Viva a Rainha! – As Idades de Marthinha: a Terceira Década (1961-1970) [Martha Argerich, 80 anos]


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Os conturbados anos sessenta foram um turbilhão para Martha. Depois dum breve período a morar sozinha, longe do jugo da mãe, a viver la vida loca em Viena, desiludiu-se com a carreira de concertista e cogitou de tudo, até estudar Medicina (!). Insegura sobre sua capacidade como artista, resolveu dar um tempo ao piano e mudou-se para Nova York.

O motivo? Vladimir Horowitz.

Martha soube que sua gravação da Rapsódia Húngara no. 6 impressionara Volodya e achou que isso seria credencial bastante para tornar-se aluna do ídolo. Enganou-se: nunca se encontraram e, para desnortear ainda mais seus rumos, ela viu-se grávida de sua primeira filha, Lyda.


Depois de três anos sem tocar, Martha retornou ao piano. Seu objetivo é o Concurso Internacional Chopin, em Varsóvia, em 1965.


Logo na primeira etapa da competição, ficou óbvio que seu maior concorrente seria o brasileiro Arthur Moreira Lima, aluno do Conservatório de Moscou, que conquistou o público com suas interpretações e com sua semelhança física com o próprio Chopin, de quem se tornaria um dos mais distintos intérpretes. Arthur venceu a primeira etapa, Martha, as duas seguintes, e na grande final, com sua interpretação do concerto em Mi menor, ela acabou por conquistar o primeiro prêmio.

Ei-los

O resto, como dizem, é história.

ooOoo

A década de Martha, no entanto, começou numa posição até então inédita: a de camerista.  Como nada em sua carreira indicara, até então, a importância que a música de câmara teria para os anos de sua maturidade, presumo que foram as prementes necessidades de juntar dinheiro e de afastar-se das saias de Juanita, sua mãe, que a levaram à União Soviética para duas apresentações em Leningrado (atual São Petersburgo). Ainda mais inusitado que o local foi seu parceiro de palco: o violinista Ruggiero Ricci (1918-2012), nascido Woodrow Wilson Rich (!) na Califórnia e, vinte e três anos mais velho que Martha, já mundialmente famoso. Quem não o soubesse percebê-lo-ia rapidamente pelo predomínio de peças repletas de pirotecnias para violino, algumas delas a dispensarem o piano – incluindo as cabeludíssimas variações de Paganini sobre “Nel cor non più me sento”, que estão entre as coisas mais difíceis jamais escritas para o instrumento. Exceto pelas duas sonatas do jovem Beethoven e por aquela de Franck – que ela viria a tocar com praticamente todo violinista com que fizesse duo -, o papel da Rainha resume-se a acompanhar o astro do arco em partes frugais, como a da peça de Sarasate ou a célebre sonata de Tartini. A dupla improvável, no entanto, deu liga tanto no palco quanto fora deles: Ricci não só seria seu amigo por toda longa vida (ei-los em 2009, nos noventa anos do mestre!), como também demonstrou inúmeras vezes orgulho de ter proporcionado à futura estrela seus primeiros passos fora da germanosfera.

1 – Anúncio (em russo)

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Das Três sonatas para violino e piano, Op. 12:
Sonata no. 3 em Mi bemol maior
2 – Allegro con spirito
3 – Adagio con molta espressione
4 – Rondo: Allegro molto

Sergey Sergeyevich PROKOFIEV (1891-1953)
Sonata em Ré maior para violino solo, Op. 115
5 – Moderato
6 – Andante dolce. Tema con variazioni
7 – Con brio. Allegro precipitato

Béla Viktor János BARTÓK (1881-1945)
Sonata em Ré maior para violino e piano sobre canções folclóricas da Transilvânia
Arranjo da sonatina para piano, Sz. 55 (1915) por André Gertler (1907-1998)
8 – Dudások (gaitas de foles). Allegretto
9 – Medvetánc (dança do urso). Moderato
10 – Finale. Allegro vivace

Sonata para violino solo, Sz. 117
11 – Tempo di ciaccona
12 – Fuga: Risoluto, non troppo vivo
13 – Melodia: Adagio
14 – Presto

Pablo Martín Melitón de SARASATE y Navascués (1844-1908)
Introdução e tarantela para violino e piano, Op. 43
15 – Introduction: Moderato – Tarantella: Allegro vivace

Ruggiero Ricci, violino

Gravado ao vivo em Leningrado, União Soviética, em 21 de abril de 1961

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Johann Sebastian BACH (1685-1750)
Da Partita para violino solo no. 2 em Ré menor, BWV 1004:
1 – Ciaconna

Ludwig van BEETHOVEN
Das Três sonatas para violino e piano, Op. 12:
Sonata no. 1 em Ré maior
2 – Allegro con brio
3 – Tema con variazioni: Andante con moto
4 – Rondo: Allegro

César-Auguste-Jean-Guillaume-Hubert FRANCK (1822-1890)
Sonata em Lá maior para violino e piano
5 – Allegretto ben moderato
6 – Allegro
7 – Ben moderato: Recitativo-Fantasia
8 – Allegretto poco mosso

Béla BARTÓK
Danças folclóricas romenas, para violino e piano

Transcrição do original para piano (Sz. 56) por Zoltán Székely (1903-2001)
9 – Jocul cu bâtă (Allegro moderato) – Brâul (Allegro) – Pe loc (Andante) – Buciumeana (Moderato) – Poarga Românească (Allegro) – Mărunțel

Niccolò PAGANINI (1782-1840)
10 – Introdução e variações sobre “Nel cor non più me sento”, de “L’amor contrastato”, de Giovanni Paisiello, para violino solo, Op. 38

Giuseppe TARTINI (1692-1770)
Sonata para violino em Sol menor, “O Trilo do Diabo” (arranjo para violino e piano)
11 – Larghetto – Affettuoso
12 – Allegro
13 – Grave – Allegro assai

Gravado ao vivo em Leningrado, União Soviética, em 21 de abril de 1961

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Tomo a liberdade de quebrar a ordem mormente cronológica dessa discografia para, com um salto de dezoito anos, mostrar-lhes o lugar especial que Ruggiero e Martha mantiveram na vida um do outro. Por ocasião do jubileu de ouro da carreira de Ricci, ele apresentou-se no mesmo Carnegie Hall em que estreara aos onze anos, e convidou a velha amiga – agora consagrada como a deusa maior do piano – para dividir o palco consigo. Em alusão, talvez, aos recitais de Leningrado, eles tocaram novamente a sonata de Franck e concluíram a colaboração com o arranjo para violino da bela sonata para flauta de Prokofiev, que Martha já gravara com James Galway. Como sobremesa, o sessentão Ruggiero serviu dois números cabeludos – a mais exigente das sonatas de Ysaÿe e as impressionantes variações de Paganini sobre o hino britânico – e encerrou a noite com uma refrescante gavota de Sebastião Ribeiro.

César FRANCK
1-4 – Sonata em Lá maior para violino e piano

Sergey PROKOFIEV
Sonata em Ré maior para violino e piano, Op. 94a
5 – Moderato
6 – Scherzo: Presto
7 – Andante
8 – Allegro con brio

Eugène-Auguste YSAŸE (1858-1931)
Das Seis sonatas para violino solo, Op. 27
9 – No. 3 em Ré menor, “Ballade”

Niccolò PAGANINI
10 – Variações sobre “God Save The King”, para violino solo, Op. 9

Johann Sebastian BACH
Da Partita para violino solo no. 3 em Mi maior, BWV 1006
11 – Gavotte en rondeau

Ruggiero Ricci, violino

Gravado ao vivo em Nova York, Estados Unidos, em 20 de outubro de 1979

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Cigarrillo y fernet con coca

Voltamos para a década de 60, e quase quatro anos depois de Martha voltar da turnê soviética com Ricci. Três deles foram passados completamente longe de qualquer teclado, boa parte deles em Nova York, tentando encontrar Horowitz e achar um novo rumo para sua vida, e outro bom naco desse tempo na Suíça, onde nasceria Lyda, sua primogênita. O entrevero entre nossa Rainha e seu instrumento – ou, mais acuradamente, entre ela e a vida de pianista – acabou graças à participação decisiva de Stefan Askenase, que lhe deu aulas e restituiu sua autoconfiança, e da esposa dele, Anny, que estimulou Marthinha a preparar-se para o Concurso Internacional Chopin de 1965. As Kinderszenen que abrem o upload seguinte, gravadas ao vivo em Colônia, são o primeiro registro de que se tem notícia da Rainha a tocar dessa coleção que lhe é tão cara que, hoje em dia, é praticamente a única coisa que ela toca sozinha no palco. Completam o arquivo um Gaspard de la Nuit despachado da costumeira e assombrosa maneira, aquela gravação do scherzo de Chopin que muitos de vocês já viram, feita para a televisão polonesa  imediatamente após o triunfo no Concurso Chopin, e o primeiro registro de Martha a tocar aquele seu familiar cavalo de batalha, o terceiro concerto de Prokofiev.

Robert Alexander SCHUMANN (1810-1856)
1 – Kinderszenen, para piano, Op. 15

Joseph Maurice RAVEL (1875-1937)
Gaspard de la nuit, três poemas para piano após Aloysius Bertrand), M. 55
2 – Ondine
3 – Le Gibet
4 – Scarbo

Gravado ao vivo em Colônia, Alemanha Ocidental, em 27 de janeiro de 1965

Fryderyk Francyszek CHOPIN (1810-1849)
5 – Scherzo para piano no. 3 em Dó sustenido menor, Op. 39

Gravado em Varsóvia, Polônia, em março de 1965

Sergey PROKOFIEV
Concerto para piano e orquestra no. 3 em Dó maior, Op. 26
6 – Andante – Allegro
7 – Tema con variazioni
8 – Allegro ma non troppo

WDR Sinfonieorchester Köln
Karl Melles, regência

Gravado ao vivo em Colônia, Alemanha Ocidental, em 10 de dezembro de 1965

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Apresento-lhes agora todas as gravações que consegui recolher da trajetória de Martha no VII Concurso Internacional Chopin, em 1965 (e, a despeito de muito vasculhar a cyberesfera, nunca encontrei o estudo do Op. 25 que dizem que ela tocou). Elas deixam óbvio por que nossa Rainha conquistou o júri, atacando o teclado com a fúria e a paixão habituais, sem medo de correr riscos (ao que abdicam muitos participantes de concursos pianísticos). O mais impressionante, talvez, é que não fosse a qualidade medíocre do som, poderíamos jurar que as performances são de anteontem, tamanha era a maturidade da artista, então com 23 anos, e tão espetacular que é sua técnica hoje, depois dos oitenta.

PRIMEIRA ETAPA – 22 de fevereiro de 1965

1 – Apresentação (em polonês)

Fryderyk CHOPIN

Dos Três noturnos para piano, Op. 15
2 – No. 1 em Fá maior

Dos Doze estudos para piano, Op. 10:
3 – No. 1 em Dó maior
4 – No. 4 em Dó sustenido menor

Polonaise para piano em Lá bemol maior, Op. 53, “Heroica”
5 – Maestoso

Dos Vinte e quatro prelúdios para piano, Op. 28
6 – No. 19 em Mi bemol maior
7 – No. 20 em Dó menor
8 – No. 21 em Si bemol maior
9 – No. 22 em Sol menor
10 – No. 23 em Fá maior
11 – No. 24 em Ré menor

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SEGUNDA ETAPA – 5 de março de 1965

Fryderyk CHOPIN

Das Três valsas para piano, Op. 34:
1 – No. 1 em Lá bemol maior, “Grande Valse Brillante”

Três mazurcas para piano, Op. 59
2 – No. 1 em Lá menor
3 – No. 2 em Lá bemol maior
4 – No. 3 em Fá sustenido menor

Dos Doze estudos para piano, Op. 10:
5 – No. 10 em Lá bemol maior

Barcarola em Fá sustenido maior, Op. 60
6 – Allegretto

Scherzo para piano no. 3 em Dó sustenido menor, Op. 39
7 – Presto con fuoco

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TERCEIRA ETAPA – 10 de março de 1965

1 – Apresentação (em polonês)

Fryderyk CHOPIN

Dos Dois noturnos para piano, Op. 55:
2 – No. 2 em Mi bemol maior

Sonata para piano no. 3 em Si menor, Op. 58
3 – Allegro maestoso
4 – Scherzo: Molto vivace
5 – Largo
6 – Finale: Presto non tanto

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FINAL – 13 de março de 1965

Para a grande final, Arthur e Martha escolheram concertos diferentes – ambos, felizmente, lançados pela primeira vez numa remasterização decente, publicada pelo Instituto Fryderyk Chopin, e que ora lhes apresento, tanto para lembrar o triunfo da Rainha, como também para homenagear nosso compatriota, um magnífico chopinista. A título de curiosidade, aponto que quase todos os vencedores do Concurso tocaram na final o concerto em Mi menor – o último a triunfar com o concerto em Fá menor foi Đặng Thái Sơn em 1980, edição que se celebrizou pela intempestiva saída de nossa deusa do júri, em protesto à eliminação a seu ver injustificada de Ivo Pogorelić, a quem chamou de “gênio”.

Fryderyk CHOPIN

Concerto para piano e orquestra no. 1 em Mi menor, Op. 11
1 – Allegro maestoso
2 – Romance. Larghetto
3 – Rondo. Vivace

Martha Argerich, piano

Concerto para piano e orquestra no. 2 em Fá menor, Op. 21

4 –  Maestoso
5 – Larghetto
6 – Allegro vivace

Arthur Moreira Lima, piano

Orkiestra Filharmonii Narodowej w Warszawie (Orquestra Filarmônica Nacional de Varsóvia)
Witold Rowicki, regência

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Gravações feitas ao vivo na Sala Filarmônica de Varsóvia, Polônia, durante o VII Concurso Internacional Fryderyk Chopin

Trailer do documentário “Martha Argerich in Warsaw 1965”, que aborda o marco zero do nascimento da superestrela. Notem a participação de Arthur Moreira Lima, um excelente artista que, convenhamos, teve pouca sorte de disputar a primazia na competição com uma das melhores pianistas de todos os tempos.

Programa original da participação de Martha no VII Concurso Internacional Chopin, em 1965. Notem que há diferenças entre o programa previsto e aquele realmente executado, mais notavelmente o concerto da etapa final.

Ao triunfo no Concurso Chopin só poderia, naturalmente, se seguir demanda por mais Chopin. A EMI agiu rápido e trouxe a Rainha a Londres, onde colocou a serviço de Sua Majestade Marthínhica seus ótimos estúdios e excelentes engenheiros de som. Para profunda decepção dos ingleses, no entanto, um contrato que se descobriu vigente com a Polygram impossibilitou o lançamento da gravação, que só veio a público em 1999. Como atesta o depoimento a seguir, de Suvi Raj Grubb, que produziu o álbum, a espera valeu a pena:

“’Argerich foi, entre todos músicos, a mais formidável que já encontramos’, escreve o produtor do álbum, Suvi Raj Grubb, ‘Nada estava fora do alcance dessa mulher’ (…)”

“Quando comecei a me interessar por música, levei algum tempo para me acostumar com o piano. Mas, quando entrei na EMI (agora Warner Classics), eu já adorava música para piano e tinha muito conhecimento sobre ela. Assim, sempre que um novo pianista aparecia, eu era a primeira escolha como produtor.”

“Em 1966, eu já produzira um punhado de discos de piano, um dos melhores dos quais nunca viu a luz do dia. Quando Martha Argerich entrou no estúdio, foram seus olhares sombrios e ardentes que me impressionaram pela primeira vez. Assim que chegou, pediu café; quando lhe ofereci uma xícara, ela a engoliu de uma só vez e pediu mais. Sentei-a no estúdio com um grande bule de café e entrei na sala de controle.”

“No início, suas mãos se moviam despreocupadamente sobre o teclado enquanto ela testava o piano. Então ela despejou a Polonaise [Op.53] de Chopin. Sentei-me na minha cadeira com um longo ‘Jee-sus’ – e o engenheiro de som disse ‘Uau!'”

“Se isso fora uma amostra de seu pianismo, então Argerich era a pianista mais formidável que já encontráramos. Os grandes acordes soaram enormes, as passagens entre eles, limpas; no trio, um grande espetáculo, as difíceis passagens em oitava à esquerda eram equilibradas, e o crescendo, controlado. Dei uma espiada no estúdio para ter certeza de que essa torrente de som era realmente originária do toque de uma garota sentada ao piano. Foi verdadeiramente inacreditável.”

“Sorri ao lembrar do comentário de Clara Schumann a Brahms sobre as ‘Variações Paganini’, lamentando que estivesse além da capacidade de uma pianista. Nada estaria fora do alcance daquela mulher.”

“Ela entrou na sala de controle, olhou para mim e sorriu, pois sabia que tivera um impacto devastador sobre mim. Nos dias seguintes, energizada por galões de café preto e forte, ela terminou um recital de Chopin que incluía a terceira sonata, o terceiro scherzo e, modelados como joias em miniatura, um grupo de mazurcas e noturnos. O último movimento da sonata foi feito num só take impecável. Ela disse que gostou das sessões; que gostou do som do piano no disco e que estava ansiosa para trabalhar comigo novamente.”

“Para minha amarga decepção, soubemos algumas semanas depois que seu compromisso com outra empresa não nos permitiria publicar o disco e, nem pela primeira nem pela última vez, desejei que não houvesse cláusulas de exclusividade. No devido tempo, um disco com o mesmo repertório foi lançado pelos nossos rivais – quando o ouvi, soube que nossa Argerich era a melhor das duas.”

Certeza de que era.

Fryderyk CHOPIN

Sonata para piano no. 3 em Si menor, Op. 58
1 – Allegro maestoso
2 – Scherzo: Molto vivace
3 – Largo
4 – Finale: Presto non tanto

Três mazurcas para piano, Op. 59
5 – No. 1 em Lá menor
6 – No. 2 em Lá bemol maior
7 – No. 3 em Fá sustenido menor

Dos Três noturnos para piano, Op. 15
8 – No. 1 em Fá maior

Scherzo para piano no. 3 em Dó sustenido menor, Op. 39
9 – Presto con fuoco

Polonaise para piano em Lá bemol maior, Op. 53, “Heroica”
10 – Maestoso

Gravado em Londres, Reino Unido, junho de 1965

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A alta demanda do planeta por sua nova superestrela do piano deu poucas oportunidades a Martha para ampliar seu repertório. Assim, às peças que ela preparara para o concurso Chopin, somaram-se aquelas que ela já aprendera antes de seus três anos sabáticos. O rol de obras resultante repete-se em quase todas as gravações até o final da década, que hemos de apresentar a seguir, e sem maiores comentários, que resultariam necessariamente repetitivos. Limitamo-nos a apontar, como adições mais notáveis ao repertório da Rainha, a impressionante Fantasia de seu queridinho Schumann, a toccata em Dó menor de J. S. Bach e, de Chopin, o outro queridinho, o segundo scherzo e a transcendental Polonaise-Fantaisie – além do já citado terceiro concerto de Prokofiev e dos primeiros concertos de Tchaikovsky e Liszt, já publicados anteriormente aqui no PQP Bach.

Sergey PROKOFIEV
Sonata para piano no. 7 em Si bemol maior, Op. 83
1 – Allegro inquieto – Poco meno – Andantino
2 – Andante caloroso – Poco più animato – più largamente – Un poco agitato
3 – Precipitato

Franz LISZT (1811-1886)
Dos Três estudos de concerto para piano, S. 144:
4 – No. 2 em Fá menor, “La leggierezza”

Fryderyk CHOPIN
Dos Doze estudos para piano, Op. 10:
5 – No. 4 em Dó sustenido menor

Dos Três noturnos para piano, Op. 15
6 – No. 1 em Fá maior

Barcarola em Fá sustenido maior, Op. 60
7 – Allegretto

Três mazurcas para piano, Op. 59
8 – No. 1 em Lá menor
9 – No. 2 em Lá bemol maior
10 – No. 3 em Fá sustenido menor

Scherzo para piano no. 3 em Dó sustenido menor, Op. 39
11 – Presto con fuoco

Robert SCHUMANN
Fantasia em Dó maior para piano, Op. 17
12 – Durchaus fantastisch und leidenschaftlich vorzutragen; Im Legenden-Ton
13 – Mäßig. Durchaus energisch
14 – Langsam getragen. Durchweg leise zu halten

Gravado ao vivo no Carnegie Hall, Nova York, Estados Unidos, em 16 de janeiro de 1966

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Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)
Concerto para piano e orquestra no. 20 em Ré menor, K. 466
1 – Allegro
2 – Romanze
3 – Rondo: Allegro assai

Symphonieorchester des Norddeutschen Rundfunks
Reinhard Peters, regência

Gravado em Hamburgo, Alemanha Ocidental, junho de 1966

Johann Sebastian BACH
4 – Toccata em Dó menor, BWV 911

Robert SCHUMANN
5-7 – Fantasia em Dó maior para piano, Op. 17

Fryderyk CHOPIN
8-10 – Três mazurcas para piano, Op. 59

Gravado em Milão, Itália, março de 1966

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Fryderyk CHOPIN
Scherzo para piano no. 2 em Si bemol menor, Op. 31
1 – Presto

Das Quatro mazurcas para piano, Op. 24:
2 – No. 2 em Dó maior

Das Quatro mazurcas para piano, Op. 41:
3 – No. 2 em Mi menor

Franz LISZT (1811-1886)
Dos Três estudos de concerto para piano, S. 144:
4 – No. 2 em Fá menor, “La leggierezza”

Rapsódia Húngara para piano no. 6 em Ré bemol maior
5 – Introduction – Lassan – Friska

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, em 1966

Sergey PROKOFIEV
Da Sonata para piano no. 7 em Si bemol maior, Op. 83
6 – Precipitato

Robert SCHUMANN
Da Sonata para piano no. 2 em Sol menor, Op. 22:
7 – Rondo. Presto.

Gravação para a TV no estúdio da WDR, Colônia, Alemanha, 1966

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Fryderyk CHOPIN

1-4 – Sonata para piano no. 3 em Si menor, Op. 58

Polonaise-Fantaisie para piano em Lá bemol maior, Op. 61
5 – Allegro maestoso

Polonaise para piano em Lá bemol maior, Op. 53, “Heroica”
6 – Maestoso

7-9 – Três mazurcas para piano, Op. 59

Gravado em Munique, Alemanha Ocidental, janeiro de 1967

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Fryderyk CHOPIN

1-4 – Sonata para piano no. 3 em Si menor, Op. 58

Dos Doze estudos para piano, Op. 10:
5 – No. 4 em Dó sustenido menor

Das Quatro mazurcas para piano, Op. 41:
6 – No. 1 em Dó sustenido menor
7 – No. 2 em Mi menor

Das Quatro mazurcas para piano, Op. 24:
8 – No. 2 em Dó maior

Das Três mazurcas para piano, Op. 63:
9 – No. 2 em Fá menor

Das Quatro mazurcas para piano, Op. 33:
10 – No. 2 em Ré maior

Dos Três noturnos para piano, Op. 15
11 – No. 1 em Fá maior

Dos Dois noturnos para piano, Op. 55
12 – No. 2 em Mi bemol maior

Gravado em Berlim Ocidental, março de 1967 (sonata, ao vivo) e dezembro de 1967

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Fryderyk CHOPIN
1-3 –Três mazurcas para piano, Op. 59

Sergey PROKOFIEV
4-6 – Sonata para piano no. 7 em Si bemol maior, Op. 83

Toccata para piano em Ré menor, Op. 11
7 – Allegro marcato

Maurice RAVEL
8-10 – Gaspard de la nuit, três poemas para piano após Aloysius Bertrand), M. 55

Sergey PROKOFIEV
Sonata para piano no. 3 em Lá menor, Op. 28
11 Allegro tempestoso – Moderato – Allegro tempestoso – Moderato – Più lento – Più animato – Allegro I – Poco più mosso

Maurice RAVEL
Sonatina para piano em Fá sustenido menor, M. 40
12 – Modéré
13 – Mouvement de Menuet
14 – Animé

Gravado em Colônia, Alemanha Ocidental, outubro de 1967

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Dessa década da carreira da Rainha vocês já encontravam as seguintes gravações no PQP Bach:

Prokofiev (1891-1953): Piano Concerto No. 3 / Ravel (1875-1937): Piano Concerto in G

Os ebulientes concertos em Sol de Ravel e o no. 3 de Prokofiev, naquelas que são talvez suas gravações definitivas, sob a batuta de Claudio Abbado (1967)


[Restaurado] Argerich Collection – Beethoven, Chopin, Tchaikovsky, Schumann, Liszt, Prokofiev e Ravel

As grandes gravações de Martha para os primeiros concertos de Chopin e Liszt, sob Abbado, e do primeiro de Tchaikovsky sob Dutoit (1968)


Our Queen speaks English

Vassily

2 comments / Add your comment below

  1. Mais uma bela série, Vassily! E merecida homenagem a essa pianista incrível (particularmente, acho ela e Pollini os maiores vivos) – e com uns presentes incríveis, nessa recuperação de gravações antigas – os estudos de Chopin que ele tocou nessa fase inicial, por ex, nunca foram gravados “oficialmente”, que eu saiba… Aguardando os proximos posts, abraços!!

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