Greenaway, Leconte e do esplêndido “O Piano” de Jane Campion. Mesmo que o Piano Concerto tenha sido em grande parte adaptado da trilha do filme, aqui há trechos de clímax tão longos que chego a pensar em orgasmos de 5 ou 10 minutos. Não sei se agüentaria tanta felicidade.

Michel NYMAN: Piano Concerto / Where the Bee Dances

1. Where the Bee Dances 16:46

Piano Concerto
2. The Beach 11:24
3. The Woods 06:21
4. The Hut 08:01
5. The Release 04:36

Simon Haram, saxophone
John Lenehan, piano
Performed by: Ulster Orchestra
Conducted by: Takuo Yuasa

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Luciano Berio (1925-2003) – Sinfonia

Tentar definir a música – que em todo caso não é um produto mas um processo – é quase como tentar definir a poesia, ou seja: trata-se de uma operação felizmente impossível, considerando a futilidade de querer estabelecer uma fronteira entre o que é música e o que não é, entre poesia e não-poesia. Talvez a música seja justamente isto: a procura de uma fronteira constantemente deslocada. (Luciano Berio)

Sinto-me tentado a pensar na 2ª sinfonia de Mahler como um produto da sinfonia de Berio e não o contrário, cambalhota perversa da lei da causalidade. (Sérgio Azevedo)

A famosa Sinfonia (1968) de Berio está por toda a rede. São centenas de artigos que analisam a obra musical mais importante do vanguardismo musical do século XX. Ela foi dedicada à Leonard Bernstein, que a estreou, mas na verdade homenageia toda a história da música, principalmente em seu terceiro movimento em que ouve-se claramente Mahler, Mahler, Mahler mas também Debussy, Bach e Schoenberg.

Ao ouvinte com pouca vivência em mpusica moderna, sugiro começar a audição pelo terceiro movimento. Ali está o cerne da Sinfonia. O texto principal deste movimento é formado por fragmentos: trata-se de The Unnamable de Samuel Beckett. A segunda parte de Sinfonia é um tributo à memória de Martin Luther King. As oito vozes remetem simplesmente os sons que constituem o nome do mártir negro até a enunciação completa e inteligível do seu nome.

Sinfonia (para 8 vozes amplificadas e orquestra)

Composed by Luciano Berio
with Orchestre National de France and Swingle Singers
Conducted by Ward Swingle and Pierre Boulez

1. Sinfonia For eight Voices And Orchestra: I –
2. Sinfonia For eight Voices And Orchestra: II – O King
3. Sinfonia For eight Voices And Orchestra: III – In ruhig fliessender Bewegung
4. Sinfonia For eight Voices And Orchestra: IV –
5. Sinfonia For eight Voices And Orchestra: V –

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Jean Sibelius (1865–1957) – Concerto para Violino e Orquestra, Op.47

Existem violinistas e violinistas, ou generalizando, músicos e músicos. Alguns com certo talento até conseguem sucesso, de público e crítica. Mas assim como eles vêm, vão. São vários os casos de pequenos mozarts se transformarem em zé-ninguéns, a indústria fonográfica investe em jovens talentos, para no final eles caírem no ostracismo. Por culpar de quem? Não sei… talvez da voragem da mesma, da exigência do público e da crítica, ou incompressão de todos… sei lá. Digo isso pois a postagem que coloco a seguir é a de um grande violinista – que também foi um pequeno Mozart virtuose, e para muitos o maior de todos os tempos – tocando uma música maravilhosa, porém, inexplicavelmente pouco executada. O resultado dessa soma de talentos é algo excepcional. Já se discutiu aqui à exaustão a questão do gosto nas execuções, mas existem as unanimidades. E Jascha Heifetz é uma unanimidade. Pode-se criticar sua forma de tocar quase cerebral, insensível (?????), se preocupando apenas com a exatidão, com a precisão, muito meticuloso, e se esquecendo de expor a alma da música (particularmente considero isso tudo bobagem, mas quem sou eu para criticar?). Mas não se pode negar sua paixão por aquilo que fazia… e como fazia.

Dentro da idéia de duelo que propus em postagem anterior, Heifetz/Oistrack estou postando abaixo o concerto para violino de Sibelius, peça de um encanto único, um retrato da longínqüa Finlândia, e executado aqui com maestria e exuberância por Jascha Heifetz, esse gigante do violino do século XX. Deixo a critério de vocês a análise da obra e da execução. Nessa gravação ele é acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Chicago, regida por Walter Hendl. Fico devendo a informação sobre o ano dessa gravação.

Concerto para Violino e Orquestra, Op. 47, de Jean Sibelius

1. Conc in d, Op. 47: Allegro Moderato – Chicago SO/Walter Hendl
2. Conc in d, Op. 47: Adagio Di Molto – Chicago SO/Walter Hendl
3. Conc in d, Op. 47: Allegro/Ma Non Tanto – Chicago SO/Walter Hendl

Performer: Jascha Heifetz (Violin)
Conductor: Walter Hendl
Orchestra: Chicago Symphony Orchestra
Period: Romantic
Written: 1903-1905; Finland
Date of Recording: 01/1959
Venue: Orchestra Hall, Chicago
Length: 26min43s

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Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia Nº 7

Um belíssimo Scherzo, cercado por duas esplêndidas Canções da Noite, as quais têm, adjacentes a si, dois movimentos ásperos e duros, o primeiro e o último. Um compositor em crise pela morte de sua filha mais velha e pelos problemas que enfrentava na Ópera de Viena. Melancolia e ódio, a sétima de Mahler.

1. I: Langsam – Allegro Risoluto, Ma Non Troppo
2. II: Nachtmusik: Allegro Moderato
3. III: Scherzo. Schattenhaft
4. IV: Nachtmusik: Andante Amoroso
5. V: Rondo

Symphony No. 7 in E minor
Composed by Gustav Mahler
Performed by City of Birmingham Symphony Orchestra
Conducted by Simon Rattle

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J. S. Bach (1685-1750) – Oratório da Páscoa e Cantata BWV 4

Estas duas notáveis obras situam-se, cronologicamente, em pólos opostos na produção de meu pai. A Cantata BWV 4 Christ lag in Todesbanden ou “Cristo esteve em ânsias de morte” ou “Cristo jaz amortalhado” (os tradutores que se entendam) foi composta entre os anos de 1708 e 1709, enquanto que Oratório da Páscoa, BWV 249, faz parte da produção seus últimos anos de vida.

O Oratório da Páscoa talvez seja mais bonito do que a Cantata BWV 4 (Cantata para o Domingo de Páscoa), porém esta me interessa muito mais. Raramente Bach compôs uma obra com os olhos tão decididamente voltados para o passado mostrando, ao mesmo tempo, características modernas. O texto é de Lutero e a música baseia-se numa melodia so século XII. A Cantata é composta sobre sete movimentos, todos eles apresentando trechos da melodia arcaica. Mesmo a sinfonia instrumental introdutória, no estilo de Buxtehude, emprega o “tema base”. Suas ásperas hamonias e as partes centrais dobradas das violas contribuem para a sonoridade arcaica, a qual assume um estilo de uma partita coral muito próxima a Böhm ou Pachelbel. É algo espantoso.

O Oratório também é excelente e gostaria que vocês ouvissem atentamente a arrepiante ária Sanfte Soll Mein Todeskummer, uma coisa de louco, perfeitíssima, a cargo do tenor.

Christ lag in Todesbanden
1. 1. Sinfonia
2. 2. Versus I, Christ Lag In Todes Banden
3. 3. Versus II, Den Tod Niemand Zwingen Kunnt
4. 4: Versus III, Jesus Christus, Gottes Sohn
5. 5. Versus IV, Es War Ein Wunderlicher Krieg
6. 6. Versus V, Hie Ist Das Rechte Osterlamm
7. 7. Versus VI, So Feiren Wir Das Hohe Fest
8. 8. Versus VII, Wir Essen Und Leben Wohl

Oratório da Páscoa
9. 1. Sinfonia
10. 2. Adagio
11. 3. Chor, Kommt, Eilet Und Laufet
12. 4. Recitative, O Kalter Manner Sinn!
13. 5. Aria, Seele, Deine Spezereien
14. 6. Recitative, Hier Ist Die Gruft
15. 7. Aria, Sanfte Soll Mein Todeskummer
16. 8. Recitative, Indessen seufzen
17. 9. Aria, Saget, Saget Mir Geschwinde
18. 10. Recitative, Wir Sind Erfreut
19. 11. Chorus, Preis Und Dank

Conductor: Andrew Parrott
Performers: Emily van Evera [soprano], Charles Daniels [tenor], David Thomas [bass]

Taverner Consort and Players

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The Salieri Album, com Cecilia Bartoli

Antonio Salieri (1750 – 1825) não era Mozart, mas também não era um perna-de-pau. Vale a pena conhecer a música deste rival vienense de Mozart. Por outro lado, as interpretações da espevitada e espetacular Cecilia Bartoli são capazes de valorizar mesmo as mais bobas árias, o que aqui não é o caso.

A romana Bartoli, possuidora de uma rara auto-ironia num meio em que as cantoras costumam portar-se como se gozassem de precedência divina, diz que já nasceu cacarejando… Eu, P.Q.P. Bach, aprecio tanto sua voz e musicalidade que nem noto suas caretas em cena. Quem repara diz que são horríveis.

Neste CD, ela faz uma seleção de árias das óperas de Salieri.

The Salieri Album
1. Questo guajo mancava…Son qual lacera tartana (La secchia rapita)
2. Che dunque!…Or ei con Ernestina…Ah sia gia (La Scuola dei gelosi)
3. Vi sono sposa e amante (La Fiera di Venezia)
4. Voi Lusingate invano lo smarito cor mio…Misera abbandonata (Palmira, Regina di Persia)
5. E void a buon marito…Non vo gla che vi suonino (La Cifra)
6. Alfin son sola…Sola e mesta (La Cifra)
7. Dopo pranzo addormentata (Il Ricco d’un glorno)
8. No, non cacillera…Suelle mi temple (La secchia rapita)
9. Lungi da me sen vada quella veste fatal…Dunque anche il cielo…Contro un’alma sventurata (Palmira, Regina di Persia)
10. Se lo dovessi vendere (La Finta scema)
11. Eccomi piu che mai…Amor pletoso Amore (Il Ricco d’un Glorno)
12. La ra la (La Grotta di Trofonio)
13. E non degg’io seguirla!…Forse chi sa…Vieni a me sull’ali d’oro (Armida)

Composed by Antonio Salieri
Performed by Orchestra of the Age of Enlightenment [members of]
with Cecilia Bartoli, Claudio Osele
Conducted by Adam Fischer

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[Restaurado] Maurice Ravel (1875-1937) – Concerto para Piano em Sol Maior, Gaspard de la Nuit e Sonatine

Eu tenho muito a dizer sobre este estranho concerto de 1931 que começa com um estalar de chicote. O que mais me surpreende é o fato de Ravel ter dito que o modelara segundo o Quinteto para Clarinete de Mozart… E falou sério.

É extraordinário o Allegramente inicial, desde o tema executado pelo flautim até as intervenções jazzísticas dos sopros. Porém, minha maior consideração vai para o Adagio assai. Começa com um longo solo de piano e desenvolve-se livre e calmamente, como se fosse uma canção. OK, aqui podemos fazer comparações com o larghetto do Quinteto de Mozart, mas ainda assim com reservas. Um movimento belíssimo. O Presto final é brilhante, curto, mais jazzístico que o primeito movimento e mostra o motivo pelo qual Ravel fora aos EUA conhecer Gershwin.

Ia escrever mais, mas não vou fazê-lo. É que estou ouvindo a gravação e começa o segundo movimento que amo.

Piano Concerto in G
1. Allegramente [8:03]
2. Adagio assai [9:00]
3. Presto [3:51]
Martha Argerich, piano
Berliner Philharmoniker, reg. Claudio Abbado

Gaspard de la nuit
4. Ondine [6:12]
5. Le gibet [6:35]
6. Scarbo [9:15]

Sonatine for Piano
7. Modéré [3:59]
8. Mouvement de menuet [2:59]
9. Animé [3:34]
Martha Argerich, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]

Claudio Monteverdi (1567-1643) – Scherzi Musicali

Um CD de notável qualidade artística este que reúne a soprano María Cristina Kiehr, o barítono Stephan MacLeod e o Concerto Soave. Não é música para arrasar quarteirões, pelo contrário: ela vem de um reino de delicadeza e gentileza, é divertida, bela e extremamente bem interpretada. Estas canções e temas instrumentais são excertos dos livros de madrigais de 1607 e 1632 de Monteverdi. Destaque para a extraordinária alaudista Monica Pustilnik.

Um CD que vale a pena comprar na loja, pois vem acompanhado de um libreto de 63 páginas com todos os detalhes da obra, da gravação e, fundamentalmente, das letras.

Retirados da reserva especial de P.Q.P. Bach, é um presentinho de domingo para vocês.

1 Fugge ‘L Verno De’ Dolori
2 Come Faro Cuor Mio Quando Mi Parto
3 Lidia Spina Del Mio Core
4 Damigella Tutta Bella
5 Quel Sguardo Sdegnosetto
6 Piu Lieto Il Guardo
7 Et E Pur Dunque Vero
8 Si Dolce E ‘L Tormento
9 Clori Amorosa
10 Ecco Di Dolci Raggi
11 Lo Che’Armato Sin Hor
12 Eri Gia Tutta Mia
13 Maledetto Sia L’Aspetto
14 Aria Detta Balletto (Frescobaldi)
15 Quando Sperai
16 Quando L’Alba In Oriente
17 Toccata Arpeggiata (Anonyme)
18 Se I Languidi Miei Sguardi
19 Ohime Ch’io Cado
20 De La Bellezza Le Dovute Lodi

Total Running Time: 1:12:29

Com
María Cristina Kiehr, Soprano
Stephan MacLeod, Barítono-base
Concerto Soave
Dir: Jean-Marc Aymes

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Sergei Prokofiev (1891-1953) – Concertos para Violino

F.D.P. Bach escreve:

Com esta postagem estou propondo abrir um “duelo”: afinal, qual foi o maior violinista do século XX? Vai ser uma parada dura, pois pretendo botar frente a frente duas lendas: Jascha Heifetz x David Oistrakh. São dois ícones, que, enquanto vivos, conviveram com esses rótulos. Existiam os partidários de Heifetz assim como existiam os partidários de Oistrakh. Alguns podem perguntar: sim, onde está o Yehudy Menuhin nesse confronto? E o Szering? Enfim, é a velha questão das preferências de interpretação. Em minha preferência, eles estão na frente. Apesar de considerar imbatível as sonatas para violino de Beethoven com a dupla Menuhin/Kempf.

Claro que não existirá vencedores nesse embate, mesmo porque ambos já estão mortos, mas tenho certeza de quem vencerá essa parada serão os nossos leitores/ouvintes.

Começarei com essa gravação dos concertos de Prokofiev nas mãos de Oistrakh. Trata-se de uma gravação histórica, quando o genial russo se encontrava em seu apogeu… é uma interpretação antes de tudo virtuosística, pois essas obras assim o exigem. Ah, de quebra, ainda vão levar de brinde a sonata para piano e violino nº 2, onde ele é acompanhado ao piano por Vladimir Yampolsky.

No concerto nº 1 ele é acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Londres, regida por Lovro von Matatic, e no concerto nº 2 é acompanhado pela Philarmonia Orchestra, regida pelo Alceo Galliera. São gravações realizadas na metade da década de 50. Mesmo assim, a qualidade do som é muito boa. Ponto para os engenheiros de som da EMI.

P.S – Vocês irão verificar que o cd foi ripado em arquivo único. Foi desse jeito que peguei no emule, e tive preguiça de separar as faixas… é muito burocrático. A capa e a contracapa do cd foram escaneadas e anexadas, então ali se encontrarão maiores detalhes sobre o nome dos movimentos, etc.

A seu dispor,
FDPBach.

P.Q.P. se intromete:

Ah, a mulinha… O Google resolve tudo em 3 minutos.

Composer: Sergey Prokofiev
Conductor: Alceo Galliera, Lovro von Matacic
Performer: Vladimir Yampolsky, David Oistrakh
Orchestra: London Symphony Orchestra, Philharmonia Orchestra of London
Format: Original recording remastered

Concerto for Violin no 1 in D major, Op. 19 by Sergei Prokofiev
Performer: David Oistrakh (Violin)
Conductor: Lovro von Matacic
Orchestra/Ensemble: London Symphony Orchestra
Period: 20th Century
Written: 1916-1917;
Russia Date of Recording: 11/1954
Venue: London, England
1. I. Andantino
2. II: Scherzo (Vivacissimo)
3. III: Moderato

Concerto for Violin no 2 in G minor, Op. 63 by Sergei Prokofiev
Performer: David Oistrakh (Violin)
Conductor: Alceo Galliera
Orchestra/Ensemble: Philharmonia Orchestra
Period: 20th Century
Written: 1935; Paris, France
4. I: Allegro Moderato
5. II: Andante Assai
6. III: Allegro, Ben Marcato

Sonata for Violin and Piano no 2 in D major, Op. 94bis by Sergei Prokofiev
Performer: Vladimir Yampolsky (Piano), David Oistrakh (Violin)
Period: 20th Century
Written: 1944; USSR
Venue: Colonaille Hall, Brussels, Belgium
Notes: Arranger: David Oistrakh.
Colonaille Hall, Brussels, Belgium (05/22/1955 – 05/25/1955)
7. I. Moderato
8. II: Scherzo (Presto)
9. III: Andante
10. IV: Allegro Con Brio

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J. S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (4 de 8 CDs)

A Cantata BWV 206 é muito boa. Quatro rios, Pleisse (soprano), Danúbio (contralto), Elba (tenor) e Weichsel (baixo), unem suas forças para glorificar o governante Eleitor e sua esposa, através de cujos territórios os rios correm. Na composição, a cada um dos quatro rios é dado um caráter próprio através da orquestração da respectiva ária. O ponto alto da cantata é o primeiro coro, que representa um alegre quadro de águas correndo ora impetuosa ora serenamente.

A BWV 207a foi escrita em honra do onomástico do Eleitor. É também muito boa e tem a curiosidade de incluir material – no coral inicial e no ritornello da ária Nº 6 – do Concerto de Branbenburgo Nº 1. A 207 é a mesma 207a. Neste CD, apenas os recitativos são mostrados, pois é o único fato que diferencia uma Cantata da outra.

1. Cantata BWV 206: No. 1. Chorus: Schleicht, Spielende Wellen, Und Murmelt Gelinde!
2. Cantata BWV 206: No. 2. Recitativo: O Gluckliche Veranderung!
3. Cantata BWV 206: No. 3. Aria: Schleuss Des Janustempels Turen
4. Cantata BWV 206: No. 4. Recitativo: So Recht! Begluckter Weichselstrom!
5. Cantata BWV 206: No. 5. Aria: Jede Woge Meiner Wellen
6. Cantata BWV 206: No. 6. Recitativo: Ich Nehm Zugleich An Deiner Freude Teil
7. Cantata BWV 206: No. 7. Aria(A): Reis Von Habsburgs hohem Stamme
8. Cantata BWV 206: No. 8. Recitativo: Verzeiht, Bemooste Haupter Starker Strome
9. Cantata BWV 206: No. 9. Aria: Hort Doch! Der Sanften Floten Chor
10. Cantata BWV 206: No. 10. Recitativo: Ich Muss, Ich Will Gehorsam Sein
11. Cantata BWV 206: No. 11. Chorus: Die Himmlische Vorsicht Der Ewigen Gute
12. Cantata BWV 207a: No. 1. Chorus: Auf, Schmetternde Tone Der Muntern Trompeten
13. Cantata BWV 207a: No. 2. Recitativo: Die Stille Pleisse Spielt
14. Cantata BWV 207a: No. 3. Aria: Augustus’ Namenstages Schimmer
15. Cantata BWV 207a: Marche
16. Cantata BWV 207a: No. 4. Recitativo: Augustus’ Wohl Ist Der Treuen Sachsen Wohlergehn
17. Cantata BWV 207a: No. 5. Aria: Mich Kann Die Susse Ruhe Laben
18. Cantata BWV 207a: Ritornello
19. Cantata BWV 207a: No. 6. Recitativo: Augustus Schutzt Die Frohen Felder
20. Cantata BWV 207a: No. 7. Aria: Preiset, Spate Folgezeiten
21. Cantata BWV 207a: Marche
22. Cantata BWV 207a: No. 8. Recitativo: Ihr Frohlichen, Herbei
23. Cantata BWV 207a: No. 9. Chorus: August Lebe, Lebe Konig
24. Cantata BWV 207: No. 2. Recitativo: Wen Treibt Ein Edler Trieb
25. Cantata BWV 207: No. 4. Recitativo: Dem Nur Allein Soll Meine Wohnung Offen Sein
26. Cantata BWV 207: No. 6. Recitativo: Es Ist Kein Leeres Wort

Na 206 e 207a:
Christine Schafer (Soprano)
Michael Volle (Bass)
Ingeborg Danz (Alto)
Stanford Olsen (Tenor)

Na 207:
Marlis Petersen (Soprano)
Marcus Ullman (Tenor)
Klaus Hager (Bass)

Conductor: Helmuth Rilling
Performer: Stuttgart Bach Collegium

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Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847) e Max Bruch (1838-1920) – Concertos para Violino

Texto e upload de F.D.P. Bach.

Creio que todos tenhamos uma obra favorita, entre todas as que ouvimos. Seja um concerto para piano, uma sonata, um concerto para violino, enfim, por algum motivo, a elegemos como nossa favorita. Este concerto para violino de Mendelssohn é meu concerto para violino favorito, apesar da paixão que tenho pelo concerto de Brahms e pelo de Beethoven.

A primeira vez que ouvi essa obra eu deveria ter uns 12 ou 13 anos, morava em Curitiba, e fui com minha mãe e minha irmã a uma apresentação de um violinista húngaro no Teatro Guaíra. Nem imagino qual seria o nome do solista, sei que era húngaro pois minha mãe comentou com minha irmã. Claro que com esta idade eu até teria uma tênue noção de onde seria a Hungria, mas daí saber da tradição dos violinistas húngaros é outra história. Enfim, fiquei fascinado com a apresentação e com a música. Nunca tinha ouvido nada parecido. Lembro-me perfeitamente dos trejeitos do solista, ficamos na terceira ou quarta fila, bem próximos do palco, e pude observar seus olhos fechados enquanto tocava, e quando os abria, era para trocar algum sinal com o maestro. Ou seja, me marcou muito. E o público o aplaudiu muito durante vários minutos, ´se não me engano ele até bisou, mas nem me perguntem o quê.

Nessa fase de nossas vidas, a entrada na adolescência, somos extremamente influenciáveis, e com certeza essa apresentação marcou minha vida. Não sei se seria tão apaixonado pela música em si se não fosse esse concerto, entre outros que vim a assistir naquele mesmo palco.

Já tive várias versões desse concerto, umas 20 talvez, mas as que mais me chamaram a atenção foram a do Itzak Perlman, junto com o Andre Previn e a LSO, em uma gravação que também ganhou o Diapason d`or, e esta do Maxim Vengerov. Duas gerações, duas escolas bem diferentes. Toda sensibilidade, delicadeza e alma que Perlman impõe em sua interpretação em Vengerov é substituída pela força, versatilidade e fluência. Diria que encaro estas interpretações como um duelo de titãs, mas cada qual com suas armas, e no final das contas, não há necessariamente um vencedor. Apenas nós, meros ouvintes, somos vencedores, por termos tido oportunidade de ouvir essa obra tão fantástica, e interpretada com tanta competência.

Perguntei ao meu caro irmão P.Q.P. qual a versão que poderia postar, e ele, sem demonstrar qualquer dúvida, sugeriu a do Vengerov. Creio que ele possa explicar sua veneração por este mago do violino, talvez o maior violinista de sua geração. Seu estilo me lembra muito David Oistrakh, pela energia com que toca. É o espírito e a tradição eslavas, com certeza, falando mais alto (e bota mais alto nisso, Oistrakh tinha pelo menos 1,90 de altura).

Antes que me esqueça, nesta gravação Maxim Vengerov é acompanhado por um de meus regentes favoritos, Kurt Masur, que dirige a Leipzig Gevandhaus Orchestra, que por sua vez, também foi dirigida pelo mesmo Mendelssohn há mais de 150 anos atrás…

Violin Concerto No.1 in G minor, Op. 26
Composed by Max Bruch
Performed by Leipzig Gewandhaus Orchestra with Maxim Vengerov
Conducted by Kurt Masur
1. Violin Concerto No. 1 In G Minor, Op. 26: Vorspiel: Allegro Moderato
2. Violin Concerto No. 1 In G Minor, Op. 26: Adagio
3. Violin Concerto No. 1 In G Minor, Op. 26: Finale: Allegro Energico

Violin Concerto in E minor, Op. 64
Composed by Felix Mendelssohn
Performed by Leipzig Gewandhaus Orchestra with Maxim Vengerov
Conducted by Kurt Masur
4. Violin Concerto In E Minor, Op. 64: Allegro Molto Appassionato
5. Violin Concerto In E Minor, Op. 64: Andante
6. Violin Concerto In E Minor, Op. 64: Allegretto Non Troppo – Allegro Molto Vivace

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Claude Debussy (1862-1918) – Obras Orquestrais (Nocturnes, La Mer, Prélude A L’Après-Midi D’Un Faune, etc.)

Você quer baixar um CD que ganhou um Grammy e foi indicado para outro? Ou você quer um que recebeu o Gran Prix du Disque? Talvez você queira dois que tenham a grife do Diapason d`Or? Ou você prefere um Gramophone Record of the Year?

No caso dos CDs abaixo, tanto faz se você gosta mais da Diapason ou da Gramophone ou se considera o Grammy muito comercial em relação ao Gran Prix du Disque, pois Pierre Boulez e a Orquestra de Cleveland interpretando Debussy ganhou todos esses prêmios.

Nem vou falar da música, OK? Ouça!

CD1
1. Prélude A L’Après-Midi D’Un Faune
2. Images Pour Orchestre : N°1 Gigues
3. Images Pour Orchestre : N°2 Iberia : Par Les Rues & Par Les Chemins
4. Images Pour Orchestre : N°2 Iberia : Les Parfums De La Nuit
5. Images Pour Orchestre : N°2 Iberia : Le Matin D’Un Jour De Fête
6. Images Pour Orchestre : N°3 Rondes De Printemps
7. Printemps : Très Modéré
8. Printemps : Modéré

Performed by Cleveland Orchestra Chorus and Cleveland Orchestra,
Conducted by Pierre Boulez,
Franklin Cohen, Clarinete.

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CD2
1. Nocturnes: Nuages. Modéré
2. Nocturnes: Fêtes. Animé et trÞs rythmé
3. Nocturnes: Sirènes. Modérément animé
4. Première Rhapsodie pour Clarinette et Orchestre
5. Jeux
6. La Mer: I. De l`aube a midi sur la mer. Très lent
7. La Mer: II. Jeux de vagues. Allegro
8. La Mer: III. Dialogue du vent et de la mer. Animé et tumultueux

Performed by Cleveland Orchestra Chorus and Cleveland Orchestra,
Conducted by Pierre Boulez,
Franklin Cohen, Clarinete.

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Astor Piazzolla (1921-1992) – Música Completa para Flauta e Violão

Inteiramente baseada no tango, a obra de Piazzolla vai migrando lentamente para os salões de música erudita. uma das discussões mais inúteis que conheço é aquela que pretende decidir o que é clássico e o que é popular. Certamente, a complexidade e virtuosismo exigidos nas composições de Piazzolla, somadas ao fato de que a maioria de suas obras são escritas para pequenos grupos instrumentais, contribuem para que o grande argentino circule nos dois meios sem maiores problemas.

O destaque deste CD é, obviamente, a Histoire Du Tango: seus movimentos Bordel 1900, Cafe 1930, Nightclub 1960 e Concert d’aujourd’hui, dão-nos uma curiosa visão do que foi a evolução do tango. Imperdível.

Outro detalhe: os solistas deste CD são simplesmente espetaculares.

PIAZZOLLA: Complete Music for Flute and Guitar

Cinco Piezas para Guitarra Solo
1 Campero 04:05
2 Romantico 04:17
3 Acentuado 03:22
4 Triston 04:54
5 Compadre 02:54
Hugo German Gaido, guitar

Tango Etudes para Flauta Solo
6 Etude No. 1 03:34
7 Etude No. 2 07:21
8 Etude No. 3 03:35
9. Etude No. 4 04:29
10 Etude No. 5 02:11
11 Etude No. 6 04:33
Irmgard Toepper, flute

Histoire du Tango para Flauta e Violão
12 Bordel 1900 03:51
13 Cafe 1930 06:47
14 Nightclub 1960 05:55
15 Concert d’aujourd’hui 05:14
Irmgard Toepper, flute
Hugo German Gaido, guitar

Total Playing Time: 01:07:02

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Claude Debussy (1862-1918) – Suite Bergamasque, Estampes, Children`s Corner, etc.

Debussy é um compositor de enorme importância não só na música francesa. Seu papel como renovador da linguagem harmônica, cujo vocabulário ampliou-se devido às novas concepções na formação e encadeamento dos acordes, foi fundamental para a música moderna e, mesmo que tenham sido consideradas por seus contemporâneos como subversivas dos princípios tradicionais, eram apenas um ousado e inteligente alargamento desses princípios e uma conseqüencia lógica dos trabalhos de Chopin, Liszt e Mussorgsky. Quanto ao ritmo, também foi ponto de partida para muitos compositores do século XX. Bartók, Stravinski e Villa-Lobos devem muito a ele.

Neste CD, o pianista Alexis Weissenberg apresenta algumas das maiores obras para piano do mestre. Tenho certeza de que não precisaremos esperar muito para que Philippe Entremont nos mostre um programa semelhante, pois em breve teremos uma nova colaboradora no PQP e ela prefere a gravação de Entremont. Eu, P.Q.P. Bach, conheço ambas e, sinceramente, gosto das duas.

1. Estampes: Pagodes
2. Estampes: La Soiree Dans Grenade
3. Estampes: Jardins Sous La Pluie
4. Etude N°11 : Arpèges Composés
5. Suite Bergamasque: Prelude
6. Suite Bergamasque: Menuet
7. Suite Bergamasque: Clair De Lune
8. Suite Bergamasque: Passepied
9. Children’s Corner: Doctor Gradus Ad Parnassum
10. Children’s Corner: Jimbo’s Lullaby
11. Children’s Corner: Serenade For The Doll
12. Children’s Corner: The Snow Is Dancing
13. Children’s Corner: The Little Shepherd
14. Children’s Corner: Golliwogg’s Cake-Walk
15. La Fille Aux Cheveux De Lin
16. L’isle Joyeuse
17. La Plus Que Lente

Composé par Claude Debussy
avec Alexis Weissenberg, piano.

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Robert Schumann (1810-1856) – Concerto para Piano e outras obras

F.D.P. Bach nos manda a obra completa para piano e orquestra de Schumann acompanhada deste texto:

Creio que esta obra se encaixe bem com este ciclo brahmsiano, devido à amizade entre ambos, e à influência que ele exerceu sobre o jovem Brahms, e, claro, à paixão platônica (pero no mucho, segundo as más linguas), deste mesmo jovem Brahms pela maravilhosa Clara Schumann. Não importa, o que importa é que trata-se de uma música maravilhosa, extremamente virtuosística, e que mostra Schumann no apogeu de sua qualidade de compositor. Detalhe a se considerar, é o romantismo exacerbado dessa obra. Não há como não se emocionar com ela… há uma profunda sincronia entre piano e orquestra, e em momento algum um permite que o outro se destaque em demasia.

Nesta mesma gravação seguem duas outras obras para piano e orquestra menos conhecidas, mas de igual beleza.

Espero que apreciem.

1. Concerto For Piano And Orchestra, Op. 54, In A Minor: Allegro affettuoso
2. Concerto For Piano And Orchestra, Op. 54, In A Minor: Intermezzo. Andantino grazioso
3. Concerto For Piano And Orchestra, Op. 54, In A Minor: Allegro vivace
4. Konzertstuck, Op. 92 (Introduction & Allegro Appassionato For Piano And Orchestra) In G-Major
5. Konzertstuck, Op. 134 (Introduction & Allegro Concertante For Piano And Orchestra) In D Minor

Composed by Robert Schumann
with Berlin Philharmonic Orchestra,
Murray Perahia, piano
Conducted by Claudio Abbado

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Radamés Gnattali (1906-1988) – Braziliana nº 13 e outras obras para violão solo

O grande Maestro Radamés fez frutífero contato com o violonista Rafael Rabello (1962-1995) numa época em que ressurgia o choro no Rio de Janeiro. Radamés foi um dos mestres mais requisitados nesse período, demonstrando uma jovialidade que encantou novos chorões como Joel Nascimento, Rafael Rabello e Maurício Carrilho. Nasceram assim amizades que geraram muitos encontros e parcerias. Em 1986, Rafael gravou este excepcional registro de obras do mestre gaúcho.

01 Braziliana nº 13: Samba bossa nova
02 Braziliana nº 13: Valsa
03 Braziliana nº 13: Choro
04 Tocata em ritmo de samba I
05 Tocata em ritmo de samba II
06 Dança brasileira
07 Estudo I – Presto possibile
08 Estudo V – Alegretto
09 Estudo VII – Comodo

Violonista: Rafael Rabello

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J. S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (3 de 8 CDs)

A Cantata BWV 205, que leva o nome, traduzido por mim, de Éolo Aplacado é uma das belas que meu pai fez. Trata-se de uma encomenda; foi escrita para comemorar o onomástico do respeitado acadêmico da Universidade de Leipzig August Friedrich Muller e é do ano de 1725. O libreto de Picander é levemente baseado em Virgílio, o qual deve ter dado cabeçadas em sua cova ao ver o que ele e meu pai fizeram de com seus versos da Eneida…

Éolo, deus dos ventos, está nervoso e soprando tudo, há sofrimento no mar e na terra, pois o homem não estava para brincadeiras. Zéfiro, filho de Éolo com tendências gays, ventinho suave como a brisa, mensageiro da primavera, protetor dos marinheiros, mais chegado a um hálito refrescante, foi lá tentar acalmar o pai, mas este não quis nem saber. Outros deuses também foram lá mas o homem estava incontrolável e mandava furacões pra todo lado. Porém…, Palas Atena, a deusa da sabedoria, conversou com Éolo utilizando mortal argumento. Disse ela:

– Olha, Éolo. O negócio é o seguinte: pára com esse coisa porque hoje é o onomástico do Dr. August Friedrich Muller, da Universidade de Leipzig. Não é legal fazer isso num dia em que tão ínclita pessoa está em festa recebendo os amigos, etc.

Éolo aceita o irrefutável, indiscutível e inteligente argumento da deusa e suspende a ventania. Isto em música? Vocês não imaginam! Uma obra-prima sensacional!

Anos depois, meu pai reutilizou a música para outro Augusto, este um advogado, também em data de onomástico. Mas não ficou tão bom quanto o original. O novo libreto ficou muito ruim. Éolo e Palas perderam seus respectivos élans quando tiveram de homenagear um advogado. Talvez naquela época eles já fossem tão preguiçosos, caros, complicados e sensíveis quanto são hoje.

Cantata Profana BWV 205 & Quodlibet BWV 524

1. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Chor der Winde: Zerreißet, zersprenget, zertrümmert die Gruft 5:53
2. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Recitativo: Ja, ja! Die Stunden sind nunmehro nah 1:44
3. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Aria: Wie will ich lustig lachen 4:03
4. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Recitativo: Gefürcht’ter Äolus 0:45
5. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Aria: Frische Schatten, meine Freude 3:39
6. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Recitativo: Beinahe wirst du mich bewegen 0:39
7. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Aria: Können nicht die roten Wangen 3:36
8. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Recitativo: So willst du, grimmger Äolus 0:48
9. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Aria: Angenehmer Zephyrus 3:51
10. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Recitativo: Mein Äolus, Ach! 2:22
11. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Aria: Zurücke, zurücke, gerflügelten Winde 3:13
12. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Recitativo: Was Lust! Was Freude! Welch Vergnügen! 1:27
13. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Aria: Zweig und Äste 2:51
14. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Recitativo: Ja, ja! Ich lad euch selbst zu dieser Feier ein 0:39
15. BWV 205 – Der zufriedengestellte Aeolus: Chor der Winde: Vivat! August, August vivat! 2:52

com Sibylla Rubens , Yvonne Naef , Christoph Genz , Andreas Schmidt,
Gächinger Kantorei Stuttgart,
Bach-Collegium Stuttgart.
Dirigiert von Helmuth Rilling

16. BWV 524 – Quodlibet 10:11

com Sibylla Rubens , Ingeborg Danz , Marcus Ullmann , Andreas Schmidt , Michael Gross , Harro Bertz , Michael Behringer
Gächinger Kantorei Stuttgart,
Bach-Collegium Stuttgart.
Dirigiert von Helmuth Rilling

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Edvard Grieg (1843-1907) – Peer Gynt

F.D.P. Bach escreve:

Para manter o clima escandinavo, minha próxima contribuição é de uma gravação estupenda do “Peer Gynt”, de Grieg, nas competentes mãos de Esa-Pekka Sallonen, regendo a Orquestra Filarmônica de Oslo, com seu respectivo coral e com a maravilhosa voz de Barbara Hendricks. Essa gravação se destaca exatamente pelas partes cantadas, que poucos conhecem. Geralmente o que é gravado são as duas suítes, se deixando de lado estas preciosidades vocais. Comprei este CD há muitos anos atrás, e nunca mais tive oportunidade de encontrá-lo em outro local. É uma gravação fora dos catálogos da Sony. Em minha opinião, as partes que se destacam, escolha difícil diante da beleza desta obra, são as conhecidas “Canção de Solveig”, interpretada por Hendricks, e o coral na conhecida passagem “In the Hall of Mountain King”. De qualquer forma, é uma gravação maravilhosa. Espero que seja devidamente apreciada, pois é um registro um tanto quanto raro.

1 Act one – Prelude : In the wedding garden
2 Act one – The bridal procession passes
3 Act one – Halling
4 Act one – Springar
5 Act two – Prelude : The abduction of the bride – Ingrid’s lament
6 Act two – In the hall of the mountain King
7 Act two – Dance of the mountain King’s daughter
8 Act three – Prelude : Deep in the coniferous forest
9 Act three – Solveig’s song
10 Act three – Ase’s death
11 Act four – Prelude : Morning mood
12 Act four – Arabian dance
13 Act four – Anitra’s dance
14 Act four – Solveig’s song
15 Act five – Prelude : Peer Gynt’s journey home
16 Act five – Solveig’s song in the hut
17 Act five – Whitsun hymn
18 Act five – Solveig’s lullaby

Barbara Hendricks
Oslo Philharmonic Chorus
Oslo Philharmonic Orchestra
Esa-Pekka Salonen
Data de gravação: mai 1989

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Obs: Estou enviando o link para o booklet que converti para .pdf do CD. AQUI

Carl Nielsen (1865-1931) – Os Três Concertos

Os escandinavos, muito organizados, parecem ter acertado que cada país teria seu compositor importante de música erudita. A Noruega ficou com Grieg, a Suécia com Berwald, a Finlândia com Sibelius e a Dinamarca com Nielsen.

Carl Nielsen é mais conhecido como grande sinfonista. É justo e eu, P.Q.P., poderia postar a integral aqui, comprada há muitos anos e bastante ouvida por mim. Mas seus concertos – que receberam poucas gravações – não são de se jogar fora. São belos trabalhos. O longo concerto para violino, o instrumento de Nielsen, foi dedicado ao enteado do compositor, o violinista Emil Telmáyi. O concerto para clarinete é bastante bom, assim como o para flauta. Nielsen escrevia muito bem para sopros e isto pode ser notado em suas sinfonias assim como em seu famoso quinteto para sopros, que infelizmente só tenho em vinil.

Importante: Nielsen escreveu apenas estes 3 concertos: um para violino, o segundo para clarinete e o terceiro para flauta. Temos aqui, portanto, mais uma integral. Afinal, este blog parece ter viciado nelas…

Violin Concerto, Op. 33
Performed by: Bournemouth Symphony Orchestra
Conducted by: Kees Bakels
Jonathan Carney, violin
1. Praeludium: Largo – Allegro cavalleresco 18:54
2. Poco adagio 06:26
3. Rondo: Allegretto scherzando 10:36

Clarinet Concerto, Op. 57
Performed by: Bournemouth Symphony Orchestra
Conducted by: Kees Bakels
Kevin Banks, clarinet
4. Clarinet Concerto, Op. 57 24:41

Flute Concerto (1926)
Performed by: Bournemouth Symphony Orchestra
Conducted by: Kees Bakels
Gareth Davies, flute
5. Allegro moderato 11:06
6. Allegretto 07:14

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Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia Nº 1, Op. 68

Retirado – ainda que levemente alterado – de um e-mail de F.D.P. Bach:

Creio que a décima sinfonia de Beethoven, ops, a primeira de Brahms, seja um contraponto interessante para os últimos quartetos publicados.

Essa é a versão que eu ouvia em fita cassete quando morava em São Paulo, até o dia em que a fita arrebentou. Um grande regente, uma grande orquestra, um compositor genial, e uma música simplesmente fantástica. Com uma combinação de talentos como essa, é difícil as coisas não darem certo. Karajan tinha o timing perfeito para Brahms. Conduz a orquestra com uma força e uma energia impressionantes e dá à obra uma grandiosidade que lhe é inerente. Não há como ficar indiferente.

1. Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68: 1. Un Poco Sostenuto – Allegro
2. Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68: 2. Andante Sostenuto
3. Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68: 3. Un Poco Allegretto E Grazioso
4. Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68: 4. Adagio – Allegro Non Troppo Ma Con Brio

Orquestra Filarmônica de Berlim
Herbert von Karajan

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Quartetos Nros 15 e 16 – Op. 132 e 135

Curto e grosso: eu simplesmente não vejo, na história da música, obras superiores aos últimos quartetos de Beethoven. Vejo iguais, superiores não. Antes de publicarmos a integral deles, publicamos dois num extraordinário registro. Os “últimos” são os quatetos de Nº 12 à 16. Você terá de procurar muito se quiser encontrar música mais bela (e importante) que o Molto Adagio e o Alegro Appassionato do Op. 132. O Op. 135 é o famoso e enigmático Muss es sein? Es muss sein (É preciso? É preciso.)

Quando lhe disseram que alguns destes quartetos haviam sido mal acolhidos, o compositor respondeu: “Gostarão mais tarde”. Tinha inteira razão.

Toda a série foi composta entre o verão de 1824 e o outono de 1826.

1. String Quartet N 15 In A Minor, Op 132 : Assai Sostenuto, Allegro
2. String Quartet N 15 In A Minor, Op 132 : Allegretto Ma Non Tanto
3. String Quartet N 15 In A Minor, Op 132 : Molto Adagio
4. String Quartet N 15 In A Minor, Op 132 : Alla Marcia, Assai Vivace…
5. String Quartet N 15 In A Minor, Op 132 : Allegro Appassionato
6. String Quartet N 16 In F Major, Op 135 : Allegretto
7. String Quartet N 16 In F Major, Op 135 : Vivace
8. String Quartet N 16 In F Major, Op 135 : Lente Assai E Cantate Tranquillo
9. String Quartet N 16 In F Major, Op 135 : Allegro, Grave Ma Non Tratto…

Quarteto Prazak

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