Viva a Rainha! – As Idades de Marthinha: a Quinta Década (1981-1990) [Martha Argerich, 80 anos]

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Martha chegou aos quarenta com a reputação consolidada: uma das maiores pianistas do seu tempo, um fenômeno que abarrotava todas as salas de concerto, e tão célebre pelos recitais que dava quanto por aqueles que cancelava. Sua aversão tanto à cultura do espetáculo quanto ao estrelato levou-a, ao longo da década, a evitar a imprensa e os holofotes. Pouco a pouco, também, trocou as aparições solo por colaborações com amigos que, como veríamos nas décadas seguintes, seriam mantidas por toda a vida. Isso, naturalmente, refletiu-se em seu legado discográfico nos anos 80: muitos duos, alguns concertos, apenas um (e derradeiro) álbum solo – e, o mais incrível, nenhum Chopin.


Um dos mais fieis escudeiros de Martha, o leto-israelense Mischa Maisky (1948) é tão próximo da Rainha que ela escolheu ser sua vizinha quando mudou-se para Bruxelas. Maisky é, claro, um ótimo violoncelista, mas tende sempre a romantizar bastante as coisas, embora sua vizinha, felizmente, quase sempre lhe sirva de antídoto aos excessos de sacarose. O arranjo para violoncelo da sonata de Franck – um dos xodós de Martha, que a gravou tantas vezes, sempre com parceiros diferentes – é muito atraente, e as obras de Debussy que fecham o disco me fazem lamentar, como já fizera quando comentei a gravação com Gitlis, que a Rainha não tenha gravado mais coisas do pai da Chouchou.

César-Auguste-Jean-Guillaume-Hubert FRANCK (1822-1890)
Arranjo de Jules Delsart (1844-1900)
Sonata em Lá maior para violoncelo e piano
1 – Allegretto ben moderato
2 – Allegro
3 – Ben moderato: Recitativo-Fantasia
4 – Allegretto poco mosso

Claude-Achille DEBUSSY (1862-1918)
Sonata em Ré menor para violoncelo e piano
5 – Prologue: Lent – Sostenuto e molto risoluto
6 – Sérénade et Final (Modérément animé – Animé)

La Plus que Lente, valsa para piano
Arranjo para violoncelo e piano de Mischa Maisky (1948)
7 – Molto rubato con morbidezza

Dos Prelúdios para piano, Livro I:
8 – No. 12: Minstrels: Modéré (arranjo de Mischa Maisky para violoncelo e piano)

Mischa Maisky, violoncelo

Gravado em Genebra, Suíça, em dezembro de 1981

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Martha e Nelson Freire (1944-2021) eram amigos desde os tempos de estudantes em Viena. Sobretudo, e com o devido perdão pelo lugar-comum, eram almas gêmeas e o demonstravam sobejamente quando tocavam em duo. Eu jurava que este disco, que inaugurou a parceria deles em estúdios de gravação, já fazia parte do acervo do PQP Bach. Enganei-me: ele só foi, em verdade, citado pelo patrão numa outra postagem com os dois, em que ele contou de seu breve encontro com a deusa para um autógrafo em Porto Alegre, e da espirituosa mensagem que ela deixou em seu LP.

Sergey Vasilyevich RACHMANINOFF (1873-1943)
Suíte para dois pianos no. 2 em Dó maior, Op. 17
1 – Introduction
2 – Valse
3 – Romance
4 – Tarantella

Joseph Maurice RAVEL (1875-1937)
La valse, Poème Chorégraphique pour Orchestre
Transcrição para dois pianos do próprio compositor
5 – Mouvement de valse viénnoise

Witold Roman LUTOSŁAWSKI (1913-1994)
Variações sobre um tema de Paganini, para dois pianos
6 –  Tema – Variações I-XII – Coda

Nelson Freire, piano

Gravado em La Chaux-de-Fonds, Suíça, em agosto de 1982

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Grande amigo de Martha, o cipriota Nicolas Economou (1953-1993) certamente estaria a dividir os palcos com ela até hoje, não tivesse sucumbido jovem ao alcoolismo e, por fim, a uma desgraça automobilística. O destaque dessa gravação, a única que fizeram, é a hábil transcrição de Economou para a suíte de “O Quebra-Nozes” de Tchaikovsky, dedicada a Stéphanie e Semele, as caçulas da dupla.

Sergey RACHMANINOFF
Danças Sinfônicas, Op. 45, para dois pianos
1 – Non allegro
2 – Andante con moto
3 – Lento assai – Allegro vivace – Lento assai. Come prima – Allegro vivace

Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)
Suíte do balé “O Quebra-Nozes”, Op. 71a
Transcrição para dois pianos de Nicolas Economou (1953-1993)
4 – Ouverture-miniature: Allegro giusto
5 – Danses Caractéristiques – Marche: Tempo di Marcia viva
6 – Danses Caractéristiques – Danse de la Fée Dragée: Andante non troppo
7 – Danses Caractéristiques – Danse Russe – Trépak: Tempo di Trepak, molto vivace
8 – Danses Caractéristiques – Danse Arabe: Allegretto
9 – Danses Caractéristiques – Danse Chinoise: Allegro moderato
10 – Danses Caractéristiques – Danse des Mirlitons: Moderato assai
11 – Valse Des Fleurs: Tempo de Valse

Nicolas Economou, piano

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, em março de 1983

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Martha sequer completara quarenta e dois anos quando nos legou seu último registro solo em estúdio. Enfastiada do processo de gravação, e num resmungo crescente quanto a solidão nos recitais e sessões (e eu acho que sua expressão amuada na capa diz-lhes mais do que eu seria capaz de lhes contar), deixou-nos um Schumann emblemático antes de se calar para sempre como recitalista em discos. Horowitz, com quem ela quisera ter aulas, ficaria faceiro com a jamais-aluna se ouvisse a endiabrada “Kreisleriana” e as “Cenas Infantis” tocadas assim, com a verve e o colorido que lhe eram tão característicos.

Robert Alexander SCHUMANN (1810-1856)
Kinderszenen, para piano, Op. 15
1 – Von fremden Ländern und Menschen
2 – Kuriose Geschichte
3 – Hasche-Mann
4 – Bittendes Kind
5 – Glückes genug
6 – Wichtige Begebenheit
7 – Träumerei
8 – Am Kamin
9 – Ritter vom Steckenpferd
10 – Fast zu ernst
11 – Fürchtenmachen
12 – Kind im Einschlummern
13 – Der Dichter spricht

Kreisleriana, Fantasias para piano, Op. 16
14 – Äußerst bewegt
15 – Sehr innig und nicht zu rasch
16 – Sehr aufgeregt
17 – Sehr langsam
18 – Sehr lebhaft
19 – Sehr langsam
20 – Sehr rasch
21 – Schnell und spielend

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, em abril de 1983

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Beethoven é, confessadamente, o compositor favorito de Martha, mas, em vivo contraste com seu amado Schumann, não o gravou muito quanto diz gostar dele. Se ela não tivesse abandonado as gravações solo, talvez encarasse a empreitada de registrar algumas sonatas do renano, como sói acontecer com os pianistas em maturidade artística. Por outro lado, os dois primeiros concertos para piano de Ludwig, seus cavalos de batalha como compositor-pianista recém-chegado a Viena, são figurinhas fáceis nos concertos da Rainha e em suas gravações ao vivo. Essa aqui, com a orquestra do Concertgebouw sob o patriarca dos Järvi, é uma das melhores, à qual se segue uma bonita “Patética” de Tchaikovsky, conduzida por aquele discreto gigante que atendia por Antal Doráti.

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Concerto para piano e orquestra no. 2 em Si bemol maior, Op. 19
1 – Allegro con brio
2 – Adagio
3 – Rondò. Molto allegro

Koninklijk Concertgebouworkest
Neeme Järvi, regência

Gravado em Amsterdã, Países Baixos, em novembro de 1983

Pyotr TCHAIKOVSKY
Sinfonia no. 6 em Si menor, Op. 74, “Patética”

4 – Adagio – Allegro non troppo
5 – Allegro con grazia
6 – Allegro molto vivace
7 – Finale — Adagio lamentoso

Koninklijk Concertgebouworkest
Antal Doráti, regência

Gravado em Amsterdã, Países Baixos, em novembro de 1983

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Não é todo mundo que tem dois parças letões. Mas Martha não é todo mundo e tem, além de Mischa Maisky, um outro nativo de Riga como parceiro musical de toda vida. Gidon Kremer (1947) ganhou rápida notoriedade depois de deixar a União Soviética e, com imenso repertório e interpretações muito originais, transformou-se num queridinho de plateias e gravadoras. Gosto dele, apesar de não ser seu fã incondicional, mas, assim como acontece com Maisky, acho que Martha consegue lhe domar os arroubos mercuriais, de modo que as parcerias com ela estão entre suas melhores gravações. Este é o primeiro dos quatro discos com a integral das sonatas de Beethoven, e essas gravações das sonatas da juventude do renano deixam muito óbvio que os dois estão tão entrosados e à vontade quanto os vemos na capa do disco.

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Três sonatas para violino e piano, Op. 12

Sonata no. 1 em Ré maior
1 – Allegro con brio
2 – Tema con variazioni: Andante con moto
3 – Rondo: Allegro

Sonata no. 2 em Lá maior
4 – Allegro vivace
5 – Andante, più tosto allegretto
6 – Allegro piacevole

Sonata no. 3 em Mi bemol maior
7 – Allegro con spirito
8 – Adagio con molta espressione
9 – Rondo: Allegro molto

Gidon Kremer, violino

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, em novembro de 1984

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Martha voltou a unir-se a Maisky para este registro das sonatas para gamba e cravo de Sebastião Ribeiro, e o resultado é surpreendente. Não pela qualidade dos intérpretes, que é notória – embora Martha aqui dome uma vez mais os esguichos de sacarose do vizinho -, e sim pelo quão convincentes estas sonatas soam sob mãos tão pouco barrocas. A transparência e clareza do Bach da Rainha permeiam toda a gravação, e acho Maisky perfeito, quase gambístico, nos movimentos rápidos da sonata em Sol menor.

Johann Sebastian BACH (1685-1750)
Três sonatas para viola da gamba e cravo obbligato, BWV 1027-29

Sonata no. 1 em Sol maior, BWV 1027
1 – Adagio
2 – Allegro ma non tanto
3 – Andante
4 – Allegro moderato

Sonata no. 2 em Ré maior, BWV 1028
5 -Adagio
6 – Allegro
7 – Andante
8 – Allegro

Sonata no. 3 em Sol menor, BWV 1029
9 – Vivace
10 – Adagio
11 – Allegro

Mischa Maisky, violoncelo

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, em março de 1985

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Este disco pode ser descrito como uma “baguncinha entre amigos”: Martha trouxe Nelson e Mischa, e Kremer trouxe Isabelle van Keulen e Elena Bashkirova, sua ex-esposa e então recém-mãe dos dois filhos de Daniel Barenboim, que, por sua vez, ainda era casado com Jacqueline du Pré. Antes que isso vire a “Quadrilha” de Drummond, afirmo-lhes que o resultado é bem divertido: Martha e Nelson se esbaldam na idiomática escrita pianística de Saint-Saëns, Maisky aproveita a chance de confeitar o belíssimo Le Cygne, e Kremer e Bashkirova, alternando-se entre seus instrumentos e narração, trazem interesse às pouco gravadas peças que completam o disco (e se a história do touro Ferdinand lhes parecer familiar, certamente será porque vocês já a viram aqui)

Charles-Camille SAINT-SAËNS (1835-1921)
O Carnaval dos Animais, Grande Fantasia Zoológica
1 – Introdução e Marcha Real do Leão
2 – Galinhas e Galos
3 – Hémiones (asnos selvagens da Mongólia) – Animais velozes
4 – Tartarugas
5 – O Elefante
6 – Cangurus
7 – Aquário
8 – Personagens de orelhas compridas
9 – O cuco nas profundezas dos bosques
10 – Aviário
11 – Pianistas
12 – Fósseis
13 – O Cisne
14 – Final

Martha Argerich e Nelson Freire, pianos
Gidon Kremer e Isabelle van Keulen, violinos
Tabea Zimmermann, viola
Mischa Maisky, violoncelo
Georg Hörtnagel, contrabaixo
Irena Grafenauer, flauta
Eduard Brunner, clarinete
Edith Salmen-Weber, glockenspiel
Markus Steckeler, xilofone

Alan RIDOUT (1934-1996), texto de Munro Leaf
15 – Ferdinand the Bull, para narrador e violino solo

Elena Bashkirova, narração
Gidon Kremer, violino

Frieder MESCHWITZ (1936)
Tier-Gebete (“Preces dos Animais”), para narrador e piano
Texto: “Prières Dans L’Arche”, de Carmen Bernos de Gasztold, traduzido para o alemão por A. Kassing e A. Stöcklei
16 – A Prece do Boi
17 – A Prece do Rato
18 – A Prece do Gato
19 – A Prece do Cão
20 – A Prece da Formiga
21 – A Prece do Elefante
22 – A Prece da Tartaruga
23 – A Prece da Girafa
24 – A Prece do Macaco
25 – A Prece do Galo
26 – A Prece do Velho Cavalo
27 – A Prece da Borboleta

Gidon Kremer, narração
Elena Bashkirova, piano

Alan RIDOUT, texto de David Delve
28 – Little Sad Sound

Gidon Kremer, narração
Alois Posch, contrabaixo

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, em abril de 1985

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O segundo ato em disco da longa parceria entre Martha e nosso saudoso Nelson foi esta gravação da versão de concerto da sonata para dois pianos e percussão de Béla Viktor János, que a tocou pela primeira e única vez em público, com a esposa Ditta e sob a regência do compatriota Fritz Reiner, em sua última aparição como concertista, em 1943. Se Nelson e Martha nunca juntaram as escovas de dentes, a impressão que se tem ao escutar esse registro com a Concertgebouw sob o ótimo David Zinman é bem diferente: Ditta e Béla ficariam com inveja da liga que los sudamericanos dão ao originalíssimo tecido sonoro criado pelo magiar genial.

Béla Viktor János BARTÓK (1881-1945)
Concerto para dois pianos, percussão e orquestra
1 – Assai lento – Allegro molto
2 – Lento, ma non troppo
3 – Allegro ma non troppo

Nelson Freire, piano II
Jan Labordus e Jan Pustjens, percussão

Zoltán KODÁLY (1882-1967)
4 –  Danças de Galanta (Galántai táncok), para orquestra

Koninklijk Concertgebouworkest
David Zinman, regência

Gravado em Amsterdã, Países Baixos, em agosto de 1985

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Martha devora aqui, como é costumeiro, aquele seu outro cavalo de batalha – o Concerto em Sol de Ravel – num disco dedicado a Maurice e ao israelense Gary Bertini (1927-2005), um ótimo regente que nos legou um excelente ciclo de sinfonias de Mahler – do qual vocês poderão ter boa ideia pelo capricho com que ele burila a sensacional segunda suíte de Daphnis et Chloé.

Maurice RAVEL
Suíte no. 2 do balé Daphnis et Chloé
1 – Lever du jour
2 – Pantomime
3 – Danse générale

Concerto para piano e orquestra em Sol maior
4 – Allegramente
5 – Adagio assai
6 – Presto

7 – La Valse, poema coreográfico para orquestra

Kölner Rundfunk-Sinfonie-Orchester
Gary Bertini, regência

Gravado ao vivo em Colônia, Alemanha Ocidental, em dezembro de 1985

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Marthita e Danielito foram as duas mais famosas Wunderkinder portenhas nos anos 40. A emigração dos Barenboim para Israel e os diferentes rumos que os prodígios tomaram em suas carreiras fizeram com que se revissem e gravassem só já consagrados e maduros. Essa gravação de Noches em los Jardines de España é minha favorita, pelo que Martha traz de colorido e, surpreendentemente, de sobriedade à parte pianística, integrando seu piano à massa orquestral como se dela fosse só uma parte, e não a briosa solista de costume. Completa o disco um registro da mais efetiva das orquestrações da suíte Iberia de Albéniz, que, apesar de muitas belezas, não é muito minha praia, fã que sou do pianismo magistral da obra original.

Manuel de FALLA y Matheu (1876-1946)
Noches en los Jardines de España, para piano e orquestra
1 – En el Generalife: Allegretto tranquillo e misterioso
2 – Dansa Lejana: Allegretto giusto – En los Jardines de la Sierra de Córdoba: Vivo

Isaac Manuel Francisco ALBÉNIZ y Pascual (1860-1909)
De Iberia, suíte para piano (orquestração de Enrique Fernández Arbós)
3 – Evocación
4 – El Puerto
5 – El Albaicin
6 – Fête-Dieu à Séville
7 – Triana

Orchestre de Paris
Daniel Barenboim, regência

Gravado em Paris, França, em fevereiro de 1986

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Em mais um álbum que reflete sua risonha capa, Martha e Kremer divertem-se em suas leituras dessas sonatas-irmãs de Beethoven, paridas em números de opus separados tão só por uma mundana questão de papel. O letão e a argentina, intérpretes tão originais quanto impulsivos, emprestam uma bem-vinda inquietude aos tantos gestos temperamentais de Ludwig, sempre o nervosinho. Acima de tudo, o que Martha faz desses discos instiga a imaginação, quando nela pomos a Rainha a tocar algumas das quase trinta sonatas do renano que jamais trouxe a público.

Ludwig van BEETHOVEN
Sonata em Lá menor para violino e piano, Op. 23

1 – Presto
2 – Andante scherzoso, più allegretto
3 – Allegro molto

Sonata em Fá maior para violino e piano, Op. 24, “Primavera”
4 – Allegro
5 – Adagio molto espressivo
6 – Scherzo: Allegro molto
7 – Rondo: Allegro ma non troppo

Gidon Kremer, violino

Gravado em Berlim Ocidental em março de 1987

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Mais Kremer, e ainda mais sorrisos. À curiosa escolha do repertório – dois concertos compostos por um Mendelssohn adolescente – soma-se a distinta companhia da Orpheus, uma orquestra de câmara notória por ser conduzida não por regentes, mas por seus próprios músicos, através dum original e participativo processo criativo. A Orpheus, que não é muito afeita a superestrelas, parece ter aberto uma exceção à turma de Martha (pois também gravou com Mischa Maisky), com bons resultados. Aqui, a temperamental dupla de solistas está quase irreconhecível em sua dedicação à transparência e ao equilíbrio clássico dessas peças que só surpreenderão quem desconhece o considerável compositor que Felix já era quando moleque.

Jakob Ludwig Felix MENDELSSOHN Bartholdy (1809-1847)
Concerto para piano, violino e orquestra de cordas em Ré menor, MWV O4
1 – Allegro
2 – Adagio
3 – Allegro molto

Concerto para violino e orquestra de cordas em Ré menor, MWV O3
4 – Allegro
5 – Andante
6 – Allegro

Gidon Kremer, violino
Orpheus Chamber Orchestra

Gravado em Zurique, Suíça, em maio de 1988

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status de superestrela garantiu a Martha gravidade suficiente para atrair outros astros à sua órbita e promover festivais centrados em sua presença, como os de Beppu (Japão) e Lugano (Suíça), bem como em sua Buenos Aires natal. Aqui, ela é parte duma constelação granjeada por Gidon Kremer para o festival de Lockenhaus, na Áustria, capitaneado por ele. A participação de Martha resumir-se-ia ao duo que abre o disco, com a participação de Alexandre Rabinovitch (mais – mas MUITO mais – sobre ele em breve), mas resolvi encerrá-lo com uma breve peça de Kreisler tocada com o capitão Kremer, transplantada de outro disco. O recheio é muito, e muito bom Schubert, com destaque para dois pouco ouvidos trios.

Franz Peter SCHUBERT (1797-1828)
Rondó em Ré maior para piano a quatro mãos, D. 608
1 – Allegretto

Martha Argerich e Alexandre Rabinovitch, piano

2 – 25 Winterreise, ciclo de canções sobre poemas de Wilhelm Müller, D. 911

Robert Holl, baixo
Oleg Maisenberg, piano

Trio em Mi bemol maior para piano, violino e violoncelo, D. 897, “Notturno”
26 – Adagio

Oleg Maisenberg, piano
Gidon Kremer, violino
Clemens Hagen, violoncelo

Trio em Si bemol maior para violino, viola e violoncelo, D. 581
27 – Allegro moderato
28 – Andante
29 – Menuetto: Allegretto
30 – Rondo: Allegretto

Gidon Kremer, violino
Nobuko Imai, viola
Mischa Maisky, violoncelo

Friedrich “Fritz” KREISLER (1875-1962)
31 – Liebesleid, para violino e piano

Gidon Kremer, violino

Gravado ao vivo em Lockenhaus, Áustria, julho de 1988

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Natural de Baku, no Azerbaijão, mas educado na Rússia e radicado na Suíça, o pianista, compositor e regente Alexandre Rabinovitch será figurinha fácil na próxima década de vida artística de nossa Rainha. Nessa gravação, eles encaram a travessia da monumental suíte “Visões do Amém”, de Olivier Messiaen, composta durante a ocupação nazista da França (e depois de sua indesejável temporada em Görlitz) e destinada à interpretação do próprio compositor e de sua esposa, Yvonne Loriod. Messiaen criou as partes para piano especificamente para os temperamentos dos dois, destinando ao piano de Yvonne as “dificuldades rítmicas, os clusters, tudo que tem velocidade, charme e qualidade de som” e a seu próprio “a melodia principal, elementos temáticos, tudo o que demanda emoção e força”. A descrição de Yvonne lhes pareceu familiar? Pois escutem a gravação e me contem quem tocou a parte de Mme. Loriod.

Olivier Eugène Prosper Charles MESSIAEN
(1908-1992) 
Visions de l’Amen, para dois pianos (1943)
1 – Amen de la Création
2- Amen des étoiles, de la planète à l’anneau
3 – Amen de l’agonie de Jésus
4 – Amen du Désir
5 – Amen des Anges, des Saints, du chant des oiseaux
6 – Amen du Jugement
7 – Amen de la Consommation

Alexandre Rabinovitch, piano II

Gravado em Londres, Reino Unido, em dezembro de 1989

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Dessa década da carreira da Rainha vocês já encontravam no blog as seguintes gravações:

Serguei Rachmaninov (1873-1943) – Piano Concerto nº3, in D Minor, op. 30, Piotr Illich Tchaikovsky (1840-1893) – Piano Concerto nº1, in B Flat Minor, op. 23 (Argerich, Chailly, Kondrashin)

O incandescente Rach 3 sob Riccardo Chailly (1982)


[Restaurado] Schubert – Sonata para Arpeggione e Piano / Schumann – Fantasiestücke, 5 Stücke im Volkston

Mais um capítulo da longa parceria com o amigo Maisky, num Schubert que nos faz sonhar com Marthita tocando a últimas sonatas de Franz (1984)


Prokofiev (1891-1953): Piano Concerto No. 3 / Ravel (1875-1937): Piano Concerto in G

Um de meus discos para uma ilha deserta: a maravilhosa gravação do Concerto em Sol de Ravel (1984), pareada com o no. 3 de Prokofiev. Duas das especialidades da Rainha, sob a batuta de um de seus bruxos, Claudio Abbado.


Bartók: Sonata Nº 1 para Violino e Piano (1921) / Janáček: Sonata para Violino e Piano (1914-1921) / Messiaen: Tema e Variações para Violino e Piano (1932)

Numa outra empreitada com Gidon Kremer, gravada em 1985, Martha encara peças contemporâneas que, se já foram interpretadas com mais “sotaque”, são tão boas que sempre merecem a audição. Minha favorita entre as gravações desse álbum é a de Messiaen.


[Restaurado] BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concertos para piano e orquestra, Opp. 15 & 19 – Argerich – Sinopoli

Dois cavalos de batalha argerichianos, interpretados com o brilho de sempre pela Rainha, a despeito do som orquestral cavernoso e pouco congenial (1985)


[Restaurado] Robert Schumann (1810-1856) – Sonatas para Piano e Violino – Kremer, Argerich

Talvez o melhor duo entre Argerich e Kremer seja esse, gravado em 1985, em que nossa Rainha traz o amigo para seu mundo, o planeta Schumann.


BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Integral das sonatas e variações para violoncelo e piano – Maisky – Argerich

Minha gravação favorita das sonatas para violoncelo e piano de Beethoven deve quase tudo a Martha: foi seu brilho no finale daquela obra-prima, a sonata Op. 69, que primeiro me chamou a atenção para seu nome, quando eu era um garoto de poucos fios de barba a escutar a gravação, no mesmo 1990 em que foi lançada.


Nicolas Economou toca “Martha My Dear”, dos Beatles, para a própria, no início dos anos 80.

Vassily

Sarasate / Vaughan Williams / Saint-Saëns / Massenet / Ravel / Pärt / Rachmaninov / Fauré: Fantasie (Nicola Benedetti)

Sarasate / Vaughan Williams / Saint-Saëns / Massenet / Ravel / Pärt / Rachmaninov / Fauré: Fantasie (Nicola Benedetti)

Um excelente disco de Nicola Benedetti, que, apesar do nome, é escocesa. Neste Fantasie, seu quarto álbum, ela apresenta uma seleção de peças para violino que são muito amadas e que formam uma impressionante demonstração de qualidade interpretativa. A combinação de peças virtuosísticas de influência cigana com meditações e canções introspectivas funcionou maravilhosamente e mostram a maturidade de Benedetti. Ela foi vencedora do concurso de jovens músicos da BBC e depois estabeleceu uma carreira fantástica com grandes orquestras do Reino Unido, EUA e Japão, recebendo elogios por suas ousadas interpretações de concertos como os de Tchaikovsky, Mendelssohn, Sibelius, Glazunov e Szymanowski. Para Fantasie, Benedetti deixou de lado os grandes concertos para explorar algumas obras do recital padrão, mas também incluindo músicas não tão conhecidas, como a linda The Lark Ascending, de Vaughan Williams, uma das maiores obras para violino que, nos últimos três anos, foi eleita a peça favorita de música clássica da inglesa Classic FM, mas ainda pouco divulgada fora das ilhas.

Sarasate / Vaughan Williams / Saint-Saëns / Massenet / Ravel / Pärt / Rachmaninov / Fauré: Fantasie (Nicola Benedetti)

1 Zigeunerweisen Op.20
Composed By – Pablo de Sarasate
Conductor – Vasily Petrenko
Leader – James Clark (6)
Orchestra – Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
8:59

2 The Lark Ascending
Composed By – Ralph Vaughan Williams
Conductor – Andrew Litton
Leader – Vesselin Gellev
Orchestra – The London Philharmonic Orchestra
15:57

3 Introduction And Rondo Capriccioso In A Minor
Composed By – Camille Saint-Saëns
Conductor – Vasily Petrenko
Leader – James Clark (6)
Orchestra – Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
9:19

4 Meditation From “Thais”
Composed By – Jules Massenet
Conductor – Daniel Harding
Leader – Carmine Lauri
Orchestra – The London Symphony Orchestra
5:39

5 Tzigane
Composed By – Maurice Ravel
Conductor – Vasily Petrenko
Leader – James Clark (6)
Orchestra – Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
10:02

6 Spiegel Im Spiegel
Composed By – Arvo Pärt
Piano – Alexei Grynyuk

7 Vocalise Opus 34 No.14
Composed By – Sergey Rachmaninov*
Piano – Alexei Grynyuk
6:11

8 Apres Une Reve
Composed By – Gabriel Fauré
Piano – Alexei Grynyuk

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Se eu tocasse como Nicola, sorriria assim

PQP

Classical Music For Dummies – The essentials – vol. 7/50 – Rachmaninoff, (Rússia, 1873 – Estados Unidos, 1943)


“Música Clássica para Leigos” (“Classical Music For Dummies”) é uma série de lançamentos projetados pela Deutsche Grammophon para oferecer aos  leigos recém-chegados uma introdução perfeita ao mundo da música clássica.

A série é composta por 50 CDs de música clássica dedicados a diferentes compositores, maestros, pianistas, violinistas e cantores, a maioria contratados ou ex-contratados pela gravadora.

Rachmaninoff – The Essencials

Sergei Vasilievich Rachmaninoff (Semyonovo, 1 de abril de 1873 — Beverly Hills, 28 de março de 1943) foi um compositor, pianista e maestro russo, um dos últimos grandes expoentes do estilo Romântico na música erudita ocidental. 

Rachmaninoff é tido como um dos pianistas mais influentes do Século XX. Seus trejeitos técnicos e rítmicos são lendários, e suas mãos largas eram capazes de cobrir um intervalo de uma 13ª no teclado (um palmo esticado de cerca de 30 centímetros). Especula-se se ele era ou não portador da Síndrome de Marfan, já que se pode dizer que o tamanho de suas mãos correspondia à sua estatura, algo entre 1,91 e 1,98 m. Ele também possuía a habilidade de executar composições complexas à primeira audição. Muitas gravações foram feitas pela Victor Talking Machine Company, com Rachmaninoff executando composições próprias ou de repertórios populares.

Sua reputação como compositor, por outro lado, tem gerado controvérsia desde sua morte. A edição de 1954 do Grove Dictionary of Music and Musicians notoriamente desprezou sua música como “monótona em textura… consistindo principalmente de melodias artificiais e feias” e previu seu sucesso como “não duradouro”. Harold C. Schonberg, em seu livro A Vida dos Grandes Compositores, considerou que a referência “figura entre as mais esnobes e estúpidas jamais encontradas em um livro que supostamente deve ser objetivo”. De fato, não apenas os trabalhos de Rachmaninoff tornaram-se parte do repertório padrão, mas sua popularidade tanto entre músicos quanto entre ouvintes vem, no mínimo, crescendo desde a segunda metade do Século XX, com algumas de suas sinfonias e trabalhos orquestrais, canções e músicas de coral sendo reconhecidas como obras-primas ao lado dos trabalhos para piano, mais populares.

Suas composições incluem, dentre várias outras: quatro concertos para piano; a famosa Rapsódia sobre um tema de Paganini; três sinfonias; duas sonatas para piano; três óperas; uma sinfonia para coral (The Bells, ou Os Sinos, baseado no poema de Edgar Allan Poe); vinte e quatro prelúdios(incluindo o famoso Prelúdio em Dó Sustenido Menor); dezessete études; muitas canções, sendo as mais famosas a V molchanyi nochi taynoi (No Silêncio da Noite), Lilacs e a sem-letra Vocalise; e o último de seus trabalhos, as Danças Sinfônicas. A maioria de suas peças é carregada de melancolia, um estilo romântico tardio lembrando Tchaikovsky, embora apareçam fortes influências de Chopin e Liszt. Inspirações posteriores incluem a música de Balakirev, Mussorgsky, Medtner e Henselt.

Rachmaninoff – The Essencials
01. Mischa Maisky – Vocalise, Op. 34, No. 14 – Version For Cello And Piano
02. Lilya Zilberstein – 13 Preludes, Op. 32 : No. 12 in G-Sharp Minor: Allegro
03. Lilya Zilberstein – 13 Preludes, Op. 32 : No. 4 in E Minor: Allegro con brio
04. Lilya Zilberstein – 13 Preludes, Op. 32 : No. 5 in G Major: Moderato
05. Lilya Zilberstein – 13 Preludes, Op. 32 : No. 2 in B-Flat Minor: Allegretto
06. Tamás Vásáry – Rhapsody On A Theme Of Paganini, Op.43 : Introduction, Variation 1, 2, 3, 4, 5, 6
07. Tamás Vásáry – Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 : Variation 16 und 17
08. Tamás Vásáry – Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 : Variation 18
09. Sergej Larin – The Bells, Op. 35 : 1. Allegro ma non tanto (Silver Bells)
10. Sviatoslav Richter – Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 : 1. Moderato
11. Sviatoslav Richter – Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 : 2. Adagio sostenuto
12. Sviatoslav Richter – Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 : 3. Allegro scherzando
13. Sviatoslav Richter – 10 Preludes, Op. 23 : No. 5 Alla marcia in G Minor
14. Galina Vishnevskaya – 15 Romances, Op.26 : No. 12 Noch′ pechal′na
15. Galina Vishnevskaya – 6 Romances, Op.4 : No. 4 Ne poy, krasavitsa, pri mne
16. Galina Vishnevskaya – 14 Romances, Op. 34 : No. 8 Muzyka
17. Galina Vishnevskaya – 12 Romances, Op. 14 : No. 11 Vesenniye vody
18. Berliner Philharmoniker – Symphony No. 1 in D Minor, Op. 13 : 2. Allegro animato
19. Berliner Philharmoniker – Symphonic Dances, Op. 45 : I. Non allegro
20. Berliner Philharmoniker – Symphonic Dances, Op. 45 : II. Andante con moto (Tempo di valse)
21. Berliner Philharmoniker – Symphonic Dances, Op. 45 : 3. Lento assai – Allegro vivace
22. Tamás Vásáry – Piano Concerto No. 3 in D Minor, Op. 30 : 1. Allegro ma non tanto
23. Berliner Philharmoniker – Symphony No. 2 in E Minor, Op. 27 : 3. Adagio
24. Berliner Philharmoniker – The Isle Of The Dead, Op. 29
25. Berliner Philharmoniker – The Rock, Op. 7

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Palhinha – 08. Tamás Vásáry – Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 : Variation 18.

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Boa audição!

 

 

 

 

Avicenna

Martha Argerich & Friends – Live from Lugano Festival – 2008

Fiz uma pausa nas postagens dessa série da nossa amada Martha Argerich em seu Festival de Lugano para dar lugar às comemorações dos 210 anos de nascimento de Robert Schumann. Hoje trago mais um volume, mais três CDs que mostram todo talento e versatilidade desta excepcional artista.

Não preciso dizer o quanto Martha ama Schumann, tanto que temos aqui no primeiro CD a belíssima Sonata nº 2 para Violino e Piano, acompanhando o violinista Renaud Capuçon. Outro momento a destacar é sua parceria com o ex marido pianista Stephen Kovacevich, tocando uma peça de Mozart.

Mas o mais belo, lírico e pungente é o terceiro CD, onde abre tocando seu conterrâneo Piazzolla, em versões matadoras para dois pianos, claro que ele não poderia faltar, assim como Ravel. Martha distribui o repertório desta série entre seus convidados, alguns conhecidos, outros desconhecidos, dando chance e permitindo que sejam conhecidos.

A relação dos músicos envolvidos está no booklet em anexo.

Vamos ao que viemos?

CD 1
01. Variations (5) on an original theme for piano, 4 hands in G major, K. 501
02. Sonata for violin & piano No. 2 in D minor, Op. 121- 1. Ziemlich langsam – Le
03. Sonata for violin & piano No. 2 in D minor, Op. 121- 2. Sehr lebhaft
04. Sonata for violin & piano No. 2 in D minor, Op. 121- 3. Leise, einfach
05. Sonata for violin & piano No. 2 in D minor, Op. 121- 4. Bewegt
06. Piano Quintet in D major, Op. 51- 1. Allegro moderato
07. Piano Quintet in D major, Op. 51- 2. Andante con variazioni
08. Piano Quintet in D major, Op. 51- 3. Scherzo- Allegro vivace
09. Piano Quintet in D major, Op. 51- 4. Allegro moderato
10. Scherzo for 2 pianos, Op. 87

CD 2
01. Piano Trio No. 1 in C minor, Op. 8
02. Suite No. 1 (-Fantaisie-tableaux-) for 2 pianos in G minor, Op. 5- 1. Barcarolle
03. Suite No. 1 (-Fantaisie-tableaux-) for 2 pianos in G minor, Op. 5- 2. La Nuit
04. Suite No. 1 (-Fantaisie-tableaux-) for 2 pianos in G minor, Op. 5- 3. Les Larmes
05. Suite No. 1 (-Fantaisie-tableaux-) for 2 pianos in G minor, Op. 5- 4. Pâques
06. Concertino for piano, 2 violins, viola, clarinet, horn & bassoon, JW 7-11- 1
07. Concertino for piano, 2 violins, viola, clarinet, horn & bassoon, JW 7-11- 2
08. Concertino for piano, 2 violins, viola, clarinet, horn & bassoon, JW 7-11- 3
09. Concertino for piano, 2 violins, viola, clarinet, horn & bassoon, JW 7-11- 4
10. Slavonic Dance No. 1 for piano, 4 hands in C major, B. 78-1 (Op. 46-1)
11. Slavonic Dance No. 12 for piano, 4 hands in D flat major, B. 145-4 (Op. 72-4)
12. Slavonic Dance No. 7 for piano, 4 hands in C minor, B. 78-7 (Op. 46-7)
13. Slavonic Dance No. 10 for piano, 4 hands in E minor, B. 145-2 (Op. 72-2)

CD 3

01. Tres minutos con la realidad, tango
02. Oblivion, tango
03. Libertango, tango
04. Introduction & Allegro for harp, flute, clarinet & string quartet
05. Cuatro estaciónes porteñas (The Four Seasons), tango cycle- 1. Verano porteño
06. Cuatro estaciónes porteñas (The Four Seasons), tango cycle- 2. Otoño porteño
07. Cuatro estaciónes porteñas (The Four Seasons), tango cycle- 3. Invierno porteño
08. Cuatro estaciónes porteñas (The Four Seasons), tango cycle- 4. Primavera porteña
09. Fantasia elvetica (-Swiss Fantasy-), for 2 pianos & orchestra- 1. Maestoso
10. Fantasia elvetica (-Swiss Fantasy-), for 2 pianos & orchestra- 2. Tranquillo
11. Fantasia elvetica (-Swiss Fantasy-), for 2 pianos & orchestra- 3. Tempo di marcia – Andante
12. Fantasia elvetica (-Swiss Fantasy-), for 2 pianos & orchestra- 4. Tempo di polka – Piú vivo – Allegro

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Martha Argerich & Friends – Live from Lugano Festival 2003

Repostagem de uma original lá de 2016, para comemorar os 79 anos de Martha Argerich, essa verdadeira lenda do piano. Mesmo com a idade, continua em ação. Parabéns, Martha, é um grande privilégio ter acompanhado sua carreira nestas últimas quatro décadas. Estes três cds tem momentos brilhantes, mas prestem atenção aos Duos, op. 11, de Rachmaninov, em que ela faz parceria com Lilya Zilberstein. é absolutamente estonteante. Coisa de gênio. 

Após o choque inicial que a primeira postagem causou, vamos trazer a caixa referente ao ano de 2003. Esqueci de comentar em postagem anterior, mas o titulo deixa claro que o festival é de Música de Câmara. E o repertório explora obras dos séculos XVIII ao século XX. Papa finíssima, eu diria.

Os irmãos Capuçon, Gabriela Montero e Lilya Zilberstein serão presença frequente nestes CDs. A integração entre eles é única, coisa de gente que sabe o que faz.

Então vamos ao que viemos.

CD 1

01. Haydn – Piano Trio in G (Gypsy Rondo) – I. Andante
02. Piano Trio in G (Gypsy Rondo) – II. Poco adagio
03. Piano Trio in G (Gypsy Rondo) – III. Rondo all’ongarese Presto

Martha Argerich, Renaud Capuçon, Gautier Capuçon

04. Rachmaninov Six Duets op.11 – I. Barcarolle
05. Six Duets op.11 – II. Scherzo
06. Six Duets op.11 – III. Chanson russe
07. Six Duets op.11 – IV. Valse
08. Six Duets op.11 – V. Romance
09. Six Duets op.11 – VI. Slava (Gloria)

Lilya Zilberstein, Martha Argerich

10. Grieg Cello Sonata in A minor – I. Allegro agitato
11. Cello Sonata in A minor – II. Andante molto tranquillo
12. Cello Sonata in A minor – III. Allegro – Allegro molto

Gautier Capuçon, Gabriela Montero

CD 2

01. Arensky Piano Trio No.1 in D Minor Op.32 – I. Allegro Moderato – Adagio
02. Piano Trio No.1 in D Minor Op.32 – II. Scherzo Allegro Molto
03. Piano Trio No.1 in D Minor Op.32 – III. Elegia Adagio
04. Piano Trio No.1 in D Minor Op.32 – IV. Finale Allegro non troppo – Andante –

Polina Leschenko, Renaud Capuçon, Gautier Capuçon

05. Lutoslawsky  – Variations on a Theme by Paganini for two pianos
06. Franck Piano Quintet in F minor – I. Molto moderato quasi lento
07. Piano Quintet in F minor – II. Lento con molto sentimento
08. Piano Quintet in F minor – III. Allegro non troppo ma con fuoco

Martha Argerich, Giorgia Tomassi

CD Bônus

01. Piazzola Tangos Revirado
02. Tangos Adiós Nonino

Karin Lechner, Sergio Tiempo

03. Monteiro – Improvisation on a Theme from Beethoven´s First Piano Concerto

Gabriela Montero

04. Piazzola – Oblivion

Dora Schwarzberg, Jorge Andres Bosso
The Cello Concept

05. Rodrigues 0 La Cumparsita

Dora Schwarzberg, Jorge Andres Bosso
The Cello Concept

06. Music from the Gypsy, Hungarian and Romanian Traditions – I
07. Music from the Gypsy, Hungarian and Romanian Traditions – II
08. Music from the Gypsy, Hungarian and Romanian Traditions – III

Géza Hosszu-Legocki, The Five DeVils

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O que podemos falar de Martha Argerich que ainda não tenha sido falado? Parabéns, Martha !!!

Rachmaninov (1873-1943): Concerto para Piano No. 3 & Prelúdios – Santiago Rodriguez

Rachmaninov (1873-1943): Concerto para Piano No. 3 & Prelúdios – Santiago Rodriguez

Rachmaninov

Prelúdios

Concerto para Piano No. 3

Santiago Rodriguez

 

Sabe a frase ‘Minha vida daria um filme’? Pois se aplica perfeitamente ao caso de Santiago Rodriguez. Nascido em Cuba, começou a estudar  piano aos quatro anos e aos oito, junto com seu irmão, foi enviado aos Estados Unidos por um programa patrocinado pela Igreja Católica. Seus pais esperavam que a família seria reunida em breve, mas isto só aconteceu seis anos depois, quando eles puderam imigrar.

Neste período em que esteve afastado de seus pais, viveu em um orfanato em New Orleans enquanto continuava estudando música. Estreou com a New Orleans Symphony Orchestra aos dez anos tocando o Concerto para Piano No. 27 de Mozart. Sua carreira foi definitivamente lançada em 1981 quando ganhou a Silver Medal do Van Cliburn International Piano Competition.

Santiago Rodriguez grava exclusivamente para o selo Élan e seus discos não são exatamente fáceis de encontrar. Este aqui é ES-PE-TA-CU-LAR, se você gosta de música de Rachmaninov.

O núcleo deste álbum é o RACH#3, gravado ao vivo. Lake Forest Symphony e Paul Anthony McRae não são nomes que encontramos todos os dias, e mesmo Santiago Rodriguez, mas se você gosta deste tipo de repertório, you are in for a treat!! Esta gravação will knock your socks off!!

Brincadeiras a parte, este é realmente um grande disco, e não só pelo concerto. Funcionando como uma moldura para ele, temos alguns Prelúdios e mais duas peças curtas. Estas peças para piano solo são mais do que um contrapeso para o concerto, são verdadeiras jóias interpretadas magnificamente.

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)

  1. Elegia, Op. 3, No. 1
  2. Prelúdio em dó sustenido menor, Op. 3, No. 2
  3. Polichinelo, Op. 3, No. 4

Concerto para Piano No. 3 em ré menor, Op. 30

  1. Allegro ma non tanto
  2. Adagio –  Finale. Alla breve
Lake Forest Symphony
Paul Anthony McRae, regente
  1. Prelúdio em sol maior, Op. 32, No. 5
  2. Prelúdio em sol sustenido menor, Op. 32, No. 12
  3. Prelúdio em sol menor, Op. 23, No. 5
  4. Prelúdio em mi bemol maior, Op. 23, No. 6
  5. Prelúdio em si bemol maior, Op. 23, No. 2

Santiago Rodriguez, piano

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Santiago Rodriguez

Em suas próprias palavras: I have been playing the piano since age 5. The reason I continue to do it at this present, advanced age is that I’m still trying to get it right.

Sobre este álbum: “A thoroughly stunning, adrenaline-pumping performance” – American Record Guide

Aproveite!

René Denon

BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas para piano, Opp. 54 & 78 – Sergei Vasilyevich Rachmaninoff (1873-1943) – Sonata para piano no. 2, Op. 36 – Ivo Pogorelić

Parear duas das mais concisas sonatas de Beethoven com a segunda do grandiloquente Rachmaninoff – ainda que seja sua versão revisada e, se é que se pode dizer isso de algo de Rach, um pouco simplificada – é uma escolha pouquíssimo convencional. Aí os leitores-ouvintes olham a capa do disco, enxergam o intérprete e compreendem tudo: o que é convencional, afinal, na carreira de Ivo Pogorelić?

Nada, sem dúvidas – desde sua origem, quando havia Iugoslávia, um filho de pai croata e mãe sérvia que o colapso da federação transformou num croata nascido em Belgrado, passando por sua formação naquela capital e em Moscou, os estudos e posterior casamento com sua professora e mentora Aliza Kezeradze, nada, desde o começo, apontava para o frugal.


Mesmo que não entendam tchongas do idioma, vale a pena conferir Ivo sendo,
bem, Ivo desde os tempos de moleque.

Sua grande estreia no cenário mundial, dir-se-ia de sola, ou mesmo uma voadora dupla nas costas do estado das coisas musical foi, claro, o X Concurso Internacional Chopin de Varsóvia, em 1980, no qual, entre 180 competidores engravatados e engomados e prontíssimos para agradar os jurados na meca dos chopinianos, ele surgiu com esses trajes, essa cachopa e tocando Chopin dessa maneira:

O público amou o enfant terrible e transformou-o em seu queridinho. Os jurados dividiram-se. Lajos Kentner abandonou o barco no final da primeira etapa, alegando que “se gente como Pogorelić chega à segunda etapa, eu não posso participar do júri – temos critérios diferentes”. Quando ele foi eliminado, na semifinal – depois de inverter a ordem de apresentação das peças, sair do palco e voltar para tocar o restante do programa obrigatório como se fosse um bis para uma plateia incensada -, foi a vez de Martha Argerich – ninguém menos! – pular fora em protesto, bradando que Pogorelić era um “gênio”, que seus colegas jurados eram incapazes de aceitá-lo por causa de seu “conservadorismo entranhado” e que sentia vergonha de fazer parte daquele júri.

GRAVATA DE CAUBÓI, gurizada

A eliminação de Pogorelić, somada a sua persona provocativa e sua abordagem heterodoxa das interpretações assegurou-lhe tanta fama que hoje ele é mais lembrado que o próprio vencedor do concurso em 1980 – o vietnamita Đặng Thái Sơn, um artista extraordinário e introspecto, que acabou por carregar a imerecida pecha de nêmese do croata. Ivo, entretanto, não voltou para casa com as mãos abanando: recebeu prêmios e troféus extraoficiais, foi convidado a tocar com uma orquestra no final do concurso (honra que caberia aos vencedores, ainda que sua orquestra fosse de estudantes) e, de quebra, ainda assinou um polpudo contrato com a Deutsche Grammophon, para a qual gravou vários discos, todos de muito sucesso e certamente recheados de momentos magníficos, durante os anos 80.

Nas décadas seguintes, Pogorelić tornou-se cada vez mais bissexto, tanto nos palcos como nos estúdios. Talvez por problemas de saúde, em parte também pela viuvez (Aliza, vinte anos mais velha que ele, faleceu em 1996), quem sabe pelos desafios naturais da maturidade, inda mais pungentes para quem foi menino-prodígio e jovem provocador. Quando voltou a dar recitais, tornou-se um esporte popular massacrá-lo por excentricidades e inconsistências em dinâmica e agógica não muito diferentes daquelas que tanto foram incensadas durante os anos 80. E em 2019, depois de mais de vinte anos sem gravar, lançou esse disco pela Sony e recebeu uma chuva de tomates.

Não acho que a tomatina se justifique, pelo menos no que tange a Beethoven. As duas sonatas escolhidas, que estão entre as mais concisas entre as trinta e duas, prestam-se bem às idiossincrasias de Pogorelić. A Op. 54, que abre com uma alegoria de um minueto e termina com um agitado finale, já foi comparada a uma sonata convencional da qual foram arrancados os dois primeiros movimentos. Gostei da abordagem, embora estranhe bastante os crescendos meio despropositados que estão a trovejar bem antes dos clímaxes. Costumo preferir a Op. 78, uma de minhas sonatas prediletas (e também do próprio Beethoven), com andamentos menos hesitantes, especialmente no segundo movimento, em que Pogorelić parece ruminativo e quebra toda a verve prescrita como um Allegro vivace. Sobre Rachmaninoff, deixo para vocês comentarem – não conheço bem a obra, mas estranhei os andamentos lentos e, de novo, os crescendos meio precoces. Fiquei sem saber muito bem qual a razão de ser de tudo aquilo que ouvi, mas talvez esse não seja um problema entre Ivo e essa sonata, e sim meu com Sergei no geral.

Gênio, como proclamou nossa deusa Marthinha, ou mero embuste? Qualquer que seja vosso veredito, eu saúdo o retorno do garoto terrível e espero ansioso suas novas traquinagens.

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)

Sonata para piano em Fá maior, Op. 54
Composta em 1802
Publicada em 1804

01 – In tempo d’un menuetto
02 – Allegretto

Sonata para piano em Fá sustenido maior, Op. 78
Composta em 1809
Publicada em 1810
Dedicada a Therese von Brunsvik

03 – Adagio cantabile
04 – Allegro vivace

Sergei Vasilyevich RACHMANINOFF (1873-1943)

Sonata para piano no. 2 em Si bemol menor, Op. 36
(“A Nova Versão, Revisada e Reduzida pelo Autor”, 1931)

05 – Allegro agitato
06 – Non allegro—Lento
07 – Allegro molto

Ivo Pogorelić, piano

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Ivo for the win
#BTHVN250, por René Denon

Vassily

Rachmaninov (1873-1943): Concertos para Piano Nos. 3 e 4 – Leif Ove Andsnes – 2 de 2

Rachmaninov (1873-1943): Concertos para Piano Nos. 3 e 4 – Leif Ove Andsnes – 2 de 2

Sergei Rachmaninov

Concertos para Piano Nos. 3 e 4

Leif Ove Andsnes, piano

London Symphony Orchestra

Antonio Pappano

 

Fazendo palavras cruzadas…

Na outra postagem mencionei como dramaticamente mudou a situação social e política do mundo durante a vida de Rachmaninov. A partir de 1918 ele passou a viver nos Estados Unidos e esta mudança demandou que o compositor desse lugar ao intérprete. Ele já tinha composto três concertos para piano, comporia apenas mais seis obras de vulto.

Local da composição co RACH#3

O RACH #3 foi composto em 1910, ainda na mãe Rússia, durante sua estadia na idílica Ivanovka. Quem não comporia tão inspirado concerto em um lugar lindo como este? O Quarto Concerto é de 1926, mas passou por várias modificações.

Entre estas seis últimas obras, vale mencionar as (famosas) Variações  sobre um tema de Paganini, de 1934. Esta peça foi composta durante as férias de verão (do hemisfério norte), passadas na Suíça.

Rachmaninov era fisicamente muito alto e tinha mãos imensas. Certamente passava muito tempo ao piano e a carga de concertos e viagens custaram caro. O final de sua vida foi extenuante e buscando clima mais ameno a família mudou-se para Beverly Hills, na California. Morava próximo a Horowitz, que o visitava com frequência. Tocavam duetos…

As circunstâncias da vida devidamente influenciaram suas composições, que além de legiões de admiradores também atraíram ácidas críticas.

Camisa usada enquanto escrevia estas mal traçadas…

Em 1954, um famoso dicionário de música e músicos disse que sua música era ‘de textura monótona … consistindo principalmente de melodias artificiais e exageradas’, predizendo que seu sucesso seria efêmero. Para contrabalancear tal afirmação, Harold C. Schonberg escreveu em um de seus livros dizendo: “Esta é a mais ultrajante, esnobe e mesmo estúpida afirmação a ser encontrada em um trabalho que deveria ser uma referência objetiva”.

No entanto, o que importa é a música e isto temos de sobra no disco desta postagem. É claro, RACH #3 ofusca o irmão caçula, mas o mesmo tem muito a oferecer. Acredito que os concertos de Rachmaninov são mais vulneráveis a uma interpretação apenas mediana do que concertos de outros compositores (talvez por ele ter sido tão excelente intérprete). As gravações de Martha Argerich (ao vivo, acompanhada da Orquestra da Rádio de Berlim, regida por Riccardo Chailly) do RACH #3 e de Arturo Benedetti Michelangeli (acompanhado da Philharmonia Orchestra, regida por Ettore Gracis, em dobradinha com o Concerto em sol maior, de Ravel) do Quarto Concerto muito fizeram pela reputação destes concertos. Talvez a gravação de Arturo Benedetti Mochelangeli, do Quarto Concerto, tenha sido ainda mais importante, pois o RACH #3 tinha Horowitz e vários outros grandes intérpretes, incluindo (é claro) o próprio compositor.

Sergei Rachamninov (1873 – 1943)

Concerto para Piano No. 3 em ré menor, Op. 30

  1. Allegro ma non tanto
  2. Intermezzo (Adagio)
  3. Finale

Concerto para Piano No. 4 em sol menor, Op. 40

  1. Allegro vivace (alla breve)
  2. Largo
  3. Allegro vivace

Leif Ove Andsnes, piano

London Symphony Orchestra

Antonio Pappano

Gravações de 2009/2010, Abbey Road Studio 1, Londres

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Leif contando para a turma do PQP Bach tudo sobre sua última pescaria nos fiordes noruegueses

Na minha opinião, um andamento fluente desde as primeiras notas é a chave para o sucesso da interpretação de concertos onde bravado e pirotecnia abundam. Isto não faltará a estas gravações. Digam-me vocês, depois…

René Denon

Rachmaninov (1873-1943): Concertos para Piano Nos. 1 e 2 – Leif Ove Andsnes – 1 de 2

Rachmaninov (1873-1943): Concertos para Piano Nos. 1 e 2 – Leif Ove Andsnes – 1 de 2

Rachmaninov

Concertos para Piano Nos. 1 e 2

Leif Ove Andsnes, piano

Berliner Philharmoniker

Antonio Pappano

Concertos para piano são as peças que eu ouço com mais frequência e entre eles os famosos RACH #2 e RACH #3.

Era só uma questão de tempo e eu começaria a postar estas maravilhas. Esta é a primeira de uma série de duas postagens com os quatro concertos para piano do Sergei interpretados pelo espetacular Leif Ove Andsnes. Inicialmente os dois primeiros, onde ele é acompanhado pela estelar Berliner Philharmoniker regida por Antonio Pappano. Para dar uma extra dose de eletricidade ao disco, o RACH #2 foi gravado ao vivo!

Prepare então o pendrive e aumente o som, pois o romantismo tardio vai invadir a sua sala. Se depois de você ouvir esta gravação, assim, umas dezenove vezes e insistir que não gosta de Rachmaninov, então eu me rendo. Pode voltar para suas outras partituras.

Antes de falarmos um pouco sobre a música do disco, uma palavra sobre o compositor. Rachmaninov nasceu enquanto Brahms, Liszt e Wagner eram ainda vivos. Durante sua vida o mundo passou por duas guerras mundiais e seu país viveu a revolução de 1917. Menciono isto apenas para dizer o quanto o mundo mudou durante a sua vida. Ele mudou da Rússia para os Estados Unidos da América. Tchaikovosky aplaudiu sua primeira ópera e Copland dizia não suportar a sua música. E isso é para que possamos colocar a sua obra em perspectiva.

O que importa é a música e os concertos de Rachmaninov estão no repertório dos grandes pianistas.

O Primeiro Concerto nasceu como obra de juventude, quando Rachmaninov tinha ainda 17 anos. O primeiro movimento foi composto e apresentado acompanhado da orquestra do conservatório com grande êxito. Mas em 1917, para esquecer um pouco dos problemas do país, Rachmaninov fez uma grande revisão no concerto, inclusive compondo um novo final. Nesta forma o concerto foi apresentado novamente no dia 28 de janeiro de 1919, mas agora em Nova Iorque. O concerto é brilhante, ainda guarda o frescor da juventude com suas ousadias e tem um bom débito com o concerto de Grieg. É claro que este concerto, assim como o Quarto, é relativamente eclipsado pelos dois poderosos RACH #2 e #3, mas ambos têm muitos méritos, especialmente quando interpretados por artistas do calibre de Andsnes.

Há pelo menos mais duas gravações que considero excelentes deste primeiro concerto. Uma delas com o solista Krystian Zimerman, num disco de repertório exatamente igual a este. Outra é com Mikhail Pletnev, neste caso o disco é completado pelas Variações sobre um tema de Paganini.

A xícara onde tomava meu café enquanto escrevia estas mal traçadas…

No caso desta postagem, segue uma interpretação absolutamente vibrante do Rach # 2. Este concerto veio ao mundo a fórceps. Rachmaninov, entusiasmado com o sucesso de sua primeira ópera, Aleko, compôs sua Primeira Sinfonia, que foi (mal) apresentada por Glazunov, que não nutria grande simpatia pela sinfonia e (ah, as más línguas) estava embriagado durante a apresentação. O fiasco foi tamanho que Rachmaninov sofreu um processo depressivo que o manteve incapaz de compor por três anos. Finamente ele recorreu aos cuidados do Dr. Nikolai Dahl que lançou mão de hipnose para ajudar o compositor a vencer suas barreiras: ‘Você começará a escrever seu concerto… Você trabalhará com muita facilidade… o concerto será de excelente qualidade!’

Não é que funcionou? Aos 27 anos Rachmaninov estava de volta ao sucesso e agora retumbante e duradouro. Basta vocês ouvirem esta gravação até o fim e ouvir como o pessoal presente gostou e aplaudiu!

Rach #2 tem tudo que se precisa para um concerto para piano que seja um autêntico ‘cavalo de batalha’. Lindíssimas melodias, orquestração primorosa (escola russa…) e todos os truques técnicos para fazer brilhar o pianista virtuose.

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)

Concerto para Piano No. 1 em fá sustenido menor, Op. 1

  1. Vivace
  2. Andante
  3. Allegro vivace

Concerto para Piano No. 2 em dó menor, Op. 18

  1. Moderato
  2. Adagio sostenuto
  3. Allegro scherzando

Leif Ove Andsnes, piano

Berliner Philharmoniker

Antonio Pappano

Gravações de 2005, RACH #2 ao vivo
Produção: John Fraser

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FLAC | 215 MB

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MP3 | 320 KBPS | 133 MB

Leif indo ao encontro da turma do PQP Bach para um papo sobre o RACH #2

Uma das gravações mais famosas deste concerto é de Sviatoslav Richter, postada aqui há pouco tempo, em companhia do PRKFV #5. A interpretação do Andsnes é diferente, inicia em um andamento mais fluente, o que mostra outra possibilidade. Caso você tenha chegado até aqui e goste deste tipo de música, compare as duas gravações e depois me conte. Pode usar o link ‘LEAVE A COMMENT’. Ele fica no alto da página, logo abaixo do cabeçalho.

Aproveite

RD

PS: Concertos Nos. 3 e 4 em muito breve estará também disponível no seu distribuidor PQP-Bach mais próximo.

Rachmaninov (1873-1943): Concerto para Piano No. 2 – Prokofiev (1891-1953): Concerto para Piano No. 5 – Sviatoslav Richter

Rachmaninov (1873-1943): Concerto para Piano No. 2 – Prokofiev (1891-1953): Concerto para Piano No. 5 – Sviatoslav Richter

Rachmaninov & Prokofiev

Concertos para Piano

Sviatoslav Richter

 

Uma grande xícara de café após um almoço de bolinhos de arroz e aipim frito certamente deixa qualquer um com enorme predisposição para música. No meu caso, música que envolva piano. Uma coisa leva a outra e lembrei-me de um dos ‘Meus CDs Mais Queridos’: Concertos para Piano de compositores russos interpretados por um dos mais famosos pianistas russos: Sviatoslav Richter. Ele foi um pianista fantástico, mas absolutamente não convencional. Tinha um repertório vastíssimo, mas não gostava de gravações em estúdios. Por isso, temos uma imensidão de gravações suas, mas muitas de sofrível qualidade.

Outro aspecto de sua arte é que ele não se interessava em gravar ciclos completos ou integrais disto ou daquilo. Eu tenho relativamente poucas gravações dele, mas esta certamente é especial.

O disco foi gravado em 1959/1960, provavelmente em Varsóvia, mas isto não está explicitamente escrito no libreto. No entanto, sabemos que é uma coprodução da DG com a Polskie Nagrania, a Orquestra é de Varsóvia e o nome dos regentes têm mais consoantes do que vogais.

Eu cheguei a este disco pelo Concerto de Rachmaninov, esta gravação é muito considerada pelos fãs do imenso compositor. Mas, com o passar das décadas, o concerto que ouço com mais frequência é exatamente o Quinto de Prokofiev. Richter foi quem estabeleceu este concerto como uma das obras primas do Século XX e manteve uma relação de amizade com Prokofiev por toda a vida. Conta-se que a tristeza que Richter demonstrou ao tocar piano durante o enterro de Stalin era por ter perdido o amigo Prokofiev, falecido no mesmo dia.

Há uma diferença imensa na concepção e no estilo destes dois concertos e só mesmo um músico genial conseguiria trazê-los à luz e com similar maestria.

Outras gravações do Rach#2 que gosto começam a um paço mais acelerado do que esta e somente um pianista do calibre de Richter é capaz de iniciar assim sem fazer com que a música toda desmorone.

O movimento lento é espetacularmente feito e o último movimento começa a com muita velocidade. Temos assim, muita dinâmica neste que talvez seja o mais romântico dos concertos românticos para piano.

O Quinto Concerto de Prokofiev tem aqui a sua melhor gravação. Ponto. Quer mais?

Sviatoslav Richter é um grande nome da música e é muito bom poder conhecer um pouco mais a pessoa que habitava a lenda. No final de sua vida ele protagonizou um documentário – L’Insoumis – The Enigma – feito por Bruno Monsaigeon, que também redigiu um livro sobre ele. Você poderá começar lendo dois artigos do jornalista Paul Moor que o conheceu e entrevistou algumas vezes, acessando este blog aqui e aqui.

Um interessante resumo sobre ele está na resenha escrita por Arnaldo Cohen, que você poderá ler aqui. De qualquer forma, baixe o disco e depois me escreva, usando o link ‘LEAVE A COMMENT’, que está logo abaixo do cabeçalho desta postagem, de qual dos concertos você gostou mais…

Chapéu 1

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)

Concerto para Piano No. 2 em dó menor, Op. 18

  1. Moderato
  2. Adagio sostenuto
  3. Allegro scherzando
Chapéu 2

Serge Prokofiev (1891 – 1953)

Concerto para Piano No. 5 em sol maior, Op. 55

  1. Allegro con brio
  2. Moderato bem accentuato
  3. Toccata – Allegro com fuoco (più presto che la prima volta)
  4. Larghetto
  5. Vivo

Sviatoslav Richter, piano

Warsaw Philharmonic Orchestra

Stanislaw Wislocki (Rachamaninov)

Witold Rowicki (Prokofiev)

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FLAC | 228 MB

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MP3 | 320 KBPS | 131 MB

Richter era famoso por seus comentários (nem sempre lisonjeiros) sobre outras personalidades musicais. Sobre certo maestro-pianista argentino ele disse: ‘Um grande talento preocupado em parecer profundo. Acaba ficando chato’.

Baixe os arquivos e aproveite a música!

René Denon

Ah, ia já me esquecendo…

Sergei Vasilievich Rachmaninoff (1873-1943): Destination Rachmaninov Arrival – Pianos Concertos nº 1 e 3, The Bells, Vocalise

Daniil Trifonov desembarca em grande estilo de sua aventura rachmaninoviana tocando o Primeiro e o Terceiro Concertos para Piano. Trifonov ainda é jovem, e acredito que vai voltar a estes concertos em alguns anos, mais experiente e maduro. Técnica ele tem sobrando. Falta talvez um pouco de maturidade e experiência, que os senhores vão encontrar sobrando com o Horowitz / Ormandy e com outra gravação histórica que o René Denon irá postar logo, logo, com Sviatoslav Richter.

Não poderia afirmar que estas gravações de Daniil Trifonov são as minhas favoritas, mas, repito, ele tem a juventude a seu favor. Lembro de outras duas gravações sensacionais destes Concertos de Rachmaninov, com os solistas ainda jovens: Ashkenazy / Previn, lá dos anos 70, e a incrível gravação de Martha Argerich do Terceiro Concerto, com o Chailly. São com certeza duas gravações históricas para serem usadas como comparação. Então vamos ao que viemos?

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943)
The Bells, Op. 35
Arr. Trifonov for Piano
1.1. Allegro ma non tanto (The Silver Sleigh Bells)

Daniil Trifonov – Piano

Piano Concerto No. 1 in F-Sharp Minor, Op. 1
2.1. Vivace
3.2. Andante
4.3. Allegro vivace

Daniil Trifonov
The Philadelphia Orchestra
Yannick Nézet-Séguin

5.Vocalise, Op. 34, No. 14 (Arr. Trifonov for Piano)

Daniil Trifonov

Piano Concerto No. 3 in D Minor, Op. 30
6.1. Allegro ma non tanto

7.2. Intermezzo (Adagio)
8.3. Finale (Alla breve)

Daniil Trifonov
The Philadelphia Orchestra
Yannick Nézet-Séguin

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Sergei Vasilievich Rachmaninoff (1873-1943): Destination Rachmaninov – Departure – Daniil Trifonov, The Philadelphia Orchestra Yannick Nézet-Séguin

Nascido em 1991, ou seja, meros 29 anos de idade, Daniil Trifonov vem se afirmando como um dos grandes pianistas do novo século. Vencedor de inúmeras competições, recebeu elogios de Martha Argerich, que o considerou um fenômeno, afirmando que é ‘tudo e mais ‘. e “o que suas mãos fazem é tecnicamente incrível.” Acho que Martinha sabe do que fala, não acham?

Aqui neste CD embarca no que ele chama de ‘Destino Rachmaninov’, projeto no qual ele gravou os quatro Concertos do compositor russo, além de outras obras. É acompanhado por outro jovem músico, que também vem se destacando nos últimos anos, o ótimo maestro  Yannick Nézet-Séguin, que dirige a tradicional Orquestra da Filadélfia.

Aí alguém pode me questionar, poxa, Rachmaninov novamente? Não creio que se trate apenas de postar novamente Rachaminov, mas sim de mostrar os novos talentos que surgem. E Daniil Trifonov não é apenas o futuro, ele já é o presente. Tenho certeza de que ainda iremos ouvir falar muito dele.

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943)
Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18
1.1. Moderato
2.2. Adagio sostenuto
3.3. Allegro scherzando

Daniil Trifonov
The Philadelphia Orchestra
Yannick Nézet-Séguin

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Partita for Violin Solo No. 3 in E Major, BWV 1006
Arr. Piano by Rachmaninov
4.1. Preludio3:48
5.3. Gavotte2:45
6.6. Gigue1:42

Daniil Trifonov

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943)
Piano Concerto No. 4 in G Minor, Op. 40
7.1. Allegro vivace (Alla breve)
8.2. Largo
9.3. Allegro vivace

Daniil Trifonov
The Philadelphia Orchestra
Yannick Nézet-Séguin

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Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Yuja Wang e Khatia Buniatishvili são livres para se vestirem como quiserem. É justo. Mas boa parte do público as conhecem mais através das pernas de uma e dos seios e costas da outra do que por suas qualidades musicais. É injusto. Wang é efetivamente uma tremenda pianista, mas creio que o mesmo não se possa dizer de Buniatishvili, uma instrumentista que aposta apenas na emoção. Para comprovar o que digo, este CD da DG venceu vários prêmios de melhor disco erudito solo de 2019. Isto é, Wang merece ser ouvida. O Ligeti e o Prokofiev dela são sensacionais. Já Rachmaninov e Scriabin são compositores tão estranhos a meu gosto que não vou falar. A 8ª Sonata de Prokofiev é notavelmente interpretada. Como Sviatoslav Richter, ela consegue integrar o poder e o lirismo que caracterizam os longos movimentos externos. Ao manter o Andante sognando estável, elegante e discreto, os toques expressivos de Wang tornam-se ainda mais significativos. Dos três Estudos de Ligeti, o Vertige é o melhor, e raramente soou tão suave e transparente.

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943)
1.Prelude in G Minor, Op. 23, No. 5 3:53
Études-Tableaux, Op. 39
2.No. 1 in C Minor 3:25
Études-Tableaux, Op. 33
3.No. 3 in C Minor 4:15
4.Prelude in B Minor, Op. 32, No. 105:32

Alexander Scriabin (1872 – 1915)
5.Piano Sonata No. 10, Op. 70 11:44

György Ligeti (1923 – 2006)
Études pour piano
6.No. 3 “Touches bloquées” 1:53
Études pour piano
7.No. 9 “Vertige” 2:39
Études pour piano
8.No. 1 “Désordre” 2:35

Sergei Prokofiev (1891 – 1953)
Piano Sonata No. 8 in B-Flat Major, Op. 84
9.1. Andante dolce 13:49
10.2. Andante sognando 4:39
11.3. Vivace 10:46

Yuja Wang, piano

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Yuja Wang: excelente pianista que aposta no seu par de pernas

PQP

Sergey Rachmaninov – Piano Concerto nº 3 – Horowitz, Reiner, Ormandy

O Rach 3, como é mais conhecido, é um dos mais difíceis concertos para Piano já compostos. Que o diga o pianista australiano David Helfgott, menino prodígio, que encarou o desafio de tocá-lo em um concurso, porém, devido a um esgotamento mental devido às horas de ensaio, e a esquizofrênia ainda não diagnosticada, e e também à pressão do pai, que queria que fosse tudo perfeito, veio a sofrer um colapso mental no dia da sua apresentação. Está tudo retratado no belíssimo filme intitulado ‘Shine, Brilhante”, com o ótimo ator australiano Geoffrey Rush. Quem ainda não viu, não sabe o que perdeu.

Wladimir Horowitz foi um dos maiores pianistas do século XX, e este Concerto fazia parte de seu repertório. Tenho dois registros dele, o primeiro lá dos anos 50, 1951, para ser mais exato, onde ele é acompanhado por Fritz Reiner. Já em idade avançada, 75 anos, veio a gravar novamente, nas comemorações de seu Jubileu, com o grande Eugène Ormandy. São com certeza dois registros históricos, estou trazendo para os senhores poderem fazer as devidas comparações. Divirtam-se. São dois momentos únicos, vale a pena conhecer.

 

Sergey Rachmaninov (1873-1943) – Piano Concerto No. 3, In D Minor, Op. 30 (Gravação de 1951)

01. Allegro ma non tanto
02. Intermezzo Adagio
03. Finale. Alla breve

Wladimir Horowitz – Piano
RCA Victor Symphony Orchestra
Fritz Reiner – Conductor

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Sergey Rachmaninov (1873-1943) – Piano Concerto No. 3, In D Minor, Op. 30 (Gravação de 1978)

01. Allegro ma non tanto
02. Intermezzo Adagio
03. Finale. Alla breve

Wladimir Horowitz
Nwe York Philharmonic Orchestra
Eugene Ormandy – Conductor

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Nelson Freire, 75 anos – Nelson Freire: Encores

Nelson Freire, 75 anos – Nelson Freire: Encores

Estamos no último minuto do 18 de outubro, e ainda em tempo de celebrar o septuagésimo quinto aniversário do Sr. Nelson José Pinto Freire, nascido no rio Grande, não o Rio Grande donde eu venho, mas o que banha a pacata Boa Esperança das Minas Gerais, um cidadão do mundo, e certamente um dos compatriotas que nunca nos deixará sem respostas se alguém nos perguntar o que de bom tem o Brasil, além de butiás e jabuticabas. Parabenizamos o célebre Sr. Freire e abraçamos o gentil Nelsinho, alcançando-lhe nossa gratidão pela longa e profícua carreira, que não para de nos trazer alegrias nessas já tantas décadas que o veem elencado entre os maiores pianistas em atividade. Além do quilate artístico, o mineirinho Nelson é um amor de criatura, ouro maciço. Discreto, caseiro e reservado, vive para a arte e para os amigos. Agora há pouco cheguei a brincar com os companheiros de blog, imaginando-o a bebemorar seu aniversário, entre um cigarro e outro, com a grande amiga Martha Argerich, parceira de vida e arte há seis décadas, só para depois me lembrar de ter lido numa entrevista que ele parou de fumar há alguns anos, por querer manter-se por muito tempo ainda ativo: menos em recitais e concertos, pois a rotina de viagens lhe aborrece muito, e cada vez mais em gravações, depois de por tanto tempo relutar em fazê-las, e legar ao futuro uma resposta a quem quer que pergunte “como tocava Nelson Freire?”.

Numa bonita postagem, o Pleyel já afirmara que muito se poderia “falar do talento de Nelson para escolher peças de bis, parte essencial de recitais à moda antiga”. Pois neste fresquíssimo álbum, nosso cintilante compatriota apresenta-nos parte de seu arsenal de tira-gostos, digestivos e, também, fogos de artifício para arrematar concertos e recitais, abarcando o longo arco de tempo entre os gênios de Purcell e do tabagistíssima Shostakovich. O pianismo é, naturalmente, de chorar de bom, e ao final da guirlanda de peças a gente só consegue se admirar por lhe descobrir mais um talento: o de fazer um recital coeso só com tantos, e tão diversos, e diminutos bombons e bagatelas.

Que sirva de exemplo para tantos outros. E muitas outras.

E, sim: refiro-me a ti, gostosona.

NELSON FREIRE – ENCORES

Christoph Willibald GLUCK (1714-1787)
Arranjo de Giovanni Sgambati
1- Orfeo ed Euridice: Melodia

Henry PURCELL (1659-1695)
2 – Hornpipe em Mi menor

Giuseppe Domenico SCARLATTI (1685-1759)
3 – Sonata em Ré menor, K. 64
4 – Sonata em Si menor, K. 377

Zygmunt Denis Antoni Jordan de STOJOWSKI (1870-1946)
5 – Aspirations, Op. 39: no. 1, “Vers l’Azur”

Ignacy Jan PADEREWSKI (1860-1941)
6 – Miscellanea, Op. 16: no. 4: Noturno em Si bemol maior

Richard Georg STRAUSS  (1864-1949)
Arranjo de Leopold Godowsky
7 – Seis Lieder, Op. 17: No. 2, Ständchen

Edvard Hagerup GRIEG (1843-1907)
Das “Peças Líricas” para piano:
8 – Livro I, Op. 12 – no. 1: Arietta
9 – no. 2: Valsa
10 – no. 5: Melodia Popular
11  – Livro II, Op. 38 – no. 1.: Berceuse
12 – Livro III, Op. 43 – no. 2: Viajante Solitário
13 – no. 4: Pequeno Pássaro
14 – no. 6: À Primavera
15 – Livro IV, Op. 47 – no. 4: Halling
16 – Livro V, Op. 54 – no. 1: Jovem Pastor
17 – Livro VIII, Op. 65 – no. 6: Dia de Casamento em Troldhaugen
18 – Livro IX, Op. 68 – no. 3: A seus pés
19 – no. 5: No berço

Anton Grigoryevich RUBINSTEIN (1829-1894)
20 – Duas Melodias, Op. 3 – no. 1 em Fá maior

Alexander Nikolayevich SCRIABIN (1872-1915)
21 – Dois Poemas, Op. 32 – no. 1 em Fá sustenido maior

Sergei Vasilyevich RACHMANINOV (1873-1943)
22 – Prelúdios, Op. 32 – no. 10 em Si menor: Lento
23 – no. 12 em Sol sustenido maior: Allegro

Dmitry Dmitryevich SHOSTAKOVICH (1906-1975)
Danças Fantásticas, Op. 5
24 – no. 1: Marcha. Allegretto
25 – no. 2: Valsa. Andantino
26 – no. 3: Polka. Allegretto

Enrique GRANADOS Campiña (1867-1916)
27 – Goyescas, Suíte para piano – no. 4: Quejas ó la maja y el ruiseñor

Frederic MOMPOU Dencausse (1893-1987)
28 – Scenes d’enfants – no. 5: Jeunes filles au jardin

Isaac Manuel Francisco ALBÉNIZ y Pascual (1860-1909)
29 – España, Op. 165 – Tango em Ré maior (arranjo de Leopold Godowsky)
30 – Navarra (completada por Déodat de Sévérac)

Nelson Freire, piano

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Nelson com Guiomar Novaes, 1977. Foto do acervo particular de Nelson Freire, publicada pelo sensacional Instituto Piano Brasileiro (http://institutopianobrasileiro.com.br), comandado pelo indispensável Alexandre Dias, apoiado por Nelson e que recomendamos demais.
No vídeo abaixo, parte do documentário “Nelson Freire” de João Moreira Salles, o aniversariante de hoje relembra a influência inspiradora de Guiomar em sua carreira, enquanto ouve, com olhos suados, a melodia de Gluck (que abre o CD que ora compartilhamos) na interpretação de sua ídola. E a “Nise” a que ele se refere é Nise Obino, sua maior mestra, decisiva para Nelson superar a transição de menino-prodígio a jovem artista e que, como descobrimos pelo documentário (que não podemos recomendar o bastante aos fãs de Nelson), muito mais que professora, foi-lhe uma grande paixão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vassily, com um agradecimento ao incansável FDP Bach por lhe ter alcançado esta gravação.

Sergey Rachmaninov (1873) – Piano Concerto nº3, Sergey Prokofiev (1891-1953) – Piano Concerto nº3 – Pletnev, Rostropovich, RSO

Temos neste CD um maravilhoso repertório, interpretado por um dos grandes pianistas que surgiram na Rússia na segunda metade do Século XX, Mikhail Pletnev, acompanhado por um dos maiores músicos do século XX, o maior violoncelista de todos os tempos, que nos últimos anos de vida deixou um pouco de lado a vida de solista para se dedicar a vida de maestro, Mistslav Rostropovich.

E com relação ao repertório, bem, a semelhança entre as obras fica apenas na semelhança entre os primeiros nomes de seus compositores, Sergey.  Temos aqui dois momentos cruciais da música para piano do século XX, dois dos maiores concertos já compostos para este instrumento. O romantismo tardio de Sergey Rachmaninov irrita alguns até hoje, enquanto que a arte revolucionária do outro Sergey, o Prokofiev, bem, este também perturba, mas por outros motivos, e eu diria que mais encanta que irrita.

Mikhail Pletnev esbanja talento aqui. Provavelmente para mostrar ao velho maestro que a Rússia continua produzindo grandes pianistas, seguindo a tradição de seus velhos amigos já falecidos, Emil Gilels e Sviatoslav Richter, entre outros.

Curiosamente, temos aqui um Rach 3 mais contido, não tão intenso, mais ‘frio’, talvez devido ao fato de todos os envolvidos serem russos. Mas não podemos esquecer o quão intensos e emotivos os russos podem ser.  Em matéria de explosão nossa amada Martha Argerich tocou o terror quando gravou esse concerto com o Chailly, em priscas eras. Pletnev não é Martha, nem precisa ser, ele é Mikhail Pletnev, um dos maiores pianistas de sua geração, e que, assim como o velho maestro que o acompanha neste CD, também vem se dedicando à regência nos últimos anos, frente a esta mesma Orquestra Nacional Russa, criada por ele mesmo.

01 Piano Concerto No. 3 in D minor, Op. 30 1. Allegro ma non tanto
02 Piano Concerto No. 3 in D minor, Op. 30 2. Intermezzo. Adagio – attacca
03 Piano Concerto No. 3 in D minor, Op. 30 3. Finale. Alla breve
04 Piano Concerto No. 3 in C major, Op. 26 1. Andante – Allegro
05 Piano Concerto No. 3 in C major, Op. 26 2. Tema. Andantino –
06 Piano Concerto No. 3 in C major, Op. 26 3. Allegro ma non troppo

Mikhail Pletnev – Piano
Russian National Orchestra
Mistslav Rostropovich – Conductor

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Concert of the Century: Celebrating the 85th Anniversary of Carnegie Hall (1976)

61YHCGMSB4L._SX425_“Concerto do Século” é um título bastante presunçoso para esta gravação da celebração dos 85 anos (jubileu esquisito, né?) do Carnegie Hall em Nova York, e que eu comprei no Carrefour nos anos 90.

Os talentos reunidos talvez justifiquem a presunção: afinal, se hoje Leonard Bernstein, Isaac Stern, Yehudi Menuhin, Vladimir Horowitz, Slava Rostropovich e Dietrich Fischer-Dieskau provavelmente estão, entre uma piada e outra de Slava, a fazer música no Olimpo, no tempo em que eles repartiam conosco o ar pestilento do Hades era bem difícil vê-los repartindo um palco.

O repertório é um saco de gatos difícil de entender, cujo único critério de eleição, parece, era o da Roda da Fortuna. Talvez quisessem apenas achar pretextos para reunir o notável panteão musical e ganhar dinheiro com isso – a edição de luxo da gravação, por exemplo, limitada a mil exemplares e autografada pelos artistas, ainda pode trocar de mãos pela ninharia de duas mil e trezentas doletas.

Essa, no entanto, é uma questão que empalidece quando imaginamos o espetáculo sui generis que não deve ter sido assistir aos célebres instrumentistas cantando (!) o Hallelujah de Händel que encerra o festim musical. Não conseguimos, em momento algum, discernir suas vozes em meio ao coro e, por isso, provavelmente devamos à Oratorio Society e à Filarmônica de New York nossos efusivos agradecimentos.

Ver Horowitz soltando um dó de peito certamente foi uma das trombetas do Apocalipse, mas o fechamento meio bizarro do concerto não condiz com algumas das belezas nele contidas. Ok, o Concerto Duplo de Bach com Stern e Menuhin é decepcionante, meio cru e cheio de arestas, e também fica difícil entender por que o “Pater Noster” à capela de Tchaikovsky está ali, perdido entre Bach e Händel. No entanto, o “Pezzo Elegiaco” que abre o belo Trio em Lá menor de Tchaikovsky (com Stern, Horowitz e Rostropovich) e o Andante da Sonata para violoncelo e piano de Rachmaninov (com Rostropovich e Horowitz) são tão bons que a gente fica cá com os botões a se perguntar por que diachos deles foram tocados só excertos.

O ouro maciço, entretanto, está no MA-RA-VI-LHO-SO “Dichterliebe” de Schumann, na voz de seu maior intérprete, Dietrich Fischer-Dieskau, e com Horowitz ao piano. Não conseguiríamos tecer loas bastantes à maior voz do século XX, então concentramos nossos confetes sobre Horowitz, que não só acompanha impecavelmente como também acrescenta tensão e lirismo a momentos cruciais. Para mim, esta é disparadamente a melhor gravação que existe desta obra-prima do gênero, e tenho certeza de que, se fosse lançada separadamente e não escondida neste saco de gatos de pedigree, seria um sempiterno sucesso.

CONCERT OF THE CENTURY – CELEBRATING THE 85th ANNIVERSARY OF CARNEGIE HALL

Gravado ao vivo em 18 de maio de 1976

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)

01 – Abertura “Leonore”, Op. 72a

New York Philarmonic
Leonard Bernstein, regência

Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)

02 – Trio em Lá menor para violino, piano e violoncelo, Op. 50 – Pezzo elegiaco

Isaac Stern, violino
Vladimir Horowitz, piano
Mstislav Rostropovich, violoncelo

Sergey Vasilyevich RACHMANINOV (1873-1943)

03 – Sonata em Sol menor para violoncelo e piano, Op. 19 – Andante

Mstislav Rostropovich, violoncelo
Vladimir Horowitz, piano

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CD2

Robert Alexander SCHUMANN (1810-1856)

01 – Dichterliebe, Op. 48, ciclo de canções sobre poemas de Heinrich Heine

Dietrich Fischer-Dieskau, barítono
Vladimir Horowitz, piano

Johann Sebastian BACH (1685-1750)

Concerto em Ré menor para dois violinos, orquestra de cordas e baixo contínuo, BWV 1043

02 – Vivace
03 – Largo ma non tanto
04 – Allegro

Isaac Stern e Yehudi Menuhin, violinos
New York Philarmonic
Leonard Bernstein, cravo e regência

Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)

05 – Nove Peças Sacras – Pater Noster

The Oratorio Society
Lyndon Woodside, regência

Georg Friedrich HÄNDEL (1685-1759)

06 – Messiah, Oratório HWV 56 – no. 42, coro: “Hallelujah”

Isaac Stern, Yehudi Menuhin, Vladimir Horowitz, Mstislav Rostropovich, Leonard Bernstein, Dietrich Fischer-Dieskau, vozes
The Oratorio Society
New York Philarmonic
Leonard Bernstein, regência

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Menuhin, Slava, Volodya, Bernstein e Stern cantam, e Fischer-Dieskau pergunta-se como veio parar no meio do pior coro do mundo.

Vassily

 

The Art of the Theremin – Clara Rockmore

The Art of the Theremin – Clara Rockmore

61nayAy+HeLMeu interesse em instrumentos musicais já me levou a tocar alguns deles em graus de sucesso que variam do sofrível ao ridículo. Minha experiência com todos, em especial os metais e as cordas, levou-me a admirar sobremaneira a dedicação dos instrumentistas para ajustarem suas bocas e dedos àqueles teimosos aparatos, extraindo deles não só sons agradáveis e condizentes com a intenção de um compositor, mas, o que é ainda mais impressionante, sem sucumbirem no processo.

Se acho uma façanha ser um virtuose de um instrumento que se toca tocando, que se pode dizer de um instrumento que se toca sem que se o toque?

Para mim, amigos, magia negra. Para o resto do mundo, é o assombroso teremim.

ooOoo

Inventado pelo físico russo Léon Theremin (Lev Termen, para os íntimos), este pioneiro entre os instrumentos eletrônicos é controlado pela posição das mãos do intérprete em relação a duas antenas: uma que regula a frequência, outra para o volume. O peculiar timbre resultante, já descrito como o de um “violoncelo perdido em neblina espessa, chorando por não saber como voltar para casa”, soa de melancólico a decididamente fantasmagórico. Não é à toa, portanto, que o teremim seja figurinha fácil de trilhas sonoras de filmes que abordam o incomum, o bizarro, e o inacreditável.

Parece difícil, e é mesmo. Por isso, talvez, passada a curiosidade inicial, o incrível instrumento de Theremin tenha ficado meio esquecido, e certamente limado de todos os círculos de música “séria”, até a entrada em cena de uma certa Clara Rockmore.

Nascida Klara Reisenberg em Vilnius (Lituânia), foi uma criança-prodígio no violino e chegou a estudar com Leopold Auer (sim, o professor de Heifetz; sim, o sujeito que esnobou o Concerto de Tchaikovsky) no Conservatório de São Petersburgo. Problemas de saúde fizeram-na abandonar o violino e a Música como um todo até encontrar, já nos Estados Unidos, o inventor Theremin. Trabalharam juntos no aperfeiçoamento do instrumento como meio de expressão artística. Foram tão próximos que Léon, que não era bobo, nem nada, lhe propôs casamento. Klara deu-lhe o fora, casou-se com um certo Rockmore, passou a chamar-se Clara e, emprestando ao teremim sua extraordinária musicalidade, transformou-se em sua primeira virtuose.

O vídeo acima, apesar do som precário, dá a vocês uma melhor ideia do que lhes tento dizer (além, claro,de ser deliciosamente funéreo!). O timbre, como já falamos, talvez seja um gosto adquirido, mas é assombrosa a expressividade que Rockmore obtém sem nada tocar além do éter. Se vocês perceberem, ao contrário da maior parte dos instrumentos, dos quais os silêncios são obtidos tão só pela suspensão da emissão do som, as pausas no teremim também têm que ser produzidas, através da ação a mão do volume (no caso de Rockmore, a esquerda).

Espero que, vencendo a natural estranheza, vocês possam apreciar a complicada arte desta virtuose incomum.

THE ART OF THE THEREMIN – CLARA ROCKMORE

Sergey Vasilyevich RACHMANINOV (1873-1943)

01 – Canções, Op. 34 – no. 14: Vocalise
02 – Romances, Op. 4 – no. 4: “Ne poj, krasavitsa” [NOTA DO AUTOR: conhecida como “Canção de Grusia”, não se refere a qualquer pessoa, mas sim à região caucasiana da Geórgia, que tem este nome em russo]

Charles-Camille SAINT-SAËNS (1835-1921)

03 – O Carnaval dos Animais – no. 13: O Cisne

Manuel de FALLA y Matheu (1876-1946)

04 – El Amor Brujo – Pantomima

Yosif Yuliyevich AKHRON (1886-1943)

05 – Melodia hebreia, Op. 33

Henryk WIENIAWSKI (1835-1880)

06 – Concerto para violino no. 2 em Ré menor, Op. 22 – Romance

Igor Fyodorovich STRAVINSKY (1882-1971)

07 – O Pássaro de Fogo: Berceuse

Joseph-Maurice RAVEL (1875-1937)

08 – Pièce en forme de Habanera

Pyotr Ilyitch TCHAIKOVSKY (1840-1893)

09 – Dix-Huit Morceaux, Op. 72 – No. 2: Berceuse
10 – Six Morceaux, Op. 51 – No. 6: Valse sentimentale
11 – Sérénade Mélancolique, para violino e piano, Op. 26

Aleksandr Konstantinovich GLAZUNOV (1865-1936)

12 – Chant du ménestrel, Op.71

Clara Rockmore, teremim e arranjos
Nadia Reisenberg, piano

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Boris theremin

Vassily Genrikhovich

Shostakovich / Pärt / Kancheli / Rachmaninov: Echoes of Time

Shostakovich / Pärt / Kancheli / Rachmaninov: Echoes of Time

IM-PER-DÍ-VEL !!! (o disco é ótimo e o repertório… MINHA NOSSA!)

O som de Shostakovich pertence às primeiras memórias de Lisa Batiashvili. Durante sua infância, ela frequentemente ouvia o quarteto de cordas de seu pai ensaiar a música do compositor, e em casa e em concerto, este era o mundo sonoro que moldava seu senso de cultura.

Lisa Batiashvili e sua família deixaram a Georgia quando ela tinha onze anos de idade, mas a música de Shostakovich viajou com eles. Mark Lubotsky, seu professor em Hamburgo, foi aluno de David Oistrakh, para quem Shostakovich escreveu seus concertos de violino e, para a jovem Lisa Batiashvili, isso parecia uma linha direta com a fonte. “Quando minha professora começou a contar histórias sobre o Primeiro Concerto para Violino, eu me apaixonei completamente por essa peça. David Oistrakh havia compartilhado informações muito emocionais e precisas sobre cada movimento. De alguma forma, a peça se tornou simbólica do tempo na União Soviética, que eu também a havia experimentado durante os primeiros dez anos da minha vida. Os artistas, durante os tempos soviéticos, estavam procurando a liberdade que Shostakovich buscava através de sua música. A música era uma fuga e um símbolo de liberdade em um momento difícil. Quando viajei para Moscou com meus pais, encontramos muitas pessoas, e tive a forte impressão de que essa música era um reflexo do que eles estavam passando”.

Esta gravação de Lisa foi sua estreia na DG e traz, claro, o primeiro Concerto para Violino de Shostakovich. Sob o título Echoes of Time, Lisa Batiashvili reuniu uma coleção de obras que iluminam a Rússia soviética. Traz também a Georgia com uma belíssima peça de Kancheli, E a peça de Pärt é ainda melhor.

Com a pianista Hélène Grimaud, Lisa toca para Spiegel im Spiegel de Arvo Pärt e o Vocalise de Rachmaninov. “Estávamos planejando há anos tocar juntas. Ela adora esse tipo de repertório. Eu a admiro muito, não apenas por sua musicalidade, mas também como uma pessoa incrivelmente séria. Enquanto Pärt e Kancheli, como Shostakovich, ambos sentiam o peso da opressão soviética, a música de Rachmaninov expressa um desejo nostálgico por sua pátria. Ah, há também a Valsa Lírica de Shostakovich, escrita para piano e arranjada para violino e orquestra por meu pai, com ecos de outra era”, diz ela.

Alemanha, Finlândia, Geórgia, Moscou, França. Lisa Batiashvili menciona um número surpreendente de lugares que são quase, mas não completamente, sua casa. “Aconteceu com frequência nos últimos quinze anos que eu não tinha certeza de onde eu era. Quando voltei para a Geórgia, descobri que não entendia mais quem eu era ou de onde pertencia. Eu não me integrei totalmente ao estilo de vida alemão, me sentia uma convidada em todos os lugares. Por outro lado, para os músicos, é uma enorme vantagem poder fazer a sua casa onde quer que vá. Agora tenho um marido francês, nossos filhos nasceram na Alemanha e não me sinto mais desconfortável com esse modo de vida. Quando você traz música para o mundo todo, é importante ter uma conexão fácil com todos os tipos de pessoas. E então, no final, você não é mais um estranho em qualquer lugar ”.

Shostakovich / Pärt / Kancheli / Rachmaninov: Echoes of Time

Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)
Violin Concerto No.1 in A minor, Op.99 (formerly Op.77)
1) 1. Nocturne (Moderato) [12:23]
2) 2. Scherzo (Allegro) [6:17]
3) 3. Passacaglia (Andante) [14:10]
4) 4. Burlesque (Allegro con brio – Presto) [4:42]

Giya Kancheli (1935 – )
5. V & V [10:51]

Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)
Dance of the Dolls
6. Lyric Waltz (orchestrated by Tamas Batiashvili) [3:25]

Lisa Batiashvili
Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks
Esa-Pekka Salonen

Arvo Pärt (1935 – )
7. Spiegel im Spiegel [10:21]

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943)
8. Vocalise, Op.34 No.14 [5:39]

Lisa Batiashvili
Hélène Grimaud

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Lisa Batiashvili: em casa (e fora dela) em qualquer lugar do mundo

PQP

Catalin Rotaru – Bass(ic) Cello Notes

Catalin Rotaru – Bass(ic) Cello Notes

Você já imaginou uma orquestra sem contrabaixos? Pois é: uma desgraça – pior ainda tratando-se de uma orquestra de cordas. Mas como instrumento solista falta ainda bastante para o contrabaixo se consolidar dentro do repertório orquestral, mesmo com Bottesini (o Paganini do instrumento) tendo aberto caminhos para seu virtuosismo.

Nem mesmo a música de câmara contribuiu com muita coisa, tanto que um camarada chamado Catalin Rotaru encheu o saco e começou a fazer transcrições de peças mais desafiadoras, originalmente escritas para violoncelo ou violino. O romeno residente nos EUA, por exemplo, pinta e borda na paráfrase que escreveu sobre o Capricho 24 do aludido Paganini.

Porém neste CD aqui vocês verão um Rotaru comedido (comedido na demonstração de domínio técnico), que preferiu colocar apenas uma paráfrase (sobre Bach) em meio a duas sonatas (Brahms e Rachmaninov) onde respeita praticamente por completo a partitura, tocando o contrabaixo no registro agudo – ou seja, nas cello notes.

Nessas sonatas, a interpretação de Catalin chega a ser mais lírica do que a de muitos cellistas (particularmente, pela primeira vez senti beleza nessa primeira sonata de Brahms), por isso recomendo o download – que passa a ser obrigatório para fãs de peças do gênero, isto é, de sonatas.

***

Catalin Rotaru – Bass(ic) Cello Notes

Brahms
1. Sonata for Cello and Piano No.1 in E Minor, Op. 38: Allegro Non Troppo 11:53
2. Sonata for Cello and Piano No.1 in E Minor, Op. 38: Allegretto Quasi Menuetto 5:43
3. Sonata for Cello and Piano No.1 in E Minor, Op. 38: Allegro 6:48

Bach
4. Chaconne from Partita No. 2 in D minor, BWV 1004: Ciaccona 14:30

Rachmaninov
5. Sonata for Cello and Piano, Op. 19: Lento – Allegro Moderato 10:56
6. Sonata for Cello and Piano, Op. 19: Allegro Scherzando 6:40
7. Sonata for Cello and Piano, Op. 19: Andante 6:13
8. Sonata for Cello and Piano, Op. 19: Allegro mosso – Moderato – Vivace 11:26

Catalin Rotaru, contrabaixo
Baruch Meir, piano

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Catalin Rotaru dizendo que poderia ser um tiquinho mais grave.

CVL

V O L O D O S – Piano Transcriptions

V O L O D O S – Piano Transcriptions

V O L O D O S

Piano Transcriptions

Este disco é um ultraje! TRANSCRIÇÕES – TRAIÇÕES? – TRADIÇÕES!!

É um disco para quem ama o som do piano, do grande, enorme instrumento que se tornou o piano.

Os principais personagens deste disco são Arcadi Volodos e Thomas Frost. O nome do primeiro está na capa e o do segundo, na contracapa.

Volodos, retrato do artista quando jovem!

Arcadi Volodos gravou este disco em 1996, o primeiro resultado de seu (exclusivo) contrato com a Sony Classical. Thomas Frost é um veterano produtor de discos que trabalhou com artistas como Horowitz, Eugene Ormandy, George Szell e Rudolf Serkin e produziu este disco.

Por que o disco é um ultraje? Ora, um disco que tem faixas como O Voo do Besouro e A Marcha Turca (de Mozart) tem uma grande chance de fazer torcer os narizes e de fazer franzir os cenhos de ouvintes mais puristas (digamos). Mas acreditem, esse disco vai além disso.

Transcrições soam como violações das sacrossantas vontades dos compositores e expressões hifenadas como Bach-Busoni, Bach-Siloti, Schubert-Liszt geram em certos setores grandes desconfianças. Mas as transcrições estão há muito enraizadas na cultura musical. Basta lembrar que Bach transcreveu música de Vivaldi, de Alessandro Marcelo, de Albinoni e até dele mesmo. Mozart arranjou umas fugas de Bach para trio de cordas, transcreveu sonatas de Johann Christian Bach para piano e orquestra. Mozart até reorquestrou o Messias de Handel.

Mas o que está mais próximo do que temos neste disco são as transcrições e arranjos feitos pelos virtuoses de piano e de violino para suas próprias apresentações. Liszt foi um precursor. Peças de Bach originalmente para órgão, Lieder de Schubert, óperas da época – tudo para piano. Inclusive as Sinfonias de Beethoven! Fritz Kreisler, compositor e violinista chegou a escrever música original, peças de encore, que atribuiu a outros compositores como se fossem transcrições, verdadeiros pastiches.

Assim, prepare-se para um programa repleto de excelente música, bastante diversificado, maravilhosamente executado e gravado! IM-PRE-NA-BLE! Um MUST!

A primeira peça, Carmen Variations, é um arranjo de Horowitz sobre o tema da ópera de Bizet. Conta o livreto que Volodos teve que tirar de ouvido a peça gravado em 1968 por Volodya.

A quarta faixa também tem a assinatura de Horowitz, que tinha a sua própria versão da Rapsódia Húngara No. 2, de Liszt.

Rachmaninov em ação!

Rachmaninov escreveu algumas canções e ele mesmo transcreveu duas delas para piano solo: Lilacs e Daisies. As faixas 2 e 3 são transcrições feitas para piano solo de outras duas canções de Rachmaninov – Utro (Manhã) e Melodiya (Melodia) – pelo próprio Volodos, tomando as transcrições já existentes como modelos. Rachmaninov, que além de compositor ganhava a vida como pianista, fez várias transcrições. Dia destes postaremos um lindo disco com algumas delas.

Nas faixas de 5 a 7 temos três transcrições feitas por Liszt de canções de Schubert: Litanei, Aufenthalt e Liebesbotschaft. O desafio é tocar não só o acompanhamento da canção original para piano, mas também a parte do cantor.

Chegamos na faixa 8, talvez a peça mais transcrita de todas: The Flight of the Bumblebee – O Vôo do Besouro. A peça original escrita por Rimsky-Korsakoff para orquestra (o cara era um bamba em orquestração, foi professor de Stravinsky…) teve versões para piano e violino, guitarra, flauta e acho que até para ukulele. A transcrição deste disco foi feita por um pianista húngaro, aluno de aluno de Liszt, que  demanda maior investigação, George Cziffra.

As faixas 9, 10 e 11 são transcrições autênticas. Prokofiev arranjou para piano música de seus balés e de peças orquestrais. Fez muito sucesso dez dos números de Romeu e Julieta transcritas para piano e ele repetiu a dose com música do balé Cinderela. Aqui temos uma Gavota, uma Dança Oriental e uma Valsa. Qualquer dia destes, postaremos um lindo disco com essas peças do  balé Romeu e Julieta.

Feinberg pensando: Quando esses caras do PQP vão postar uns disquinhos meus?

Samuel Feinberg foi um grande virtuose de piano que viveu atrás da chamada Cortina de Ferro e temos poucas gravações suas. Mas podemos avaliar seu calibre pelas transcrições que deixou, por exemplo, das Sinfonias Nos. 4, 5 e 6 de Tchaikovsky. A faixa 12 deste disco traz o Scherzo, o terceiro movimento da Sinfonia No. 6, a Patética. A interpretação do Volodos faz justiça tanto a Tchaikovsky quanto a Feinberg. Esta faixa é a minha escolha de cereja do bolo!

Uma outra transcrição de Feinberg, agora do Largo da Triosonata No. 5, BWV 529, de Bach, dá um tom reflexivo ao disco.

A última faixa é mais uma transcrição de Volodos, agora da Marcha Turca, o último movimento da Sonata para piano No. 11, em lá maior, K. 331. A sonata é uma das mais bonitas de Mozart. O primeiro movimento é um lindíssimo tema com variações, o segundo movimento é um Menuetto. O terceiro movimento, no entanto, é irresistível, uma marcha turca. Viena tinha uma queda pela chamada música turca e  O Rapto do Serralho vai nessa onda. Até Beethoven tem uma Marcha Turca. Bom, aqui temos para fechar o disco uma Marcha Turca de Mozart-Volodos. Faz sucesso. Já ouvi essa peça interpretada por outra virtuose do piano.

Piano Transcriptions

Georges Bizet (1838 – 1875) – Vladimir Horowitz (1903 – 1989)

  1. Carmen Variations

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943) – Arcadi Volodos (1972  –       )

  1. Utro (Morning)
  2. Melodyia (Melodia)

Franz Liszt (1811 – 1886) – Vladimir Horowitz (1903 – 1989)

  1. Hungarian Rhapsody No. 2

Franz Schubert (1797 – 1828) – Franz Liszt (1811 – 1886)

  1. Litanei
  2. Aufenthalt
  3. Liebesbotschaft

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844 – 1908)  –  György Cziffra (1921 – 1994)

  1. Flight of the Bumblebee

Sergei Prokofiev (1891 – 1953)

  1. Gavotte
  2. Orientale
  3. Valse

Piotr Tchaikovsky (1840 – 1893)  – Samuel Feinberg (1890 – 1962)

  1. Scherzo (Symphony No. 6)

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)  –  Samuel Feinberg (1890 – 1962)

  1. Largo (Triosonata No. 5, BWV 529)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) – Arcadi Volodos (1972  –       )

  1. Turkish March

Arcadi Volodos, piano

Gravação: Snape Maltings Concert Hall, Snape, Suffolk, England & American Academy of Arts & Letters, New York, 1996

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FLAC | 187 MB

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MP3 | 320 KBPS | 140 MB

Volodya achando tudo um grande barato!

Assim é o universo deste ótimo disco: exibição de virtuosismo que torna o piano em um emulador de outras combinações de instrumentos e vozes, até mesmo da orquestra. Aproveite!!

René Denon

Sergey Rachmaninov (1873-1943) – Complete Symphonies & Piano Concertos – Lorin Maazel, Támas Vasary,

Confesso que fiquei surpreso quando nosso mentor PQPBach mandou dia destes uma solicitação da Segunda Sinfonia de Rachmaninov. Quase perguntei se era correta sua solicitação, de repente ele podia estar atrás da sinfonia de mesmo número de outro compositor, mas pelo tipo de pergunta e pelo motivo da solicitação entendi que era realmente a Segunda Sinfonia de Rachmaninov que ele pedia. Sabemos que ele não é muito fã deste compositor, por isso a dúvida. Informei então que tinha a caixa da DG onde o grande Lorin Maazel gravara a integral das sinfonias, as Danças Sinfônicas e o poema sinfônico ‘Ilha dos Mortos”, frente a Filarmônica de Berlim. Ele aceitou imediatamente. Na verdade, esta postagem nada mais é que uma repostagem de uma original que fiz lá nos primórdios do PQPBach, em 2007.

Então em atenção á solicitação de nosso mestre / guru / mentor estou trazendo esta bela caixa. Ah, de quebra os senhores ainda levam os concertos para piano, nas mãos de Támás Vásáry, é mole, ou querem mais?

CD 1

Symphony No. 2 in E minor op. 27 e-moll · en mi mineur A
1. Largo – Allegro moderato
2. Allegro molto
3. Adagio
4. Allegro vivace

Symphony No. 1 in D minor op. 13 d-moll · en ré mineur
1. Grave – Allegro ma non troppo – Allegro vivace
2. Allegro animato

CD 2

Symphony No. 1 in D minor (cont.)
3. Larghetto
4. Allegro con fuoco

Symphony No. 3 in A minor op. 44 a-moll · en la mineur

1. Lento – Allegro moderato – Allegro
2. Adagio ma non troppo – Allegro vivace
3. Allegro – Allegro vivace

4. The Rock op. 7
Fantasy »Der Fels« ·
« Le Rocher »

5 Intermezzo from the opera Aleko
6 Allegro pastorale
7 Vocalise op. 34 no. 14 Lentamente

CD 3

1 The Isle of the Dead op. 29
Symphonic Poem »Die Toteninsel« · « L’Île des morts » Lento – Tranquillo – Largo – Allegro molto – Largo – Tempo I

Symphonic Dances op. 45
2 1. Non allegro
3. Andante con moto (Tempo di valse)
4. Lento assai – Allegro vivace – Lento assai come prima

Berliner Philharmoniker
LORIN MAAZEL

Rhapsody on a Theme by Paganini for Piano and Orchestra op. 43
5 Introduction – Variations I–VI
6 Variations VII–X
7 Variations XI–XV
8 Variations XVI–XVII
9 I Variation XVIII A tempo vivace – Variations XIX–XXIV

TAMÁS VÁSÁRY piano
London Symphony Orchestra
YURI AHRONOVITCH

CD 4

Concerto for Piano and Orchestra No. 1 in F sharp minor op. 1 fis-moll · en fa dièse mineur

1. Vivace – Moderato – Vivace
2. Andante
3. Allegro vivace

Concerto for Piano and Orchestra No. 2 in C minor op. 18 c-moll · en ut mineur
4 1. Moderato – Più vivo – Allegro – Maestoso. Alla marcia – Moderato
5.2 Adagio sostenuto
3. Allegro scherzando – Moderato – Presto – Moderato – Allegro scherzando – Alla breve – Presto – Maestoso – Risoluto

CD 5

Concerto for Piano and Orchestra No. 3 in D minor op. 30 d-moll · en ré mineur
1. Allegro ma non tanto
2. Intermezzo. Adagio – attacca:
3. Finale. Alla breve 14:19

Concerto for Piano and Orchestra No. 4 in G minor op. 40 g-moll · en sol mineur
4 1. Allegro vivace
5 2. Largo – attacca subito:
6 3. Allegro vivace

TAMÁS VÁSÁRY piano
London Symphony Orchestra
YURI AHRONOVITCH

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 4 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

Serguei Rachmaninov (1873-1943) – Piano Concerto nº 1 in F-Sharp, op.1, Igor Stravinsky (1882-1971) – Capriccio for Piano & Orchestra, Rodion Shchedrin (1966) – Piano Concerto nº 2,

Completando a série das gravações dedicadas a Rachmaninov pela dupla Gergiev / Matsuev,  trago para os senhores o Primeiro Concerto, que segundo consta, o jovem Sergey compôs aos dezessete anos de idade, e mais tarde veio a revisá-lo.

Dos quatro concertos que Rach talvez este seja o mais “simples”,  se o compararmos com seus outros três companheiros. Mas mesmo assim já identificamos nele alguns elementos que já mostram a assinatura do compositor.

Para aqueles que querem ampliar os seus conhecimentos da lingua russa, o libreto em anexo lhes dará essa possibilidade, para os que não tem a mínima noção daquela língua, também tem texto em inglês.

01. Rachmaninov Piano Concerto No.1 – I. Vivace
02. Rachmaninov Piano Concerto No.1 – II. Andante
03. Rachmaninov Piano Concerto No.1 – III. Allegro vivace
04. Stravinsky Capriccio – I. Presto
05. Stravinsky Capriccio – II. Andante rapsodico
06. Stravinsky Capriccio – III. Allegro capriccioso ma tempo giusto
07. Shchedrin Piano Concerto No.2 – I. Dialogues Tempo rubato
08. Shchedrin Piano Concerto No.2 – II. Improvisations Allegro
09. Shchedrin Piano Concerto No.2 – III. Contrasts Andante – Allegro

Denis Matsuev – Piano
Mariinsky Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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Sergey Rachmaninov (1873-1943) – Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18, Sergey Prokofiev (1891-1953) Piano Concerto nº 2, in G Minor, op. 18 – Matsuev, Gergiev, Mariinsky Orchestra

Mais dois petardos, dois Concertos para Piano que não podem faltar em nenhuma CDteca, os segundos concertos para piano de Rach e de Prokofiev são muito diferentes entre si, porém igualmente complexos e de um nível de dificuldade único em suas características.
A nova geração de pianistas russos está muito bem representada aqui por Denis Matsuev, que já não é mais tão jovem assim, já que nasceu em 1975. E sua parceria com Valery Gergiev e a Orquestra do Teatro Mariinsky já nos trouxe diversas gravações de altíssimo nível de qualidade. Como diz nosso querido PQPBach quando músicos russos se reúnem para tocar compositores russos ninguém pode com eles.

01. Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 I. Moderato
02. Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 II. Adagio sostenuto
03. Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 III. Allegro scherzando
04. Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16 I. Andantino
05. Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16 II. Scherzo. Vivace
06. Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16 III. Intermezzo. Allegro moderato
07. Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16 IV. Finale. Allegro tempestoso

Denis Matsuev – Piano
Mariinsky Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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Serguei Rachmaninov – Piano Concerto nº 3, Rhapsody on a Theme of Paganini – Matsuev, Gergiev, Mariinsky Orchestra

A dupla Gergiev / Matsuev gravou há alguns anos os três concertos para piano de Rachmaninov  e hoje trago estas gravações para os senhores .

Vou começar pelo final, pois adoro terceiro concerto. Para completar o CD temos outro peso pesado do repertório pianístico de Rachmaninov, a Rapsódia sobre um tema de Paganini.

Os outros dois CDs vai vir logo em seguida, quem viver verá.

01. Piano Concerto No. 3 op.30 – I. Allegro non tanto
02. II. Intermezzo – adagio
03. III. Finale – alla breve
04 – 28 Rhapsody on a Theme of Paganini in A minor op.43

Denis Matsuev -Piano
Mariinsky Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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