Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonias nº 1 e nº 3

FDP Bach começa então a postar a integral das sinfonias do gênio de Bonn, mas em uma gravação um pouco diferente daquelas á que estamos acostumados. Trata-se da aclamada série dirigida por Nikolaus Harnoncourt, à frente da Europe Chamber Orchestra, vencedora do Prêmio “Grammophone” de 1992. Escolhi esta dentre outras que possuo, devido á dois fatores: a qualidade da interpretação – já explicamos que somos fãs de Harnoncourt – e além disso, quase todos já possuem alguma outra versão destas sinfonias, principalmente as famosas versões de 1962 e de 1976 de Herbert von Karajan. Na verdade, talvez pelo fato de termos associado estas sinfonias à Karajan acabamos nos esquecendo de outras preciosidades, como a belíssima versão de Gardiner, ou até mesmo a correta leitura de Abbado, em um de seus últimos registros frente à Filarmônica de Berlim. Reproduzo abaixo o comentário da conceituada revista Gramophone à respeito desta gravação:

“Harnoncourt’s set of the Beethoven symphonies was timed to perfection on its release in 1991. Just when record-buyers were getting used to Beethoven on period instruments, Harnoncourt’s account managed to combine the shock of the new with an uncanny sense of familiarity. His readings manage remarkably to balance freedom with a sense of firm control; the impetus and urgency of the fast movements are particularly thrilling. This was considered one of the most consistently inspiring and exciting Beethoven sets to have appeared for many years. “

Enfim, vai ser esta a versão que estarei postando a partir de hoje.

A Sinfonia nº 1, em C Maior, ainda está presa aos moldes haydnianos, mas já conseguimos enxergar nela um compositor que procura se desvencilhar dos grilhões, procurando encontrar sua verdadeira identidade. O gênio desperta. Reparem que Harnoncourt em certos momentos dá claramente uma visão haydniana à obra.

A Sinfonia Nº3, bem, quem nunca se emocionou até quase chegar lágrimas com a “Marcia Funebre” do segundo movimento? Chamada “Eroica”, e em princípio dedicada á Napoleão Bonaparte, reza a lenda que Beethoven teria rasgado a página com a dedicatória da obra ao general francês ao saber que este havia se coroado imperador… mas com esta sinfonia se rompem definitavamente as ligações com Haydn e Mozart e se define aquilo que iremos conhecer de estilo Beethoven de compor sinfonias. Quebra-se a estrutura tradicional e ignoram-se os movimentos tradicionais (principalmente os por muitos considerados aborrecidos minuetos). Beethoven mostra aí um espírito livre, que não se importa com as críticas, (principalmente do já idoso Haydn, que considerou a obra longa demais, mas gênio que era, também a reconhece revolucionária).

Symphony No.1 in C, Op.21

1 – Adagio Molto – Allegro con brio
2 – Andante cantabile com molto
3 – Menuetto (allegro molto e vivace)
4 – Finale (Adagio-Allegro Molto e Vivace)

Symphony Nº 3, in E Flat, op. 55 “Eroica”

1 – Allegro con Brio
2 – Marcia Funebre (adagio assai)
3 – Scherzo (Allegro vivace)
4 – Finale (Allegro Molto)

Europe Chamber Orchestra
Nikolaus Harnoncourt – Direktor

BAIXE AQUI

[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

.: interlúdio :.

P.Q.P. Bach retorna ao jazz por causa de Charlie Mingus.

Este CD é atual e mostra o trabalho de três grupos dedicados a manter a música altamente revolucionária e – por que não? – erudita de Mingus. Ouçam e depois falem comigo! O 14-man group The Mingus Big Band, que já apareceu em várias formações, divide o CD com a pouco convencional 10-man group Mingus Orchestra e com o mais conhecido septeto Mingus Dynasty. O CD inaugura o novo selo de propriedade da viúva do compositor, Sue Mingus.

A lista de instrumentistas é impressionante: trompetistas como Jack Walrath e Randy Brecker, saxofonistas como Craig Handy, trombonistas como Ku-umba Frank Lacy, e mais as extraordinárias novidades Orrin Evans (piano), Kenny Rampton (trompete) e Miguel Zenon (saxofonista).

Há muita coisa a ouvir. Minhas preferidas são Song With Orange, Orange Is The Color Of Her Dress e Wednesday Night Prayer Meeting. Notáveis também são Todo Modo, escrita para o cinema italiano, mais exatamente para a versão em filme da esplêndida novela homônima de Leonardo Sciascia, Tensions onde o baixista russo Boris Kozlov reencarna Mingus de forma arrepiante e Pedal Point Blues, em que o exuberante sax barítono Ronnie Cuber, repete o show que já apresentara em Song with Orange.

A Downbeat deu a este CD quatro em cinco estrelas, a Jazztimes deu cinco em cinco.

Ah, o nome do CD é I am Three.

1. Song With Orange 11:48 (Mingus Big Band)
2. MDM 5:16 (MBB)
3. Chill Of Death 3:48 (Mingus Orchestra)
4. Paris In Blue 3:49 (MBB)
5. Tensions 7:54 (MBB)
6. Orange Is The Color Of Her Dress 10:52 (MBB)
7. Cell Block F ‘Tis Nazi Usa 5:55 (Mingus Dynasty)
8. Todo Modo 12:36 (MO)
9. Wednesday Night Prayer Meeting 5:23 (MD)
10. Pedal Point Blues 9:04 (MBB)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (Parte 1) – 100 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (Parte 2) – 8 MB

Johann Christian Bach (1735-1782) – Sinfonias de Londres

Fim de semana ensolarado, sábado lindo. Perfeito para este refrescante CD de meu irmão, grande influência do estilo galante, levado à maiores conseqüências por Mozart. O som do Collegium Aureum – com Franzjosef Maier em sua melhor forma – é espantoso.

Vale a pena ouvir esta gravação do Bach de Londres.

P.Q.P. Bach.

1. Sinfonia E Flat Major Op. 18 No. 1 – Allegro Spiritoso
2. Sinfonia E Flat Major Op. 18 No. 1 – Andante
3. Sinfonia E Flat Major Op. 18 No. 1 – Allegro

4. Sinfonia D Major Op. 18 No. 4 – Allegro con Spirito
5. Sinfonia D Major Op. 18 No. 4 – Andante
6. Sinfonia D Major Op. 18 No. 4 – Rondo. Presto

7. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Allegro con spirito
8. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Andante
9. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Allegretto
10. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Allegro

11. Sinfonia G Minor Op. 6 No. 6 – Allegro
12. Sinfonia G Minor Op. 6 No. 6 – Andante piu tosto Adagio
13. Sinfonia G Minor Op. 6 No. 6 – Allegro Molto

Composer: Johann Christian Bach
Performer: Collegium Aureum

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) – Stabat Mater / Salve Regina (link revalidado)

Este tremendo registro do Stabat Mater de Pergolesi é a primeira contribuição de meu outro irmão renegado e deserdado: F.D.P. Bach. Ele acaba de unir-se a mim.

Gravação imperdível com Emma Kirby (soprano) e James Bowman (contra-tenor), sob a regência de Christopher Hogwood e a Academy of Ancient Music.

Pergolesi concluiu seu Stabat Mater no mosteiro franciscano de Pozuolli durante a fase aguda de sua enfermidade, possivelmente tuberculose. Os duetos são uma preciosidade. Vi o canal Film&Arts apresentar esta peça com o mesmo Hogwood, porém com solistas diferentes. Hogwood acerta em cheio. Foi paixão à primeira audição. A gravação que estou disponibilizando é mais especial ainda por ter a presença da Emma Kirkby, voz criada por Deus no oitavo dia para tê-la ao seu lado eternamente. Se meu pai a tivesse conhecido, talvez não perdesse tempo com Marias Bárbaras e Annas Magdalenas.

Stabat mater

Composed by Giovanni Battista Pergolesi
Performed by Academy of Ancient Music
with Emma Kirkby, James Bowman
Conducted by Christopher Hogwood

1. Stabat Mater: I. Stabat Mater – Emma Kirkby/James Bowman
2. Stabat Mater: II. Cujus animam gementem – Emma Kirkby
3. Stabat Mater: III. O Quam tristis et afflicta – Emma Kirkby/James Bowman
4. Stabat Mater: IV. Quae moerebat et dolebat – James Bowman
5. Stabat Mater: V. Quis est homo – Emma Kirkby/James Bowman
6. Stabat Mater: VI. Vidit suum dulcem Natum – Emma Kirkby
7. Stabat Mater: VII. Eja, mater – James Bowman
8. Stabat Mater: VIII. Fac ut ardeat cor meum – Emma Kirkby/James Bowman
9. Stabat Mater: IX. Sancta mater – Emma Kirkby/James Bowman
10. Stabat Mater: X. Fac ut portem – James Bowman
11. Stabat Mater: XI. Inflammatus et accencus – Emma Kirkby/James Bowman
12. Stabat Mater: XII. Quando corpus – Emma Kirkby/James Bowman

Salve regina in C minor
Composed by Giovanni Battista Pergolesi
Performed by Academy of Ancient Music
with Emma Kirkby
Conducted by Christopher Hogwood

13. Salve Regina: I. Salve Regina – Emma Kirkby
14. Salve Regina: II. Ad te clamamus – Emma Kirkby
15. Salve Regina: III. Eja ergo – Emma Kirkby
16. Salve Regina: IV. Et Jesum – Emma Kirkby
17. Salve Regina: V. O clemens – Emma Kirkby

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Béla Bartók (1881-1945) – Concerto para Violino Nº 2 e Rapsódias Nº 1 e 2

Hoje, gostaria de compartilhar com vocês um CD que comprei na semana passada e que – puxa! – vale indiscutivelmente a pena. Trata-se de mais uma abordagem de Pierre Boulez à obra de Béla Bartók, desta vez com o violinista Gil Shaham e a Orquestra Sinfônica de Chicago. Tudo de primeira linha. É uma novidade apenas para mim, já que é um lançamento de 1999 da DG. Acho que você deveria adquiri-lo também.

Como escreve Shaham no encarte do CD a música ali gravada “é poderosa e sensível, séria e bem humorada, revolucionária e clássica. Tudo ao ‘nth degree’ (não me arrisco a traduzir… enésima potência?). Apesar de Boulez, o grande trabalho é realmente de Shaham. Sua cadenza no primeiro movimento do Concerto é absolutamente arrebatadora. Posso esquecer inteiramente as outras gravações que tenho, todas por violinistas mulheres orientais. Nada contra elas, mas Shaham dá um tal baile na concorrência que é melhor esquecê-las para sempre.
O concerto de Bartók, mas também as duas rapsódias, são tão boas que nem vou me arriscar… Mas talvez vocês queiram ver e ouvir Shaham interpretar os primeiros dez minutos deste espetacular Concerto no YouTube – com outra orquestra e regente. Também no YouTube e na mesma tela referida, podemos encontrar a continuação do concerto.

Enjoy e aproveite! :))

P.Q.P. Bach

1. Concerto Pour Violon N°2, Sz112 : Allegro Non Troppo
2. Concerto Pour Violon N°2, Sz112 : Andante Tranquillo
3. Concerto Pour Violon N°2, Sz112 : Allegro Molto

4. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°1, Sz87 : Moderato
5. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°1, Sz87 : Allegretto Moderato

6. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°2, Sz90 : Moderato
7. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°2, Sz90 : Allegro Moderato

Composé par Béla Bartók
Joué par Chicago Symphony Orchestra
avec Gil Shaham
Dirigé par Pierre Boulez

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Os mais baixados de agosto e julho

Como curiosidade e com a devida distância temporal, noticiamos o pódium de agosto:

J.S. Bach : 348 downloads
Chopin: 154
Vivaldi: 141

E o de julho:

Villa-Lobos: 408 downloads (o CD1 das Bachianas, postado em junho, está em 479…)
Villa-Lobos: 310
Concertos para flauta com Rampal: 181

É uma curiosa análise de quem vem aqui.

P.Q.P. Bach (que hoje não está com vontade de postar música)

Frases encontradas ao acaso (I)

Meus alunos relativistas se sentem valorizados por uma teoria niveladora que põe sua banda de rock favorita em pé de igualdade com Bach e Mozart; mas repare como uma hierarquia qualitativa lhes volta correndo quando, em nome da coerência, você sugere que sua banda de rock favorita também não pode ser melhor que os Backstreet Boys (…). As velhas dicotomias entre o que é elitista e o que é popular, entre alta e baixa cultura, podem estar mesmo corrompidas por privilégios injustificáveis, mas sem uma nova linguagem de mérito para as artes os pós-modernistas são forçados a viver numa paisagem achatada onde Barry Manilow e Beethoven são iguais.

Stephen T. Asma na revista americana The Chronicle of Higher Education

(Postado provocativamente por P.Q.P. Bach…)

Franz Joseph Haydn (1732-1809) Sinfonias nº 103 e nº 104

Concluindo o ciclo das sinfonias de Haydn (as que me propus postar), trago agora as duas últimas, de nº 103 e nº 104, sempre a cargo do excelente regente austríaco Nikolaus Harnoncourt, à frente da belíssima Orquestra do Concertgebouw, de Amsterdam.
Encerro este ciclo pedindo licença para me ausentar por algum tempo do blog, talvez uns dez ou quinze dias, devido a motivos pessoais e de trabalho. Quando voltar, terei preparado outra integral com o mesmo Harnoncourt, desta vez a das sinfonias de Beethoven, já prometida á algum tempo atrás. Aguardem, pois vai valer a pena a espera.

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonies nº 103

1 Symphonie nº103 ES Dur – Adagio – Allegro com spirito
2 Symphonie nº103 ES Dur – Andante pió tosto Allegretto
3 Symphonie nº103 ES Dur – Menuet
4 Symphonie nº103 ES Dur – Finale – Allegro con spirito
5 Symphonie nº104 D Dur – Adagio – Allegro
6 Symphonie nº104 D Dur – Andante
7 Symphonie nº104 D Dur – Menueto – Allegro Trio
8 Symphonie nº104 D Dur – Finale Spirituoso

Concertgebouw Orchestra, Amsterdan
Nikolaus Harnoncourt – Conductor

BAIXE AQUI

C.P.E. Bach (1714-1788) – Keyboards Concertos

Nosso irmão Carl fez muito sucesso em sua época. Sua maior especialidade era o cravo, instrumento que ajudou a consolidar,escrevendo para ele centenas de obras, entre sonatas e concertos.
A partir de hoje irei postar alguns destes concertos.
A interpretação estará a cargo do jovem húngaro Miklós Spányi (nasceu em 1962), que gravou a integral da obra de CPE para o selo BIS. Possuo alguns cds desta integral e estarei disponibilizando-os com o correr do tempo. Interpretação de altíssima qualidade, diga-se de passagem.

C.P.E. Bach (1714-1788) – Keyboards Concertos

1 – Bach, C.P.E. Wq 001 H 403 Concerto for Harpsichord in A minor [I] Allegro
2 – Bach, C.P.E. Wq 001 H 403 Concerto for Harpsichord in A minor [II] Andante
3 – Bach, C.P.E. Wq 001 H 403 Concerto for Harpsichord in A minor [III] Presto
4 – Bach, C.P.E. Wq 002 H 404 Concerto for Harpsichord in E flat major [I] Allegro non molto
5 – Bach, C.P.E. Wq 002 H 404 Concerto for Harpsichord in E flat major [II] Largo
6 – Bach, C.P.E. Wq 002 H 404 Concerto for Harpsichord in E flat major [III] Allegro assai
7 – Bach, C.P.E. Wq 003 H 405 Concerto for Harpsichord in G major [I] Allegro di molto
8 – Bach, C.P.E. Wq 003 H 405 Concerto for Harpsichord in G major [II] Adagio
9 – Bach, C.P.E. Wq 003 H 405 Concerto for Harpsichord in G major [III] Allegro

Miklós Spányi – harpsichord
Concerto Armonico
Péter Szutz – Conduktor

BAIXE AQUI

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonie nº 101, D- Dur, “Die Uhr”, Symphonie nº 102, B – Dur

Quase concluindo as postagens das últimas sinfonias de Haydn, eis a magnífica Sinfonia de º 101, conhecida como “O Relógio”. Magnífica em diversos aspectos, sua orquestração é riquíssima, e Haydn explora todos os recursos disponíveis da orquestra que tem em mãos. O segundo movimento, um andante, é brilhante em sua concepção, ao tentar reproduzir o andamento e o tique-taque de um relógio. Acompanha a também brilhante sinfonia de nº102.
Harnoncourt, em sua tradicional competência, dá um brilho extra à obra. Sendo descendente dos Habsburgs, talvez tenha se sentido na pele de seus antepassados, que dominaram a Europa durante séculos, e que também financiaram a carreira do próprio Haydn.

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonie nº 101, D- Dur, “Die Uhr”, Symphonie nº 102, B – Dur

1 – Symphonie nº 101 D Dur “Die Uhr” – Adagio – Presto
2 – Symphonie nº 101 D Dur “Die Uhr” – Andante
3 – Symphonie nº 101 D Dur “Die Uhr” – Menuetto – Allegretto – Trio
4 – Symphonie nº 101 D Dur Die “Uhr” – Finale_Vivace
5 – Symphonie nº 102 B Dur – Largo – Vivace
6 – Symphonie nº 102 B Dur – Adagio
7 – Symphonie nº 102 B Dur – Menuetto – Aleretto – Trio
8 – Symphonie nº 102 B Dur – Finale – Presto

Concertgebouw Orchestra, Amsterdam
Nikolaus Harnoncourt – Dirigent

BAIXE AQUI

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784) – Sinfonias e Concerto para Cravo

Todos os sites que procurei e todas as críticas que li deram 5 estrelas a este esplêndido CD com a música orquestral de W.F. Bach, nosso irmão – meu e de F.D.P. Não é para menos. Para se apaixonar logo, sugiro começar pelos dois Adágios e Fugas, faixas 4-5 e 9-10. A Akademie für Alte Musik Berlin é um conjunto de indescrítivel perfeição e senso de estilo. Grande música!

P.Q.P. Bach.

W. F. Bach :
Symphonies Fk 64 et 67 ;
Concerto pour clavecin Fk 43 ;
Adagio et Fugue en ré mineur Fk 65 ;
Adagio et fugue en fa mineur

Raphael Alperman, clavecin (soliste Concerto)
Akademie für Alte Musik Berlin,
premier violon Stephan Mai

Harmonia Mundi HMC 901772 (65 min 54 s)

1.Sinfonie D-dur Fk 64 W.F.Bach – Allegro e maestoso
2.Sinfonie D-dur Fk 64 W.F.Bach – Andante
3.Sinfonie D-dur Fk 64 W.F.Bach – Vivace

4.Adagio d-moll Fk 65 W.F. Bach
5.Fuge d-moll Fk 65 W.F. Bach

6.Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43 W.F. Bach – Allegretto
7.Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43 W.F. Bach – Adagio
8.Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43 W.F. Bach – Allegro assai

9.Trio & Adagio f-moll W.F. Bach
10.Fuge f-moll W.F. Bach

11.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Vivace
12.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Andante
13.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Allegro
14.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Menuetto I & II

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Fantasy for Piano, Chorus and Orchestra in C minor, op.80

Havia prometido já há alguns meses atrás de postar esta obra de Beethoven, para completar o ciclo das obras para piano e orquestra, com a interpretação do Pollini. Finalmente consegui localizar o cd, e, portanto, estou disponibilizando-a para nossos ouvintes/leitores.
Enfim, Beethoven em sua maturidade, unindo três elementos fundamentais, voz, piano e orquestra, tão caros a nós. Obra pouco extensa, porém com todos os elementos que nos fazem admirar o gênio de Bonn cada vez mais.

Fantasy for Piano, Chorus and Orchestra in C minor, op.80

1 – Adagio – Finale
2 – Allegro – Meno allegro – Allegro molto
3 – Adagio ma non troppo
4 – Marcia, assai vivace – Allegro
5 – Allegretto, ma non troppo – (quasi Andante con moto)
6 – Presto

Gabriela Lechner & Gretchen Eder – Sopranos
Elizabeth Mach – Contralto
Jorge Pita & Andreas Esders – Tenors
Gerhard Eder – Baixo
Maurizio Pollini – Piano
Wiener Philarmoniker
Konzertvereinigung Wiener Philarmoniker
Claudio Abbado – Director

BAIXE AQUI

[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

Modest Mussorgsky (1839 – 1881) e outros compositores – Quadros de uma Exposição e outras peças

Tecnicamente, há muitos erros neste famoso “Recital de Sofia (1958)”, a cargo do imenso pianista soviético Sviatoslav Richter. Mas é difícil criticar suas interpretações. Não sou um grande entusiasta das gravações históricas – nasci ouvindo a Rádio da UFRGS tocar Villa-Lobos por Villa-Lobos, Bartók por Bartók, Rachmaninov por Rachmaninov, além das interpretações de grandes personagens como o péssimo Pablo Casals, grande e importante personalidade espanhola, sempre desafinado e fora do tempo ao violoncelo – e sempre detestei aqueles chiados e a desafinação de alguns autores ou intérpretes do passado. Mas, sabem, como não sou coerente mesmo, adoro este recital com erros e som apenas regular. Com S. Richter, passo a gostar até dos tossidos da platéia búlgara… É que ele interpreta, seu piano canta de verdade… e eu me desmilinguo….

P.Q.P. Bach.

The Sofia Recital, 1958

Pictures at an Exhibition, for piano

1. Promenade. Allegro giusto, nel modo rustico, senza allegrezza, ma poco sostenuto – attacca
2. Gnomus.Sempre vivo
3. Promenade.Moderato commodo assai e con delicatezza – attacca
4. The Old Castle
5. Promenade
6. The Tuileries Gardens.Allegretto non troppo troppo,capriccioso
7. Bydlo.Sempre moderato,pesante
8. Promenade.Tranquillo – attacca
9. Ballet of the Chickens in Their Shells
10. Samuel Goldenberg and Schmuyle. Andante. Grave-energico – Andantino
11. Promenade. Allegro giusto,nel modo russico, poco sostenuto – attacca
12. The Market-place at Limoges.Allegretto vivo,sempre scherzando – attacca
13. The Catacombs (Sepulchrum romanum)
14. Cum mortuis in lingua mortua
15. The Hut on Fowl’s Legs (Baba-Yaga).Allegro con brio,feroce – Andante mosso – Allegro molto – attacca
16. The Great Gate of Kiev.Allegro alla breve.Maestoso.Con grandezza
Composed by Modest Mussorgsky
with Sviatoslav Teofilovich Richter

17. Moment musical for piano in C major, D. 780/1 (Op. 94/1) No.1 in C (Moderato)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

18. Impromptu for piano in E flat major, D. 899/2 (Op. 90/2)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

19. Impromptu for piano in A flat major, D. 899/4 (Op. 90/4)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

20. Etude for piano No. 3 in E major (“Tristesse” / “L’intimité”) Op. 10/3, B. 74
Composed by Fryderyk Chopin
with Sviatoslav Teofilovich Richter

21 Valses Oubliées (4) for piano, No. 1 in F sharp major, S215/1
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

22. Valse Oubliée for piano No. 2, S215/2
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

23. Transcendental Etude after Paganini for piano, “La chasse,” S140/5 – No.5 Feux follets (Allegretto)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

24. Harmonies du soir, for piano (Transcendental Etude No. 11 – Andantino), S. 139/11 (LW A172/11)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Sinfonias nº 98 e nº 99

Small

Os três colaboradores deste blog já declararam inúmeras vezes sua admiração pelo regente austríaco Nikolaus Harnouncourt (Johann Nicolaus Graf de la Fontaine und d’Harnoncourt-Unverzagt, esse é seu nome completo), por considerá-lo um dos melhores da atualidade. Além de ser extremamente versátil, seja regendo Bach (suas gravações das cantatas são referência), Haydn ou Beethoven, ele sempre consegue a mesma qualidade de interpretação.
Pois bem, teremos a partir desta postagem uma overdose de Harnoncourt. As sinfonias que ainda faltam serem postadas de Haydn estarão sob sua direção, e mais a frente teremos uma outra integral bem famosa, que também estará sob sua direção. Quem viver, verá.
Comecemos, então pelas sinfonias de Haydn, nº98 e de nº99. Harnoncourt estará aqui regendo a Royal Concertgebow Orchestra, com a qual gravou diversas das sinfonias de Haydn, incluindo este ciclo das Sinfonias de Londres.
Uma curiosidade: ele descende de nobres, pois sua mãe era simplesmente neta do Arquiduque Johann de Habsburg. Chique, não acham?

Franz-Joseph Haydn – Symphonies nº 98 in B Dur and nº99 in Es Dur

1 – Symphonie nº 98 in B Dur – Adagio – Allegro
2 – Symphonie nº 98 in B Dur – Adagio Cantabile
3 – Symphonie nº 98 in B Dur – Menuetto – Trio
4 – Symphonie nº 98 in B Dur – Finale – Presto
5 – Symphonie n 99 in Es Dur – Adagio – Vivace Assai
6 – Symphonie n 99 in Es Dur – Adagio
7 – Symphonie n 99 in Es Dur – Menuetto – Alleretto – Trio
8 – Symphonie n 99 in Es Dur – Finale – Vivace

Royal Concertgebouw Orchestra
Nikolaus Harnoncourt – Direktor

BAIXE AQUI

J.S. Bach (1685-1750) – Missa em Si Menor, BWV 232, primeira versão

Mais planos deste que vos fala. Ah, quem vos fala é P.Q.P. Bach.

– Hoje, a versão verdadeiramente monumental – e talvez um pouquinho arrastada – de Celibidache;
– em 1º de novembro, a versão quase-perfeita de Harnoncourt;
– a de Gardiner, só tenho em vinil e acho-a tão parecida com a de Harnoncourt que não valeria a pena postar;
– em 1º de dezembro, a versão ultra-camarística e boa, muito boa, de Parrot;
– a de Richter fica de fora por ser decididamente patchy e
– em 1º de janeiro, a versão perfeita de Leonhardt.

Isto até o momento… E na minha opinião perfeitamente contestável.

Consulte qualquer enciclopédia de música, leia qualquer musicólogo, acesse o Google e você concluirá que muita gente considera a Missa em Si Menor, BWV 232, uma das maiores obras já compostas. Grande parte daqueles comentaristas que tem o viciante hábito de criar classificações de maiores e melhores, costumam colocar a Missa como a maior obra musical de todos os tempos. Não gosto deste tipo de afirmativa e estou treinando intimamente para não sair impondo às pessoas frases do tipo “é um grande filme”, “é o maior dos livros”, etc. Melhor antecedê-las de um “em minha opinião…” ou “penso que…”, etc.

Tenho ouvido a Missa desde minha adolescência e parece-me que sempre descubro nela um detalhe a mais, um novo encanto. Voltei a ouvi-la ontem e, por quase duas horas, acreditei em Deus. A noção de divindade sempre evitou este cético que vos escreve, mas, como afirmou o também descrente Ingmar Bergman, é impossível ignorar que Bach (1685-1750) nos convence do contrário através de sua arte perfeita.

A grandeza da Missa não é casual. Bach escreveu-a em 1733 (revisou-a em 1749) com a intenção de que ela fosse uma obra ecumênica. Seria a coroação de sua carreira de compositor sacro. Suas outras obras sacras (Missas, Oratórios, Paixões, Cantatas, etc.) foram sempre compostas em alemão e apresentadas em igrejas luteranas, porém na Missa Bach usa o latim que, em sua opinião, seria mais cosmopolita e poderia trafegar entre outras religiões, principalmente a católica. O texto utilizado não foi o das missas de sua época, é mais antigo e inclui alguns versos retirados após a Reforma, como o significativo Unam sanctam Catholicam et apostolicam Ecclesiam, que é cantado no Credo. É como se Bach pretendesse demonstrar a possibilidade de entendimento entre católicos e protestantes. Curiosamente, esta obra tão profundamente erudita e religiosa, é hoje mais apresentada em salas de concertos do que em igrejas, pois suas necessidades de tempo (105 a 120 minutos) e de grupo de executantes são maiores do que as igrejas normalmente dispõem. Não obstante este problema, Bach consegue transformar tanto as salas de concerto quanto nossas casas em locais de devoção – musical ou religiosa.

(continuo o texto em 1º de novembro)

1. Chorus: Kyrie Eleison
2. Duet: Christe Eleison
3. Chorus: Kyrie Eleison
4. Chorus: Gloria In Excelsis
5. Chorus: Et In Terrra Pax
6. Aria: Laudamus Te
7. Chorus: Gratias Agimus Tibi
8. Duet: Domine Deus
9. Chorus: Qui Tollis Peccata Mundi
10. Aria: Qui Sedes Ad Dexteram Patris
11. Aria: Quoniam Tu Solus Sanctus
12. Chorus: Cum Sancto Spiritu

13. Chorus: Credo In Unum Deum
14. Chorus: Credo In Unum Deum, Patrem Omnipotentem
15. Duet: Et In Unum Dominum
16. Chorus: Et Incarnatus Est
17. Chorus: Crucifixus
18. Chorus: Et Resurrexit
19. Aria: Et In Spiritum Sanctum
20. Chorus: Confiteor
21. Chorus: Et Exspecto Resurrectionem
22. Chorus: Sanctum
23. Chorus: Osanna In Excelsis
24. Aria: Benedictus Qui Venit
25. Chorus: Osanna (Da Capo)
26. Aria: Agnus Dei
27. Chorus: Dona Nobis Pacem

Soprano: Barbara Bonney;
Mezzo-soprano: Ruxandra Donose;
Alto: Cornelia Wulkopf;
Tenor: Peter Schreier;
Baritone: Yaron Windmüller;
Bass: Anton Scharinger
Orchestra/Ensemble: Münchner Philharmoniker Bach Choir of the Johannes Gutenberg University Mainz (Chorus Master: Joshard Daus)
Conductor: Sergiu Celibidache

Parte 1: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 2: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 3: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 4: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

São duas horas de música. O motivo de tantos downloads é eu ter baixado a coisa em 320 kbps. Um exagero desnecessário. Enganei-me. Para deixar tudo certinho é só baixar todas as quatro partes num diretório e descompactar o primeiro arquivo. O WinRar tratará de encontrar os outros. SE VALE A PENA? CLARO QUE VALE!!!!

.: interlúdio :.

A carreira de Mingus foi tão prolífica quanto polêmica. “The Underdog”, não raramente, saía a socos com os músicos nas sessões de gravação – ou mesmo no palco. Dos gênios do jazz moderno, talvez tenha sido o que pagou mais caro pelo dom. A personalidade difícil, de altos períodos criativos alternados à depressões infrutíferas – passando por comunicações com Deus e lutas raciais – não impediu que fosse um compositor e arranjador único, ambicioso e visionário.

Mingus trabalhava suas bandas não só baseado na técnica dos músicos, mas também em suas personalidades; partia de um princípio humano para as jam sessions e freqüentemente escalava desconhecidos ou iniciantes. Do amálgama, trabalhava composições onde mesclava suas referências – Ellington, as big bands de New Orleans – ao bop, criando um tipo de jazz inovador, aberto, flertando com o atonal e cimentando o free jazz com quase uma década de antecedência.

O primeiro vôo alto de Mingus – onde ele pôde realizar um trabalho onde teve total domínio – foi Pithecantropus Erectus, de 1956. A faixa-título, considerada um marco do jazz, pretende contar a evolução e o declínio do homem; num dos riffs mais silentes e marcantes do estilo, evoluem solos ousados, harmônicos e desencontrados, num equilíbrio poucas vezes ouvido. O riff, aliás, era uma das poucas coisas que Mingus tinha em mente ao chegar no estúdio, além de alguma idéia para as progressões. O resto, como de fato é o homem, saiu de improviso. Mingus, um baixista generoso, cria uma verdadeira cama onde os solistas se deitam e sonham e assim é “A Foggy Day (In San Francisco)”, tema londrino e melancólico dos Gershwein transformado em upbeat parade (com direito a “city sounds” – apitos, estrilos, buzinas produzidos nos instrumentos musicais – a interferir na canção. “Profile of Jackie” é a balada curta; um lamento tranqüilo em camadas de freqüência bastante distintas, onde sobressai-se o talento do baixista sobre o compositor. No fecho, a extensa “Love Chant” traz uma linha de piano hipnótica e majestosamente modal, composta por Mingus e executada com o suingue de Waldron, progredindo em ritmo e melodia; o objetivo confesso do autor era criar poemas jazzísticos, e de fato seus temas são altamente visuais. A atonalidade é usada como o caos interfere no andamento da vida. A arte de Mingus sempre foi a de elevar a narrativa humana usando a música.

De todos os grandes do jazz, Mingus é de verve mais complexa e cheia de idiossincrasias. Pithecantropus Erectus é um ótimo começo para recém-chegados e o deleite de sempre para velhos conhecidos. Rip em 320kbps; todos os timbres estão aí, vocês vão notar de cara.

Minguspith200 Charles Mingus – Pithecantropus Erectus (320)
Charles Mingus: bass
Jackie McLean: alto saxophone
J.R. Monterose: tenor saxophone
Mal Waldron: piano
Willie Jones: drums

Produzido por Nesuhi Ertegun para a Atlantic

download AQUI – 83 mB
01 Pithecanthropus Erectus – 10’36
02 A Foggy Day (G. Gershwin, I. Gershwin) – 7’50
03 Profile of Jackie – 3’11
04 Love Chant – 14’59

Boa audição!
Blue Dog

Maurice Ravel (1875-1937) – Ma Mère l´Oye, Une Barque sur l´océan, Alborada del Gracioso, Rapsodie espagnole, Boléro

Capa+recortada

Continuemos com os franceses, portanto. Em sua postagem anterior, nossa querida Clara Schumann optou por um Debussy nas mãos de Baremboim, num período em que este regente fez um belo trabalho frente à Orquestra de Paris.

FDP infelizmente deu de presente as versão do famigerado “Bolero”, de Ravel, na interpretação do mesmo Baremboim, frente à mesma orquestra. Dentre as inúmeras versões que ouviu dessa obra, essa versão foi a que mais lhe satisfez. O andamento conseguido pelo argentino foi o que mais lhe agradou, nem muito lento, nem muito rápido.

Eis que, em certa viagem feita a São Paulo já há alguns anos, encontrou em promoção esse maravilhoso cd, onde o grande Pierre Boulez interpreta Ravel, frente à Filarmônica de Berlim. Um francês regendo um francês, sim, era o que procurava, mesmo que estivesse frente à poderosa Filarmônica de Berlim. Nestes momentos é que podemos ver a versatilidade desta orquestra. Reconheço que a versão que Karajan fez desse mesmo Bolero frente à esta mesma orquestra não me satisfez nem um pouco. Achei-a um tanto pesada. Enfim, questão de gosto.

Serei um pouco mais generoso nessa postagem. Vou colocar junto o libreto em formato .pdf, com artigo bem elucidativo, claro, com a qualidade tradicional da Deutsche Grammophon. Com a famigerada capa, é claro…

Maurice Ravel (1875-1937) – Ma Mére l´Oye, Une Barque sur l´océan, Alborada del Gracioso, Rapsodie Espagnole, Boléro

01 – Ma Mére l´Oye – Prelude- Très lent

02 -Ma Mére l´Oye -Danse du rouet et scène- Allegro

03 -Ma Mére l´Oye -Pavane de la belle au bois dormant- Mouvement de Valse modéré

04 -Ma Mére l´Oye -Les entretiens de la Belle et la Bête- Mouvement de Valse modéré

05 -Ma Mére l´Oye -Petit Poucet- Très modéré

06 -Ma Mére l´Oye -Interlude

07 -Ma Mére l´Oye -Très Modé

08 – Ma Mére l´Oye – Apothése- Le jardin féerique- Lent et grave

09 – Une Barque sur L´océan – Très souple de rythme

10 – Alborada del Gracioso – assez vif

11 – Rapsodie espagnole – Prelude à la nuit- Très modéré

12 – Rapsodie espagnole – Malagneña- Assez vif

13 – Rapsodie espagnole – Habanera- Assez lent et d’un rythme las

14 – Rapsodie espagnole – Assez animé

15 – Boléro – Tempo di Bolero moderato assai

CD – BAIXE AQUI
LIBRETO – BAIXE AQUI

Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music – (CD 7 de 11) – Piano Quartet in A Major, op. 26, e Piano Trio nº 4, in A Major, Op. phost.

Volto às obras de câmera de Brahms, depois de alguns meses. Curiosamente, descobri que estou sem o cd 6 desta integral da Philips, ou emprestei para algum amigo da onça que nunca devolveu, ou ele se perdeu nas brumas do passado. Mas vou compensar, trazendo algumas gravações que possuo da integral da DG.
Bem, sei que o Quarteto op. 26 já foi postado, mas como pretendia dar seqüência à serie, resolvi postar novamente. E junto à ele, teremos um trio póstumo.
A interpretação, como de praxe nessa série da Phillips, está a cargo do Beaux Arts Trio.

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Quartet in A Major, op. 26, e Piano Trio nº 4, in A Major, Op. phost.

Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – I. Allegro non troppo
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – II. Poco adagio
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – III. Scherzo. Poco allegro
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – IV. Finale. Allegro
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – I. Moderato
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – II. Vivace
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – III. Lento
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – IV. Presto

Beaux Arts Trio
Walter Tampler – viola

BAIXE AQUI

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Sinfonia Nº 5 e Sinfonia de Câmara

Hoje, dia 25, faz 101 anos que Shostakovich nasceu. P.Q.P. Bach lembrou e homenageia o mais humano dos compositores. Utilizamos versões clássicas um CD de versões clássicas a cargo de Leonard Bernstein e de Rudolf Barshai.

Sinfonia Nº 5, Op. 47 (1937)

Porta de entrada mais utilizada para Shostakovich, a Sinfonia N° 5 é sua obra mais popular. Recebeu incontáveis gravações e não é para menos. O público costuma torcer o nariz para obras mais modernas e aqui o compositor retorna no tempo para compor uma grande sinfonia ao estilo do século XIX. Sim, é em ré menor e possui quatro movimentos, tendo bem no meio um scherzo (o Alegretto) composto por um Haydn mais parrudo. Mesmo para os aficcionados, é uma obra apetitosa, por transformar a linguagem do compositor em algo mais sonhador do que o habitual. Foi a primeira sinfonia de Shostakovich que ouvi. Meu pai a trouxe dizendo que era uma sinfonia muito melhor que as de Prokofiev, exceção feita à Nº 1, Clássica, que ele, outro clássico, amava. Alguns consideram a quinta uma grande paródia; eu a vejo como uma homenagem ao glorioso passado sinfônico do século anterior. A abertura e a coda do último movimento (Allegro non troppo) costuma aparecer, com boa freqüência, em programas de rádio que se querem sérios e influentes…

Chamber Symphony

Sim, sim, não me culpem. É a quinta vez que publicamos esta pequena sinfonia de câmara, na verdade um arranjo do extraordinário Quarteto Nº 8 de Shosta. O que posso fazer se tal obra tornou-se a sobremesa padrão de muitos CDs? É uma iguaria triste, com um estranho gosto de morte, mas bela, muito bela. Houve uma postagem de três versões muito diferentes entre si num só arquivo (lembram?) e depois ela retornou naquele CD funéreo que também apresentava A Morte e a Donzela de Schubert. É grande música, vale a pena ouvir e reouvir.

P.Q.P. Bach.

1. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Moderato
2. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Allegretto
3. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Largo
4. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Allegro non troppo

Composer: Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)
Period: 20th Century
Form / Genre: Symphony
Written: 1937
Country: USSR
Recorded: 07/1979
Studio / Live: Live
Venue: Bunka Kaikan, Tokyo, Japan
Conductor – Ensemble: Bernstein, Leonard – New York Philharmonic

5. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Largo
6. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Allegro molto
7. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Allegretto
8. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Largo
9. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Largo

Composer: Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)
Period: 20th Century
Form / Genre: Symphony
Written: 1960
Country: USSR
Recorded: 11/1995
Studio / Live: Studio
Venue: Concert Hall, Art Tower Mito, Japan
Conductor – Ensemble: Barshai, Rudolf – Mito Chamber Orchestra
This work is Rudolf Barshai’s 1960 arrangement of Shostakovich’s String Quartet No. 8.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Giuseppe Tartini (1692 – 1770) – Il Trillo del Diavolo e outras peças

Num CD de uma das novas estrelas do barroco especialista em instrumentos originais – o violinista Andrew Manze – trazemos a famosa Devil`s Sonata ou a Sonata Il Trillo del Diavolo de Giuseppe Tartini. O curioso desta excelente gravação é que Manze a interpreta, assim como às outras obras de Tartini que constam no neste CD da Harmonia Mundi France, em versão solo.

Tal postura não é nada diabólica, nem do outro mundo. Afinal, o próprio Tartini escreveu:

“Em minhas pequenas sonatas às vezes utilizo o baixo contínuo apenas per cerimonia. O correto é tocá-las sem o baixo contínuo.”

Mas o habitual é ouvir-se a Sonata acompanhada – até ostensivamente! – por cravo ou viola da gamba mais cravo ou por piano.

A seguir, em itálico, deixo uma notícia biográfica de Tartini retirada daqui.

Giuseppe Tartini nasceu em Pirano d’Istria (Itália) a 8 de abril de 1692. Muito cedo recebeu as primeiras lições de música e violino. Mas até os vinte anos pouco se interessou pela arte, dedicando-se ao estudo de direito na universidade de Pádua. Sua vida de jovem aristocrata sofreu brusca mudança ao casar-se secretamente com a sobrinha de um cardeal, o que lhe valeu ordem de prisão. Disfarçado de frade, Tartini conseguiu evadir-se, encontrando refúgio no convento dos franciscanos de Assis.

Perdoado pelo cardeal, Tartini voltou em Pádua à companhia da esposa, iniciando então a carreira de concertista. O sucesso enorme atraiu-lhe inúmeros discípulos de vários países, fundando ele uma escola de violino em Pádua (1728), logo denominada Escola das Nações. Adquiriu grande reputação como virtuoso e professor, onde teve Nardini com aluno. Tartini morreu em Pádua a 26 de fevereiro de 1770.

Durante o seu retiro, Tartini entregou-se intensamente ao estudo do violino, inclusive pesquisando novas possibilidades sonoras do instrumento. Ao mesmo tempo dedicado à composição, escreveu a célebre Sonata n.º 2 Op. 1 – Trilos do Diabo, cujo apelido provém do espantoso encadeamento de trilos no terceiro movimento. Segundo depoimento que o compositor fez a Lalande – e que este reproduziu durante a sua Viagem à Itália (1790) – a realização dessa sonata teria sido sugerida em sonho pelo próprio demônio. Até hoje a obra permanece como “peça de resistência” no repertório dos virtuoses.

Seu devotamento ao ensino resultou na feitura de trabalhos didáticos, entre os quais o Tratado de música segundo a verdadeira ciência da harmonia (1754). Além de ser o maior violinista do século XVIII, Tartini distingui-se como compositor responsável pela evolução do concerto e da sonata. São as sonatas que mais lhe valem a dupla glória de intérprete e criador. Entre elas se destacam a Sonata n.º 11 em sol menor Op. 11 – Didone, a Sonata n.º 1 em si bemol maior Op. 6 – Imperador, além da já mencionada Sonata n.º 2 Op. 1 – Trilos do diabo. Também são notáveis as Variações sobre um tema de Corelli.

P.Q.P. Bach, de volta.

1. La Sonata del Diavolo in G Minor – Largo
2. La Sonata del Diavolo in G Minor – Allegro
3. La Sonata del Diavolo in G Minor – Andante, Allegro, Adagio

4. L’arte del Arco – Theme & variation 1
5. L’arte del Arco – Variations 2 & 4
6. L’arte del Arco – Variations 9, 15, & 12
7. L’arte del Arco – Variatios 10 & 20
8. L’arte del Arco – Variation 29
9. L’arte del Arco – Variation 30
10. L’arte del Arco – Variation 33
11. L’arte del Arco – Variation 34
12. L’arte del Arco – Variation 23
13. L’arte del Arco – Variation 38

14. Sonata in A minor – Cantabile
15. Sonata in A minor – Allegro
16. Sonata in A minor – Andante
17. Sonata in A minor – Giga
18. Sonata in A minor – Aria (with variations)
19. Sonata in A minor – Variation 1
20. Sonata in A minor – Variation 2
21. Sonata in A minor – Variation 3
22. Sonata in A minor – Variation 4
23. Sonata in A minor – Variation 5

24. Pastorale for violin in scordatura – Grave
25. Pastorale for violin in scordatura – Allegro
26. Pastorale for violin in scordatura – Largo, Presto, Andante

Andrew Manze. violino solo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Antonin Dvorak (1841-1904) – Violin Concerto in A Minor, op. 53, Edward Elgar, Violin Sonata in E Minor, op. 82

Esta postagem é uma pequena provocação para meu irmão PQP Bach, que admite não nutrir muitos amores por Antonin Dvorak. Fiz um desafio à ele, então: ouvir com atenção esse concerto para violino. Creio que após essa audição, ele irá rever seu conceito sobre este magnífico compositor.
A provocação também diz respeito ao mais venerado violinista da atualidade, Maxim Vengerov. Alguns críticos o comparam até a David Oistrakh (um pouco exagerada esta comparação). PQP Bach já confessou inúmeras vezes sua veneração a este genial, e ainda jovem, violinista… e sua interpretação deste concerto beira as raias da perfeição. Portanto, deixemos que Vengerov se encarregue desta missão, a saber, fazer com que PQP venha a se interessar mais por esse compositor único. Assim, ele poderá encarar as sinfonias que virão por aí…
Juntamente com o concerto, Vengerov interpreta uma belíssima e sensível sonata para violino de Edward Elgar.

Antonin Dvorak – Violin Concerto in A Minor, op. 53

1 – Allegro ma non troppo
2- Adagio ma non troppo
3 – Allegro giocoso, ma non troppo

Maxim Vengerov – violino
New York Philarmonic Orchestra
Kurt Masur – Conductor

Edward Elgar – Sonata for violin & piano in E minor, Op. 82

4 – Allegro
5 – Andante
6 – Allegro non troppo

Maxim Vengerov – Violino
Revital Chachamov – Piano

BAIXE AQUI

Camargo Guarnieri (1907-1993) – Concertos Nros. 3 e 4 para Piano e Orquestra

Antes de retirar-se por uns dez dias, P.Q.P. Bach deixa vocês com um CD de música brasileira da melhor qualidade. Estas gravações realizadas em 1969 e 1974 na Sala Cecília Meireles dão um panorama claro de qualidade da obra do paulista Mozart Camargo Guarnieri.

A obra musical de Camargo Guarnieri – importante compositor de nossa corrente nacionalista – é formada por mais de setecentas obras e ele é o segundo erudito brasileiro mais executado no mundo, superado apenas por Villa-Lobos.

Seu centenário, ocorrido a 1º de fevereiro deste ano foi esquecido e as homenagens, mesmo as de artistas brasileiros, quase inexistentes. Uma série de concertos em Brasília e pouca coisa em São Paulo. Enquanto isso, no exterior, a Naxos dedica-se cada vez mais a gravar seus concertos, sinfonias e suítes. Nada que me surpreenda. Quando vierem artistas estrangeiros interpretarem para nós Camargo Guarnieri, talvez o vejamos com maior consideração; afinal alguns latino-americanos parecem precisar que seus bens culturais sejam antes avalizados fora do país. Não é nosso caso. Então, fazemos aqui nossa homenagem ao grande amigo de Mario de Andrade e filho do imigrante Miguel Guarnieri, que batizava seus filhos com o nome de grandes músicos.

Concertos Nros. 3 e 4 para Piano e Orquestra

01. Concerto n° 4 para Piano e Orquestra – Resoluto
02. Concerto n° 4 para Piano e Orquestra – Profundamente triste – Vivo – Profundamente triste
03. Concerto n° 4 para Piano e Orquestra – Rápido

04. Concerto n° 3 para Piano e Orquestra – Allegro deciso -magoado
05. Concerto n° 3 para Piano e Orquestra – Festivo

Piano, Laís de Souza Brasil
Camargo Guarnieri, regência
Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Anton Bruckner (1824-1896) – Integral das Sinfonias – Sinfonia Nro. 4 – “Romântica”

A partir daqui teremos uma sucessão de grandes sinfonias, talvez a maior delas.

O livro História da Música Ocidental – um enorme calhamaço de mais de 1000 páginas –, de Jean e Brigitte Massin, divide as sinfonias de Bruckner em 3 períodos:

– As sinfonias de 00, 0, 1, 2 e 3 seriam as trágicas;
– As sinfonias de 4, 5 e 6 seriam as românticas (apesar de que a Quinta é conhecida também como “Católica”);
– e da sétima em diante seriam as espirituais ou de inspiração religiosa.

Estou ouvindo cada sinfonia antes de postá-las aqui e, apesar de minha má vontade, acabei me dobrando à classificação proposta pelo livro. É chocante a diferença que há entre a terceira e esta quarta sinfonia, a primeira das obras-primas de Bruckner e a mais fácil porta de entrada para seu mundo.

Fiquei na dúvida sobre a versão que postaria, ouvi várias vezes cada uma delas. Descartei de cara Jochum, prefiro-o na oitava e nas Missas, encantei-me com a incrível sonoridade da gravação de 1965 da Orquestra do Concertgebouw de Amsterdan com Bernard Haitink (1929) e pela extraordinária interpretação registrada ao vivo nos anos 90, tendo como protagonista o grande e quase desconhecido no Brasil Günter Wand (1912-2002) que, por sinal, gravou várias sinfonias de Bruckner que estão disponíveis em DVD. Entre a força interpretativa do bem humorado velhinho Wand e o som da orquestra de Haitink fiquei… com os dois.

Um conselho? Baixem as duas versões e comparem!

Vamos lá, então.

P.Q.P. Bach.

Sinfonia Nº 4 em mi bemol maior “Romântica”, de Anton Bruckner.

1. Bewegt, nicht zu schnell
2. Andante quasi Allegretto
3. Scherzo. Bewegt Trio. Nicht zu schnell, keinesfalls schleppend
4. Finale. Bewegt, doch nicht zu schell

Primeira alternativa:
NDR Sinfonieorchester (Live Recording)
Reg.: Günter Wand

BAIXE O WAND AQUI – DOWNLOAD WAND HERE

Segunda alternativa:
Royal Concertgebouw Orchestra
Reg.: Bernard Haitink

BAIXE O HAITINK AQUI – DOWNLOAD HAITINK HERE

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonies 90, in C, e 93, in D

Bruggen
FDP volta ás sinfonias de Haydn. Desta vez, são as sinfonias de nº 90 e de nº93. A interpretação desta vez está a cargo de Fanz Brüggen e sua Orchestre of the 18th Century, também especializada em interpretações com instrumentos originais.
Enjoy it.

Symphony nº 90 in C

1 – Adagio – Allegro Assai
2 – Andante
3 – Menuet
4 – Finale (Allegro assai)

Symphony nº 93 in D

1 – Adagio – Allegro assai
2 – Largo cantabile
3 – Menuetto (Allegro)
4 – Finale (Presto ma non troppo)

Orchestre of the 18th Century
Frans Brüggen

BAIXE AQUI