J.S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (8 de 8 CDs)

Assim como o sétimo CD das Cantatas Profanas, este é extraordinário. Meu pai segue “rapinando” sua própria obra e retira quatro movimentos belíssimos do Oratório de Natal (1, 5, 7 e 9) para colocá-los na BWV 214 (Soem vossos tambores! Soprem vossas trombetas!). Esta cantata foi apresentada pela primeira vez em 8 de dezembro de 1733 para o aniversário da Eleitora e sua alegria demonstra que J.S. queria festa. Notem como os tambores e os trompetes respondem às ordem do coral no luminoso movimento de abertura.

A cantata Enaltece tua boa sorte, ó afortunada Saxônia, BWV 215, celebra o aniversário de eleição do Eleitor saxônio como rei da Polônia em de outubro de 1734. Adivinhem de onde saiu seu movimento de nº 7? Claro, do Oratório de Natal. Mas seu esplêndido coral de abertura aparecerá futuramente como o Hosana da Missa em Si Menor, comprovando o arrevesado conhecimento que meu pai possuía de Lavoisier: o Nada se cria, tudo se transforma é aqui interpretado como Tudo crio, porém, se não tiver tempo ou disposição, transformo. Só que papai roubava mais de si mesmo, como podemos comprovar acima, do que de outros, apesar de as noções de obra e autoria daquela época eram muito diferentes das de hoje.

Assim, finalizamos a série das Cantatas Profanas.

Divirtam-se!

P.Q.P. Bach.


Tonet, ihr Pauken! Erschallet Trompeten!, BWV 214

Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Conductor Helmuth Rilling
Performer Sibylla Rubens (Soprano – Bellona)
Ingeborg Danz (Alto – Pallas)
Marcus Ullman (Tenor – Irene)
Andreas Schmidt (Baritone – Fama)
Genre Baroque Period / Cantata
Date Written 1733
Ensemble Gachinger Kantorei Stuttgart
Period Baroque
Language German
Country Leipzig, Germany
Recording Studio

1. 1 Coro: Tonet, Ihr Pauken! Ershallet, Trompeten!
2. 2 Recitativo: Heut Ist Der Tag
3. 3 Aria: Blast Die Wohlgegriffnen Floten
4. 4 Recitativo: Mein Knallendes Metall
5. 5 Aria: Fromme Musin! Meine Glieder!
6. 6 Recitativo: Unsre Konigin Im Lande
7. 7 Aria: Kron Und Preis Gekronter Damen
8. 8 Recitativo: So Dringe In Das Weite Erdenrund
9. 9 Coro: Bluhet, Ihr Linden In Sachsen, Wie Zedern!

Preise dein Glucke, gesegnetes Sachsen, BWV 215
Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Conductor Helmuth Rilling
Performer Sibylla Rubens (Soprano)
Markus Schafer (Tenor)
Dietrich Henschel (Bass)
Genre Baroque Period / Cantata
Ensemble Gachinger Kantorei Stuttgart
Period Baroque
Language German
Country Germany
Recording Studio

10. 1 Coro I/II: Preise Dein Glucke, Gesegnetes Sachsen
11. 2 Recitativo: Wie Konnen Wir, Grobmachtigster August
12. 3 Aria: Freilich Trotzt Augustus’ Name
13. 4 Recitativo: Was Hat Dich Sonst, Sarmatien, Bewogen
14. 5 Aria: Rase Nur, Verwegner Schwarm
15. 6 Recitativo: Ja, Ja! Gott Ist Uns Noch Mit Seiner Hulfe Nah
16. 7 Aria: Durch Die Von Eifer Entflammeten Waffen
17. 8 Recitativo: Lab Doch, O Teurer Landesvater, Zu
18. 9 Coro I/II: Stifter Der Reiche, Beherrscher Der Kronen

BAIXE AQUI (DOWNLOAD)

Andrès Segovia (1893-1987) – Fantasía para un Gentilhombre, Concierto del Sur, Concerto nº6

01 03

FDP voltou de viagem inspirado. E resolveu atender ao pedido de um leitor/ouvinte, que preferiu não se identificar, e postar um CD tendo o violão como instrumento solista.

O missivista desta postagem reconhece que foi um violonista medíocre em seus tempos de adolescente, mas logo reconheceu a falta de talento para o tal do instrumento. Aprendeu alguns acordes, alegrou alguns amigos tocando canções de Chico Buarque e Caetano Veloso, arriscou alguns passos no mundo do rock´n´roll, mas sua falta de talento era por demais patente, e decidiu doar o instrumento para um sobrinho, que talvez pudesse fazer melhor uso dele…

Mas a paixão pelo instrumento continuou. E quando teve acesso ao mundo do violão enquanto instrumento solista frente a uma orquestra sinfônica, ficou estarrecido com as possibilidades múltipla do mesmo. Claro que se apaixonou pelo Concierto de Aranjuez, de Joaquim Rodrigo, e pelas peças para alaúde adaptadas para o violão, e tendo intérpretes absolutamente maravilhosos, como Andrès Segovia, Narciso Yepes, John Williams, Julian Bream, os irmãos Romero, Paco de Lucia entre outros.

Mas nesta postagem FDP fará diferente. Até agora foi dado destaque ao compositor, apesar de termos todo o cuidado ao escolhermos os intérpretes. Dessa vez se dará destaque ao intérprete. E que intérprete…

“El señor don Andrés Torres Segovia, marqués de Salobreña¨, mais conhecido como Andrès Segovia, nasceu em 1893 e faleceu, quase centenário, em 1987. É considerado o introdutor do violão nas salas de concerto, que freqüentou durante toda sua vida. Também ajudou no desenvolvimento do instrumento, para melhorar sua acústica nas salas de concerto. Transcreveu inúmeras peças de Bach, Bocherini, entre outros, e ajudou a divulgar pelo mundo inteiro a riquíssima música espanhola. Villa-Lobos compôs seus Doze Estudos para Violão em sua homenagem.

Mas o CD a ser postado faz parte de uma pequena série que a cultuada gravadora Deutsche Grammophon lançou em homenagem ao Mestre, com o simples nome de “Segovia Collection”, composta de cinco cds, onde se destacam compositores espanhóis.

A primeira obra é a maravilhosa “Fantasia para um Gentilhombre”, composta por encomenda a Joaquim Rodrigo. Dividida em quatro movimentos, são variações sobre um tema, onde a força da música espanhola, com forte influência da música flamenca, se destaca. Possuo outras gravações desta obra, inclusive com o genial Narciso Yepes, mas nas mãos mágicas de Segovia ela se transforma na verdadeira e legítima representação da alma espanhola. Ouçam com atenção principalmente o primeiro movimento. É de arrepiar.

Após o belíssimo “Concierto del Sur”, de Manoel Ponce, Segovia envereda no barroco, através da música de Luigi Bocherini, tocando o Concerto para violoncelo nº 6, por ele adaptado para violão.

Nestas obras, poderemos admirar a versatilidade de Segovia, e sua técnica absolutamente perfeita. Com certeza, o que vocês poderão admirar não será apenas um dos maiores violonistas do século XX, mas sim um dos maiores músicos do século.

Joaquin Rodrigo – Fantasía para un gentilhombre.
1. Villano y ricercar
2.Españoleta y fanfare de la caballería de Nápoles
3.Danza de las hachas
4.Canario

Manuel Ponce – Concierto del Sur
5. Allegro moderato
6.Andante
7. Allegro moderato e festivo

Luigi Bocherini – Concerto para violoncelo nº6
8 – Allegro non tanto
9 – Andante cantabile
10 – Allegreto – più mosso

Andrès Segovia – Violão
Simphony of the Air
Enrique Jorda – Diretor

BAIXE AQUI

Nota do Editor (curtinha)

O crescimento da visitação a nosso blog é algo importante para nós, porém o mais notável é o grau de informação de quem vem aqui. São pessoas que sabem o que desejam ouvir. Analisando o número de downloads de cada arquivo, só podemos concluir que não estamos tratando com leigos… Há arquivos que são baixados cinco vezes mais do que outros e os mais ouvidos são sempre aqueles que poderíamos colocar nas abaláveis posições de “indiscutíveis” e “polêmicos”.

Quando fundei o P.Q.P. pensei em postar sem estresse aquilo que estava ouvindo no momento, sem obedecer a critérios ou a sistematizações, sempre escrevendo posts que não me custassem mais do que 15 minutos de trabalho. Foi isto o que propus a F.D.P Bach e a Clara Schumann quando os convidei.

Não vou mudar nada, mas, pessoalmente, tratarei de usar alguns posts para colocar compositores que foram inadvertidamente ignorados por nós. Há outros, mas refiro-me principalmente a Beethoven. Vou terminar a postagem das Cantatas Profanas de Bach e dos Concertos para Piano de Mozart e depois entrarei nas últimas sonatas para piano – do Op. 101 em diante – e nos últimos quartetos – a partir do Razumovsky, OK? (se alguém quiser também o Op. 18, peça!). Também virá uma integral das Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos.

Isto não muda em absoluto o plano inicial, mas traz um pouco mais de música fundamental para cá.

E chega de conversa.

P.Q.P. Bach

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) – Sonatas

Esta extraordinária seleção de sonatas do mano C.P.E. Bach já o mostra décadas a frente do barroco. É um clássico crasso. Se pensarmos que foram escritas entre 10 e 17 anosdepois da morte de nosso pai, concluiremos que C.P.E. fundou o estilo de Haydn. Para que não haja dúvidas, experimente comparar as sonatas deste CD com as desta postagem de Clara Schumann.

É música de primeiríssima linha que conta com a compreensiva interpretação do pianista de sobrenome famoso. Confesso que o desconhecia até comprar o CD há duas semanas. Sugiro a você fazer o mesmo.

P.Q.P. Bach.

BACH, C.P.E.: Keyboard Sonatas
Carl Philipp Emanuel Bach

Keyboard Sonata in G major, Wq. 65/22, H. 56
1. I. Allegro 03:16
2. II. Andante 02:33
3. III. Allegro 01:00

Keyboard Sonata in A major, Wq. 65/37, H. 174
4. I. Allegro 03:57
5. II. Andante ma non troppo 03:09
6. III. Allegro di molto 03:12

Keyboard Sonata in A major, Wq. 70/1, H. 133
7. I. Allegro 06:30
8. II. Andante con tenerezza 05:34
9. III. Allegretto 02:43

Keyboard Sonata in B flat major, Wq. 62/16, H. 116
10. I. Allegro 02:52
11. II. Andante 02:20
12. III. Allegretto 02:07

Keyboard Sonata in E minor, Wq. 65/30, H. 106
13. I. Allegretto 04:34
14. II. Andante 01:25
15. III. Allegretto 01:55

Keyboard Sonata in G major, Wq. 65/48, H. 280
16. I. Andantino 05:23
17. II. Adagio e sostenuto 02:08
18. III. Allegro 03:15

19. Rondo in E flat major, Wq. 61/1, H. 288 04:33

François Chaplin, piano

Total Playing Time: 01:02:26

BAIXE AQUI (Download)

J.S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (7 de 8 CDs)

A Cantata BWV 212 é a famosa Cantata dos Camponeses. A orquestra, em autêntica forma camponesa, acompanha na maioria das árias apenas com violino, viola e contrabaixo. Igualmente econômico é o naipe vocal: um soprano e um baixo. É música despretensiosa e adequada para um enredo bem humorado e cativante, mostrando muito claramente a versatilidade de meu pai. Os críticos da época – às vezes hostis aos monumentos intrincados – não conseguiram encontrar defeitos nesta pequena obra de árias curtas. A abertura é uma mistura de fragmentos de danças do folclore popular.

A Cantata BWV 213 é a perfeição em forma de Cantata. Ela é bem conhecida pois, no seguinte ao de sua composição, em 1734, foi utilizada por inteiro no Oratório de Natal, apenas com alterações no texto. Trata-se de música absolutamente superior e nem vou perder meu tempo descrevendo-a. Ouçam!

P.Q.P. Bach.

Mer Hahn en neue Oberkeet, BWV 212 “Peasant Cantata” – Cantata dos Camponeses

Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Conductor Helmuth Rilling
Performer Christine Schafer (Soprano)
Thomas Quasthoff (Bass)
Jean-Claude Gerard (Flute)
Francis Goutou (Cello)
Harro Bertz (Double Bass)
Boris Kleiner (Harpsichord)
Jan Karas (French Horn)
Genre Baroque Period / Cantata
Date Written 1742
Ensemble Gachinger Kantorei Stuttgart
Period Baroque
Language German
Country Leipzig, Germany
Recording Studio

1. No. 1 (Ouverture) – Christine Schafer
2. No. 2 Aria: Mer Hahn En Neue Oberkeet – Christine Schafer
3. No. 3 Recitativo: Nu, Mieke, Gib Dein Guschel Immer Her – Christine Schafer
4. No. 4 Aria: Ach, Es Schmeckt Doch Gar Zu Gut – Christine Schafer
5. No. 5 Recitativo: Der Herr Ist Gut – Christine Schafer
6. No. 6 Aria: Ach, Herr Schosser, Geht Nicht Gar Zu Schlimm – Christine Schafer
7. No. 7 Recitativo: Es Bleibt Dabei – Christine Schafer
8. No. 8 Aria: Unser Trefflicher, Lieber Kammerherr – Christine Schafer
9. No. 9 Recitativo: Er Hilft Uns Allen, Alt Und Jung – Christine Schafer
10. No. 10 Aria: Das Ist Galant – Christine Schafer
11. No. 11 Recitativo: Und Unsre Gnadge Frau – Christine Schafer
12. No. 12 Aria: Funfzig Taler Bares Geld – Christine Schafer
13. No. 13 Recitativo: Im Ernst Ein Wort – Christine Schafer
14. No. 14 Aria: Klein-Zschocher Musse – Christine Schafer
15. No. 15 Recitativo: Das Ist Zu Klug Vor Dich – Christine Schafer
16. No. 16 Aria: Es Nehme Zehntausend Dukaten – Christine Schafer
17. No. 17 Recitativo: Das Klingt Zu Liederlich – Christine Schafer
18. No. 18 Aria: Gib, Schone, Viel Sohne – Christine Schafer
19. No. 19 Recitativo: Du Hast Wohl Recht – Christine Schafer
20. No. 20 Aria: Dein Wachstum Sei Feste Und Lache Vor Lust – Christine Schafer
21. No. 21 Recitativo: Und Damit Sei Es Auch Genung – Christine Schafer
22. No. 22 Aria: Und Dass Ihrs Alle Wisst – Christine Schafer
23. No. 23 Recitativo: Mein Schatz! Erraten – Christine Schafer
24. No. 24 Chor: Wir Gehn Nun, Wo Der Tudelsack – Christine Schafer

Hercules auf dem Scheidewege, BWV 213 – Hércules na Encruzilhada

Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Conductor Helmuth Rilling
Performer Sibylla Rubens (Soprano – Wollust)
Ingeborg Danz (Alto – Herkules)
Constanze Schumacher (Alto – Echo)
Marcus Ullman (Tenor – Tugend)
Andreas [baritone] Schmidt (Baritone – Mercury)
Genre Baroque Period / Cantata
Date Written by 1733
Ensemble Gachinger Kantorei Stuttgart
Period Baroque
Language German
Country Leipzig, Germany
Recording Studio

25. No. 1 Chorus: Lasst Uns Sorgen, Lasst Uns Wachen – Ingo Goritzki
26. No. 2 Recitativo: Und Wo? Wo Ist Die Rechte Bahn – Ingo Goritzki
27. No. 3 Aria: Schlafe, Mein Liebster – Ingo Goritzki
28. No. 4 Recitativo: Auf! Folge Meiner Bahn – Ingo Goritzki
29. No. 5 Aria: Treues Echo Dieser Orten – Ingo Goritzki
30. No. 6 Recitativo: Mein Hoffnungsvoller Held – Ingo Goritzki
31. No. 7 Aria: Auf Meinen Flugeln Sollst Du Schweben – Ingo Goritzki
32. No. 8 Recitativo: Die Weiche Wollust Locket Zwar – Ingo Goritzki
33. No. 9 Aria: Ich Will Dich Nicht Horen – Ingo Goritzki
34. No. 10 Recitativo: Geliebte Tugend, Du Allein – Ingo Goritzki
35. No. 11 Aria Duetto: Ich Bin Deine – Ingo Goritzki
36. No. 12 Recitativo Accompagnato: Schaut, Gotter, Dieses Ist Ein Bild – Ingo Goritzki
37. No. 13 Chorus: Lust Der Volker, Lust Der Deinen – Ingo Goritzki

BAIXE AQUI (DOWNLOAD)

Georg Friedrich Händel (1685-1759) – O Triunfo do Tempo e do Desengano

Já tínhamos postado esta notável obra de Händel, mas não apenas aquela versão era insatisfatória como não havia divisão por faixas nos arquivos. Estes aqui, retirados da discoteca de P.Q.P. Bach, estão perfeitamente organizados, dentro de nosso habitual padrão…

O anúncio da estréia dizia:

IL TRIONFO DEL TEMPO E DEL DISINGANNO
Oratorio in 3 parti
Libretto di Benedetto Pamphili
Musica di Georg Friedrich Händel

Roma, Collegio Clementino, giugno 1707

PERSONAGGI VOCI:
BELLEZZA Soprano (Beauty)
PIACERE Soprano (Pleasure)
DISINGANNO Alto (Disillusion)
TEMPO Tenor (Time)

Direttore: Arcangelo Corelli

Com este nome, poderia ser um oratório existencialista com o tempo e o desengano (ou verdade, ou desilusão) triunfando sobre a beleza e o prazer. Mas não, é um belíssimo oratório de Händel, muito pouco divulgado. O compositor, aos 22 anos, estava na Itália quando escreveu este que foi o primeiro de seus muitos oratórios.

Curiosamente, foi também o último, pois ele o reescreveu, traduzindo-o para o inglês com o nome de The Triumph of Time and Truth. No texto do oratório as personagens Beleza, Prazer, Desengano (ou Verdade) e Tempo discutem. É um tema bastante comum no repertório cheio de alegorias do barroco.

HANDEL: O Triunfo do Tempo e do Desengano

George Frideric Handel
Il Trionfo del Tempo e del Disinganno (The Triumph of Time and Truth)
Peer Abilgaard, alto
Nicholas Hariades, alto
Claron McFadden, soprano
Elisabeth Scholl, soprano
Performed by:Junge Kantorei
Frankfurt Baroque Orchestra
Conducted by:Joachim Carlos Martini

CD 1:

1. Part l: Sonata dell’Overtura, HWV 46a (Allegro) – Adagio – (Allegro); Sinfonia, HWV 46b – Allegro – Adagio 07:11
2. Part l: Solo al godere aspria il nostro cor (Chorus and Soloists) 03:01
3. Part l: Recitative: Qual veggo il mio sembiante (Bellezza) 00:22
4. Part l: Aria: Fido specchio, in te vagheggio (Bellezza) 05:06
5. Part l: Recitative: Io che sono il Piacere (Piacere, Bellezza) 00:33
6. Part l: Aria: Fosco genio, e nero duolo (Piacere) 04:58
7. Part l: Recitative: Ed io, che ‘l Tempo sono (Tempo, Disinganno) 00:28
8. Part l: Aria: Se la bellezza (Disignanno) 03:54
9. Part l: Recitative: Dunque si prendan l’armi (Piacere, Bellezza, Tempo, Disinganno) 00:24
10. Part l: Aria: Una schiera di piaceri (Bellezza) 05:39
11. Part l: Recitative: I Colossi del Sole (Tempo) 00:18
12. Part l: Aria: Urne voi, che racchiudete (Tempo) 03:06
13. Part l: Son large de dolor (Coro del Tempo) 01:43
14. Part l: Recitative: Sono troppo crudi i tuoi consigli (Piacere) 00:18
15. Part l: Duet: Il voler nel fior degli’anni (Bellezza, Piacere) 06:01
16. Part l: Recitative: Della vita morale (Disinganno, Bellezza) 00:39
17. Part l: Aria: Un piensiero nemico di pace (Bellezza) 02:30
18. Part l: Recitative: Folle, tu nieghi ‘l tempo, ed in quest’ora (Disinganno, Piacere, Bellezza) 01:07
19. Part l: Aria: Nasce l’Uomo, ma nasce Bambino (Tempo) 01:52
20. Part l: L’Uomo sempre se stesso distrugge (Choro) 01:38

BAIXE AQUI O CD 1 (DOWNLOAD)

CD 2:

1. Interlude: Concerto for Organ, Violin, Cello and Instruments (Andante allegro) 03:02
2. Interlude: Viver, nor amar (Bellezza, Piacere, Tempo, Disinganno, Coro) 04:59
3. Interlude: Sinfonia: Allegro 01:06
4. Part ll: Recitative: Questa e la Reggio mia (Piacere) 01:38
5. Part ll: Sonatina for Solo Violin – Allegro – Presto 00:57
6. Part ll: Sonatina for Carillon (Adagio – Andante) 01:09
7. Part ll: Recitative: Taci: qual suono ascolto? (Bellezza) 00:07
8. Part ll: Aria: Un leggiadro Giovinetto (Piacere) 07:14
9. Part ll: Recitative: Ha nella destra l’ali (Bellezza) 00:18
10. Part ll: Aria: Venga il Tempo, e con l’ali funeste (Bellezza) 03:22
11. Part ll: O Tempo, padre del dolor (Coro) 02:00
12. Part ll: Ritornello (Allegro, ma non troppo) 00:47
13. Part ll: Aria: Crede l’uon ch’egli riposi (Disinganno) 06:06
14. Part ll: Recitative: Tu credi che sia lunge (Tempo, Bellezza) 01:12
15. Part ll: Aria: Folle, dunque tu sola presumi (Tempo) 04:57
16. Part ll: Recitative: La Reggia del piacer vedesti? (Disinganno, Tempo) 00:22
17. Part ll: Quartetetto: Se non sei piu ministro di pene (Bellezza, Piacere, Disinganno, Tempo) 02:55
18. Part ll: Recitative: Se del falso piacere (Tempo) 01:12
19. Part ll: AriaChiudi, chiudi i vaghi rai (Piacere) 03:16
20. Part ll: Recitative: In tre parti divise (Tempo) 01:03
21. Part ll: Aria: Io sperai troval nel vero (Bellezza) 05:30
22. Part ll: Recitative: Tu vivi invan dolente (Piacere) 00:18
23. Part ll: Aria: Tu giurasti di mai no lasciarmi (Piacere) 03:47
24. Part ll: Recitative: Sguardo, che infermo ai rai del Sol si volge (Tempo) 00:26
25. Part ll: Aria:Io vorrei due cori in Seno (Bellezza) 01:49
26. Part ll: Recitative: Io giurerei, che tu chiudesti il lumi (Disinganno, Bellezza) 00:41
27. Part ll: Aria: Piu non cura (Disinganno) 03:18
28. Part ll: Recitative: E un’ ostinato errore (Tempo) 00:27
29. Part ll: Aria: E ben folle quel Nocchier (Tempo) 03:45
30. Part ll: Recitative: Dicesti il vero, e (benche tardi) intesti (Bellezza) 00:31
31. Part ll: Quartetetto: Voglio Tempo per risolvere (Bellezza, Tempo, Disinganno, Piacere) 01:52
32. Part ll: Pria che sii converta in Polve (Coro) 02:10

BAIXE AQUI O CD 2 (DOWNLOAD)

CD 3:

1. Part lll: Sinfonia: Andante, Da Capo. 01:38
2. Part lll: Recitative: Presso la Reggia ove ‘l Piacere risiede (Bellezza, Disinganno) 01:34
3. Part lll: Aria: Lascia la Spina (Piacere) 01:50
4. Part lll: Sarabande – Improvisation for Two Harpsichords (Almira, Hamburg 1704, HWV 1/4) 04:06
5. Part lll: Aria – Sarabande (II Trionfo del Tempo e del Disinganno, Rome 1707, HWV 46a/23), (Piacere) 06:56
6. Part lll: Recitative: Con troppo chiare note (Bellezza, Disinganno) 00:43
7. Part lll: Aria: Voglio cangiar desio (Bellezza) 04:27
8. Part lll: Recitative: Or che tiene la destra (Bellezza, Piacere, Disinganno) 00:30
9. Part lll: Aria: Chi gia fu del giondo Crine (Disinganno) 02:46
10. Part lll: Recitative: Ma che beggio? Che miro? (Bellezza) 00:55
11. Part lll: Aria: Ricco pino (Bellezza) 04:20
12. Part lll: Accompanied Recitative: Si, bella penitenza (Bellezza) 01:23
13. Part lll: Aria: Il bel pianto dell’Aurora (Tempo) 05:51
14. Part lll: Recitative: Piacer, che meco gia vivesti, il vero (Bellezza) 00:43
15. Part lll: Aria: Come Nembo che fugge col vento (Piacere) 05:23
16. Part lll: Accompanied Recitative: Or se la Verita del Sole Eterno (Bellezza) 00:39
17. Part lll: Aria: Quel del Ciel Ministro Eletto (Bellezza) 05:34
18. Part lll: Organ Concerto, Op. 4, No. 4, HWV 292: Allegro – Adagio 05:14
19. Part lll: Alleluia (Coro) 01:58

BAIXE AQUI O CD 3 (DOWNLOAD)

Total Playing Time: 02:59:34

Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music (CD 3 de 11) Sonatas para Violino e Piano nº 1 em G maior, nº 2 em A maior e nº3 em D menor

Pois bem, eis então terceiro cd da Obra Integral de Câmara de Johannes Brahms. Demorou, mas veio. Nesse cd, temos as sonatas para violino e piano. E que podemos comentar sobre elas, além de dizer que são maravilhosas, de uma profundidade que atinge nossas almas, mas sem sobressaltos, e sim muita emotividade, paixão e energia, sem porém resvalar em superficialidades?
Tenho 4 versões destas obras: Shlomo Mintz, Anne-Shophie Mutter, Viktoria Mullova, e esta aqui, com Arthur Grumiaux e Gyorgy Sebok. Quatro versões totalmente diferentes umas das outras, mas todas conseguindo capturar a essência das obras. Um andamento de um pode diferir do andamento do outro, mas todas elas são fiéis ao espírito brahmsiano. Excelentes músicos. Daria um pouco mais de destaque para a versão da então jovem Anne Sophie Mutter, acompanhada pelo excelente Alexis Weissenberg. Se alguém quiser, posso postá-la aqui.
Mas darei a preferência à dupla Grumiaux/Sebok por ter sido a escolhida para integrar a série da Philips da obra integral de Câmera de Brahms.
Sugiro que, ao ouvirem estas obras, se preparem espiritualmente. Esqueçam os problemas e as preocupações, sentem em seu melhor sofá, relaxem, e aproveitem. Isso é Brahms em sua mais pura essência.

Sonata No. 1 in G major, Op. 78
I. Vivace ma non troppo
II. Adagio
III. Allegro molto moderato

Sonata No. 2 in A major, Op. 100
I. Allegro amabile
II. Andante tranquillo – Vivace – Andante – Vivace di piu –
III. Allegretto grazioso. Quasi andante

Sonata No. 3 in D minor, Op.108
I. Allegro
II. Adagio
III. Un poco presto e can sentimento
IV. Presto agitato

Arthur Grumiaux – violino
Gyorgy Sebok – piano

BAIXE AQUI

Johannes Brahms (1833-1897) – Quarteto para Piano Op. 26

Completando os Quartetos para Piano de Brahms, apresentamos agora o de Nº2, Op. 26, com o Beaux Arts Trio.

Para que os outros Quartetos para Piano – Op. 25 (Nº1) e Op. 60 (Nº2) – sejam encontrados por vocês, basta clicar sobre o “Label” Brahms ao lado.

Os Quartetos para Piano de Brahms são obras fundamentais do repertório de câmara do compositor.

1. Piano quartet in a, op.26 : allegro non troppo
2. Piano quartet in a, op.26 : poco adagio
3. Piano quartet in a, op.26 : scherzo. poco allegro
4. Piano quartet in a, op.26 : finale. allegro

Beaux Arts Trio, com Walter Trampler (viola).

BAIXE AQUI (DOWNLOAD)

Sergei Rachmaninov (1873-1943) – Concertos para piano nº 3, em D menor op 30, Concerto para piano nº 4 G minor op. 40

Pois bem,

Concluindo então a integral dos concertos para piano e orquestra de Rachmaninov, agora com famosíssimo concerto de nº 3, talvez o mais conhecido de todos, e o, para mim até então desconhecido, de nº 4. A interpretação sempre à cargo de Zoltán Kocsis e acompanhado pela Orquestra Sinfônica de San Francisco dirigida por Edo de Waart.

Concerto para piano nº 3, em D menor op 30

I. Allegro ma non tanto
II. Intermezzo (Adagio)
III. Finale (Alla breve)

BAIXE AQUI

Concerto para piano nº 4 G minor op. 40

I. Allegro vivace (Alla breve)
II. Largo
III. Allegro vivace

BAIXE AQUI

San Francisco Symphony Orchestra
Edo de Waart – Director
Zoltán Kocsis – piano

Jean Sibelius (1865–1957) – Sinfonias Nos. 2 & 7

Atendendo a pedidos, postamos a Sinfonia Nº 2 de Sibelius. Dentre as sinfonias do finlandês, a segunda sinfonia não é uma das preferências de P.Q.P. Bach, que prefere as de Nº 4, 5 e 7. Para sua alegria, há um CD da Naxos onde a segunda vem acompanhada da maravilhosa sétima, apesar de que a gravação que mora nos ouvidos de PQP é uma antiga, a cargo do grande Evgueni Alexandrovitch Mravinski (1903-1988), junto à Filamônica de Leningrado, na qual o trombonista dá um show de competência. Aliás, acho que nesta gravação o engenheiro de som achatou o trombonista, que executa o principal tema desta vertiginosa sinfonia em um movimento.

O registro de Leaper não é nada ruim – longe disso! – e, como só tenho a gravação de Mravinski em glorioso vinil (que cuido com todo o carinho), fiquemos com ela.

Symphony No. 2 in D major, Op. 43
Performed by:Slovak Philharmonic Orchestra
Conducted by:Adrian Leaper

I. Allegretto – Poco allegro – Tranquillo, ma poco a poco revvivando il tempo al allegro 10:05
II. Tempo andante, ma rubato – Andante sostenuto 13:50
III. Vivacissimo – Lento e suave – Largamente 6:00
IV. Finale: (Allegro moderato) 13:21

Symphony No. 7 in C major, Op. 105
Performed by:Slovak Philharmonic Orchestra
Conducted by:Adrian Leaper

V. Symphony No. 7 in C major, Op. 105 20:25

BAIXE AQUI (Download)

Sergei Rachmaninov (1873-1943) – Concerto para piano nº 1, em F Sustenido Maior, op. 1 – Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43

Caríssimos,

Postagens anteriores já definiram meus sentimentos em relação de Rachmaninov, portanto, não entrarei em maiores detalhes a respeito. Graças a este recurso maravilhoso que é a internet, pude ter acesso a obras que sempre me chamaram a atenção, como é o caso de seus concertos para piano. A alguns anos atrás tive a felicidade de encontrar esta integral destes concertos, nas mãos deste grande pianista húngaro, que faz jus à fama dos grandes pianistas e compositores húngaros, Zóltan Kocsis. Admiro muito sua técnica e seu apurado estilo. Supera as dificuldades técnicas dos concertos com grande competência, e mostra um Rachmaninov que sempre quis ouvir: sem muitas firulas, nem acrobacias técnicas, e sem aquele romantismo exacerbado. Romântico tardio, sim, mas sem exageros. Ele é acompanhado pela San Francisco Symphony Orchestra, dirigida por outro europeu, desta vez holandês, Edo De Waart.
Comecemos pelo começo, como diria o outro: O Concerto de nº1. Ah, de “brinde” segue em anexo a Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43.

Concert for piano e orchestra in F Sharp Minor, op. 1

I. Vivace
II. Andante
III. Allegro Vivace

Rhapsody on a Theme by Paganini op. 43

Zóltan Kocsis – piano
Edo de Waart – Director
San Francisco Symphony Orchestra

BAIXE AQUI

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) – Prussian & Württemberg Sonatas

Uma amostra do que podia meu irmão C.P.E.! Ele foi o segundo filho dos 22 que meu pai teve – incluo na lista eu e F.D.P. – e não se enganem, foi grandíssimo compositor. Era filho de Maria Barbara. Seria muito mais famoso se não houvesse papai. É considerado o fundador e precursor do estilo clássico na música erudita.

Não é pouca coisa. Se a sonoridade de sua música ainda soa barroca, os temas curtos e afirmativos são já de feições inquestionavelmente beethovenianas. Durante a segunda metade do Século XVIII, a reputação de C. P. E. Bach permaneceu muito alta. Wolfgang Amadeus Mozart disse a seu respeito, “Ele é o pai, nós somos os filhos”. A maior parte dos exercícios de Haydn derivaram-se de estudos de sua obra. Ludwig van Beethoven expressou também a maior admiração e respeito. Esta posição deve-se principalmente graças as suas sonatas para cravo, que marcam uma época importante na história da forma musical.

Mas o que ficou, para nossa época, foram suas sinfonias e obras para mais de um instrumento. São obras mais eufônicas e gentis. Curiosamente, as sonatas que tanto ensinaram e Beethoven, Haydn e Mozart foram varridas do repertório. São obras difíceis, às vezes ásperas, e, sempre que as ouvi, comecei a admirá-las no segundo CD e a me entusiasmar no somente no terceiro. Há que se acostumar com o experimentalista Carl Philipp Emanuel. Obviamente, ele permaneceu muito longe de meu pai como compositor e criador, mas também é evidente que não merece o esquecimento.

Recuperamos aqui, neste esplêndido álbum triplo de Bob van Asperen, as tais sonatas. É um CD bastante difícil de se encontrar. Logo, eu e F.D.P. iremos postar músicas de mais fácil digestão, escritas por nosso mano.

Composer: Bach, Carl Philipp Emanuel
Length: 175:41
Period: Classical Era
Packaging: 3 CD Set
Genre: Piano Sonata

C. P. E. Bach: Prussian and Württemberg Sonatas 70:44

01 CPE Bach: Prussian Sonata #1-1 04:32
02 CPE Bach: Prussian Sonata #1-2 02:55
03 CPE Bach: Prussian Sonata #1-3 02:36
04 CPE Bach: Prussian Sonata #2-1 05:39
05 CPE Bach: Prussian Sonata #2-2 03:37
06 CPE Bach: Prussian Sonata #2-3 03:32
07 CPE Bach: Prussian Sonata #3-1 04:50
08 CPE Bach: Prussian Sonata #3-2 03:37
09 CPE Bach: Prussian Sonata #3-3 03:04
10 CPE Bach: Prussian Sonata #4-1 06:06
11 CPE Bach: Prussian Sonata #4-2 04:21
12 CPE Bach: Prussian Sonata #4-3 02:55
13 CPE Bach: Prussian Sonata #5-1 02:42
14 CPE Bach: Prussian Sonata #5-2 05:01
15 CPE Bach: Prussian Sonata #5-3 03:15
16 CPE Bach: Prussian Sonata #6-1 04:27
17 CPE Bach: Prussian Sonata #6-2 03:37
18 CPE Bach: Prussian Sonata #6-3 03:58

BAIXE AQUI

CPE Bach Prussian and Württemberg Sonatas 56:10

01 CPE Bach: Württemberg Sonata #1-1 05:23
02 CPE Bach: Württemberg Sonata #1-2 03:59
03 CPE Bach: Württemberg Sonata #1-3 05:33
04 CPE Bach: Württemberg Sonata #2-1 05:04
05 CPE Bach: Württemberg Sonata #2-2 04:19
06 CPE Bach: Württemberg Sonata #2-3 04:08
07 CPE Bach: Württemberg Sonata #3-1 04:33
08 CPE Bach: Württemberg Sonata #3-2 04:47
09 CPE Bach: Württemberg Sonata #3-3 03:33
10 CPE Bach: Württemberg Sonata #4-1 06:03
11 CPE Bach: Württemberg Sonata #4-2 04:05
12 CPE Bach: Württemberg Sonata #4-3 04:43

BAIXE AQUI

CPE Bach – Prussian and Württemberg Sonatas 48:47

01 CPE Bach: Württemberg Sonata #5-1 05:23
02 CPE Bach: Württemberg Sonata #5-2 04:24
03 CPE Bach: Württemberg Sonata #5-3 03:51
04 CPE Bach: Württemberg Sonata #6-1 05:44
05 CPE Bach: Württemberg Sonata #6-2 04:45
06 CPE Bach: Württemberg Sonata #6-3 04:59
07 CPE Bach: Württemberg Sonata #7-1 07:46
08 CPE Bach: Württemberg Sonata #7-2 06:31
09 CPE Bach: Württemberg Sonata #7-3 05:24

BAIXE AQUI

Bob van Asperen, Harpsichord

Pyotr Il’yich Tchaikovsky (1840-1893) Violin Concerto in D major, Op. 35

Finalizando o duelo Heifetz/Oystrakh vai aí minha gravação favorita do Concerto para violino de Tchaikovsky, por sinal, um de meus favoritos. Para muitos, esta gravação, realizada ainda nos anos 50, sinto não poder precisar a data, é uma das melhores deste concerto único.
Creio que a primeira vez que o ouvi, fui numa viagem para Balneário Camboriú, quando eu tinha uns 10 anos de idade. Entre minha cidade e aquele balneário tem uma belíssima serra, a Serra de Dna Francisca. Eu costumava descer a serra com um tio, apaixonado por música clássica. Certa vez, no meio da serra, ele encostou o carro, e ficamos ouvindo este Concerto de violino de Tchaikovsky e apreciando a paisagem… até hoje, 30 anos depois, sempre que passo por lá, procuro associar a paisagem à esta magnífica obra. Só me lembro que esta gravação que ele tinha em fita cassete era da Deutsche Grammophon, mas não lembro que era o solista nem a orquestra. Ainda não prestava atenção nessas informações.
Enfim, grande obra, grande solista, excelente orquestra em seu apogeu com um de seus principais regentes… tudo isso somado só pode dar um resultado: excelente audição para todos…
Espero que apreciem como eu apreciei e ainda hoje aprecio…

Violin Concerto in D major, Op. 35

1. Allegro Moderato
2. Canzonetta
3. Allegro Vivacissimo

Jascha Heifetz – violino
Fritz Reiner – Diretor
Chicago Symphny Orchestra

BAIXE AQUI

Gustav Mahler (1860-1911) – A Canção da Terra (Das Lied von der Erde)

Precisa comentar? Mesmo?

É a maior obra-prima de Mahler. A Canção da Terra (1908) é uma cantata sinfônica sobre textos de Li T’ai Po e outros poetas chineses, na tradução alemã de Hans Bethge. O melhor Mahler parece condensado nesta música que mistura o clássico com as predileções de Mahler pela música popular e folclórica. Sua permanente angústia religiosa e as dúvidas do intelectual se manifestam nesta música pessoalíssima e perfeita, que termina com uma comovente canção de despedida.

Não é, decididamente, uma obra para intérpretes amadores. A maior gravação é, na minha opinião, a de Leonard Bernstein com Dietrich Fischer-Dieskau, mas esta sempre esqueço em casa… A que apresento aqui, de Michael Halasz, não faz feio.

A seguir, coloco um excelente texto de Isabel Assis Pacheco sobre a obra (retirado daqui)

Das Lied von der Erde (“A Canção da Terra”) (c. 1h. e 10 min.)

Artista intransigente, Mahler levou à obsessão o desejo de perfeição. Homem atribulado e desiludido, fugiu do mundo, da civilização e mergulhou no seio da natureza, em busca de conforto. São suas estas palavras: “Um grande exemplo para todas as pessoas criativas é Jacob, que se bate com Deus até que Ele o abençoe. Deus tão pouco quer conceder-me a Sua bênção. Somente através das terríveis batalhas que tenho de travar para criar a minha música recebo finalmente a Sua bênção”.

O complexo universo mahleriano, muitas vezes caótico, sofredor, povoado de sinais de morte, mas também pleno de realidades belas, não é senão uma projecção da própria vida humana.
Com uma produção quase exclusivamente constituída por sinfonias e ciclos de canções, Mahler descobre o seu horizonte criativo. O compositor opera nestes dois domínios musicais uma síntese genial e grandiosa: por um lado confere ao Lied uma dimensão sinfónica e, por outro lado, insere o Lied em várias das suas sinfonias. A fusão destas duas formas musicais atinge a culminância em obras como a 8ª Sinfonia e a sua derradeira obra Das Lied von der Erde (“A Canção da Terra”), classificada como “sinfonia com voz”.

No final de 1907, três duros golpes do destino marcaram profundamente Mahler: a morte da sua filha mais velha, a demissão de director da Ópera de Viena e o diagnóstico de uma grave doença cardíaca. Por essa altura, o seu amigo Theodor Pollak ofereceu-lhe uma colectânea de 83 poemas Die chinesische Flöte (“A Flauta Chinesa”) que Hans Bethge tinha adaptado das traduções inglesa, francesa e alemã dos originais chineses. Pollak expressara a ideia de que esses poemas poderiam ser musicados e Mahler identificou-se de imediato com o espírito dos poemas, concebendo a adaptação de alguns deles. A razão da escolha de seis poemas, de rara beleza, da autoria de Li–Tai–Po, Tchang–Tsi, Mong–Kao–Yen e Wang–Wei deveu-se aos temas apresentados. Poemas voltados para a terra, para a natureza e para a solidão do homem no seio desses elementos, foram a fonte criativa de um documento pessoal e profundamente comovente que abre o último período criador de Mahler — Das Lied von der Erde “uma sinfonia para tenor, contralto (ou barítono) e orquestra”. Bruno Walter classificou esta obra como “apaixonada, amarga e ao mesmo tempo, misericordiosa; o canto da separação e do desvanecimento”.

Obra onde se encontra a fusão perfeita do Lied e da sinfonia, A Canção da Terra está impregnada de tristeza e nostalgia indefiníveis, mas também da celebração da natureza. Mahler conseguiu evidenciar nesta obra todos os aspectos do seu génio.
Nela encontramos tanto a ambivalência de sentimentos, entre o êxtase, o prazer e a premonição da morte, que caracteriza o próprio compositor, como também todo o clima outonal do romantismo tardio. Terminada no Verão de 1908, a obra só viria a ser estreada seis meses após a morte do compositor, a 20 de Novembro de 1911, em Munique, sob a direcção Bruno Walter. Constituída por seis andamentos, a obra inicia-se com um Allegro pesante em Lá menor. Das Trinklied von Jammer der Erde (“Canção de Beber da Tristeza da Terra”), do poeta chinês Li–Tai–Po, advoga o vinho como o melhor remédio para os males humanos. Diante do absurdo da vida, a embriaguez é a única saída para a dor e para a revolta. Cada estrofe da canção termina com o terrível refrão: Dunkel ist das Leben, ist der Tod (“Sombria é a vida, é a morte”). Usando genialmente todos os recursos orquestrais a fim de aumentar a tensão, Mahler cobre toda a gama de emoções.

O segundo andamento indicado Etwas schleichend (um pouco arrastado) é na tonalidade de Ré menor. A imagem poética desta segunda canção, Der Einsame im Herbst, (“O Solitário no Outono”) cantada neste caso pelo barítono, é a tristeza do homem que chora sozinho com as suas recordações e para quem “o outono se prolonga demasiado no seu coração”. Mahler sublinha o verso Mein Herz ist müde (“O meu coração está cansado”). O andamento termina melancolicamente com uma coda orquestral de extraordinária beleza. De índole totalmente diversa é Von der Jugend (“Da Juventude”). Com poema de Li–Tai–Po, este Lied é tratado em forma de miniatura e descreve uma cena chinesa.

Deparamo-nos com um pequeno “pavilhão de porcelana verde”, uma “pequena ponte de jade” que se reflectem no espelho do lago. A frágil superfície encantada é traduzida por delicadas sonoridades que nos transmitem um efeito de fria emoção.

Um procedimento análogo caracteriza o quarto andamento: Von der Schönheit (“Da Beleza”). Indicado como comodo, dolcissimo, esta canção descreve, num estilo gracioso, jovens raparigas a colherem flores de lótus na margem de um rio.

Porém, o andamento anima-se cada vez mais quando em ritmo de marcha (o mais vivo e agitado de toda a obra) jovens cavaleiros montados em corcéis de fogo, perturbam a nostalgia da cena. No final do poema reencontramos a atmosfera inicial. Tratado como uma canção de embalar de grande beleza tímbrica, o poema termina sobre um murmúrio das flautas e violoncelos:

In dem Funkeln ihrer großen Augen,
In dem Dunkel ihres heißen Blicks
Schwingt klagend noch die Erregung Ihres Herzens nach.

“No brilho dos seus olhos,
no calor do seu olhar sombrio,
ainda traem a emoção dos seus corações.”

Esta atmosfera é quebrada pelo quinto andamento, Der Trunkene im Frühling (“O Bêbado na Primavera”). Em forma de scherzo em Lá Maior, é um novo hino aos prazeres da bebida. O despreocupado e jovial Allegro inicial muda poeticamente quando um pássaro (tema brilhante para o piccolo) desperta o ébrio e o informa que a primavera chegou durante a noite. O ébrio protesta e diz que não acredita ter nada a ver com a primavera ou o canto dos pássaros:

Und wenn ich mich mehr singen kann,
So schlaf’ ich wieder ein,
Was geht mich denn der Frühling an!?
Lasst mich betrunken sein!

“E se não posso mais cantar,
então durmo de novo,
que me importa a primavera?
Deixai-me com a minha embriaguez!”

O último Lied, de longe o mais importante, tanto pela duração como pela beleza, é Der Abschied (“A Despedida”) e resulta da conjugação de dois poemas com afinidades temáticas, de Mong–Kao–Yen e Wang–Wei e ainda de alguns versos do próprio compositor que funcionam, neste caso, como coda.

No primeiro, o poeta espera o seu amigo para com ele contemplar o esplendor do crepúsculo. Mahler inicia o andamento com um interlúdio orquestral em forma de marcha fúnebre, criando assim um ambiente fascinante, entoado em uníssono pelos violoncelos, contrabaixos, violas, harpas e contrafagote. Quando a voz entra, sustentada pelos violoncelos, o efeito é de uma alma perdida, impressão intensificada pela transferência do lamento do oboé para a flauta. O poema descreve o entardecer:

Die Sonne scheidet hinter dem Gebirge,
In alle Täler steig der Abend nieder
Mit seinen Schatten, die voll Kühlung sind…

“O sol desaparece por trás das montanhas.
O anoitecer e as suas sombras frescas
surgem nos vales…”

Um tremolo de dois clarinetes termina esta variação que se cinge aos três primeiros versos. A segunda variação constitui um momento muito comovente da obra. Numa melodia ascendente inesquecível, o barítono descreve a Lua “como um barco de prata sobre o mar azul do céu”. O Fá agudo na primeira sílaba de Silberbarke (barco de prata), é como que o culminar de um desejo que depois se recolhe sobre si próprio. A cantilena da voz prossegue, sublinhada pelos clarinetes e pela harpa que precedem o reaparecimento do gruppetto. As texturas orquestrais simplificam-se para criar um ritmo ondulante em quartas na harpa, secundada pelo bandolim quando o poema nos fala do canto do regato e da respiração da terra. A ideia de nostalgia e a beleza da terra é retomada num novo tema com o verso: Alle Sehnsucht will nun träumen (“Todo o desejo se transforma em sonho”). Trata-se da melodia da canção, Ich bin der Welt abhanden gekommen (“Afastei-me do Mundo”) utilizada por Mahler no famoso Adagietto da sua 5ª sinfonia.

O clímax central da primeira parte é a candente irrupção do êxtase. O tema do desejo reaparece depois do grito Lebewohl (“Adeus”). O tema de Ich bin der Welt subjacente, é agora tratado pentatonicamente ao começar o verso:

O Schönheit! O ewigen Liebens–, Lebens–trunk‘ne Welt!

“Ó beleza! Ó mundo ébrio de amor e vida eternos!”

Um longo interlúdio orquestral entre os dois poemas, construído a partir de motivos já ouvidos, torna-se o prenunciador de futuras catástrofes. Soberanamente orquestrado, o ritmo de marcha fúnebre prossegue, lúgubre e insistente, enquanto a voz descreve a chegada do amigo e a sua despedida:

Du, mein Freund,
mir war auf dieser Welt das Glück nicht hold!

“Meu amigo,
a felicidade não me foi propícia neste mundo!”

Neste verso, a música dolente, modula para o modo Maior. No momento em que o poeta refere que procura repouso para o seu solitário coração, Mahler cita Um Mitternacht (“À meia–noite”). O tema do “desejo” volta a ouvir-se nos versos:

Still ist mein Herz und harret seiner Stunde!

“ O meu coração está tranquilo e aguarda a sua hora!”

Começa assim a maravilhosa e insólita coda em dó Maior, com versos da autoria do próprio Mahler :

Die liebe Erde allüberall
blüht auf im Lenz und grünt aufs neu!
Allüberall und ewig Blauen licht die Fernen!
Ewig… ewig…

“Em toda a parte a amada terra
Floresce na primavera e torna a verdejar!
Por toda a parte e eternamente resplandece um azul luminoso!
Eternamente…eternamente…”

Quando a voz entoa as últimas palavras Ewig… ewig, a música parece dissolver-se imperceptivelmente num pianíssimo, sustentado pelas cordas e com arpejos da harpa e da celesta. A música dá lugar ao silêncio e a emoção é levada à sua plenitude.

Isabel Assis Pacheco

Divirtam-se,

PQP Bach.

1. Das Trinklied vom Jammer der Erde 08:02 (Canção para Beber à Tristeza da Terra)
2. Der Einsame im Herbst 09:02 (O Solitário no Outono)
3. Von der Jugend 03:09 (Da Juventude)
4. Von der Schonheit 06:36 (Da Beleza)
5. Der Trunkene im Fruhling 04:26 (O Bêbado de Primavera).
6. Der Abschied 27:19 (A Despedida)

Ruxandra Donose, mezzo-soprano
Thomas Harper, tenor
Performed by: Ireland National Symphony Orchestra
Conducted by: Michael Halasz

BAIXE AQUI

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943) – Sinfonia nº2

Pois bem, como prometido, eis outra sinfonia de Rachmaninoff, desta vez a de nº2. Entre as 3, por enquanto é minha favorita. Seu adagio é belíssimo, suave, sem muitas pirotecnias, e Lorin Maazel segura bem as pontas, não caindo nas armadilhas açucaradas que ela pode ter em alguns momentos. Interpretação segura, com uma orquestra que dispensa comentários. Espero que apreciem, como eu apreciei…

Symphony no.2 in E minor op.27

1. Largo – Allegro moderato
2. Allegro molto
3. Adagio
4. Allegro vivace

Berliner Philarmoniker
Lorin Maazel – Director

BAIXE AQUI

J.S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (6 de 8 CDs) – As Mulheres e o Café

Schlendrian é um pai grosseiro e está preocupadíssimo porque sua filha Lieschen entregou-se à nova mania de tomar café. Todas as tentativas de desviá-la de tão detestável hábito com promessas ou ameaças foram infrutíferas, até que, para dissuadi-la, oferece-lhe um marido. Lieschen aceita a idéia com entusiasmo e o pai parte apressadamente para conseguir-lhe um. Esta é a idéia principal da Cantata do Café (Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211), obra cômica de J. S. Bach, uma mini-ópera, que foi apresentada entre 1732 e 1735 na Kaffeehaus de Zimmermann, em Leipzig. A primeira Kaffeehaus da cidade foi aberta em 1694 — o café chegara à Alemanha em 1670 — e em 1735 a burguesia podia escolher entre oito privilegiadas casas.

A Kaffeekantate, BWV 211, foi encomendada a Bach por Zimmermann e é, em parte, uma ode ao produto e, de outra parte, uma punhalada no movimento existente na Alemanha para impedir seu consumo pelas mulheres. Acreditava-se que o “negro veneno” pudesse causar descontrole e esterilidade ao sexo frágil, mas Bach, em troca do pagamento de Zimmermann, ignorou estes terríveis perigos. Senão, talvez não musicasse uma ária que diz: “Ah, como é doce o seu sabor. / Delicioso como milhares de beijos, / mais doce que um moscatel. / Eu preciso de café.”; e nem nos brindaria com estas delicadezas…: “Paizinho, não sejas tão mau. / Se eu não beber meu café / as minhas curvas vão secar / as minhas pernas vão murchar / ninguém comigo irá casar”.

Bach aprendera muito bem, em sua vida familiar, que influenciar os jovens não era assim tão fácil. Portanto, adicionou um recitativo no qual os planos de Lieschen são revelados: o homem que quiser casar com ela terá de consentir numa cláusula: o contrato matrimonial certamente preverá que a mulher possa tomar café sempre que lhe apetecer.

No final, há um breve coro de três cantores, onde o café e a evolução são admitidos como coisas inevitáveis. Esta Cantata — ao lado de outras poucas obras vocais profanas — é uma evidente exceção na obra de Bach. O compositor, que possui a injusta fama de sério, aceitou o convite de Zimmermann para compor uma propaganda de seu Café e, como quase sempre fazia, produziu uma obra-prima, uma pequena comédia que funciona tanto no palco quanto nas salas de concertos. O efeito da primeira apresentação deve ter sido consideravelmente ampliado pelo fato de que às mulheres não era permitido cantar em cafés e o papel de Lieschen foi, provavelmente, interpretado por um cantor em falsete. Bach, com o auxílio do poeta Picander, construiu dois personagens muito humanos e verossímeis: um pai resmungão e rústico e uma filha obstinada e cheia de caprichos. O compositor parece estar à vontade ao traçar a caricatura do pai com o baixo pesado, os ritmos acentuados e a prescrição con pompa, enquanto os violinos rosnam para indicar seu temperamento irascível. Quando ele ameaça privar Lieschen de sua saia-balão de última moda, Bach indica seu tremendo diâmetro de forma escandalosa. A ária de Lieschen em louvor ao café é convencional, tão convencional que parece que o compositor quer insinuar que ela futilmente adotara tal hábito apenas para seguir a moda. Entretanto, seu entusiasmo por um possível marido não é simulado… A alegria expressa na melodia em ritmo de dança popular é contagiosa. Para os puristas, o divino e sacro Bach chega a ser grosseiro: afinal, quando Lieschen diz que quer um amante fogoso e robusto, os violinos e as violas silenciam, como para deixar bem clara aos ouvintes esta afirmativa sem rodeios. O Café Zimmermann deve ter vindo abaixo…

Bibliografia: leituras de textos de discos e CDs, de livros que não lembro mais e de Karl Geiringer, principalmente.

Cantata No. 210, “O holder Tag, erwünschte Zeit,” BWV 210 (BC G44)
Composed by Johann Sebastian Bach
with Sibylla Rubens,
Stuttgart Bach Collegium
Conducted by Helmuth Rilling

1. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: O holder Tag, erwunschte Zeit
2. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Spielet, ihr beseelten Lieder
3. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Doch, haltet ein, ihr muntern Saiten
4. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Ruhet hie, matte Tone
5. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: So glaubt man denn, daB die Musik verfuhre
6. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Schweigt, ihr Floten, schweigt, ihr Tone
7. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Was Luft? was Grab?
8. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: GroBer Gonner, dein Vergnugen
9. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Hochteurer Mann, so fahre ferner fort
10. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Seid begluckt, edle beide

Cantata No. 211, “Schweigt stille, plaudert nicht,” (Coffee Cantata), BWV 211 (BC G48)
Composed by Johann Sebastian Bach
with Sibylla Rubens, Thomas Quasthoff, James [tenor] Taylor,
Stuttgart Bach Collegium
Conducted by Helmuth Rilling

11. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Schweigt stille, plaudert nicht
12. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Hat man nicht mit seinen Kindern
13. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Du boses Kind, du loses Madchen
14. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Ei, wie schmeckt der Coffee suBe
15. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Wenn du mir nicht den Coffee laBt
16. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Madchen, die von harten Sinnen
17. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Nun folge, was dein Vater spricht
18. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Heute noch, lieber Vater, tut es doch
19. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Nun geht und sucht der alte Schlendrian
20. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Die Katze laBt das Mausen nicht

BAIXE AQUI

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943) – Sinfonia Nº 1

Sempre tive um certo receio com relação à obra de Rachmaninov. Não me sentia preparado para encará-la. Faltavam-me subsídios, digamos. Minha porta de entrada foi o belíssimo filme “Shine-Brilhante”. Entendi que meu medo se estendia aos intérpretes e entendi que Rachmaninov realmente exigia muito de nossa capacidade de assimilação. Acreditei que meus temores se justificavam, mas que na verdade, para superar esses temores, era necessário encará-los. Psicologia barata, eu sei.

Enfim, um belo dia, tive acesso a uma gravação do concerto para piano nº 2, na interpretação de Moura Limpani. Em seguida, caiu-me nas mãos uma outra gravação deste mesmo concerto, mas apenas com russos o interpretando. Não me perguntem seus nomes, só sei que a orquestra se chamava algo como Grande Orquestra Filarmônica de Moscou, ao algo do gênero. Com estas gravações em mãos, pus-me a ouvi-las, tentando entender qual era o segredo deste compositor. E assim se passaram 15 anos, e ainda ouço os concertos, e os considero belíssimos. Consegui romper certo “pré-conceito” com relação ao compositor, e sempre estou atrás de outras gravações de suas obras.

Foi assim com a gravação de suas sinfonias. Sempre ouvira falar delas como geniais, extremamente bem elaboradas e com momentos de puro lirismo. Um belo dia, fuçando no emule, encontrei essa integral das sinfonias com o excelente regente Lorin Maazel, á frente da Filarmônica de Berlim. Baixei-a, e estou ouvindo com atenção. Dizem que a primeira impressão é a que fica, e a impressão que tive foi de que o temor permanece, devido ao alto grau de complexidade que elas impôem aos ouvintes. Não é música para qualquer um. Deve-se estar devidamente concentrado, sem ruídos externos atrapalhando e prestando atenção à todas as suas nuances. O resultado desta audição poderá ser totalmente diferente. E satisfatório. Ou gratificante.

Me perdoem os rachmaninovs-maníacos por este desabafo. Na verdade, ele apenas comprova que a música sempre está nos impondo desafios, e que é graças a estes desafios que ampliamos nossos horizontes musicais. Se assim não fosse, ainda estaria ouvindo apenas Mozart, Beethoven, Bach e não permitindo aos meus sentidos terem acesso à evolução musical dos últimos 200 anos.

Pois bem, começo com a Sinfonia nº1, em Ré menor, op. 13, com os seguintes movimentos:

1 – Grave – Allegro Ma Non Troppo
2 – Allegro Animato
3 – Larghetto
4 – Allegro Con Fuoco

Berliner Philarmoniker
Lorin Maazel – Diretor

O seu,

FDP Bach.

BAIXE AQUI

J.S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (5 de 8 CDs)

Seguindo a série, chegamos a um grande CD.

A Cantata BWV 208 é esplêndida! Foi com composta em 1713 para o aniversário de um duque. Na obra, a caçadora divina Diana, o caçador Endimião e os deuses pastoris Pã e Pales, unem suas forças para desejar exageradíssimo feliz aniversário ao duque, coisa comum na época. Bach dedicou o maior cuidado ao compor a 208; a grana do duque devia ser legal. A deliciosa e inesquecível ária de Pales (faixa 10 – Schafe konnen sicher weiden) está entre as mais insinuantes e amáveis pastorais jamais escritas. Recebeu vários arranjos modernos e uma citação absolutamente notável, inesperada e emocionante feita pelo diretor Clint Eastwood no filme Bird. Os outros solos não podem ser considerados muito inferiores. Durante a vida de Bach, foi de suas obras mais interpretadas. Foi novamente utilizada em 1716, 1720, 1740 e 1742. Ou seja, papai gostava desta Cantata.

A BWV 209 é uma Cantata escrita estranhamente em italiano. Muito boa a introdução e a participação da flauta por todos os movimentos.

Cantata No. 208, “Was mir behagt,” (Hunt Cantata), BWV 208
Composed by Johann Sebastian Bach
with Stuttgart Bach Collegium
Conducted by Helmuth Rilling

1. BWV 208: Sinfonia, BWV 1046a
2. BWV 208: No.1: Recitativo: Was mir behagt, ist nur die muntre Jagd!
3. BWV 208: No. 2: Aria: Jagen ist die Lust der Gotter
4. BWV 208: No. 3: Recitativo: Wie? Schonste Gottin! Wie?
5. BWV 208: No. 4: Aria: Willst du dich nicht mehr ergotzen
6. BWV 208: No. 5: Recitativo: Ich liebe dich zwar noch!
7. BWV 208: No. 6: Recitativo: Ich, der ich sonst ein Gott in diesen Feldern bin
8. BWV 208: No. 7: Aria: Ein Furst ist seines Landes Pan!
9. BWV 208: No. 8: Recitativo: Soll denn der Pales Opfer hier das letzte sein?
10. BWV 208: No. 9: Aria: Schafe konnen sicher weiden
11. BWV 208: No. 10: Recitativo: So stimmt mit ein
12. BWV 208: No. 11: Chorus (Aria a 4): Lebe, Sonne dieser Erden
13. BWV 208: No. 12: Duetto: Entzuket uns beide
14. BWV 208: No. 13: Aria: Weil die wollenreichen Herden
15. BWV 208: No. 14: Aria: Ihr Felder und Auen, lasst grunend euch schauen
16. BWV 208: No. 15: Chorus: Ihr lieblichste Blicke! ihr freudige Stunden

Cantata No. 209, “Non sa che sia dolore,” BWV 209
Composed by Johann Sebastian Bach
with Stuttgart Bach Collegium
Conducted by Helmuth Rilling

17. BWV 209: No. 1: Sinfonia
18. BWV 209: No. 2: Recitativo: Non sa che sia dolore
19. BWV 209: No. 3: Aria: Parti pur e con dolore
20. BWV 209: No. 4: Recitativo: Tuo saver al tempo
21. BWV 209: No. 5: Aria: Ricetti gramezza e pavento

BAIXE AQUI

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Quarteto de Cordas Nº 8 e Sinfonia de Câmara correspondente

Hoje acordei com vontade de fazer uma coisa diferente e legal. Então, peguei uma obra-prima, o Quarteto Nº 8 de Dmitri Shostakovich, numa gravação bastante boa (talvez a mais “visceral” que conheça, por assim dizer), a do Medici String Quartet, e postei no mesmo arquivo o arranjo que Rudolf Barschai fez para orquestra de câmara do mesmo quarteto. Ou seja, há duas vezes a mesma música, só que em concepções inteiramente diferentes. A leitura do Medici chega a ser agressiva perto do tranqüilo andamento escolhido pelo regente Roland Melia na gravação para orquestra. E são as mesmas notas da mesma obra.

Música extraordinária e bem característica de Shostakovich, onde estão presentes a dança brutal do Allegro Molto, o delicado sarcasmo do Allegretto, a delicadeza do Largo de abertura e a profunda inteligência da construção musical dos dois últimos Largos, o último revisitando o primeiro. Um espanto!

Mas aqui não quero mostrar somente a obra. Desejo mostrar um dos fatos mais apaixonantes da música erudita: a diversidade de interpretações e concepções. O Medici leu a obra de uma forma e o regente X o fez de forma inteiramente diferente. Claro que, aqui, a diferente sonoridade do quarteto e da orquestra serve como mais um elemento distintivo. E as duas formas são aceitáveis e têm indiscutíveis méritos. Notem como o Medici leva 5min22 para executar o primeiro movimento e a orquestra o faz em 6min52! E como as três notas que marcam o quarto movimento são muito mais expressivas quando executadas com maior lentidão.

Um dia, li este post no blog de Milton Ribeiro. É, penso, uma tentativa de explicação do fenômeno das leituras:

Uma Parábola Longa

Numa noite fria do século XVIII, Bach escrevia a Chacona da Partita Nº 2 para violino solo. A música partia de sua imaginação (1) para o violino (2), no qual era testada, e daí para o papel (3). Anos depois, foi copiada (4) e publicada (5). Hoje, o violinista lê a Chacona (6) e de seus olhos passa o que está escrito ao violino (9) utilizando para isso seu controverso cérebro (7) e sua instável técnica (8), . Do violino, a música passa a um engenheiro de som (10) que a grava em um equipamento (11), para só então chegar ao ouvinte (12), que se desmilingúi àquilo.

Na variação entre essas passagens e comunicações, está a infindável diversidade das interpretações.

Mas ainda faltam elos, como a qualidade do violino – e se seu som for divino ou de lata, e se ele for um instrumento original ou moderno? E o calibre do violinista? E seu senso de estilo e vivências? E o ouvinte? E… as verdadeiras intenções de Bach? Desejava ele que o pequeno violino tomasse as proporções gigantescas e polifônicas do órgão? Mesmo?

Há coisas que só mesmo em P.Q.P. Bach…

String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110
Performed by: Medici String Quartet
I. Largo 05:22
II. Allegro molto 02:58
III. Allegretto 04:09
IV. Largo 05:07
V. Largo 04:17

String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110 / (Chamber Symphony, arr. Rudolf Barschai)
Performed by: Dalgat String Ensemble
Conducted by: Roland Melia
VI. Largo 06:52
VII. Allegro molto 03:12
VIII. Allegretto 05:07
IX. Largo 06:06
X. Largo 04:52

BAIXE AQUI

Viva Rostropovich – Integral das Sonatas para Piano e Violoncelo de Beethoven

Da parte de FDP Bach encerram-se com chave de ouro as homenagens prestadas ao genial Rostropovich.

Eis os links para as sonatas para violoncelo e piano de Beethoven, com a dupla Sviatoslav Richter e Mstislav Rostropovich. Mais uma gravação impecável destes dois grandes músicos russos.

CD 1 Track listing

Track 1: Sonata for Cello and Piano No. 1 in F, Op. 5 No. 1 : 1. Adagio sostenuto – Allegro (16:30)
Track 2: Sonata for Cello and Piano No. 1 in F, Op. 5 No. 1 : 2. Rondo (Allegro vivace) (06:32)
Track 3: Sonata for Cello and Piano No. 2 in G minor, Op. 5 No. 2 : Adagio sostenuto ed espressivo/ Allegro molto pi— (19:52)
Track 4: Sonata for Cello and Piano No. 2 in G minor, Op. 5 No. 2 : 3. Rondo (Allegro) (07:07)
Track 5: Sonata for Cello and Piano No. 3 in A, Op. 69 : 1. Allegro ma non tanto (11:53)
Track 6: Sonata for Cello and Piano No. 3 in A, Op. 69 : 2. Scherzo (Allegro molto) (05:28)
Track 7: Sonata for Cello and Piano No. 3 in A, Op. 69 : 3. Adagio cantabile – Allegro vivace (08:27)

Artists: Mstislav Rostropovich – cello / Sviatoslav Richter – piano
Composer : Ludwig van Beethoven 1770-1827
Recording date : March 1963
Recording location : Austria

BAIXE AQUI

CD 2 Track listing

Track 1: Sonata for Cello and Piano No. 4 in C, Op. 102 No. 1 : 1. Andante – Allegro vivace (07:37)
Track 2: Sonata for Cello and Piano No. 4 in C, Op. 102 No. 1 : 2. Adagio – Tempo d’andante – Allegro vivace (06:46)
Track 3: Sonata for Cello and Piano No. 5 in D, Op. 102 No. 2 : 1. Allegro con brio (06:17)
Track 4: Sonata for Cello and Piano No. 5 in D, Op. 102 No. 2 : 2. Adagio con molto sentimento d’affetto (07:28)
Track 5: Sonata for Cello and Piano No. 5 in D, Op. 102 No. 2 : 3. Allegro – Allegro fugato (04:01)

Artists: Mstislav Rostropovich – cello / Sviatoslav Richter – piano
Composer : Ludwig van Beethoven 1770-1827
Recording date : June 1962
Recording location : Austria

BAIXE AQUI

Viva Rostropovich! Robert Schumann (1810-1856) – Piano Concerto/Cello Concerto, Argerich/Rostropovich, Rostropovich/Rozhdestvensky

Aí vão mais dois momentos de Rostropovich. Primeiro como regente, à frente da National Symphony Orchestra, acompanhando Martha Argerich no Concerto para Piano de Schumann. Em seguida, em uma gravação realizada nos tempos da antiga União Soviética: acompanhado pela Leningrado Philarmonic Orchestra, regida pelo incansável Gennadi Rozhdestevensky, toca o belíssimo concerto para Violoncelo, também de Schumann.

Duas obras que não precisam de muita apresentação. São grandes momentos de Rostropovich e da própria Martha Argerich. A propósito, a gravação do concerto para piano é de 1978 e a do concerto para violoncelo é de 1961.

Concerto para Piano e Orquestra em Lá Menor, Op. 54
1- Allegro afecttuoso
2-Intermezzo. Andantino-attaca
3- Allegro Vivace
Martha Argerich – piano
National Symphony Orchestra
Regente: Mstislav Rostropovich

Concerto para Violoncelo e Orquestra em Lá Menor, Op. 129
4 – Nicht zu schnell
5 – Langsam
6 – Sehr lebhaft
Mstislav Rostropovich – cello
Leningrad Philharmonic Orchestra
Regente: Gennadi Rozhdestvensky

TT:55:32

BAIXE AQUI