Franz Benda (1709-1786): Violin Sonatas

Franz Benda (1709-1786): Violin Sonatas

Excelente disco! Franz Benda nasceu na Boêmia na povoação de Altbenatky. Tornou-se o fundador da escola alemã de tocar violino. Na sua juventude, ao mesmo tempo que começou a estudar o violino, juntou-se a um grupo de músicos que tocavam em festas e feiras. Aos dezoito anos de idade, Benda abandonou a vida errante e foi para Praga e depois para Viena, onde estudou com Heinrich Graun, um aluno de Tartini. Dois anos depois foi nomeado mestre de capela em Varsóvia.

Benda foi um mestre na arte de tocar violino. Tinha muitos alunos e escreveu uma série de obras, principalmente exercícios e estudos para violino. Um de seus descendentes, Jean Sebastian Benda, aclamado pianista suíço, viveu no Brasil e casou-se com a pianista Luzia Benda.

Gosto muito dos concertos para cravo de Benda, e ouvi com expectativa esta gravação de seis (6 ) sonatas para violino de Benda com acompanhamento de cravo. E fiquei feliz. São quase 70 minutos de prazer. As sonatas são bem interpretadas por Anton Steck e Christian Rieger no cravo. As obras seguem as “formas do dia” habituais: dois movimentos rápidos e um lento, tudo muito melódico e rítmico.

Franz Benda (1709–1786): Violin Sonatas

1. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-2: Largo
2. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-2: Allegro non molto
3. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-2: Presto e scherzando

4. Sonata for flute (or violin) & continuo in A minor, L. III-121 (Op. 1/4): Larghetto
5. Sonata for flute (or violin) & continuo in A minor, L. III-121 (Op. 1/4): Vivace
6. Sonata for flute (or violin) & continuo in A minor, L. III-121 (Op. 1/4): Tempo di menuet

7. Sonata for violin & continuo in F major, L. III-63: Un poco allegro
8. Sonata for violin & continuo in F major, L. III-63: Adagio
9. Sonata for violin & continuo in F major, L. III-63: Allegretto

10. Sonata for violin & continuo in E major, L. III-47 (Op. 1/1): Adagio
11. Sonata for violin & continuo in E major, L. III-47 (Op. 1/1): Allegro ma non molto
12. Sonata for violin & continuo in E major, L. III-47 (Op. 1/1): Allegro

13. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-1 (Op. 1/3): Adagio
14. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-1 (Op. 1/3): Allegro
15. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-1 (Op. 1/3): Presto

16. Sonata for violin & continuo in E flat major, L. III-40: Allegro
17. Sonata for violin & continuo in E flat major, L. III-40: Adagio
18. Sonata for violin & continuo in E flat major, L. III-40: Andante con variazioni

Anton Steck, violino
Christian Rieger. cravo

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Franz Benda nem imagina, mas este é um excelente CD
Franz Benda nem imagina, mas este é um excelente CD

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Fortunato Chelleri (1690-1757): Six Simphonies Nouvelles

Fortunato Chelleri (1690-1757): Six Simphonies Nouvelles

Estreante no PQP Bach, Fortunato Chelleri talvez devesse ter ficado silencioso em sua tumba, mas a excelente orquestra Atalanta Fugiens resolveu mostrar seu trabalho. O trabalho de Chelleri ou da orquestra? Boa pergunta. O trabalho da orquestra foi mostrado e é magnífico, fiquei entusiasmado com o som e o tesão dos caras. Já o trabalho de Chelleri… Papai Keller saiu da Alemanha e foi morar na ensolada Itália. Seu filho Fortunato ganhou um sobrenome esquisito e tornou-se compositor de óperas. Por favor, espero nunca ouvir uma ópera de Chelleri!

Fortunato Chelleri (1690-1757): Six Simphonies Nouvelles

1. Sinfonia Nº1 en Ré Majeur : Allegro
2. Sinfonia Nº1 en Ré Majeur : Andante
3. Sinfonia Nº1 en Ré Majeur : Presto

4. Sinfonia Nº2 en Ut Majeur : Allegro
5. Sinfonia Nº2 en Ut Majeur : Andante
6. Sinfonia Nº2 en Ut Majeur : Allegro

7. Sinfonia Nº3 en Si Bémol Majeur : Allegro
8. Sinfonia Nº3 en Si Bémol Majeur : Affettuoso
9. Sinfonia Nº3 en Si Bémol Majeur : Allegro

10. Sinfonia Nº4 en la Majeur : Allegro
11. Sinfonia Nº4 en la Majeur : Andante
12. Sinfonia Nº4 en la Majeur : Allegro

13. Sinfonia Nº5 en Ré Majeur : Allegro
14. Sinfonia Nº5 en Ré Majeur : Affettuoso
15. Sinfonia Nº5 en Ré Majeur : Allegro

16. Sinfonia Nº6 en Si Bémol Majeur : Allegro
17. Sinfonia Nº6 en Si Bémol Majeur : Andante
18. Sinfonia Nº6 en Si Bémol Majeur : Allegro
19. Sinfonia Nº6 en Si Bémol Majeur : Non Tanto Allegro

20. Sinfonia en Si Bémol Majeur : Allegro
21. Sinfonia en Si Bémol Majeur : Adagio Con Amore
22. Sinfonia en Si Bémol Majeur : Presto

23. The Brussels Symphony en la Majeur : Polonaise

Atalanta Fugiens
Vanni Moretto

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Fortunato Chelleri
Fortunato Chelleri: melhor afogar logo

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 1, Titã

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 1, Titã

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A gente pensa que não tem mais como se surpreender, né? Mas tem, sempre tem. Acho que esta gravação vai para o pódio ao lado da de Tilson Thomas, Abbado e Bernstein. Sim, meu pódio é diferente, tem quatro vagas. É melhor ouvir. A gravação é ao vivo e Jansons, junto com a orquestra do Concertgebouw, estavam em estado de graça, inexplicável. Ouvi-lo é satisfação garantida. Experimente.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 1

1. Symphony No. 1 in D Major: Langsam, schleppend – wie ein Naturlaut – Im Anfang sehr gemächlich 16:00
2. Symphony No. 1 in D Major: Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell – Trio: Recht gemächlich 8:04
3. Symphony No. 1 in D Major: Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen 10:40
4. Symphony No. 1 in D Major: Stürmisch bewegt 19:59

Amsterdam Concertgebouw Orchestra
Mariss Jansons

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Que coisa, Jansons!
Que coisa, Jansons!

PQP

Marin Marais (1656-1728): Alcione – Suite Des Airs À Joüer (1706)

Marin Marais (1656-1728): Alcione – Suite Des Airs À Joüer (1706)


Este CD é uma excelente introdução ao mundo de Marais. Na verdade, não sou assim tão tarado pelo compositor francês, porém há uma importante variável: Savall tem tanto talento que consegue deixar tudo o que toca interessante. Ou seja, é um encontro do compositor com seu maior intérprete. Sei lá, eu acho que se Savall se dedicasse a dar aulas de química ou a nos convencer de que a Veja é uma revista equilibrada… talvez fosse bem sucedido. Grande Savall!

Marin Marais (1656-1728): Alcione – Suite Des Airs À Joüer (1706)

1. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Ouverture 3:43
2. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Marche Pour Les Bergers Et Les Bergères 1:33
3. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Air Pour Les Faunes Et Les Driades 1:03
4. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Menuet Pour Les Bergers Et Les Bergères 1:52
5. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – 2Ème Menuet Pour Les Mêmes 1:29
6. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Bourée Pour Les Bergers Et Les Bergères 1:37
7. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Passepied I & Ii Pour Les Mêmes 1:53

8. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Air 2:40
9. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Menuet 2:06
10. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – 2Ème Air 1:09
11. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Menuet Da Capo 1:07
12. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Sarabandes 4:07
13. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Gigue 1:24

14. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Prélude De L’Acte Second 1:15
15. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Sarabande Pour Les Prêtresses De Junon 2:11
16. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Prélude Pour La Prêtresse De Junon 1:34
17. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Gigues Pour Les Mêmes 0:53
18. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Airs I & Ii Pour Les Magiciens 2:28

19. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Prélude De L’Acte Troisième 2:00
20. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Marche Pour Les Matelots 1:21
21. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – 2Ème Air Pour Les Mêmes 1:16
22. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – 3Ème Air “Tambourin” Pour Les Mêmes 1:08
23. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Symphonie Pour Le Sommeil 1:48
24. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Tempête 1:33
25. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Ritournelle 1:32
26. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Entract’ Menuet 1:02
27. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Chaconne Pour Les Tritons 6:42

Le Concert Des Nations
Jordi Savall

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Marais, quem mais poderia ser?
Marais, quem mais poderia ser?

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Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 6 / Hans Werner Henze (1926-2012): Sebastian im Traum

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 6 / Hans Werner Henze (1926-2012): Sebastian im Traum

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um disco extraordinário que reúne Mahler, o Concertgebouw de Amsterdam e Mariss Jansons, agora com a companhia de Hans Werner Henze, um grande e pouco ouvido compositor. E novamente a química funciona em outra gravação ao vivo. O Traum de Henze é mais um pesadelo que um sonho, mas é grande música, vale a pena conhecer. Para quem não conhece Henze: Hans Werner Henze foi um compositor alemão residente na Itália, conhecido por suas opiniões políticas marxistas que influenciaram sua obra. Trocou a Alemanha pela Itália em 1953, em razão da intolerância as suas posições políticas e a sua homossexualidade. Membro do antigo Partido Comunista Italiano, Henze produziu composições em homenagem a Ho Chi Min e a Che Guevara — o requiem intitulado Das Floss der Medusa (A balsa da Medusa), cuja estreia foi vetada em Hamburgo, em 1968. Henze compõe em vários estilos, tendo sido influenciado pela música atonal, Stravinsky, pela técnica dodecafônica, pelo estruturalismo e por alguns elementos da música popular, do rock e do jazz.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 6 /
Hans Werner Henze (1926-2012): Sebastian im Traum

1. Symphony No. 6 In A Minor: Allegro energico, ma non troppo 23:50
2. Symphony No. 6 In A Minor: Andante moderato 15:41
3. Symphony No. 6 In A Minor: Scherzo: Wuchtig 13:15
4. Symphony No. 6: Finale: Allegretto moderato 31:28

5. Sebastian Im Traum: I. BPM = Circa 80 4:45
6. Sebastian Im Traum: II. Ruhig fliessend 6:19
7. Sebastian Im Traum: III. BPM = 66 3:18

Amsterdam Concertgebouw Orchestra
Mariss Jansons

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Henze: mais afeito aos pesadelos do que propriamente aos sonhos.
Henze: mais afeito aos pesadelos que propriamente aos sonhos.

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Alessandro Scarlatti (1660-1725): Inferno — Cantatas Dramáticas

Alessandro Scarlatti (1660-1725): Inferno — Cantatas Dramáticas

Mais um lindo disco arrancado do barroco sem fim. Alessandro Scarlatti, cujo nome de batismo era Pietro Alessandro Gaspari Scarlata, foi um compositor italiano de grande importância para a música lírica do período barroco. Seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento da ópera séria e da ópera bufa de seu tempo. O pessoal do Modo Antiquo e o soprano Elisabeth Scholl realizam um convincente trabalho neste CD há anos fora de catálogo que foca 4 das 500 Cantatas de Câmara compostas pelo pai de Domenico. Como diz o título nada enganador do CD são Cantate Drammatiche, mas estão longe do também prometido Inferno. É música de alto nível. Se eu fosse você, conferiria.

Alessandro Scarlatti (1660-1725): Inferno — Cantatas Dramáticas

Già lusingato appieno, chamber cantata for soprano, 2 violins & continuo
1. Sinfonia
2. Recitativo: Gia Lusingato Appieno
3. Aria: Cara Sposa
4. Recitativo: Cada Su L’empire Schiere
5. Aria: Sento L’aura
6. Recitativo: Al Trono
7. Aria: Se V’ E Mai
8. Recitativo/Arioso: Disse E Bacio La Sposa

Notte ch’in carro d’ombre, chamber cantata for soprano, 2 violins & continuo
9. Sinfonia: Grave – Allegro
10. Recitativo Accompagnato: Notte, Ch’in Carro D’ombre
11. Aria (Largo E Piano): Vieni, O Notte, In Questo Petto
12. Recitativo: E Tu Ch’ Ognor Ti Vanti
13. Aria (Allegro): Veloce E Labile Fugge E Dileguasi
14. Recitativo: Ma Parmi Ch’esaudite
15. Aria (Largo): Con L’idea D’ Un Bel Gioire
16. Recitativo: Ma Voi Non Vi Chiudete
17. Aria (Allegrissimo): Si, Che Priva Di Contento

Io son Nerone l’imperator del mondo, chamber cantata for soprano & continuo (“Il Nerone”)
18. Recitativo: Lo Son Neron, L’imperator Del Mondo
19. Aria (Andante): Vuo, Che Trema Giove Ancora
20. Recitativo: Il Tirannico Cor Io NOn Ascondo
21. Aria (Allegro): Non Stabilisce, No
22. Recitativo: Or Coll’abisso Istesso
23. Aria: Veder Chi Pena
24. Recitativo: Coi Furibondi Sguardi

Dall’oscura magion dell’arsa Dite, chamber cantata for soprano, 2 violins & continuo (“L’Orfeo”)
25. Introduzione (Allegro-Grave)
26. Recitativo: Dall’oscura Magion
27. Aria (Adagio): Chi M’invola La Cara Euridice
28. Recitativo: Ma Di Che Mi Querelo
29. Aria (Allegro): Se Mirando, Occchi Perversi
30. Recitativo: Hor, Poiche Mi Tradir
31. Aria (Adagio): Sordo Il Tronco
32. Recitativo: Ah, Voi M’abbandonate
33. Aria (Adagio): Il Vanto Del Canto
34. Recitativo: Cosi Dicendo
35. Aria (Streeta): Si, Pieta De Miei Martiri

Elisabeth Scholl
Modo Antiquo
Federico Maria Sardelli

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inferno

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J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Viola da Gamba e Cravo

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Viola da Gamba e Cravo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma bela aquisição para sua coleção de obras de Bach. Trata-se de interpretações sensíveis e virtuosísticas para este diálogo entre a viola da gamba e o cravo, uma conversa musical do mais alto conteúdo. O resultado é de elegância ímpar. Uma delícia total ouvir este CD e, de cada vez, descobrir novas sutilezas e revelações sob as estruturas magníficas criadas por Bach. A colocação de duas árias cujos temas são apresentados pela viola da gamba — uma da São Mateus e outra da São João — ,separando as três sonatas, também foi uma grande ideia.

Um feliz 31 de agosto para todos!

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Viola da Gamba e Cravo

1. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 1 in G major, BWV 1027: Adagio
2. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 1 in G major, BWV 1027: Allegro, ma non tanto
3. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 1 in G major, BWV 1027: Andante
4. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 1 in G major, BWV 1027: Allegro moderato

5. Preludio, improvisation for viola da gamba
6. St. Matthew Passion (Matthäuspassion), for soloists, double chorus & double orchestra, BWV 244 (BC D3b): Komm, süßes Kreuz

7. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 2 in D major, BWV 1028: Adagio
8. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 2 in D major, BWV 1028: Allegro
9. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 2 in D major, BWV 1028: Andante
10. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 2 in D major, BWV 1028: Allegro

11. St. John Passion (Johannespassion), BWV 245 (BC D2): Es ist vollbracht

12. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 3 in G minor, BWV 1029: Vivace
13. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 3 in G minor, BWV 1029: Adagio
14. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 3 in G minor, BWV 1029: Allegro

Paolo Pandolfo, viola da gamba
Markus Hünninger, cravo

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Pandolfo e Hunninger no Wigmore Hall
Pandolfo e Hünninger no Wigmore Hall

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Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Clarinete & outros trabalhos orquestrais

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Clarinete & outros trabalhos orquestrais

De 1928, o Concerto para Clarinete de Nielsen foi dedicado ao clarinetista dinamarquês Aage Oxenvad. Dizem que este Oxenvad era um doido varrido, mas não temos nada a ver com isso. O compositor tinha prometido escrever um concerto para cada membro do quinteto de sopros do qual Oxenvad fazia parte. Em 1922, Nielsen compusera seu espetacular Quinteto, Op. 43, para o mesmo grupo. O concerto é uma obra importante na literatura do instrumento do século XX. É a última obra de grande porte da vida de Nieelsen, que morreu em 1931. Ele estava sofrendo uma série de ataques cardíacos que acabaram por vitimá-lo em 1931. O Concerto foi escrito em um movimento sem pausas, mas nem sempre uma coisa é o que parece. Nielsen fez uma divisão em suas cartas. Haveria um primeiro movimento Allegretto un pocoAllegro non tropo, Più Allegro e Tempo I, um segundo movimento Poco Adagio, um terceiro Allegro non tropo, Poco più mosso e um quarto Allegro Vivace, Poco adagio e Allegro. O CD é completado por outras obras orquestrais. Gostei muito da pastoral Pan & Syrinx. Ah, o belga Walter Boeykens é um baita instrumentista e não nega fogo neste CD da Harmonia Mundi.

Nielsen: Clarinet Concerto & Works for Clarinet & Orchestra.

1 Clarinet Concerto, Op. 57 25:15

2 Pan & Syrinx. Pastorale, Op. 49 8:18

3 Amor & Digteren. Love and the Poet, overture, Op. 54 4:47

4 Little Suite for strings, Op. 1: I. Präludium. Andante con moto 3:30
5 Little Suite for strings, Op. 1: II. Intermezzo. Allegro moderato 5:24
6 Little Suite for strings, Op. 1: III. Finale. Andante con moto 6:57

Walter Boeykens
Beethoven Academie
Jan Caeyers

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Walter Boeykens, uma lição de clarinete pra o povo pequepiano
Walter Boeykens, uma lição de clarinete para o povo pequepiano

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Alessandro Marcello (1669-1747): ‘La Cetra’ (Concertos)

Alessandro Marcello (1669-1747): ‘La Cetra’ (Concertos)

Já faz algum tempo que o ouvinte-leitor Sidney Leal me mandou esses arquivos. São ótimos. Marcello é um problema — a pouca música que conheço de sua autoria é efetivamente bastante boa, mas é raro ouvi-lo. Amanhã, devo publicar mais alguns Concertos e Cantatas do cara. Para variar, o Collegium Musicum 90 e Simon Standage dão um banho neste repertório. Grande disco.

Ah, dia desses, se não me engano, o Rafael Cello desejava enviar algumas versões das Suítes para Violoncelo de Bach. Pode usar o e-mail pqpbachPONTOopsARROBAgmailPONTOcom.

Alessandro Marcello (1669-1747): ‘La Cetra’ Concertos

1. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 1 in D major: I. Allegro assai 2:08
2. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 1 in D major: II. Larghetto 2:52
3. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 1 in D major: III. Vivace 2:59

4. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 2 in E major: I. Allegro assai 1:34
5. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 2 in E major: II. Moderato 3:15
6. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 2 in E major: III. Spiritoso, ma non presto 2:11

7. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 3 in B minor: I. Andante larghetto 4:53
8. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 3 in B minor: II. Adagio 1:36
9. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 3 in B minor: III. Presto 3:27

10. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 4 in E minor: I. Moderato 3:05
11. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 4 in E minor: II. Largo appoggiato 3:14
12. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 4 in E minor: III. Allegro 1:55

13. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 5 in B flat major: I. Moderato 3:04
14. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 5 in B flat major: II. Larghetto staccato 1:57
15. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 5 in B flat major: III. Presto, ma non molto 2:00

16. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 6 in G major: I. Allegro 2:30
17. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 6 in G major: II. Larghetto 3:11
18. La cetra di Eterio Stinfalico: Concerto No. 6 in G major: III. Vivace 2:22

19. Violin Concerto in B flat major: I. Andante 3:14
20. Violin Concerto in B flat major: II. Larghetto 2:29
21. Violin Concerto in B flat major: III. Spiritoso 1:42

Collegium Musicum 90
Simon Standage

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Há compositores mais bonitos.
Há compositores mais bonitos.

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Harry Crowl (1958): Espaços Imaginários (Música de Câmara)

Harry Crowl (1958): Espaços Imaginários (Música de Câmara)

Finalmente liberada para postagem, temos o prazer e a honra de apresentar um pouco da música de câmara do compositor brasileiro, mineiro, ilustre leitor-ouvinte e colaborador aqui do Blog, Harry Crowl.

Originalidade, impressionismo, acordes dissonantes, tensão e mistério, lirismo e dramaticidade, numa atmosfera por vezes selvagem, são algumas das características marcantes das peças incluídas nesse álbum.

O compositor

Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais em 06/10/1958, Harry Lamott Crowl Jr,  estudou violino, viola e composição na sua cidade natal e nos EUA (Wesport School of Music and Juilliard School). Foi bolsista do Conselho Britânico em Dartington , em 1993, e radicou-se em Curitiba desde 1994. Sua obra abrange todos os gêneros instrumentais e vocais, e vem sendo apresentada e transmitida regularmente em todo o Brasil e em várias partes do mundo, especificamente na Europa por importantes grupos musicais. Atua como compositor e musicólogo e é professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. É diretor artístico da Orquestra Brasileira de Música Contemporânea (SBMC), Seção Brasileira da ISCM (International Society Of Contemporary Music), através da qual representou o Brasil nos festivais “Dias Mundiais da Música”, da Eslovênia, em 2003 e, da Suiça, em 2004. Atua também como produtor e apresentador de programas dedicados à música erudita na Rádio Educativa do Paraná e, na Rádio MEC, no Rio. Em outubro de 2004, recebeu em Curitiba, a Medalha da Ordem do Mérito Cultural do “Barão do Serro Azul” por serviços prestados à música.

O álbum

Lançado em 2005, o CD “Espaços Imaginários” traz as obras “Espaços Imaginários” (2001), “Imagens Rupestres” (1996) e, O Quarteto de Cordas Nº 1 “Na Perfurada Luz, Em Plano Austero”, (1992/93), gravadas respectivamente no Canadá, Áustria e Eslováquia.

O trio Espaços Imaginários, para violino, violoncelo e piano é de 2001, e teve sua estreia em novembro do mesmo ano, pelo trio canadense Fibonacci, de Montreal. Trata-se de uma obra poderosa e rica em contrastes, tensionando as texturas possibilitadas pela formação sempre em seu limite extremo.

Extremos de virtuosismo são exigidos pelo primeiro trio de Harry Crowl, Imagens Rupestres, de 1996/97, para flautas, violoncelo e piano, encomendado pelo George Crumb Trio, de Linz (Áustria), e estreado por este mesmo grupo no Castelo Zell an der Pram, no norte austríaco, em maio de 1997. O trio traz algumas características-chave da produção de Crowl, tais como a linguagem dramática, a originalidade na abordagem da formação e a rejeição da linearidade.

Na Perfurada Luz, em Plano Austero, título do primeiro quarteto de cordas de Harry Crowl, foi tirado do poema “Montanhas de Ouro Preto”, que Murilo Mendes publicou em 1945. Escrito entre 1992 e 1993, o quarteto reflete a pesquisa de seu autor sobre compositores brasileiros do período colonial, pois se baseia na combinação das notas de uma série derivada do nome do autor mineiro Francisco Gomes da Rocha (1754-1808), dentro da notação alemã, o que nos dá F(fá)ranCIS(dó sustenido)co G(sol)omE(mi)S(mi bemol) da RoC(dó)H(si)A(lá).

Os vários movimentos do quarteto são executados sem interrupção, mantendo nível elevado de tensão, com apenas dois momentos de relaxamento, parte central e no final. Resultado de estudos sobre a sonoridade produzida pelos quatro instrumentos, a peça utiliza todos os recursos possíveis da formação, desde a polifonia ao uníssono, passando por efeitos de harmônicos artificiais associados a golpes de ardo “col legno”, ou “sul ponticelli” e “tremoli”. A estreia mundial da peça aconteceu no Summartónar, nas Ilhas Faroe, em 27 de julho  de 1996, com o Moyzes String Quartet, de Bratislava (Eslováquia).

Fonte: Encarte do CD

Uma ótima audição!

Harry Crowl: Espaços Imaginários

01. Espaços Imaginários (2001) para violino, violoncelo e piano (19:45)
Trio Fibonacci
Julie Anne Derome, violino
Gabriel Prynn, violoncelo
André Ristic, piano

02. Imagens Rupestres (1996) para flautas, violoncelo e piano (24:19)
The George Crumb Trio
Norbert Girlinger, flautas (+flautim, flauta baixa, flauta octobaixa)
Andréas Pözlberger, violoncelo
Sven Brich, piano

03. Quarteto de Cordas Nº 1, “Na Perfurada Luz, Em Plano Austero” (1992/93) (25:49)
Moyzes Quartet
Stanislav Mucha, violino I
Ferenc Török, violino II
Alexander Lakatos, viola
Jan Slavík, violoncelo

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Harry Crowl
Harry Crowl

Marcelo Stravinsky

Jules Massenet (1842-1912): Thaïs (Ópera Completa)

Jules Massenet (1842-1912): Thaïs (Ópera Completa)

Postagem irrecusável, realizada a pedido de uma querida amiga que ainda não conheço pessoalmente.

Esta nova gravação de “Thaïs” preenche uma importante lacuna no catálogo da ópera gravada. Thais nunca teve a popularidade de “Manon” ou “Werther”, mas é boa música que apenas recentemente recebeu uma gravação decente. Foi registrada duas vezes ao longo dos últimos trinta anos (a RCA em 1974, com Anna Moffo, José Carreras e Bacquier Gabriel e em 1976 pela EMI com Beverly Sills, Nicolai Gedda, e Sherrill Milnes), mas nenhuma destas gravações era satisfatórias, até porque os sopranos do papel-título (Moffo e Sills, respectivamente) já tinham passado por melhores dias. Isto certamente não ocorre com Renée Fleming, cuja voz linda é ideal para o papel da cortesã que virou freira… Fleming soa maravilhosamente jovem e profundamente envolvida no drama. Fleming é acompanhada pelo imenso Thomas Hampson, cujo Athanael supera facilmente os intérpretes anteriores. “O Seigneur, je remets mon tes mains entre ame” é um dos destaques desta gravação. Claramente, é o trabalho Hampson a espinha dorsal de toda a produção. Giuseppe Sabbatini está excelente como Nicias, um grande avanço em relação a Nicolai Gedda na EMI, mas ainda não completamente no nível de Jose Carreras no set da RCA que não está mais disponível. A realização de Yves Abel é convincente. Para aqueles que esperaram anos para uma gravação realmente boa desta ópera de Massenet, essa gravação é a resposta a suas preces.

Thaïs, Lyric Comedy in 3 Acts

Tracklist Disc 1:
01. Thaïs: Voici le pain
02. Thaïs: Le voici! Le voici!
03. Thaïs: Hélas! enfant encore
04. Thaïs: Nous nous mêlons jamais, mon fils
05. Thaïs: Vision … Honte! Horreur!
06. Thaïs: Toi, qui mis la pitié dans nos âmes
07. Thaïs: Mon fils, nous nous mêlons jamais
08. Thaïs: Prélude (Deuxième Tableau)
09. Thaïs: Va, mendiant chercher ailleirs ta vie!
10. Thaïs: Voilà donc la terrible cité
11. Thaïs: Ah! Ah! Ah!… Athanaël, c’est toi!
12. Thaïs: Ah! Ah! Ah!… Je vais donc te revoir
13. Thaïs: Garde-toi bien! Voici ta terrible ennemie!
14. Thaïs: C’est Thaïs, l’idole fragile
15. Thaïs: Quel est cet étranger
16. Thaïs: Qui te fait si sévère
17. Thaïs: Non! Non! je hais vos fausses ivresses
18. Thaïs: Ah! je suis seule, seule enfin!
19. Thaïs: Dis-moi que je suis belle
20. Thaïs: Etranger, te voilà comme tu l’avais dit
21. Thaïs: Eh bien, fais-moi connaître tou cet amour
22. Thaïs: Je suis Athanaël, moine d’Antinoé
23. Thaïs: Je n’ai pas plus choisi mon sort que ma nature
24. Thaïs: Méditation religieuse – Symphonie

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Tracklist Disc 2:
01. Thaïs: Père, Dieu m’a parlé par ta voix
02. Thaïs: Non loin d’ici, vers l’occident
03. Thaïs: Considère, ô mon père
04. Thaïs: Suivez-moi tous, amis!
05. Thaïs: Divertissement: 1. Allegro vivo
06. Thaïs: Divertissement: 2. Mélopée orientale
07. Thaïs: Divertissement: 3. Allegro brillante
08. Thaïs: Divertissement: 4. Allegretto con spirito
09. Thaïs: Divertissement: 5. Mouvement de valse
10. Thaïs: Voilà l’incomparable!… Divertissement: 6 La Charmeuse
11. Thaïs: Divertissement: 7. Finale
12. Thaïs: Eh! C’est lui!… Athanaël
13. Thaïs: Il dit vrai!
14. Thaïs: L’ardent soleil m’écrase
15. Thaïs: Ah! des gouttes de sang coulent de ses pieds
16. Thaïs: O messager de Dieu, si bon dans ta rudesse
17. Thaïs: Baigne d’eau mes mains et mes lèvres
18. Thaïs: La paix du Seigneur soit avec toi
19. Thaïs: Mon oeuvre est accomplie!
20. Thaïs: Que le ciel est pesant!
21. Thaïs: C’est lui qui vient!
22. Thaïs: Qui te fait si sévère
23. Thaïs: Thaïs va mourir!
24. Thaïs: Seigneur, ayez pitié de moi
25. Thaïs: Sois le bienvenu dans nos tabernacles
26. Thaïs: C’est toi, mon père

Composed by Jules Massenet
Performed by Bordeaux Aquitaine National Orchestra
Conducted by Yves Abel

Thomas Hampson
Renée Fleming
Giuseppe Sabbatini
Elisabeth Vidal
Isabelle Cals
Enkelejda Shkosa
Renaud Capuçon
Stefano Palatchi

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Renée Fleming: uma verdadeira diva
Renée Fleming: uma verdadeira diva

PQP

Johann Sebastian Mastropiero (?-?): O Lago Encantado

Johann Sebastian Mastropiero (?-?): O Lago Encantado

hqdefaultJohann Sebastian Mastropiero é sem dúvida um dos compositores que motivam maiores polêmicas entre os musicólogos. Por exemplo, diversos autores divergem em sua data de nascimento. Seria um 7 de fevereiro, mas se não concordam nem quanto ao século, o que dirá do ano? Do mesmo modo, há vários países que disputam sua nacionalidade. Tampouco se conhece a data de sua morte. Nem se esta verdadeiramente ocorreu.

Há também controvérsias sobre seu nome, pois ele também foi conhecido por Peter Illich, Wolfgang Amadeus, etc. A grande dispersão de dados biográficos sobre o mestre e as grandes lacunas existentes acerca de determinados períodos de sua vida, fazem com que seja muito difícil escrever uma biografia minimamente completa.

Há 40 anos, o grupo argentino Les Luthiers dedica-se quase que com exclusividade à obra de Mastropiero. P.Q.P. Bach, aproveitando esta fase de lagos adormecidos pelo balé, traz para o blog o esplêndido balé El Lago Encantado, do qual é ouvida a música — FANTÁSTICA — além DA NARRAÇÃO DOS ACONTECIMENTOS DO PALCO. Coisa de louco!

https://youtu.be/ODvjmV8SolM

Este é a segunda postagem de Mastropiero. Muita atenção.

Para quem não conhece o Les Luthiers, vejam aqui como não sabemos nada sobre nossos vizinhos. Os caras são pouco famosos…

Mais detalhes aqui, aqui ou com a Condessa Shortshot.

Mastropiero – El Lago Encantado

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Grupo genial
Grupo genial

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Concerto for Orchestra / 4 Orchestral Pieces, Op. 12

Béla Bartók (1881-1945): Concerto for Orchestra / 4 Orchestral Pieces, Op. 12

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Assim como Ravel, Bartók tem uma notável obra sinfônica, mas não compôs “Sinfonias”. O mais próximo que chegou disso foi no belíssimo Concerto para Orquestra e, antes, nas 4 Peças Orquestrais. Os cinco movimentos do Concerto para Orquestra formam uma obra-prima da literatura musical do século XX. Escrito no exílio norte-americano em 1943, foi revisado em 1945 com Bartók já tomado pela leucemia. Mas não pensem numa música triste ou “de morte”. É antes uma composição de fé na humanidade ao final da Segunda Guerra que devastou sua Hungria. Sua estrutura lembra a dos Concerti Grossi barrocos, concertos onde não apareciam ainda um único e grande solista, mas sim vários deles dialogando. A linguagem é moderna e o resultado sensacional.

Bartók escreveu: “O título deste trabalho tem por objetivo de tratar os instrumentos individuais ou grupos de instrumentos de uma forma concertante ou solista. O tratamento “virtuose” aparece, por exemplo, nas seções em fugato do desenvolvimento do primeiro movimento (instrumentos de sopro) ou nas passagens do “perpetuum–móbile” que aparece como o principal tema no último movimento (cordas), e, principalmente, no segundo movimento. Quanto à estrutura, o primeiro e o quinto movimentos são escritos na “forma sonata” de uma maneira mais ou menos regular e o desenvolvimento do primeiro movimento contém seções em fugato para os metais, a exposição no final é um pouco prolongada, e seu desenvolvimento é uma fuga construída no último tema da exposição. Formas menos tradicionais são encontradas no segundo e terceiro movimentos. A parte principal do segundo movimento consiste em um encadeamento de pequenas seções independentes, tocados por instrumentos de sopro introduzido em pares (fagotes, oboés, clarinetes, flautas, trompetes com sordina) . Tematicamente, as cinco seções não têm nada em comum e pode ser simbolizado pelas letras A, B, C, D, E. O trio é um pequeno coral para metais e tambor seguindo as cinco seções, retomadas em uma instrumentação mais elaborada. A estrutura encadeia o segundo e o terceiro movimentos. Três temas são ouvidos sucessivamente, o que constitui o núcleo do movimento que é enquadrado por uma textura nebulosa de motivos mais rudimentares. O material temático deste movimento é derivado da “Introdução” do primeiro movimento. A forma do quarto movimento Intermezzo interrotto pode ser pensado baseado nas letras A, B, A – interrupção – B, A”.

Béla Bartók (1881-1945): Concerto for Orchestra / Orchestral Pieces, Op. 12

1. Bartók: Four Orchestral Pieces Op.12 (Sz 51) – 1. Preludio 6:34
2. Bartók: Four Orchestral Pieces Op.12 (Sz 51) – 2. Scherzo: Allegro 6:12
3. Bartók: Four Orchestral Pieces Op.12 (Sz 51) – 3. Intermezzo: Moderato 5:03
4. Bartók: Four Orchestral Pieces Op.12 (Sz 51) – 4. Marcia funebre: Maestoso 4:57

5. Bartók: Concerto For Orchestra, Sz. 116 – 1. Introduzione (Andante non troppo – Allegro vivace) 9:38
6. Bartók: Concerto For Orchestra, Sz. 116 – 2. Giuoco della coppie (Allegretto scherzando) 6:26
7. Bartók: Concerto For Orchestra, Sz. 116 – 3. Elegia (Andante, non troppo) 7:42
8. Bartók: Concerto For Orchestra, Sz. 116 – 4. Intermezzo interrotto (Allegretto) 4:02
9. Bartók: Concerto For Orchestra, Sz. 116 – 5. Finale (Pesante – Presto) 9:24

Chicago Symphony Orchestra
Pierre Boulez

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O grande, enorme Béla Bartók
O grande, enorme Béla Bartók

PQP

.: interlúdio :. Miles Davis (1926-1991): Tutu (Deluxe Edition) 2CD (2011)

.: interlúdio :. Miles Davis (1926-1991): Tutu (Deluxe Edition) 2CD (2011)

AB-SO-LU-TA-MEN-TE DES-CAR-TÁ-VEL!!!

Quando coloquei este CD no mp3 do carro, não demorou muito para o Prestes protestar:

— Ó, filho de Bach, esse troço é um lixo.
— Mas é Miles Davis.
— Não interessa, é um LIXO!

Logo depois, o Igor começou a teorizar, dizendo que poucos criadores e artistas sobreviveram ilesos ao mau gosto dos anos 80. Ambos têm razão. O Igor referiu-se à forma como a época imiscuiu-se na obra dos mais diversos criadores musicais com resultados quase sempre muitíssimo danosos e malcheirosos do ponto de vista artístico. Prestes disse que o álbum vermelho do conservador (do ponto de vista musical) Chico Buarque, lançado em 1984, possui coisas estranhas como aqueles sons — schuuupp, fiiiissst… — que acompanham a criançada se alimentando de luz. É verdade, não tinha me dado conta. Eu não sei o que houve naquela época. O disco, com suas baterias eletrônicas e seus tecladinhos com sons de estrelas tomaram conta do panorama de tal maneira que o melhor foi cobrir a cabeça com o travesseiro das músicas de qualquer outra época. Igor citou os Ramones como exemplo de dignidade e resistência ao ridículo. Miles Davis? Sim o grande Miles foi vitimado, soçobrando lamentavelmente.

(Neste momento, já em casa, minha filha revolta-se contra a versão a la Paul Mauriat ou André Rieu para Time after time (sim, de Cyndi Lauper) que está na faixa 7 do segundo CD.

— Pai, por que tu tens que ouvir essa droga?

Ah, se ela tivesse ouvido Human Nature… Eu estaria morto).

Bem, aqui temos dois CDs. O primeiro é o Tutu original. A única coisa que presta no disquinho é Tutu e Full Nelson, cujo nome correto deveria ser Full Prince, pois o anão de Minneapolis faz exatamente aquilo ali, só que muito melhor. O segundo CD é uma tentativa desesperada dos relançadores atuais de salvar a situação. É um álbum remasterizado de um concerto de Miles no Festival de Nice de 1986, nunca lançado antes. O CD é bom, as improvisações estão ali, mas não funciona. Era 1986 e há coisas de brochar qualquer vivente.

Tutu (uma homenagem a Desmond Tutu) foi lançado em dezembro daquele ano e, na verdade, deu nova feição à carreira de Miles. Para variar, a merda ganhou dois prêmios Grammy e recolocou o genial trompetista como uma grande estrela internacional. Nada mais imerecido. Como dizia minha mãe, que não costumava ouvir nunca porcarias, é MÚSICA PERECÍVEL. (Obrigado, Maria Luiza).

Quase todas as composições do disco são do baixista e produtor Marcus Miller. Aliás, como comentaram o Igor e o Prestes, foi uma tremenda sacanagem do cara. Ao lado de todo aquele mau gosto, de toda aquela distorção Bee Gees, há um baixo seguro e digno. Só. É Marcus Miller, que parece ter feito a bosta com a segunda intenção ser o único sobrevivente. Olha só: o trompete de Miles no Tutu original está sempre com surdina, as baterias são eletrônicas, os teclados abrem portais imaginários com fadinhas dentro. O único som humano é o do baixo e de um lá que outro sax. O resto está abaixo no nível do rio Mississipi, sob a água.

Mas foi um tremendo sucesso de público.

Eu acho engraçada a forma como é dividida a carreira do indiscutivelmente genial Miles Davis:

1 Juventude – de 1926 a 1944
2 Bebop e Birth of the Cool – de 1944 a 1955
3 Primeiro Grande Quinteto e Sexteto – de 1955 a 1958
4 Gravações com Gil Evans – de 1957 a 1963
5 Kind of Blue – de 1959 a 1964
6 Segundo Grande Quinteto – de 1964 a 1968
7 Elétrico Miles – de 1968 a 1975
8 Década Final – de 1981 a 1991 <– Ou seja, o grande equívoco, a MERDA que nem recebeu um título distinto da temporalidade que a caracterizasse.
9 Morte – 1991

Miles Davis — Tutu Remastered Album — Deluxe Edition (2011)

1. Tutu
2. Tomaas
3. Portia
4. Splatch
5. Backyard Ritual
6. Perfect Way
7. Don’t Lose Your Mind
8. Full Nelson

CD 2
Live At Nice Fest 1986

1. Opening Medley
2. New Blues
3. Maze
4. Human Nature
5. Portia
6. Splatch
7. Time After Time
8. Carnival

Miles Davis – trumpet
Marcus Miller – bass guitars, guitar, synthesizers, drum machine programming, bass clarinet, soprano sax, other instruments.
Jason Miles – synthesizer programming
Paulinho da Costa – percussion on “Tutu”, “Portia”, “Splatch”, Backyard Ritual”
Adam Holzman – synthesizer solo on “Splatch”
Steve Reid – additional percussion on “Splatch”
George Duke – all except percussion, bass guitar, and trumpet on “Backyard Ritual”
Omar Hakim – drums and percussion on “Tomaas”
Bernard Wright – additional synthesizers on “Tomaas” and “Don’t Lose Your Mind”
Michał Urbaniak – electric violin on “Don’t Lose Your Mind”
Jabali Billy Hart – drums, bongos

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Um dos discos mais superestimados de todos os tempos, uma bosta
Um dos discos mais superestimados de todos os tempos, uma bosta

PQP

ATENÇÃO, VEJAM ISSO: Lord of the Vibrato – the return of ultimate vibration

ATENÇÃO, VEJAM ISSO: Lord of the Vibrato – the return of ultimate vibration

No filme abaixo, o violinista porto-alegrense Lavard Skou Larsen — amigo pessoal de PQP Bach — tira um sarro dos vibratos da insuportável e incompreensível violinista polonesa Anna Karkowska, espécie de Florence Foster Jenkins do instrumento. Lavard Skou Larsen é professor de violino na Universidade Mozarteum, em Salzburg, e da cadeira de prática de orquestra. Desde 1991, é fundador, maestro e diretor artístico da excelente Salzburg Chamber Soloists, de grande sucesso no mundo inteiro. Grava regularmente para os selos Naxos, Denon, CPO, Marco Polo, Stradivarius e Coviello Classics e, em 2004, assumiu o cargo de maestro titular da Deutsche Kammerakademie Neuss am Rhein (Alemanha).

No final do filme, vale a pena ouvir a versão vibrato (sic) da Noite Transfigurada, de Arnold Schoenberg…

Por Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Por Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

PQP

Bohuslav Martinu (1890-1959): Sinfonias Completas de 1 a 5 e Fantasias Sinfônicas (Sinfonia Nº 6)

Bohuslav Martinu (1890-1959): Sinfonias Completas de 1 a 5 e Fantasias Sinfônicas (Sinfonia Nº 6)

martinu

Na Amazon.

Já há algum tempo que eu estava organizando esta postagem do compositor tcheco Bohuslav Martinu. Somente agora tomei a atitude de fazê-lo. Fiquei com dúvida sobre qual versão postar. Tenho uma outra gravação dessas mesmas sinfonias com Neeme Järvi. O fato é que escolhi esta gravação com Vaclav Neumann de modo instintual. Achei necessário que ela aparecesse primeiro. Explicação? Nenhuma. Apenas o fato de talvez eu ter ouvido primeiro a gravação com o Neumann, patrício de Martinu, morto no ano de 1995. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Bohuslav Martinu (1890-1959): Sinfonias completas de 1 a 5 e Fantasia Sinfônica (Sinfonia Nº 6)

DISCO 1

Symphony No. 1, H. 289 37min22
01. Moderato
02. Allegro.Poco moderato. Allegro come prima
03. Largo
04. Allegro non troppo

Symphony No. 2, H. 295 23min40
05. Allegro moderato
06. Andante moderato
07. Poco allegro
08. Allegro

DISCO 2

Symphony No. 3, H. 299 28min36
01. Allegro poco moderato
02. Largo
03. Allegro

Symphony No. 4, H. 305 33min29
04. Poco moderato. Poco allegro 00:07:00
05. Allegro vivo. Moderato (Trio). Allegro vivo 00:08:59
06. Largo 00:10:03
07. Poco allegro 00:07:11

DISCO 3

Symphony No. 5, H. 310 29min48
01. Adagio
02. Larghetto
03. Lento. Allegro

Fantaisies symphoniques (Symphony No. 6), H. 343 27min41
04. Lento. Allegro. Lento
05. Poco allegro
06. Lento

Czech Philharmonic Orchestra
Václav Neumann, regente

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De Martinu para você
De Martinu para você

Carlinus

Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847): Symphony N°3 / The Fair Melusina / Trumpet Overture / Ruy Blas

Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847): Symphony N°3 / The Fair Melusina / Trumpet Overture / Ruy Blas

61F24sj7vEL._SL500_AA280_Um dos grandes momentos da discografia de Claudio Abbado foi a gravação da integral das sinfonias de Mendelssohn frente à Sinfônica de Londres. A cumplicidade entre a orquestra e o maestro era muito grande, e essas leituras que ele realizou das sinfonias e aberturas do grande compositor de Leipzig mostram isso claramente nesta gravação que ora vos trago, que tem a Sinfonia n°3, conhecida como “Escocesa” além de algumas aberturas.

Já comentei anteriormente como gosto destas sinfonias de Mendelssohn. São alegres, espirituosas, me deixam de bem com a vida. Este fantástico compositor viveu pouco mas nos legou uma quantidade de obras de altíssimo nível.

Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847): Symphony N°3 / The Fair Melusina / Trumpet Overture / Ruy Blas

1 Sym No 3 in A minor Op 56 ‘Scottish’ – 1 Andante con moto_ Allegro un poco agitato
2 Sym No 3 in A minor Op 56 ‘Scottish’ – 2 Vivace non troppo
3 Sym No 3 in A minor Op 56 ‘Scottish’ – 3 Adagio
4 Sym No 3 in A minor Op 56 ‘Scottish’ – 4 Allegro vivacissimo_ Allegro maestoso assai
5 The Fair Melusina Overture Op 32
6 Trumpet Overture – Op 101
7 Ruy Blas – Op 95

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado – Conductor

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Abbado, esse sabia
Abbado, esse sabia

FDP (revalidado por PQP)

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Violino (completas) (Schneiderhan, Seeman)

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Violino (completas) (Schneiderhan, Seeman)

Uma importante gravação do passado. Ultra-romântico, o violinista de lentes grossas Wolfgang Schneiderhan carregava em cores pouco utilizadas em nossos dias. O cara foi spalla da Orquestra Filarmônica de Viena e mantinha, paralelamente, uma carreira solo.. Esqueçamos seu passado no Partido Nazista. Afinal, entrou na coisa aos 15 anos, em 1940. Engraçado como, em outra gravação, Ferenc Fricsay deixou  Schneiderhan mais calmo do que ele aparece aqui, fazendo berrar seu violino com a utilização de uma força descomunal. Devia ter calosidades nas mãos. Mas o resultado é bom, mas só depois que paramos de rir de certos exageros.

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Violino (completas)

1 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.1 in G, Op.78 – 1. Vivace ma non troppo 10:39
2 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.1 in G, Op.78 – 2. Adagio 7:47
3 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.1 in G, Op.78 – 3. Allegro molto moderato 7:55

4 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.2 in A, Op.100 – 1. Allegro amabile 8:01
5 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.2 in A, Op.100 – 2. Andante tranquillo – Vivace – Andante – Vivace di più – Andante vivace 5:46
6 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.2 in A, Op.100 – 3. Allegretto grazioso (Quasi andante) 5:06

7 Brahms: Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108 – 1. Allegro 7:28
8 Brahms: Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108 – 2. Adagio 4:50
9 Brahms: Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108 – 3. Un poco presto e con sentimento 2:37
10 Brahms: Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108 – 4. Presto agitato 5:40

11 Brahms: Scherzo in C minor for violin & piano (from the FAE-Sonata) 5:28

Wolfgang Schneiderhan, violino
Carl Seeman, piano

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Wolfgang Schneiderhan: enxergava mal, mas era romântico pra caralho.
Wolfgang Schneiderhan: enxergava mal, mas era romântico pra caralho.

PQP

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 4

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 4

Um gravação decepcionante do grande Dudamel. Um Brahms frouxo e bastante sem graça este realizado pela orquestra norte-americana do venezuelano. Ficou tudo muito parecido com o time do Inter, que ronda a área adversária sem penetrar. Deixemos estas lentidões para quem sabe, alguém tipo Celibidache ou Ademir da Guia. Na boa, não me caiu bem esta versão.

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 4

1 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 1. Allegro non troppo 14:02
2 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 2. Andante moderato 12:15
3 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 3. Allegro giocoso – Poco meno presto – Tempo I 6:22
4 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 4. Allegro energico e passionato – Più allegro 11:46

Los Angeles Philharmonic
Gustavo Dudamel

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Um Brahms meio caído, né, Dudamel?
Um Brahms meio caído, né, Dudamel?

PQP

.: intermezzo :. Jazz Contemporaries ‎– Reasons In Tonality (1972)

.: intermezzo :. Jazz Contemporaries ‎– Reasons In Tonality (1972)

jazz contemporaries

Esse não é o Jazz Contemporaries que Freddie Hubbard montou em 1957 com James Spaulding e Larry Ridley. É o grupo cujo único rastro é esse raríssimo disco, uma gravação ao vivo no Village Vanguard em 13/02/1972, lançado pela lendária Strata-East. Rip de vinil, fora de catálogo (como a maioria das edições da Strata).

E, por pura falta de informações disponíveis, isso é tudo* que eu tenho a dizer sobre a postagem de hoje.

Ah! Embora os discos da Strata-East tenham forte relação com o soul jazz (spiritual, afro etc), esse é um caso de “aumenta que isso aí é post-bop”. Aproveite a oportunidade de ouvir Watkins e seu french horn — e Coleman tem tanto fôlego que não só derrubaria a casa dos porquinhos como os sopraria a 3km de distância. O lado B é absolutamente fantástico. Não sei porque permitem que esse disco permaneça esquecido.

Jazz Contemporaries – Reasons In Tonality (1972)

Lado A: Reasons In Tonality 24:00
Composed By – Julius Watkins
Lado B: 3-M.B. 22:45
Composed By – Keno Duke

Bass – Larry Ridley
Drums – Keno Duke
French Horn – Julius Watkins
Piano – Harold Mabern
Saxophone [Tenor] – Clifford Jordan, George Coleman

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Blue Dog

Prayer: Música para Voz e Órgão com Magdalena Kozena e Christian Schmitt

Prayer: Música para Voz e Órgão com Magdalena Kozena e Christian Schmitt

Um disco de música sacra desta que é uma das maiores estrelas do canto lírico atual. Ela canta maravilhosamente peças que, na verdade, tira de letra. É uma utilidade, pois raramente um duo de voz e órgão é gravado, ainda mais neste nível. Aqui, ela passa por Franz Schubert, Johann Sebastian Bach, Hugo Wolf, Maurice Ravel, Bizet, Verdi, Purcell… e outros compositores dos quais a gente nem sabia de momentos carolas. Sabiam que ela vai gravar todas as canções de Schubert em uma série de recitais no Wigmore Hall? Ah, pois é, as pessoas têm de se informar. Vai gravar, sim..

Prayer: Música para Voz e Órgão com Magdalena Kozena e Christian Schmitt

Franz Schubert (1797-1828)
1. Totengräbers Heimweh, D 842 05:42
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
2. Komm, süßer Tod, komm, sel’ge Ruh!, BWV 478 03:16
Hugo Wolf (1860-1903)
3. Karwoche 03:54
Maurice Ravel (1875-1937)
4. Kaddisch 04:34
Georges Bizet (1838-1875)
5. Agnus Dei 03:08
Franz Schubert (1797-1828)
6. Ellens Gesang III (Hymne an die Jungfrau), D 839 05:44
Hugo Wolf (1860-1903)
7. Mühvoll komm ich und beladen 04:42
Henry Purcell (1659–1695)
8. Tell Me, Some Pitying Angel (The Blessed Virgin’s… 07:15
Antonin Dvorak (1841-1904)
9. Ave Maria, Op.19b 03:01
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
10. So gibst du nun, mein Jesu, gute Nacht!, BWV 501 02:10
Franz Schubert (1797-1828)
11. Himmelsfunken, D 651 02:54
Hugo Wolf (1860-1903)
12. Zum neuen Jahr 01:43
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
13. Die güldne Sonne, BWV 451 01:13
Franz Schubert (1797-1828)
14. Vom Mitleiden Mariä, D 632 03:46
Hugo Wolf (1860-1903)
15. Schlafendes Jesukind 03:11
Franz Schubert (1797-1828)
16. Litanei auf das Fest Allerseelen, D 343 04:41
Giuseppe Verdi (1813–1901)
17. Ave Maria 05:03
Hugo Wolf (1860-1903)
18. Gebet 02:02
Franz Schubert (1797-1828)
19. Der Leidende, D 432 01:52
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
20. Mein Jesu, was für Seelenweh, BWV 487 02:32
Maurice Duruflé
21. Notre Père, Op.14 01:25
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
22. Kommt, Seelen, dieser Tag, BWV 479 01:06
Petr Eben (1929-2007)
23. Die Hochzeit zu Kana 06:54
Leos Janacek (1854-1928)
24. Glagolitic Mass – 7. Varhany Solo 02:53

Magdalena Kozena, mezzo-soprano
Christian Schmitt, órgão

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A Sr.a Rattle sabe o que faz. Canta demais!
A Sra. Rattle sabe o que faz. Canta demais!

PQP

Ernest Chausson (1855-1899) / Gabriel Fauré (1845-1924): Quartetos para Piano

Ernest Chausson (1855-1899) / Gabriel Fauré (1845-1924): Quartetos para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu, PQP Bach, estava em férias e voltei hoje. Sou uma humilde pessoa que não ganha muito, mas que guarda algum. Então, estive em Londres, Roma e Praga, onde — adivinhem? — assisti um monte de concertos. O Rudolfinum de Praga à beira do Moldávia… A Saint-Martin-in-the-fields… O Queen Elisabeth Hall… O Royal Festival Hall… O Barbican Hall… O festival The Rest is Noise, baseado na obra de Alex Ross no Southbank Center…

Então, ainda sob a influência destes 20 maravilhosos dias, deixo para vocês um CD espetacular e cheio de prêmios Diapason d`Or, Choc, etc.

O Quarteto Schumann interpreta dois Quartetos para Piano, um melhor do que o outro. É música da melhor qualidade e a interpretação é sensacional.

Ernest Chausson (1855-1899) / Gabriel Fauré (1845-1924): Quartetos para Piano

Ernest Chausson (1855-1899)
Piano Quartet in A major Op.30
1. Piano Quartet in A major Op.30 : Animé 11:55
2. Piano Quartet in A major Op.30: Très calme 10:07
3. Piano Quartet in A major Op.30: Simple et sans hâte 4:05
4. Piano Quartet in A major Op.30: Animé 12:19

Gabriel Fauré (1845-1924)
Piano Quartet no.1 in C minor Op.15
5. Piano Quartet N°1 in C minor Op.15 : Allegro molto moderato 9:57
6. Piano Quartet N°1 in C minor Op.15 : Scherzo (Allegro vivo) 5:40
7. Piano Quartet N°1 in C minor Op.15 : Adagio 7:18
8. Piano Quartet N°1 in C minor Op.15 : Allegro molto 8:11

Quatuor Schumann

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quatuor-schumann

PQP

.: interlúdio :. Charles Mingus & Eric Dolphy – Immortal Concerts (1960)

.: interlúdio :. Charles Mingus & Eric Dolphy – Immortal Concerts (1960)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Poucas vezes ouvi um CD original e AO VIVO de Charlie Mingus com tamanha qualidade de som. É espantosa a gravação do som daquele Festival de Antibes de 1960. Não é uma gravação de rádio como tantas. Sua qualidade é notável. Este ESPETACULAR CONCERTO, gravado em Paris na década de 60, apresenta Charlie Mingus e Eric Dolphy junto com o baterista e melhor amigo Dannie Richmond, o saxofonista Booker Ervin e o trompetista Ted Curson. Charles Mingus toca o solo de piano em “Better Git Hit In Your Soul” e há uma aparição — em “I’ll Remember April” — do pai do bebop, na época residente em Paris, Bud Powell.

Enormes composições e interpretações de artistas em seu auge. Ervin é sensacional, mas quando Dolphy entra, ele nos fala com outro sotaque e numa língua familiaríssima à da nossa sempre efêmera felicidade.

Que GRANDE CD!!!

Charles Mingus & Eric Dolphy – Immortal Concerts (1960)

1. Better Git Hit In Your Soul
2. Wednesday Night Prayer Meeting
3. Prayer For Passive Resistance
4. I’ll Remember April
5. What Love?
6. Folk Forms No. 1

Músicos:
Ted Curson (trumpet)
Eric Dolphy (clarinet, sax alto)
Booker Ervin (sax tenor)
Charles Mingus (bass, piano)
Bud Powell (piano)
Dannie Richmond (drums)

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Mingus + Dolphy: sim, aconteceu
Mingus + Dolphy: sim, aconteceu

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): Mahler Lieder

Gustav Mahler (1860-1911): Mahler Lieder

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Para tirar o gosto do Maazel de ontem, um álbum indiscutível: Canções de Mahler com regência de Pierre Boulez, a Filarmônica de Viena e os cantores Thomas Quasthoff, Violeta Urmana e Anne Sofie von Otter. Meio besta ficar comentando. Mesmo assim, alguns detalhes: são três ciclos de completos Mahler, interpretados por três cantores e um só regente e orquestra. É inacreditavelmente belo. Ouça ou ouça.

Gustav Mahler – Mahler Lieder

Lieder eines fahrenden Gesellen
1) Wenn mein Schatz Hochzeit macht [4:12]
2) Ging heut’ morgen übers Feld [3:53]
3) Ich hab’ ein glühend Messer [3:09]
4) Die zwei blauen Augen von meinem Schatz [5:37]

Thomas Quasthoff
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez

Rückert-Lieder
5) Blicke mir nicht in die Lieder [1:18]
6) Ich atmet’ einen linden Duft [2:37]
7) Liebst du um Schönheit [2:45]
8. Ich bin der Welt abhanden gekommen [7:02]
9) Um Mitternacht [5:54]

Violeta Urmana
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez

Kindertotenlieder
10) Nun will die Sonn’ so hell aufgeh’n [5:44]
11) Nun seh’ ich wohl, warum so dunkle Flammen [4:51]
12) Wenn dein Mütterlein [4:57]
13) Oft denk’ ich, sie sind nur ausgegangen [3:01]
14) In diesem Wetter [6:08]

Anne Sofie von Otter
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez

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Pessoalmente, Boulez pode ser um chato mal-humorado, mas bota ele na frente de orquestra para ver o resultado...
Pessoalmente, Boulez pode ser um chato mal-humorado, mas bota ele na frente de orquestra para ver o resultado…

PQP

Joly Braga Santos (1924-1988): Symphony No. 4 / Symphonic Variations

Joly Braga Santos (1924-1988): Symphony No. 4 / Symphonic Variations

Qual foi o melhor compositor de Portugal? Não tenho ideia, pois pouco sei sobre os compositores portugueses. Mas parece ser comum por lá a afirmação que o maior sinfonista foi Joly Braga Santos. Nascido em Lisboa em 1924, Joly teve duas fases na sua vida: a primeira foi regionalista, misturada com influências inúmeras (Sibelius, Vaughan Williams, etc.), e uma segunda fase mais modernista. A sua obra foi resgatada no início do século pela gravadora Marco Polo. Todas suas sinfonias foram finalmente gravadas.

Em poucas palavras, adorei o que ouvi. Sua sinfonia Nº 4 (1950), dedicada à juventude musical portuguesa, tem a clássica estrutura com quatro movimentos, mas os movimentos estão bem mais interligados, como se fosse uma super-rapsódia. A obra é do final da fase regionalista, mas não é uma peça de louvor folclórico. Há muito mais aqui. A sinfonia não é original, mas é brilhante. O quarto movimento empolga do começo ao fim, uma das peças mais bem orquestradas que ouvi.

A obra que abre o disco são as variações sinfônicas sobre uma canção do Alentejo (1949) que é absolutamente encantadora.

Joly Braga Santos (1924-1988): Symphony No. 4 / Symphonic Variations

1 Symphonic Variations on a popular song from the Alentejo 14:54
2 Symphony No. 4: Lento 13:48
3 Symphony No. 4: Andante 12:19
4 Symphony No. 4: Allegro tranquillo 11:03
5 Symphony No. 4: Lento 16:05

National Symphony Orchestra of Ireland
Alvaro Cassuto

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O bom Joly em ação.
Retrato do (bom) compositor com suspensórios.

CDF