Saint-Saëns (1835 – 1921): Integral das obras para órgão – CDs 1 e 4 de 4

Camille Saint-Saëns (1835-1921) é conhecido principalmente como compositor de obras sinfônicas e óperas. Se sua obra impressionante para órgão ainda não encontrou seu espaço merecido até hoje, a causa é talvez sua estética marcada por princípios clássicos e, consequentemente, correspondendo pouco ao estilo de órgão romântico francês de seu tempo.

A clareza excepcional das vozes, a elegância e o natural da melodia assim como a busca da perfeição das formas constituem os traços essenciais de sua obra e conferem às obras para órgão um refinamento sutil. São essas características que os críticos da época encontram em Saint-Saëns como músico. Franz Liszt considerava-o o maior organista de sua época, talvez porque Saint-Saëns tocava perfeitamente sua própria versão para órgão do Sermão aos Pássaros de São Francisco de Assis, de Liszt. Ele escreveu em 1870: “É possível a um músico chegar ao nível de Saint-Saëns; mas ser um músico maior do que ele? Impossível.” Charles Gounod escreveu: “É um músico que possui todos os instrumentos necessários ao seu trabalho e que os domina como ninguém; ele conhece bem os grandes mestres e seria capaz de escrever no estilo de Rossini, Verdi, Schumann ou Wagner; ele os conhece nos mínimos detalhes e é talvez por isso que não imita nenhum deles.”

Saint-Saëns tocou órgão desde jovem. Aos dezoito anos foi nomeado organista em Saint-Merry em Paris e em 1858 passou à igreja La Madeleine, onde exerceu sua atividade por vinte anos. Deixou o postou em 1877 para seguir carreira de concertista na França e no estrangeiro, tendo já nessa época um renome internacional como compositor e virtuose do órgão e do piano.

Sua obra para órgão tem três períodos bem separados. A obra de juventude, de 1852 a cerca de 1866, a obra clássica vai até 1898 e a obra tardia, entre 1917 e 1919. Contrariamente aos hábitos da época, Saint-Saëns dá apenas indicações gerais sobre os registros (timbres) a serem utilizados. Por sua carreira de concertista internacional, ele devia interpretar suas obras em instrumentos muito diversos na Europa e nas Américas. Em 1896 ele fez um recital no órgão Walcker de Winterthur, um dos dois instrumentos usados nesta integral.

A Primeira Fantasia em mi bemol é influenciada por Schumann. A primeira parte, com arpejos distribuídos por dois teclados, lembra uma toccata. Na segunda parte, o caráter é de uma rapsódia.

A igreja La Madeleine era a mais procurada na época para casamentos, assim, é provável que Saint-Saëns tenha tocado a Benedição nupcial op. 9 inúmeras vezes. Sinos distantes soam ao longo da obra.

O Ofertório em mi maior era tocado durante a missa católica. O salutaris hostia foi escrita inicialmente para órgão e soprano, fazendo parte da Missa op. 4, antes da versão para órgão solo. O Prelúdio em dó maior é uma obra de juventude.

As Três Rapsódias sobre Cânticos Bretões op. 7 foram compostas após uma viagem do compositor à Bretanha, no noroeste da França, em companhia de seu aluno Gabriel Fauré.

O Sermão aos Pássaros de São Francisco de Assis, composto por Liszt, foi adaptado para o órgão por Saint-Saëns e fez enorme sucesso nos concertos e nas missas de casamento na Madeleine. Liszt assistiu a alguns desses concertos e lhe escreveu em 1882: “Fico estupefato sempre que ouço seu sermão aos pássaros. Utilizas o órgão como uma orquestra, de uma maneira incrível como só um grande compositor e intérprete pode fazer. Os melhores organistas do mundo tirariam o chapéu.”

Como as tendências tipográficas mudaram entre 1880 e 1898, não é?
Como as tendências tipográficas mudaram entre 1880 e 1898, não é?

A Marcha Religiosa op. 107 foi criada em 1897 para a entrada da rainha Maria Cristina de Espanha na igreja São Francisco de Madrid. As Nove Peças para Órgão ou Harmonium foram reunidas nesta gravação, as primeiras seis são da publicação L’Organiste. O Prelúdio em dó menor tem uma voz solo sobre um acompanhamento de acordes.

As duas últimas composições de Saint-Saëns para o órgão datam de 1919. Ciprestes e Loureiros op. 156 tem também uma versão para órgão e orquestra. A Terceira Fantasia, op. 157, comparável às últimas obras para órgão de Liszt, tem uma grande simplicidade aliada a uma redução extrema de meios. Uma vez mais, o compositor mostra como sua linguagem musical não precisa de efeitos superficiais.

Traduzido do encarte do álbum. Texto de Stefan Johannes Bleicher.

CD 1 (1:04:09)

  1. 1ère Fantasie (E Flat Major)
  2. Bénédiction Nuptiale Op. 9
  3. Offertoire (E Major)
  4. Elévation ou Communion Op. 13
  5. O Salutaris Hostia
  6. Prélude (C Major)
  7. Trois Rhapsodies sur des Cantiques Bretons Op. 7 – 1ère Rhapsodie
  8. Trois Rhapsodies sur des Cantiques Bretons Op. 7 – 2me Rhapsodie
  9. Trois Rhapsodies sur des Cantiques Bretons Op. 7 – 3e Rhapsodie
  10. Prédication aux Oiseaux de St. François d’Assise

CD 4 (0:52:31)

  1. Marche Religieuse Op. 107 (4:41)

Neuf Pièces Pour Orgue ou Harmonium

  1. I. Marche – Cortège
  2. II. Interlude – Fugue
  3. III. Offertoire
  4. IV. Procession
  5. V. Élévation
  6. VI. Offertoire (sarabande)
  7. VII. Ave Verum
  8. VIII. Offertoire
  9. IX. Élévation
  10. Prélude C Minor
  11. 3e Fantaisie Op. 157
  12. Cyprès et Lauriers Op. 156

Stefan Johannes Bleicher: órgão Kuhn, 1879/1989 na igreja St. Johan, Schaffhausen, Suíça.

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O órgão de Schaffhausen
O órgão de Schaffhausen

Pleyel

Coro do Mosteiro de São Bento de Olinda em apresentação na Igreja de Saint-Eustache.

2hzj7oCoro do Mosteiro de São Bento de Olinda, em apresentação na Igreja de Saint-Eustache, em Paris, 1999.

Em março de 1999, a cidade de Paris, na França, foi palco da 40ª Reunião Anual dos Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, com o tema “Desenvolvimento e Cultura”. Para abrilhantar a programação festiva do evento, um banco privado brasileiro patrocinou a apresentação do Coro do Mosteiro de São Bento de Olinda, sob os arcos da famosa Igreja de Saint-Eustache.

O Canto Gregoriano – breve notas sobre sua glória

Por sua singularidade musical, o canto gregoriano sempre transforma o público presente às celebrações litúrgicas do Mosteiro de São Bento em platéia emocionada.

É importante sublinhar que as melodias gregorianas foram criadas para a oração: o canto gregoriano é oração cantada. E esse canto, a uma só voz, a todos prende pela melodia, mesmo depois, já no silêncio da capela.

Os textos, em sua maioria, foram retirados da Sagrada Escritura, daí a profundidade e a riqueza do canto.

E as composições foram criadas na língua latina. Podemos dizer que esse tipo de canto supõe o latim, tal é o suporte que lhes oferecem as próprias palavras nascidas no Latium. O laço entre o latim e o canto gregoriano é tão estreito que se torna difícil cantar os mesmos textos em língua vernácula. Os Monges do Coro do Mosteiro de São Bento fizeram algumas experiências com melodias silábicas, como, por exemplo, o Gloria da Missa XV, o hino das Laudes de Páscoa, o Pai-Nosso, alguns hinos de Completas, etc. Os resultados agradaram aos ouvidos sensíveis.

Do imenso repertório de peças do canto gregoriano, selecionamos algumas, extraídas dos tempos fortes da liturgia da Igreja: Natal, Páscoa e Pentecostes.

Para preservar um repertório desses, só mesmo uma comunidade consagrada a isso, como a dos Monges do Mosteiro de São Bento. Na santa paz desse mosteiro, os monges cultivam o canto gregoriano, um canto muito antigo, flor de uma produção de séculos de cristianismo. Aqui, venerar é ouvir.

(extraído e adaptado do encarte)

01. Sinos em Saint-Eustache
02. Discurso do Sr. Enrique Iglesias

1ª PARTE

INTRODUÇÃO
03. Gaudeamus – Intróito da Missa de São Bento

QUARESMA E SEMANA SANTA
04. Attende, Domine – Canto responsorial
05. Exsurge … – Intróito de uma Missa Quaresmal
06. Lamentatio e Oratio Jeremiae Prophetae – Leituras do antigo Ofício de Trevas
07. Audi benigne – Hino de Vésperas
08. Christus … – Responsório gradual da Quinta-Feira Santa
09. Gloria, laus … – Hino ao Cristo Rei (da liturgia do Domingo de Ramos)
10. Ubi Caritas … – Canto ao lava-pés

PÁSCOA
11. Surrexit Dominus … – Responsório breve das Vésperas
12. Victimae Paschali Laudes – Sequência da Páscoa
13. Alleluia … – Da Missa da Ascensão

PENTECOSTES
14. Spiritus Domini – Intróito da missa
15. Veni, Sancte Spiritus – Sequência
16. Factus est repente – Antífona da Comunhão

INTERVALO
17. Órgão em Sanit-Eustache

2ª PARTE

ADVENTO E NATAL
18. Rorate – Canto responsarial
19. O Sapientia – Antífona maior do Magnificat
20. Hodie … – Antífona do Magnificat
21. Christe Redemptor – Hino de Vésperas
22. Puer natus … – Motete natalino
23. Kyrie IX – do ato penitencial
24. Puer … – Intróito da missa do dia
25. Stella ista – Antífona de Vésperas (Epifania)

PEÇAS EM PORTUGUÊS ADAPTADAS AO CANTO GREGORIANO

HINOS DE TERÇAS E COMPLETAS
26. Terça
27. Completas I
28. Completas II
29. Onde o Amor e a Caridade – Canto ao lava-pés
30. Pai-Nosso

ANTÍFONAS MARIANAS
31. Ave Regina Caelorum
32. Salve Regina

FINAL
33. Aleluia

Coro do Mosteiro de São Bento de Olinda – 1999
Mestre do coro e solista: Gerardo de Barros Wanderley
Coordenador musical: Antonio Alves
Solistas: Ormindo Pires Filho e Paulo da Silva Cavalcanti
Organista: Silvio Lúcio Milanez de Medeiros
e um coro com “20 vozes escolhidas por Deus.”

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Avicenna

Antonio dos Santos Cunha (1786-1815) – Responsórios para o Officio da Sexta-Feira Santa – Ensemble Turicum (Acervo PQPBach)

118lgkkAntonio dos Santos Cunha
Responsórios para o Officio da Sexta-Feira Santa
Ensemble Turicum

Agora que o mundo finalmente abriu os olhos para os tesouros das artes plásticas e arquitetônicas do final do séc. XVIII da região de Minas Gerais, o Ensemble Turicum revela todo o esplendor da música de Antonio dos Santos Cunha. Ela constitui uma amálgama excepcional de ópera italiana com a melancolia portuguesa e a ternura tropical brasileira, dando aqui vida a uma maravilhosa música profunda e expressiva. (extraído do encarte)

Antonio dos Santos Cunha (1786 – 1815)
Responsórios para o Officio da Sexta-Feira Santa
01. Responsorium I: Ut vivificaret – 1. Sicut ovis (in I Nocturno)
02. Responsorium I: Ut vivificaret – 2. Tradidit (in I Nocturno)
03. Responsorium II: Quia in te – 1. Jerusalem (in I Nocturno)
04. Responsorium II: Quia in te – 2. Deduc (in I Nocturno)
05. Responsorium III: Quia venit – 1. Plange (in I Nocturno)
06. Responsorium III: Quia venit – 2. Accingite/Plange (in I Nocturno)
07. Responsorium IV : Nam et ille – 1. Recessit (in II Nocturno)
08. Responsorium IV : Nam et ille – 2. Dextruxit (in II Nocturno)
09. Responsorium V : Si est dolor – 1. O vos omnes (in II Nocturno)
10. Responsorium V : Si est dolor – 2. Attendite (in II Nocturno)
11. Responsorium VI : Et erit in pace – 1. Ecce quomodo (in II Nocturno)
12. Responsorium VI : Et erit in pace – 2. Tamquam agnus (in II Nocturno)
13. Responsorium VI : Et erit in pace – 3. Ecce quomodo (in II Nocturno)
14. Responsorium VII : Adversus – 1. Astiterunt (in III Nocturno)
15. Responsorium VII : Adversus – 2. Quare (in III Nocturno)
16. Responsorium VIII : Factus sum – 1. Aestimatus (in III Nocturno)
17. Responsorium IX : Ponentes milites – 1. Sepulto Domino (in III Nocturno)
18. Responsorium IX : Ponentes milites – 2. Accedentes/Domino (in III Nocturno)
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – I: Aestimatus sum/Cum descendentibus
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – II: Sepulto Domino/Signatus est
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – III: In pace in idipsum/Dormiam
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – IV: Caro mea/Requiescet
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – V: Sepulto Domino

Responsórios para o Officio da Sexta-Feira Santa – 2005
Ensemble Turicum
Direção: Luiz Alves da Silva & Mathias Weibel

Martina Fausch, Vera Ehrensperger, Annette Labusch, sopranos
Elizabeth Bachmann, contrallto
Luiz Alves da Silva, Beat Mattmüller, contratenores

Reto Hofstetter, Frédéric Gindraux, tenor
Thomas Moser, baritono
Flávio Matias, baixo

Mathias Weibel, Monika Baer, Giulio d’Alessio, Renate Steinmann, Susanna Hefti, Mario Huter, violinos
Kaspar Singer, Hristo Kouzmanov, violoncellos
Matthias B. Frey, violone
Rogério Gonçalves, fagote
Lorenz Raths, Patrik Gasser, trompas
Daniel Rüegg, órgão

Nossos agradecimentos ao maestro, musicólogo e compositor Harry Crowl Jr por mais esta valiosa contribuição!
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Avicenna

.:interlúdio:. A primeira explosão jazzística de uma estudante de piano clássico: Nina Simone, Little Girl Blue (1958)

.:interlúdio:. A primeira explosão jazzística de uma estudante de piano clássico: Nina Simone, Little Girl Blue (1958)

Nina Simone / Little Girl Blue[Postado originalmente em 18.10.2010]

Resolvi fazer minha primeira incursão no jazz neste blog. Como o colega PQP disse de si, não sou nenhum especialista nesse gênero: nem pensem em discutir comigo detalhes de estilos, gravações, nomes – mas, como em quase todos os campos, tenho minhas paixões também no jazz – e esta é provavelmente a maior. Não estranhem, portanto, que se trate de alguém que chegou a esse campo por uma porta lateral ou dos fundos, ou que fez qualquer caminho que não o mais usual em qualquer coisa: quase todas as minhas paixões são assim!

Nina Simone http://i33.tinypic.com/2rgjpsn.jpg

Miss Simone, ou melhor, Eunice Kathleen Waymon (com 36 anos na foto ao lado), começou com o piano aos 3 anos e fez um caminho de aprendizado clássico, como se nota das inflexões chopinianas da faixa 9 e sobretudo nas bachianas por toda parte, em especial na faixa 7.

Acontece que os recursos para bancar os estudos, pra variar um pouquinho, eram escassos, e Miss Waymon começou a levantar uns trocos tocando e cantando na noite – coisa que a senhora sua mãe pastora metodista fundamentalista não podia saber de jeito nenhum, pois apesar de não haver lido Drummond jamais consideraria isso uma solução, apenas uma quase-rima: com DEMON.

Foi assim que nasceu uma nova pessoa: Nina Simone – que levou uma vida tão cheia de aventuras e desventuras (pelo Caribe, África e França, inclusive impedida – acreditem – de voltar aos EUA por razões legais) que vocês deveriam procurar ler sobre ela em algum lugar.

Em 1958 sai então o primeiro disco dessa figura, então com 25 anos: Little Girl Blue. Estou dizendo porque todas as fontes dizem, mas não estranho se vocês duvidarem como eu duvidei: “isso não pode ser um disco de estreia!”

Não ouso dizer que seja um dos melhores discos da história do jazz porque, como já disse, não sou especialista e poderia ser apedrejado. Mas para mim, meu sentir pessoal, é um dos discos mais belos da história, ponto. Sim, yes, ja, oui: outros podem sentir diferente, mas eu sinto isso, digo há tempos e a impressão não parece querer mudar.

Mas como cada um é cada um, sugiro que vão sem nenhuma expectativa – como, aliás, acho que a gente devia ir sempre a qualquer coisa nova, não?

Nina Simone: Little Girl Blue (1958)
01 – Mood indigo [originalmente faixa 02]
02 – Don’t smoke in bed
03 – He needs ne
04 – Little girl blue
05 – Love me or leave me
06 – My baby just cares for me
07 – Good bait
08 – Plain gold ring
09 – You’ll never walk alone
10 – I loves you, Porgy [originalmente faixa 01]
11 – Central Park Blues
[Faixas-bônus – posteriores – incluídas na fonte utilizada]
12 – He’s got the whole world in His hands
13 – For all we know
14 – African mailman
15 – My baby just cares for me (extended version)

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LINK ALTERNATIVO

Nina Simone
Nina Simone

Ranulfus

W. A. Mozart: Complete Sacred Music – Harnoncourt

MOZART – COMPLETE SACRED MUSIC
250th Anniversary Edition

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Seleção de 13 CDs com todas as obras sacras de Mozart

Intérpretes
Concentus musicus Wien
Arnold Schoenberg Chor
Choralschola der Wiener Hofburgkapelle (Antiphons)
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Director: Nikolau Harnoncourt
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• Mozart: Complete Sacred Music: Encarte (booklet) + track lists + front & back covers
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6gdl04Mozart: Complete Sacred Music CD1
Missa C-dur K.66 ‘Dominicus’
Vesperae de Domenica K.321

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33niws8Mozart: Complete Sacred Music CD2
Missa in C, K317 “Coronation”
Vesperae solennes de confessore, K339

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33vci01Mozart: Complete Sacred Music CD3
Missa in C minor, K427
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2ugfihuMozart: Complete Sacred Music CD4
Missae breves:
K49, K65, K220 “Spatzenmesse”
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1qjwiuMozart: Complete Sacred Music CD5
Missa solemnis in C minor, K.139 “Waisenhausmess” (Orphanage Mass)
Exsultate, Jubilate in F major, K.165
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9hq5jqMozart: Complete Sacred Music CD6
Missa brevis in G major, KV 140 “Pastoral”
Missa brevis in F major, KV 192 (186f)
Missa longa in C major, KV 262 (246a)
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2vueir6Mozart: Complete Sacred Music CD7
Missa brevis in C major, KV 257 ‘Credo’
Litaniae de venerabili altaris sacramento, KV 243
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rb9phyMozart: Complete Sacred Music CD8
Missa in honorem S Trinitatis In C Major K.167
Missa brevis In C Major K.258
Kyrie In G K.89 (73k)
Misericordias Domini In D Minor K.222 (205a)
Missa brevis In C Major K.259 “Orgelsolo”
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2q3876xMozart: Complete Sacred Music CD9
Grabmusik, K42 • Regina Coeli, K127
Tantum ergo, K142 • Ave verum corpus, K618
Kyries, K33, K90, K322 & K323
Scande coeli limina, K34
Veni Sancte Spiritus, K47 • Hosanna, K223
Miserere, K85 • Quaerite primum regnum Dei, K86
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20jmjo3Mozart: Complete Sacred Music CD10
Venite populi, K260 • Regina Coeli, K108
Sancta Maria, K273 • Sum tuum praesidium, K198
Tantum ergo, K197 • Litaniae Lauratanae B.M.V., K109
Benedictus, K117 • Inter natos mulierum, K72
Alma Dei creatoris, K277 • Ergo interest, K143
Te Deum laudamus, K141
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…………………………………..  …   MP3 320 kbps | 170,5 MB | 1 h 16 min

 

28hg8wmMozart: Complete Sacred Music CD11
Missa solemnis in C major, KV 337
Litaniae de venerabili altaris sacramento in B-flat major, KV 125
Regina coeli in C major, KV 276
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MP3 320 kbps | 140,4 MB | 1 h 03 min

 

29ehwqsMozart: Complete Sacred Music CD12
Kyrie In D Minor K.341 (368a)
Dixit et Magnificat In C Major K.193 (186g)
Missa brevis In B-Flat Major K.275 (272b)
Litaniae Lauretanae B.M.V. in D Major K.195 (186d)
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28c0x81Mozart: Complete Sacred Music CD13
Requiem in D minor K.626

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24dkidt

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Alessandro Scarlatti (1660-1725): Il Primo Omicidio (overo Cain) – Oratório Completo

Alessandro Scarlatti (1660-1725): Il Primo Omicidio (overo Cain) – Oratório Completo


IM-PER-DÍVEL !!!

Este é um EXTRAORDINÁRIO CD. Il Primo Omicidio é uma obra-prima de Alessandro Scarlatti e recebe aqui o melhor tratamento possível de René Jacobs e da Akademie für alte Musik Berlin. Escrito antes do Messias e das Paixões de Bach, este oratório é o protótipo, o modelo do oratório barroco. E QUE MODELO! A música contém profundidade genuína de emoção, fazendo total justiça à invenção de Scarlatti. O já veterano e competentíssimo maestro René Jacobs revela compreensão admirável da partitura. Também é um prazer ouvi-lo cantar o papel de deus. Sua voz de contratenor ainda mantém as qualidades de beleza que o fez o paradigma dos contratenores na década de 1970. O restante do elenco é também impecável. Dorothea Roschmann, Bernarda Fink e Graciela Oddone são todas notáveis, sempre trazendo da melhor maneira as belíssimas árias de papai Alessandro. Como Adão, o tenor Richard Croft cumpre admiravelmente seu papel representando outra família extremamente musical (seu irmão é grande barítono Richard Croft). Antonio Abete, como a voz de Lúcifer, é um excelente baixo: escuro, emotivo, poderosos e nada esquecível. Esta gravação vai deixar MALUCOS DE FELICIDADE os amantes de música barroca.

Alessandro Scarlatti – Il Primo Omicidio (2cd)

CD 1
1. Introduzzione All’oratorio : Spiritoso
2. Introduzzione All’oratorio : Adagio
3. Introduzzione All’oratorio : Allegro
4. Parte Prima : Recitativo “Figli Miseri Figli”
5. Parte Prima : Aria “Mi Balena Ancor Sul Ciglio”
6. Parte Prima : Recitativo “Di Serpe Ingannator Perfida Frode”
7. Parte Prima : Aria “Caro Sposo, Prole Amata”
8. Parte Prima : Recitativo “Genitori Adorati”
9. Parte Prima : Aria “Dalla Mandra Un Puro Agnello”
10. Parte Prima : Recitativo “Padre Questa D’abel Forz’e Che Sia”
11. Parte Prima : Aria “Della Terra I Frutti Primi”
12. Parte Prima : Recitativo “Figli Cessin Le Gare”
13. Parte Prima : Aria “Piu Dei Doni Il Cor Devoto”
14. Parte Prima : Recitativo “Disposto O Figli E Il Sacrificio”
15. Parte Prima : Aria “Sommo Dio Nel Mio Peccato”
16. Parte Prima : Recitativo “Miei Genitori, Oh Come Dritta Ascende”
17. Parte Prima : Duetto “Dio Pietoso Ogni Mio Armento”
18. Parte Prima : Recitativo “Figli Balena Il Ciel D’alto Splendore”
19. Parte Prima : Sinfonia
20. Parte Prima : Recitativo “Prima Imagine Mia, Prima Fattura”
21. Parte Prima : Aria “L’olocausto Del Tu Abelle”
22. Parte Prima : Recitativo “Ne’ Tuoi Figli, E Nipoti”
23. Parte Prima : Recitativo “Udiste, Udiste, O Figli”
24. Parte Prima : Aria “Aderite”
25. Parte Prima : Sinfonia
26. Parte Prima : Recitativo “Cain, Che Fai, Che Pensi?”
27. Parte Prima : Aria “Poche Lagrime Dolenti”
28. Parte Mrima : Recitativo “D’ucciderlo Risolvo, Il Core Affretta”
29. Parte Prima : Aria “Mascheratevi O Miei Sdegni”
30. Parte Mrima : Rcitativo “Ecco Il Fratello, Anzi Il Nemico”
31. Parte Prima : Duetto “La Fraterna Amica Pace”
32. Parte Prima : Recitativo “Sempre L’amor Fraterno E Un Ben Sincero”

CD 2
1. Parte Seconda : Recitativo “Ferniam Qui Abelle Il Paso”
2. Parte Seconda : Aria “Perche Mormora Il Ruscello”
3. Parte Seconda : Aria “Ti Risponde Il Ruscelletto”
4. Parte Seconda : Recitativo “Or Se Braman Posar La Fronda, E’l Rio”
5. Parte Seconda : Recitativo “Piu Non So Trattenr L’impeto Interno”
6. Parte Seconda : Andante E Staccato
7. Parte Seconda : Recitativo “Cain Dov’e Il Fratello? Abel Dov’e?”
8. Parte Seconda : Recitativo “Or Di Strage Fraterna Il Suolo Asperso”
9. Parte Seconda : Aria “Come Mostro Spaventevole”
10. Parte Seconda : Recitativo “Signor Se Mi Dai Bando”
11. Parte Seconda : Aria “O Preservami Per Mia Pena”
12. Parte Seconda : Recitativo “Vattene Non Temer, Tu Non Morrai”
13. Parte Seconda : Aria “Vuo Il Castigo, Non Voglio La Morte”
14. Parte Seconda : Recitativo “O Ch’io Mora Vivendo”
15. Parte Seconda : Aria “Bramo Insieme, E Morte, E Vita”
16. Parte Seconda : Grave, E Orrido Rcitativo “Codardo Nell’ardire, E Nel Timore”
17. Parte Seconda : Aria “Nel Poter Il Nume Imita”
18. Parte Seconda : Recitativo “Oh Consigli D’inferno, Onde Soggiace”
19. Parte Seconda : Aria “Miei Genitori, Adio”
20. Parte Seconda : Aria “Mio Sposo Al Cor Mi Sento”
21. Parte Seconda : Aria “Miei Genitori Amati”
22. Parte Seconda : Aria “Non Piangete Il Figlio Ucciso”
23. Parte Seconda : Recitativo “Ferma Del Figlio Mio Voce Gradita”
24. Parte Seconda : Aria “Madre Tenera, Et Amante”
25. Parte Seconda : Recitativo “Sin Che Spoglia Mortale”
26. Parte Seconda : Aria “Padre Misero, E Dolente”
27. Parte Seconda : Recitativo “Spirto Del Figlio Mio, Questi Son Sensi”
28. Parte Seconda : Aria “Piango La Prole Essangue”
29. Parte Seconda : Recitativo “Adam Prole Tu Chiedi, E Prole Avrai”
30. Parte Seconda : Aria “L’innocenza Paccando Perdeste”
31. Parte Seconda : Recitativo “Udii Signor Della Divina Idea”
32. Parte Seconda : Duetto “Contenti”

Bernarda Fink: alto
Graciela Oddone: soprano
Dorothea Röschmann: soprano
Richard Croft: tenor
René Jacobs: countertenor
Antonio Abete: bass

René Jacobs (cond.)
Akademie für alte Musik Berlin

Recording:
September 1997, Christuskirche, Berlin-Oberschöneweide

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Teve escarlatina / Ou tem febre amarela / Só a bailarina que não tem
Teve escarlatina / Ou tem febre amarela / Só a bailarina que não tem

PQP

Band Music from the Civil War Era – Our musical past vol. 1

161gbqvOur musical past vol. 1
Band Music from the Civil War Era
A Concert for Brass Band, Voice, and Piano

Com instrumentos de épocaOn period instruments

“Our Musical Past – Volume 1”, editado pela Divisão de Música da Library of Congress, com 19 obras da época da Guerra Civil dos Estados Unidos.

Um típico concerto para banda, voz e piano com música dos Estados Unidos do século XIX, com instrumentos de sopro de época, da coleção da Smithsonian Institution.

Gravado no Coolidge Auditorium of the Library of Congress, em 27 de setembro de 1974.

A história da gravação pode ser encontrada AQUI.

Sir Julius Benedict (Germany, 1804-1885)
01. Hunters’ chorus, from The rose of Erin, aka The Lily of Killarney (1862) (band)
Gaetano Donizetti (Italy, 1797-1848)
02. O summer night, from Don Pasquale (band)
Stephen Collins Foster (*)
03. Ah! May the red rose live alway (vocal)
Adolf Fredrik Lindblad (Sweden, 1801-1878)
04. The herdsman’s mountain song (vocal)
Claudio S. Grafulla (Spain, 1812–USA, 1880)
05. Captain Shepherd’s quickstep (band)
06. Captain Finch’s quickstep (band)
Edmund Jaeger (USA, 19th. century)
07. Indiana polka (1865) (band)
Stephen Collins Foster (*)
08. Old memories (vocal)
From the manuscript band books of the Manchester Cornet Band (founded in 1854)
09. The moonbeam waltzes (band)
Charles-Samuel Bovy-Lysberg (USA, 1821-1873
10. La fontaine (piano)
Adolf Fredrik Lindblad (Sweden, 1801-1878)
11. Upon a summer’s day (vocal)
J. M. Noeren
12. Slow march: Midnight! (band) – 1859
Robert Burns (Scotland, 1759–1796)
13. Scots wha hae; variations (piano)
Simon Knaebel (USA, 1806-1890)
14. General Taylor storming Monterey (band)
G.W.E. Friedrich
15. Lilly Bell quickstep (band)
George H. Goodwin (USA, 1818-1886)
16. Door latch quickstep (band)
Michael William Balfe (Ireland, 1808-1870)
17. The heart bow’d down (vocal)
Stephen Collins Foster (*)
18. Why, no one to love (vocal)
David L. Downing (USA, 19th. century)
19. Free and easy (band)

(*) Stephen Collins Foster, known as “the father of American music” (USA, 1826-1864)
(band) = Performed by band playing brass instruments from collections of the Smithsonian Institution; Frederick Fennell, conductor
(vocal) = Performed by Merja Sargon, soprano; Bernard Rose, piano
(piano) = Performed by Bernard Rose, piano

Our Musical Past – vol. 1
Divisão de Música da Library of Congress
1974

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MP3 | 156,8 MB | 1 hr 09 min
powered by iTunes 12.1.0

Material gentilmente cedido pelo nosso ouvinte John Zevita. Obrigado !

Boa audição,

2ecenv9

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

André da Silva Gomes (1752-1844): Missa em Si bemol, a 5 vozes e orquestra & Noturnos de Natal (Acervo PQPBach)

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André da Silva Gomes

Música do Brasil Colonial

Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra
Regente: Vitor Gabriel

.

.

.

Missa em Si bemol, a 5 vozes e orquestra, c. 1800 (Cat.Temat. Regis Duprat, nº 40) – Transcrição musicológica: Vitor Gabriel

Chegaram até nós 18 missas compostas por André da Silva Gomes, sete das quais, em cópias posteriores, são de difícil datação.

A Missa a 5 vozes, transcrita por Vitor Gabriel, é uma copia de Manoel José Gomes, datada de 1831. Manoel José Gomes, pai de Antônio Carlos Gomes, nosso maior compositor lírico do século XIX, é autor de inúmeras cópias de compositores do período colonial brasileiro. Os manuscritos dessa Missa integram o acervo de manuscritos musicais do Museu da Inconfidência de Ouro Preto (Catálogo Duprat-Baltazar, n° 269, de Manuscritos do Museu da Inconfidência de Ouro Preto, e Catálogo Duprat, n° 40, das obras de André da Silva Gomes). Assim consta de seu título: Missa a 5 vozes dois violinos Trompas/i Basso; pelo Sr. Te. Coronel Andre/da Silva Gomes/De/Manoel José Gomes. (extraído do encarte).

Noturnos de Natal, 1774 (Cat.Temat. Regis Duprat, nº 20) – Transcrição musicológica: Rogério Duprat

1183z39No conjunto da obra de André da Silva Gomes os Noturnos de Natal aqui apresentados são obra de juventude; escreveu-os com cerca de 22 anos, recém investido nas funções de mestre-de-capela da Sé de São Paulo. O título original diz: Noturno/In festo Nativitatis Domini/Di Andrea da Sª Gomes.

As Matinas, ou Noturnos de Natal, assim chamados porque eram executados na madrugada do dia de Natal, contém oito Responsórios, todos tripartidos em Allegro, Fugato e Andante. (extraído do encarte).

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
01. Missa a 5 vozes (c. 1800) 01. Kyrie eleison
02. Missa a 5 vozes (c. 1800) 02. Christe eleison
03. Missa a 5 vozes (c. 1800) 03. Kyrie eleison
04. Missa a 5 vozes (c. 1800) 04. Glória in excelsis/Et in terra pax
05. Missa a 5 vozes (c. 1800) 05. Laudamus
06. Missa a 5 vozes (c. 1800) 06. Gratias
07. Missa a 5 vozes (c. 1800) 07. Domine Deus
08. Missa a 5 vozes (c. 1800) 08. Qui tollis
09. Missa a 5 vozes (c. 1800) 09. Quoniam
10. Missa a 5 vozes (c. 1800) 10. Cum Sancto Spiritu
11. Noturnos de Natal (1774) 1º Responsório
12. Noturnos de Natal (1774) 2º Responsório
13. Noturnos de Natal (1774) 3º Responsório
14. Noturnos de Natal (1774) 4º Responsório
15. Noturnos de Natal (1774) 5º Responsório
16. Noturnos de Natal (1774) 6º Responsório
17. Noturnos de Natal (1774) 7º Responsório
18. Noturnos de Natal (1774) 8º Responsório

Música do Brasil Colonial – 2004
Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra
Regente: Vitor Gabriel
.
2jcbrls

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XLD RIP | FLAC 373,6 MB | HQ Scans 8,3 MB |

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MP3 320 kbps -156,9 MB – 1,1 h
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.

Boa audição.

Recife

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Allegri (1582-1652): Miserere • Mundy (c.1529-1591): Vox Patris caelestis • Palestrina (c.1525-1594): Missa Papae Marcelli (The Tallis Scholars)

2cr0incAllegri: Miserere
Mundy: Vox Patris caelestis
Palestrina: Missa Papae Marcelli

The Tallis Scholars)

Escolhida pela “BBC Music Magazine” como uma das 50 melhores gravações de todos os tempos e amplamente considerada como a melhor gravação do Miserere Allegri, esta memorável gravação foi realizada no Merton College Chapel, Oxford, em 1980, e estabeleceu novas normas para o desempenho e gravação de música sacra desacompanhada e provou ser um sucesso imediato artístico e comercial, atingindo o primeiro lugar no UK HMV Classical Chart em fevereiro de 1981. Esta edição é comemorativa do 25º aniversário dessa gravação.

Gregorio Allegri escreveu o Miserere pouco antes de 1638 para a celebração anual das matinas durante a Semana Santa (a celebração da Páscoa). Duas vezes durante essa semana, na quarta-feira e sexta-feira, o serviço teria início às 03:00, quando seriam extintas 27 velas, uma de cada vez, até que apenas uma permanecesse acesa. Segundo relatos, o Papa participaria desses serviços. Allegri compôs o Miserere para o final dos serviços “Tenebrae” (Tenebrae refere-se à extinção gradual das velas, uma por uma, durante os últimos três dias na Semana Santa, simbolizando a morte de Cristo e os três dias no sepulcro.). Na última vela o Papa se ajoelhava diante do altar e rezava enquanto o Miserere era cantado, culminando o serviço.

Allegri’s Miserere and Palestrina’s Missa Papae Marcelli are widely recognised as being of the finest music to come from the Golden age: they must receive more performances throughout the world than any other pieces of unaccompanied sacred music. We introduce William Mundy’s Vox Patris caelestis in order to establish the reputation of a masterpiece and of an English composer. It happens that Mundy wrote Vox Patris caelestis in almost exactly the same year as Palestrina wrote his Missa Papae Marcelli; by coupling them we can appreciate the extraordinary variety in sacred music which existed at that time between England and the continent.

Allegri’s Miserere is quite simple in conception and much of its impact relies on the conditions of performance, especially on the acoustic. The Tallis Scholars have used a reverberant building – Merton College Chapel in Oxford – and placed the solo group at some distance from the remainder of the choir. There are five sections in the music, which are identical except for the second half of the final verse where the solo group and the main choir at last join up, singing from the extreme ends of the chapel. The musical effect is created by Allegri’s use of discords (caused by a series of suspensions) and by embellishments around a straight-forward vocal line, which take the solo treble to a high C. The text is the whole of Psalm 51, perhaps the most penitential of all the psalms, traditionally sung in the Anglican rite on Ash Wednesday and in the Catholic rite during the last three days of Holy Week. (1980, rev. 1990 Peter Phillips)

Palhinha: ouça 01. Miserere

Gregorio Allegri (1582-1652)
01. Miserere
William Mundy (c.1529-1591)
02. Vox Patris caelestis
Giovanni Pierluigi da Palestrina (c.1525-1594)
03. Missa Papae Marcelli – 1. Kyrie
04. Missa Papae Marcelli – 2. Gloria
05. Missa Papae Marcelli – 3. Credo
06. Missa Papae Marcelli – 4. Sanctus & Benedictus
07. Missa Papae Marcelli – 5. Agnus Dei I & II

Allegri – Miserere (25th Anniversary Edition) – 2005
The Tallis Scholars
Peter Phillips, director

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Partituras e outros que tais? Clique aqui

Boa audição.

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Avicenna

Debussy (1862-1918): 12 Estudos para piano / Berg (1885-1935): Sonata opus 1

Recentemente o piano de Debussy apareceu aqui no PQPBach com Guiomar e Samson, que estudaram com alguns dos melhores amigos do compositor, e Gieseking, que influenciou a maior parte dos debussystas que vieram desde então. Tivemos também toda a obra pra dois pianos com a dupla Haas/Lee.

Hoje finalizamos o ciclo com Pollini, uma das unanimidades deste site, tocando os Estudos. Se você não conhece Debussy, recomendo começar com os CDs anteriores de obras mais poéticas, misteriosas e impressionistas (o compositor odiava ser classificado com este último adjetivo, mas ‘pegou’, fazer o quê?).

Aqui estamos no território da vanguarda do século XX. Assim como com Beethoven, a proximidade da morte gera uma obra revolucionária, sem concessões aos ouvintes da época ou de qualquer época.

Enquanto Samson François, nos Estudos, dá um colorido diferente a cada uma das notas e cria momentos únicos, Pollini se concentra nas frases mais longas e uma nota segue a outra com a fluidez da água de um rio, por exemplo no nº 8, ‘para os ornamentos’. Da mesma forma que na sua histórica gravação dos Estudos de Chopin, aqui Pollini mostra a genialidade das estruturas dessas obras em que o caráter didático e pedagógico, em vez de restringir a imaginação do compositor, parece aumentar a sua liberdade em peças mais abstratas.

Vamos ver as palavras de quem entende do assunto. Para o musicólogo Harry Halbreich, “Pela primeira vez, antecipando Webern e Messiaen, Debussy explora os recursos insuspeitos de timbres, ataques e intensidades possíveis com apenas um piano.”

“Eles são muito importantes aos meus olhos, não só pela escrita para piano mas pela concepção musical. E é uma das obras que Debussy considerava mais importantes.” Pierre Boulez

“Debussy, que foi um grande defensor da Sagração de Stravinsky, estende a irracionalidade rítmica a uma nova concepção da forma, em partituras como os Estudos para piano e os Jeux.” Olivier Messiaen

Debussy: 12 Estudos para piano
I. Pour les cinq doigt d’après M. Czerny
II. Pour les Tierces
III. Pour les Quartes
IV. Pour les Sixtes
V. Pour les Octaves
VI. Pour les Huit Doigts
VII. Pour les Degrés Chromatiques
VIII. Pour les Agréments
IX. Pour les Notes Répétées
X. Pour les Sonorités Opposées
XI. Pour les Arpèges Composés
XII. Pour les Accords

13. Berg – Piano Sonata, Op. 1

BAIXE AQUI (DOWNLOAD HERE) mp3 320kbps
BAIXE AQUI (DOWNLOAD HERE) flac

Debussy revolucionário, charge de 1912
Debussy revolucionário, charge de 1912

Schnittke (1934-1998) / Lutoslawski (1913-1994) & Ligeti (1923-2006): Obras para Orquestra de Câmara

Schnittke (1934-1998) / Lutoslawski (1913-1994) & Ligeti (1923-2006): Obras para Orquestra de Câmara

schnittke ligeti Lutoslawski

Mais um grande disco de música da segunda metade do século XX. Aqui, Schnittke está acompanhado de Lutoslawski e Ligeti, mas permanece como a estrela deste CD da Deutsche Grammophon que faz parte da coleção Classikon, destinada aos clássicos modernos. E, com efeito, são gravações que já tinham aparecido em discos anteriores da DG. Apesar do disco abrir e fechar com Lutoslawski, penso que ele sirva de parênteses para as criações de Ligeti e Schnittke, a meu ver superiores. Vale muito a audição!

Schnittke (1934-1998) / Lutoslawski (1913-1994) & Ligeti (1923-2006): Obras para Orquestra de Câmara

Witold Lutoslawski (1913-1994)
Chain 3 (1986)
for Orchestra

1 1. Presto (4’42)
2 2. Presto (13) (4’59)
3 3. (38) (2’12)

BBC Symphony Orchestra
Dir.: Witold Lutoslawski

Alfred Schnittke (1934-1998)
Concerto grosso no.1 (1976-77)
for two violins, harpsichord, prepared piano and string orchestra

4 1. Preludio: Andante (5’00)
5 2. Toccata: Allegro (4’26)
6 3. Recitativo: Lento (6’55)
7 4. Cadenza (without tempo marking) (2’32)
8 5. Rondo: Allegro (7’08)
9 6. Postludio: Andante – Allegro – Andante (2’13)

Gidon Kremer, Tatiana Grindenko, violins
Yuti Smirnov, harpsichord & prepared piano
The Chamber Orchestra or Europe
Dir.: Heinrich Schiff

György Ligeti (1923-2006)
Chamber Concerto (1969-70)
for 13 instruments

10 1. Corrente (5’07)
11 2. Calmo, sostenuto (5’53)
12 3. Movimiento preciso e meccanico (3’58)
13 4. Presto (3’33)

Ensemble InterContemporain
Dir.: Pierre Boulez

Witold Lutoslawski
Novelette (1978-79)
for Orchestra

14 I. Announcement (1’45)
15 II. First Event (2’58)
16 III. Second Event (3’38)
17 IV. Third Event (2’10)
18 V. Conclusion (6’58)

BBC Symphony Orchestra
Dir.: Witold Lutoslawski

Deutsche Grammophon 439 452-2

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Alfred Schnittke: o grande talento do inventor do poili estilismo
Alfred Schnittke: o grande talento do inventor do poliestilismo

PQP

K617 – Nouveaux Mondes Sonores

Nouveaux Mondes Sonores

O renomado selo K617 lançou este CD, em 1997, que apresenta faixas de seus principais lançamentos, tendo como focos (i) a música barroca, de Palermo à América Latina; (ii) memórias musicais de Lorraine e, finalmente, um breve passeio (iii) do clássico ao inusitado.

K617 é uma gravadora de música clássica francesa com sede em Metz e fundada por Alain Pacquier, compositor e criador do Festival de Saintes no Abbaye aux Dames na Normandia, e o Festival de Sarrebourg no Convento de Saint Ulrich. O nome “K617” refere-se ao Adagio e Rondo de Mozart em C menor para glass harmonica com acompanhamento de flauta, oboé, viola e violoncelo.

Ouça o Adagio e Rondo de Mozart em C menor para glass harmonica:

Nouveaux Mondes Sonores
I. L’Italie et le Nouveau Monde revisités par Gabriel Garrido
Baroque, de Palerme à l’Amérique Latine
Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (Cremona, 1567- Veneza, 1643) – (1)
01. L’Orfeo: 1. Toccata d’ouverture
02. L’Orfeo: 2. Duo Apollon – Orfeo
03. L’Orfeo: 3. Choeur final, ritournelle et moresque
Marco da Gagliano (Florence, 1582-1643) – (1)
04. La Dafne: Ballo
Bonaventura Rubino (Italia, ca. 1600-1668) – (1)
05. Vepres du Stellario de Palermo: Magnificat
Juan de Araujo (Villafranca, España, 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712) – (2)
06. Psaume dixit dominus
Martin Schmid (Swiss, 1694-1772) – (3)
07. Opéra San Ignacio: Scène 6
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760) – (4)
08. Musica a la Real Audiencia de Charcas: Vilancico “Afuela, apalta”

II. Mémoire musicale de la Lorraine
Autour d’un Requiem
Louis Théodore Gouvy (Germany, 1819-1898)
09. Feuillets intimes: Allegro giocoso – (5)
10. Stabat mater: Fac me flere – (6)
11. Requiem: Dies irae – (6)
Pierrequin de Thérache (ou Pierquin de Thiérache) (France, 1460-1528) – (7)
12. Loyset Compère Chapelle des Chantres des Ducs de Lorraine: Motet crux triumphans
Henry Desmarets (France, 1661-1741) – (8)
13. Les motets Lorrains: Marche Lorraine
14. Les motets Lorrains: Récit de soprano “Misere mei”
15. Les motets Lorrains: Choeur “Convertere Domine”

III. K617, du classique à l’étrange
Wolfgang Amadeus Mozart (Austria, 1756-1791) – (9)
16. Divertimenti pour cors de basset: Adagio K.411 pour 2 clarinettes et 3 cors de basset
Anonyme – (10)
17. Missa Corsica In Monticellu: 1. Agnus Dei
18. Missa Corsica In Monticellu: 2. Ite missa est
Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704) – (11)
19. Leçons de Ténèbre et ragas de la nuit: 3ème leçon du Mercredi Saint

(1) Ensemble Elyma & Coro Antonio Il Verso. Director: Gabriel Garrido
(2) Ensemble Elyma & Coro de Niños Cantores de Cordoba. Director Gabriel Garrido
(3) Ensemble Elyma. Director: Gabriel Garrido
(4) Ensemble Elyma & Ensamble Luis Berger/Capilla Cisplatina & Coro Juvenil de la Fundación Pro Arte de Córdoba. Director Gabriel Garrido
(5) Quatuor à cordes – Quintette
(6) Evangelische Kantorei Saarlouis & Choeur d’Hommes de Hombourg-Haupt & Philarmonie de Lorraine. Director: Olivier Holt
(7) Ensemble Vocal Cantus Figuratus & La Traditora. Director: Dominique Vellard
(8) L’Orchestre des Violons du Roy et le Choeur du Studio de Musique Ancienne de Montréal. Director: Christopher Jackson
(9) Le Quatuor Stadler & Le Trio di Bassetto & La Grande Ecurie et la Chambre du Roy
(10) Ensemble A Cumpania
(11) Ensemble Gradiva

K617 – Nouveaux Mondes Sonores
1992

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Mais um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Valeu !!!

Boa audição.

no restaurante

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

.: interlúdio :. The Cash Box Magazine – Tops 1958

.: interlúdio :. The Cash Box Magazine – Tops 1958

cash box 1958 pngEsta postagem é dedicada aos ‘semi-novos’ da minha geração.

Quem de nós não se deliciava ouvindo e dançando The Everly Brothers, The Teddy Bears, Perez Prado, The Champs, Conway Twitty
.
E o vozerão do Domenico Modugno cantando Nel blu dipinto di blu, heim, heim?

Eita anos dourados !!!

A memorável revista “The Cash Box Magazine” trazia mensalmente a relação dos LPs mais vendidos nos Estados Unidos e, ao fim do ano, relacionava os mais vendidos do ano.

A postagem abaixo relaciona os mais vendidos durante 1958. É só alegria !!!!!

01. At The Hop (Danny & The Juniors)
02. The Stroll (The Diamonds)
03. Get a Job (Silhouettes)
04. Don’t (Elvis Presley)
05. Tequila (The Champs)

06. He’s Got The Whole World In His Hands (Laurie London)
07. Twilight time (The Platters)
08. Witch Doctor (David Seville)
09. All I Have To Do Is Dream (The Everly Brothers)

10. The Purple People Eater (Sheb Wooley)
11. Yakety Yak (The Coasters)
12. Patricia (Perez Prado)
13. Nel blu dipinto di blu (Volare) (Domenico Modugno)

14. It’s All In The Game (Tommy Edwards)
15. Topsy Part 2 (Cozy Cole)
16. It’s Only Make Believe (Conway Twitty)
17. (Hang down your head) Tom Dooley (The Kingston Trio)

18. To know him is to love him (The Teddy Bears)
19. The chipmunk song (Alvin & the Chipmonks)
20. Jo-Ann (The Playmates)
21. March from the River Kwai and Colonel Bogey (Mitch Miller)
22. (Who Wears) Short Shorts (Royal Teens)

23. Magic Moments (Perry Como)

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Boa audição.

Avicenna

.: interlúdio :. ‘Round M: Monteverdi Meets Jazz

.: interlúdio :. ‘Round M: Monteverdi Meets Jazz

Excelente CD. A música de Monteverdi com episódios e elementos jazzísticos aqui e ali. Roberta Mameli é excelente cantora e não canta Monteverdi por acaso: é uma especialista no compositor. Na maioria das faixas, ela mantém a linha original da partitura acompanhada de instrumentos barrocos da maneira tradicional, enquanto os solistas de jazz — saxofone, trompete, bateria (escovas) ou violoncelo — pegam linhas melódicas, fornecem acompanhamento harmônico ou dão um fundo rítmico, transformando as peças antigas em uma mistura de barroco e jazz. Em algumas peças, até mesmo o cravo se aventura em harmonias jazzísticas. As faixas são bem executadas e gravadas. Pode-se demorar um pouco para se acostumar com essa mistura eclética de estilos musicais, mas eu já estava adaptado desde a primeira faixa. Grande Roberta Mameli, que aparece despida de preconceitos e disposta a explorações de um repertório que é tudo, menos morto.

‘Round M: Monteverdi Meets Jazz

1 Madrigals, Book 8 (Madrigali, libro ottavo), “Madrigali guerrieri, et amorosi”: Lamento della ninfa, SV 163 (arr. for jazz ensemble) 7:50
2 Ohime ch’io cado, ohime (arr. A. Lo Gatto) 5:17
3 Cantade: Usurpator tiranno (arr. for jazz ensemble) 9:03
4 Curtio precipitato et altri capricii, Book 2, Op. 13: Canzonetta, “Spirituale sopra la nanna” (arr. for jazz ensemble) 9:42
5 Bizzarrie poetiche poste in musica, Book 3, Op. 4: Pianto di Erinna (arr. for jazz ensemble) 8:08
6 Madrigals, Book 7 (Concerto: settimo libro de madrigali): Ohime, dov’e il mio ben, dov’e il mio core?, SV 140 (arr. for jazz ensemble) 5:54
7 Si dolce e’l tormento (arr. for jazz ensemble) 6:53
8 Trasfigurazione della ninfa 8:20

Roberta Mameli
La Venexiana
Claudio Cavina

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Roberta Mameli atirando charme para os pequepianos
Roberta Mameli atirando charme para os pequepianos

PQP

Música na Catedral de São Paulo – Brasilessentia Grupo Vocal & Orquestra de Câmara da UNESP (Acervo PQPBach)

14np6h4Música na Catedral de São Paulo
Brasilessentia Grupo Vocal
Vitor Gabriel, regente

Orquestra de Câmara da UNESP
Ayrton Pinto, diretor artístico

As obras aqui gravadas representam uma mostra das mais de 450 composições referentes à Série Manuscritos Musicais dos Séculos XVIII-XIX da Seção de Música do Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo (ACMSP), que pertenceram ao antigo arquivo musical da Catedral, selecionadas e transcritas pela equipe responsável por sua organização e catalogação.

O acervo musical preservado no Arquivo da Cúria Metropolitana começou a ser constituido na Catedral de São Paulo em 1774, quando da chegada do compositor português André da Silva Gomes (1752- 1844), para exercer a função de mestre de capela. Até as primeiras décadas do séc. XIX, predominaram no arquivo as cópias do próprio A. S. Gomes e, em menor número, as dos músicos Floriano da Costa e Silva e Antonio Joaquim de Araújo, surgindo, como copistas predominantes, em meados deste século, os mestres de capela Antonio José de Almeida e Joaquim da Cunha Carvalho. A maioria das obras copiadas até essa fase filia-se, esteticamente, à música religiosa europeia da segunda metade do séc. XVIII e de inícios do séc. XIX, relacionada, sobretudo, ao repertório musical da Sé Patriarcal de Lisboa naquele periodo.

O jornal Correio Paulistano informava, em 01/10/1861, que o repertório da Catedral carecia de renovação e que lá ainda se ouviam músicas do tempo de D. José I (1750-1777) e de D. João VI (1792-1821), como as de André da Silva Gomes, Marcos Portugal (1762-1830) e José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), considerando a única música progressista da cidade, naquele momento, a militar … Na segunda metade do séc. XIX, entretanto, o arquivo da Catedral foi ampliado, pela incorporação de uma grande quantidade de cópias feitas por músicos locais (a maioria delas por João Nepomuceno de Souza) ou então trazidas de outras regiões brasileiras e do exterior, a maioria ligada ao estilo operístico italiano do séc. XIX. Em 25/01/1864, na festa do padroeiro da cidade, os moços do coro da Catedral, membros da Sociedade Musical Paulistana e o organista Hermenegildo José de Jesus, regidos por Antonio José de Almeida e pelo então mestre de capela Joaquim da Cunha Carvalho, executaram obras sacras recém trazidas de Roma pelo Cônego Joaquim do Monte Carmelo.

É muito provável que, na transição do século XIX para o XX, grande parte desse arquivo ainda estivesse na Catedral de São Paulo. Parte dos manuscritos relacionados ao arquivo pode ter permanecido com músicos particulares. Cópias realizadas por músicos que atuaram nessa igreja, como André da Silva Gomes, Romualdo Freire Vasconcelos, Antonio José de Almeida, Floriano da Costa e Silva, por exemplo, foram preservadas no Arquivo Veríssimo Glória (músico que trabalhou em São Paulo no inicio do séc. XX), atualmente de propriedade do musicólogo Regis Duprat. Provavelmente pela perda de interesse da maior parte do repertório sacro dos séculos XVIII e XIX, decorrente da tendência de depuração do “funesto influxo que sobre a arte sacra exerce a arte profana e teatral“, regulamentada no Motu Proprio (1903) do Papa Pio X, as obras remanescentes do arquivo musical foram retiradas da Catedral em inícios do século XX. Recolhido na Cúria Metropolitana, então na Praça Clóvis Bevilacqua, lá permaneceu até sua transferência para o atual espaço no bairro do Ipiranga, inaugurado em 30/ 11/1984.

Furio Fransceschini (1880-1976), mestre de capela desde 1908, não conheceu integralmente o arquivo musical, nem na Catedral nem na Cúria. Entretanto, no concerto que organizou em homenagem ao centenario da morte de José Maurício Nunes Garcia em 16/12/1930, na Igreja de Santa Ifigênia (onde então funcionava a Sé, pois fora demolida a antiga Catedral), Franceschini incluiu no programa o hino Ave maris stella de André da Silva Gomes, para 4 vozes e órgão, cujo manuscrito autógrafo localizou no Arquivo da Cúria, em uma caixa com 17 composições, organizada entre 1929-30. Esta e outra caixa com 14 peças resultaram da iniciativa de Francisco de Salles Collet e Silva, primeiro diretor do Arquivo (1918-1934), de organizar o antigo arquivo musical da Catedral, dedicando-se apenas a algumas obras, provavelmente às que ainda encontrassem função nas concepções de música sacra estabelecidas no século XX.

Se Collet e Silva chegou a planejar uma organização para o acervo musical do Arquivo da Cúria, infelizmente não chegou a empreendê-la em sua totalidade: até a década de 60, receberam número de catálogo mais alguns manuscritos e cerca de 30 volumes de música litúrgica, impressos nos sécs. XIX e XX. Clóvis de Oliveira, que em 1946 escreveu a primeira monografia sobre André da Silva Gomes (publicada em 1954), não conhecia nenhum outro manuscrito com música desse mestre de capela no Arquivo da Cúria, além do citado Ave maris stella.

Foi somente no final da década de 50 que o musicólogo Francisco Curt Lange tomou conhecimento do importante material ali existente. Interessado no desenvolvimento das pesquisas em acervos musicais paulistas, Curt Lange estimulou Regis Duprat a iniciar em 1959, seus estudos no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo. Duprat começou sua pesquisa pioneira no Arquivo da Cúria em 1960, publicando um catálogo de obras, de André da Silva Gomes em seu livro Música na Sé de S.P. Colonial (São Paulo: Paulus, 1995).

Transferido para o Ipiranga em 1984, juntamente com a documentação referente ao Bispado de São Paulo, os manuscritos musicais ali chegaram sem qualquer organização, enquanto os livros litúrgicos se dispersaram da cota original. Por iniciativa do Chefe do Arquivo, Jair Mongelli Jr., entre 1987-88, os manuscritos foram empacotados em 16 volumes, sem ordem definida, assim permanecendo até maio de 1996, quando iniciamos sua organização. Nessa época, constituimos a Equipe de Organização e Catalogação da Seção de Música do ACMSP – formada pelos pesquisadores Paulo Castagna (coordenador), Fabio del’ Antonio Taveira, Fernando Pereira Binder, Ivan Chaves Nunes e pelo Maestro Vitor Gabriel – equipe que também trabalhou para a realização desta gravação.
(Paulo Castagna e Vitor Gabriel, extraído do encarte, 1998)

Sigismund Ritter von Neukomm (1778-1858)
Libera me (para a Absolvição e Inumação na Missa dos Mortos)
01. 1. Libera me
02. 2. Tremens factus
03. 3. Quando caeli – Dies illa
04. 4. Requiem
05. 5. Libera me
06. 6. Kyrie
07. 7. Requiescat

Pietro Terziani (Roma, 1765-1831)
08. Mihi autem nimis (Ofertório da Missa de Santo André Apóstolo)
José Alves (Portugal, sec. XVIII)
Dixit Dominus (Salmo 109)
09. 1. Dixit Dominus
10. 2. Donec ponam
11. 3. Juravit Dominus
12. 4. Tu es sacerdos
13. 5. Gloria Patri
14. 6. Sicut erat

José Gomes Veloso (Portugal, séc. XVIII)
Iste sanctus (Anfífona de Magnificat das Primeiras Vésperas de um Mártir, fora do Tempo Pascal)
15. 1. Dixit Dominus
16. 2. Et a verbis impiorum
17. 3. Fundatus enim

José Joaquim dos Santos (Portugal, c.1747-1801)
Lauda Sion (Sequência da Missa da Festa do Corpo de Deus)
18. 1. Lauda Sion Salvatorem
19. 2. Sub diversis speciebus
20. 3. Amen

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
Confitebor Tibi Domine (Salmo 110)
21. 1. Confitebor Tibi Domine
22. 2. Sanctum et terribile
23. 3. Intellectus bonus
24. 4. Gloria Patri
25. 5. Sicut erat

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
26. O vos omnes (Moteto para o depósito da Imagem do Senhor dos Passos)
Anônimo (Séc. XVIII)
Procissão do Enterro (Para Sexta-feira Santa)
27. 1. Heu! Heu!
28. 2. Pupilli facti sumus
29. 3. Cecidit corona
30. 4. Spiritus cordis
31. 5. Æstimatus sum
32. 6. Sepulto Domino
33. 7. In pace factus est
34. 8. In pace in idipsum
35. 9. Caro mea

Antônio José de Almeida (S. Paulo, 1816-1876)
36. Música para Verônica, na Procissão do Enterro de Sexta-feira Santa – O vos omnes
Antônio José de Almeida (S. Paulo, 1816-1876)
Ladainha de Nossa Senhora
37. 1. Kyrie eleison
38. 2. Pater de cælis
39. 3. Sancta Maria
40. 4. Sancta Virgo
41. 5. Mater divinæ
42. 6. Mater castissima
43. 7. Mater intemerata
44. 8. Regina angelorum
45. 9. Regina prophetarum
46. 10 Agnus Dei

Manuel José Gomes (SP, 1792-1868)
Ária para o Pregador
47. 1. Veni Creator Spiritus
48. 2. Amen

Música na Catedral de São Paulo – 1998
Brasilessentia Grupo Vocal, Vitor Gabriel, regente
Orquestra de Câmara da UNESP, Ayrton Pinto, diretor artístico
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Avicenna

André da Silva Gomes (1752-1844) – Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra (Acervo PQPBach)

14cyvrdAndré da Silva Gomes – (1752 – 1844)
Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra
Vitor Gabriel, regente
Elisa Freixo, órgão

Com o apoio do Centro de Estudos e Pesquisa da Música Brasileira, da Sociedade Brasileira de Musicologia e do Selo Paulus, comemora-se, com este lançamento, o sesquicentenário da morte do compositor luso-brasileiro André da Silva Gomes (1752- 1844), mestre-de-capela da Sé de São Paulo durante 50 anos, a partir de 1774.

É tradição medieval da Europa católica o nomear mestre-de-capela para dirigir e compor a música nas igrejas catedrais ou matrizes, ao qual se atribuía ensinar a “solfa”, no linguajar da época, mantendo escola pública de música para a edificação da juventude. Essa tradição transferiu-se da Península Ibérica para a América e logo no primeiro século da colonização as povoações com maior densidade populacional já contavam com um mestre-de-capela nas igrejas principais. Esse profissional exercia suas funções por provisão do bispo ou da autoridade eclesiástica maior, geralmente por tempo de um ano, renovável a critério da mesma autoridade. No Brasil, a documentação referente à musica nos oferece indicações antigas sobre essa atividade, porém até hoje não se descobriram manuscritos musicais anteriores ao século XVIII.

A Matriz de São Paulo tornou-se Sé em 1745 com a criação do Bispado. Até aquela data subordinava-se ao Bispado do Rio de Janeiro que nomeava seus mestres-de-capela, mas as provisões incidiam sempre sobre músicos de São Paulo. Em 1774, com o terceiro bispo da cidade, Dom Manuel da Ressurreição, chega a São Paulo o mestre-de-capela André da Silva Gomes. Nascido em Lisboa, em 1752, e provido no cargo “pela ciência da música, no canto de órgão e contraponto”, como diz um documento da época. Confiou-se-lhe o cargo para que reorganizasse o coro e o serviço musical da Sé, dando-Ihe um nível compatível com o das outras catedrais do reino.

Suas composições multiplicam-se a partir de 1774. Por 50 anos exerceu as funções de mestre-de-capela em São Paulo, tanto na Sé como em diversas irmandades da cidade e nas festas reais patrocinadas pelo Senado da Câmara, especialmente nas festas do Corpus Christi, do Anjo Custódio do Reino, da Visitação de Santa Isabel e de São Sebastião. Dirigiu ainda a corporação musical do I Regimento de Infantaria de Milícias da capital, onde ascendeu a patente de Tenente-Coronel. Dele restaram-nos cerca de 130 obras musicais religiosas, muitas das quais já executadas em concertos, tanto no Brasil como no Exterior, e gravadas após restauração e transcrição moderna.

Quarto mestre-de-capela da Sé, André da Silva Gomes foi, também, Mestre Régio de Gramática Latina e integrou, como representante da Instrução Pública, o Governo Provisório estabelecido em São Paulo a 23 de julho de 1821 em consequência de um movimento liberal que instaurou em Portugal o sistema constitucional. Desse governo tambem fizeram parte os irmãos Andrada e Silva. Enquanto viveu, André da Silva Gomes foi a personalidade musical mais destacada em São Paulo, ombreando-se com seus contemporâneos no Brasil, como o padre José Maurício Nunes Garcia, Lobo de Mesquita, Luis Álvares Pinto, Francisco Gomes da Rocha, Marcos Coelho Neto e tantos outros.

Por ocasião da proclamação da independência do Brasil, Dom Pedro I, adentrando a cidade de Sao Paulo com sua comitiva dirigiu-se à Sé onde foi cantado um Te Deum composto e regido por André da Silva Gomes. De suas composições hoje conhecidas e que localizamos em 1960, as primeiras datam de 1774, ano de sua chegada a São Paulo, e as últimas são de 1823. Dentre elas citamos 18 Missas, 38 Salmos, 14 ofertórios, 10 Matinas, 8 Motetos, 3 Te Deum, 10 Hinos,4 Sequências e 22 obras para a Semana Santa. Formou muitos discípulos, criou inúmeros filhos adotivos, aos quais tambem ensinou a arte da música, e escreveu uma Arte Explicada do Contraponto, tratado de 150 páginas manuscritas, recentemente localizado em São Paulo pelo pianista e compositor Amaral Vieira. André da Silva Gomes faleceu com 92 anos a 17 de junho de 1844 comemorando-se, neste ano de 1994, o sesquicentenário de sua morte.

(Régis Duprat, 1994, extraído do encarte)

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
01. Hino Crudelis Herodes
02. Antífona Pueri Hebraeroum
03. Ofertório Scapulis suis
04. Ofertório Confortamini
05. Ofertório Ad te livavi
06. 5 Motetos para Comunhão – 1. Ecce panis
07. 5 Motetos para Comunhão – 2. Sit laus plena
08. 5 Motetos para Comunhão – 3. Dies enim
09. 5 Motetos para Comunhão – 4. Quod in coema
10. 5 Motetos para Comunhão – 5. Bone Pastor
11. Salmo Laudate pueri (Salmo 112)
12. Salmo Beati omnes (Salmo 127)
13. Sequência Victimae Paschali Laudes
14. Sequência Veni Sancte Spiritus
15. Missa em Dó – 1. Kyrie eleison, Christe eleison, Kyrire Eleison
16. Missa em Dó – 2. Gloria (Et in terra pax (IV), Laudamos te (V), Gratias agimus tibi (VI), Domine Deus (VII), Qui tollis (VIII), Quoniam (IX), Cum Sancto Spiritu (X)

André da Silva Gomes – 1994
Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra
Vitor Gabriel, regente
Elisa Freixo, órgão
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Avicenna

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 5

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 5

Nikolaus Harnoncourt foi uma das pessoas que mais me ensinou a respeito de música. Seus livros são extraordinários — infelizmente, acho que agora só podem ser encontrados em sebos. Foi um grande mestre. Certamente, é por isso que este é um CD duplo. O segundo é um exclusivamente um ótimo registro de parte dos ensaios onde Harnoncourt explica o que deseja aos músicos. É todo em alemão para os músicos de Viena, claro. Mas dá para entender alguma coisa e é um prazer ouvir as pequenas desconstruções feitas por Nik sobre esta obra tão conhecida (e amada) por mim. Não obstante, não curti o “adágio rápido” proposto nesta execução. É óbvio que estou errado, mas, para minha sensibilidade, não bateu. O resto é sensacional.

Então, no primeiro CD há a Sinfonia Nº 5 completa e, no segundo, trechos dos ensaios.

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 5

1 Symphony No. 5 in B-Flat Major: Symphony No. 5 in B-Flat Major: I. Introduction. Adagio 20:34
2 Symphony No. 5 in B-Flat Major: Symphony No. 5 in B-Flat Major: II. Adagio. Sehr langsam 14:57
3 Symphony No. 5 in B-Flat Major: Symphony No. 5 in B-Flat Major: III. Scherzo. Molto vivace 13:35
4 Symphony No. 5 in B-Flat Major: IV. Finale. Adagio 23:59

5 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 1. Satz, T. 1-22 “Vor den Sechzehnteln bitte wegfedern!” 2:46
6 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 1. Satz, T. 161-224 “Die Synkopen so, als würden wir mit Ellenbogen gegen dieses Legato gehen.” 4:37
7 Bruckner V Probe: 1. Satz, T. 315-319, 325-327, 381-398 “Kann ich einmal nur diesen kleinen, ganz schnellen Holz-Kanon haben” 1:57
8 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 2. Satz, T. 31-38, 107-124 “Gehen wir bitte gleich zum zweiten Satz, und zwar wo er eigentlich anfängt, Takt 31” 4:11
9 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 2. Satz, T. 163-196, 203-211 “Von 169 bis 170, diese Harmoniefolge, die kommt aus dem Mozart Requiem: ‘Qua resurget ex favilla homo reus’.” 8:57
10 Bruckner V Probe: 2. Satz, T. 1-18, 39-70 “So, jetzt gehen wir zu dem Anfang von dem Satz” 3:24
11 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 2. Satz, T. 71-84, 101-144, 195-202 “Geben Sie mir bitte einmal nur die Triolen, nur Streicher von ‘D’.” 4:43
12 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 3. Satz, Scherzo, T. 1-39, 133-187 “Ich hätte gern wirklich so einen magischen Schnelltanz” 6:25
13 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 3. Satz, Scherzo, T. 341-382; Trio, T. 1-55 “Können Sie ein bisschen so eine oberösterreichische Melancholie hineinbringen?” 2:36
14 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 3. Satz, Trio, T. 56-149; Scherzo da capo, T. 1-132 “Spielen Sie bitte wirklich Um-Ba” 6:28
15 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 4. Satz, T. 1-22, 29-36, 67-82 “Es muss die ‘Eins’ immer sehr energisch sein und die ‘Zwei’ etwas weniger.” 7:00
16 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 4. Satz, T. 83-136, 137-165 “Tutti von ‘Etwas mehr langsam'” 5:41
17 Bruckner V Probe: 4. Satz, T. 175-210, 223-231 “Stellen Sie sich zu dem Choral einen Text vor: ‘Was Gott tut, ist wohl getan.'” 3:34
18 Bruckner V Probe: Bruckner V Probe: 4. Satz, T. 310-340 “Jeder von diesen Einsätzen muss klingen, als wäre er eine ‘Eins’.” 2:59
19 Bruckner V Probe: 4. Satz, T.362-373, 450-499, 500-635 “Schön wäre es, wenn man eine totale Erschöpfung hört auf diesem ‘Des’.” 9:23

Orquestra Filarmônica de Viena
Nikolaus Harnoncourt

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Bruckner ficou perplexo com a rapidez do adágio.
Bruckner ficou perplexo com a rapidez do adágio.

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Missa de São Pedro de Alcântara / St. Peter of Alcântara Mass – Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830) – Acervo PQPBach

160r6okMissa de São Pedro de Alcântara
Pe. José Maurício Nunes Garcia
1809

Coro de Câmera Pro-Arte
Regência: Carlos Alberto Figueiredo

Rosana Lanzelotte, órgão

MISSA DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA, obra composta em 1809 em homenagem a D. Pedro, futuro Imperador do Brasil. O manuscrito autógrafo encontra-se na Biblioteca da Escola de Música da UFRJ. É escrita para coro a 4 vozes e órgão e contém solos de grande virtuosidade. Há uma outra Missa de José Maurício, com a mesma denominação, composta em 1808.

CREDO EM Sl BEMOL, composto em 1808 para 4 vozes e órgão. A única cópia, de 1891, encontra-se no Arquivo do Cabido Metropolitano do Rio de Janeiro. A costumeira divisão, na época, do Ordinário da Missa em Missa (Kyrie e Gloria) e Credo (Patrem, Sanctus e Agnus Dei), faz com que muitas vezes apenas uma das partes do manuscrito seja encontrada, como é, aparentemente, o caso deste Credo.

CHRISTUS FACTUS EST, obra para Semana Santa. Composta em 1798 para coro a 4 vozes e órgão. A cópia de época, com anotações autógrafas, encontra-se na Biblioteca da Escola de Música da UFRJ.

IN MONTE OLIVETI, faz parte de um Ofício de Ramos composto para 4 vozes, violoncelo e contrabaixo. A única cópia, que se encontrava na lgreja de S.Pedro, no Rio de janeiro, está desaparecida, A peça é apresentada a capella nesta gravação. O tratamento da forma responsorial neste moteto é único dentro da obra conhecida do compositor.

SEPULTO DOMINO, moteto para Semana Santa composto para 4 vozes em data desconhecida. Está contido em 3 diferentes manuscritos: Escola de Música da UFRJ, Igreja de S. Pedro (desaparecido) e Coro de Rio Pardo (também desaparecido).

2j5xmhxST PETER OF ALCÂNTARA MASS, was composed in 1809, in honor of D. Pedro, future Emperor of Brazil. The autograph manuscript lays in the Library of the School of Music of the Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ). It is written for SATB choir and organ and contains solo parts of great virtuosity. Another Mass of José Maurício, with the same name was composed in 1808.

CREDO IN B FLAT, was composed in 1808 for SATB choir and organ. The only copy, dated 1891, is kept in the archives of the Cathedral of Rio de Janeiro. Because of the customary separation, at that time, of the Mass Ordinary in Missa (Kyne and Gloria) and Credo (Patrem, Sanctus and Agnus Dei), very often the musical score also got split up, and sometimes lost, which is, apparently the case of the present Credo.

CHRISTUS FACTUS EST, was composed for the Holy Week of 1798 for SATB choir and organ. The extant copy, from this time, with autographs remarks, is kept at the Library of the School of Music of UFRJ.

IN MONTE OLIVETI, part of an Office for Palm Sunday composed for SATB choir, cello and bass. The only copy which was kept at Saint Peters Church, in Rio de Janeiro, is now lost. The piece is sang a cappella in this recording. The treatment of the responsonal form in this motet is unique in the known work by the composer.

SEPULTO DOMINO, motet for Holy Week, composed for SATB Choir, date unknown. It is part of 3 different manuscripts: School of Music of UFRJ, Saint Peters Church (lost) and Rio Pardo Choir (also lost).

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
01. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 1. Kyrie
02. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 2. Gloria
03. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 3. Domine Deus
04. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 4. Qui Tollis
05. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 5. Quoniam
06. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 6. Cum Santu Spiritu
07. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 7. Patrem
08. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 8. Et Incarnatus
09. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 9. Crucifixus
10. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 10. Et Resurrexit
11. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 11. Sanctus
12. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 12. Hosanna
13. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 13. Benedictus
14. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 14. Hosanna
15. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 15. Agnus Dei
16. Credo em Si Bemol – 1. Patrem
17. Credo em Si Bemol – 2. Et Incarnatus
18. Credo em Si Bemol – 3. Crucifixus
19. Credo em Si Bemol – 4. Et Resurrexit
20. Credo em Si Bemol – 5. Et Vitam
21. Credo em Si Bemol – 6. Sanctus
22. Credo em Si Bemol – 7. Hosanna
23. Credo em Si Bemol – 8. Benedictus
24. Credo em Si Bemol – 9. Hosanna
25. Credo em Si Bemol – 10. Agnus Dei
26. Christus Factus Est
27. In Monte Olivetti
28. Sepulto Domino

Missa de São Pedro de Alcântara – 1998
Coro de Câmera Pro-Arte
Regência: Carlos Alberto Figueiredo
Carol McDavit, soprano
Katya Kazzaz, mezzo-soprano
José Paulo Bernardes, tenor
Inácio de Nonno, barítono
Rosana Lanzelotte, órgão

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Conheça a vida e obra do Pe. José Maurício no excelente site aqui:

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maestro

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Ladainhas, Lamentos e Ladeiras: Mestres Mineiros – Madrigal Cantátimo & Orquestra de Câmara de Indaiatuba. (Acervo PQPBach)

dzgozdMadrigal Cantátimo
Orquestra de Câmara de Indaiatuba

Maestro Marcelo Antunes Martins

Com o patrocínio da Fundação do Banco do Brasil, o Maestro Marcelo Antunes Martins executou um trabalho dividido em 3 fases:

1. Pesquisa e digitalização de partituras sobre manuscritos dos séculos XVIII e XIX, que se encontram nos arquivos do Museu da Música de Mariana, MG, e que contou também com a colaboração de importantes musicólogos brasileiros, além de pesquisas realizadas em outros museus como o Lira Sanjoanense de São João Del-Rei, MG; Museu da Inconfidência de Ouro Preto, MG e Museu Carlos Gomes de Campinas, SP. O foco da pesquisa foi a produção musical dos grandes mestres mineiros durante o chamado Ciclo do Ouro. Essas partituras foram distribuidas gratuitamente para escolas, bibliotecas e grupos interessados nos estudos de música brasileira. Esta fase durou 9 anos.

2. Gravação do CD Ladainhas, Lamentos e Ladeiras: Mestres Mineiros – Interpretação do Madrigal Cantátimo e solistas convidados, acompanhados por uma orquestra de câmara formada com instrumentos da época (réplicas dos séculos XVIII e XIX), sob a direção do Maestro Marcelo Antunes Martins, em 1998. Foram distribuidos gratuitamente 10.000 exemplares pelo Brasil e posteriormente o Selo Eldorado assumiu a distribuição comercial do produto, o qual se encontra esgotado há anos.

3. Turnê realizada pelas principais capitais brasileiras e centros de observação de música antiga.

Anônimo (Séc. XVIII)
1. Tu qui legis in omni
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)

2. Magnificat
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746 – Rio de Janeiro, 1805)
3. Ave Regina Cælorum
4. Gradual o para Domingo da Ressurreição
5. Laudate pueri Dominum
6. Regina Cœli laetare
7. Ladainha dos solos
Anônimo (Séc. XVIII)
8. Improperium “Adoração da Cruz”
9. In pace in idpisum dormiam
10. Veni Creator
11. Veni Sancte Spiritus
12. Ave Maris Stella (participação especial: Banda Villa-Lobos)

Ladainhas, Lamentos e Ladeiras: Mestres Mineiros – Madrigal Cantátimo & Orquestra de Câmara de Indaiatuba, SP
Maestro Marcelo Antunes Martins
1998

CD gentilmente cedido pelo Maestro Marcelo Antunes Martins. Não tem preço !!!

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silent night

 

 

 

Avicenna

Masterpieces of Portuguese Polyphony: Frei Manuel Cardoso & João Lourenço Rebelo & Dom Pedro de Cristo & Aires Fernández

Captura de Tela 2017-07-07 às 01.06.41Masterpieces of Portuguese Polyphony
The Choir of Westminster Cathedral

Até bem recentemente a música da Renascença Portuguesa jazia em quase completa obscuridade. Alguns compositores que haviam tido a sorte de ver suas obras publicadas em vida – caso de Manuel Cardoso, Duarte Lôbo e Filipe de Magalhães – já começaram a receber o reconhecimento que merecem, mas o mesmo não se aplica ao vasto corpus de música que permanece preservada apenas em manuscritos.

A maior coleção de tais manuscritos é de longe a que tem origem no mosteiro agostiniano da Santa Cruz, em Coimbra (Norte de Portugal). Esse mosteiro, casa materna da congregação agostiniana em Portugal, era um centro educacional e cultural de primeira categoria, com uma vida musical exuberante.

Mais importante dos compositores que trabalharam em Santa Cruz, Pedro de Cristo nasceu em Coimbra por volta de 1550 e tomou votos no mosteiro em 1571. Aí chegou ao posto de mestre de capela (isto é, de diretor do coro polifônico) na década de 1590. Dom Pedro também passou pelo menos dois períodos em Lisboa, como mestre de capela do Mosteiro de São Vicente. Um obituário que situa sua morte em 1618 menciona sua habilidade tanto como instrumentista quanto como compositor, e observa que seu talento musical o tornou requisitado por muitas das casas da congregação agostiniana.

As obras sacras de Pedro de Cristo – que passam de duzentas – dominam os manuscritos de Santa Cruz da década de 1580 à de 1620, sendo diversos deles da mão do próprio compositor. Muitos dos textos musicados refletem ênfases devocionais próprias de Santa Cruz. Um exemplo claro é o moteto Sanctissimi quinque martires, celebrando os “cinco mártires de Marrocos” – franciscanos que morreram em 1220 pregando aos muçulmanos ocidentais, cujas relíquias eram preservadas em Santa Cruz. Se essa peça apresenta de modo geral uma técnica contrapontística convencional, com frequência Dom Pedro empregava um estilo ritmicamente animado e de concepção mais vertical [em que as diferentes vozes se movem “nota contra nota”, prefigurando os conceitos mais tardios de “acorde” e “harmonia”] – o que se vê com especial clareza em suas musicalizações dos responsórios para as Matinas do Dia de Natal, bem como em obras para dois coros como o Magnificat no oitavo tom [faixa 15 nesta gravação] e a Ave Maria [faixa 14]. Nos responsórios de Natal cada unidade de sentido do texto é arranjada separadamente, com atenção meticulosa à acentuação correta, produzindo uma forma vívida de retórica musical.

Entre os outros compositores portugueses cujas obras estão preservadas nos manuscritos de Santa Cruz, um dos melhores é Airez Fernandez. Infelizmente ainda não se sabe nada de certo sobre a sua vida (embora seja provável que tenha atuado em Coimbra, possivelmente na Catedral), e não são muitas as obras atribuídas a ele que chegaram a nós. Sua musicalização da antífona mariana Alma redemptoris mater demonstra sua habilidade de produzir frases de maravilhosamente torneadas dentro de uma textura bem simples, sendo uma realização ainda maior pelo fato de que a voz do tenor segue quase estritamente a melodia gregoriana dessa antífona.
Owen Rees © 1991 Editions of the works by Pedro de Cristo and Aires Fernandez were made by Owen Rees.

Frei Manuel Cardoso nasceu em Fronteira, parte da diocese de Évora, em 1566 (embora antes se pensasse que em 1570). Fez votos de monge em Lisboa em 5 de julho de 1589. Segundo o Padre Manuel de Sá, foi “mandado a Évora para estudar gramática e a arte da música assim que teve idade para isso”, o que se julgou que fosse o caso aos nove anos, em 1575. Cardoso foi aluno aí dos padres Cosme Delgado e Manuel Mendes.

No decurso de sua carreira Cardoso viria a desfrutar do favor da Casa Real espanhola. Seu livro de missas sobre o tema Ab initio, de 1631, foi dedicado a Felipe IV. Esteve também ligado à família Bragança durante o tempo em que esteve no Convento Carmelita em Lisboa, e é provável que o futuro rei Dom João IV tenha sido seu aluno e patrono. Cardoso desfrutou de grande estima ao longo de sua vida tanto por sua vida piedosa quando por seus dons musicais excepcionais; foi frequentemente mencionado por seus contemporâneos de renome, tanto do campo musical quanto do literário, e era querido e respeitado por todos quando morreu em 1650.

Sobrevivem cinco coleções publicadas de obras de Cardoso: três livros de missas e dois volumes contendo Magnificats e motetos – porém dois dos motetos gravados aqui (Sitivit anima mea [faixa 2] e Non mortui [faixa 1]) foram publicados na verdade em uma das coleções de missas: a de 1625, que contém a Missa pro Defunctis. Os dois têm textos associados a ritos funerários. As outras obras gravadas procedem do volume de 1648, que foi a última publicação de Cardoso.

É característico de todas essas peças a combinação da escrita contrapontística ao modo de Palestrina (inclusive, as missas paródicas contidas no volume de 1625 de Cardoso são todas baseadas em Palestrina) com um modo muito pessoal de conduzir a harmonia. Os abundantes intervalos aumentados,  entradas e progressões inesperadas e falsas relações, embora não exclusivos de Cardoso, são certamente mais evidentes na sua obra que na dos seus contemporâneos em Portugal, como Duarte Lôbo. Cardoso também escreveu música policoral – o que seria um meio mais óbvio para a aplicação de tais caracteríticas “barrocas” – mas essa foi toda perdida no terremoto de 1755, em Lisboa.

É a combinação dessas características com seu excelente conhecimento do contraponto palestriniano clássico que dá à música de Cardoso o seu caráter individual. Nos autem gloriae [faixa 5] ilustra bem o prodimento típico nesses motetos, que começam com um processo de imitação conscienciosamente elaborado (frequentemente a partir de três pontos, sendo a segunda entrada uma inversão da primeira), e então prosseguem de uma mandeira menos rigorosa, porém sempre com o máximo respeito na adaptação musical da palavra. No moteto Mulier quae erat [faixa 3] as inflexões cromáticas da elaboração imitativa inicial são tais, que não parece haver nenhuma tonalidade específica até que todas as entradas tenham acontecido e, por assim dizer, confirmado sua tonalidade uma com a outra.

Curiosamente, tais torções cromáticas não contradizem a serenidade transmitida por grande parte da música de Cardoso, trate-se de motetos ou de missas – e isso, poder-se-ia sentir, é de fato uma característica do barroco.

Além da Missa pro Defunctis, o exemplo mais resplandescente dessa “serenidade cromática” é provavelmente a que se encontra nas Lamentações. As destinadas à Quinta-Feira Santa [faixas 6 a 9] estão repletas de todas essas características encontradas nos motetos, e no entanto Cardoso nunca peca com algum exagero impróprio. A adequação litúrgica é respeitada sempre.

João Lourenço Rebelo nasceu em Caminha, na província do Minho, no Norte de Portugal, em 1610, 44 anos depois de Manuel Cardoso, embora tenha morrido apenas 11 anos depois deste. São desconhecidas as razões de haver mudado seu nome, pois era irmão de Marcos Soares Pereira, capelão-cantor na capela ducal [dos Bragança] em Vila Viçosa, o qual, quando aceitou tal nomeação, levou Rebelo consigo para que lá recebesse instrução musical. O patrocínio ducal (que mais tarde se tornou real) foi um elemento fundamental na vida de Rebelo, e ao que parece o próprio Dom João IV teria escrito dois motetos a seis vozes para completar uma das publicações de Rebelo (motetos dos quais resta somente a parte de uma das vozes).

A maior parte da música de Rebelo foi publicada em 1657, um ano depois da morte do seu patrono real, que deixou em seu testamento a ordem de que fosse impressa. Essa edição contém catorze musicalizações de Salmos (sendo duas séries de sete, cada texto musicado duas vezes), quatro Magnificats, música para as Completas [última das horas canônicas], duas Lamentações e um Miserere. O estilo policoral [então] moderno dessas obras fazem de Rebelo uma figura de considerável significação na história da música portuguesa. Há também um pequeno grupo de obras não publicadas para grupos menores, entre as quais se encontra o Panis angelicum [faixa 10].

Embora não possa ser descrita como policoral, Panis angelicum ilustra bem a música de Rebelo quanto a outros aspectos, ao usar um estilo melódico distintivo, às vezes fragmentário, com trechos de escrita homofônica ou perto disso. Talvez possamos ver aqui os últimos limites a que poderia chegar uma combinação de uma escrita contrapontística conduzida de modo genuíno com elementos de estilos mais novos. Nesse sentido, pode bem figurar como um emblema de Portugal nesse período, situado no último limite do continente e recebendo aí os ventos de mudança dos outros lugares da Europa da época.

Ivan Moody © 1991 Editions of the works by Cardoso (except the Lamentations) were made by Ivan Moody. The Rebelo piece was edited by Fr José Augusto Alegria and is published by Vanderbeek & Imrie Ltd, 15 Marvig, Lochs, Isle of Lewis, Scotland HS2 9QP

(Extraído do encarte. Traduzido do inglês pelo Prof. Ralf Rickli <[email protected]> especialmente para esta postagem. Obrigado!)

Masterpieces of Portuguese Polyphony: The Choir of Westminster Cathedral
Frei Manuel Cardoso (Portugal, 1566-1650)
01. Non mortui
02. Sitivit anima mea
03. Mulier quae erat
04. Tulerunt lapides
05. Nos autem gloriari
Lamentations for Maundy Thursday ‘Feria quinta in Coena Domini’
06. – Responsory 1: In monte Oliveti oravit ad Patrem
07. – Lectio 2: Vau. Et egressus est a filia Sion omnis decor eius
08. – Responsory 2: Tristis est anima mea
09. – Lectio 3: Jod. Manum suam misit hostis ad omnia desiderabilia eius

João Lourenço Rebelo (Portugal, 1610-1661)
10. Panis angelicus
Dom Pedro de Cristo (Coimbra, c1550-1618)
11. Hodie nobis de caelo
12. O magnum mysterium
13. Beata viscera Mariae
14. Ave Maria
15. Magnificat
16. Sanctissimi quinque martires

Aires Fernández (fl.c.1590/1600 )
17. Alma redemptoris mater

2lxgrqgMasterpieces of Portuguese Polyphony: The Choir of Westminster Cathedral
Director: James O’Donnell
Iain Somcock, organ
Celia Harper, harp
Sally Jackson, dulcian (11 – 15)
Recorded in Westminster Cathedral on 13, 14, 20, 21 June 1991

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Avicenna

Masterpieces of Portuguese Polyphony: Duarte Lôbo & Filipe de Magalhães

n4fq84Masterpieces of Portuguese Polyphony
The William Byrd Choir

Há certa ironia no fato de que a música portuguesa tenha tido sua melhor fase justamente nos anos da dominação espanhola (1580 a 1640). No entanto, apesar de Felipe II da Espanha ter patrocinado generosamente os músicos de seu novo domínio, foi a família ducal dos Bragança – o Cardeal Henrique e sobretudo o duque João, que seria o rei Dom João IV depois da restauração – quem mais encorajou os mestres músicos que são a glória da música sacra portuguesa na primeira metade do século 17.

Duarte Lôbo, Filipe de Magalhães, o frade carmelita Manuel Cardoso, Lopes Morago, Brito, Francisco Martins e o monge Pedro de Cristo foram a figuras mais representativas nesse período que se inicia quando Palestrina vivia seus últimos dias e termina algum tempo depois da morte de Monteverdi.

Seu estilo é fortemente conservador, sendo um genuíno desenvolvimento direto daquilo que chamamos hoje de “polifonia renascentista”; levaram adiante a tradição de Morales, de Palestrina, de Guerrero (muito querido pelos compositores portugueses posteriores) e de [Tomás Luis de] Victoria. Seus contemporâneos espanhóis são Vivanco, López de Velasco, Carlos Patiño, entre outros. Foi somente mais tarde, em meados do século 17, que João Lourenço Rebelo, Pedro Vaz Rego e Diogo Dias Melgás “alncançaram” as gerações “barrocas” espanholas que se iniciam com Mateo Romero e com Cererols, e chegam até José de Torres y Martínez Bravo e a Francisco Valls.

O repertório de um coro de catedral portuguesa na década de 1630 é tipificado pelo inventário de 1635 encontrado em Coimbra. Ele enumera livros de motetos e de missas de Victoria, missas e magnificats de Duarte Lôbo e de Magalhães, e missas de Cardoso. Os espanhóis se encontram representados aí por livros de missas de Alonso Lobo, Juan Esquivel e dos mestres mais antigos Morales e Guerrero. Também se encontravam os livros de música para Vésperas publicados por Navarro e Esquivel, junto com música de Philippe Rogier, nascido nos Países Baixos e mestre da Capilla Flamenca em Madri.

Quer dizer: um repertório fortemente ibérico. De fora, nem mesmo Palestrina está incluído, embora sua música fosse bem conhecida e usada desde há muito na Espanha e em Portugal.

DUARTE LÔBO (que não deve ser confundido com o espanhol Alonso Lobo, e também conhecido pela forma latinizada Eduardus Lupus) foi o compositor português mais conhecido em sua época; suas obras eram bastante executadas em seu próprio país e nos Países Baixos espanhóis, bem como no México e Guatemala. Nasceu em 1565 ou 67, e morreu em 1646. Lôbo estudou com Manuel Mendes no famoso Colégio da Claustra de Évora, cidade em que também foi cantor e por um breve período diretor do coro da catedral. Mudou-se para Lisboa para encarregar-se da música no Hospital Real, e em 1594 se tornou mestre de capela na catedral dessa capital, onde também lecionou no Colégio da Claustra, mantendo esses vários cargos, respeitadíssimo, até a sua aposentadoria, quando passou a dirigir a música no Seminário de São Bartolomeu até sua morte.

As obras de Lôbo que sobreviveram incluem suas edições de textos e de cantochão para o Ofício dos Mortos (Lisboa, 1603) e o Processional de Lisboa (1607), e sua aprovação aparece em diversas publicações de métodos de cantochão e num Passionário (coleção de cantos para a Semana Santa) de 1595. Suas próprias composições, além disso, foram belamente impressas – na verdade até suntuosamente – pela firma Plantin de Antuérpia.

Os dezesseis arranjos de Lôbo para o Magnificat foram publicados em 1605. São concisos e breves, e portanto totalmente adequados para os serviços regulares das Vésperas. Em 1621 e 1639 vieram à luz os livros de missas. Estas vão de curtas e simples até obras elaboradas e imponentes para cinco, seix e oito vozes. Os dois missais se encerram com uma Missa pro Defunctis e alguns motetos fúnebres. As missas são treze, sem contar os arranjos do Requiem.

A Missa de Requiem de 1621 é a oito vozes, a de 1639 é a seis, tendo esta uma característica incomum na época que é a alternância de cantochão e polifonia no Dies Irae. A de 1621 não é para dois coros separados, embora ocorram momentos antifonais entre os dois grupos. As vozes são duas de soprano, duas de contralto, duas de tenor e duas de baixo. A edição de 1621 incluir as entoações, incipits e versos  em cantochão, e com isso se pode ver que a polifonia é estreitamente relacionada às antigas melodias dos cantos, que são citadas ou parafraseadas com frequência.

Em momentos breves porém frequentes, Lobo raleia sua textura de oito vozes; sua harmonia é bem simples porém muito firme, com linhas de baixo direcionadas com decisão. O efeito geral termina sendo de homofonia, mas encontramos uma abordagem contrapontística bastante viva no gradual e no ofertório. No verso ‘In memoria’ do gradual encontramos um trio livremente fluente, mas no restante são empregadas todas as oito vozes. Os movimentos inicial e final são extremamente simples: temos aí o tipo de música que parece nada quando vista no papel, mas quando executada mostra grande dignidade e atmosfera. A música é exatamente o que Lôbo, sacerdote e compositor por profissão, pretendia que fosse: totalmente adequada à Missa de Réquiem – os solenes ritos funerais ou memoriais da Igreja Católica.

A maior parte da edições da Missa de Réquiem nos séculos 16 e 17 traziam em anexo um ou mais motetos apropriados para funerais, e nesse sentido esta gravação traz Audivi vocem de caelo, uma obra a seis vozes que conclui o Liber Missarum de Lôbo publicado em 1621.

FILIPE DE MAGALHÃES, como seu contemporâneo Lôbo, foi aluno e corista em Évora, tendo cantado no coro da catedral e no Colégio da Claustra. Aí Magalhães se tornou o aluno predileto de Manuel Mendes, e em 1605 herdou toda a coleção musical de seu antigo professor. Tendo se mudado para Lisboa para ser cantor na Capela Real, tornou-se seu mestre de capela em 1623. Aposentou-se em 1641, um ano depois da Restauração em que o Duque João de Bragança tornou-se rei. Muitas de suas obras devem ter sido perdidas no grande terremoto de 1755; sabemos de diversas delas, inclusive uma missa a oito vozes, pelos catálogos da grande biblioteca musical de Dom João IV.

Ao contrário de Duarte Lôbo, Magalhães teve dois volumes de sua música impressos em Lisboa, e não em Antuérpia. A qualidade dos tipos e da impressão são pobres em comparação com os livros de Lôbo editados por Plantin, mas a música em si apresenta a alta qualidade e expressividade que levaram alguns escritores modernos a aclamar Magalhães como o maior dos compositores de Portugal.

Em 1636 Magalhães publicou seu volume de Magnificats, e seu Missarum Liber também vem claramente datado de 1636 na página de rosto. São esses dois livros que contêm a maior parte da música de Magalhães que chegou até nós. Encontramos aí sete missas para quatro ou cinco vozes, algumas das quais com um elaborado segundo arranjo do Agnus Dei. Curiosamente, as palavras finais dona nobis pacem [‘dá-nos a paz’] nunca aparecem nessas obras, mesmo quando existe um tal segundo Agnus Dei.

Por outro lado, todas as missas possuem dois movimentos claramente separados para o Christe Eleison, no que são similares a todas as outras missas compostas em Portugal nesse período. Não é nem um pouco claro se isso indica a possibilidade de alternância com cantochão, inclusive porque lá onde isso seria mais provável – no Réquiem baseado em cantochão – somos pegos de surpresa por apenas um Christe.

Sua Missa pro Defunctis gravada aqui é para seis vozes e é seguida pelo altamente expressivo moteto a seis vozes ‘Comissa mea pavesco’ que conclui o volume [presente também no CD Masters of the Royal Chapel, postado em 28/06].

O Ordinário da Missa executada nesta gravação é uma continuação típica da tradição de Palestrina e de Victoria, do final do século 16. A Missa Dilectus Meus foi baseada em um moteto ainda não encontrado. Está escrita para coro a cinco vozes, o soprano dividido (SSATB). Essa divisão de vozes é usada completa a maior parte do tempo, mas no Crucifixus do Credo é reduzida a SSAT, e no Benedictus a SAT [ambos sem baixo]. O Hosanna é em compasso ternário.

O segundo Agnus Dei [ver acima] é escrito para seis vozes, agora com divisão também nos altos [SSAATB]. A voz do tenor segue a parte do primeiro soprano em um cânon à oitava estrito. A música flui em um estilo polifônico sereno e efetivo, um belo exemplo do conservador stile antico praticado em Portugal.

A gravação se conclui com o moteto fúnebre Comissa mea pavesco, uma obra magistral, de uma escrita confiante, segura na sua sucessão de temas elaborados sem pressa, com um espírito penitencial tocante porém cheio de dignidade.

(Bruno Turner, 1986 – extraído do encarte. Traduzido do inglês e do alemão pelo Prof. Ralf Rickli <[email protected]> especialmente para esta postagem. Não tem preço!!)

Masterpieces of Portuguese Polyphony: The William Byrd Choir
Duarte Lôbo (Portugal, c1565-1646; Latinized as Eduardus Lupus)
01. Missa Pro defunctis ‘Requiem’ – Movement 1: Introitus. Requiem aeternam
02. Missa Pro defunctis ‘Requiem’ – Movement 2: Kyrie
03. Missa Pro defunctis ‘Requiem’ – Movement 3: Graduale. Requiem aeternam
04. Missa Pro defunctis ‘Requiem’ – Movement 4: Offertorium. Domine, Jesu Christe
05. Missa Pro defunctis ‘Requiem’ – Movement 5: Sanctus
06. Missa Pro defunctis ‘Requiem’ – Movement 6: Agnus Dei
07. Missa Pro defunctis ‘Requiem’ – Movement 7: Communio. Lux aeterna
08. Audivi vocem de caelo

Filipe de Magalhães (Portugal, c1571-1652)
09. Missa Dilectus meus – Movement 1: Kyrie
10. Missa Dilectus meus – Movement 2: Gloria
11. Missa Dilectus meus – Movement 3: Credo
12. Missa Dilectus meus – Movement 4: Sanctus
13. Missa Dilectus meus – Movement 5: Benedictus
14. Missa Dilectus meus – Movement 6: Agnus Dei
15. Commissa mea pavesco

Masterpieces of Portuguese Polyphony: The William Byrd Choir – 2005
The William Byrd Choir
Director: Gavin Turner

Recorded in All Hallows, Gospel Oak, London, on 2 & 4 June 1986

Uma gravação patrocinada pela The Calouste Gulbenkian Foundation em comemoração ao 600º aniversário do Tratado de Windsor, entre Inglaterra e Portugal.

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MP3 320 kbps – 139,5 MB – 59 min
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canguru

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 4 em Dó menor, Op. 43

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 4 em Dó menor, Op. 43

A Sinfonia n.º 4 de Dmitri Shostakovich (Op. 43) foi composta entre setembro de 1935 e maio de 1936. É uma sinfonia decididamente mahleriana. Shostakovich estudara Mahler por vários anos e aqui estão ecos monumentais destes estudos. Sim, monumentais. Uma orquestra imensa, uma música com grandes contrastes e um tratamento de câmara em muitos episódios rarefeitos: Mahler. O maior mérito desta sinfonia é seu poderoso primeiro movimento, que é transformação constante de dois temas principais em que o compositor austríaco é trazido para as marchas de outubro, porém, minha preferência vai para o também mahleriano scherzo central. Ali, Shostakovich realiza uma curiosa mistura entre o tema introdutório da quinta sinfonia de Beethoven e o desenvolve como se fosse a sinfonia “Ressurreição”, Nº 2, de Mahler. Uma alegria para quem gosta de apontar estes diálogos. O final é um “sanduíche”. O bizarro tema ritmado central é envolvido por dois scherzi algo agressivos e ainda por uma música de réquiem. As explicações são muitas e aqui o referencial político parece ser mesmo o mais correto para quem, como Shostakovich, considerava que a URSS viera das mortes da revolução de outubro e estava se dirigindo para as mortes da próxima guerra.

Dmtri Shostakovich (1906-1975) – Sinfonia No.4 em Dó menor, Op.43
01. Allegro poco moderato
02. Presto
03. Moderato con moto
04. Largo
05. Allegro

Philadelphia Orchestra
Myung-Whun Chung, regente

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Shostakovich lendo o Pravda
Shostakovich lendo o Pravda

PQP

Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres – Os Mestres Mulatos (Acervo PQPBach)

w0oy0yOs mestres mulatos

Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres

Maestro Marcelo Martins

 

 

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Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum Laudamus (1760) – Tibis Omnes
Pe. Caetano de Mello Jesus (Bahia?)
02. Recitativo e Ária (1759) – Ária
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
03. Tercis (1783) – Difusa est Gratia
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/200674776″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]
04. Gradual: Fuga do Egito – Angelus Domini
Joaquim de Paula Sousa “Bonsucesso” (Prados, c. 1760 – idem, c. 1820)
05. Antífona de São Joaquim – Laudemus Virum
Pe. João de Deus Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
06. Salve Sancte Pater
Anônimo (Serro, MG, Séc. XIX)
07. Jam Sol
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
08. Domini Jesu – Coral
Anônimo (modinhas imperiais coligidas por Mário de Andrade)
09. Escuta formosa …
10. Hei de amar-te até morrer
11. Lundum …

Xisto Bahia (1841 – 1894)
12. Lundu
Tradição oral, Paratí, RJ
13. Porto das Almas
Tradição oral, litoral norte, SP
14. Bendito
Antonio Carlos Gomes (1836-1906)
15. Cayumba – Dança de Negros

Você pode entrar no website da Sinfonieta e baixar suas gravações, saber dos seus projetos, programações. “Entre e fique à vontade, que a música é sua.”

Nossos agradecimentos ao Musicólogo e Maestro Marcelo Martins por nos ter cedido este CD. Não tem preço!!!

Os Mestres Mulatos – 2007
Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres
Direção musical e Regente: Marcelo Antunes Martins

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MP3 320 kbps | 89,2 MB | HQ Scans | 41,7 min
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Boa audição.

pia entupida

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

.: Interlúdio :. Best Audiophile Voices

99ja79Best Audiophile Voices

Jazz

Desde a sua introdução em 2003, a coleção de 6 CDs “Best Audiophile Voices” tem consistentemente contado com algumas das mais elegantes gravações vocais femininas de jazz dos últimos anos. Produto mais vendido da Top2 Music, passou a ser sinônimo de melodias memoráveis, vocais de qualidade, arranjos suaves e gravações superiores.

Muitas intérpretes aqui listadas não são tão conhecidas do grande mundo fonográfico pois gostam mais de se apresentar em casas noturnas do restrito Circuito Elizabeth Arden.

Preparei as que mais gosto para esta postagem. Espero que também apreciem.

Palhinha: ouçam: 13 Both Sides Now (Jeanette Lindstrom & Steve Dobrogosz, autor, ao piano)

01  It Wouldn’t Have Made a Difference (Alison Krauss)
02  When I Dream (Carol Kidd)
03  What a Wonderful World (Eva Cassidy)
04  Over the Rainbow (Jane Monheit)
05  Perhaps Love (Jheena Lodwick)
06  Dave True Story (Kelly Flint)
07  Better be Home Soon (Andrea Zonn)
08  When I Fall in love (Claire Martin)
09  Fly Away (Corrinne May)
10  Desperado (Emi Fujita)
11  In a Sentimental Mood (Jacqui Dankworth)
12  I Left My Heart in San Francisco (Jean Frye Sidwell)
13  Both Sides Now (Jeanette Lindstrom & Steve Dobrogosz, autor, ao piano)
14  My Foolish Heart (Salena Jones)
15  Someone to Watch Over Me (Susannah McCorkle)
16  Cry Me a River (Tania Maria)
17  Fields of Gold (Emi Fujita)
18  Secret Love (Janet Seidel)
19  We’ve Only Just Begun (Salena Jones)
20  Vincent (Starry night) (Sara K)
21  For All We Know (Hayati Kafe)
22  Lady Jane (Jane Duboc)
23  If (Marianna Leporace)
24  You Don’t Bring Me Flowers (Salena Jones)
25  Get me through December (Alison Krauss & Natalie Mac Master)
26  Blame it on my youth (Emilie-Claire Barlow)
27  Bridge over troubled water (Eva Cassidy)
28  You belong to me (Janet Seidel)
29  500 miles (Noon)
30  Smoke gets in your eyes / All the things you are (Roberta Gambarini)
31  I don’t want to miss a thing (Salena Jones)
32  You’ve got a friend (Stacey Kent)

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MP3 317,0 MB – 2 h 30 min
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Boa audição.

behind bars

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

J. S. Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado (completo / Angela Hewitt)

J. S. Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado (completo / Angela Hewitt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Daqui a dias, semanas ou meses, se eu e este blog estivermos vivos, vou recolocar toda a obra para teclado de Bach gravada pela notável pianista canadense Angela Hewiit. Eu peço desculpas aos amantes de Gould, Schiff e de tantos outros que se aventuraram a tocar Bach no piano, mas afirmo que Hewitt lhes é superior. Está claro que, para alcançar as alturas que alcança, ela estudou direitinho e subiu sobre os ombros de gigantes como… o próprio Gould, é óbvio. Seu Cravo Bem Temperado ainda perde para o colorido do de Chorzempa, mas é boníssimo, como vocês poderão ouvir.

J. S. Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado (completo / Angela Hewitt)

CD 1:
01] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #1 In C, BWV 846
02] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #1 In C, BWV 846
03] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #2 In C Minor, BWV 847
04] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #2 In C Minor, BWV 847
05] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #3 In C Sharp, BWV 848
06] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #3 In C Sharp, BWV 848
07] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #4 In C Sharp Minor, BWV 849
08] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #4 In C Sharp Minor, BWV 849
09] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #5 In D, BWV 850
10] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #5 In D, BWV 850
11] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #6 In D Minor, BWV 851
12] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #6 In D Minor, BWV 851
13] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #7 In E Flat, BWV 852
14] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #7 In E Flat, BWV 852
15] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #8 In E Flat Minor, BWV 853
16] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #8 In D Sharp Minor, BWV 853
17] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #9 In E, BWV 854
18] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #9 In E, BWV 854
19] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #10 In E Minor, BWV 855
20] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #10 In E Minor, BWV 855
21] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #11 In F, BWV 856
22] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #11 In F, BWV 856
23] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Prelude #12 In F Minor, BWV 857
24] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 1 – Fugue #12 In F Minor, BWV 857

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CD 2:
01] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.13 in F sharp major, BWV858:Prelude
02] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.13 in F sharp major, BWV858:Fugue
03] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.14 in F sharp minor, BWV859:Prelude
04] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.14 in F sharp minor, BWV859:Fugue
05] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.15 in G major, BWV860:Prelude
06] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.15 in G major, BWV860:Fugue
07] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.16 in G minor, BWV861:Prelude
08] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.16 in G minor, BWV861:Fugue
09] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.17 in A flat major, BWV862:Prelude
10] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.17 in A flat major, BWV862:Fugue
11] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.18 in G sharp minor, BWV863:Prelude
12] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.18 in G sharp minor, BWV863:Fugue
13] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.19 in A major, BWV864:Prelude
14] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.19 in A major, BWV864:Fugue
15] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.20 in A minor, BWV865:Prelude
16] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.20 in A minor, BWV865:Fugue
17] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.21 in B flat major, BWV866:Prelude
18] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.21 in B flat major, BWV866:Fugue
19] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.22 in B flat minor, BWV867:Prelude
20] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.22 in B flat minor, BWV867:Fugue
21] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.23 in B major, BWV868:Prelude
22] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.23 in B major, BWV868:Fugue
23] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.24 in B minor, BWV869:Prelude
24] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book I:No.24 in B minor, BWV869:Fugue

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CD 3:
01] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.1 in C major, BWV870:Prelude
02] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.1 in C major, BWV870:Fugue
03] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.2 in C minor, BWV871:Prelude
04] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.2 in C minor, BWV871:Fugue
05] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.3 in C sharp major, BWV872:Prelude
06] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.3 in C sharp major, BWV872:Fugue
07] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.4 in C sharp minor, BWV873:Prelude
08] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.4 in C sharp minor, BWV873:Fugue
09] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.5 in D major, BWV874:Prelude
10] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.5 in D major, BWV874:Fugue
11] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.6 in D minor, BWV875:Prelude
12] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.6 in D minor, BWV875:Fugue
13] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.7 in E flat major, BWV876:Prelude
14] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.7 in E flat major, BWV876:Fugue
15] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.8 in D sharp minor, BWV877:Prelude
16] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.8 in D sharp minor, BWV877:Fugue
17] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.9 in E major, BWV878:Prelude
18] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.9 in E major, BWV878:Fugue
19] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.10 in E minor, BWV879:Prelude
20] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.10 in E minor, BWV879:Fugue
21] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.11 in F major, BWV880:Prelude
22] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.11 in F major, BWV880:Fugue
23] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.12 in F minor, BWV881:Prelude
24] Bach: The Well-Tempered Clavier: Book II:No.12 in F minor, BWV881:Fugue

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CD 4:
01] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #13 In F Sharp, BWV 882
02] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #13 In F Sharp, BWV 882
03] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #14 In F Sharp Minor, BWV 883
04] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #14 In F Sharp Minor, BWV 883
05] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #15 In G, BWV 884
06] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #15 In G, BWV 884
07] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #16 In G Minor, BWV 885
08] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #16 In G Minor, BWV 885
09] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #17 In A Flat, BWV 886
10] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #17 In A Flat, BWV 886
11] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #18 In G Sharp Minor, BWV 887
12] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #18 In G Sharp Minor, BWV 887
13] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #19 In A, BWV 888
14] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #19 In A, BWV 888
15] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #20 In A Minor, BWV 889
16] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #20 In A Minor, BWV 889
17] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #21 In B Flat, BWV 890
18] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #21 In B Flat, BWV 890
19] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #22 In B Flat Minor, BWV 891
20] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #22 In B Flat Minor, BWV 891
21] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #23 In B, BWV 892
22] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #23 In B, BWV 892
23] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Prelude #24 In B Minor, BWV 893
24] Bach: The Well-Tempered Clavier, Book 2 – Fugue #24 In B Minor, BWV 893

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Angela Hewitt, piano

Angela Hewitt preparando-se para um momento de levitação
Angela Hewitt preparando-se para um momento de levitação

PQP