Francesco Geminiani (1687-1762) – Concerti Grossi

Ninguém mais suportava a ausência de Geminiani neste blog. As pressões eram demasiadas e fui obrigado a me curvar.

Mas, falando sério, gosto muito deste aluno de Corelli, cuja notícia bibliografica coloco abaixo. Sua música é agradável e, desde algumas antigas gravações de Hogwood, passei a admirar Geminiani, principalmente quando interpretado em instrumentos originais e sob uma orquestra com tesão como a Tafelmusik de Jeanne Lamon.

Francesco Geminiani nasceu em Lucca (Itália), em dezembro de 1687. Aluno de Corelli em Roma, foi, ao que parece, um virtuose extraordinário. Mas o seu estilo exuberante poderia parecer excêntrico se tomássemos como referência o nobre classicismo do seu professor. A grande vivacidade de seu temperamento, a falta de compasso, fecharam-lhe as portas da carreira de mestre de capela (perdeu a direção da Ópera de Nápoles, cujos músicos não conseguiam acompanhar a sua batuta fantasista).

Em 1714, fixou-se na Inglaterra, onde se apresentou com grande êxito, acompanhado por Händel. Entre 1733 e 1740 viveu em Dublin, numa casa magnífica anexa a uma sala de concertos. Aí recebia os seus alunos e dava concertos privados. Durante o resto do tempo viveu em Londres até 1749. Instalou-se então, em Paris, onde montou nas Tulherias, uma peça fantástica espetacular, La forêt enchantée (31 de março de 1754). Em 1755, voltou para Londres e Dublin (Irlanda), onde Geminiani morreu 17 de setembro de 1762.

Geminiani aperfeiçoou consideravelmente a técnica do violino. Não só tocava com à-vontade as obras de Corelli que, na época, eram consideradas difíceis, como acumulava ousadias técnicas nas suas próprias obras. Entre as suas obras teóricas encontra-se um tratado de uma importância considerável, uma vez que encontramos nele todos os princípios da técnica moderna do violino, A arte de tocar o violino: esta obra, escrita em inglês, faz dele o mestre da escola britânica de violino.

Todavia, nas suas composições, é muito menos original do que os seus grandes contemporâneos italianos, nomeadamente Vivaldi ou Tartini. Permaneceu fiel à antiga forma da sonata de igreja que Corelli lhe ensinara, mas sem nunca ter atingido a perfeição e o esplendor das obras de seu mestre. Escreveu 42 sonatas para violino, 18 concertos para violino, concertos grossos, trios, peças para cravo (arranjos de concertos) e 7 obras teóricas.

(Retirado daqui.)

P.Q.P. Bach.

1. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 3: I – Presto
2. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 3: II – Adagio
3. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 3: III – Allegro

4. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 1: I – Andante
5. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 1: II – Allegro
6. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 1: III – Adagio
7. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 1: IV – Allegro

8. Concerto Grosso In A Major, Op. 2, No. 6: I – Andante
9. Concerto Grosso In A Major, Op. 2, No. 6: II – Allegro
10. Concerto Grosso In A Major, Op. 2, No. 6: III – Allegro

11. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 2: I – Adagio
12. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 2: II – Allegro
13. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 2: III – Adagio
14. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 2: IV – Allegro

15. Concerto Grosso In D Major, Op. 2, No. 4: I – Andante
16. Concerto Grosso In D Major, Op. 2, No. 4: II – Allegro
17. Concerto Grosso In D Major, Op. 2, No. 4: III – Adagio
18. Concerto Grosso In D Major, Op. 2, No. 4: IV – Allegro

19. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 5: I – Grave
20. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 5: II – Allegro
21. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 5: III – Adagio
22. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 5: IV – Allegro

23. Concerto Grosso In C Major After Corelli, Op. 5, No. 3: I – Adagio
24. Concerto Grosso In C Major After Corelli, Op. 5, No. 3: II – Allegro
25. Concerto Grosso In C Major After Corelli, Op. 5, No. 3: III – Adagio
26. Concerto Grosso In C Major After Corelli, Op. 5, No. 3: IV – Allegro

27. Concerto Grosso In G Minor After Corelli, Op. 5, No. 5: I – Adagio
28. Concerto Grosso In G Minor After Corelli, Op. 5, No. 5: II – Vivace
29. Concerto Grosso In G Minor After Corelli, Op. 5, No. 5: III – Adagio
30. Concerto Grosso In G Minor After Corelli, Op. 5, No. 5: IV – Allegro

Tafelmusik – Jeanne Lamon

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.: interlúdio :.

Antes de mudar o jazz, o Coltrane pós-Miles Davis Quintet produziu um par de discos de hard-bop. Este é o primeiro deles, considerado a estréia de Trane como músico completo – saxofonista, compositor e band leader.

Blue Train foi gravado no dia 15 de setembro de 1957, e traz como abertura uma das faixas mais memoráveis do estilo, um dos riffs mais grudentos e reconhecíveis do jazz. Ao longo das cinco músicas, apenas um standard; e delas, duas – Moment’s Notice e Lazy Bird – trazem já a marca do ‘Blue Trane’ que surgiria poucos anos depois.

A edição trazida aqui é a de 1997, com dois takes alternativos. Os arquivos .rar são independentes e podem ser extraídos em separado; os takes adicionais estão no segundo pacote.

Blue Train

John Coltrane – Blue Train (320)
John Coltrane: tenor saxophone
Lee Morgan: trumpet
Curtis Fuller: trombone
Paul Chambers: bass
Kenny Drew: piano
Philly Joe Jones: drums
produzido por Alfred Lion para a Blue Note

download AQUI – parte 1 (93 MB) parte 2 (37 MB)
01 Blue Train – 10’41
02 Moment’s Notice – 9’09
03 Locomotion – 7’13
04 I’m Old Fashioned (Kern, Mercer) – 7’57
05 Lazy Bird – 7’05
06 Blue Train alt take – 9’56
07 Lazy Bird alt take – 7’14

Boa audição!
Blue Dog

.: interlúdio :.

Quando souberam que eu possuía esse CD, PQP Bach e Blue Dog me intimaram a postá-lo. Portanto, eis Ah Um!, do Charles Mingus, um dos maiores discos da história do Jazz. Só a faixa 2, “Good Bye Pork Pie Hat”, composta em homenagem ao grande Lester Young, um dos maiores sax tenor da história, já vale o CD. Juntamente com os arquivos das músicas, coloquei o libreto, que escaneei e converti para .pdf, para todos terem acesso a maiores informações.

Charles Mingus – Ah Um !

1. Better Git It In Your Soul
2. Goodbye Pork Pie Hat
3. Boogie Stop Shuffle
4. Self-Portrait In Three Colors
5. Open Letter To Duke
6. Bird Calls
7. Fables Of Faubus
8. Pussy Cat Dues
9. Jelly Roll
10. Pedal Point Blues
11. GG Train
12. Girl Of My Dreams

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Divertimenti a otto voci

180px EsterhazybarytonUm excelente Haydn na postagem anterior, este nem tanto. Uma amiga me visitou e me emprestou este estranho CD. Baryton é um estranho instrumento de cordas que havia na corte dos Esterhazy, onde Haydn trabalhava. Tem mais ou menos o tamanho de um violoncelo e parece que é complicadíssimo de tocar. Talvez tão complicado que Haydn escreveu música fácil demais para ele. Você não precisa fugir deste de ouvi-lo, mas saiba que o CD vale apenas pela curiosidade. É música simples, agradável; mas que não garantiria a imortalidade que Haydn possui por seus altos méritos.

P.Q.P. Bach.

Divertimento a 8, for baryton, 2 violins, viola, cello, bass & 2 horns in D major, H. 10/2
1 Allegro Moderato
2 Allegro
3 Allegro: Theme and variations

Divertimento a 8, for baryton, 2 violins, viola, cello, bass & 2 horns in A major, H. 10/6
4 Moderato
5 Adagio
6 Finale: Allegro

Divertimento a 8, for baryton, 2 violins, viola, cello, bass & 2 horns in D major, H. 10/1
7 Allegro
8 Moderato
9 Presto Rondo

Divertimento a 8, for baryton, 2 violins, viola, cello, bass & 2 horns in G major, H. 10/4
10 Moderato: Theme and variations
11 Adagio
12 Tempo di menuetto

Ricercar Consort

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Franz Josef Haydn (1732-1809) – “Imperador”, “Quintas” e “Sunrise”

Antes de partir para mais um “completismo”, venho pressurosamente aqui corrigir uma enorme falha em nossa cedeteca de mais de trezentos posts. Não há um quarteto de Haydn!!!

Agora há. Começo postando talvez os três maiores deles, todos do famoso opus 76. Não sei estou sendo original ou não; o fato é que adoro o quarteto das Quintas, principalmente seu minueto. Os minuetos são, em minha opinião, normalmente, a parte mais fraca dos quartetos, mas este é uma espetacular perseguição… O Adagio e o restante também são lindos. E quanto ao Imperador o que dizer??? Que é o quarteto mais conhecido de Haydn? Que virou hino da Alemanha? E o Sunrise que ouço neste minuto? Lindo, não?

Cai o mundo em Porto Alegre. É um toró como há muito não via e a coisa não parece muito para Haydn lá fora. Fiquemos aqui dentro, pois.

P.Q.P. Bach.

String Quartet No. 62 in C major, Op. 76, No. 3, Hob.III:77, “Emperor”
I. Allegro 06:46
II. Poco adagio, cantabile 07:42
III. Menuetto: Allegro 04:45
IV. Finale: Presto 05:26

String Quartet No. 61 in D minor, Op. 76, No. 2, Hob.III:76, “Fifths”
I. Allegro 06:42
II. Andante o piu tosto allegretto 05:18
III. Menuetto: Allegro ma non troppo 03:37
IV. Finale: Vivace assai 04:03

String Quartet No. 63 in B flat major, Op. 76, No. 4, Hob.III:78, “Sunrise”
I. Allegro con spirito 08:08
II. Adagio 05:33
III. Menuetto: Allegro 04:39
IV. Finale: Allegro ma non troppo 04:25

Kodaly Quartet

Total Playing Time: 01:07:04

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Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonie nº 9, in D Minor, op. 125

Falar sobre a Nona sinfonia de Beethoven é chover no molhado. Existem quase dois séculos de pesquisa sobre a obra, uma das últimas de Beethoven, composta quando o mestre já se encontrava surdo. Não entrarei em detalhes mais específicos. Basta digitar sobre o assunto na Wikipedia, no Google, ou onde quer que seja, se encontrarão inúmeras análises, sejam musicais, sejam antropológicas, sejam históricas, ou sei lá mais o que.

Em minha opinião, e creio que esta opinião seja quase unânime (e aí não me importa com a unanimidade burra, de que falava Nelson Rodrigues), é uma das maiores produções do ser humano, uma das maiores obras que o homem já criou desde que botou o pé sobre a terra. Um atestado de que, apesar de tudo, ainda temos esperança. Esperança de um mundo melhor, sem guerras, assassinatos, etc., etc., etc.
Beethoven fecha seu ciclo de sinfonias com chave de ouro, e até hoje ninguém foi capaz de suplantá-la. E nem será… essa obra é a obra maior de um gênio da humanidade. Daqueles que surgem a cada século, e olha lá.
Harnoncourt presta sua homenagem com uma interpretação coerente, firme, sem cair em tentações. O “Arnold Schoenberg Choir” é magnífico, e todos os solistas, apesar de desconhecidos para FDP Bach, sabem o que fazem, e o fazem com muita competência.
Me permitam citar estas belas palavras de Mainard Solomon, em sua clássica biografia:

“A Nona foi percebida por gerações subseqüentes como um modelo insuperável de cultura afirmativa, uma cultura que, por sua beleza e idealismo, acreditam alguns, anestesia a angústia e o terror da vida moderna, interpondo-se assim no caminho de uma percepção realista da sociedade. (…)se perdemos a nossa percepção dos domínios transcendentes de alegria lúdica, beleza e fraternidade que são retratados nas grandes obras afirmativas de nossa cultura, se perdemos o sonho da Nona Sinfonia, não resta um contrapeso para os terrores abissais da civilização, nada a opor a Auschwitz e Vietnã como paradigma das potencialidades da humanidade.” (SOLOMON, Maynard. Beethoven. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1987. p. 419)

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonie nº 9, in D Minor, op. 125

1 – Symphony N°9 en D minor – Allegro ma non troppo, un poco maestoso
2 – Symphony N°9 en D minor – Molto vivace
3 – Symphony N°9 en D minor – Presto, allegro assai
4 – Symphony N°9 en D minor – Presto recitativo – allegro assai alla marcia – allegro ma non troppo

The Chamber Orchestra of Europe
Nikolaus Harnoncourt

Charlotte Margiono – Soprano
Birgitt Remmert – Contralto
Rudolf Schasching – Tenor
Robert Holl – Baixo

Arnold Schoenberg Chor
Erwin Ortner – Chorus Master

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[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

.: interlúdio :.

70261
Um dia emprestei para Blue Dog todos os meus CDs e vinis de Charlie Mingus. Ele é esperto, tem a religião da música e sabe que há coisas tão puras e perfeitas que não deveriam, na verdade, serem confundidas com religião. Só que, na época, eu não tinha esta maravilha chamada Mingus Oh Yeah. Imaginem que Trauriger Hund ficou sem! Isso eu não posso suportar.

Neste disco originalmente de 1962 as faixas só iam até a sétima. Aqui, Mingus está um pouco diferente do normal, pois além de compor as obras-primas de sempre e tocar seu contrabaixo, ele t5ambém é responsável pelos solos de piano e… pelos vocais. Eu duvido que outro disco de jazz – disco original, não antologias – tenha uma seqüência de músicas mais perfeita do que Devil Woman, Wham Bam Thank You Ma’am, Ecclusiastics, Oh Lord Don’t Let Them Drop That Atomic Bomb On Me e Eat That Chicken; com destaque para a inacreditável Ecclusiastics e a engraçadíssima Eat that chicken.

Um CD para ouvir várias vezes em seqüência e depois sair na rua, sabendo-se alguns centímetros mais alto.

P.Q.P. Bach.

P.S.- Vocês já devem ter notado que eu nunca coloco a capa dos CDs em minhas postagens, mas esta é tão legal, né?

Mingus Oh Yeah

1 Hog Callin’ Blues
2 Devil Woman
3 Wham Bam Thank You Ma’am
4 Ecclusiastics
5 Oh Lord Don’t Let Them Drop That Atomic Bomb On Me
6 Eat That Chicken
7 Passions Of A Man
8 “Old” Blues For Walt’s Torin
9 Peggy’s Blue Skylight
10 Invisible Lady

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INÉDITO! SENSACIONAL CONCURSO! GANHE PRÊMIOS COM P.Q.P. BACH!

Uma amiga utilizou uma obra retirada de nosso blog como trilha sonora para um filme que fez com seus alunos. Eles, os alunos, são como nós e têm necessidades especiais, só que as deles são mais aparentes. Foi um trabalho de fim de ano organizado por ela – uma excelente pedagoga – e ficou realmente muito bom. O casamento da música com a ação ficou melhor do que todos os casamentos que tenho observado. O gênero do filme de 6 minutos é o “terrir”.

Bem, mas o que interessa é que o primeiro dos “ouvintes” do PQP que descobrir qual é a obra que toca de cabo a rabo no filme, com compositor, nome da música e movimento, ganhará, INTEIRAMENTE GRÁTIS, o livro Tudo o que você precisa saber sobre Música para nunca passar vergonha, também conhecido como Manual do Blefador (Música), do inglês Peter Gammond. A edição virá assinada pelo autor deste blog… O que é apenas uma das qualidades que o excelente opúsculo cômico apresenta.

E não adianta esperar pelo créditos finais porque pedi para minha amiga retirar quaisquer referências a compositor e obra utilizada.

O primeiro comentarista que escrever o que é ouvido no filme será o vencedor. Os casos omissos, problemáticos e dúbios serão decididos por nossa comissão julgadora, a qual é formada apenas por mim, P.Q.P. Bach. Desde já, a comissão alerta que estará se lixando para as reclamações. A comissão, aliás, comunica que está indo ao cinema e só apontará o vencedor, se houver, quando de seu retorno.

BAIXE O FILME AQUI – BOA SORTE

Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonies n 4, in B Flat Major, op. 60, nº 7 in A Major, op. 92

Serei breve, pois quero aproveitar o belo feriado ensolarado que está fazendo hoje. Típico dia de uma primavera atípica (nesta semana até caiu uma geada em uma conhecida cidade da serra).
Temos agora duas sinfonias, a de nº 4, e a de nº 7. A de nº 4 é quase um anúncio do que virá pela frente. Tem movimentos fortes e rápidos, e novamente Beethoven utiliza o recurso da escola clássica de começar o movimento com um adágio que irá se transformar em um Allegro vivace vibrante, cheio de energia. E a sinfonia é toda assim. Até pode ser considerada uma sinfonia menor, dentre outras do repertório, mas tem suas qualidades. E não são poucas.
A de nº 7, em Lá Maior, é uma de minhas favoritas. Postei logo no começo no blog a versão considerada por muitos imbatível, a de Carlos Kleiber. Inclusive cheguei a postar os links do Youtube para uma melhor apreciação daquela interpretação, fantástica em todos os sentidos. Harnoncourt tem uma outra abordagem, não tão intensa, eu diria, mas destaca elementos que na grande orquestra de Kleiber acabam sendo escondidos, devido ao grande número de instrumentistas. Acredito que Harnoncourt, com sua paixão pelas chamadas interpretações de época, optou por uma orquestra menor exatamente para ressaltar estes elementos.
O que sempre me chamou a atenção nesta sinfonia foi que Beethoven optou em não colocar um movimento mais lento, o mais próximo a que ele chega é o poco sustenuto inicial, que vai se transformar num vivace pulsante. A sinfonia inteira, portanto, é cheia de ritmo, força, energia. Faz bem ao espírito, e não nos dá tempo de uma pausa, um respiro. Nos enche de alto astral (desculpe a expressão tão anos 80).
Vamos à elas, portanto.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonies n 4, in B Flat Major, op. 60, nº 7 in A Major, op. 92

1 Symphonie N°4 – B Flat Major – Adagio – Allegro Vivace
2 Symphonie N°4 – B Flat Major – Adagio
3 Symphonie N°4 – B Flat Major – Allegro Vivace
4 Symphonie N°4 – B Flat Major – Allegro ma non troppo
5 Symphonie Nº7- A Major – Poco Sustenuto – Vivace
6 Symphonie Nº7- A Major – Allegretto
7 Symphonie Nº7- A Major – Presto
8 Symphonie Nº7- A Major – Allegro con brio

The Chamber Orchestra of Europe
Nikolaus Harnoncourt

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[restaurado por Vassily em 29/05/2020]

Anton Bruckner (1824-1896) – Integral das Sinfonias – Sinfonia Nro. 6

A sexta é uma sinfonia plácida, mas o desavisado que a ouve desconhecendo o restante das obras de Bruckner, vai achar que estou brincando. Prova de que o idioma bruckneriano existe e de que linguagem depende de contexto. Não a conheço como conheço as outras e ontem, ao ouvir a sinfonia, meu filho, que estava afastado de mim por algumas paredes e uns 20 metros, disse não ter entendido nada, pois a música desaparecia por longos períodos e depois retornava tonitruante. É como se eu estivese brincando como o amplificador. Só que eu estava lendo, tranqüilo, sem mexer no botão de volume. Bruckner é diferente mesmo. Porém, depois da quarta, quinta e de suas três últimas sinfonias é possível viver sem seus tutti?

Tal audição valeu-me a redescoberta de um belíssimo Adagio que me fez parar de ler e de um Scherzo talvez atípico, mas muito bom. (O Adagio rola neste momento no computador e é notável mesmo. Um pequeno tema apresentado dos 15 aos 25 segundos deste Adagio — e que retorna transformado depois — é muito semelhante ao de Somewhere, de West Side Story. “There’s a place for us…”)

O excelente desNorte — caro leitor, você deveria lê-lo sempre — descreve as circunstâncias da estréia da Sexta Sinfonia (o negrito é obra minha):

As origens rurais de Anton Bruckner (1824-1896) não faziam antever o compositor que dali sairia. Deu-se mesmo o caso dos vienenses terem, numa primeira fase, ignorado olimpicamente as suas obras, não pelo seu valor intrínseco, mas precisamente pela ruralidade do autor…

Depois, temos ainda o facto de Bruckner apenas muito tardiamente ter iniciado uma formação musical formal, já bem entrado na casa dos 30. Claro que os anos passados em S. Florian, entre 1845 e 1855 tinham-lhe permitido evoluir como compositor, só que com muito de autodidactismo. Situação que procurou modificar, com perseverança, ao prosseguir longos estudos musicais, nomeadamente com Simon Sechter (1788-1867), Otto Kitzler (1834-1915) e Ignaz Dorn (1830-1872). Foi um período, superior a 10 anos, que Bruckner passou em Linz, como organista da respectiva catedral, e em que os últimos 5 foram particularmente produtivos, com a composição, entre outras obras, de 3 Missas e da Sinfonia Nº1.

No Verão de 1868, Bruckner mudou-se para Viena, a última etapa da sua carreira como compositor e aquela onde escreveu a maior parte das sinfonias. Sem grande sucesso inicialmente, como já referi, bastando reparar nas razões dadas pela Orquestra Filarmónica de Viena para sucessivamente as rejeitar: a 1ª era “desvairada“, a 2ª por ser “absurda” e a 3ª como “inexecutável“…

Quando, nos finais de 1881, Bruckner terminou a Sinfonia Nº6, o ambiente já estava mais desanuviado pelo sucesso obtido com a 4ª Sinfonia, estreada em Fevereiro desse mesmo ano por Hans Richter (1843-1916). A estreia da 6ª, a 26 de Fevereiro de 1899, encontrou a reger a orquestra outro dos grandes sinfonistas de sempre, Gustav Mahler (1860-1911). É uma das poucas sinfonias, a par da 7ª, que não sofreu revisões posteriores, não havendo portanto lugar às habituais confusões entre as várias e disputadas versões…

P.Q.P. Bach.

Sinfonia Nro. 6 de Anton Bruckner

I. Maestoso 17:07
II. Adagio: Sehr feierlich 18:54
III. Scherzo: Nicht schnell – Trio: Langsam 09:00
IV. Finale: Bewegt, doch nicht zu schnell 14:44

New Zealand Symphony Orchestra
Georg Tintner, Conductor

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Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770 – 1827 ) – Sinfonias nº 2 em D Maior, op. 36 e nº 5, in C Menor, op. 67

O tempo está curto hoje, portanto, vou ser breve. Mais duas sinfonias de Beethoven, nas mãos de Harnoncourt e da excelente The Chamber Orchestra of Europe. Vibrante, pungente, dinâmica, estas sinfonias marcam dois momentos importantes da vida de Beethoven. Mas não entrarei em maiores detalhes biográficos. Sugiro a leitura da excelente biografia, “Beethoven”, de Maynard Solomon. E é dali que tiro os seguintes comentários:
” Completada em 1802, durante um período turbulento na vida de Beethoven, a Segunda Sinfonia em ré maior, op. 36, já é obra de um mestre maduro que está liquidando contas – ou fazendo a paz – com a tradição sinfônica clássica antes de embarcar numa viagem musical sem precedentes. É uma obra que tem características retrospectivas e prospectivas: está firmemente enraizada nas últimas sinfonias de Mozart e Haydn, ao mesmo tempo que prenuncia os desenvolvimentos subseqüentes de Beethoven por seus contrastes dinâmicos, modulações inesperadas e movimento propulsivo, tudo controlado por um confiante e fluente classicismo.” Solomon, Maynard. Beethoven. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1987.

A 5ª Sinfonia, bem, que podemos falar dela que já não tenha sido falado ou comentado? Cito novamente Solomon, que soube sintetizar e enquadrá-la naquele momento:
“Após alguma resistência inicial à sua insólita concentração rítmica, economia de material temático, surpreendentes inovações – a pequena cadenza do oboé no primeiro movimento, a adição do piccolo e contrafagote aos instrumentos de sopro, os efeitors ‘espectrais’ dos contrabaixos no scherzo e trio, os trombones no finale, o retorno do scherzo no finale – a Quinta Sinfonia acabou sendo considerada a a sinfonia quintessencial de Beethoven, revelando novas camadas de significado a cada geração sucessiva. (…) e Berlioz assinalou argutamente que o efeito de transação do scherzo para o Allegro é tão espantoso que seria impossível suplantá-lo no que se segue. (…)críticos do século XX são propensos a ver a Quinta Sinfonia como ‘o exemplo consumado de lógica sinfônica’, como a expressão final da racionalidade clássica, recusando-se a ceder aos tremores violentos do Romantismo iminente.” SOLOMON, op. cit., p. 276-277).

Chega de falar e vamos ao que interessa.

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827 ) – Sinfonias nº 2 em D Maior, op. 36 e nº 5, in C Menor, op. 67

1 Symphonie N°2 – Adagio Molto – Allegro com brio
2 Symphonie N°2 – Larghetto
3 Symphonie N°2 – Scherzo – allegro
4 Symphonie nº 2 – Allegro molto
5 Symphonie N°5 – Allegro com brio
6 Symphonie N°5 – Andante com moto
7 Symphonie Nº 5 – Allegro
8 Symphonie N°5 – Allegro

The Chamber Orchestra of Europe
Nikolaus Harnoncourt

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[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

Béla Bartók (1881-1945) – O Mandarim Miraculoso / Dois Retratos / Concerto para Viola e Orquestra

Um pedido desses tem de ser logo atendido, né? O Mandarim Miraculoso, de um de meus compositores preferidos, uma grande música que tenho interpretada por um de “meus” regentes mais compreensivos e perfeitos…

A propósito, existe música inteligente e música burra?

– Não. Existe música cerebral e música emocional. Às vezes, alguns compositores conseguem juntar as duas coisas.

J.S. Bach, Beethoven, Bartók, Brahms e Mahler acertam quase sempre; os outros, mais raramente.

P.Q.P. Bach.

1. The Miraculous Mandarin op.19: Beginning
2. The Miraculous Mandarin op.19: The curtain rises
3. The Miraculous Mandarin op.19: First seduction game: the shabby old rake
4. The Miraculous Mandarin op.19: Second seduction game
5. The Miraculous Mandarin op.19: The shy youth appears at the door
6. The Miraculous Mandarin op.19: Third seduction game
7. The Miraculous Mandarin op.19: The Mandarin enters-Encounter with the girl
8. The Miraculous Mandarin op.19: The girl’s dance
9. The Miraculous Mandarin op.19: She flees from him; he chases her wildly
10. The Miraculous Mandarin op.19: The Mandarin stumbles, but catches the girl; they fight. The…
11. The Miraculous Mandarin op.19: Suddenly the Mandarin’s head Appears. The Tramps drag him out,…
12. The Miraculous Mandarin op.19: They drag the Mandarin to the centre of the room and hang him on a…
13. The Miraculous Mandarin op.19: The tramps take him down. He falls to the floor and at once leaps…
14. The Miraculous Mandarin op.19: His longing stilled, the Mandarin’s wounds begin to bleed; he…

Orquestra Sinfônica de Londres
Claudio Abbado

15. Two Portraits op.5: 1. One Ideal: Andante
16. Two Portraits op.5: 2. One Grotesque: Presto

Orquestra Sinfônica de Londres
Claudio Abbado

17. Viola Concerto Sz120: I. Moderato
18. Viola Concerto Sz120: II. Adagio religioso
19. Viola Concerto Sz120: III. Allegro vivace

Daniel Benyamini, Viola
Orquestra de Paris
Daniel Barenboim

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Aram Kachaturian (1903-1978) – Concerto para Piano e Orquestra / Johannes Brahms (1833-1897) – Quinteto para Clarinete

Os CDs da gravadora brasileira Imagem eram espécimes muito curiosos. Qual é a relação entre o belo concerto para piano de Kachaturian – ou Khachaturian – e uma das maiores obras já compostas, o quinteto para clarinete de Brahms? (Vocês sabiam que a autobiografia de Erico Verissimo, Solo de Clarineta, tem este nome em homenagem ao quinteto de Brahms? Pois é, vivendo e aprendendo…)

A Imagem talvez comprasse tapes – bons tapes – de gravadoras americanas a fim de distribuí-los no Brasil, mas fazia junções totalmente inusitadas, incluindo em um mesmo CD obras inteiramente diversas com os executantes mais variados. Uma loucura absoluta, não fosse a excelente qualidade das músicas e das interpretações. Grandes interpretações sempre! Sem dúvida, havia alguém lá na Imagem que sabia das coisas.

O Concerto para Piano de Aram Kachaturian é maravilhoso e mereceria maior destaque dentro do enorme – e batido – repertório pianístico. Cercado por dois movimentos de grande brilhantismo, temos um melodioso e original Andante con Anima ao qual você deveria dar sua atenção à altura dos 2min30 até 4min15. Aqui temos uma invenção fantasmagórica que leva a Armênia para bem perto da Transilvânia de Drácula – não da de Bartók!

Não vou escrever sobre o Quinteto de Brahms. Há livros a respeito. É uma das poucas músicas das quais podemos dizer que não possui nenhum momento inferior. São 35 minutos no Olimpo, em dia ensolarado, agradável, sem ventos, céu de brigadeiro, com vitória do Internacional e derrota do Grêmio, com vitória do Boavista e derrota do Porto. Um mundo perfeito.

P.Q.P. Bach.
(Que aproveita para avisar que este blog não tolera insultos)

Concerto para Piano e Orquestra de Aram Kachaturian
1. Allegro Maestoso
2. Andante Con Anima
3. Allegro Brilhante

Peter Katin, Piano
The London Symphony Orchestra
Regência: Hugo Rignold

Quinteto em Si Menor, Op. 115, para Clarinete e Cordas de Johannes Brahms
4. Allegro
5. Adagio
6. Andantino
7. Con Moto

Reginald Kell, Clarinete
The Fine Arts Quartet

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Astor Piazzolla (1921-1992) – En el Teatro Colón

Certamente, a maioria de nós não tem a mesma imagem do tango que os argentinos têm. Eu, por exemplo, comecei a ouvi Piazzolla nos anos 70 e fico surpreso de ainda ler, sempre associada a seu nome, a palavra revolução. Por exemplo, a página oficial de Astor Piazzolla na Internet, na parte de sua biografia, começa com letras garrafais: Astor Piazzolla: Cronología de una Revolución, ou seja, a luta com os tangueiros tradicionais ainda é importante e quando leio que os deuses de Piazzolla eram Stravinski, Bartók e o jazzista Stan Kenton e, mais, que ele estudou com Nadia Boulanger em Paris nos anos 50, começo a entender alguma coisa…

Piazzolla nasceu em Mar Del Plata e sua família mudou-se para Nova Iorque quando tinha 3 anos. Foi lá, aos 8 anos de idade, que ganhou de seu pai o primeiro bandoneón e que, em 1933, começou a ter aulas de piano com o húngaro Bela Wilda, discípulo de Rachmaninov e do qual Piazzolla diria mais tarde “Com ele, aprendi a amar Bach”. Pouco depois – imaginem! – conheceu Carlos Gardel que se fez amigo da familia e com quem, ainda menino, tomou parte em uma cena do filme El Dia em que me quieras como um pequeno vendedor de jornais. Desnecessário dizer que esta cena possui um poderoso valor emblemático na história do tango.

Após voltar a Buenos Aires e de ter participado de vários grupos de tango – compondo e tocando -, Piazzolla, em 1953, estreou Buenos Aires, seus Três Movimentos Sinfônicos. Quando a obra foi interpretada na Faculdade de Direito de Buenos Aires por Orquestra Sinfônica acompanhada de dois bandoneons, estourou o escândalo. O setor “culto” da platéia ficou indignado pela incorporação dos bandoneons à orquestra e os tradicionalistas o acusaram de não fazer mais tango e sim música erudita…

Se os eruditos foram rapidamente dobrados pela qualidade de sua música, o mesmo não se pode dizer dos tradicionalistas. (Depois somos nós os radicais…) Começou então uma revolução solitária contra os tangueiros ortodoxos que faziam-lhe críticas sistemáticas e impiedosas. Era quase um problema de estado. Os meios de comunicação e até alguns palcos negavam-se a receber Piazzolla. Ele não colaborava muito para a paz, mantendo sua postura e respondendo com ironias. Voltou então ao exterior onde foi recebido como autor de tangos e começa uma nova experiência, o tango-canção, com Amelita Baltar, sua mulher na época.

Na Argentina, a controvérsia sobre se sua música seria tango ou não seguiu seu curso, mas agora seu sucesso no exterior começa a gerar inveja entre a comunidade tangueira. Ele acena com a possibilidade de paz ao chamar sua música de “música contemporânea da cidade de Buenos Aires” mas continua provocando com sua vestimenta informal, com sua pose para tocar o bandoneon (tocava de pé, quando a tradição mandava segurar o fole sentado) e com suas respostas muito pouco reverentes.

Porém, em 1983, ano de gravação deste CD, ele já apresentava-se no mítico (e belíssimo) Teatro Colón com Orquestra Sinfônica a fim de receber o reconhecimento bonairense e argentino em vida. Assim, o talentosíssimo compositor e virtuose Piazzolla mostra aos de hoje que os artistas não estão aí para assentir ao determinado por outrem e ao políticamente correto. Artista é um ser que existe para incomodar, mudar e ser controverso. E viva Piazzolla!

Tenho predileção por gravações ao vivo – o mesmo vale para Blue Dog – e, mesmo amando as espetaculares gravações italianas de Piazzolla, apelo novamente para o concerto live, onde quem é bom mostra o rego sentado, reconhece o cego dormindo e sabe de longe a cabeça que tem piolho, se me fiz claro… Aqui, mesmo que pareça paradoxal (pois há uma orquestra, não?), temos um Piazzolla mais brusco que o habitual. Minha aprovação mais entusiasmada vai para a nervosa versão do Verano Porteño.

P.Q.P. Bach.

Astor Piazzolla en el Teatro Colón

1. Fuga y Misterio
2. Adios Nonino
3. Concierto para Bandoneon y Orquesta: 1st Movement – Allegro marcato
4. Concierto para Bandoneon y Orquesta: 2nd Movement – Moderato
5. Concierto para Bandoneon y Orquesta: 3rd Movement – Presto
6. Vardarito
7. Verano Porteño
8. Concierto de Nacar (para Nueve Tanguistas y Orquesta Filarmonica): 1st Movement – Presto
8. Concierto de Nacar (para Nueve Tanguistas y Orquesta Filarmonica): 2nd Movement – Lento, melancolico
8. Concierto de Nacar (para Nueve Tanguistas y Orquesta Filarmonica): 3rd Movement – Allegro marcato

Musicians:
Piazzolla (Astor) – bandoneon
Suarez Paz (Fernando) – violin
Baralis (Hugo) – violin
Ziegler (Pablo) – piano
Roizner (Enrique) – drums
Bragato (Jose) – violoncello
Console (Hector) – bass
Quarleri (Delmar) – viola
Lopez Ruiz (Oscar) – guitar
Calderon (Pedro Ignacio) – director of the Teatro Colon Philarmonic

Year of release: 1997
Studio or Live: Live
Year of performance: 1983

Description: Recorded live at Teatro Colon, Buenos Aires, on June 11, 1983. By this time Piazzolla was working with the quintet, however it appears that Piazzolla tried to recompose the Conjunto 9 (although not exactly) for this concert at Teatro Colon with the Philarmonic Orquestra.
Style: The Nonet and the ‘Italian’ Period (1972-1978); The ‘Classical’ Piazzolla (All periods)
Comments: This concert has also been released (not all the songs however) as “Concierto de Nacar” by Milan Records. Concerto for Bandoneon and Orquestra is listed as as Concerto for Bandoneon, Piano, Strings, and Percussion, which is equivalent but the piece is better known otherwise.

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Henry Purcell (1659-1695) – Ayres for the Theater

É aquele CD que tem tudo para ser bom, mas que não é tão bom assim… É médio. A música está dentro do espírito de Lully e Rameau, mas é muito inferior àquela composta por estes para o teatro.

P.Q.P. Bach.

1. Dioclesian: Overture
2. Dioclesian: Preludio
3. Dioclesian: Song Tune: ‘Let The Soldiers Rejoice’
4. Dioclesian: Trumpet Tune
5. Dioclesian: Country Dance
6. Dioclesian: Aire
7. Dioclesian: Hornpipe
8. Dioclesian: Aire
9. Dioclesian: Canaries
10. King Arthur: Overture
11. King Arthur: Aire
12. King Arthur: Aire
13. King Arthur: Song Tune: ‘Fairest Isle’
14. King Arthur: Hornpipe
15. King Arthur: Aire
16. King Arthur: Song Tune: ‘How Blest Are Shepherds’
17. King Arthur: Aire
18. King Arthur: Song Tune: ‘Round Thy Coast’
19. King Arthur: Song Tune: ‘Come, If You Dare’
20. King Arthur: Trumpet Tune
21. King Arthur: Trumpet Tune
22. King Arthur: Chacone
23. The Fairy Queen: Overture
24. The Fairy Queen: Hornpipe
25. The Fairy Queen: Aire
26. The Fairy Queen: Aire
27. The Fairy Queen: Rondeau
28. The Fairy Queen: Preludio
29. The Fairy Queen: Hornpipe
30. The Fairy Queen: Overture
31. The Fairy Queen: Song Tune: ‘If Love’s A Sweet Passion’
32. The Fairy Queen: Jigg
33. The Fairy Queen: Dance for Furies (Fairies)
34. The Fairy Queen: Aire 4 In 2 (Dance For The Followers Of Night)
35. The Fairy Queen: Song Tune: ‘Sing While We Trip It’
36. The Fairy Queen: Aire
37. The Fairy Queen: Aire
38. The Fairy Queen: Song Tune: ‘Thus Happy And Free’
39. The Fairy Queen: Chacone
40. The Fairy Queen: Aire
41. The Indian Queen: Overture
42. The Indian Queen: Trumpet Tune
43. The Indian Queen: Trumpet Tune
44. The Indian Queen: Aire
45. The Indian Queen: Hornpipe
46. The Indian Queen: Aire
47. The Indian Queen: Hornpipe
48. The Indian Queen: Aire
49. The Indian Queen: Song Tune: ‘We The Spirits Of The Air’
50. The Indian Queen: Rondeau

Tafelmusik
Jeanne Lamon

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Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonie nº 6 in F major, op. 68, Symphonie nº 8, in F major, op. 93

Dentro de sua lista de favoritas, a Sinfonia Pastoral está entre as cinco obras favoritas de FDP. E de muita gente que conheço. Sua leveza é inspiradora, e sua beleza, reconfortante. Ou vice-versa. Não importa. O que importa é que sempre que a ouvimos, nos sentimos em júbilo, ela levanta nosso astral. Até mesmo sua simulação de tempestade nos reconforta, pois nos faz lembrar do velho clichê, que diz que depois da tempestade sempre vem a bonança. E que bonança…
Harnoncourt joga mais leve, mais solto do que Karajan. Confesso que me sinto constrangido, temeroso, ao ouvir o “Sturm” karajaniano, o Allegro do quarto movimento. Mas, sensível como poucos, Harnoncourt não me deixa sentir assim. Sua tempestade é mais “suave”, se podemos caracterizá-la assim.

Sempre achei que a Oitava Sinfonia estava em uma situação meio complicada… Simplesmente entre a força e genialidade da construção da Sétima, e a monstruosidade da Nona (claro que mostruosidade no sentido de enormidade, de genialidade). Ela funciona como um termômetro para medir nossas emoções, antes de entrar no turbilhão que em que mergulhamos ao ouvir aquela. Não sei se é impressão minha, mas creio que seja a menos executada, juntamente com a Quarta. À vejo enquanto introdução ao que virá. como se o gênio de Beethoven nos preparasse o espírito. Coisa de gênio. Lembro-me da velha edição da DG em vinil que eu possuía, na interpretação de Karajan e sua Filarmônica de Berlim, que a trazia como abertura para a Nona Sinfonia. Confesso que prestava pouca atenção à ela, já virava direto o LP para o Lado B, para ouvir a irmã mais famosa.

Enfim, vamos ao que interessa.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonie nº 6 in F major, op. 68, Symphonie nº 8, in F major, op. 93

Sinfonia nº 6, in F Major, op. 68 – Sinfonia Pastorale

1 – Allegro ma no non troppo – “Erwachen heiterer Empfindungen bei der Ankunft auf den Lande”
2 – Andante molto moto – Szene am Bach
3 – Allegro – Lustiges Zusammensein der Landlate
4 – Allegro – Gewitter, Sturm
5 – Allegretto – Hirtengesang. Frohe und dankebare Gefühle nach dem Sturm.

Sinfonia nº 8 in F Major, op. 93

6 – Allegro vivace con brio
7 – Allegretto scherzando
8 – Tempo di Minueto
9 – Allegro vivace

The Chamber Orchestra of Europe
Nikolaus Harnoncourt – Director

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[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

.: interlúdio :.

Eleanora nunca teve vocação para diva. Talvez a artista de vida mais difícil e conturbada da era de ouro do jazz, foi salva por um carisma inimitável e sua voz marcante e rasgada. Mais sobreviveu do que viveu, de tantos abusos e tanto abusar. Este Lady in Satin é um disco feito de suas cicatrizes. Gravado em três sessões, de 19 a 21 de janeiro de 1958, traz Billie Holiday aos 42 anos, com a voz já muito machucada. Foi uma de suas últimas gravações; morreria no ano seguinte, de cirrose, num quarto de hospital vigiado pela polícia. O disco é rejeitado por alguns críticos, que classificam o acompanhamento da orquestra de 40 integrantes de Ray Ellis de ‘burocrático’ e julgam a qualidade das gravações de Billie abaixo da média. Mas o motivo que o fez motivo de culto entre os fãs – como eu – é a crueza e a emoção com que Lady Day interpreta estas canções. Se o acompanhamento é, de fato, mais veículo para a voz de Billie, ora, tanto melhor; ouve-se cada nota de sua rouca e terna voz.

Em muitas faixas, a emoção da cantora transborda das faixas e atinge o ouvinte. “I’m a Fool to Want You”, que ela gravou em lágrimas, é uma delas. “But Beautiful” é uma preferida pessoal e vem numa gravação dedicada e marcante. Mais do que técnica, o que Billie parece propor é um registro de quanta sensibilidade sua voz pode carregar, e o que se tem é um álbum que fica bastante próximo de quem o ouve. A edição aqui apresentada é a de 1997, com takes alternativos e um ensaio bastante interessante, em que Billie reclama que não conhece direito a canção (“The End of a Love Affair”), para logo após seguir-se um take da orquestra executando a peça para ela – que ainda tenta seguir à capella no final da faixa. Detalhes que fazem desse disco a belíssima obra de uma mulher, antes de uma cantora.

LadyInSatinBillie Holiday – Lady in Satin (VBR)
com o acompanhamento da orquestra de Ray Ellis

Produzido por Irving Towsend para a Columbia

download aqui – 93mB
01 I’m a Fool to Want You – 3’23
02 For Heaven’s Sake – 3’26
03 You Don’t Know What Love Is – 3’48
04 I Get Along Without You Very Well – 2’59
05 For All We Know – 2’53
06 Violets for Your Furs – 3’24
07 You’ve Changed – 3’17
08 It’s Easy to Remember – 4’01
09 But Beautiful – 4’29
10 Glad to Be Unhappy – 4’07
11 I’ll Be Around – 3’23
12 The End of a Love Affair mono CL1157– 4’46
13 I’m a Fool to Want You take 3 CL1157 – 3’24
14 I’m a Fool to Want You take 2 – 3’23
15 The End of a Love Affair: The Audio Story – 9’49
16 The End of a Love Affair stereo – 4’46

Boa audição!
Blue Dog

George Phillip Telemann– (1681-1767) – Flötenquartette

Tel Front

Já que nossa querida colega Clara Schumann se antecipou postando esse Vivaldi maravilhoso, FDP Bach declara iniciado o nosso festival Barroco.

Confesso que a pouco tempo ouço Telemann com mais atenção. Não sei se devido ao fato de ter feito mais sucesso que nosso pai em sua época (reconheço que a inveja é uma merda) ou se devido à dificuldade de se conseguir gravações suas, só sei que tive acesso à sua obra à pouco tempo, claro, com exceção de suas obras para flauta, que Rampal gravou tão divinamente.

Mas agora que tive acesso às interpretações de Reinhard Goebel e seu Musica Antiqua Köln, posso dizer que realmente estou ouvindo um gênio do barroco executado por mestres absolutos das gravações ditas de época. E por um selo que dispensa comentários, a “Archiv Produktion”.

São obras para Flauta doce e transversal, além de oboé, executadas com maestria pelo conjunto de Goebel, e que revelam um total domínio da arte da composição. Peças curtas, mas que demonstram a genialidade de Telemann. Tenho certeza que todos irão adora-las.

George Phillip Telemann – (1681-1767) – Flötenquartette

01 – in g TWV43 g4 – Allegro

02 – Adagio

03 – Allegro

04 – in G TWV 43 G6 – – Allegro

05 – Grave

06 – Allegro

07 – in d TWV 43 d3 – Adagio

08 – Allegro

09 – Largo

10 – Allegro

11 – in G TWV 43 G11 – Affettuoso

12 – – Allegro

13 – Adagio

14 – Allegro

15 – in a TWV 43 a3 – Adagio

16 – Allegro

17 – Adagio

18 – Vivace

19 . in G TWV 43 G12 – Dolce

20 – Allegro

21 – Soave

22 – Vivace

23 – in B flat TWV 43 B2 – Spirituoso

24 – Grave

25 – Allegro

26 – in G TWV 43 G10 – Vivace

27 – Andante

28 – Vivace

Musica Antiqua Köln

On authentic instruments

Maurice Steger – recorder

Verena Fischer – transversal flute

Diego Nadra – oboe

Stephan Schardt – violin

Reinhard Goebel – violin & viola

Klaus-Dieter Brandt – violoncello

Léon Berben – harpsichord

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Johannes Brahms (1833-1897) – Symphonie nº 3 in F Major, op. 90.

Eis que Clara Schumann nos pede a Sinfonia nº 3 de seu amado e querido Johannes, e FDP descobre que, por uma falha indesculpável, nunca chegou a postá-la…
Para satisfazê-la ainda mais, estou disponibilizando a versão de Leonard Bernstein,um dos maiores regentes do século XX, e cujas interpretações destas sinfonias ainda são referência. Querida Clara, me perdoe por esta terrível lacuna…

Brahms escreveu esta sinfonia já maduro e reconhecido como um gênio.Transcrevo abaixo uma pequena análise que Malcolm McDonald faz da obra, em sua biografia de Brahms:

“A Terceira é a menor das sinfonias e as subdivisões de desenvolvimento nos seus movimentos em forma sonata (há três delas) são notavelmente curtas. Em contrapartida, as exposições e recapitulações, especialmente do primeiro movimento e do finale, são expansivas e generosamente providas de idéias memoráveis. Já a unidade interna e através dos movimentos é assegurada tanto pelo uso de uma figura- mote – e de seu tema associado, como pelo significativo desenvolvimento, no finale, de componentes do movimento lento. Como nas outras sinfonias, embora menos abertamente por causa do poderoso primeiro movimento, o finale é a culminância do argumento todo. A estrutura sutilmente bem encadeada da obra flui com uma paixão e uma espontaneidade tão desimpedidas que Hans Richter se viu inclinado a apelidá-la “Eroica de Brahms”. Os paralelos espirituais com a Terceira de Beethoven são quase tão indefiníveis quanto os estruturais. Mas a obra de Brahms sugere realmente um home que inventaria (tinha então cinqüenta anos) e enfrentaria seus destino, qualquer que possa ser, com magníficos recursos intelectuais, mas um coração aflito.”
Além desta apurada análise, podemos ver esta sinfonia como arroubo de romantismo desenfreado, basta ouvirmos seu terceiro movimento, um “poco allegretto” escancaradamente romântico. McDonald assim o descrewve:
“O poco allegreto seguinte, uma simples forma ternária, é o mais íntimo de todos os intermezzos sinfônicos de Brahms e quase pode ser intitulado “romança”. Seu tema de violoncelo primorosamente modelado e ansioso, com seu floreado giro de cadência em estilo cigano, os discretos acordes que vêm dos sopros, os contornos de semicolcheias em tercinas e em leggiero das cordas que convertem os acompanhamentos farfalhantes do movimento anterior em um brando murmúrio de fundo de cena, tudo se junta em uma de suas mais memoráveis elegias crepusculares.” É preciso dizer mais alguma coisa? Como essa biografia foi escrita em 1990, com certeza McDonald se inspirou nessa magnífica interpretação de Bernstein para resumir a beleza dessa passagem.

Após essa análise mais apurada da obra, espero que todos apreciem sua beleza e coerência estrutural. Coisa de gênio.

Johannes Brahms (1833-1897) – Symphonie nº 3 in F Major, op. 90

1 Allegro con brio
2 Andante
3 Poco Allegretto
4 Allegro

Wiener Philarmoniker
Leonard Bernstein

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Quartetos Nros. 9, 6 e 7

Ontem à noite, arrastei meu amigo Milton Ribeiro para um concerto em que seriam apresentados dois quartetos de cordas: o Quarteto Americano Nº12 de Dvorák e o Quarteto Nº 9 de Shostakovich.

Milton me explicou que o “Quarteto Americano” era antes conhecido pelo nome de “Nigger Quartet”, mas como a palavra nigger (negro) tornou-se altamente pejorativa, o quarteto foi rebatizado. Curioso.

O quarteto da noite de ontem, formado por 4 jovens integrantes da OSPA, tocou fantasticamente bem, provando que a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre deveria incentivar a formação de pequenos grupos. São várias as razões: os músicos se exporiam mais, estudariam mais, tocariam mais e poderiam excursionar pelo interior a custo mais baixo – em vez de levar 100 pessoas para tocar os mesmos highlights pé no saco de sempre. O concerto foi nada menos que brilhante, mostrando-nos que há gente muito boa chafurdando sob os Túlios Belardis da vida.

Aproveito para postar aqui um dos quartetos de ontem, o de Shostakovich, acompanhado de outros dois muito bons. Retirei o oitavo porque já o postamos muitas vezes…

P.Q.P. Bach.

P.S.1- Não sei o nome de nenhum dos instrumentistas de ontem. Se alguém souber, favor deixar registrado nos comentários. Milton me avisa que o violista se chamaria Vladimir…

Update das 2h23 da madrugada: Emerson Kretschmer e Márcio Cecconello, violinos; Vladimir Romanov, viola; Rodrigo Andrade Silveira, violoncelo.

P.S.2- Não tenho como postar o “Quarteto Americano”, pois apenas o possuo em vinil com o Gabrieli String Quartet, em versão inferior a que ouvi ontem ao vivo.

P.S.3- Para ouvir o Quarteto Nro. 9 de Shosta, temos que reconfigurar o mp3 player para retirar aqueles três segundinhos que separam uma faixa de outra, pois os cinco movimentos são ininterruptos.

String Quartet No. 9 in E flat major, Op. 117
I. Moderato con moto 04:26
II. Adagio 03:58
III. Allegretto 03:54
IV. Adagio 03:36
V. Allegro 10:03

String Quartet No. 6 in G major, Op. 101
I. Allegretto 06:47
II. Moderato con moto 05:16
III. Lento 05:20
IV. Lento – Allegretto 07:46

String Quartet No. 7 in F sharp minor, Op. 108
I. Allegretto 03:38
II. Lento 03:24
III. Allegro 05:32

Eder Quartet

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J.S. Bach (1685-1750) – Missa em Si Menor, BWV 232, segunda versão

(Alô, alô, FDP! Cadê a terceira de Brahms com o Bernstein que a Clara pediu????)

Prometi que a cada dia 1º postaria uma versão da Missa em Si Menor de Bach. Hoje é a vez do imenso Nikolaus Harnoncourt.

Só estou sem tempo para grandes explicações e teria que descobrir se a versão que tenho em meu micro é a primeira ou a segunda… Deixo para vocês descobrirem, OK? Sim, uma charada, por que não?

O que posso dizer é que é um tremendo registro deste fantástico maestro e teórico. Costumo ouvi-lo enquanto trabalho… A propósito, se você não leu os livros de Harnoncourt até hoje, não sabe o que está perdendo em termos de conhecimento e experiência musical. O homem é um espanto. Sim, há traduções e boas. Procure! O nome dos livros? Ora, vá procurar!

Adiante que estou com muita pressa! E não desconsiderem esta versão motivados por minha inexatidão. Ela é quase a perfeição (pois a perfeição é Gustav Leonhardt…).

P.Q.P. Bach.

CD1

1-01 Missa: Kyrie: Kyrie eleison
1-02 Missa: Kyrie: Christe eleison
1-03 Missa: Kyrie: Kyrie eleison
1-04 Missa: Gloria: Gloria in excelsis Deo – Et in terra pax
1-05 Missa: Gloria: Laudamus te
1-06 Missa: Gloria: Gratias agimus tibi
1-07 Missa: Gloria: Domine Deus
1-08 Missa: Gloria: Qui tollis
1-09 Missa: Gloria: Qui Sedes
1-10 Missa: Gloria: Quoniam tu solus
1-11 Missa: Gloria: Cum Sancto Spiritu

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD1

CD2

2-01 Symbolum Nicenum: Credo: Credo in unum Deum
2-02 Symbolum Nicenum: Credo: Patrem omnipotentem
2-03 Symbolum Nicenum: Credo: Et in unum Dominum
2-04 Symbolum Nicenum: Credo: Et incarnatus est
2-05 Symbolum Nicenum: Credo: Crucifixus
2-06 Symbolum Nicenum: Credo: Et resurrexit
2-07 Symbolum Nicenum: Credo: Et in Spiritum
2-08 Symbolum Nicenum: Credo: Confiteor
2-09 Symbolum Nicenum: Credo: Ex expecto
2-10 Sanctus: Sanctus
2-11 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Osanna
2-12 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem Benedictus
2-13 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Agnus Dei
2-14 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Dona nobis pacem

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD2

Intérpretes (o meu chute):

Max van Egmond,
Emiko Iiyama,
Rotraud Hansmann,
Kurt Equiluz
Viennensis Chorus
Concentus Musicus Wien
Regente: Nikolaus Harnoncourt

La Casa del Diavolo – Vários compositores

Um CD divertido do extraordinário conjunto italiano Il Giardino Armonico. O grupo de Giovanni Antonini está afiadíssimo. E é coisa do demônio, que sempre é mais interessante do que anjinhos bonitinhos, etc. Se que querem comprovação, basta ler Doutor Fausto de Thomas Mann… Livro, aliás, que todos, mas todos mesmo, deveriam ler.

Notem o belo trabalho que Boccherini (faixa 20, a última) fez sobre a Dança das Fúrias (faixa 1). de Gluck. Vale a pena ouvir um logo após o outro. O concerto do mano Friede é igualmente maravilhoso, com um arrebatador Andante.

P.Q.P. Bach

La Casa del Diavolo – Il Giardino Armonico:

Christoph Willibald GLUCK (1714-1787)
Dance of the Spectres and the Furies, Allegro non troppo (1761) [4:07]
1. I. Allegro Non Troppo

Carl Philip Emanuel BACH (1714-1788)
Sinfonia Wq. 182/5 in B minor for strings and continuo [10:36]
2. I. Allegretto
3. II. Largo
4. III. Presto

Pietro Antonio LOCATELLI (1695-1764)
Concerto Grosso Op. 7/6 in E flat major “Il pianto d’Arianna” for violin, strings and continuo (1741) [17:35]
5. I. Andante, Allegro
6. II. Adagio
7. III. Andante, Allegro
8. IV. Largo
9. V. Largo Andante
10. VI. Grave
11. VII. Allegro
12. VIII. Largo

Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784)
Concerto in F minor for harpsichord, strings and continuo [17:48]
13. I. Allegro Di Molto
14. II. Andante
15. III. Prestissimo

Luigi BOCCHERINI (1743-1805)
Sinfonia Op. 10/4 in D minor “La casa del diavolo” for two oboes, two horns, strings and continuo (1771) [19:18]
16. I. Andante Sostenuto
17. II. Allegro Assai
18. III. Andantino Con Moto
19. IV. Andante Sostenuto
20. V. Allegro Assai Con Moto

Il Giardino Armonico
Reg.: Giovanni Antonini
Enrico Onofri (violin)
Ottavio Dantone (harpsichord)

Recorded in March, August and October 2004, Pieve di Palazzo, Pignano, Cremona, Italy.

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.: interlúdio – Duofel :.

Manter um duo de violões por mais de duas décadas já é por si só um feito notável. Ainda mais com a integridade artística de Fernando Melo e Luiz Bueno, instrumentistas e compositores do Duofel, que desde seu primeiro encontro, em 1977, têm priorizado a qualidade musical e a investigação sonora. (da biografia no eJazz)

Colei a descrição porque é bastante apropriada. Não apenas a virtuose, os arranjos delicados e vigorosos, a musicalidade de diversas vertentes – também a inquietação, o caminho harmônico menos usado, as cromias exploratórias. São afilhados de Hermeto e por aí se pode saber por onde andam, andaram e andardão.

Este Atenciosamente, de 1999, foi lançado pela gravadora Trama – o que tornou mais acessível o trabalho do duo. São doze faixas, homenagens aos muitos músicos com quem trabalharam ao longo da carreira (no encarte, cada música ganha pequena história e dedicatória), em uma espécie de showcase do jazz contemporâneo brasileiro. Álbum fácil em algumas faixas (O Amigo da Chuva, Floresta dos Elfos – em homenagem à Tetê Espíndola, de quem foram músicos de apoio no começo dos 80), intrépido em outras (É pra Jards, Jazz à Vienne), ainda tem fôlego para ser poético (Azul da Cor da Manteiga) e abstrato (Fax para Uakti). Um disco cheio, de produção cristalina, perfeito para ocupar todos os espaços da casa quando precisamos renovar os ânimos.

Post ampliado + links revalidados out/2011. O disco ao vivo é excelente, e quer mais? Conta com Hermeto Paschoal entre as participações. Não coloquei indicação na tracklist de propósito; quando ele chega, o ouvinte sabe de imediato. Perdoem os links em duas partes.


Duofel – Atenciosamente /1999 [320]
download – mediafire parte1 parte2

01 Procissão
02 Subindo o Tapajós
03 Floresta dos Elfos
04 Azul da cor da manteiga
05 Fax para Uakti
06 Norwegian Wood
07 O amigo da chuva
08 É pra Jards
09 Boissucanga
10 Atenção: Lombada!
11 Jazz à Vienne
12 Garoando no Bixiga


Duofel – 20 /2000 [320]
download – mediafire parte1 parte2

01 Calypso nervoso
02 No caminho das Pedras
03 Pede, Moleque!
04 É pra Jards
05 Subindo o Tapajós
06 Lamento Noturno
07 Do outro Lado do Oceano
08 Diálogo
09 Fax para Uakti
10 Surfando no trem
11 Azul da cor da manteiga
12 Espelho das águas
13 Gismontada

Boa audição!
Blue Dog