Guiomar Novaes: transcrições & miniaturas, de Bach e Gluck a Villa-Lobos (+ a Fantasia Triunfal de Gottschalk)

Nossa homenagem ao saudoso Ranulfus continuará, também, através da republicação de suas preciosas contribuições ao nosso blog – como esta, que veio à luz em 11/5/2010.

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio com obras do gênio brasileiro, pelos motivos expostos AQUI


À medida em que avança a aventura de redescoberta de Guiomar Novaes, iniciada aqui há duas semanas, começo a ter a impressão de que seu legado de gravações é um tanto desigual: algumas são realizações gigantescas, cuja importância se percebe com absoluta certeza de modo intuitivo, mas alcança tão longe que temos dificuldade de explicar em palavras (do que ouvi até agora, é o caso das suas realizações de Chopin, especialmente os Noturnos); já outras são, digamos, meramente grandes…

Temos aqui as 7 peças curtas retiradas do CD Beethoven-Klemperer postado há alguns dias, mais o disco só de peças brasileiras (com certo desconto para Gottschalk) lançado em 1974 pela Fermata – creio que o seu último.

As primeiras parecem ter se firmado em sua carreira como standards no tempo dos discos de 78 rotações, que só comportavam peças curtas. Hoje qualquer pianista “sério” franziria o nariz pra esse repertório: “transcrições de concerto” de um prelúdio para órgão de Bach e de trechos orquestrais de Gluck e Beethoven. Ao que parece, no começo do século XX o fato de serem coisas agradáveis de ouvir ainda era tido como justificativa bastante para tocá-las.

Mas o que mais me surpreendeu foi à abordagem às 3 peças originais de Brahms: nada da solenidade que se costuma associar a esse nome; sem-cerimônia pura! Como também nos movimentos rápidos do Concerto de Beethoven com Klemperer, tenho a impressão de ver uma “moleca” divertindo-se a valer, e me pergunto se não é verdade o que encontrei em uma ou duas fontes: que a menina Guiomar teria sido vizinha de Monteiro Lobato, e este teria criado a personagem Narizinho inspirado nela!

Também me chamou atenção que Guiomar declarasse que sua mãe, que só tocava em casa, teria sido melhor pianista que ela mesma, e que tenha escolhido por marido um engenheiro que também tocava piano e compunha pequenas peças: Otávio Pinto. Casaram-se em 1922, ano de sua participação na Semana de Arte Moderna, ela com 27, ele com 32. Guiomar nunca deixou de tocar peças do marido em recitais mundo afora – nada de excepcional, mas também não inferiores a tantos standards do repertório europeu – e ainda no disco lançado aos 79 anos encontramos as Cenas Infantis do marido, além de uma peça do cunhado Arnaldo (Pregão).

Dados sem importância? Não me parece. Parecem apontar para que a própria Guiomar visse as raízes últimas da sua arte não no mundo acadêmico, “conservatorial”, e sim numa tradição brasileira hoje extinta: a (como dizem os alemães) Hausmusik praticada nas casas senhoriais e pequeno-senhoriais, paralela à arte mais de rua dos chorões, mas não sem interações com esta. Aliás, podem me chamar de maluco, mas juro que tive a impressão de ouvir evocações de festa do interior brasileiro – até de sanfona! – tanto no Capricho de Saint-Saëns sobre “árias de balé” de Gluck quanto no Capricho de Brahms.

Será, então, que podemos entender Guiomar como uma espécie de apoteose (= elevação ao nível divino) da tradição das “sinhazinhas pianeiras”? Terá ela querido conscientemente levar ao mundo clássico um jeito brasileiro de abordar a música?

E terá sido ao mesmo tempo um “canto de cisne” dessa tradição, ou terá tido algum tipo de herdeiro? Não sei, mas se alguém me vem à cabeça na esteira dessa hipótese, certamente não é o fino Nelson Freire e sim o controverso João Carlos Martins!

Para terminar: a vida inteira Guiomar insistiu em terminar programas com a ‘famigerada’ Fantasia Triunfal de Gottschalk sobre o Hino Brasileiro, que, honestamente, não chega a ser grande música. Acontece que, segundo uma das biografias, logo ao chegar a Paris, com 15 anos, Guiomar teria sido chamada pela exilada Princesa Isabel – ela mesma pianista – e teria recebido dela o pedido de que mantivesse essa peça sempre no seu repertório. E, curioso, ainda ontem o Avicenna postava aqui duas peças de Gottschalk como músico da corte de D. Pedro II (veja AQUI).

Será que isso traz água ao moinho da hipótese de Guiomar como apoteose e canto-de-cisne de um determinado Brasil? Bom, vamos ouvir música, e depois vocês contam as suas impressões!

Pasta 1: faixas adicionais do CD “Guiomar-Beethoven-Klemperer”
04 J. S. Bach (arr. Silotti) – Prelúdio para Órgão em Sol m, BWV 535
05 C. W. Gluck (arr. Sgambati e Friedman) – Danças dos Espíritos Bem-Aventurados, de “Orfeo”
06 C. Saint-Saëns: Caprice sur des airs de ballet de “Alceste”, de Gluck
07 J. Brahms – Intermezzo op.117 nº 2
08 J. Brahms – Capriccio op.76 nº 2
09 J. Brahms – Valsa em La bemol, op.39 nº 15
10 L. van Beethoven (arr. Anton Rubinstein) – Marcha Turca das “Ruínas de Atenas”

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Pasta 2: disco “Guiomar Novaes”, Fermata, 1974
a1 Francisco Mignone – Velho Tema (dos Estudos Transcedentais)
a2 Otávio Pinto – Cenas Infantis
a3 Marlos Nobre – Samba Matuto (do Ciclo Nordestino)
a4 Arnaldo Ribeiro Pinto – Pregão (de Imagens Perdidas)
a5 J. Souza Lima – Improvisação
a6 M. Camargo Guarnieri – Ponteio
b1 H. Villa-Lobos – Da Prole do Bebê: Branquinha, Moreninha
b2 H. Villa-Lobos – O Ginete do Pierrozinho (do Carnaval das Criancas)
b3 H. Villa-Lobos – Do Guia Prático: Manda Tiro, Tiro, Lá; Pirulito; Rosa Amarela; Garibaldi foi a Missa
b4 L. M. Gottschalk – Grande Fantasie Triomphale sur l’Hymne National Brésilien Op. 69

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Ranulfus

[restaurado com reverência e saudade por seu amigo Vassily em 4/3/2023]

Nelson com Guiomar Novaes. Foto do acervo particular de Nelson Freire, publicada pelo sensacional Instituto Piano Brasileiro

Brahms: Sonata Nº 1 para Violoncelo e Piano e Trio para Clarinete, Violoncelo e Piano / Rachmaninov: Sonata para Violoncelo e Piano (Wang, Ottensamer, Capuçon)

Mais um CD recente com obras de Brahms, e que CD, senhores !!! Sempre é bom sangue novo se aventurando por estas plagas.

Impossível ouvir esse CD sem um sorriso, esse repertório é único, quase perfeito, eu diria. Juntar as Sonatas para Violoncelo de Brahms e de Rachmaninov e o Trio para Clarinete do mesmo Brahms resultou em um CD lindíssimo, romântico até as veias. A parceria da pianista Yuja Wang com o violoncelista Gautier Capuçon novamente rendeu belos frutos, e temos aqui uma interpretação enxuta, correta, e principalmente em se tratando desse repertório, nada de excessos.

A Sonata nº1 de Brahms, para Violoncelo e Piano é uma de minhas obras favoritas desse compositor, e exige dos musicos muita concentração. Ela é intensa, dramática, por vezes temos a impressão de que o violoncelo está quase chorando, em um lamento. Ambos instrumentos tem voz própria, em uma espécie de diálogo, e nenhum deixa o outro ‘falando sozinho’. Já ouvi essa obra dezenas de vezes, e a cada audição descubro novos detalhes, nuances, nada ali é por acaso, como é característica na obra de Brahms.

A segunda obra que temos nesse CD é a Sonata para Violoncelo de Rachmaninov. Uma curiosidade aqui é que é a segunda vez que Capuçon grava essa obra, a primeira foi acompanhando sua então esposa, a pianista Gabriela Montero. E assim como no CD anterior da dupla Wang / Capuçon, onde interpretam Chopin e Franck, a química entre eles continua forte, seja no Brahms, seja no Rachmaninov. Com certeza são dois dos maiores intérpretes de seus instrumentos na atualidade.

O Trio para Clarinete dispensa apresentações, é uma das obras principais de Brahms, uma obra prima indiscutível. Tenho muitas boas lembranças relacionadas a essa obra. Uma delas é a de uma ensolarada tarde de um sábado ou domingo, em um verão de minha juventude, morando sozinho na selva de concreto paulistana. Nos fundos da casa que dividia com outra pessoa havia uma varanda, e dali eu tinha uma bela visão do Bairro da Aclimação. Eu tinha um belo panorama do bairro, e a lembrança que me vem é de estar ali sentado, em um final de tarde, ouvindo esse Trio e vendo a noite chegar, e as luzes irem se acendendo nas casas e prédios da vizinhança. Foi uma época difícil de minha vida, amores mal resolvidos e a vontade de largar tudo e voltar para a sombra familiar, o que acabou acontecendo. A sensação de solidão que me invadia nessa época era compensada pela música, principalmente a de Brahms. Hoje, passados trinta anos, posso dizer que foi um período de transição na minha vida, tomadas de decisão são difíceis quando temos pouco mais de vinte anos de idade, e as incertezas são muitas.  E a música de Brahms foi com certeza a trilha sonora daquela época.

Cello Sonata No. 1 In E Minor, Op. 38
Composed By – Johannes Brahms
1 I. Allegro Non Troppo
2 II. Allegretto Quasi Menuetto
3 III. Allegro. Piu Presto

Cello Sonata In G Minor, Op. 19
Composed By – Sergei Vasilyevich Rachmaninoff
4 I. Lento. Allegro Moderato
5 II. Allegro Scherzando
6 III. Andante
7 IV. Allegro Mosso

Clarinet Trio in A Minor, Op. 114
Composed By – Johannes Brahms
8 I. Allegro
9 II. Adagio
10 III. Andantino Grazioso
11 IV. Allegro

Yuja Wang – Piano
Gautier Capuçon – Cello
Andreas Ottensamer – Clarinet

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FDP

Johannes Brahms (1833-1897): As Sonatas para Violoncelo e Piano

Johannes Brahms (1833-1897): As Sonatas para Violoncelo e Piano

Há compositores que possuem uma linguagem singular e que nos toca profundamente. Certamente, Brahms é um desses. É um dos meus compositores favoritos. Gosto incondicionalmente de sua música, de sua sensibilidade. Achei que era um dever postar este CD. Achei-o recentemente. Pensei em não postá-lo. 160 kbps é uma quantia, para mim, pouco apetecível. Gosto de mp3s a partir de 224 kbps. Mas como se trata de uma CD com um conteúdo tão espetacular, decidi postar. Já fazia um certo tempo que eu não postava o bom e velho Brahms. E aqui ele aparece interpretado por Serkin e Rostropovich. Verdadeiramente imperdível! Um bom deleite!

Johannes Brahms (1833-1897): As Sonatas para Violoncelo e Piano

Sonata for Cello and Piano No. 1 in E minor, Op. 38
01. 1. Allegro non troppo
02. 2. Allegretto quasi Menuetto
03. 3. Allegro

Sonata for Cello and Piano No. 2 in F major, Op. 99

04. 1. Allegro vivace
05. 2. Adagio affettuoso
06. 3. Allegro passionato
07. 4. Allegro molto

Mstislav Rostropovich, cello
Rudolf Serkin, piano

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Rostropovich decididamente não sabia se comportar à mesa, mas como tocada um cello! (E piano também!)

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para piano No.2 e Piano Sonata No.1

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para piano No.2 e Piano Sonata No.1

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Não fomos nós que enlouquecemos, foi a Amazon. Se vocês clicarem na imagem ao lado, irão para o disco que postamos e não para o CD cuja imagem está sendo apresentada. Bem, decidi, hoje à noite, postar um dos meus compositores favoritos – Brahms. Sviatoslav Richter (piano), um dos maiores pianistas do século XX, e Erich Leinsdorf (regência), um competente regente, ficam encarregados de nos guiar pelos jardins paradisíacos da música do bom mestre Johannes Brahms. Ou seja, uma gravação fundamental. Por isso, é necessária a audição deste CD. Ouvir Brahms é sempre uma experiência agradável e necessária. Boa audição!

Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para piano No.2 e Piano Sonata No.1

Piano concerto No. 2 in B flat major, op. 83
1. Allegro non troppo
2. Allegro appassionato
3. Andante
4. Allegretto grazioso

Piano sonata No. 1 in C major, op. 1
5. Allegro
6. Andante
7. Scherzo – Allegro molto e con fuoco
8. Finale – Allegro con fuoco

Sviatoslav Richter, piano
Chicago Symphony Orchestra
Erich Leinsdorf

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Sviatoslav Richter pensando em levar todas aquelas cervejas ali sem que ninguém note
Sviatoslav Richter pensando em como levar todas aquelas cervejas ali sem que ninguém note

Carlinus / PQP

Beethoven, Brahms, Mozart: Sonatas solo / para Violoncelo e Piano / Concerto

Beethoven, Brahms, Mozart: Sonatas solo / para Violoncelo e Piano / Concerto

Já havia um certo tempo que eu tencionava postar este CD duplo, com peças de Beethoven, Brahms e Mozart, interpretados por Rudolf Serkin. Serkin nasceu na Boêmia, Império Astro-Húngaro. Como mostrava propensões para o piano, foi enviado para Viena aos 9 anos para estudar e aprimorar a sua técnica. Deu seu primeiro concerto aos 12 anos pela Filarmônica de Viena. Chegou a estudar composição com Schoenberg. Após mudar para os Estados Unidos na década de 30, Serkin tornou-se habitué da Filarmônica de Nova York, que tinha como diretor Arturo Toscanini. Segue este CD com uma pequena mostra de seu talento. O pianista morreu em 1991, aos oitenta e oito anos. Boa apreciação desse repertório bem escolhido!

DISCO 1

Ludwig van Beethoven (1770-1827) –
Sonata para piano no. 30 em E maior, Op. 109

01. Adagio espressivo
02. Prestissimo
03. Gesangvoll, mit innigster Empfindung
04. Variation I. Molto espressivo
05. Variation II. Leggiermente
06. Variation III. Allegro vivace
07. Variation IV. Etwas langsamer als das Thema
08. Variation V. Allegro, ma non troppo
09. Variation VI. Tempo l del tema (Cantabile)

Sonata para piano no.31 in A flat maior, Op.110
10. Moderato cantabile molto espressivo
11. Allegro molto
12. Adagio, ma non troppo – Fuga. Allegro, ma non troppo

Sonata para piano no.32 em C menor, Op.111
13. Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
14. Arietta. Adagio molto semplice e cantabile

DISCO 2

Johannes Brahms (1833-1897)
Sonata para piano e violoncelo em E menor, Op.38
01. Allegro non troppo
02. Allegretto quasi menuetto
03. Allegro

*Mstilav Rostropovich, violoncelo

Wolfgand Amadeus Mozart (1756-1791) –
Concerto para piano e orquestra no.16 em D maior, K.451
04. Allegro assai (Cadenza. Mozart)
05. Andante
06. (Rondeau.) Allegro di molto (Cadenza. Mazart)

**Chamber Orchestra of Europe
Claudio Abbado, regente

Rudolf Serkin, piano

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Rudolf Serkin e um apreciador
Rudolf Serkin e um apreciador

Carlinus

Bartók (1881-1945): Sonata para 2 pianos e percussão. Brahms (1833-1897): Variações ‘Sto.Antônio’ para 2 pianos

Bartók (1881-1945): Sonata para 2 pianos e percussão. Brahms (1833-1897): Variações ‘Sto.Antônio’ para 2 pianos

Estes dias o compadre Vassily deixou todo mundo boquiaberto ao comentar que um dia recebeu um email do pianista Murray Perahia, querendo informações sobre o grande Antônio Guedes Barbosa, que Vassily está concedendo a graça de ressuscitar para nossos ouvidos aqui no blog.

Pois bem: desde aquele dia não parei de pensar que a única postagem que o Monge Ranulfus fez envolvendo Murray Perahia estava fora do ar há muito tempo – e que, uma vez a tenham conhecido, xs senhorxs hão de convir que isso foi um grave pecado de sua parte!

Assim, o monge resolveu aproveitar o domingo para se penitenciar, mesmo se um tanto pela metade, pois no momento pode apenas revalidar o link, e não acrescentar à postagem um texto decente – o mesmo que, coincidentemente, aconteceu há mais de cinco anos, quando da postagem original. Mas pra não dizer que não falei das obras, vamos lá: duas ou três palavras:

Tanto as Variações do 3º quanto a Sonata do 4º Grande B existem também em versões com orquestra (no caso de Bartók, na forma do Concerto para 2 pianos e orquestra, de 1940), mas foram compostas originalmente na forma para dois pianos que se ouve aqui.

As variações de Brahms são tradicionalmente ditas “sobre um tema de Haydn”, mas não é preciso ouvir mais que um compasso para perceber que essa atribuição deve ser questionada, como de fato tem sido. O tema também é referido como “Hino de Santo Antônio”, e com ele as variações – as quais foram estreadas pelo próprio Brahms e por Clara Schumann (quem mais?) numa audição privada em Bonn, em 1873.

E agora, Brahms & Bartók por Solti & Perahia ficam com vocês!

Béla Bartók: Sonata para 2 pianos & percussão (1937)
01 I Assai lento 12:50
02 II Lento ma non troppo 06:27
03 III Allegro non troppo 06:37

Johannes Brahms: Variações sobre um tema de Joseph Haydn
(‘Chorale Sankt Antoni’) para 2 pianos, op.56b (1873)

04 Thema: Chorale St. Antoni: Andante
05 Var.1 Andante con motto
06 Var.2 Vivace
07 Var.3 Con motto
08 Var.4 Andante
09 Var.5 Poco presto
10 Var.6 Vivace
11 Var.7 Grazioso
12 Var.8 Poco presto
13 Finale: Andante

Murray Perahia e Sir Georg Solti, pianos
David Corkhill e Evelyn Glennie, percussão
Gravado na Inglaterra em 1987

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LINK ALTERNATIVO

Béla Bartók
Béla Bartók

Ranulfus

Johannes Brahms (1833-1897): Serenade Nr. 1 D maior, Op. 11

Johannes Brahms (1833-1897): Serenade Nr. 1 D maior, Op. 11

Estava pensando no que postar. Decidi ouvir esta peça de um dos meus compositores favoritos, Brahms, e aí a dúvida cessou. O primeiro movimento é extraordinário, leve, suave. É diferente, por exemplo, do Concerto no. 1 para piano e orquestra e o primeiro movimento da Terceira Sinfonia. Ah! Já ia esquecendo! O regente é o grande Claudio Abbado à frente da Filarmônica de Berlim, numa gravação de 1983. Não é das principais composições de Brahms, mas é música de primeira linha. Brahms é Brahms.

Johannes Brahms (1833-1897) – Serenade Nr. 1 D maior, Op. 11

01 Allegro molto [13:16]
02 Scherzo. Allegro non troppo – Trio. Poco piu moto [8:13]
03 Adagio non troppo [14:49]
04 Menuetto I – Menuetto II [4:08]
05 Scherzo. Allegro – Trio [2:40]
06 Rondo. Allegro [5:52]

Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado, regente

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Abbado em procedimento de decolagem.
Abbado em procedimento de decolagem.

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Post revalidado do Carlinus.

Digam o que quiserem, mas não abro mão de determinados compositores. E um deles é Brahms. Há pessoas que tentam transformar opiniões pessoais em dogmas. Esse é o primeiro passo para a tirania. Mas há realidades que, digamos, é resultado de algo consensual. Por mais que não gostemos, temos que admitir que ali está algo de valor – mesmo que não simpatizemos ou não esteja consoante com as nossas preferências estéticas. Acredito que isso diga respeito aos dois concertos para piano e orquestra de Brahms. Juntamente com os cinco concertos para piano e orquestra de Beethoven e alguns de Mozart, julgo que se trata das peças mais belas e profundas que já escritas para o piano. O concerto no. 1 foi escrito quando Brahms era um jovem de 25 anos de idade. Como muitas das obras de Brahms, o compositor levou bastante tempo para concluir. Os acordes iniciais do concerto nos faz pensar numa sinfonia grandiosa. A tensão provocante, tonitruante, chega a nos assustar. Quando o piano aparece um mar de lirismo e uma amenidade trágica toma-nos pelas mãos e nos guia por mares de beleza. É preciso ouvir este CD. Traz um time poderoso: Karl Bohm e Maurizio Pollini. Boa apreciação!

P.S. Infelizmente não achei o CD exato na Amazon. (PQP)

Johannes Brahms (1833-1897) –
Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15

Concerto para piano e orquestra No. 1 em Ré menor, Op. 15
01. Maestoso
02. Adagio
03. Rondo – Allegro non troppo

Wiener Philharmoniker
Karl Böhm, regente
Maurizio Pollini, piano

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Ah, Pollini!
Ah, Pollini! E Böhm mostrando novamente que não tinha nada a ver com o Karalanglang de Berlim (PQP)

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897): Rapsódia para Contralto Op.53 – Sinfonia nº 3 – Jessye Norman – Riccardo Muti

Dia desses fui baixar aqui no PQP as outras duas obras de Brahms que mais amo: os trios para trompa-violino-piano e para clarinete-cello-piano – e aí pensei: quantas versões será que temos aqui no blog da terceira integrante da trinca? – me referindo à Rapsódia para Contralto, Coro Masculino e Orquestra, Op.53. Fui verificar, e para meu choque encontrei nenhuma!

Aí surge o mistério: onde foi que eu consegui, há uns anos, o arquivo que compartilho aqui com vocês? De alguma uma postagem do próprio PQP, retirada do ar? Ou de outra fonte? Bem, na verdade isso pouco importa, desde que a Rapsódia passe a estar disponível – e não será numa versão qualquer: é com o belo timbre e interpretação sensível ao texto de Jessie Norman.

A esta altura os senhores devem estar se perguntando por que estou falando só dessa obra “menor”, de 12 minutos, e não da sinfonia. O fato é que a expressividade concisa da tal rapsódia me encanta: acho que ela dá o seu recado com intensidade e sem nenhum desperdício de meios. Já a sinfonia… bom, eu também acho bonita, mas… tem uma coisa engraçada que talvez tenha a ver com a aproximação dos 60 anos deste monge: já não experimento o mesmo encanto em massas sonoras como quando era jovem. Inclusive, no caso específico de Brahms, às vezes a movimentação frenética de massas de violinos em tessitura muito aguda parece ter passado a me cansar mais que encantar. E aí não tenho como não me lembrar da seguinte passagem de Hermann Hesse:

Na planície vimos um ancião de aspecto respeitável, de longa barba, e rosto aflito, que conduzia um exército poderoso de uns dez mil homens todos vestidos de preto. Parecia estar confuso e desesperado, e Mozart disse:
— Veja, é Brahms. Aspira à redenção, mas custará muito a alcançá-la.
Soube que aqueles milhares de homens vestidos de preto eram seus cantores e executantes daquelas vozes e notas que, segundo o juízo divino, haviam sido desnecessárias e supérfluas em suas partituras.
— Orquestração demasiado pesada, vasto material desperdiçado — observou Mozart.
Em seguida vimos à frente de um grande exército, igualmente numeroso, Richard Wagner empurrado pela multidão, fatigado, arrastando-se com passos vacilantes.
— Em minha juventude — observei com tristeza — esses dois músicos eram tidos como os mais extremos contrastes que se podia conceber.
Mozart sorriu.
— Sim, é sempre assim. Tais contrastes, vistos a certa distância, sempre tendem a apresentar sua crescente similitude. A instrumentação excessiva não foi, na verdade, uma falha pessoal de Wagner ou de Brahms; era um defeito de sua época.
— Como? E tiveram de pagar tão duramente por isso? — exclamei em tom de protesto.
— Naturalmente. A lei segue seu curso. Depois de pagar a culpa de seu tempo, ver-se-á se a culpa pessoal merece alguma redenção.
— Mas nenhum dos dois teve culpa?
— Certamente que não. Não tiveram culpa, como tampouco Adão teve culpa de haver comido a maçã e nem por isso deixou de pagar pelo pecado.
— Mas isso é terrível.
— Sem dúvida, a vida é sempre terrível. Nada podemos fazer em contrário e, não obstante, somos responsáveis. Mal se nasce já se é culpado. O senhor deve ter recebido instrução religiosa muito particular para desconhecer tais dogmas. (…)

Hermann Hesse, O Lobo da Estepe.
Tradução de Ivo Barroso, Editora Record, p.209.

E já que enveredamos por literatura, nossa rapsódia tem texto. E, se tem texto, do que é que ele fala? O texto são três estrofes de Goethe que devem ter falado pessoalmente ao sujeito pouco social e às vezes depressivo que Brahms parece ter sido. São extraídas da “Viagem ao Harz no Inverno”, poema que Goethe escreveu depois de visitar um jovem que vivia nessa região montanhosa e inóspita da Alemanha, e teria entrado em depressão depois de ler o seu romance Os sofrimentos do jovem Werther. Transcrevo aqui uma tentativa de tradução das 3 estrofes em questão – enquanto o poema original e na íntegra vai em PDF no download:

[5] Mas esse, ali à parte, quem é?
No matagal a sua trilha se perde,
Atrás dele os arbustos
Se juntam,
O capim se re-ergue,
O ermo o engole.

[6] Ah, quem sanará as dores daquele
para quem bálsamo virou veneno?
Que da plenitude do amor
se embebeu de ódio pela humanidade?
Antes desprezado, agora desprezador,
Em egoísmo insaciável
Consome secretamente
Seu próprio valor.

[7] Se houver no teu saltério,
Ó pai do amor,
Um tom que seu ouvido perceba,
Renova, então, o seu coração!
Abre seu olhar obnubilado
Para as mil fontes
Ao lado dos que passam sede
No deserto!

JOHANNES BRAHMS:
SINFONIA Nº 3 Op.90 (1883)
RAPSÓDIA PARA CONTRALTO, CORO MASCULINO E ORQUESTRA Op.53 (1869)
sobre trechos do poema Harzreise im Winter, de J.W. von Goethe

01. Symphony No.3 In F, Op.90: 1. Allegro con brio
02. Symphony No.3 In F, Op.90: 2. Andante
03. Symphony No.3 In F, Op.90: 3. Poco allegretto
04. Symphony No.3 In F, Op.90: 4, Allegro
05. Rhapsody for Contralto, Male Chorus And Orchestra (Alto Rhapsody) Op. 53

Philadelphia Orchestra & Choral Arts Society of Philadelphia
Riccardo Muti, regente. Jessye Norman, soprano dramático.
Sean Deibler, maestro do coro.
Gravado em abril de 1989. CD lançado em 1990.

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Ranulfus

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto No.1 in D minor Op.15

Link revalidado por PQP especialmente para uma amiga.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O Concerto no. 1 de Brahms para piano e orquestra é uma das coisas mais avassaladoras que eu conheço em matéria de música. As notas iniciais são um torrente de drama, desespero e tensão. Mas, aos poucos a paisagem vai serenando, ganhando contornos suaves, mansamente idílica. O que segue até o final não pode ser retratado com as palavras. Este concerto é uma bela metáfora do que é a vida – tensa, dramática, mas cheia de encantos selvagens e, quiçá, paraísos. Toda metáfora é um salto sobre o abismo. É ver o mundo iluminado pela chama de uma vela. Os contornos são tenebrosos, poucos divisáveis, mas enquanto caminhamos vamos construindo intuições. Ouvi este concerto já por três vezes desde ontem à noite e fiquei com a sensação de algo grande. Restou-me apenas o desejo de compartilhá-lo. Afinal, Brahms merece nossas mais veneradas impressões. Um bom deleite!

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto No.1 in D minor Op.15

Piano Concerto No.1 in D minor Op.15
01. 1. Maestoso
02. 2. Adagio
03. 3. Rondo. Allegro non troppo

Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente
Krystian Zimerman, piano

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Complete String Quartets – Quintets – Sextets (CDs 4 e 5 de 5 – final)

Finalizemos esta integral com postagens da obra camerística de Brahms. Foi uma caminhada de grandes hiatos, postergações, supressões e tudo mais. Mas, chegamos a bom termo. Brahms é daqueles compositores profundos, de música sensível, que exigem uma atenção demasiada. É preciso ouvi-lo mais de uma vez para que entremos em seu mundo. Destacam-se nesse post os dois sextetos para cordas. O primeiro é o opus 18, composto em 1860 e estreado em 1862. Possui quatro movimentos. É marcado por duas violas, dois violinos e dois violoncelos. E a outra peça é o sexteto para cordas opus 36, composto durante os anos de 1864-1865. Apesar de Brahms tê-lo composto na atmosfera solitária, calma de Baden-Baden, Alemanha, o sexteto foi tocado pela primeira vez nos Estados Unidos, mais precisamente em Boston. Segue a mesma marcação do primeiro sexteto, com duas violas, dois violinos e dois violoncelos. Fica aqui a certeza de dois trabalhos fantásticos. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – Trio para piano, clarinete e violoncelo em A menor, Op. 114, Quinteto para clarinete, 2 violinos, viola e violoncelo em B menor, Op. 115, Sexteto para cordas em B flat major, Op. 18 e Sexteto para cordas em G major, Op. 36

DISCO 04

Trio para piano, clarinete e violoncelo em A menor, Op. 114
01. Allegro
02. Adagio
03. Andante grazioso
04. Allegro

Karl Leister, clarinete
Georg Donderer, violoncelo
Christopher Eschenbach, piano

Quinteto para clarinete, 2 violinos, viola e violoncelo em B menor, Op. 115
05. Allegro
06. Adagio
07. Andantino – Presto non assai, ma con sentimento
08. Con moto

Amadeus Quartet
Karl Leister, clarinete

DISCO 05

Sexteto para cordas em B flat major, Op. 18 [33:25]
01. Allegro ma non troppo
02. Thema con Variazioni. Andante, ma moderato
03. Scherzo. Allegro molto – Trio. Animato
04. Rondo. Poco Allegretto e grazioso

Sexteto para cordas em G major, Op. 36 [38:55]
05. Allegro ma non troppo
06. Acherzo. Allegro ma non troppo – Presto giocoso – Tempo I
07. Poco Adagio
08. Poco Allegro

Amadeus Quartet

Cecil Aronowitz, viola II
William Pleeth, violoncelo II

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quintet in F major, Op. 88 e String Quintet in G major, Op. 111 (CD 3 de 5)

Dizer o quê? Comentar o quê? Não há necessidade nem disso nem daquilo. A obra camerística de Brahms é uma das coisas mais belas que já foram escritas em toda a história da música. É a mistura da melancolia correta com a técnica exata. Destaca-se neste CD o opus 111. É uma obra tardia do velho Brahms. Uma curiosidade: conta-se que após ter escrito esse Quinteto, Brahms decidiu parar de compor e até preparou um testamento. Entrementes, alguém como ele não poderia ficar parado. Esse fato teria se dado lá pelos anos de 1890. O que acontece é que após ter encontrado o clarinetista Richard Mülhfeld, e, encantado com o instrumento para sopro, resolve escrever inúmeras obras para o clarinete. Sorte a nossa! Resta-nos apreciar essas maravilhas. Seguem dois quintetos neste registro – o opus 88 e o opus 111. Uma boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quintet in F major, Op. 88 e String Quintet in G major, Op. 111

String Quintet in F major, Op. 88
01. I. Allegro non troppo ma con brio
02. II. Grave ed appassionato-Allegretto vivace-Tempo I – Presto
03. III. Finale. Allegro energico

String Quintet in G major, Op. 111
04. I. Allegro non troppo, ma con brio
05. II. Andante, un poco Adagio
06. III. Scherzo. Allegro – Trio
07. IV. Finale. Poco sostenuto

Amadeus Quartet

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1896) – Piano Concertos – Kovacevich, Davis, LSO

Existem gravações que ficam marcadas na nossa cabeça,  e acabam se tornando as nossas favoritas. Isso pelos mais diversos motivos, mas creio que o mais importante é o emotivo, que acaba deixando de lado os aspectos técnicos. Na época em que adquiri o então LP com a gravação do Concerto n°2 de Brahms, em um sebo na minha cidade, eu estava com cabeça confusa, algo típico quando temos 20 anos de idade, e gastava todo o dinheiro que ganhava com discos. Claro que minha mãe e meu pai ficavam doidos, pois eu não comprava roupas nem calçados. Apenas discos. Mas como se tratava de uma época confusa de minha vida, principalmente conflituosa, decorrentes de uma paixão mal resolvida, e sem saber o que fazer, se estudava, ou trabalhaba, me apegava à música para tentar abafar aquele ímpeto juvenil.

A primeira vez que ouvi a gravação do Segundo Concerto para Piano de Brahms com essa dupla Kovacevich / Davis foi paixão à primeira audição. Já ouvi diversas outras, com os mais importantes pianistas do século XX, mas por algum motivo o então jovem Kovacevich me fisgou, e já se passaram 25 anos desde então.  O porque desta escolha não há como explicar. Foram dezenas, quiçá centenas de audições, quando o LP terminava eu apenas virava o disco (algo impensável essa geração alimentada por USB.) Ainda tenho o velho LP, com uma foto do então jovem Kovacevich, de gosto duvidoso, diria, mas enfim, foi e sempre será a minha interpretação favorita deste concerto. Há pouco tempo atrás consegui finalmente sua gravação do Concerto n°1, que eu não tivera a oportunidade de ouvir até então, pois estas gravações estava fora do catálogo da Philips, por algum motivo contratual, sei lá. Só sei que finalmente consegui os dois concertos, gravados na mesma época, com o mesmo fervor juvenil e impetuosidade do Kovacevich. Não tenho a data correta, mas deve ter sido realizada no começo ou no meio dos anos 70.  Uma curiosidade: ele foi casado com a Martha Argerich.
Esse CD duplo que estou postando traz os Concertos para piano de Bahms, mas também algumas de suas obras para piano solo.  Foi relançado por um selo menor, Newton, mas a qualidade da gravação continua a mesma, ou seja, excelente.
P.S. – O programa que usei para converter os arquivos para mp3 tirou-os de sua ordem correta. Só depois de subi-los para o megaupload é que descobri. Mas se resolve facilmente, obecendo a ordem que coloquei abaixo:

CD 1

1 – Piano Concerto n° 1 – I – Maestoso – Poco piú moderato
2 – II – Adagio
3 – III – Rondo – Allegro non troppo
4 – Scherzo in E Flat minor op. 4
5 – Ballades Op. 10 – I – N°1, in D Minor
6 – II – N° 2, in D
7 – III – N° 3, in B Minor
8 – IV – N°4, in B

CD 2

1 – PIano Concerto n°2, in B Flat, op. 83 – I. Allegro non troppo
2 – II – Allegro Apassionato
3 – III – Andante – Piú adagio
4 – IV – Allegreto grazioso – Un poco piú presto
5 – Klavierstücke Op. 76 – 1. Capriccio in F# minor
6 – 2. Capriccio in B minor
7 – 3. Intermezzo in Ab major
8 – 4. Intermezzo in Bb major
9 – 5. Capriccio in C# minor
10  – 6. Intermezzo in A major
11  – 7. Intermezzo in A minor
12  – 8. Capriccio in C major

Stephen Kovacevich – Piano
London Symphony Orchestra
Sir Colin Davis – Director

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FDPBach

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quartet in B flat major, Op. 67 e Quinteto for piano, 2 violins, viola e violoncello in F menor, Op. 34 (CD 2 de 5)

Após alguns dias de ausência eu retorno ao PQP Bach para dá continuidade ao ciclo de postagens com o material camerístico de Brahns, iniciado há alguns dias atrás. Nesta ocasião teremos o Quarteto in B flat maior, Op. 67 e o o famoso Quinteto para dois pianos, dois violinos, viola e violoncelo em F menor, Op. 34. Para um dia como este é uma música agradavelmente adequada. Os comentários são dispensáveis. Que a música forneça suas explicações. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quartet in B flat major, Op. 67 e Quinteto for piano, 2 violins, viola e violoncello in F menor, Op. 34

String Quartet in B flat major, Op. 67 [32:13]
01. 1.Vivace
02. 2. Andante
03. 3. Agitato(Allegretto Non Troppo)
04. 4. Poco Allegretto Con Variazioni

Quinteto for piano, 2 violins, viola e violoncello in F menor, Op. 34 [41:21]
05. 1. Allegro Non Troppo
06. 2. Andantem, Un Poco Adagio
07. 3. Scherzo.Allegro-Trio
08. 4. Finale.Poco Sostenut

Amadeus Quartet

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quartet in C menor, Op. 51 no. 1 e String Quartet in A menor, Op. 51 no. 2 (CD 1 de 5)

Já venho há dois meses com o intento de postar os quartetos de cordas de Brahms, uma joia, uma pérola, algo para qual nos falta palavras. Mas foi somente hoje que disse para mim mesmo: “Hoje a criança nasce!”. E como estou entusiasmado com estas postagens! Nutro uma profunda admiração pela música brahmsiana. Com o compositor não havia tempo para devaneios ou produções que fugiam àqueles elementos tão típicos da música genuinamente clássica. Deve ser por isso que ele não compôs balê ou ópera. Seus pés estavam fincados no terreno da música pura. Música-música (se é que existe esta expressão). Toda as vezes que vou postar Brahms corre dentro de mim certa expectação reverente. A alemão não era brincadeira. Sua música é um atestado de sua competência e seriedade. Em sua época o que vigorava eram as megalomanias de Wagner e dos compositores programáticos. Brahms conseguiu se impor compondo música absoluta – a mesma que compusera Beethoven, Mozart e Haydn. Tudo isso amalgamado ao espírito profundo do Romantismo. Resta-nos apenas ficar com o primeiro CD com os dois primeiros quartetos – O opus 51 no. 1 e 2. Estes quartetos são verdadeiras obras primas. Possuem uma capacidade de síntese, concentração e honestidade musical invejáveis, dificilmente encontráveis em outros compositores. Prestem atenção: falo “dificilmente”. Páro por aqui: é preciso ouvir para sentir estas duas maravilhas. Aprecie sem moderação, incontidamente!

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quartet in C menor, Op. 51 no. 1 e String Quartet in A menor, Op. 51 no. 2

String Quartet in C menor, Op. 51 no. 1 [30:10]
01. Allegro
02. Romanze. Poco Adagio
03. Allegretto molto moderato e comodo – Un poco piu animato
04. Allegro

String Quartet in A menor, Op. 51 no. 2 [31:04]
05. Allegro non troppo
06. Andate moderato
07. Quasi Minuetto, moderato – Allegretto vivace
08. Finale. Allegro non assai

Amadeus Quartet

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Sonatas para Clarinete & Piano Nos. 1 e 2, Op. 120, Scherzo e Lieder, Op.91

Uma afirmação acerca de Brahms é exatamente correta: “o verdadeiro classicismo é aquele que nasce da subjugação de emoções românicas pela disciplina severa”. Essa é uma das afirmações mais plausíveis sobre a arte do compositor. Brahms foi um homem severo, amante da arte severa. Sua solidão era um dos principais elementos de sua inspiração. É preciso aprender a apreciar a Brahms. Quem se recusa a ouvi-lo, certamente deixa desaparecer um patrimônio espiritual não-morredouro. O opus 120, encontrado aqui neste registro é música plena, absoluta. É música para ouvirmos em dias frios e nublados. Feito isso, alcançamos a possibilidade de reflexões duras, severas e exatas. Aparecem ainda dois lieds (canções) tristes, eivados por um espírito de melancolia solitária. Acredito que a música de Brahms, a exemplo da que aqui está posta neste registro, não é bem aceita pelo coração do homem moderno – dos nossos dias. Vivemos a época dos contatos epidêrmicos, das algazarras barulhentas; da ostentação banal, dos aglomerados heterôgeneos; da sede pela matéria; da fuga das reflexões capazes de transformar os homens em seres humanos. Este é um aspecto impensado em nossos dias, portanto, indesejado. A música de Brahms é um portal dimensional que nos conduz a possibilidades existenciais; capazes de “aquietar” o coração. Não deixe de ouvir esse excelente registro com um pouco da arte extraordinária de Johannes Brahms, um alemão fundamental. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – Sonatas para Clarinete & Piano Nos. 1 e 2, Op. 120, Scherzo e Lieder, Op.91

Sonata para clarinete e piano, Op. 120, No. 1
01. Allegro appassionato
02. Andante, un poco adagio
03. Allegretto grazioso
04. Vivace

Sonata em E flat major para Clarinete e Piano, Op.120, No.2
05. Allegro amabile
06. Allegro, molto appassionato
07. Andante con moto – Allegro

Sonatensatz- Scherzo
08 – Sonatensatz- Scherzo

Lieder, Op.91- No.1
09. Gestillte Sehnsucht

Lieder, Op.91- No.2
10. Geistliches Wiegenlied

Kálman Berkes, clarinete
Jenó Jandó, piano

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para Violino e Orquestra em D maior, Op. 77

FDP andou impossível no final de semana passado. Postou petardos sinfônicos de Brahms, “guiados” por Günther Wand. Fiquei meio zonzo com a disposição do moço. Certamente, FDP não estava para brincadeira. Por isso, andei pensando no que eu ia postar. Havia separado alguns CDs. Pensei em Bach, Britten, Mozart, Beethoven e etc. Mas me recordei dessa gravação do concerto para violino e orquestra, Op. 77, de Brahms. É uma das peças que mais aprecio. A gravação que ora apresento traz um grande nome da regência no século XX, pelo menos na primeira metade do século, Pierre Monteux. O maestro franco-americano fez importantes incursões musicais na primeira metade do século passado. Tocou violino, viola e tornou-se regente. A wikipédia diz que ” [No ano de] 1911, ele tornou-se condutor [regente] da compania de ballet Sergei Diaghilev, uma compania Russa. Nesta compania, ele conduziu as estréias de Petrushka, em 1911, e O Rito da Primavera em 1913, ambas de Stravinsky; Jeux de Debussy em 1913 e Daphnis et Chloé de Ravel em 1912. Estas interpretações mudaram o curso de sua carreira, sendo conhecido no resto de sua vida, por ser um grande condutor para obras da música francesa e russa”. Inclusive, qualquer dias desses, postarei Petrushka e o Rito da Primavera de Stravinsky com o próprio Monteux. Fato interessante é que Monteux fundou a Orquestra Sinfônica de Paris em 1929. Foi professor de importantes regentes Lorin Maazel, Neville Marriner, André Previn, David Zinman, entre outros. Por ora fiquemos com esta fabulosa gravação do concerto para violino e orquestra de Brahms, um dos maiores compositores de todos os tempos. Boa apreciação!

P.S. O CD custa U$ 250,00 (duzentos e cinquenta dólares) na Amazon. Um susto!

Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para Violino e Orquestra em D maior, Op. 77

01 I. Allegro non troppo (21:54)
02 II. Adagio (9:22)
03 III. Allegro giocoso,ma non troppo vivace (7:58)

London Symphony Orchestra
Henryk Szeryng, violino
Pierre Monteux, regente

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1896)- The Violin Sonatas – Mutter – Orkis

Tudo bem, reconheço que a capa é de um gosto duvidoso, mas o cd, ah, este CD é maravilhoso. A nossa eterna musa Anne-Sophie Mutter dá um tratamento tão descaradamente romântico nestas sonatas que chega às raias do absurdo, e a força de sua interpretação é impressionante. Desde as primeiras notas do op. 100 já dá para ver à que ela veio. Acompanho a carreira desta violinista desde seus primeiros LPs ao lado de “Herr Karajan” e sempre fui seu fã. Agora, no auge de sua carreira, aos 46 ou 47 anos de idade, ela demonstra maturidade e competência de sobra.
Com esta postagem estou testando mais um servidor de hospedagem, o Hotfile. Tenho usado ele já há algumas semanas e gostei de sua simplicidade, nada de itens escondidos, como o rapidshare, ou burocrático como o megaupload. Aguardo suas impressões, para ver se dou continuidade com eles.
Tenho acompanhado o blog diariamente, apesar de não estar postando já há uns dois meses. É impressionante a qualidade que o PQPBach atingiu com a entrada dos pesos pesados Ranulfus, Avicenna e Carlinus. Sinto-me um privilegiado por estar fazendo parte desta equipe.
Meu retorno ao blog será aos poucos. A falta de tempo me impede de responder às solicitações de repostagem, portanto sugiro aos senhores procurarem em outros locais os links que o rapidshare apagou.
Mas vamos ao que viemos. Sempre é bom ouvirmos Brahms, faz bem á alma.

Achei esta crítica do cd na internet:

“Never before have Mutter and Orkis seemed so joined at the hip, giving and taking, conducting dialogue, chasing each others thoughts . . . Shedplays with a new degree of maturity and depth, especially visible in the slow movements. The discs high point is the adagio from the first sonata, in G major, where Mutter´s gold thread is reduced to a dusky murmur before shifting through tones as subtle as they are various. Orkis´s contribution is equally vital, whether keeping pace with limpid filigree or, at the close, pedalling up a penumbra of resonance to balance Mutter´s whispers. Magical music-making, this. Elsewhere, Mutter shows that she is able to become passionately alive without shaking with neuroses. In the third sonata, in D minor, the finale lives up to Brahms´s instruction — “presto agitato” — but never races over the top. Throughout, speeds and dynamics are controlled with regard for the musics inner substance, not its outward show . . . The C´s delectable virtues also include Deutsche Grammophon´s clear, well-balanced recording. A masterly issue . . .
Record Review / Geoff Brown , The Times (London) / 19. March 2010″

Johannes Brahms – The Violin Sonatas – Mutter – Orkis

Sonata for Violin and Piano No.2 in A, Op.100
1. 1. Allegro amabile
2. 2. Andante tranquillo 0:006:08
3. 3. Allegretto grazioso (Quasi andante) 0:005:07
Sonata for Violin and Piano No.1 in G, Op.78
4. 1. Vivace ma non troppo
5. 2. Adagio
6. 3. Allegro molto moderato
Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108
7. 1. Allegro
8. 2. Adagio
9. 3. Un poco presto e con sentimento
10. 4. Presto agitato

 

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FDPBach

The Art of the Clarinet – Beethoven, Brahms, Alban Berg e Mendelssohn

Um extraordinário e agradável CD. Delicioso. Para se apreciar muitas vezes. Não deixe de ouvir. Bom deleite!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Trio in B flat major for piano, clarinet and cello, Op. 11
01. Allegro con brio
02. Adagio
03. Allegretto

Johannes Brahms (1833-1897) – Trio in A minor for piano, clarinet and cello, Op. 114
04. Allegro
05. Adagio
06. Andante, grazioso
07. Allegro

Alban Berg (1885-1935) – Four Pieces for clarinet and piano, Op. 5
08. I
09. II
10. III
11. IV

Felix Mendelssohn (1809-1847) – Konzertstück No. 1 in F minor for clarinet, basset-horn and piano, Op. 113
12. Allegro con fuoco
13. Andante
14. Presto

Konzertstück No. 2 in D minor for clarinet, basset-horn and piano, Op. 114
15. Presto
16. Andante
17. Allegro grazioso

Peter Schmidl, clarinet
Madoka Inui, piano
Teodora Miteva, cello
Pierre Pichler, basset-horn

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Carlinus

Johannes Brahms (1831-1894) – Sinfonias nº1, 3, Variações sobre um tema de Haydn

Pacotaço para começar bem o domingo.  Já postei esta versão da Sinfonia nº 3, assim como a Sinfonia nº4, e elas são até hoje as minhas gravações de referência.
Um sonho de consumo que tenho são os DVDs desta coleção, já que todas estas gravações são ao vivo, mas o preço da DG ainda está salgado. Quem sabe a um dia a gente ganha na Mega Sena…

CD 4

01 – 1. Symphony No. 3 in F major, op. 90 – 1.Allegro con brio
02 – 2. Symphony No. 3 in F major, op. 90 – 2.Andante
03 – 3. Symphony No. 3 in F major, op. 90 – 3.Poco Allegretto
04 – 4. Symphony No. 3 in F major, op. 90 – 4.Allegro
05 – 5. Variations on a Theme by Joseph Haydn, op. 56a

CD 5

01 – Symphony No. 1 in C minor 1. Un poco sostenuto – Allegro
02 – Symphony No. 1 in C minor 2. Andante sostenuto
03 – Symphony No. 1 in C minor 3. Un poco allegretto e grazioso
04 – Symphony No. 1 in C minor 4. Adagio – Allegro non troppo ma con brio

Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein – Conductor

CD4 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

Johannes Brahms (1833-1897) – As Quatro Sinfonias – Toscanini (1952)

O escritor Sylvio Lago Júnior no seu livro A Arte da Regência, um calhamaço de quase 700 páginas, afirma que “Toscanini passou para a história dos maestros como um dos seus maiores, e o ponto de interseção das mudanças consideráveis de estilo, técnica e concepção da regência do século XX. Pela extraordinária inteligência ordenadora, pelas sábias recriações das grandes obras, pela generosidade de sua natureza e, principalmente, pela influência poderosa que exerceu sobre toda a direção no século XX, o maestro italiano foi responsável, pela transição da regência do século XIX para os modernos conceitos de intérpretes de nosso tempo”. São por essas e outras que eu não deveria de deixar de postar essa integral das sinfonias de um dos meus compositores favoritos com um excelente regente. Além do que, esta postagem é para atender uma solicitação de FDP que muito queria estas sinfonias com Toscani. Solicitou ainda Wilhelm Furtwängler, mas este pedido somente será atendido na próxima semana. Já separei as  quatro sinfonias com o  Furtwängler. Por enquanto, divirtam-se com esta gravação histórica realizada sob a batuta do mitológico Arturo Toscanini. Uma boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – As Quatro Sinfonias – Toscanini (1952)

Disco 1

Applause
01. Applause

British National Anthem
02. British National Anthem

Tragic Overture, Op. 81
03. Tragic Overture, Op. 81

Symphony No. 1 in C minor, Op. 68
04. I. Un poco sostenuto – Allegro
05. II. Andante sostenuto
06. III. Un poco allegretto e grazioso
07. IV. Adagio – Più andante – Allegro non troppo, ma con brio

Disco 2

Symphony No. 2 in D major, Op. 73
01.I. Allegro non troppo
02. II. Adagio non troppo
03. III. Allegretto grazioso (Quasi andantino – Presto, ma non assai
04. IV. Allegro con spirito

British National Anthem
05. British National Anthem

Variations on a Theme by Haydn, Op. 56a
06. Chorale (St. Antoni)
07. I. Poco più animato
08. II. Più vivace
09. III. Con moto
10. IV. Andante con moto
11. V. Vivace
12. VI. Vivace
13. VII. Grazioso
14. VIII. Presto non troppo
15. Finale

Disco 3

Symphony No. 3 in F major, Op. 90
01. I. Allegro con brio – Un poco sostenuto – Tempo I
02. II. Andante
03. III. Poco allegretto
04. IV. Allegro – Un poco sostenuto

Symphony No. 4 in E minor, Op. 98
05. I. Allegro non troppo
06. II. Andante moderato
07. III. Allegro giocoso – poco meno presto
08. IV. Allegro energico e passionato – Più allegro

Live Royal Festival Hall, London, England
Philharmonia Orchestra
Arturo Toscanini, regente

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BAIXAR AQUI CD2

BAIXAR AQUI CD3

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 4 em Si menor, Op. 98 (CD 3 de 3) – final

Vamos à última postagem da integral com as sinfonias de Brahms. Agora temos a monumental Sinfonia No. 4. Entre as 4 sinfonias de Brahms, a que mais gosto é a de número 1. Ela é trágica, tensa, cheia de uma massa orquestral que celebra a perfeição. Mas a número 4, reconheço, é a perfeição sinfônica de Brahms. É como se ele fosse treinando, burilando-se, aperfeiçoando-se nas demais e, na número 4, Brahms exatificasse a potencialização do sublime. Ele começou a composição da obra no ano de 1884, ou seja, um ano após ter concluída a magnificente número 3. O compositor concluiu a número 4 em 1885, numa fase de grande maturidade e proficuidade musical. Rattle conduz com autoridade. É uma trabalho digno de respeito. Boa apreciação dessa monumental Sinfonia No. 4 do meu querido Brahms.

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 4 em E menor, Op. 98

01 Allegro Non Troppo
02 Andante Moderato
03 Allegro Giocoso, Poco Meno Presto, Tempo
04 Allegro Energico E Passionato, Più Allegro

Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 2 in Dó maior, op. 73 e Sinfonia Nº 3 in Fá Maior op. 90 (CD 2 de 3)

Mais duas obras dessa integral com as sinfonias de Brahms. Agora surgem as majestosas números 2 e 3. São densas, maravilhosas, aterradoras. A número 2 em particular assume uma postura mais doce, menos trágica que a Primeira. Foi composta em 1877. Brahms segue os passos da composição clássica. Sua estrutura é grandiosa e eloquente. Já a Sinfonia número 3 foi composta em 1883. À época da composição da Terceira, Brahms já era internacionalmente reconhecido como um dos maiores compositores da sua época. A Terceira confirmava o seu gênio. Hans Richter, o primeiro executor da Sinfonia, a denominou a “Eróica de Brahms”, fazendo uma referência à Terceira de Beethoven, também conhecida como “Eróica”, embora tal verossimilhança não seja tão exata. O primeiro movimento é esmagador, atordoante. Encurtemos a fala, fiquemos com estas duas fenomenais sinfonias. Acredito que dois dos mais importantes trabalhos compostos na história da música. Boa audição!

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 2 in Dó maior, op. 73 e Sinfonia Nº 3 in Fá  Maior op. 90

Sinfonia No. 2 in D major, op. 73
01. I. Allegro non troppo
02. II. Adagio non troppo
03. III. Allegretto grazioso (quasi andantino) – Presto ma non assai – Tempo I
04. IV. Allegro con spirito

Sinfonia Nº 3 in F Major, op. 90
05. I. Allegro con brio
06. II. Andante
07. III. Poco Allegretto
08. IV. Allegro

Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 1 in C minor, Op. 68 (CD1 de 3)

Estiver a olhar as postagens das sinfonias de Brahms aqui do blog e pude constatar que não existe nenhuma integral com as referidas obras. Temos todas as sinfonias do compositor alemão com postagens avulsas – Bernstein, Kleiber, Jochum e outros (se não estou equivocado). Após ouvir as sinfonias de Johannes regidas por Rattle, achei oportuno postá-las.  Brahms é um dos meus compositores favoritos, sem qualquer titubeio. Tenho 6 compositores que não abro mão deles – Beethoven, Mozart, Bach, Mahler, Shostakovich e o meu querido Brahms. Brahms é um mundo de horizontes e cores. Suas obras são cordas grossas que se amarram no torno do ser da alma da gente. E como gosto de de suas Sinfonias. As quatro são verdadeiras enciclopédias de arte e beleza. Elas possuem suas particularidades. Mas a que mais gosto é de número 1. Enquanto digito estas palavras, estou a ouvi-la (terceiro movimento). Já estou ouvindo pela terceira vez no dia de hoje. Esta versão com Rattle é  convincente. Ainda não conhecia. Devo ter para mais de 20 versões dessa sinfonia no. 1 e não me canso de ouvi-la e admirá-la. Resolvir iniciar hoje essa integral com as Sinfonias de Brahms, conduzidas por Simon Rattle, por causa do outono que sempre me inspira. É a melhor das estações. A mais poética das estações. E como acho que poesia e Brahms são sinônimos, acredito que essa integral das sinfonias de Brahms vem em boa hora. Havia separado duas outras integrais. Uma com Celibidache e outra com o Abbado, mas essa com o Rattle é especial, por isso vai ela mesma. Uma boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897)Sinfonia No. 1 in C minor, Op. 68

01. Un poco sostenuto-allegro-meno allegro
02. Andante sostenuto
03. Un poco allegretto e grazioso
04. Finale

Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente

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Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
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Carlinus

[Restaurado] Johannes Brahms (1833 – 1897) – Variações sobre um tema de Joseph Haydn, Op. 56b – Versão para dois pianos, Sergei Rachmaninov (1873-1943) – Danças Sinfônicas, Op. 45 – Versão para dois pianos, Franz Schubert (1797-1828) – Rondo em A maior, D. 951 – Grande Rondeau – Para piano a quatro mãos e Maurice Ravel (1875-1937) – La Valse – Versão para dois pianos

Um CD de rara e delicada beleza. A parceria Nelson Freire – Martha Argerich já é conhecida pelos frutos que têm produzido. Neste registro suave, excelente, extraordinário para aqueles momentos em que a alma quer sossegar e o corpo pede bolachas com chá, este CD torna-se pertinente.  O fato é que após tê-lo ouvido ontem, no final da tarde, próximo do ocaso, percebi que a noite surgiu diferente. Não deixe de ouvir e apreciar a seleção e a transcrição feita para o piano de peças de Brahms, Rachmaninov, Schubert e Ravel por dois músicos que alcançaram a plenitude naquilo que fazem. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833 – 1897) –
Variações sobre um tema de Joseph Haydn, Op. 56b – Versão para dois pianos

01. Chorale St. Antoni. Andante
02. Var I. Antoni Andante
03. Var II. Vivace
04. Var III. Con moto
05. Var IV. Andante
06. Var V. Poco presto
07. Var VI. Vivace
08. Var VII. Grazioso
09. Var VIII. Poco presto
10. Finale. Andante

Sergei Rachmaninov (1873-1943) –
Danças Sinfônicas, Op. 45 – Versão para dois pianos

11. I Non Allegro
12. II Andante con moto
13. III Lento assai – Allegro vivace

Franz Schubert (1797-1828) –
Rondo em A maior, D. 951 – Grande Rondeau – Para piano a quatro mãos

14. Rondo in A major D 951 ‘Grand Rondeau’

Maurice Ravel (1875-1937) –
La Valse – Versão para dois pianos

15. La Valse

* Gravado ao vivo no Salzburg Festival

Martha Argerich, piano
Nelson Freire, piano

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Carlinus

[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]