Franz Léhar (1870-1948): A Viúva Alegre (John Eliot Gardiner / Wiener Philharmoniker)

Franz Léhar (1870-1948): A Viúva Alegre (John Eliot Gardiner / Wiener Philharmoniker)

Pensei muito na postagem deste Natal. Diversas cantatas de papai me vieram à cabeça, entre outras coisas, como oratórios de Haendel, de Mendelssohn, enfim, ouvi muita coisa nestes últimos dias, inclusive um Stabat Mater magnífico de Dvorák, que virá com o devido tempo. Mas resolvi mudar um pouco, e trazer um pouco de alegria e diversão para este dia de Natal.

Tive o privilégio de assistir a um belíssimo concerto neste final de semana com a Orquestra do Castelo de Schömbrunn, diretamente de Viena. O repertório foi dedicado quase que exclusivamente à Família Strauss, e algumas árias desta “Viúva Alegre”, cantada por uma excelente soprano, cujo nome não lembro, mas enfim, belíssimo espetáculo, que deixou a todos os presentes encantados.

Voltei para casa empolgado e fui atrás de uma gravação dessa opereta de Léhar, cujas canções já ouço desde minha infância, e encontrei essa excelente versão da Filarmônica de Viena, curiosamente regida pelo maestro inglês John Eliot Gardiner com seu sempre perfeito The Monteverdi Choir, e com um elenco que trazia ao menos três cantores bem conhecidos, o baixo Brynn Terfel, a soprano Cheryl Studer, além de Barbara Booney.

Diversão garantida, grandes canções, excelente interpretação de todos os solistas, enfim, é para descontraí-los neste Natal.

Aproveitando a ocasião, deixo aqui para todos nossos leitores-ouvintes um Feliz Natal e um 2010 repleto de realizações.

Franz Léhar (1870-1948): A Viúva Alegre

01 – Verehrteste Damen und Herren
02 – Camille, ich muss mit Ihnen sprechen!
03 – So kommen Sie! ‘s ist niemand hier!
04 – Dialog_ Nun, Njegus, haben Sie meine Botschaft überbracht_
05 – Achtung, meine Herren
06 – Dialog_ Camille! – Ja_
07 – Also, Njegus, hier bin ich – O Vaterland
08 – Dialog_ Ich habe schon die vierte Nacht nicht geschlafen!
09 – Dialog & Ja, was_ – Ein trautes Zimmerlein
10 – Dialog &’Damenwahl! Hört man rufen rings im Saal!
11 – Ich bitte, hier jetzt zu verweilen – Es lebt’ eine Vilja
12 – Dialog_ Gospodina, dieses vaterländische Fest könnte nicht
13 – Heia, Mädel, aufgeschaut
14 – Dialog & Wie die Weiber man behandelt
15 – Dialog_ Mein tapferer Reitersmann!
16 – Dialog & und Romanze Mein Freund! Vernunft!
17 – Dialog_ Ah, die Baronin und der Herr Rosillon
18 – Ha! Ha! – Wir fragen, was man von uns will!
19 – Dialog_ Also, also, also
20 – Tanz-Szene
21 – Dialog_ Graf Danilowitsch& Ja, wir sind es, die Grisetten
22 – Dialog_ Exzellenz, Exzellenz, Graf, eine Expressdepesche!
23 – Lippen schweigen
24 – Dialog_ Exzellenz! Exzellenz! Diesen Fächer hat man in Pavillon gefunden!
25 – Ja, das Studium der Weiber ist schwer

Baron Mirko Zeta – Bryn Terfel
Valencienne – Barbara Booney
Graf Danilo Danilowitch – Boje Skovhus
Hannah Glawari – Cheryl Studer
Camille de Rosillon – Rainer Trost
Vicomte Cascada – Karl Magnus Fredricksson
Raoul de St. Brioche – Uwe Pepper
Njegus – Heinz Zednik

Wiener Philharmoniker
The Monteverdi Choir
John Eliot Gardiner

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Uma montegem da opereta "A Viúva Alegre" de Franz Lehar
Uma montegem da opereta “A Viúva Alegre” de Franz Lehar

FDP Bach

Franz Liszt (1811-1886): Transcrições e peças com o tema B-A-C-H – Leslie John Howard, piano

Este maravilhoso CD que ora compartilho com os amigos do blog traz as transcrições que Liszt fez de algumas das mais sublimes peças de órgão de Bach. Estas transcrições são distintas de suas ‘paráfrases’ (algumas já postadas por AQUI), pois tentam transferir a obra o mais fielmente possível de sua originalidade para o piano. As paráfrases de Liszt são como uma fantasia em constante desenvolvimento, combinação e metamorfose de temas, no caso das paráfrases de ópera, era bem comum o mestre húngaro evocar o virtuosismo. Por outro lado, nas transcrições de Bach, Liszt foi reverente e respeitoso a escrita do mestre alemão adequando a necessidade de incorporar as partes dos pedais à música para piano a duas mãos. Liszt não mostrou nenhuma inclinação para inventar notas e novas sonoridades, manteve-se fiel a escrita. No caso de seus cuidadosos arranjos de sete dos maiores trabalhos de órgão de Bach, deve-se mencionar que Liszt estava na vanguarda do renascimento do estudo sério da reprodução de órgãos polifônicos e do estudo independente da pedaleira, a fim de restaurar o negligenciado Bach para o público. Liszt também publicou uma edição da música de órgão de Bach, na qual ele também adicionou outras duas peças de Bach que transcreveu para o  órgão.

“A la Chapelle Sixtine” é um trabalho muito incomum, inspirado por Liszt ouvindo dois motivos muito diferentes na Capela Sistina: o famoso “Miserere mei Deus” de Gregorio Allegri (1582-1652) e o último trabalho de Mozart desse tipo – o “Ave verum corpus” K618, de 1791. A história da obra de Allegri composta para o coro papal na época de Urbano VIII, conta que a obra não teve permissão para ser publicada e não circulou por séculos. Mozart, de catorze anos, copiou a peça da memória e a levou para o mundo. Embora a peça original seja famosa por seu coro, Liszt concentra-se nas maravilhosas harmonias de seu início e as usa para gerar uma passacaglia cujas variações atingem um clímax tempestuoso antes que a peça de Mozart seja revelada da maneira mais simples. Uma obra linda !

Agora, as obras de órgão de Bach, que apareceram inúmeras vezes aqui no PQP, nos são muito familiares, originalmente datadas da época em que Bach trabalhou em Weimar e Leipzig. Nas suas transcrições, Liszt dobra cuidadosamente a parte do pedal em oitavas, sempre que possível e apropriado, quase nunca alterando a partitura original, além de algumas transposições de oitavas necessárias para permitir que as mãos alcancem todas as vozes.

Ampliar ainda mais a música de J.S.Bach pode parecer um desafio impossível, pois já é perfeito e bonito… mas ao ouvir essas transcrições extraordinárias de F. Liszt, essa impossibilidade se torna uma possibilidade …! Liszt entendeu tão bem o espírito integrando seu gênio, sua ciência e sua técnica, que o que ouvimos há sempre o eco de Bach e incrivelmente soa novamente como um órgão ! Acho todas as transcrições bárbaras, para este simples admirador algumas das obras mais belas que já ouvi na vida são especialmente o “Preludes & Fugues, S 462” (Bach BWV 543, faixa 02 e 03)) e a majestosa “Fantasia & Fugue S 463” (Bach BWV 542, faixa 14 e 15). Reverência total aos dois mestres !!!!!

Leslie Howard in action

Para incrementar mais ainda o post temos o incrível pianista nascido na Austrália, Leslie John Howard (1948). Este artista pesquisou, estudou e gravou tudo o que Liszt escreveu. Estima-se que foram cerca de 14.000 peças para piano! Liszt era f…. e o Leslie que gravou tudo, outro f….dão. Foi um conjunto de caixas contendo 99 discos lançado pela Hyperion Records em 2011 em homenagem ao 200º aniversário do nascimento de Liszt. Ao longo do tempo iremos postando algumas destas preciosidades. O próprio Howard disse que nem todas as obras ele executou “de cabeça”, temos alguns CDs que a interpretação soa pouco fria, mas “katzu”, o cara fez uma pesquisa única, conseguiu reunir as peças que sobreviveram até o nosso século e gravou para nosso deleite incluindo todas as 17 obras para piano e orquestra, merece respeito.

O projeto da Hyperion / Howard foi realizado durante 14 anos, abrange também muitos manuscritos não publicados de Liszt e alguns trabalhos inéditos. O último disco foi gravado em dezembro de 1998 e lançado em outubro de 1999, no aniversário de F. Liszt. Desde a conclusão do projeto, houve dois volumes suplementares, à medida que outros manuscritos de F. Liszt apareceram. Este projeto aclamado pela crítica mereceu a entrada de Leslie Howard no “Guinness Book of World Records”, seis “Grands Prix du Disque”, a “Medalha de Santo Estêvão”, o prêmio “Pro Cultura Hungarica” e um troféu de bronze da mão de Liszt presenteada pelo presidente húngaro.

Este CD é sem dúvida um dos mais bem-sucedidos da série de 99 Cds de Liszt (sim ouvi todos com calma e repetições por quase um ano, amo Liszt) … não apenas pelo seu conteúdo, mas também pela qualidade de sua interpretação …..as críticas e reservas que às vezes se pode emitir à interpretação do Leslie Howard (superficialidade, falta de preparação, impressão de que está lendo a partitura…etc.) está bem longe neste conjunto. Um exemplo é a majestosa “Fantasia & Fugue S 463” (Bach BWV 542), que é sem dúvida uma das obras-primas de Bach, liberdade, modernidade incrível … transcrita por Liszt, respeitando a partitura original, destaca a complexidade contrapontística e a escrita de órgãos (2 mãos + 2 pés …!) ainda permanece legível e claro reduzido a “apenas” 10 dedos ! Não posso esquecer de mencionar de novo a transcrição “A la Chapelle Sixtine”, “Andante” da sexta de Beethoven, as duas versões do  “Praeludium und Fuge uber das Motiv B-a-c-h” são razões mais que suficientes para baixar este CD. São transcrições ótimas, dramáticas e teatrais do mestre  F. Liszt, e Howard toca o seu máximo e com um bom som gravado.

Pessoal, um dos mais belos CDs de piano que tenho. Divirtam-se !

FRANZ LISZT (1811-1886) – Transcrições

01 – A La Chapelle Sixtine,S461-Miserere D’Allegri et Ave veru (1862)
02 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 543 Prelude in Am (1842-1850)
03 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 543 Fugue in Am
04 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 545 Prelude in C
05 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 545 Fugue in C
06 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 546 Prelude in Cm
07 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 546 Fugue in Cm
08 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 547 Prelude in C
09 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 547 Fugue in C
10 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 548 Prelude in Em
11 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 548 Fugue in Em
12 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 544 Prelude in Bm
13 – 6 Preludes & Fugues,S462 =From Bach=BWV 544 Fugue in Bm
14 – Fantasia & Fugue in Gm,S463 =From Bach=BWV 542 Fantasia (1872)
15 – Fantasia & Fugue in Gm,S463 =From Bach=BWV 542 Fugue (1872)
16 – Symphony No.6,S464-6-Szene am Bach-Andante molto moto
17 – Orgel-Fantasie und Fuge in Gm[Bach],S463i-Fantasy[1st ver
18 – Orgel-Fantasie und Fuge in Gm[Bach],S463i-Fugue[1st ver]
19 – Praeludium und Fuge uber das Motiv B-a-c-h,S529i[1st ver]
20 – Fantasie und Fuge,S529-On the Theme of B-A-C-H
21 – Variationen Uber Das Motiv Von Bach,S180

LESLIE HOWARD piano
Gravações de março a outubro de 1990

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Leslie Howard, dando aquele sorriso para as objetivas do PQPBach !

Ammiratore

Franz Schubert (1797-1828): Violin Sonatas (CD 2 de 2)

Franz Schubert (1797-1828): Violin Sonatas (CD 2 de 2)

E como só se fala e praticamente só se posta Schubert por aqui nos últimos dias, resolvi trazer o segundo CD de Julia Fischer tocando as pouco gravadas Sonatas para Violino e Piano e algumas obras para piano, onde Julia revela-se uma excelente pianista, fazendo a segunda parte do piano na Fantasia D. 940, tão amada pelo colega Ranulfus. A música de Schubert para violino e piano, embora certamente não seja insignificante, nunca atraiu grandemente a atenção dos executantes ou ouvintes. E elas são desiguais, variando entre aquilo que é destinado ao mercado doméstico amador e os últimos trabalhos, claramente dirigidos ao virtuoso. Mas sempre é Schubert, ou seja, sempre é bom.

O primeiro disco desta dupla extremamente talentosa tocando as obras de Schubert para violino e piano foi de prazer absoluto, apesar de essa música ser uma parte comparativamente sem importância da produção do compositor. Este segundo disco é ainda mais atraente, de fato irresistível, em parte porque o terceiro item é uma das obras-primas supremas de Schubert, a Fantasia em Fá menor para dueto de piano D. 940. Eles dão uma magnífica versão desta obra inspirada, que começa com uma das melodias mais pungentes de Schubert. É uma peça desafiadora, como se pode ouvir, mas Fischer e Helmchen tiram de letra.

Franz Schubert (1797-1828): Violin Sonatas (CD 2 de 2)

01 Schubert – Violin Sonata In A, Op. 162, D. 574 – Allegro Moderato
02 Scherzo (Presto)
03 Andantino
04 Allegro Vivace

05 Schubert – Fantasy In C, Op. 159, D. 934 – Andante Molto
06 Allegretto
07 Andantino
08 Tempo primo – Allegro, Allegretto, Presto

09 Schubert_ Fantasy In F Minor for Piano Duet, Op. 103, D. 940 – Allegro molto moderato
10 Largo
11 Allegro vivace
12 Tempo I

Julia Fischer – Violin, Piano (D.940)
Martin Helmchen – Piano

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Julia Fischer na Sala de Imanência e Transcendência da Sede de Gala da PQP Bach Corporation.

FDP / PQP

Camille Saint-Säens (1835-1921) – Concerto No. 2 in G minor, Op. 22, César Franck (1822-1890) – Symphonic Variations e Franz Liszt (1811-1886) – etc

Camille Saint-Säens (1835-1921) – Concerto No. 2 in G minor, Op. 22, César Franck (1822-1890) – Symphonic Variations e Franz Liszt (1811-1886) – etc

Lembrei do Rubinstein esses dias… após o Roger Waters (Pink Floyd) se posicionar sobre a grave situação brasileira, se arriscando a levar vaias de parte da classe média paulistana e do nosso digníssimo Ministro da Cultura, que disse: “A gente não consegue mais ir a um show ou ver um filme sem que haja algum tipo de manifestação política.”

Deixo vocês com uma reportagem de 1964 e em seguida com a postagem original do Carlinus sobre um dos grandes pianistas do século XX. Rubinstein, Roger Waters e o ministro de Temer, quem será que está certo?

Músicos protestam contra a exclusão de negros das salas de concerto

O pianista Julius Katchen, que toca frequentemente na Europa e na Ásia, disse que a segregação é “uma fonte profunda de vergonha e constrangimento” para os norte-americanos no exterior.

Com o projeto de lei dos direitos civis agora no Congresso*, ele afirmou, “torna-se o dever de todos os artistas se recusarem a tocar em auditórios onde políticas de segregação são praticadas”.

Apesar de Arthur Rubinstein não ter chegado tão longe a ponto de endossar um boicote organizado, ele disse que os jovens artistas que se manifestaram contra a segregação deram “um passo certo e natural”.

Os perigos para uma sociedade livre, ele disse, são “apatia e complacência” em face da injustiça. Rubinstein disse que, como judeu, ele experimentou pessoalmente as consequências dolorosas do preconceito.

Ele discordou fortemente de uma declaração do pianista alemão Hans Richter Haaser de que os músicos deveriam se distanciar dos problemas raciais e políticos. “Os músicos também são seres humanos”, disse Rubinstein, “e eles têm a mesma responsabilidade moral que todo mundo em relação à sua sociedade.”

(Canadian Jewish Review, May 8, 1964, p.5)

*A Lei dos Direitos Civis (Civil Rights Act, em inglês), que pôs fim aos diversos sistemas de segregação racial, foi promulgada em 2 de julho de 1964

Esta série da RCA é espantosa. Têm gravações absurdas. Coisas realmente atordoantes. E este CD, por exemplo, que ora posto, é maravilhoso. A qualidade do áudio é ímpar.

Acredito que tenha mais de um ano que eu queria postá-lo. O disco possui um conjunto que dispensa comentários. Três compositores que souberam impingir um traço fantástico ao piano – Saint-Saëns, Franck e Liszt. Ou seja, o melhor que se produziu na segunda metade do século XIX. E ao piano, Arthur Rubinstein, um dos maiores pianistas e virtuoses do século XX. Das peças do post, gosto particularmente do Concerto No. 2 de Saint-Saëns. A obra é repleta de passagens belíssimas.  Um bom deleite!

Camille Saint-Säens (1835-1921) – Concerto No. 2 in G minor, Op. 22
01. Andante sostenuto
02. Allegro scherzando
03. Presto

César Franck (1822-1890) – Symphonic Variations
04. Poco allegro
05. Allegro non troppo

Franz Liszt (1811-1886) – Concerto No. 1 in E Flat*
06. Allegro maestoso
07. Quasi adagio
08. Allegretto vivace
09. Allegro marziale animato

Symphony of the Air
*RCA Victor Symphony Orchestra

Alfred Wallenstein, regente
Arthur Rubinstein, piano

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Rubinstein imitando o ministro da “cultura” de Temer

Carlinus
Repostagem por Pleyel

John Baptist Cramer (1771-1858): Quinteto para piano, Op. 79 e Franz Schubert (1797-1828): Quinteto para piano, Op. 114 (D. 667) – A Truta

John Baptist Cramer (1771-1858): Quinteto para piano, Op. 79 e Franz Schubert (1797-1828): Quinteto para piano, Op. 114 (D. 667) – A Truta

Com instrumentos originais de época, este é um disco muito especial. Tem uma obra de um compositor desconhecido e a justamente célebre Truta de Schubert. Não conhecia a música de John Baptist Cramer. Este compositor nasceu na Alemanha, mas foi levado à Inglaterra quando ainda era criança. Começou a estudar piano muito jovem e conseguiu se estabelecer como um grande pianista. Dizem que chegou a ser respeitado por Beethoven. Foi o editor inglês do Concerto no. 5 para piano e orquestra – “Imperador” – do mesmo Beethoven. Estabeleceu uma amizade gratificante com o autor de a Nona Sinfonia. Compôs obras respeitáveis — sonatas para piano, nove concertos para piano e música de câmara. Neste CD que ora posto, surge o Quinteto para Piano, Op. 79. A outra obra do CD — A PRINCIPAL — é o Quinteto para piano em Lá maior, Op. 114 de Schubert, também conhecido como “A Truta”, pela qual tenho uma grande paixão. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

John Baptist Cramer (1771-1858) – Quinteto para piano in Si bemol maior, Op. 79
01. Allegro moderato
02. Adagio cantabile
03. Rondo (allegro)

Franz Schubert (1797-1828) – Quinteto para piano em Lá maior, Op. 114 (D. 667) – A Truta
04. Allegro vivace
05. Andante
06. Scherzo
07. Theme with variations (andatino-allegretto)
08. Finale (allegro giusto)

Nepomuk Fortepiano Quintet
Jan Insinger, violoncelo
Elisabeth Smalt, viola
Riko Fukuda, pianoforte
Franc Polman, violino
Pieter Smithuijsen, contrabaixo

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Vocês não esperavam um linguado, né?
Vocês não esperavam um linguado, né?

Carlinus / PQP

Rimsky-Korsakov (1844-1908): Suíte de O Galo de Ouro / Rossini (1792-1868): Abertura Guilherme Tell / Tchaikovsky (1840-1893): Marcha Eslava / Chabrier (1841-1894): España / Franz Liszt (1811-1886): Rapsódia Húngara No. 2 e Marcha Rakoczy

Rimsky-Korsakov (1844-1908): Suíte de O Galo de Ouro / Rossini (1792-1868): Abertura Guilherme Tell / Tchaikovsky (1840-1893): Marcha Eslava / Chabrier (1841-1894): España / Franz Liszt (1811-1886): Rapsódia Húngara No. 2 e Marcha Rakoczy

Em meados do século XX, este tipo de música era considerada “ligeira”, algo para concertos ao ar livre, para o grande público tomar seu primeiro contato com os clássicos. Hoje parece apenas música erudita em disco de gatinhos. O que houve conosco?

Em 1881, Henry Lee Higginson, o fundador da Orquestra Sinfônica de Boston, escreveu sobre seu desejo de apresentar em Boston “concertos de um tipo leve de música”. Então a Boston Pops foi fundada para apresentar este tipo de música ao público, com o primeiro concerto realizado em 1885. Chamado de “Concerto de Passeio” eles duraram até 1900, eram performances de música clássica “leve”.

A Orquestra não tinha um maestro próprio até o ano de 1930, quando Arthur Fiedler começou seu mandato. Fiedler trouxe aclamação mundial à orquestra. Ele sempre foi infeliz com a reputação de que a música erudita era para a elite aristocrática, e sempre fez esforços para levar os eruditos a um público vasto. Sempre promoveu concertos gratuitos em Boston, assim aos poucos foi popularizando a música clássica na região.

Sob sua direção a orquestra fez inúmeras gravações campeãs de vendas, arrecadando um total superior a US$ 50 milhões. As primeiras gravações da orquestra foram feitas em julho de 1935 para a RCA Victor, incluindo a primeira gravação completa da Rhapsody in Blue de Gershwin.

Fiedler também é lembrado por ter começado a tradição anual da orquestra se apresentar no 4 de julho (Independência dos Estados Unidos) na praça da Esplanada, uma das celebrações mais aclamadas, que contava com um público entre 200 e 500 mil pessoas.

Após a morde de Fiedler, em 1979, John Williams tomou o cargo, em 1980. Williams continuou com a tradição de levar a música clássica ao público mais vasto. Ele ficou no cargo até 1994, quando passou para Keith Lockhart em 1995. Lockhart segua à frente da Pops, acrescentando um toque de extravagância e um dom para o drama. Williams continua sendo maestro laureado e realiza uma semana de concertos por ano.

Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Suíte de O Galo de Ouro – Le Coq’or – Suíte, Rossini (1792-1868) – William Tell Overture, Tchaikovsky (1840-1893) – Marcha Eslava, Chabrier (1841-1894) – España e Franz Liszt (1811-1886) – Rapsódia Húngara No. 2 e Rakoczy March

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Suíte de O Galo de Ouro – Le Coq’or – Suíte
01. King Dodom in his Palace
02. King Dodom on the Battlefield
03. King Dodom with the Queen of Shemakha
04. March

Gioachino Rossini (1792-1868) – William Tell Overture
05. William Tell Overture

Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) – Marcha Eslava
06. Marcha Eslava

Emmanuel Chabrier (1841-1894) – España
07. España

Franz Liszt (1811-1886) – Rapsódia Húngara No. 2 e
08. Rapsódia Húngara No. 2

Rakoczy March
09. Rakoczy March

Boston Pops Orchestra
Arthur Fiedler, regente

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Arthur Fiedler
Arthur Fiedler

PQP

Ravel (1875-1937): Concerto para piano e orquestra para mão esquerda e La Valse, Liszt (1811-1886): Totentanz para piano e Orchestra e Rachmaninov (1873-1943): Danças Sinfônicas, Op. 45

Ravel (1875-1937): Concerto para piano e orquestra para mão esquerda e La Valse, Liszt (1811-1886): Totentanz para piano e Orchestra e Rachmaninov (1873-1943): Danças Sinfônicas, Op. 45

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um CD pirata da melhor qualidade, certamente gravado a partir de uma transmissão radiofônica. São obras agitadas da conturbada primeira metade do século XX — e como Liszt coube bem nelas! O Concerto para Mão Esquerda é a comprovação do contato de Ravel com uma época terrível para a Europa. Ele foi composto, quase como um desafio, para o eminente pianista austríaco Paul Wittgenstein, que tinha perdido o braço direito num combate da Primeira Guerra Mundial e cuja carreira parecia terminada. Contudo, Wittgenstein, com enorme coragem, recusou conformar-se com o fato, e escreveu a vários compositores, pedindo-lhes que escrevessem músicas que ele pudesse tocar apenas com a mão esquerda. Ravel achava-se ocupado com a composição de o Concerto para piano em sol maior. Contudo, movido, pelo apelo, e cedendo ao seu amor inato pela experimentação e pelo incomum, Ravel enfrentou a prova técnica. Sem suspender a composição do outro concerto, atirou-se ao trabalho a fim de escrever algo que pudesse atender às necessidades do pianista tão gravemente sacrificado. O resultado foi excelente e muitos pianistas até hoje deixam o braço direito descansar para interpretar a admirável obra.

Mas o restante da gravação também é extraordinária.

A dupla Thibaudet e Dutoit esmerilham neste CD pirata.
A dupla Dutoit e Thibaudet esmerilham neste CD pirata.

Ravel (1875-1937): Concerto para piano e orquestra para mão esquerda e La Valse, Liszt (1811-1886): Totentanz para piano e Orchestra e Rachmaninov (1873-1943): Danças Sinfônicas, Op. 45

Maurice Ravel (1875-1937) – Concerto para piano e orquestra em D (para “mão esquerda”)
01. Lento
02. Allegro
03. Tempo I

Franz Liszt (1811-1886) – Totentanz para piano e Orchestra
04. Totentanz para piano e Orchestra

Sergei Rachmaninov (1873-1943) – Danças Sinfônicas, Op. 45
05. Non allegro
06. Andante con moto (Tempo di valse)
07. Lento assai – Allegro vivace

Maurice Ravel (1875-1937) – La Valse
08. La Valse

Chicago Symphony Orchestra
Charles Dutoit, regente
Jean-Yves Thibaudet, piano

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Ravel equilibrando-se entre a cinza do cigarro e as notas.
Ravel equilibrando-se entre a cinza do cigarro e as notas.

PQP

Mozart (1756-1791): Piano Sonata Nº 8 in A Minor, K.310 / Berg (1885-1935): Piano Sonata op. 1 / Liszt (1811-1886): Piano Sonata in B Minor S. 178 / Bartók (1881-1945): Romanian Folk Dances BB 68

Mozart (1756-1791): Piano Sonata Nº 8 in A Minor, K.310 / Berg (1885-1935): Piano Sonata op. 1 / Liszt (1811-1886): Piano Sonata in B Minor S. 178 / Bartók (1881-1945): Romanian Folk Dances BB 68

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Se eu já era fã da Hélène Grimaud, a cada novo CD seu me torno ainda mais fã. E não apenas por sua beleza estonteante, mas principalmente pelo seu enorme talento, que a cada novo cd se solidifica cada vez mais.

Os grandes intérpretes, aqueles que efetivamente tem talento, não temem ousar. Avançam fronteiras, quebram paradigmas, enfim, ousam. Não se importam se alguns poucos “entendidos” torçam o nariz, e considerem de menor valor ou importância. Continuam ousando. Isso marca sua carreira e sua personalidade se impôe.
Quando vi este cd pela primeira vez não tinha como não me surpreender: Mozart, Berg, Liszt e Bártok, tudo isso junto ? Será que a bela e talentosa Hélène Grimaud surtou de vez ? Mas lendo o texto que consta no verso da capa do cd acho que entendi a sua proposta: a eterna contraposição emoção x razão (voltarei à esta questão logo, logo, numa outra série de postagens). Se suas escolhas de repertório foram adequadas não cabe aqui discutir. Mas não dá para tirar o mérito da empreitada. A forte carga dramática que impõe em sua leitura da conhecidíssima Sonata K. 310 de Mozart pode não agradar à alguns puristas (felizmente não sou um deles), mas é por demais emocionante, vide o segundo movimento, um Andante Cantabile maravilhosamente interpretado. Viciado que fui durante muitos anos na leitura seca e pragmática destas obras, por vezes soando quase cômica, de Glenn Gould, ao ouvir Grimaud tocando esta sonata sinto-me tão feliz por ouvir Mozart sob essa ótica! Um comentarista da amazon considera esta leitura de Grimaud da sonata de Mozart “beethoveniana” em sua essência, como se ela estivesse tocando, por exemplo, a Sonata “Tempestade” do gênio de Bonn. Vendo por este prisma, até podemos concordar.

Depois de uma leitura beirando a perfeição da complexa Sonata op. 1 de Berg, temos o grande “tour de force” do CD: A Sonata em Si Menor De Liszt, uma das maiores peças já escritas para o instrumento, que exige do pianista um virtuosismo absurdo. Mas Grimaud já é suficientemente madura para encarar a empreitada. E o virtuosismo é o seu principal trunfo. Ela se impõe ao instrumento e à obra, e não se deixa engolir pelas diversas armadilhas escondidas em seus longos trinta minutos de duração. Não sou músico mas não duvido que após encarar um “tour de force” destes, o intérprete sinta-se esgotado fisica e emocionalmente. A carga dramática é intensa e constante, e a quantidade de notas que Liszt colocou no papel podem soar desnecessárias, mas ali estão e exigem do pianista total concentração. E para quem já viu uma apresentação de Grimaud pelo menos em um vídeo do Youtube, sabe que sua entrega é total.

O CD se completa com algumas peças deliciosas de Bartók, baseadas no folclore romeno.

Ah, preciso dizer que se trata de um CD IM-PER-DÍ-VEL ?

P.S. Um grande amigo do blog, o Milton Ribeiro, se gabava há um tempo atrás de que iria a Paris e Londres, e teria a oportunidade de assistir à um recital da francesinha. Conseguistes assistir, Milton? Estou curioso para saber… e creio que os outros colegas do blog também.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Piano Sonata nº8 in A Minor, K.310 – Alban Berg (1885-1935) – Piano Sonata op. 1 – Franz Liszt (1811-1886) – Piano Sonata in B Minor S. 178 – Béla Bartók (1881-1945) – Romanian Folk Dances BB 68

01. Mozart – Piano Sonata No.8 in A minor K. 310 – I. Allegro maestoso
02. Mozart – Piano Sonata No.8 in A minor K. 310 – II. Adante cantabile con espressione
03. Mozart – Piano Sonata No.8 in A minor K. 310 – III. Presto
04. Berg – Piano Sonata Op.1
05. Liszt – Piano Sonata in B minor S 178
06. Bartok – Roman nepi tancok BB 68 – Joc cu bata. Allegro moderato
07. Bartok – Roman nepi tancok BB 68 – Braul. Allegro
08. Bartok – Roman nepi tancok BB 68 – Pe loc. Andante
09. Bartok – Roman nepi tancok BB 68 – Buciumeana. Moderato
10. Bartok – Roman nepi tancok BB 68 – Poarga romaneasca. Allegro
11. Bartok – Roman nepi tancok BB 68 – Maruntel. Allegro

Hélène Grimaud, Piano

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helene grimaud pianist

FDPBach

Bach, Hindemith, C.Guarnieri, Fauré, Schubert e mais, na flauta & piano: dois recitais memoráveis

Duo Morozowicz 1 http://i30.tinypic.com/2vke3kg.jpgPublicado originalmente em 23.07.2010

Como vocês devem imaginar, escolhi vinis pelos quais tenho muito carinho para começar minha carreira de digitalizador amador – mas por estes dois o carinho é todo especial.

Tadeusz Morozowicz (pronunciado Morozóvitch) nasceu na Polônia em 1900, e em 1925 se instalou em Curitiba, onde dois anos depois fundaria o que se diz ter sido a segunda escola de balé do país.

Duo Morozowicz 2 http://i28.tinypic.com/6e3hv5.jpgNão sei se a escola foi mesmo a segunda, mas acho que Tadeusz realizou proeza maior: todos os três filhos foram leading figures da vida artística paranaense da segunda metade do século XX: Milena como coreógrafa, professora de dança, diretora de balé; Zbigniew Henrique como pianista, organista, compositor, professor formal e não formal com sua presença sempre questionadora e profunda; Norton, como flautista – aluno de ninguém menos que Aurèle Nicolet – e mais recentemente também como regente e diretor de festivais.

Henrique e Norton http://i27.tinypic.com/2w7274j.jpgAtuando em duo desde 1971, em 1975 Norton e Henrique resolveram transformar em disco um recital que haviam dado na Sala Cecília Meireles, no Rio. Gravadoras, como se sabe, sempre deram menos bola para qualidade que para a vendabilidade dos nomes; pouquíssimos músicos clássicos brasileiros eram gravados na época, sobretudo se não morassem no Rio. Sempre inventivo, Henrique lançou uma lista de venda antecipada – que tive o gosto de assinar -, e com isso levantou a verba para o primeiro destes discos. Com o segundo, três anos depois, não lembro os detalhes, mas também foi produção independente.

Quer dizer: a circulação destas gravações foi muito limitada até hoje – o que me parece um despropósito, dada a qualidade do material. Bom, pelo menos eu sinto assim. E é claro que, como frente a qualquer artista, pode-se discordar desta ou daquela opção – mas depois de ouvirem algumas vezes, duvido que vocês me digam que estou superestimando devido ao afeto por um professor marcante!

Ainda umas poucas observações: tenho certa preferência pela sonoridade do volume 2, onde Norton optou por menos vibrato e Henrique por menos staccato, mas isso não me impede de me deliciar com o volume 1, que começa com a singeleza das Pequenas Peças de Koechlin (que os franceses pronunciam Keklã, embora eu também já tenha ouvido Keshlã. Não conhecem? Bem, aluno de Fauré, professor de Poulenc e do português Lopes-Graça), passa pela consistência de Hindemith e pelo lirismo espantosamente ‘brasileiro’ da Fantasia de Fauré (para mim a faixa mais marcante), chegando a um final que, a despeito de minhas resistências a Bach no piano, me parece não menos que arrebatador.

Mas o ponto alto do conjunto me parecem ser as Variações de Schubert que ocupam todo um lado do volume 2 – e olhem que Schubert nem está entre meus compositores prediletos. Mas essa peça está, sim, entre as minhas prediletas, implantada que foi por ação desta dupla.

É preciso apontar ainda que em cada disco há uma seqüência de três pequenas peças de Henrique de Curitiba – ‘nome de compositor’ do pianista, adotado nos anos 50, ainda antes dos anos em Varsóvia, enquanto estudava com Koellreuter e Henry Jolles na Escola Livre de Música de São Paulo – junto com tantos nomes decisivos da nossa música, no geral bem mais velhos.

Renée Devrainne Frank foi a primeira professora de piano de Henrique. Nascida na França, emigrada para Curitiba com 9 anos, depois formada em Paris na escola de Alfred Cortot, Renée era casada com o flautista Jorge Frank e formava o Trio Paranaense com a cunhada cellista Charlotte Frank e a violinista Bianca Bianchi – tendo composto consideravelmente para as formações que esse grupo proporcionava. Pode-se dizer que sua peça gravada é puro Debussy fora de época, mas… sinceramente, dá para ignorar a beleza e a qualidade da escrita? Fico pensando em quantas donas Renée terão deixado obras de qualidade, Brasil e mundo afora, e permanecem desconhecidas – enquanto se lambem os sapatos de tantas nulidades promovidas pela indústria & mídia!

Enfim, achei que vocês gostariam de ter a seqüência dos dois discos fluindo juntos numa pasta só – espero não ter me enganado!

DUO MOROZOWICZ
Norton Morozowicz, flauta
Henrique Morozowicz, piano

VOLUME 1
Gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles
Rio de Janeiro, 30.05.1975

Charles Koechlin (1867-1950): SEIS PEQUENAS PEÇAS
101 Beau soir (Noite bonita) 1:23
102 Danse (Dança) 0:51
103 Vieille chanson (Velha canção) 0:42
104 Danse printanière (Dança primaveril) 0:53
105 Andantino 1:23
106 Marche funèbre (Marcha Fúnebre) 2:30

Paul Hindemith (1895-1963): SONATA PARA FLAUTA E PIANO (1936)
107 Heiter bewegt (com movimento alegre) 4:51
108 Sehr langsam (muito lento) 4:30
109 Sehr lebhaft (muito vivo) 3:36
110 Marsch (marcha) 1:22

Gabriel Fauré (1845-1924):
111 FANTASIA op.79 5:45

Henrique de Curitiba (1934-2008):
112 TRÊS EPISÓDIOS 3:54

J.S. Bach (1685-1750): SONATA EM SOL MENOR, BWV 1020
113 Allegro 3:40
114 Adagio 2:42
115 Allegro 3:42

VOLUME 2
Gravado ao vivo no Teatro Guaíra
Curitiba, 22.08.1978

Pietro Locatelli (1693-1764): SONATA EM FA
201 Largo 2:31
202 Vivace 2:14
203 Cantabile 4:16
204 Allegro 1:57

Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993):
205 IMPROVISO n.º 3 para flauta solo (1949) 3:50

Henrique de Curitiba (1934-2008):
206 TRÊS PEÇAS CONSEQÜENTES para piano solo (1977) 6:19

Renée Devrainne Frank (1902-1979):
207 IMPROVISANDO (1970) 4:15

Franz Schubert (1797-1828):
208 Introdução e variações sobre ‘Ihr Blümlein alle’, op.160 18:34

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Ranulfus

[Restaurado] Argerich Collection – Beethoven, Chopin, Tchaikovsky, Schumann, Liszt, Prokofiev e Ravel

Martha Argerich é com certeza uma das maiores pianistas da história. Exagero? Não. Senso profundo de um discernimento apurado. Suas interpretações geralmente são eivadas de expressividade, energia e paixão. Existe um frescor latente em sua performance. Posso notar, por exemplo, nesse momento enquanto escuto o concerto no. 1 de Beethoven isso que acabei de enunciar. Esse box que ora posto com 4 CDs, traz os principais concertos para piano já escritos. Senti falta de Brahms e Grieg, já que o repertório é em quase sua totalidade romântico. Os quatro CDs nos levam a mais de quatro horas de música da mais alta qualidade, com esta argentina polida e apaixonada. Um bom deleite!

DISCO 01

Ludwig van Beethoven (1770-1827) –

Piano Concerto No.1 in C major, Op.15
01. I.Allegro con brio
02. II.Largo
03. III.Rondo Allegro

Piano Concerto No.2 in B flat major, Op. 19
04. I.Allegro con brio
05. II.Adagio
06. III.Rondo Allegro molto

Philharmonia Orchestra
Giuseppe Sinopoli, regente
Martha Argerich, piano

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DISCO 02

Frédéric Chopin (1810-1849) –

Piano Concerto No.1 in e minor, Op.11
01. I.Allegro maestoso
02. II.Romance-Larghetto
03. III.Rondo-Vivace

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado, regente
Martha Argerich, piano

Piano Concerto No.2 in f minor, Op.21
04. I.Maestoso
05. II.Largetto
06. III.Allegro vivace

National Symphony Orchestra
Mstilav Rostropovich, regente
Martha Argerich, piano

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DISCO 03

Peter I. Tchaikovsky (1840-1893) –

Piano Concerto No.1 in B flat minor, Op.23
01. I.Allegro non troppo e molto maestoso-Allegro con sp
02. II.Andantino semplice
03. III.Allegro con fuoco

Royal Philharmonic Orchestra
Charles Dutoit, regente
Martha Argerich, piano

Robert Schumann (1810-1856) –

Piano Concerto in a minor Op.54
04. I.Allegro affettuoso
05. II.Intermezzo Andantino-attacca
06. III.Allegro vivace

National Symphony Orchestra
Mstilav Rostropovich, regente
Martha Argerich, piano

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DISCO 04

Franz Liszt (1811-1886) –

Piano Concerto No.1 in E flat major
01. I.Allegro maestoso
02. II.Quasi Adagio
03. III.Allegretto vivace-Allegro animatto
04. IV.Allegro marziale animato

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado, regente
Martha Argerich, regente

Serge Prokofiev (1891-1953) –

Piano Concerto No.3 in C major
05. I.Andante-Allegro
06. II.Thema Andantino
07. III.Allegro ma non troppo

Maurice Ravel (1875-1937) –

Piano Concerto in G major
08. I.Allegramente
09. II.Adagio assai
10. III.Presto

Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado, regente
Martha Argerich, piano

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Carlinus

[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]

[Restaurado] Johannes Brahms (1833 – 1897) – Variações sobre um tema de Joseph Haydn, Op. 56b – Versão para dois pianos, Sergei Rachmaninov (1873-1943) – Danças Sinfônicas, Op. 45 – Versão para dois pianos, Franz Schubert (1797-1828) – Rondo em A maior, D. 951 – Grande Rondeau – Para piano a quatro mãos e Maurice Ravel (1875-1937) – La Valse – Versão para dois pianos

Um CD de rara e delicada beleza. A parceria Nelson Freire – Martha Argerich já é conhecida pelos frutos que têm produzido. Neste registro suave, excelente, extraordinário para aqueles momentos em que a alma quer sossegar e o corpo pede bolachas com chá, este CD torna-se pertinente.  O fato é que após tê-lo ouvido ontem, no final da tarde, próximo do ocaso, percebi que a noite surgiu diferente. Não deixe de ouvir e apreciar a seleção e a transcrição feita para o piano de peças de Brahms, Rachmaninov, Schubert e Ravel por dois músicos que alcançaram a plenitude naquilo que fazem. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833 – 1897) –
Variações sobre um tema de Joseph Haydn, Op. 56b – Versão para dois pianos

01. Chorale St. Antoni. Andante
02. Var I. Antoni Andante
03. Var II. Vivace
04. Var III. Con moto
05. Var IV. Andante
06. Var V. Poco presto
07. Var VI. Vivace
08. Var VII. Grazioso
09. Var VIII. Poco presto
10. Finale. Andante

Sergei Rachmaninov (1873-1943) –
Danças Sinfônicas, Op. 45 – Versão para dois pianos

11. I Non Allegro
12. II Andante con moto
13. III Lento assai – Allegro vivace

Franz Schubert (1797-1828) –
Rondo em A maior, D. 951 – Grande Rondeau – Para piano a quatro mãos

14. Rondo in A major D 951 ‘Grand Rondeau’

Maurice Ravel (1875-1937) –
La Valse – Versão para dois pianos

15. La Valse

* Gravado ao vivo no Salzburg Festival

Martha Argerich, piano
Nelson Freire, piano

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Carlinus

[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]