Sol Gabetta – Schumann

Eu aguardava ansioso o momento em que  a violoncelista argentina Sol Gabetta iria encarar o maravilhoso Concerto para Violoncelo de Schumann. Acompanho há algum tempo sua carreira, e sei que cada gravação sua é muito bem pensada, elabora, articulada, produzida e tremendamente bem interpretada, e em cada novo CD podemos acompanhar e identificar sua evolução e maturidade enquanto instrumentista.
Este CD foi recém lançado pelo selo Sony, e aqui ela vem muito bem acompanhada de dois velhos amigos e parceiros, o pianista Bertrand Chamayou e o maestro Giovanni Antonini, que aqui dirige a Orquestra de Câmara da Basiléia.

1 5 Stücke im Volkston, Op. 102: I. Mit Humor
2 5 Stücke im Volkston, Op. 102: II. Langsam
3 5 Stücke im Volkston, Op. 102: III. Nicht schnell, mit viel Ton zu spielen
4 5 Stücke im Volkston, Op. 102: IV. Nicht zu rasch
5 5 Stücke im Volkston, Op. 102: V. Stark und markiert
6 Adagio und Allegro, Op. 70: I. Adagio
7 Adagio und Allegro, Op. 70: II. Allegro
8 Fantasiestücke, Op. 73: I. Zart und mit Ausdruck
9 Fantasiestücke, Op. 73: II. Lebhaft leicht
10 Fantasiestücke, Op. 73: III. Rasch und mit Feuer
11 Cello Concerto in A Minor, Op. 129: I. Nicht zu schnell
12 Cello Concerto in A Minor, Op. 129: II. Langsam
13 Cello Concerto in A Minor, Op. 129: III. Sehr lebhaft

Sol Gabetta – Cello
Bertrand Chamayou – Piano
Kammerorchester Basel
Giovanni Antonini

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Restaurado – Robert Schumann (1810-1854) – 01. Symphony No. 3 in E flat major, Op. 97 ‘Rhenish’, Piano Concerto In A Minor, Op.54 – Justus Franz, Leonard Bernstein, Wiener Philharmoniker

A magnífica Terceira Sinfonia de Schumann fecha nossa ‘integral’ das sinfonias do grande compositor do romantismo alemão nas mãos de Leonard Bernstein. Considero este CD absolutamente imperdível, o maestro norte americano está por demais inspirado frente à espetacular Filarmônica de Viena. Explora com paixão e emoção todas as nuances da obra, extraindo dela toda a emoção que está inserida em suas notas.

De quebra, além da Sinfonia “Renana” o CD também traz uma belíssima versão do Concerto para Piano, op. 54 que tem o pianista polonês Justus Franz como solista. Lhes garanto a qualidade. Papa finíssima, vale cada minuto de sua audição.

01. Symphony No. 3 in E flat major, Op. 97 ‘Rhenish’, – 1. Lebhaft
02. Symphony No. 3 in E flat major, Op. 97 ‘Rhenish’, – 2. Scherzo (Sehr mäßig)
03. Symphony No. 3 in E flat major, Op. 97 ‘Rhenish’ – 3. Nicht schnell
04. Symphony No. 3 in E flat major, Op. 97 ‘Rhenish’ – 4. Feierlich
06. Piano Concerto In A Minor, Op.54, 1. Allegro affectuoso
07. Piano Concerto In A Minor, Op.54, 2. Intermezzo
08. Piano Concerto In A Minor, Op.54, 3. Allegro vivace

Justus Franz – Piano
Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein – Conductor

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FDP Bach

[restaurado por Vassily em 27/5/2020]

Restaurado – Robert Schumann (1856-1856) – Symphony nº 2 & Cello Concerto in A Minor – Maisky, Bernstein, WPO

front MaiskyA Segunda Sinfonia de Schumann não tem para mim a mesma qualidade das outras três que Robert compôs, apesar de bons momentos.

A cereja do bolo desse CD é com certeza o maravilhoso Concerto para Cello, aqui interpretado por Mischa Maisky, um dos grandes nomes do seu instrumento do final do século XX e início deste século XXI. Gravou muito ao lado de Martha Argerich e de Gidon Kremer, e algumas destas gravações já apareceram por aqui em outras postagens. Quando lembro desse Concerto para Cello os nomes que me vem imediatamente à cabeça são os de Jacqueline Du Pré e o de Janos Starker, que realizaram gravações históricas dessa linda peça, que simboliza o apogeu do Romantismo. Maisky não se joga tanto de corpo e alma em sua interpretação quanto os dois citados acima, principalmente Du Pré, sua leitura é mais contida, mais apaixonada, eu diria.

Mas então vamos continuar com essa singela homenagem a Lenny.

01-1 Sostenuto assai-Un poco piu vivace-Allegro
02-2 Scherzo Allegro vivace
03-3 Adagio_espresssivo
04-4 Allegro molto vivace
05-1 Nicht zu schnell
06-2 Langsam
07-3 Sehr lebhaft

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FDP Bach

[restaurado por Vassily em 27/5/2020]

Restaurado – Robert Schumann (1810-1856) – Symphonies nº 1 e 4 – Bernstein, Wiener Philharmoniker

REPOSTAGEM COM NOVO LINK

Por um equívoco de minha parte, achava que esta gravação já havia sido postada. Desculpem nossa falha. Então para completar a série, as minhas duas sinfonias favoritas de Robert Schumann, a Primeira e a Quarta.

A velha parceria Bernstein / Wiener Philharmoniker continua impecável nesta gravação, seja nos movimentos mais rápidos, seja nos movimentos mais lentos. Coisa de gente grande.

E como o tempo urge, deixo os senhores com essa dupla. Garanto que não vão se arrepender.

Robert Schumann – Symphony nº 1 in B Flat, op. 38, Symphony nº 4, in D Minor, op. 120

01-1 Andante un poco maestoso-Allegro molto
02-2 Larghetto
03-3 Scherzo Molto vivace
04-4 Allegro animato e grazioso
05-1 Ziemlich langsam-Lebhaft
06-2 Romanze Ziemlich langsam
07-3 Scherzo
08-4 Langsam-Lebhaft-Schneller-Presto

Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein – Conductor

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Lenny02

FDP Bach

[restaurado por Vassily em 27/5/2020]

Restaurado – Robert Schumann (1810-1856) – The Symphonies – Chamber Orchestra of Europe, Yanick Nézet-Seguin

Parece haver uma tendência entre a nova geração de maestros em interpretar estes grandes monumentos sinfônicos em orquestras menores. É o caso desta integral de Schumann com o jovem e talentoso maestro canadense Yanick Nézet-Seguin, e com Robin Ticciati & Scottish Chamber Orchestra, que recém gravou a integral das Sinfonias de Brahms dentro desta mesma proposta, e que trarei na sequência.
Acostumado que estou (ou estamos, falando em nome de todos os que amam estas obras) com  os grandes grupos orquestrais, soa no mínimo estranho estas escolhas. Mas estamos no século XXI, e temos duas opções: ou gostamos, e nos adaptamos, acreditando ser uma ‘moda passageira’, ou odiamos, os ignoramos e voltamos para nossos standards, leia-se Karajan, Bernstein, Sawalisch, Masur, entre tantos outros que gravaram estas mesmas obras em registros memoráveis.
Ainda não tenho uma opinião formada, admito. Meu cérebro precisa ainda se adaptar à sonoridade, precisa assimilar esta novidade.  Deixo ao critério dos senhores analisarem e tirarem suas conclusões. De qualquer maneira, é música de gente grande tocada por gente grande. Aliás, deixo em anexo ao arquivo compactado o libreto, com um belo e elucidativo texto do próprio Yanick Nézet-Seguin, explicando suas escolhas. Portanto, mais um elemento que vai ajudar os senhores a tirarem suas conclusões. Ou não.

CD 1

1. Symphony No.1 In B Flat, Op.38 – Spring – 1. Andante un poco maestoso – Allegro molto vivace
2. Symphony No.1 In B Flat, Op.38 – Spring – 2. Larghetto
3. Symphony No.1 In B Flat, Op.38 – Spring – 3. Scherzo (Molto vivace)
4. Symphony No.1 In B Flat, Op.38 – Spring – 4. Allegro animato e grazioso
5. Symphony No.4 In D Minor, Op.120 – 1. Ziemlich langsam – Lebhaft
6. Symphony No.4 In D Minor, Op.120 – 2. Romanze (Ziemlich langsam)
7. Symphony No.4 In D Minor, Op.120 – 3. Scherzo
8. Symphony No.4 In D Minor, Op.120 – 4. Langsam – Lebhaft – Schneller – Presto

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CD 2

9. Symphony No.2 In C, Op.61 – 1. Sostenuto assai – Un poco piu vivace – Allegro ma non troppo – Con fuoco
10. Symphony No.2 In C, Op.61 – 2. Scherzo (Allegro vivace)
11. Symphony No.2 In C, Op.61 – 3. Adagio espresssivo
12. Symphony No.2 In C, Op.61 – 4. Allegro molto vivace
13. Symphony No.3 In E Flat, Op.97 – Rhenish – 1. Lebhaft
14. Symphony No.3 In E Flat, Op.97 – Rhenish – 2. Scherzo (Sehr maig)
15. Symphony No.3 In E Flat, Op.97 – Rhenish – 3. Nicht schnell
16. Symphony No.3 In E Flat, Op.97 – Rhenish – 4. Feierlich
17. Symphony No.3 In E Flat, Op.97 – Rhenish – 5. Lebhaft

Chamber Orchestra of Europe
Yannick Nézet-Séguin – Conductor

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[revalidado por Vassily em 26/5/2020 e em 28/1/2023]

Ingmar Bergman: Music from the Films (2018): J. S. Bach / Chopin / Mozart / D. Scarlatti / Schubert / Schumann

Ingmar Bergman: Music from the Films (2018): J. S. Bach / Chopin / Mozart / D. Scarlatti / Schubert / Schumann

7318599923772IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu não deixo por menos: Ingmar Bergman foi o maior artista do século XX. E este é um disco para se ouvir imaginando as cenas dos filmes ou meramente como uma seleção de trechos aleatórios, mas de extremo bom gosto. Claro que é um choque sair da lindíssima Sarabanda da Suíte Nº 5 (violoncelo solo), de Bach, para a quase histeria do Op. 12, Nº 2 de Schumann, mas enfim, fazer o quê? As outras “passagens” me pareceram menos contundentes.

Bergman amava a música. Ela sempre foi fundamental em seus filmes. Sempre houve referências a ela na obra deste artista total. Ele filmou A Flauta Mágica de Mozart, Sonata de Outono — sobre uma pianista — e Sarabanda. A música, a literatura, o teatro e o cinema sempre se confundiram na obra deste gênio. E é muito legal que o pianista Roland Pöntinen e turma tenham assumido este projeto no ano dos 100 anos de nascimento de Ingmar Bergman. As interpretações são absolutamente de primeira linha, fantásticas.

Ingmar Bergman: Music from the Films (2018)

1. Bach: Cello Suite No. 5 in C minor, BWV 1011 : IV. Sarabande (Cries and Whispers, Saraband) 03:54
2. Schumann: Fantasiestücke, op. 12 : No. 2. Aufschwung (Music in Darkness, Smiles of a Summer Night) 03:23
3. Chopin: Nocturne No. 7 in C-Sharp Minor, Op. 27 No. 1 : Nocturne No. 7 in C-Sharp Minor, Op. 27, No. 1 (Fanny and Alexander) 05:09
4. Chopin: 24 Preludes, Op. 28 : 24 Preludes, Op. 28: No. 24 in D Minor (Music in Darkness) 02:41
5. Bach: Cello Suite No. 4 in E-Flat Major, BWV 1010 : IV. Sarabande (Autumn Sonata) 05:07
6. Mozart: Fantasia in C minor, K. 475 : (Face to Face) 12:33
7. Chopin: Mazurkas, Op. 17 : Mazurka No. 13 in A Minor, Op. 17, No. 4 (Cries and Whispers) 03:50
8. Schubert: Piano Sonata No. 21 in B-Flat Major, D. 960 : II. Andante sostenuto (In the Presence of a Clown) 09:43
9. Scarlatti: Keyboard Sonata in D Major, K.535/L.262/P.531 : (The Devil’s Eye) 03:18
10. Chopin: 24 Preludes, Op. 28 : No. 2 in A Minor (Autumn Sonata) 02:24
11. Scarlatti: Keyboard Sonata in E Major, K. 380/L.23/F.326 : (The Devil’s Eye) 04:25
12. Bach: Goldberg Variations, BWV 988 : Variatio 25. a 2 Clav. (The Silence) 06:47
13. Bach: Cello Suite No. 2 in D minor, BWV 1008 : IV. Sarabande (Through a Glass Darkly) 05:53
14. Schumann: Piano Quintet in E-Flat Major, Op. 44 : II. In modo d’una Marcia (Fanny and Alexander) 09:15

Personnel:
Roland Pöntinen, piano
Torleif Thedéen, cello
Stenhammar Quartet

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Ele
Ele

PQP

Chimère – Sandrine Piau, soprano & Susan Manoff, piano

Front-Chimère-Sandrine Piau

Chimère

Sandrine Piau, soprano

Susan Manoff, piano

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Sandrine Piau nos convida para uma viagem pelo território íntimo e infinito dos sonhos. Quimera: uma busca ilusória e insatisfeita, o cemitério de nossas ilusões …

Sandrine e sua parceira de longa data, a pianista Susan Manoff, criaram um programa que combina a canção alemã (Hugo Wolf, uma das canções de Mignon de Schumann, uma cena de Fausto de Goethe de Carl Loewe), Mélodies de Debussy e Poulenc (com Banalités), e Art Songs de Barber junto com descobertas de compositores mais raramente ouvidos como Ivor Gurney e as Dickinson Songs de André Previn, o célebre maestro americano menos conhecido por suas composições, que incluem este magnífico ciclo escrito por Renée Fleming.

Com naturalidade, em francês, alemão e inglês, Sandrine Piau está no auge de sua arte. Fantoches, Clair de Lune, Solitary Hotel, Haverá realmente uma manhã ?: Saída para o mundo dos sonhos seguindo este itinerário poético único.

A terra das quimeras é a única neste mundo em que vale a pena viver (Jean-Jacques Rousseau). (Wikipedia)

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Chimère
Loewe, Johann Carl Gottfried (Alemanha, 1796 – 1869)
01. Lieder und Balladen – Ach neige, du Schmerzenreiche
Schumann, Robert (Alemanha, 1810-1856)
02. Lieder und Gesänge aus “Wilhelm Meister”, Op. 98a – Mignon “Kennst du das Land?”
03. Lieder und Gesänge, Op. 127 – Dein Angesicht
04. Myrthen, Op. 25 – Die Lotosblume
Debussy, Achille-Claude (França, 1862 – 1918)
05. Fêtes Galantes I, CD 86 – I. En sourdine
06. Fêtes Galantes I, CD 86 – II. Fantoches
07. Fêtes Galantes I, CD 86 – III. Clair de lune
Wolf, Hugo Philipp Jacob (Áustria, 1860 – 1903)
08. Verschwiegene Liebe
09. Nixe Binsefuss
10. Das verlassene Mägdlein
11. Lied vom Winde
Gurney, Ivor Bertie (Inglaterra, 1890 – 1937)
12. Five Elizabethan Songs – IV. Sleep
Baksa, Robert (Estados Unidos, 1938)
13. Heart! We Will Forget Him
Poulenc, Francis Jean Marcel (França, 1899 – 1963)
14. Banalités, FP 107 – I. Chanson d’Orkenise
15. Banalités, FP 107 – II. Hôtel
16. Banalités, FP 107 – III. Fagnes de Wallonie
17. Banalités, FP 107 – IV. Voyage à Paris
18. Banalités, FP 107 – V. Sanglots
Barber, Samuel Osborne (Estados Unidos, 1910 – 1981)
19. Despite and Still, Op. 41 – IV. Solitary Hotel
Poulenc, Francis Jean Marcel (França, 1899 – 1963)
20. Métamorphoses, FP 121 – C’est ainsi que tu es
Previn, André (Andreas Ludwig Priwin), Alemanha, 1929)
21. Three Dickinson Songs – As Imperceptibly as Grief
22. Three Dickinson Songs – Will There Really Be a Morning?
23. Three Dickinson Songs – Good Morning Midnight
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Chimère – 2018
Sandrine Piau, soprano
Susan Manoff, piano
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XLD RIP | FLAC | 230 MB
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MP3 | 320 kbps | 126 MB
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powered by iTunes 12.7.4 | 58 min
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Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.
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When you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Sandrine Piau: Dedicado ao PQPBach!
– Sandrine Piau: Dedicado ao PQPBach!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Boa audição.

Avicenna

Robert Schumann (1810-1856) – Piano Concerto in A Minor, op. 54, Edvard Grieg (1843-1907) – Piano Concerto in A Minor, op. 16, Camille Saint-Säens (1835-1921) – Piano Concerto nº 2, in G Minor, op. 22 – Shelley, Orchestra of North Opera

cover frontEstes concertos de Schumann e de Grieg parecem ser siameses, não acham? É quase impossível encontrar um longe do outro, a maioria dos pianistas optam em gravá-los juntos. Claro, são dois pilares do romantismo, ambos são escritos em Lá Menor, etc.
O experiente pianista e condutor Howard Shelley (seria um descendente do poeta inglês Percy Shelley?) faz algumas travessuras por aqui, os mais puristas vão ficar de cabelos em pé. Afinal, para que mais do mesmo? Vamos mudar algumas coisas por aqui. Então foi lá e alterou radicalmente os tempos do Concerto de Schumann, parece que está com pressa de chegar em algum lugar, tipo, vamos acabar isso logo, tenho hora no dentista.
Mas estamos em pleno século XXI então vamos curtir novidades, mesmo em um repertório tão batido e gravado. E vamos dar voz a quem entende do assunto, a saber, a revista britânica Grammophone:

What a good idea to add to that favourite among LP couplings Saint-Saëns’s most Bachian concerto, No 2. And the pleasure doesn’t stop there. Howard Shelley is one of those musicians who quietly goes about his pianistic (and now conductorly) business without grabbing the limelight except for the odd award, but who is consistently impressive, unfailingly musical and only goes into the studio when he has something to say about a work. That is certainly the case here. 
It’s a particular delight to hear a reading of the Schumann as fleet and joyous as this one. These are intimate performances, an effect no doubt enhanced by the fact that Shelley directs from the piano. Intimate but also sharply characterised. And when virtuosity is required, Shelley provides it in spades. Take the finale of the Schumann: textures are wonderfully transparent, the dotted rhythms are perky and precise, and there are plenty of striking colours from the orchestra (which throughout the disc proves itself a fine ensemble, with some particularly outstanding wind-players).
Shelley is just as persuasive in the Grieg, coaxing from the orchestra a real sense of narrative, some lovely oboe-playing and allowing the big tunes due space but never over-indulging them. The concerto’s irresistible yearning quality is well caught too, particularly in the central movement, where he is almost a match for Lipatti. Again, tempi are generally fleet, and Shelley pays attention both to the marcato marking of the finale and its folk tinges without overstatement. These are certainly performances to put alongside the classics.

Technically, the Saint-Saëns is an ideal vehicle for Shelley’s fingery kind of pianism and he is exceptional in the Allegro scherzando, the movement that out-Mendelssohns Mendelssohn. Again, the orchestra is utterly focused. The recorded quality here, as elsewhere, is exemplary.

Então, tá. E vamos ao que viemos.

01. Piano Concerto in A Minor, op. 54 – 1 – Allegro affettuoso
02. Piano Concerto in A Minor, op. 54 – 2 – Intermezzo. Andantino grazioso
03. Piano Concerto in A Minor, op. 54 – 3 – Allegro vivace
04. Piano Concerto in A Minor, op. 16 – 1 – Allegro molto moderato
05. Piano Concerto in A Minor, op. 16 – 2 – Adagio
06. Piano Concerto in A Minor, op. 16 – 3 – Allegro moderato molto e marcato
07. Piano Concerto No. 2 in G Minor, op. 22 – 1 – Andante sostenuto
08. Piano Concerto No. 2 in G Minor, op. 22 – 2 – Allegro scherzando
09. Piano Concerto No. 2 in G Minor, op. 22 – 3 – Presto

Orchestra of Opera North
Howard Shelley – Piano & Conductor

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Robert Schumann (1810-1856) – Violin Sonatas – Ilya Gringolt, Peter Laul

CoverEstou débito com os senhores para completar a coleção de Beethoven. Porém, problemas pessoais alheios à nossa vontade estão impedindo de concluir.
Mas vamos trazer hoje uma delícia de CD com três obras primas, compostas por um dos mais perturbados gênios da história da música ocidental. Belíssima música, por sinal, e tremendamente bem tocada aqui neste CD. Sempre disse que para tocar estas peças os músicos tem de se doar, se entregar, cortar os punhos e sangrar. Estas notas pedem isso. É como se fossem um lamento, e no caso do op. 121, quase uma despedida. Assim o descreve o booklet do CD:

“Robert Schumann (1810–1856) was the arch-Romantic composer: his life, his eventual marriage to Clara, his mental collapse and death from syphilis all combine to paint a picture of the ultimate Romantic artist. He loved poetry and literature, he was a dreamer; inventive, original, full of ideas, and full of music that often seems to come from another more vivid and more magical world than our own. “

O violinista russo Ilya Gringolt e seu parceiro Peter Laul estão em perfeita sintonia aqui, um complementa o outro, e conseguem extrair da obra aquela emoção e aquela entrega que comentei acima. Os russos tem esta incrível capacidade de expressarem com intensidade suas emoções. E aqui temos três obras primas do romantismo, assim os dois podem se entregar de corpo e alma à elas.

01. Violin Sonata No.1 in A minor, Op.105 – I. Mit leidenschaftlichem Ausdruck
02. Violin Sonata No.1 in A minor, Op.105 – II. Allegretto
03. Violin Sonata No.1 in A minor, Op.105 – III. Lebhaft
04. Violin Sonata No.2 in D minor, Op.121 – I. Ziemlich langsam
05. Violin Sonata No.2 in D minor, Op.121 – II. Sehr lebhaft
06. Violin Sonata No.2 in D minor, Op.121 – III. Leise einfach
07. Violin Sonata No.2 in D minor, Op.121 – IV. Bewegt
08. Violin Sonata No.3 in A minor, WoO 27 – I. Ziemlich langsam
09. Violin Sonata No.3 in A minor, WoO 27 – II. Intermezzo
10. Violin Sonata No.3 in A minor, WoO 27 – III. Lebhaft

Ilya Gringolt – Violin
Peter Laul – Violin

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Robert Schumann (1810-1856) – Piano Concerto, Arabesque et. all – Yevgeny Kissin, Wiener Philarmoniker, Giulini

CoverO belissimo Concerto para Piano de Schumann está em muito boas mãos neste CD, que traz além do concerto, outras obras para piano, de Schubert e Grieg,
Apesar de ter pouca idade na época desta gravação, Euvgeny Kissin já era um veterano dos palcos e dos estúdios de gravação. E teve a colaboração apenas de Carlo Maria Giulini regendo a Filarmônica de Viena. É mole ou querem mais? Detalhe importante: esse registro foi realizado ao vivo, com direito a palmas no final
Para alegrar sua terça feira de Carnaval, nada como um pouco de romantismo. Principalmente para aqueles que não curtem estes dias de folia.

01. Schumann, Concerto for Piano & Orch in Am Op.54, 1. Allegro affettuoso
02. Schumann, Concerto for Piano & Orch in Am Op.54, 2. Intermezzo, Andantino
03. Schumann, Concerto for Piano & Orch in Am Op.54, 3. Allegro vivace

Yevgeny Kissin – Piano
Wiener Philharmoniker
Carlo Maria Giulini – Conductor

04. Schumann, Arabeske Op.18, for Klavier
05. Schubert, arr. Liszt, Die Forelle (The Trout),
06. Schubert, arr. Liszt, Erlkonig (The Erl-King)
07. Grieg, Aus dem Karnevalm, Carnival Scene, Op.19 No.3
08. Grieg, Ich liebe dich, I love you, Op.41 No.3Kissin
09. Liszt, Soirees de Vienne, Valse caprice No.6

Yevgeny Kissin – Piano

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Robert Schumann (1810-1856): Konzertstück para 4 trompas e orquestra, Op. 86 / Sinfonia Nº 3, Op. 97, Renana / Sinfonia Nº 4, Op. 20 (1851 Version)

Robert Schumann (1810-1856): Konzertstück para 4 trompas e orquestra, Op. 86 / Sinfonia Nº 3, Op. 97, Renana / Sinfonia Nº 4, Op. 20 (1851 Version)

Esta gravação valoriza o trabalho sinfônico de Schumann, que deve ser conferido e apreciado. O fato é que durante muito tempo, as sinfonias de Schumann tiveram muito má repercussão. Dizia-se que eram mal construídas, mal orquestradas e que eram um híbrido entre a sinfonia e o poema sinfônico. Aparecem nesta postagem, o Konzertstück para 4 Horns e Orquestra in F major Op. 86, uma obra demasiado curta, mas bastante boa. Aparece, ainda, a Sinfonia No. 3 em Mi bemol maior, Op. 97 – “Renana”, uma obra pela qual possuo grande admiração. Está repleta de uma sofisticação ensolarada. O título “Renana” supõe, mais que um preciso programa musical, um testemunho de fidelidade ao Romantismo alemão, para qual a figura do Reno tinha um valor simbólico fundamental; e surge ainda a Sinfonia No. 4 em D menor, Op. 120 que já apareceu aqui na última postagem. Fica aqui a certeza de um notável, um excelente registro, digno da magnitude do compositor alemão. Aprecie sem moderação!

Gente, eu não tenho os dois primeiros CDs desta coleção. Se alguém tiver e quiser mandar, basta avisar nos comentários, tá?

Robert Schumann (1810-1856): Konzertstück para 4 trompas e orquestra, Op. 86 / Sinfonia Nº 3, Op. 97, Renana / Sinfonia Nº 4, Op. 20 (1851 Version)

Konzertstück for 4 Horns and Orchestra in F major Op. 86*
01. I. Lebhaft = Vivo
02. II. Romanze – Ziemlich langsam, doch nicht schleppend = Bem lento, mas sem se arrastar
03. III. Sehr lebhaft = Muito vivo

Sinfonia No. 3 in E flat major Op. 97 – “Renana”
04. I. Lebhaft = Vivo
05. II. Scherzo – Sehr maessig = Muito moderado
06. III. Nicht schnell = Moderado, andante
07. IV. Feierlich = Majestoso
08. V. Lebhaft = Vivo

Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1851 Version)
09. I. Ziemlich langsam – Lebhaft = Bastante lento – Vivo
10. II. Romanza – Ziemlich langsam = Bastante lento
11. III. Scherzo – Lebhaft = Vivo
12. IV. Etwas zurueckhaltend = Contido
13. V. Lebhaft = Vivo

Roger Montgomery, Gavin Edwards, Susan Dent, Robert Maskell, trompas
Orchestre Révolutionaire et Romantique
John Eliot Gardiner, regência

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Schumann: doido como só ele
Schumann: doido como só ele

Carlinus / PQP

Frederic Chopin (1810-1849) – Concerto for Piano & Orchestra nº 2 in F Minor, Robert Schumann (1810-1856) – Concerto for Piano and Orchestra in A Minor, op. 54 – Istomin, Ormandy, Walter, Philadelphia Orchestra, Columbia Symphony Orchestra

CD08-1Eu conhecia Eugene Istomin apenas por algumas referências em alguns sites, e claro, por suas gravações com Isaac Stern e Leonard Rose. Nasceu em Nova York em 1925, filho de pais russos, e foi uma criança prodígio.
Neste CD ele toca dois pilares do romantismo, o Concerto nº 2 de Chopin e o belíssimo Concerto em Lá Menor de Schumann, talvez o melhor o momento do Cd. Os regentes escolhidos são dois ícones da regência do século XX, Eugene Ormandy e Bruno Walter.
Eis um belíssimo CD para se começar o ano de 2018. Bela música, romantismo no ar, excelentes músicos, enfim, melhor ainda se estiver ao lado da família e daqueles que amamos.
Feliz 2018 !!!

01. Chopin Piano Concerto No.2 in F minor, Op.21 – I. Maestoso
02. Chopin Piano Concerto No.2 in F minor, Op.21 – II. Larghetto
03. Chopin Piano Concerto No.2 in F minor, Op.21 – III. Allegro vivace

Eugene Istomin – Piano
Philadelphia Orchestra
Eugene Ormandy

04. Schumann Piano Concerto in A minor, Op.54 – I. Allegro affettuoso
05. Schumann Piano Concerto in A minor, Op.54 – II. Intermezzo. Andantino grazioso
06. Schumann Piano Concerto in A minor, Op.54 – III. Allegro vivace

Eugene Istomin
Columbia Symphony Orchestra
Bruno Walter – Conductor

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Robert Schumann (1810-1856): Violin Sonatas Nos. 1 & 2

Robert Schumann (1810-1856): Violin Sonatas Nos. 1 & 2

A Sonata Nº 1 para Violino e Piano, Op. 105, de Schumann, foi composta em 1851. A melhor delas, a segunda, Op. 121, foi escrita dois anos depois e já tem uma dimensão muito mais ambiciosa, tanto que ele a intitulou “Grande Sonata”. Clara acompanhou o violinista Joseph Joachim na primeira execução da obra, em 29 de outubro de 1853, em Düsseldorf, cinco meses antes da crise de loucura que levou o compositor a se atirar no Reno gelado. Essas obras não são universalmente admiradas, mas este CD traz uma performance muito convincente, uma vez só febril e lírica, com o som bem equilibrado e a invenção musical bem explorada. O que poderia ser mais sedutor do que a abertura silenciosa do terceiro movimento da Sonata Nº 2, marcado como “suavemente, simplesmente”, mas soando igualmente fantasmagórico e surpreendente? Schumann, o mais perturbado dos gênios, raramente falha na música de câmara.

Robert Schumann (1810-1856): Violin Sonatas Nos. 1 & 2

01. Violin Sonata No. 1 in A Minor, Op. 105_ I. Mit Leidenschaftlichem Ausdruck
02. Violin Sonata No. 1 in A Minor, Op. 105_ II. Allegretto
03. Violin Sonata No. 1 in A Minor, Op. 105_ III. Lebhaft

04. Violin Sonata No. 2 in D Minor, Op. 121_ I. Ziemlich langsam-Lebhaft
05. Violin Sonata No. 2 in D Minor, Op. 121_ II. Sehr lebhaft
06. Violin Sonata No. 2 in D Minor, Op. 121_ III. Leise, einfach
07. Violin Sonata No. 2 in D Minor, Op. 121_ IV. Bewegt

Nicolás Chumachenco, violino
Daniel Levy, piano

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Bob Schumann em todo seu esplendor e romantismo
Bob Schumann em todo seu esplendor e romantismo

PQP

Franck, Lekeu, Brahms, Schumann – Sonatas para violino e piano

Todo mês a revista francesa Classica faz uma escuta às cegas de uma obra: ouvem várias gravações sem saber quem está tocando e elegem a melhor. É engraçado pois muitas vezes eles espinafram e desmoralizam músicos consagrados. Vejamos o que os franceses disseram sobre gravações da famosa sonata para piano e violino de César Franck…

Kaja Danczowska e Krystian Zimerman (1996), Gidon Kremer e Oleg Maisenberg (1980) adotam a mesma abordagem: flexibilidade nos fraseados e sensualidade na bela linha vocal.
Martha Argerich, “sempre espirituosa e fogosa” ofusca, em duas gravações diferentes, seus parceiros Itzhak Perlman e Dora Schwarzberg. Esta última “copia Brahms” e é “totalmente sufocada” por Martha”. Sobre Perlman com Vladimir Ashkenazy, os franceses dizem: “belas passagens, apesar de um violino muito sentimental”, “violino canta bem, mas muito monocromático”.
“Confundir César Franck com Brahms ou Schumann é, infelizmente, muito comum na interpretação da Sonata em Lá maior.” Este é o caso de Joshua Bell e Jean-Yves Thibaudet (1989) ou Sarah Chang e Lars Vogt (EMI, 2003). Quanto à gravação de Anne-Sophie Mutter, o conselho é: “fujam” pois ela “dominou um pálido e muito tímido Lambert Orkis”.
Sobre a dupla Oïstrakh/Richter: “a intensidade dramática, o calor expressivo, a generosidade, que emergem deste duo são surpreendentes”, “o diálogo entre os dois é constante, eles atravessam um turbilhão de sentimentos” mas o final é mais discutível: “óbvia falta de simplicidade”, “parece um Beethoven piorado”. O bronze fica com eles.
A medalha de prata vai para Arthur Grumiaux e Georgy Sebök, em gravação de 1978. “Os dois artistas, respeitando o texto, criam uma atmosfera serena de mistério, ternura modéstia: uma atmosfera de música de câmara francesa”, “clareza e naturalidade”, “uma bela versão em que falta um pouco mais de veemência”
O topo do pódio fica com Christian Ferras e Pierre Barbizet nesta gravação de 1965 que aparece no CD de hoje. No allegretto “tudo é pensado, refletido e se torna claro”, “violino e piano cantam naturalmente, sem nunca tentar qualquer hegemonia”. O Allegro final é “igualmente perfeito”, com “uma multidão de climas que são perfeitamente executados: tanto o caráter popular do primeiro tema como o lado um pouco religioso do motivo central”, “muita elegância e inteligência nos fraseados”.

Esses dois CDs trazem ainda as três sonatas para violino e piano de Brahms, em gravações que FDP Bach anos atrás disse que estão entre suas favoritas, e os três Romances de Robert Schumann, originalmente compostos para oboé e piano, mas que Clara Schumann, aparentemente, foi a primeira a tocar com um violinista. Temos ainda a sonata em lá menor de Schumann, romântica e obsessiva, da época e que a saúde mental do compositor já se encontrava em estado delicado. No 3º movimento, convivendo com todos esses sentimentos, há também uma forte influência do contraponto de Bach, que o casal Schumann estudou profundamente.

Last but not least, a sonata do belga Guillaume Lekeu, também absolutamente romântica e melancólica. Tendo morrido na França aos 24 anos de febre tifóide, esse compositor deixou poucas obras, dentre as quais a mais conhecida é essa sonata que encarna perfeitamente o romantismo tardio.
Todo esse repertório é muito bem executado pela dupla francesa. Existem outros violinistas com som mais brilhante, mas pouquíssimos conseguiram tirar do violino sonoridades tão melancólicas, atormentadas e ao mesmo tempo elegantes.
CD 1:
César Franck – Sonate pour piano et violon
1. Allegretto moderato – 6:00
2. Allegro – 7:54
3. Recitativo – Fantasia – 6:45
4. Allegretto poco mosso – 5:40
Guillaume Lekeu – Sonate pour piano et violon
5. I Très modéré – 10:52
6. II Très lent – 8:55
7. III Très animé – 8:57
Johannes Brahms – Sonate pour violon et piano n° 2
8. I Allegro amabile – 7:51
9. II Andante tranquillo… – 6:23
10. III Allegretto grazioso – 5:08
CD 2:
Johannes Brahms – Sonate pour violon et piano n° 1
1. Vivace ma non troppo – 9:47
2. Adagio – 7:52
3. Allegro molto moderato – 8:35
Johannes Brahms – Sonate pour violon et piano n° 3
4. I Allegro – 7:44
5. II Adagio – 4:24
6. III Un poco presto e con sentimento – 3:07
7. IV Presto agitato – 5:58
Robert Schumann – Sonate pour violon et piano n° 1, op. 105
8. I Mit Leidenschaftlichem Ausdruck – 7:06
9. II Allegretto – 3:42
10. III Lebhaft – 5:02
Robert Schumann – 3 Romances pour violon et piano, op. 94
11. I Nicht schnell (Moderato) – 2:28
12. II Einfach, innig (Semplice, affettuoso) – 3:19
13. III Nicht schnell (Moderato) – 3:37
Christian Ferras – violino
Pierre Barbizet – piano

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Brahms
Pleyel

The Classical Clarinet (Poulenc, Saint-Saens, Stravinsky, Weber, Mendelssohn, Schumann, etc.)

The Classical Clarinet (Poulenc, Saint-Saens, Stravinsky, Weber, Mendelssohn, Schumann, etc.)

Esse é um CD imperdível. Para começar a brincadeira, Poulenc. Por experiência própria, posso dizer que essa sonata é difícil pra caramba. Exige muita técnica do clarinetista, que é claro é muito bom.  A sonata de Saint-Saens tem um daqueles temas que entram na sua cabeça e não saem mais. Saens opta por não mostrar o lado mecânico do instrumento, mas sim o lado melódico. Tanto é que até para o piano é fácil.

Quase todos os compositores são do século 20, o que deixa a coisa muito legal. Ouvindo o CD vc tem a nítida impressão de que os compositores querem tirar ao máximo do instrumento, seja melodicamente, seja mecanicamente.

Enfim. Ouça e depois diga o que achou do disco. Boa audição,

The Classical Clarinet ( Poulenc, Saint-Saens, Stravinsky, Weber, Mendelssohn, Schumann, etc.)

CD1
Francis Poulenc – Sonata for Clarinet and Piano
01 – Allegro Tristamente
02 – Romanzza
03 – Allegro com Fuoco
Claude Debussy – Première Rapsodie for Clarinet and Piano
04 – Lento, Moderement animé, Scherzando anime
Camille Saint-Säens – Sonata for Clarinet and Piano
05 – Allegreto
06 – Allegro Animato
07 – Lento
08 – Molto Allegro – Allegreto
Henri Büsser – Pastorale
09 – Andante – Allegro
Igor Stravinsky – Three pieces for Clarinet Solo
10 – Molto Tranquillo
11 – Vivace
12 – Vivacíssimo
Bohuslav Martinu – Sonatina for Clarinet and Piano
13 – Moderato
14 – Andante
15 – Poco Allegro
Malcolm Arnold – Sonatine for Clarinet and Piano
16 – Allegro com Brio
17 – Andantino
18 – Furioso

CD2
Carl Maria Von Weber- Grand Duo Concertanto
01 – Allegro con Fuoco
02 – Andante con Moto
03 – Rondo – Allegro
Harald Genzmer – Sonatine, for Clarinet and Piano
04 – Lento – Allegro
05 – Adagio
06 – Vivace
Robert Schumann – Fantasiestück for Clarinet and Piano
07 – Zart und Mit Asdruck
08 – Lebhaft
09 – Rash und mit Feuer
Alban Berg – Vier Stücke
10 – Mässig
11 – Sehr Langsam
12 – Sehr Rasch
13 – Langsam
Felix Mendelssohn-Bartholdy – Sonata for Clarinet and Piano
14 – Adagio – Allegro Moderato
15 – Andante
16 – Allegro Moderato

Henk de Graaf, Clarinet
Daniel Wayenberg, Piano

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Como não colocar uma foto de Henk de Graaf?
Como não colocar uma foto de Henk de Graaf?

Gabriel Clarinet

Schumann, Scriabin, Chopin, Debussy, Albéniz – Nelson Freire ao vivo, 1975

Freire 1980sHoje trago um recital de Nelson Freire em 1975 na Universidade de Maryland, EUA, quando ele era um jovem talento promissor de cabelos castanhos. Nunca foi lançado oficialmente, mas a qualidade do áudio é excelente.
Eu poderia falar sobre os dificílimos Estudos Sinfônicos de Schumann ou sobre a sonata de Scriabin em dois movimentos, Andante e Prestissimo volando, de caráter alegre e místico que representa, segundo o compositor, “o voo do homem até a estrela, símbolo da felicidade”.
Poderia falar sobre as mazurcas de Chopin tocadas por Nelson com um senso de ritmo, um ziriguidum que os pianistas europeus raramente têm (mas que nossos conterrâneos Guiomar e Antônio Barbosa também tinham de sobra). Poderia falar do talento de Nelson para escolher peças de bis, parte essencial de recitais à moda antiga. Mas vou ser dedo-duro e falar do momento em que o grande artista falhou.
Pois é, pode parecer estranho para quem só ouve CDs gravados em estúdio, perfeitinhos como um relógio suíço, mas a verdade é que ao vivo grandes pianistas podem errar. Rubinstein já pulou várias notas (principalmente após os 70 anos), Michelangeli e Pollini já exageraram no rubato para facilitar trechos rápidos, Martha Argerich já se empolgou e tocou forte trechos em que o compositor mandava tocar fraco (piano).
Vamos ao lapso de Nelson: na última nota de um dos trechos mais rápidos da Fantasia de Chopin, aos 9:49, ele dá uma esbarradinha na tecla errada, sem perder a elegância. Que fique registrado que Nelson toca em um andamento muito rápido, enquanto Michelangeli, Maria João Pires, entre outros, engatam a marcha 1 nesse trecho para não correrem riscos. Curiosidade: Guiomar Novaes, que Nelson idolatra, gravou a Fantasia nesse mesmo andamento arriscado, aliás ela também esbarrou no mesmo trecho… Sem falar de outras notas provavelmente puladas, para possibilitar um andamento tão extremo.
Moral da história: os grandes pianistas estudam horas e horas para terem técnica impecável e, mesmo assim, às vezes pecam, falham. Que bom! Parabéns aos músicos que correm riscos e são humanos, muito superiores a um programa de computador!

Nelson Freire, piano
Live, 1975, University of Maryland, USA
1. Schumann – Etudes Symphoniques, Op.13
2. Scriabin – Sonata No.4, F# major, Op.30
3. Chopin – Fantasy, F minor, Op.49
4. Chopin – Nocturne, F# major, Op.15, No.2
Chopin – 2 Mazurkas:
5. C# minor, Op.41, No.1
6. B minor, Op.33, No.4
7. Chopin – Scherzo No.4, E major, Op.54
Encores:
8. Debussy – Poissons d’or
9. Albeniz/Godowsky – Tango

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Scriabin era meio doidinho mas sua música é sensacional
Scriabin era meio doidinho mas sua música é sensacional

Pleyel

Robert Schumann (1810-1856) : Piano Trios, No. 1 & 2 (Florestan)

Robert Schumann (1810-1856) : Piano Trios, No. 1 & 2 (Florestan)

Eu sei. Esse é o tipo de música que acho apenas boa até minha mulher tocá-las com um trio e aí eu vou achar que trata-se de obras primas. Já aconteceu. Esta é uma gravação que foi muito aclamada quando foi lançada no final dos anos 90. E merece. São músicas negligenciadas que receberam um tratamento artístico de luxo por parte do Florestan. A maioria gosta mais do Trio Nº 1, mas eu prefiro DE LONGE o Nº 2 (o que é aquele terceiro movimento? Coisa mais linda!). Estes dois primeiros trios para piano foram escritos em 1847, cinco anos após Schumann completar seu quinteto de piano e o quarteto de piano op. 47, na minha opinião suas maiores obras de câmara. O Florestan leva tudo com toques leves e controle rigoroso do ritmo. É Schumann. Brilha nos movimentos mais rápidos e os lentos não devem ter peso excessivo.

Robert Schumann (1810-1856) : Piano Trios, No. 1 & 2

1. Robert Schumann: Piano Trio No 1 In D Minor, Mit Energie Und Leidenschaft
2. Robert Schumann: Piano Trio No 1 In D Minor, Lebhaft, Doch Nicht Zu Rasch – Trio – (Reprise) – Coda
3. Robert Schumann: Piano Trio No 1 In D Minor, Langsam, Mit Inniger Empfindung
4. Robert Schumann: Piano Trio No 1 In D Minor, Mit Feuer

5. Robert Schumann: Piano Trio No W In F Major, Sehr Lebhaft
6. Robert Schumann: Piano Trio No W In F Major, Mit Innigem Ausdruck
7. Robert Schumann: Piano Trio No W In F Major, In Massiger Bewegnung
8. Robert Schumann: Piano Trio No W In F Major, Nicht Zu Rach

Florestan Trio

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O Florestan Trio é formado por Susan Tomes (piano), Anthony Marwood (violin) e Richard Lester (cello)
O Florestan Trio é formado por Susan Tomes (piano), Anthony Marwood (violin) e Richard Lester (cello)

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concerto nº 5, Robert Schumann (1810-1856) – Fantasie in C, op. 17 – Yundi, Berliner Philharmoniker, Daniel Harding

coverComecei ouvindo este cd pelo fim, ou seja, pela Fantasia de Schumann. Creio que todos temos uma versão favorita desta obra prima do romantismo, e Sviatoslav Richter já nos proporcionou uma versão histórica, até hoje não batida, desta obra.
O Concerto Imperador, de Beethoven, então, nem se fala. Dentre as diversas versões que já ouvi, ainda amo a de Rubinstein mais do que todas.
Yundi é um jovem pianista chinês que já tem seu nome consolidado, e cada gravação sua é aguardada com ansiedade. trouxe anteriormente uma belíssima gravação de obras de Chopin, e agora, então trago Beethoven e Schumann. Duas obras que são pilares do que foi produzido no Romantismo, e Yundi nos proporciona uma leitura madura, de alguém que tem muito talento, e que aos poucos vem lapidando este talento, através de uma técnica impecável e sensibilidade aguçada.
Espero que apreciem.

Piano Concerto no. 5 in E flat major op. 73 – ‘Emperor’ – 1. Allegro
Piano Concerto no. 5 in E flat major op. 73 – ‘Emperor’ – 2. Adagio un poco mosso
Piano Concerto no. 5 in E flat major op. 73 – ‘Emperor’ – 3. Rondo (Allegro)
Fantasie in C, op. 17 – 1. Durchaus fantastisch und leidenschaftlich vorzutragen – Im Legendenton – Erstes TempoFantasie in C, op. 17 – 2. Mäßig. Durchaus energisch – Etwas langsamer – Viel bewegter
Fantasie in C, op. 17 – 3. Langsam getragen. Durchweg leise zu halten – Etwas bewegter

Yundi – Piano
Berliner Philarmoniker
Daniel Harding – Conductor

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Johannes Brahms (1833-1896): Concerto para Violino Op. 77 / Concerto para Piano Nº 1 Op. 15 & Robert Schumann (1810-1856): Quarteto para Piano Op. 47

Johannes Brahms (1833-1896): Concerto para Violino Op. 77 / Concerto para Piano Nº 1 Op. 15 & Robert Schumann (1810-1856): Quarteto para Piano Op. 47

IM-PER-DÍ-VEL !!!

É um enorme privilégio ouvir um disco desses. Ao vivo, um concerto espetacular no Concertgebouw de Amsterdam reunindo meu maestro preferido Bernard Haitink e os extraordinários violinista e pianista Frank Peter Zimmermann e Emanuel Ax tocando o Concerto para Violino e o Nº 1 para Piano e Orquestra de Brahms. De quebra, Ax faz-se acompanhar por membros da orquestra para interpretar o Quarteto Op. 47 de Schumann. O que dizer mais? Que desempenhos! O quase nonagenário Haitink está cada vez melhor. Espero que siga assim até onde der. O cara está em estado de graça! Tudo que toca vira ouro. Os concertos recebem aqui uma das melhores interpretações que já ouvi. Confiram aí porque agora tenho que ouvir tudinovo.

Johannes Brahms (1833-1896): Concerto para Violino Op. 77 / Concerto para Piano Nº 1 Op. 15 & Robert Schumann (1810-1856): Quarteto para Piano Op. 47

CD 01
01. Brahms — Violin Concerto in D Major, Op. 77_ I. Allegro non troppo
02. Brahms — Violin Concerto in D Major, Op. 77_ II. Adagio
03. Brahms — Violin Concerto in D Major, Op. 77_ III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace

CD 02
01. R. Schumann — Piano Quartet in E-Flat Major, Op. 47_ I. Sostenuto assai-Allegro ma non troppo
02. R. Schumann — Piano Quartet in E-Flat Major, Op. 47_ II. Scherzo_ Molto vivace
03. R. Schumann — Piano Quartet in E-Flat Major, Op. 47_ III. Andante cantabile
04. R. Schumann — Piano Quartet in E-Flat Major, Op. 47_ IV. Finale_ Vivace

05. Brahms — Piano Concerto No. 1 in D Minor, Op. 15_ I. Maestoso
06. Brahms — Piano Concerto No. 1 in D Minor, Op. 15_ II. Adagio
07. Brahms — Piano Concerto No. 1 in D Minor, Op. 15_ III. Rondo_ Allegro non troppo

Frank Peter Zimmermann, violino
Emanuel Ax, piano
Emanuel Ax & RCO Chamber Soloists
Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

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Emanuel Ax e Bernard Haitink. Querem mais? Vai ser difícil.
Emanuel Ax e Bernard Haitink. Querem melhor? Vai ser difícil.

PQP

Robert Schumann (1810-1856): Davidsbündlertänze, Humoreske & Blumenstück

Robert Schumann (1810-1856): Davidsbündlertänze, Humoreske & Blumenstück

Schumann Buratto

IM-PER-DÍVEL !!!

Um excelente disco que traz peças não tão conhecidas de Schumann. Conheci as Davidsbündlertänze apenas esta ano na Berliner Philharmoniker Kammermusiksaal. András Schiff tocou a série de 18 peças, Op. 6. Um completo espanto. O número de opus baixo é enganador: o trabalho foi escrito após o Carnaval, Op. 9, e os Estudos Sinfônicos, Op. 13. O trabalho, apesar de desconhecido do grande público, é considerado pelos especialistas como uma das maiores conquistas de Schumann e como uma das mais importantes obras de piano da era romântica. 

As primeiras obras de piano de Robert Schumann foram substancialmente influenciadas por sua relação com Clara Wieck. Em 5 de setembro de 1839, Schumann escreveu para um ex-professor: “Ela era praticamente minha única motivação para escrever o Davidsbündlertänze, o Concerto, a Sonata e as Novellettes“. Tais peças são uma expressão de seu amor apaixonado, ansiedades, anseios, visões, sonhos e fantasias.

Dá-lhe, Clara!

O tema do Davidsbündlertänze é baseado em uma mazurca de Clara Wieck. É um trabalho pessoalíssimo. Em 1838, Schumann disse a Clara que as Danças continham “muitos pensamentos de casamento” e que “a história é um Polterabend inteiro” (festa alemã de casamento, durante a qual a louça velha é destruída para trazer boa sorte).

Já os 5 Humoreske, Op. 20, são peças escritas um pouquinho antes e dedicadas a Julie von Webenau. Schumann citou o estilo de humor de Jean Paul como fonte de inspiração, embora não existam links programáticos diretos para a obra do autor.

Luca Buratto é um baita pianista. Podem ir fundo no CD.

Robert Schumann (1810-1856): Davidsbündlertänze, Humoreske & Blumenstück

Humoreske in B flat major Op 20[25’39]
1 Einfach – Sehr rasch und leicht – Wie im Anfang[4’58]
2 Hastig – Nach und nach immer lebhafter und stärker – Adagio[4’20]
3 Einfach und zart – Intermezzo[4’30]
4 Innig – Sehr lebhaft – Mit einigem Pomp[5’55]
5 Zum Beschluß[5’56]

6 Blumenstück in D flat major Op 19[6’20]

Davidsbündlertänze Op 6[32’47]
7 Lebhaft[1’25]
8 Innig[1’20]
9 Mit Humor[1’21]
10 Ungeduldig[1’15]
11 Einfach[1’51]
12 Sehr rasch[1’41]
13 Nicht schnell[3’58]
14 Frisch[1’00]
15 Lebhaft[1’32]
16 Balladenmässig: Sehr rasch[1’27]
17 Einfach[1’36]
18 Mit Humor[0’41]
19 Wild und lustig[2’58]
20 Zart und singend[2’12]
21 Frisch[2’05]
22 Mit gutem Humor[1’36]
23 Wie aus der Ferne[3’22]
24 Nicht schnell[1’27]

Luca Buratto, piano

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Luca Buratto: desgrenhada e lindamente romântico
Luca Buratto: desgrenhada e lindamente romântico

PQP

[Restaurado] Robert Schumann (1810-1856) – Sonatas para Piano e Violino – Kremer, Argerich

61k+n9PTl7L._SS500Gosto muito deste disco, tenho ele já há bastante tempo, uns 30 anos, pelo menos. A parceria Kremer / Argerich funciona perfeitamente, os dois se entendem muito bem, então a música flui, fácil e bela. Por algum motivo estas sonatas não são muito interpretadas, e é uma pena, pois são lindíssimas.

 

01 – Violinsonate Nr. 1 a-moll op. 105 – 1. Mit leidenschaftlichem Ausdruck
02 – Violinsonate Nr. 1 a-moll op. 105 – 2. Allegretto
03 – Violinsonate Nr. 1 a-moll op. 105 – 3. Lebhaft
04 – Violinsonate Nr. 2 d-moll op. 121 – 1. Ziemlich langsam – Lebhaft
05 – Violinsonate Nr. 2 d-moll op. 121 – 2. Sehr lebhaft
06 – Violinsonate Nr. 2 d-moll op. 121 – 3. Leise, einfach
07 – Violinsonate Nr. 2 d-moll op. 121 – 4. Bewegt

Gidon Kremer – Violin
Martha Argerich – Piano

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[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]

Schumann & Brahms: Quintetos para Piano

Schumann & Brahms: Quintetos para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Caro PQP.

Gostaria de compartilhar um pouco da minha relação com o PQP Bach.

Conheci o blog em 2009 e desde lá tenho sido um frequentador constante.

O trabalho de vocês é maravilhoso.

Conheci o blog através de um amigo. Inclusive tem uma historia curiosa com esse cara (o nome dele é José). O Zé é um cara legal, piadista. Aliás ele nunca perde a piada. Um dia comentei com ele que Bach era um pródigo consumidor de cerveja (que até fazia a sua em casa), o Zé então responde “Será que ele gostava de Brahms?”.

Eu gosto de Bach, cerveja e Brahms. Não necessariamente nessa ordem. Enfim, achei a piadinha engraçada, mas Bach provavelmente gostaria de Brahms se tivesse a oportunidade de ouvi-lo, acho que o Pai entenderia o romanticismo de Brahms completamente.

Bom, tudo isso pra agradecer verdadeiramente pelo Quinteto postado recentemente.

Tenho me identificado muitíssimo com o Op. 34 nos últimos meses. Tenho a impressão de que esse quinteto é como uma sala ampla e rica, cada dia tenho a oportunidade de apreciar um aspecto dela, e nessa sala as cordas e o piano preenchem os espaços de maneira bela, visceral muitas vezes, emotiva, triste, eufórica, alegre, de forma rica acima de tudo.

Incrível como essa obra se mantém moderna depois de mais de século.

Tenho a gravação do Kodály, que é minha preferida. Comprei esse CD em uma barraquinha de discos que havia no Instituto de Artes da Unicamp, isso há mais de 10 anos atrás. E só agora posso dizer que realmente desfrutei (ou apreciei por completo) a dimensão dessa obra.

Ficaria muito feliz de poder compartilha-lá contigo. Se tiver interesse me avise que posso mandar o arquivo de alguma forma. Ou talvez você até já tenha a gravação (não recordo de tê-la visto pelo blog.

Abraços desde Cambridge na Inglaterra.

PS: Existe uma grande comunidade gaúcha em Cambridge. Tenho vários amigos brasileiros provenientes do Sul. Cambridge nunca viu tanto churrasco desde que aqui chegamos, o assado não para nem durante o inverno (fato que os europeus acham extremamente peculiar, já que eles não estão acostumados ao “BBQ” que não seja no verão).

Como veem, este é um maravilhoso presente que nos foi enviado por um pequepiano. Agradecemos muitíssimo e esperamos que muita gente faça o mesmo!

Não é apenas em razão de Ingmar Bergman e de seu Fanny e Alexander, mas amo profundamente o Quinteto Op. 44 de Schumann, para mim uma das obras mais belas já escritas e com um centro dramático absolutamente perfeito, seu segundo movimento. Peço desculpas a meu amigo, mas sempre achei que o Op. 34 de Brahms é uma obra que está na segunda linha da música de câmara do imenso Brahms, ao lado de alguns quartetos de cordas. Devo estar errado. Ou talvez meu pai o ouvisse demais em casa durante minha infância e acabei enchendo. Mas gosto do início do movimento final (Poco sostenuto e Allegro non troppo) e de outras coisas “bem Brahms” jogadas no Quinteto. O Quarteto Kodály, que existe em várias formações desde 1966, sempre mantendo-se no Olimpo, é uma das preferências absolutas deste comentarista que consegue reconhecer seu som em poucos compassos.

Schumann & Brahms: Quintetos para Piano

Schumann: Piano Quintet in E flat major, Op. 44
1 I. Allegro brillante 9:06
2 II. In modo d’una marcia. Un poco largamente 8:06
3 III. Scherzo: Molto vivace – Trio I – Trio II – L’istesso tempo 4:44
4 IV. Allegro, ma non troppo 7:05

Brahms: Piano Quintet in F minor, Op. 34
5 I. Allegro non troppo 11:03
6 II. Andante, un poco adagio 8:19
7 III. Scherzo: Allegro – Trio 7:17
8 IV. Finale: Poco sostenuto – Allegro non Troppo – Presto, non troppo 10:34

Jeno Jando, piano
Kodaly Quartet

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O Kodály hoje.
O Kodály hoje.

PQP

Robert Schumann (1810-1856): Carnaval, Papillons, Cenas Infantis e Arabesque

Robert Schumann (1810-1856): Carnaval, Papillons, Cenas Infantis e Arabesque

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente CD do mestre Nelson Freire interpretando um repertório no qual é super-craque. Eu não sou um apaixonado por Schumann, mas Freire me fala muito de perto sobre como sou errado… Com sonoridades belíssimas, perfeito senso de estilo, o mineiro nos traz o melhor Carnaval que já ouvi. O único crime deste CD é ter fim, porque a gente não cansa de ouvir. Sempre se nota algo mais, uma sutileza adicional que Freire preparou para nós. Então, pare de me ler e baixe logo.

Robert Schumann (1810-1856): Carnaval, Papillons, Cenas Infantis e Arabesque

1 Schumann: Carnaval, Op.9 – 1. Préambule 2:13
2 Schumann: Carnaval, Op.9 – 2. Pierrot 1:05
3 Schumann: Carnaval, Op.9 – 3. Arlequin 0:35
4 Schumann: Carnaval, Op.9 – 4. Valse noble 1:10
5 Schumann: Carnaval, Op.9 – 5. Eusebius 1:28
6 Schumann: Carnaval, Op.9 – 6. Florestan 0:46
7 Schumann: Carnaval, Op.9 – 7. Coquette 0:48
8 Schumann: Carnaval, Op.9 – 8. Réplique – Sphinxes 0:25
9 Schumann: Carnaval, Op.9 – 9. Papillons 0:44
10 Schumann: Carnaval, Op.9 – 10. A.S.C.H.-S.C.H.A. (Lettres dansantes) 0:41
11 Schumann: Carnaval, Op.9 – 11. Chiarina 0:51
12 Schumann: Carnaval, Op.9 – 12. Chopin 1:14
13 Schumann: Carnaval, Op.9 – 13. Estrella 0:29
14 Schumann: Carnaval, Op.9 – 14. Reconnaissance 1:16
15 Schumann: Carnaval, Op.9 – 15. Pantalon et Colombine 0:53
16 Schumann: Carnaval, Op.9 – 16. Valse allemande – Intermezzo: Paganini 2:02
17 Schumann: Carnaval, Op.9 – 17. Aveu 0:57
18 Schumann: Carnaval, Op.9 – 18. Promenade 1:53
19 Schumann: Carnaval, Op.9 – 19. Pause 0:17
20 Schumann: Carnaval, Op.9 – 20. Marche des “Davidsbündler” contre les Philistins 3:18

21 Schumann: Papillons, Op.2 – Moderato, quasi Introduzione 0:10
22 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 1 0:35
23 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 2 Prestissimo 0:14
24 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 3 0:45
25 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 4 Presto 0:46
26 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 5 Più andante 1:02
27 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 6 0:57
28 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 7 Semplice 0:42
29 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 8 1:04
30 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 9 Prestissimo 0:43
31 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 10 Vivo 1:48
32 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 11 2:24
33 Schumann: Papillons, Op.2 – No. 12 Finale 1:46

34 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 1. Von fremden Ländern und Menschen 1:27
35 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 2. Kuriöse Geschichte 1:02
36 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 3. Hasche-Mann 0:28
37 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 4. Bittendes Kind 0:51
38 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 5. Glückes genug 1:02
39 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 6. Wichtige Begebenheit 0:48
40 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 7. Träumerei 2:30
41 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 8. Am Kamin 0:52
42 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 9. Ritter vom Steckenpferd 0:35
43 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 10. Fast zu ernst 1:45
44 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 11. Fürchtenmachen 1:27
45 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 12. Kind im Einschlummern 1:46
46 Schumann: Kinderszenen, Op.15 – 13. Der Dichter spricht 2:11

47 Schumann: Arabesque Opus 18 6:28

Nelson Freire, piano

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Afirmo-lhes: este cara é foda.
Afirmo-lhes: este cara é foda.

PQP

Robert Schumann (1810-1856): Cello & Piano Concertos

Robert Schumann (1810-1856): Cello & Piano Concertos

41Pa8UDAylLEsta gravação que ora vos trago é uma delícia. Três especialistas em interpretações de época, se utilizando de instrumentos de época, acompanhados por uma orquestra que também é especialista neste tipo de interpretação. Staier usa um pianoforte fabricado de acordo com um modelo de 1850, ou seja, contemporâneo de Robert, mas não consegui maiores informações sobre o instrumento que Coin utiliza. Eis o release que encontramos no site da Harmonia Mundi sobre este CD:

“Intimate Concertos
This two concertos by Schumann constitute the true quintessence of German Romanticism: this is music charaterised from start to finish by a sense going beyond formal limits and by a spirit of fantasy, with the solo instrumental both the partner and the confidant of the orchestra. With the cumplicity of two exceptional soloists, Christopher Coin and Andreas Staier, Phillipe Herreweghe here give us the oportunity to rediscover two masterpieces played on period instruments.
Andreas Staier plays a piano by J.B. Streicher, 1850”

Para quem estava acostumado com as gravações tradicionais (postei pelo menos umas duas versões de cada um destes concertos aqui no PQP) é muito interessante ouvir as diferentes sonoridades do piano de Staier frente a um Stenway, e do próprio violoncelo de Coin, a própria forma de tocar dos solistas e da postura da própria orquestra. Uma experiência fascinante, sem dúvida. Espero que apreciem.

Texto de FDP Bach em 2010.

Robert Schumann (1810-1856): Cello & Piano Concertos

Concerto pour violoncelle et orchestre, Op. 129 en la mineur:
1 I. Allegro. Nicht zu schnell 12:08
2 II. Adagio. Langsam 4:59
3 III. Finale. Vivace. Sehr lebhaft 8:17

Christophe Coin
Orchestre des Champs-Elysées and
Philippe Herreweghe

Concerto pour piano et orchestre, Op. 54 en la mineur:
4 I. Allegro affetuoso 15:02
5 II. Intermezzo 4:36
6 III. Finale. Allegro Vivace 11:16

Andreas Staier
Orchestre des Champs-Elysées
Philippe Herreweghe

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Herreweghe e Coin: péra aí que eu vou te mostrar. Não, eu te mostro.
Herreweghe e Coin: péra aí que eu vou te mostrar. Não, eu te mostro.

FDP Bach

Schumann (1810-1856): Carnaval, Op. 9 (Versão Orquestral) e outras peças para balé de outros compositores

Schumann (1810-1856): Carnaval, Op. 9 (Versão Orquestral) e outras peças para balé de outros compositores
Bob Schumann posou especialmente para o PQP Bach
Bob Schumann posou especialmente para o PQP Bach

Acho que é notório que eu, Marcelo Stravinsky, adoro arranjos orquestrais de peças pianísticas e vice-versa. Gosto muito, também, de suítes para balé, e aproveitando a deixa do Carlinus, em reviver Schumann , quero compartilhar uma peça que buscava há um certo tempo. Carnaval, Op. 9, é uma série de 22 pequenas peças para piano, baseada nas personagens da Commedia dell’arte.  Escrita no período de 1834 a 1835, foi dedicada ao violinista Karol Lipiński. É subtitulada Scènes mignonnes sur quatre notes (Pequenas cenas em quatro notas).

***

Carnaval, Op. 9

Em cada seção de Carnaval, aparecem uma ou ambas das duas Séries de notas musicais. São elas:
* Lá, Mi bemol, Dó, Si (A-E♭-C-B); em alemão são escritas como A-Es-C-H
* Lá bemol, Dó, Si; em alemão (A♭-C-B): As-C-H.

Essas duas Séries na verdade soletram o que, em alemão, é o nome da cidade onde a namorada de Schumman, Ernestine von Fricken, nasceu (Asch, que agora é Aš, pertencente à República Checa). São também as letras musicais de seu próprio nome: Schumann’.

Em Carnaval, Schumann vai musicalmente além de Papillons, para quem ele mesmo concebeu a história de que era uma ilustração musical. Carnaval permanece famosa por suas passagens resplandecentes de cordas e por seu deslocamento rítmico.

Dentre os vários que orquestraram Carnaval, temos Ravel, que fez arranjos de apenas algumas partes. A versão aqui apresentada, tem orquestrações de Alexander Glazunov, Nikolai Rimsky-Korsakov, Anatoly Lyadov e Alexander Tcherepnin, por encomenda dos Balés Russos, na pessoa de Sergei Diaghilev.

Fonte: Wikipédia

Uma ótima audição!

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Ernest Ansermet – Original Masters Vol. 3

Delibes, from Copélia
01. Tableau 1 – Prélude – Mazurka 05:37

Delibes, from Sylvia
02. Suite – 1. Prélude – Les Chasseresses 05:10

Franck, Le Chasseur Maudit
03. Symphonic Poem 14:39

Chabrier, Joyeuse Marche
04. 03:58

Chabrier, from Le Roi Malgré Lui
05.  Danse slave 05:04

Faure, from Pénélope
06. Prélude 07:55

Schumann, Carnaval, Op. 9 (orchestral version)
07. Préambule 02:33
08. Pierrot 01:17
09. Arlequin 01:09
10. Valse noble 01:37
11. Eusebius 01:27
12. Florestan 00:59
13. Coquette 01:36
14. Papillons 00:59
15. A.S.C.H. – S.C.H.A. 00:52
16. Chiarina 00:56
17. Chopin 01:47
18. Estrella 00:33
19. Reconnaissance 01:33
20. Pantalon et Colombine 01:05
21. Valse Allemande 00:56
22. Paganini 01:26
23. Aveu 01:00
24. Promenade 01:33
25. Pause 00:26
26. Marche des “Davidsbünler” contre les Philistins 02:53

Suisse Romande Orchestra, Ernest Ansermet

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Ernest Ansermet em pose clichê.
Ernest Ansermet em pose clichê.

Marcelo Stravinsky