Olivier Messiaen (1908-1992): Sinfonia Turangalîla

Olivier Messiaen (1908-1992): Sinfonia Turangalîla

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sem dúvida, Messiaen foi um dos maiores compositores do século XX. Seu Quarteto para o Fim dos Tempos, a imensa obra para órgão, o Catálogo dos Pássaros, tudo é incontornável. E também a Sinfonia Turangalîla. Ela foi escrita no período entre os anos de 1946 e 1948, por encomenda de Serge Koussevitzky para a Boston Symphony Orchestra, e estreada pela mesma em 1949, sob direção de Leonard Bernstein. É uma das várias peças de Messiaen que utiliza Ondas Martenot. Também tem um solo sensacional para piano. Messiaen afirmou que o título da peça provém de duas palavras de sânscrito, turanga e lîla, que em conjunto significam algo como “canção de amor e hino de alegria, tempo, movimento, ritmo, vida e morte”.

É a mais colossal e a mais longa (dez movimentos) de todas as sinfonias francesas, da qual diz seu autor: “É um canto de amor e um hino à alegria. É ainda um vasto contraponto de ritmos. Ela usa, particularmente, dois procedimentos rítmicos que foram inovações quando de sua criação: os ritmos não retroativos e as personagens rítmicas.” Na altura da composição, Messiaen estava fascinado pelo mito de Tristão e Isolda, e a Sinfonia Turangalîla forma o trabalho nuclear na sua trilogia de composições relativas a temas de amor e morte, a primeira das quais é o ciclo de canções Harawi (poème d’amour et de mort) e a terceira Cinq rechants para coro sem acompanhamento instrumental.

A Turangalîla tem partitura para 12 madeiras, 4 trompas, 5 trompetes, 3 trombones, 1 tuba, piano solo, Ondas Martenot solo, glockenspiel, celesta, vibrafone e outras percussões (total de 10 percussionistas) e instrumentos de corda.

“Bem, a minha referência em Turangalîla sempre foi a gravação de Myung-Whun-Chung a frente da orquestra da ópera da Bastilha com simplesmente ninguém menos do que Yvonne Loriod ao piano e Jeanne Loriod nas Ondas Martenot.
O pessoal é a cara do Messiaen! Para encerrar , no booklet , ninguém menos do que o próprio Messiaen subscreve, dizendo que a gravação para ele é a definitiva”.

Olivier Messiaen (1908-1992): Sinfonia Turangalîla

Turangalîla-Symphonie Pour Piano Principal Et Grand Orchestre (78:32)
1 I. Introduction: Modéré, Un Peu Vif 6:25
2 II. Chant D’Amour 1: Modéré, Lourd 8:14
3 III. Turangalîla 1: Presque Lent, Rêveur 5:26
4 IV. Chant D’Amour 2: Bien Modéré 11:03
5 V. Joie Du Sang Des Étoiles: Vif, Passionné, Avec Joie 6:42
6 VI. Jardin Du Sommeil D’Amour: Très Modéré, Très Tendre 12:39
7 VII. Turangalîla 2: Un Peu Vif – Bien Modéré 4:11
8 VIII. Développement De L’Amour: Bien Modéré 11:41
9 IX. Turangalîla 3: Bien Modéré 4:27
10 X. Final: Modéré, Presque Vif, Avec Une Grande Joie 7:44

Yvonne Loriod, piano
Jeanne Loriod, ondes martenot
Orchestre de la Bastille
Myung-Whun Chung

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Messiaen: gênio total
Messiaen: gênio total

PQP

Giuseppe Tartini (1692-1770): 4 Sonate per Violino. “Il Trillo del Diavolo” – “Didone Abbandonata”

Giuseppe Tartini (1692-1770): 4 Sonate per Violino. “Il Trillo del Diavolo” – “Didone Abbandonata”

2jbw1vb “Sim, sou o Diabo, repetia ele; não o Diabo das noites sulfúreas, dos contos soníferos, terror das crianças, mas o Diabo verdadeiro e único, o próprio gênio da natureza, a que se deu aquele nome para arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil e airoso. Sou o vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai daquele nome, inventado para meu desdouro, fazei dele um troféu e um lábaro, e eu vos darei tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo…” Assim se apresenta o Diabo através da pena de Machado de Assis no seu formidável conto A Igreja do Diabo. Satã, Arcano 15 do Tarot, o capeta, o cramunhão, o capiroto, o merda de galinha choca – como dizia minha avô Dona Nenê (que deus a tenha); eis a figura de maior destaque na cultura humana. Exagero? Mesmo os mais dados às crenças o citam de hora em hora e quanto mais devotos (ou fanáticos) mais assíduos em suas invocações. O nome mais comentado em toda Idade Média, que perpassa ao longo das eras através das penas dos literatos, dos compositores, dos pinceis dos artistas. Sempre renovado, desde o Pazuzu mesopotâmico que andou pintando o 7 em Nova York e virando a cabeça da Linda Blair; desde Arimã, gêmeo nefastíssimo do Ahura Mazda de Zoroastro. Asmodeus, Astarot, Azazel, Baphomet. Belial, Belzebu, Belphegor, Demogorgon, Íblis – para os árabes, Lúcifer, Legião – uma galera de chifrudos, Mephistofeles – compadre do Doutor Fausto, Moloch, Orobas, Samael, Súcubos e Íncubos, Brasinha (quem se lembra dele das HQs?), Xesbeth e Zulu-bango (pra completar a ordem semi alfabética). No mundo popularesco, o tinhoso, o rabudo, o coisa ruim, o tranca ruas, espírito de porco (único espírito no qual acredito), Marvi Talarica, Tio do Churrasco (sério!), Tutu de Gaianases, Inês Brasil (tá na pesquisa que fiz); Azelelé, Estácio de Padoka, Mãe de Pantanha, Rabo de Seta. No cordel “A chegada de Lampião no inferno” do cordelista José Pachêco temos três nomes sugestivos: Pilão Virado, Tromba Suja e Boca Insossa. Sem esquecer o Diabolus in música, na verdade o trítono proscrito dos ideais teóricos pitagóricos medievais e contrapontísticos posteriores, chamando-se diabolus o elemento de cisão entre dois extremos – no caso, a oitava. Ufa, é demônio demais para uma página só, embora todos juntos jamais conseguiriam sobrepujar em asco e iniquidade qualquer dos nossos políticos. Ah, faltou o nome de certo ex-presidente, mas todos sabem. A figura diabólica, a princípio bela no angélico Lúcifer, depois esculhambada pelos cristãos (estes também diabos terríveis), que para proscreverem o culto ao doce Pã, nos primórdios da Igreja, trataram de emprestar-lhe os chifres, cascos e rabo de bode. O Diabo se encontra em profusão tal nas artes ao longo da história que seria impossível nesta singela postagem amealhar tantas citações; imaginemos que ele aparece até mesmo numa versão de Doutor Fausto nos programas do Chapolim Colorado, tendo por Fausto o Professor Girafales e por Margarida a Dona Clorinda. Demonologia é coisa seríssima, enfim. No presente caso, dos mais famosos dos bastidores da música, temos o celebérrimo encontro de Giuseppe Tartini (1692-1770) com o Príncipe das Trevas (não o Drácula, mas o Diabo mesmo, em pessoa). Tartini nos conta sobre este fascinante episódio:

“Uma noite sonhei que tinha feito um pacto com o diabo, o qual se dispôs a me obedecer, em troca de minha alma. Meu novo servo antecipava meus desejos e os satisfazia. Tive a ideia de entregar-lhe meu violino para ver se ele sabia tocá-lo. Qual não foi meu espanto ao ouvir uma Sonata tão bela e insuperável, executada com tanta arte. Senti-me extasiado, transportado, encantado; a respiração falhou-me e despertei. Tomando meu violino, tentei reproduzir os sons que ouvira, mas foi tudo em vão. Pus-me então a compor uma peça – Il Trillo del Diavolo – que, embora seja a melhor que jamais escrevi, é muito inferior à que ouvi no sonho”.

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Claro que naqueles tempos não se podia andar por aí falando que se trocou figurinhas com o Cão sem problemas, assim, Tartini primeiro se confidenciou com o amigo astrônomo francês Jerôme Lalande. O diabo teria chegado a desafiá-lo: “Esta nem você é capaz de tocar! He He He”. Ok, a risada foi ideia minha, mas não imagino de outra forma. A coisa não ficou por aí, dois anos depois o capeta retornou trazendo o resto da peça e Tartini completou a obra, que atipicamente para seu momento histórico em matéria de sonatas para violino, traz quatro seções; também, sutilmente e ousadamente faz soar o trítono acima mencionado. Esta narrativa atravessou os tempos e dizem que até mesmo a patalógica Madame Blavatsky a citou em seus abstrusos escritos esotéricos. Se alguém teria de carregar por alter ego a figura do Tinhoso seria o próprio Tartini – um prato cheio para os analista junguianos. Dizem até que o grande Alexandre Dumas teria nele se inspirado para criar seus heróis capa espada, pois que Tartini teve uma vida aventuresca, entre românticos raptos noturnos, duelos nas sombras, esgrimindo tão bem seu florete quanto o arco do seu violino. Um casamento secreto e uma perseguição que o levou a disfarçar-se de frade em Assis. Tartini nasceu em Pirano, que era um povoado de Veneza, porém uma recente mudança de fronteiras fez com que a cidade passasse a ser considerada eslovena e isso gerou uma rusga entre os países que passaram a disputar-lhe a nacionalidade, esquecendo-se de que o planeta é o mesmo e que a música, que é de todos, é o que importa de fato. Tendo as suas tropelias perdoadas por um cardeal, o compositor foi para Pádua, onde reencontrou sua esposa e lá permaneceu até que o seu velho companheiro de virtuosismos oníricos viesse carrega-lo deste mundo. Ali se dedicou à composição, ao ensino de sua arte e à escrita de tratados.

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Mas não é somente Tartini que seria o diabo em pessoa ao seu instrumento. Numa esquina do futuro outro endiabrado violinista esperava para executar com inusitada perfeição a obra diabólica: Roberto Michelucci. Soberbo artista, que foi durante anos solista no hierático I Musici; assim como Felix Ayo, Salvatore Accardo, Pina Carmirelli e outros. Conheci Tartini no vinil da Editora Abril, da série Mestres da Música, capa verde! Este disco trazia a deliciosa Sonata em Fá maior de opus 1 número 12, e um concerto para violoncelo também belíssimo. O violinista era Franco Gulli. Fiquei pasmo com o frescor daquela música, a riqueza melódica, a generosidade de um compositor que não sonega beleza em nome de ideias estéticas vigentes ou teóricas – uma das desgraças da música. Tartini é um compositor fronteiriço, não somente entre Itália e Eslovênia, mas entre o barroco e o clássico. Traz a leveza e a galanteria, mas não perdera ainda o sentido retórico e profundo do barroco. Rico em melodias surpreendentes e expressivas, pura beleza que na época só pude comparar com o magnífico Padre Ruivo, embora com audíveis diferenças. Uma música que para ser devidamente executada e compreendida exige um total comprometimento, entendimento e intensidade por parte do solista; e é precisamente isso que temos no formidável Roberto Michelucci. Além da sonata mefistofélica, o disco traz outra linda obra do mesmo gênero, a patética (no melhor sentido) Sonata Didone Abbandonata, evocação dos lamentos da princesa Dido, largada pelo ingrato Enéas (nada a ver com o Prona), literalmente a ver navios. As duas outras obras não ficam para trás como a pobre Dido. São também soberbas e de grande beleza. Até onde sei este disco não saiu em CD, e me parece que a explicação para isso só obteríamos junto ao amigo chifrudo de Tartini. Mas seja como for, por obra e graça seja de Deus ou do presente comensal, aqui temos Tartini por Michelucci. Um espetáculo que encantaria céus e infernos, sem dúvida.

Giuseppe Tartini – 4 Sonate per Violino

1 Sonata em Sol menor – Il trillo del Diavolo – Larghetto Affettuoso, Allegro, Andante e Presto.
2 Sonata em Sol menor – Didone Abbandonata – Affettuoso, Presto, Allegro.
3 Sonata em Lá menor – Andante Cantabile, Allegro, Allegro Assai.
4 Sonata em Lá maior – Largo, Allegro, Presto.

Roberto Michelucci – Violino
Marijke Smit Sibinga – Cravo
Franz Walter – Cello

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Tartini, antes e depois da possessão demoníaca.
Tartini, antes e depois da possessão demoníaca.

Wellbach

Alma Latina: Primer Festival de Música Barroca y Renacentista Americana, Misiones de Chiquitos – (Acervo PQPBach)

i5d7a1Primer Festival de Música Barroca y Renacentista Americana
Misiones de Chiquitos
1996

Reducciones Jesuíticas de Chiquitos

El actual territorio chiquitano fue incorporado al mundo moderno con el nombre de Provincia de Chiquitos, que fue el primer escenario del encuentro entre indios y españoles en el Oriente Boliviano.

Se trata de una extensa y bella región, verde esmeralda y salpicada de palmeras, que se ondula por efectos del Macizo chiquitano, que forma parte del Escudo brasileño. La Población indígena de Chiquitos puede ser clasificada en el grupo de los agricultores de las aldeas de los bosques tropicales. Se trata de diversos grupos: el más conocido es el chiquitano, y dentro de éstos los chiquitos propiamente dichos.

El período jesuítico les dio unidad a estas etinias dispersas, sobre todo al haber adoptado la lengua chiquita como general, lo que actuó como factor aglutinante. La Provincia de Chiquitos forma parte de la Gobernación de Santa Cruz de la Sierra, creada en 1560. La capital de esta gobernación, la ciudad de Santa Cruz de la Sierra, fue fundada en el corazón de Chiquitania (1561).

El traslado de esta ciudad – que estaba lejos de cualquier parte – a un punto más cercano del eje Charcas – Potosí, hizo que se abandonara a su suerte la Provincia de Chuiquitos.

A fines del siglo XVII una serie de circunstancias convergieron para hacer que la Compañía de Jesús se hiciera cargo de la evangelización de la Chiquitania. El 31 de diciembre de 1691 se fundaba San Francisco Javier, la primera reducción, a la que siguieron San Rafael, San José, San Juan Bautista, San Ignacio de Zamucos (de vida efímera), Concepción, San Miguel, San Ignacio (actual de Velasco), Santiago, Santa Ana y Santo Corazón.

Los jesuitas trajeron a Chuiquitos la experiencia de casi un siglo de funcionamiento en el Paraguay. La organización de Chiquitos siguió en términos generales lo sancionado por una larga y fructífera experiencia, y giró en torno a la reducción, que es algo más que un pueblo creado para la evangelización de los indios: representa la estructura espacial sobre la cual y en la cual se desenvuelve la cultura y el espíritu de una comunidad.

(Alcides Parejas Moreno, extraído parcialmente do encarte)

DISCO 1
Coral Nova y Orquesta de Camara de La Paz, dir. Ramiro Soriano Arce
Juan de Araujo (Villafranca, España, 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712)
01. ¡Silencio! ¡Pasito!
Anónimo
02. Tota Pulchra
Anónimo. Archivo Musical de Chiquitos
03. Credo (Misa Encarnación)
Lírica Colonial Boliviana, dir. Carlos Seoane
Anónimo
04. A Quien no mueve A Dolor
Anónimo. Archivo Musical de Chiquitos
05. Exurgens Joseph
Coro Polifónico Universitário, dir. Vito Modesto Guzmán
¿ M. Schimidt ? Archivo Musical de Chiquitos
06. Sanctus & Benedictus (Misa Mo Fiesta)
Gutierre Fernandez Hidalgo (b ?Talavera de la Reina, c1547; d La Plata [now Sucre], Bolivia, 1623)
07. Magnificat Quarti Toni
Coro Juvenil del Instituto de Bellas Artes y Orquesta de Cuerdas Santa Cruz, dir. Franz Terceros
Anónimo. Archivo Musical de Chiquitos
08. Agnus Dei (Misa Mo Fiesta)
Anónimo
09. Jessu Corona Virginum
Coro y Orquesta Juvenil Urubichá, dir. Rubén Dario-Arana
Anónimo. Archivo Musical de Chiquitos
10. Kyrie (Misa 1 Mo Sábado)
11. Sanctus & Benedictus (Misa 1 Mo Sábado)
Sociedad Coral Boliviana, dir. José Lanza Salazar
Barroco Boliviano, s.XVIII
12. Sub Tuum Presidium
13. O Vos Omnes
Fr. Juan Pérez de Bocanegra (Cusco, ca. 1631)


14. Hanac Pachap Cussi Cuinin (Himno procesional a la Virgen en lengua quechua)
Juan de Lienas (attivo c.1617-54)
15. Salve Regina
Coro Santa Cecilia, dir. Julio Barragan
Domenico Zipoli (Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726). Archivo Musical de Chiquitos


16. Misa en Fa Mayor – 1. Gloria (Misa Zipoli 001)
17. Misa en Fa Mayor – 2. Credo (Misa Zipoli 001)
18. Misa en Fa Mayor – 3. Sanctus (Misa Zipoli 001)
19. Misa en Fa Mayor – 4. Benedictus (Misa Zipoli 001)

DISCO 2


De Profundis (Uruguay), dir. Cristina García Banegas
Gutierre Fernandez Hidalgo (b ?Talavera de la Reina, c1547; d La Plata [now Sucre], Bolivia, 1623)
01. Magnificat secundus tonus (1585)
Francisco Lópes Capillas (México, c1605-1674)
02. Alleluia, Alleluia, dic nobis Maria
Pro Música Colonial Brasileira, dir. André Luis Pires
Ignacio Parreiras Neves (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1736-1790)
03. Antífona de Nossa Senhora
04. Credo – 4. Sanctus
05. Credo – 5. Benedictus
06. Credo – 6. Agnus Dei
Syntagma Musicum (Chile)
Anónimo, c. 1790
07. Sonata del Palomar


Juan Capistrano Coley (Chile), Libro de órgano de María Antonia Palacios c.1790
08. Divertimento VIII
Anónimo, Archivo Musical de Chiquitos, Bolivia
09. Beatus ille servus
10. Serve bone
Aqua Viva (Alemania), dir. Patricia Rojas-Schubert
Anónimo, Archivo Musical de Chiquitos, Bolivia
11. Dixit Dominus
Norberto Broggini (Argentina), clave
Manuscritos de San Rafael de Chiquitos,Bolivia, (D. Zipoli, M. Schmid, Anónimos)
12. Música para teclado 5to. tono (Alemanda I&II) – Al nacimiento del Archeduz
Ensamble Louis Berger (Argentina), dir. Ricarddo Massun
Tomás de Torrejón y Velasco (España 1664 – Perú 1728), Archido del Seminario San António Abad, Cuzco
13. A este Sol Peregrino, Bailete al Santissimo Sacramento
Anónimo, S. XVIII
14. Nisi Dominus
Ensamble Elyma (Argentina), dir. Gabriel Garrido
Juan de Araujo (Villafranca, España, 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712)
15. Aquí, aquí, valientes. Xacara para S. Francisco de Assis
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760)
16. En la rama frondosa

Primer Festival de Música Barroca y Renacentista Americana, Misiones de Chiquitos – 1996

DISCO 1
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.DISCO 2
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Mais um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Valeu !!!

Boa audição.

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Avicenna

The Phoenix Rising: The Carnegie UK Trust & the revival of Tudor church music

zlolywThe Phoenix Rising: The Carnegie UK Trust & the revival of Tudor church music

• Diapason d’Or, September 2013
• IRR Outstanding, September 2013
• CHOC du Classica, September 2013

Na comemoração do centenário do Carnegie UK Trust (http://www.carnegieuktrust.org.uk), o qual tornou possível o lançamento pioneiro do Tudor Church Music Edition, o Stile Antico interpreta a gloriosa música dessa publicação, inclusive a Mass de Byrd de 5 partes e obras de Tallis, Taverner, White, Morley e Gibbons.

Stile Antico’s shaping of the music is sublime, its knitting of the counterpoint mellifluous… Poised and polished though the performances are, there is always the sense that this is living music with a powerfully expressive sacred message. (GN, The Telegraph, 22.8.13

An ideal single-volume compendium of Tudor music… whether the music is early or late Stile Antico presents it with a glorious and compelling freshness… a powerful reappraisal of repertoire which has become so popular we now almost take it for granted. (Marc Rochester, International Record Review, September 2013)

The Phoenix Rising is a programme of works collated in the 1920s publication of Tudor Church Music by the Carnegie UK Society… Exquisitely rendered by the Stile Antico consort. (Andy Gill, The Independent, 26.7.13)

There’s a forthright quality to the voices of Stile Antico, and especially its sopranos, that suits this English repertoire, balancing beauty with an intensity that reminds us that this is the music of protest and oppression as well as faith. (Alexandra Coghlan, Gramophone, September 2013)

The Phoenix Rising
Stile Antico
William Byrd (England, 1540 – 1623)
01. Ave verum corpus
Thomas Tallis (England,c.1505-1585)
02. Salvator mundi (14th-century Eucharistic Hymn, attributed to Pope Innocent VI)
William Byrd (England, 1540 – 1623)
03. Mass for 5 voices: 1. Kyrie eleison
04. Mass for 5 voices: 2. Gloria in excelsis Deo
John Redford (1540), perhaps after Medieval original & Thomas Morley (England, 1557-1602)
05. Nolo mortem peccatoris
Orlando Gibbons (England, 1583-1625)
06. O clap your hands together (Psalm 47, Book of Common Prayer+Gloria)
William Byrd (England, 1540 – 1623)
07. Mass for 5 voices: 3. Credo
Robert White (England, c. 1538-1574)
08. Portio mea (Psalm 119, 57-64)
09. Hymn: Christe, qui lux es et dies, (Complete hymn, 4th setting)
Orlando Gibbons (England, 1583-1625)
10. Almighty and everlastig God (Book of Common Prayer, Collect, 3d Sunday after Epiphany)
William Byrd (England, 1540 – 1623)
11. Mass for 5 voices: 4. Sanctus & Benedictus
Thomas Tallis (England,c.1505-1585)
12. In ieiunio et fletu (Matin Responsory, first Sunday in Lent (after Joel 2,17)
William Byrd (England, 1540 – 1623)
13. Mass for 5 voices: 5. Agnus Dei
John Taverner (England, c.1490-1545)
14. O splendor gloriae (Anonym (afger Geb 1,3; 2,8, Ps. 145,5, 1 Pet. 2,24 etc.)

The Phoenix Rising – 2012
Stile Antico

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.Boa audição.

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Avicenna

G. F. Handel (1685-1757): Opera Arias and Duets

G. F. Handel (1685-1757): Opera Arias and Duets

Handel escreveu muitíssimas óperas e, como ela não são tudo isso para serem ouvidas completas, há inúmeros bons discos de highlights. Este é excelente. Boas cantoras, boa orquestra e direção. Ouvi com extremo interesse e prazer. As árias e duetos deste CD foram cuidadosamente selecionadas de dez óperas menos conhecidas de Handel. Alessandrini explica: “Tivemos o cuidado de evitar os títulos mais conhecidos e manter o contraste de um número para outro. E mantivemos os recitativos, de modo a colocar os personagens no contexto dramático da ópera e definir o humor dominante de cada ária”. Valeu a pena.

G. F. Handel (1685-1757): Opera Arias and Duets

Poro, Re Dell’Indie, HWV 28 (Excerpts)
1 Ouverture 3:21
2 Duetto: Caro! Dolce! Amico Amplesso 2:47

Orlando, HWV 31 (Excerpts)
3 Recitativo (III, 8) 0:38
4 Duetto: Finche Prendi Ancor Il Sangue 3:07

Radamisto, HWV 12 (Excerpts)
5 Recitativo (II, 13) 0:42
6 Duetto: Se Teco Vive Il Cor 3:16

Flavio, Re Di Longobardi, HWV 16 (Excerpts)
7 Recitativo (II, 11) 0:42
8 Aria: Mà Chi Punir Desio 6:58

Tamerlano, HWV 18 (Excerpts)
9 Recitativo (II, 8) 0:26
10 Aria: Più D’una Tigre Altero 4:08
11 Duetto: Vivo In Te Mio Caro Bene 7:51

Ezio, HWV 29 (Excerpts)
12 Recitativo (III, 12) 0:53
13 Aria: Ah, Non Son Io Che Parlo 7:13

Rinaldo, HWV 7 (Excerpts)
14 Recitativo (I, 6) 1:07
15 Duetto: Scherzano Sul Tuo Volto 3:26

Alessandro, HWV 21 (Excerpts)
16 Ouverture 5:37
17 Recitativo (I, 6) 0:15
18 Aria: Ah, Lisaura Tradita! 3:43
19 Recitativo (I, 9) 0:23
20 Aria: Da Un Breve Riposo 4:47

Amadigi Di Gaula, HWV 11 (Excerpts)
21 Recitativo (II, 5) 0:32
22 Aria: Pena Tiranna 6:00

Ottone, Re Di Germania, HWV 15 (Excerpts)
23 Recitativo (III, 9) 0:31
24 Duetto: A’ Teneri Affetti 3:55

Sara Mingardo
Sandrine Piau
Concerto Italiano
Rinaldo Alessandrini

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Pouco a ver com o disco mas vale. Esta é Hana Smejkalova numa versão da ópera Rinaldo. Hana não está neste CD...
Pouco a ver com o disco mas vale. Esta é Hana Smejkalova numa versão da ópera Rinaldo. Hana não está neste CD…

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Piano Quartets KV 478 & KV 493 – Beaux Arts Trio, Bruno Giuranna

51Bk076yzfLEsta vai ser mais uma postagem feita a toque de caixa, contra o relógio. Mas nem preciso apresentar, pois trata-se do Beaux Arts Trio interpretando os Quartetos para Piano de Mozart. Preciso falar mais? Não, né?

Espero que apreciem. Isso aqui é papa finíssima.

01. Piano Quartet g-moll KV 478 – 1. Allegro
02. Piano Quartet g-moll KV 478 – 2. Andante
03. Piano Quartet g-moll KV 478 – 3. Rondo (Allegro moderato)
04. Piano Quartet Es-dur KV 493 – 1. Allegro
05. Piano Quartet Es-dur KV 493 – 2. Larghetto
06. Piano Quartet Es-dur KV 493 – 3. Allegretto

Beaux Arts Trio
Bruno Giuranna – Viola

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Alma Latina: The Jesuit Operas by Kapsberger & Zipoli – Ensemble Abendmusik

1zmnyiaThe Jesuit Operas
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Apotheosis of Saints Ignatius Loyola and Francis Xavier
by Johannes Hieronymus Kapsberger
(Italy, 1580-1651)

San Ignacio de Loyola
by Domenico Zipoli
(Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726)

As canonizações dos Santos Inácio de Loyola e Francisco Xavier, em Roma, em 12 de março de 1622, foram comemorados com cerimônias e música extremamente elaboradas. Um marco na curta história da Companhia de Jesus (que tinha sido fundada em 1540), as canonizações também deram origem à alegria do público em um nível universal, sendo observada sempre que uma província jesuíta era estabelecida, consequentemente, em todos os continentes, exceto a Austrália habitável.

Até que movimentos começaram a desmantelar a Companhia em meados do século 18, resultando na expulsão dos jesuítas de muitos territórios, porém seus membros continuaram a exaltar as virtudes de Loyola e Xavier, tanto na música como nas artes plásticas.

As óperas jesuítas: óperas de Kapsberger & Zipoli são bem diferenciadas em suas composições, tanto em ordem cronológica como geograficamente. A Apoteose sive consecractio SS. Ignatii et Francisci Xaverii por Kapsberger estreou em Roma em 1622, e a ópera San Ignacio de Loyola foi produzida nas missões jesuíticas da Bolívia em meados do século 18. Juntos, elas são, em qualquer caso, uma homenagem às contribuições feitas pela ordem jesuíta por todo o mundo, nas artes e nas ciências. A sua revitalização é um desenvolvimento interessante no estudo do globalismo da música no início do período moderno.

Esta produção foi realizada em Boston pelo Ensemble Abendmusik sob James David Christie durante a primeira conferência dos Jesuítas em culturas, ciências e artes em 1998, e, posteriormente, registrada por Dorian. Parece notável, no entanto, que a Apoteose em cinco atos por Kapsberger, uma das produções mais importantes em Roma antes das óperas Barberini da década de 1630, não foi editada nem executada até os anos 1990. A edição desta realização foi feita por Frank T. Kennedy, SJ, de um manuscrito da Bibliothèque Nationale em Paris, e a gravação comentada aqui é a única disponível da Apoteose, enquanto San Ignacio de Loyola, editado e reconstruído por Bernardo Illari , já foi gravado pelo Ensemble Elyma sob Gabriel Garrido.

Uma fascinante mistura de referências pagãs, alegorias orientais e virtudes cristãs, a Apoteose fica a meio caminho entre teatro e ópera jesuítas. Embora o prólogo é inteiramente falado, os cinco atos consistem em recitativo, coros e música instrumental. Os únicos personagens que não são alegorias nacionais são Metagenes e Pythis, junto com uma série de gladiadores que fazem muito breves entradas para o final da obra.

O primeiro ato situa Roma como o locus da celebração, enquanto os personagens alegóricos da Espanha e Portugal (esses países estavam unidos sob uma única coroa no momento da composição) honravam os santos e suas origens. Índia e Palestina estão acopladas no segundo ato: Índia e sua comitiva como personagens exóticos e maravilhosos, e a Palestina representada como uma nação abatida que, no entanto, comemora Inácio, com todos os protagonistas orando para ajudar seu povo.

Nos Atos 3 e 4 surgem os engates ocidental-oriental da França, do Japão, daItália e da China, os quais fazem oferendas, realizando jogos e invocando os novos santos. Este Orientalismo binário do sexo masculino e feminino Occident Orient, aliás, antecipa em um século as origens do final do século 18, citados por Edward W. Said, como discutido por Victor Coelho em “apoteose” da Kapsberger de Francis Xavier (1622) e a conquista of India “, na obra de uma ópera: gênero, nacionalidade e diferença sexual, eds. R.Dellamora e D.Fischlin (1997).

Finalmente, o Ato 5 envolve Roma sendo responsável por reunir todas as nações em um único conjunto para executar os atos finais da consagração, das comemorações que incluem jogos e lutas de gladiadores. Apesar da concentração do enredo nas civilizações orientais procuradas por Xavier em sua vida e nas suas viagens (Japão, China e Índia), deve-se notar que em nenhum momento há qualquer menção de expansão colonial nas Américas e nas Filipinas, que forneceram à ordem dos jesuítas meios materiais de acesso para todo o mundo.

A ópera San Ignacio de Loyola, perdida na região amazônica, foi encontrada há alguns anos nas Missões Jesuíticas de Chiquitos boliviano. Como no filme Missão, a história da ópera retrata a incrível história do trabalho realizado pelos Missionários e os povos da Amazônia.

A ópera mostra o clássico combate entre o bem e o mal no meio de anjos, demônios e jesuítas. A parte mais incrível de tudo isso é que é provável que a maior parte da ópera e algumas músicas extras registradas neste CD tinham sido compostas e executadas pelos índios Chiquitanos e Moxos após a expulsão dos jesuítas das Américas em 1767. Incrivelmente, a papelada que continha milhares de obras musicais foram copiadas durante 200 anos pelos bolivianos, a quem pertence agora este tesouro. (textos acima obtidos na internet e livremente traduzidos por Avicenna)


The Jesuit Operas
Apotheosis of Saints Ignatius Loyola and Francis Xavier
Johannes Hieronymus Kapsberger (Italy,1622)
Performer: Ellen Hargis (Soprano), Roberta Anderson (Soprano), Donald Wilkinson (Bass),
Ryan Turner (Tenor), Steven Rickards (Countertenor), Randall K Wong (Countertenor),
Terrance Barber (Countertenor), Anne Harley (Soprano), John Elwes (Tenor),
Mark McSweeney (Baritone), Michael Collver (Countertenor)
Conductor: James David Christie
Orchestra/Ensemble: Ensemble Abendmusik
Period: Renaissance
Written: 1622; Rome, Italy
Date of Recording: 1998-99
Venue: Campion Center, Boston, Massachusetts
Length: 88 Minutes 14 Secs.
Language: Latin
Disc 1 = Act I, II, III, IV
Disc 2 = Act V


The Jesuit Operas
San Ignacio de Loyola
Domenico Zipoli/Martin Schmidt/Anonymous Indigenous Composers (Bolívia, ca. 1755)
Performer: Steven Rickards (Countertenor), Pamela Murray (Soprano), Randall K Wong (Countertenor),
John Elwes (Tenor)
Conductor: James David Christie
Orchestra/Ensemble: Ensemble Abendmusik
Period: Baroque
Written: ca. 1755: Chiquitos, Bolívia
Date of Recording: 1998-99
Venue: Campion Center, Boston, Massachusetts
Length: 41 Minutes 34 Secs.
Notes: Arranged: Bernardo Illari (1997)
This selection is performed in Spanish and Chiquitano.
Disc 2 = Act I, II

The Jesuit Operas – 1999
Ensemble Abendmusik
Director: James David Christie

DISCO 1
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DISCO 2
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Outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Obrigado !!!

Boa audição.

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Avicenna

Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704): Litanies de la Vierge – Motets pour la Maison de Guise

2lsfo6xMarc-Antonie Charpentier
Litanies de la Vierge
Motets pour la Maison de Guise
Ensemble Correspondances

Motets for the House of Guise

For nearly twenty years, Charpentier lived at the Hôtel de Guise in the rue de la Chaume (now rue des Archives) in Paris. He arrived there in the early 1670s, shortly after his stay in Rome, and left only on the death of Mademoiselle de Guise in 1688. Marie de Lorraine, Princesse de Joinville, Duchesse de Joyeuse and Duchesse de Guise, was the last family member to bear the Guise name. she was the granddaughter of Henri de Lorraine, Duc de Guise, known as ‘le Balafré’ (Scarface), one of the organisers of the Catholic League, who was murdered in 1588 on the orders of King Henri III. Suspected of conspiracy by Richelieu, his son Charles de Lorraine was forced into exile. From 1631 to 1643 he lived in Florence with his family. As a guest at the sumptuous receptions given by the Medici, young Marie formed her musical tastes through listening to the oratorios of Giovanni Battista Gagliano and Silvestro Angolo di Conti, the Medici household musicians. Born on August 15,2 she was deeply devoted to the Virgin Mary, an attachment strengthened by the pilgrimage she made to Loreto, near Ancona, before returning to Paris. The singing of the Litany of the Blessed Virgin made a strong impression on her, an emotion she must have felt once more on hearing the setting Charpentier presented to her some forty years later.

Motets pour la Maison de Guise

Pendant près de vingt ans, Charpentier habita à l’hôtel de Guise de la rue du Chaume (l’actuelle rue des Archives) à Paris. Arrivé au début des années 1670 peu après son séjour à Rome, il n’en partit qu’à la mort de Mademoiselle de Guise en 1688. Dernière descendante du nom, Marie de Lorraine, princesse de Joinville, duchesse de Joyeuse et duchesse de Guise, était la petite-fille d’Henri de Lorraine, duc de Guise, dit le “Balafré”, organisateur de la Ligue et assassiné sur l’ordre d’Henri III en 1588. Soupçonné de conspiration par Richelieu, son fils Charles de Lorraine fut contraint à l’exil. De 1631 à 1643, il vécut à Florence avec toute sa famille. Témoin des grandes réceptions données par les Médicis, la jeune Marie forma son goût musical à l’audition des oratorios de Giovanni Battista Gagliano ou d’Angolo di Silvestro Conti, musiciens de la maison. Née un 15 août, elle vouait une profonde dévotion à la Vierge affermie par le pèlerinage qu’elle fit à Loreto, près d’Ancône, avant de retrouver Paris. Le chant des Litanies de la Vierge fit une forte impression sur elle, émotion qu’elle dut retrouver lorsqu’elle entendit la version que Charpentier lui offrit quelque quarante années plus tard.

Motetten für das Haus Guise

Annähernd zwanzig Jahre lang lebte Charpentier im Palais der Guise in der Rue du Chaume (heute Rue des Archives) in Paris. Kurz nach seiner Rückkehr aus Rom nahm er Anfang der 1670er Jahre dort Wohnung und blieb bis zum Tod von Mademoiselle de Guise im Jahr 1688. Marie de Lorraine, Prinzessin von Joinville, Herzogin von Joyeuse und Herzogin von Guise, die letzte Nachfahrin dieses Namens, war die Enkelin von Henri de Lorraine, Herzog von Guise, genannt Le Balafré, der die Heilige Liga gegründet hatte und der 1588 auf Anordnung von Henri III. ermordet wurde. Sein Sohn Charles de Lorraine wurde von Richelieu verdächtigt, eine Verschwörung angezettelt zu haben, und war gezwungen, ins Exil zu gehen. Von 1631 bis 1643 lebte er mit seiner ganzen Familie in Florenz. Als junges Mädchen erlebte Marie die prächtigen Empfänge im Hause der Medici, und Aufführungen der Oratorien von Giovanni Battista Gagliano oder Angolo di Silvestro Conti, beide Musiker in Diensten der Medici, prägten ihren musikalischen Geschmack. Sie ist an einem 15. August geboren, und das war für sie der Anstoß zu einer tiefempfundenen Marienverehrung, die sie durch eine Wallfahrt nach Loreto nahe Ancona bekräftigte, bevor sie nach Paris zurückkehrte. Der Gesang der Lauretanischen Litanei machte großen Eindruck auf sie, und diese Empfindungen wurden sicherlich wieder lebendig, als sie die Fassung Charpentiers hörte, die er ihr mehr als vierzig Jahre später zum Geschenk machte.

Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704)
Litanies de la Vierge – Motets pour la Maison de Guise
01. Miserere H.193 – I. Miserere mei Deus
02. Miserere H.193 – II. Auditui meo dabis gaudiam
03. Miserere H.193 – III. Ne projicias me
04. Miserere H.193 – IV. Libera me
05. Miserere H.193 – V. Sacrificium Deo spiritus contribulatus
06. Antienne H.526
07. Annunciate superi H.333 – I. Annunciate superi
08. Annunciate superi H.333 – II. Hæc enim Virgo
09. Annunciate superi H.333 – III. Psallite ergo populi
10. Ouverture H.536
11. Litanies de la Vierge H.83 – I. Kyrie eleison
12. Litanies de la Vierge H.83 – II. Speculum justitiæ
13. Litanies de la Vierge H.83 – III. Salus infirmorum
14. Litanies de la Vierge H.83 – IV. Agnus Dei

Litanies de la Vierge – Motets pour la Maison de Guise – 2013
Ensemble Correspondances
Clavecin, orgue & direction, Sébastien Daucé

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.Boa audição.

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Avicenna, one of the ‘Happy Few’

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº2 – Sviatoslav Richter, Erich Leinsdorf, Chicago Symphony Orchestra

Cover

NOVO LINK !!! IMPERDÍVEL !!!

Sviatoslav Richter foi um dos gigantes do piano do Século XX, isto é fato incontestável. Outros gigantes do mesmo quilate, como Emil Gilels, comentavam, puxa, que bom que vocês gostam de como toco, mas esperem até ouvirem Richter. Este comentário foi feito por Gilels quando apresentava-se nos Estados Unidos, ainda no final dos anos 50, ou início de 1960. O curioso disso tudo é que o próprio Richter não se achava lá grandes coisas. Era apenas alguém que gostava de tocar piano. Em sua timidez, achava exagero quando o exaltavam tanto.

Pois então, um belo dia o ucraniano Richter atravessou o Atlântico para tocar nos Estados Unidos. Os produtores da RCA Victor, um dos principais selos de música clássica da época, não mediram esforços para contratar o pianista. Um dos discos que ele gravou foi essa gravação que ora vos trago, do Concerto para Piano nº 2 de Johannes Brahms.

Classificar como IM-PER-DÍ-VEL ! uma gravação considerada histórica é meio redundante, diria até mesmo desnecessária. A dupla Richter / Leisdorf está impecável. Prestem atenção ao magnífico terceiro movimento, uma das mais belas páginas da história da música. A sensibilidade de alguém que não se achava lá grandes coisas como pianista é mais que aguçada. O diálogo com o violoncelo é emocionante, nos deixa arrepiados.

01 – [Brahms] Piano Concerto No. 2 in B-flat, Op. 83, I. Allegro non troppo
02 – II. Allegro appassionato
03 – III. Andante
04 – IV. Allegretto grazioso

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Sviatoslav Richter – Piano
Chicago Symphony Orchestra
Erich Leinsdorf – Conductor

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Alma Latina: Música sacra en La Habana colonial – Conjunto de Música Antiqua Ars Longa

ojjujkMúsica sacra en La Habana colonial
Obras de los siglos XVIII y XIX para la Catedral de La Habana y la Iglesia de la Merced

Premio Cubadisco 2000
Premio de Musicología Casa de las Américas, 1997

Producido por la Oficina del Historiador de la Ciudad de La Habana y la Universidad de Valladolid, España, en 1999, el presente disco del Conjunto de Música Antigua Ars Longa y músicos invitados, dirigidos por Teresa Paz, presenta una selección de obras hasta entonces inéditas de compositores vinculados a la Catedral de La Habana y la capitalina iglesia de Nuestra Señora de la Merced, de los siglos XVIII y XIX (hasta entonces inédita) que toma como punto de partida las investigaciones de la musicóloga Miriam Escudero resumidas en su libro El archivo de música de la iglesia habanera de la Merced.

Cayetano Pagueras (Barcelona, 1778 – La Habana, 1814)
Misa de Requiem (1801)
1. Introito y Kyrie
2. Gradual y Sequentia
3. Ofertorio
4. Sanctus
5. Benedictus
6. Agnus Dei
7. Communio

Francisco de Asís Martínez (España, s. XIX-Cuba?, s. XIX)
Responsos para la procesión de ánimas el dia de la conmemoración de los Fieles Difunctos (1871)

8. Credo
9. Qui Lazarum
10. Domine quando veneris
11. Memento mei
12. Libera Me

José Rosario Pacheco (Cuba, s. XIX)
13. Salve Regina (1870)
14. Stabat Mater (1871)

Cayetano Pagueras (Barcelona, 1778 – La Habana, 1814)
Responsorios para los Maitines de Resurrección (1798)

15. Angelus Domini
16. Cum transisset

Música sacra en La Habana colonial – 1999
Conjunto de Música Antiqua Ars Longa
Conductor Teresa Paz

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Outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Valeu !!!

Boa audição.

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Avicenna

Veneno de Agradar: Luiza Sawaya (soprano) & Achille Picchi (piano) (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2018-01-09 às 22.58.51“Já me vai calando nas veias
Teu veneno de agradar;
E gostando eu de morrer,
Vou morrendo devagar”

Domingos Caldas Barbosa, em “Vou morrendo devagar”
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Ultrapassadas as vicissitudes da perda do domínio dos mares em favor dos holandeses e ingleses, e terminado o domínio espanhol, Portugal retomou definitivamente o seu equilíbrio, sob D. João V, nos cinquenta primeiros anos do século XVIII. Durante o seu reinado, empreendeu um vigoroso processo de modernização, abrangendo as áreas política, econômica e cultural. A descoberta do ouro nas Minas Gerais alavancou o extraordinário intercâmbio com a Colônia do Brasil que, captando as transformações por que passava a Metrópole, tornava-se alvo de interesses os mais diversos. A Música e seus intérpretes sempre estiveram na proa das muitas caravelas que, num incessante leva-e-traz transatlântico, determinou um incrível processo de mútua absorção de novidades.

Adepto da ostentação sacra do Barroco, D. João V trouxe do Vaticano artistas do porte de um Domenico Scarlatti, ao mesmo tempo em que promovia o aperfeiçoamento de músicos portugueses em Roma. Seu sucessor, D. José I, preferia a Ópera enquanto que, depois dele, D.Maria I recuperou o repertório litúrgico.

O Brasil sempre constituiu terreno fértil onde a semeadura de influências portuguesas e estrangeiras medraram em fartas colheitas. O substrato econômico-social de Minas Gerais, por exemplo, região de maior importância no século XVIII no Brasil, era formado por gente de diversos ofícios, membros do clero, escravos. Aí estavam incluídos também os músicos que vinham de outras regiões do Brasil e do exterior, sempre pisando os calcanhares dos mineradores desde os primeiros assentamentos de arraiais e vilas. Já existia nessa época, portanto, um ambiente bastante desenvolvido, irradiador de uma importante cultura musical para o restante do país. A grande maioria desses músicos era composta de mulatos, portanto, nativos, podendo-se afirmar que entre eles houve muitos músicos brasileiros.

A cidade do Rio de Janeiro passou a capital do país em 1763 em razão de estratégias de defesa territorial e econômica, por ser um porto mais acessível e mais seguro que o da baía de Todos os Santos (Bahia) para o escoamento do produto vindo das minas. Estes dois fatores estão na raiz do marcante desenvolvimento dessa cidade que chegou a ser o mais importante centro urbano do país.

Em 1763, aportou em Lisboa o mulato brasileiro Domingos Caldas Barbosa. Protegido pela aristocracia, Caldas Barbosa passou a frequentar a melhor sociedade da época, conquistando-a rapidamente graças à maneira particular de compor e de cantar seus versos. A isso acrescia não apenas o fato de cantar a solo, acompanhando- se à viola, mas também por dirigir seus versos diretamente às amadas com uma intimidade chocante para a sociedade pudica daquela época.

Caldas Barbosa constitui uma referência concreta dentro do ainda impreciso universo da canção do final do século XVIII, tanto no Brasil como em Portugal. São frequentes os testemunhos de seus contemporâneos sobre a maneira diferenciada com que cantava, em oposição ao que habitualmente se fazia em Portugal. Com Caldas Barbosa, virou moda cantar-se a “nova moda da modinha”.

Alexandre José Pires (1ª metade XIX)
01. Finalmente, as leis do fado (modinha)
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
02. Chula carioca (chula)
José Francisco Édolo (Porto, 1792 – ?)
03. Tranquiliza, doce amiga (modinha)
Antonio José do Rego (Lisboa, ? – c1822)
04. As paixões d’amor nascidas (modinha)
05. Frescas praias do barreiro (modinha)
Joze Mauricio (Coimbra, 1752- Figueira da Foz, 1815)
06. De que serve ter sem tí (modinha)
07. Mandei um terno suspiro (modinha)
Manuel Telles (? – ?) / Pedro Anselmo Marchal França, ? – ?)
08. Yayazinha, por que chora? (lundu)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
09. Raivas gostosas (modinha)
Cândido Ignácio da Silva (Rio de Janeiro, 1800-1838)
10. Quando as glórias que gozei (modinha)
11. Minha Marília (modinha)
Elias Álvares Lobo (Itú, SP, 1834 – S. Paulo, 1901)
12. Chá preto, Sinhá? (lundu)
Gabriel Fernandes da Trindade (Portugal ,c.1790-Rio de Janeiro, 1854)
13. Vai, terno suspiro meu (modinha)
José Francisco Leal (Rio de Janeiro, 1792 – 4 de julho de 1829)
14. Delírio e suspiro (modinha)
15. Esta noite (lundu)
Joseph Fachinetti (Itália c.1800 – c1880) / Pe. José M. F. Padilha (Recife, PE 1787 – 1849)
16. Já fui a Lisboa (lundu)
José Amat (Espanha, ?/viveu no Rio de Janeiro de 1848 a 1855) / Gonçalves Dias (Caxias, MA, 1823 – Maranhão, 1864)
17. A canção do exílio (canção)
18. Seus olhos (canção)
Padre Telles (Bahia, c.1800 – Rio de Janeiro, c.1860)
19. Eu tenho no peito (modinha)
20. Querem ver esta menina? (lundu)
Francisco Manuel da Silva (Rio de Janeiro, 1795-1865) / Dr. Antonio José de Araujo (? – ?)
21. Sou eu! (romance)
Francisco Manuel da Silva ( Rio de Janeiro, 1795-1865) / Francisco de Paula Brito (Rio de Janeiro, 1809 – 1861)
22. Lundu da marrequinha (lundu)

Veneno de Agradar – 1998
Luiza Sawaya, soprano
Achille Picchi, piano

Mais um CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Boa audição.

Captura de Tela 2018-01-09 às 23.07.06

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

Edvard Grieg (1843-1907): Música para Orquestra de Cordas

Edvard Grieg (1843-1907): Música para Orquestra de Cordas

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Gosto muito dessas obras de Grieg para orquestra de cordas. É claro que uma versão norueguesa tem mais valor, tanto que o disco está com 5 estrelas em várias publicações. A qualidade do som é de primeira linha, e os músicos (Barratt-Due e Oslo Camerata) são extraordinários. Grieg era um nacionalista dos bons e promoveu a música norueguesa através de concertos e aulas. Como curiosidade, ele tem uma relação de parentesco com Glenn Gould. Grieg é um tio afastado do pianista canadense. O parentesco vem por parte de mãe.

Edvard Grieg (1843-1907): Música para Orquestra de Cordas

Holberg Suite, Op. 40 (From Holberg’s Time: Suite in the Olden Style)
1. I. Prelude: Allegro vivace 00:02:35
2. II. Sarabande: Andante 00:03:24
3. III. Gavotte: Allegretto – Musette: Poco più mosso 00:03:15
4. IV. Air: Andante religioso 00:05:28
5. V. Rigaudon: Allegro con brio – Poco meno mosso 00:03:53

2 Elegiac Melodies, Op. 34: No. 2. Varen (Last Spring)
6. 2 Elegiac Melodies, Op. 34: No. 2. Varen (Last Spring) 00:04:21

Melodies, Op. 53
7. No. 1. Norsk (Norwegian) 00:03:42
8. No. 2. De forste Mode (The First Meeting) 00:03:43

2 Lyric Pieces, Op. 68: No. 2. Badnlat (At the Cradle)
9. 2 Lyric Pieces, Op. 68: No. 2. Badnlat (At the Cradle) 00:03:07

2 Elegiac Melodies, Op. 34: No. 1. Hjertesar (The Wounded Heart)
10. 2 Elegiac Melodies, Op. 34: No. 1. Hjertesar (The Wounded Heart) 00:03:18

2 Nordic Melodies, Op. 63
11. No. 1. Folketonestil (In Folk Stye) 00:06:51
12. No. 2a. Kulok (Cow Call) 00:01:56
13. No. 2b. Stabbelaten (Peasant Dance) 00:02:04

Peer Gynt, Suite No. 1, Op. 46: II. Ases dod (The Death of Ase)
14. Peer Gynt, Suite No. 1, Op. 46: II. Ases dod (The Death of Ase) 00:04:20

Total Playing Time: 00:51:57

Oslo Camerata
Stephan Barratt-Due

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Vista de Bergen, onde nasceu Grieg e Karl Ove Knausgård
Vista de Bergen, onde nasceu Grieg e Karl Ove Knausgård

PQP

Ludwig van Beethoven – Beethoven Complete Masterpieces – Cds 1 -5 de 60 – Symphonies 1 – 9

81qUOSQaXZL._SL1500_Começo aqui a segunda mais longa postagem da história do PQPBach. Vou pedir paciência para os senhores, pois tem muito serviço envolvido, subir 61 cds não vai ser fácil. Os senhores terão de ter paciência, um dia concluo o projeto. Pode demorar um mês, dois meses, um ano, dois anos, pode não ser concluído … enfim, temos de seguir a maré.
Como não estou tendo mais problemas com baixa velocidade de upload, tentarei postar por série, ou seja, integral dos concertos para piano, integral das sonatas, integral dos quartetos, trios, etc. Não sei como vai funcionar.
Após a conclusão desta jornada épica teremos um panorama geral da música de Ludwig van Beethoven, e muitas obras desconhecidas poderão ser apreciadas por aqueles que ainda não as conhecem. Sei que existem blogs especializados em fornecer este material no ‘atacado’, porém também tenho ciência de que muita gente não tem acesso a uma boa internet para baixar tudo de uma só vez. Conheço bem a sensação, a vivenciei por anos. Agora, após mudar—me para outro endereço, estou podendo desfrutar de uma internet de altíssima velocidade.
Pelo tamanho da empreitada, e pelo trabalho que vai dar postá-la, em alguns casos me absterei de tecer algum comentário. A música vai falar por si só.
Certo?
Então começamos pelas sinfonias. A orquestra é a excelente Tonhalle Orchestra Zurich e o regente é o ótimo David Zinman.

CD 1

01. Symphony No.1 in C Major Op.21 – Adagio molto
02. Symphony No.1 in C Major Op.21 – Andante cantabile con moto
03. Symphony No.1 in C Major Op.21 – Menuetto
04. Symphony No.1 in C Major Op.21 – Adagio – Allegro molto e vivace
05. Symphony No.2 in D Major Op.36 – Adagio molto
06. Symphony No.2 in D Major Op.36 – Larghetto
07. Symphony No.2 in D Major Op.36 – Scherzo. Allegro
08. Symphony No.2 in D Major Op.36 – Allegro molto

CD 2

01. Symphony No.3 in E-flat Major Op.55 ‘Eroica’ – Allegro con brio
02. Symphony No.3 in E-flat Major Op.55 ‘Eroica’ – Marcia funebre
03. Symphony No.3 in E-flat Major Op.55 ‘Eroica’ – Scherzo
04. Symphony No.3 in E-flat Major Op.55 ‘Eroica’ – Finale – Allegro molto
05. Symphony No.4 in B-flat Major Op.60 – Adagio – Allegro vivace
06. Symphony No.4 in B-flat Major Op.60 – Adagio
07. Symphony No.4 in B-flat Major Op.60 – Allegro vivace
08. Symphony No.4 in B-flat Major Op.60 – Allegro ma non troppo

CD 3

01. Symphony No.5 in C minor Op.67 – Allegro con brio
02. Symphony No.5 in C minor Op.67 – Andante con moto
03. Symphony No.5 in C minor Op.67 – Allegro
04. Symphony No.5 in C minor Op.67 – Allegro
05. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Allegro ma non troppo
06. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Andante molto moto
07. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Allegro
08. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Allegro
09. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Allegretto

CD 4

01. Symphony No.7 in A Major Op.92 – Poco sostenuto – Vivace
02. Symphony No.7 in A Major Op.92 – Allegretto
03. Symphony No.7 in A Major Op.92 – Presto
04. Symphony No.7 in A Major Op.92 – Allegro con brio
05. Symphony No.8 in F Major Op.93 – Allegro vivace e con brio
06. Symphony No.8 in F Major Op.93 – Allegretto scherzando
07. Symphony No.8 in F Major Op.93 – Tempo di Menuetto
08. Symphony No.8 in F Major Op.93 – Allegro vivace

Tonhale Orchestra Zurich
David Zinman – Conductor

CD 5

01. Symphony No.9 in D minor Op.125 – I. Allegro ma non troppo
02. Symphony No.9 in D minor Op.125 – II. Molto vivace
03. Symphony No.9 in D minor Op.125 – III. Adagio molto e cantabile
04. Symphony No.9 in D minor Op.125 – IV. Presto
05. Symphony No.9 in D minor Op.125 – Allegro assai vivace alla Marcia-end
06. Symphony No.9 – Allegro assai vivace alla Marcia-end (with General Pause in bar 747)

Ruth Ziesak – Soprano
Birgit Remmert – Alto
Steve Davislim – Tenor
Detlef Roth – Bass
Schweizer Kammerchor – Fritz Näf – Choirmaster
Tonhale Orchestra Zurich
David Zinman – Conductor

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CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
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CD 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 7/7: Bolivia, Música del Siglo XVIII

27yzo9fBaroque Music of Latin America
Música del Pasado de América – Vol 7/7

Música en las Misiones Jesuíticas y en la Catedral de Sucre

Camerata Renacentista de Caracas
Camerata Barroca de Caracas
Collegium Musicum Fernando Silva-Morván.
Maestrina Isabel Palacios

En el disco Bolivia, Música del Siglo XVIII, la Camerata Renacentista de Caracas y la Camerata Barroca de Caracas recogen la obra de Doménico Zipoli, Roque Ceruti y otros autores anónimos que dejaron constancia de la riqueza de la música producida en las Misiones Jesuíticas y en la Catedral de Sucre en Bolivia.

Roque Ceruti, nacido en Milán en fecha desconocida y residenciado en Lima en 1707 para ejercer el cargo de Director Musical del Palacio de Gobierno, al servicio del Virrey del Perú, es el compositor que marca el inicio del estilo italiano en la música de América, poniéndo fin de esta manera a la hegemonía del estilo español instaurado por Tomás de Torrejón y Velasco. De Roque Ceruti se puede apreciar en este CD el Magnificat obra transcrita por el musicólogo Piotr Nawrot.

Doménico Zipoli, nacido en Prato en 1688, fue un compositor formado en Florencia y Roma a quien su profunda vocación religiosa lo llevó a realizar estudios de Teología en la Universidad de Córdoba, institución en la cual conoció la labor de las Misiones Jesuíticas en Bolivia. Zipoli, impresionado por los extraordinarios resultados obtenidos por la Compañía de Jesús en el ejercico de la música entre miles de indios incorporados a la civilización, escribió numerosas composiciones religiosas para los conjuntos musicales de dichas Misiones. De Doménico Zipoli se destacan su Misa en Fa, obra transcrita por el Dr. Robert Stevenson y corregida por Curt Lange y Zuipaqui, obra transcrita por Piotr Nawrot.
(http://www.cameratadecaracas.com)

.Bolivia: Música del Siglo XVIII
1. Misa en Fa
Doménico Zipoli (1688-1726)
Encontrada y transcrita en la Catedral de Sucre por el Dr. Robert Stevenson y corregida por el profesor Curt Lange.

2. Dulce Jesús Mio
Villancico a cuatro voces
Anónimo

3. Zuipaqui (Ad Mariam)
Doménico Zipoli (1688 – 1726)

4. La Salve para la Virgen
Letanía
Anónimo

5. Anaustia
Anónimo

6. Requiem Chiquitano
Missa pro Defúnctis
Anónimo (c. 1749)

7. Magnificat
Roque Ceruti (c. 1686 – 1760)

Bolivia,  Música del Siglo XVIII – 2002
Camerata Renacentista de Caracas
Camerata Barroca de Caracas
Collegium Musicum Fernando Silva-Morván
Isabel Palacios, Directora

Producción: Fundación Camerata de Caracas
Patrocinante de la primera edición: Banco Mercantil
Lugar: Capilla de la Escuela Experimental de Enfermería de la UCV y en Estudios Fidelis, Caracas.
Octubre y Noviembre de 2002

Com esta postagem chegamos ao fim desta coletânea de músicas latino-americanas do século XVIII interpretadas pelas Camerata Renacentista de Caracas, Camerata Barroca de Caracas e pelo Collegium Musicum Fernando Silva-Morván, magnificamente regidos pela Maestrina Isabel Palacios.

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Encarte completo e único da coleção
PDF – 29,6 MB
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CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

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Boa audição.

Avicenna

Alma Latina: Manuel de Sumaya & Ignacio de Jerusalem – Mexican Baroque

23wrz3c Texto do Prof. Paulo Castagna, retirado da página do Facebook do Museu da Música de Mariana

14 de janeiro de 1680: batismo de Manuel de Sumaya, um dos mais sofisticados compositores latino-americanos do século XVIII!

Mesmo para quem está acostumado à música antiga brasileira, o patrimônio histórico-musical mexicano é estonteante, a começar pelos números: se no Brasil temos em torno de 15 órgãos da fase colonial, no México existem mais de mil… As obras mais antigas aqui encontradas são de meados do século XVIII – e assim mesmo bem raras – enquanto no México há um grande acervo de obras musicais lá compostas durante o século XVI, incluindo compositores nascidos no México e lá atuantes, já no início do século XVII… E a quantidade de obras disponíveis nos acervos musicais mexicanos nos deixa boquiabertos…

De fato, o México foi a região da mais intensa e sofisticada produção musical do continente americano, até meados do século XIX, somente nessa época começando a ser alcançado pelo Brasil. E a divulgação desse imenso patrimônio musical tem ocorrido também por conta de um enorme e bem preparado time de musicólogos, apoiados por instituições de renome e atuação internacional, como o CENIDIM – Centro Nacional de Investigación, Documentación e Información Musical “Carlos Chávez” e a UNAM – Universidad Nacional Autónoma de México.

Manuel de Sumaya nasceu em data incerta em fins de 1679, sabendo-se apenas a data de seu batismo (14 de janeiro de 1680), portanto há  exatos 335 anos. Contemporâneo 9039side Bach e Vivaldi, Sumaya é o mais prolífico compositor americano da fase colonial e autor da primeira ópera mexicana (e segunda na América), “La Parténope”, de 1711, com o mesmo libreto utilizado em 1730 por Händel. Dentre suas funções profissionais, destacam-se os cargos de mestre da capela da Catedral do México entre 1715-1738 e, entre 1738-1750, da Catedral de Oaxaca, que aqui vemos pintada em 1887 por José María Velasco (1840-1912).

Com seu catálogo de obras publicado por Aurélio Tello, e com um extraordinário time de musicólogos, Manuel de Sumaya tem sido estudado, editado e gravado, circulando em todo o mundo, apesar de ainda pouquíssimo conhecido no Brasil. Apenas para dar uma palinha, deixamos aqui a gravação norteamericana de seu vilancico “Celebren, publiquen”, com o Chanticleer Sinfonia, sob a direção de Joseph Jennings:

Grande trabalho, colegas do México!
Paulo Castagna

Ignacio de Jerusalem (itália, 1707 – Cidade do México, 1769)
01. Responsorio Segundo De S. S. José
02. Dixit Dominus – 1. Dixit Dominus Domino Meo
03. Dixit Dominus – 2. Virgam Virtutis Tuae
04. Dixit Dominus – 3. Judicabit In Nationibus
05. Dixit Dominus – 4. De Torrente In Via Bibet
06. Dixit Dominus – 5. Gloria Patri, Et Filio
07. Dixit Dominus – 6. Amen
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (Mexico, c.1679-1755)
08. Sol-Fa De Pedro
Ignacio de Jerusalem (itália, 1707 – Cidade do México, 1769)
09. Mass In D – 1. Kyrie
10. Mass In D – 2. Gloria: Gloria In Excelsis Deo
11. Mass In D – 3. Gloria: Gratias Agimus Tibi
12. Mass In D – 4. Gloria: Qui Tollis Peccata Mundi
13. Mass In D – 5. Gloria: Quoniam Tu Solus
14. Mass In D – 6. Gloria: Cum Sancto Spiritu
15. Mass In D – 7. Gloria: Amen
16. Mass In D – 8. Credo: Credo In Unum Deum
17. Mass In D – 9. Credo: Et Incarnatus Est
18. Mass In D – 10. Credo: Crucifixus Etiam Pro Nobis
19. Mass In D – 11. Credo: Et Resurrexit Tertia Die
20. Mass In D – 12. Sanctus
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (Mexico, c.1679-1755)
21. Hieremiae Prophetae Lamentationes
22. Celebren, Publiquen

Mexican Baroque – 1994
Chanticleer Sinfonia.
Maestro Joseph Jennings

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Curiosidade: O ‘libretto’ é uma palavra italiana para o que hoje chamamos de roteiro ou script, ou seja, a versão do texto a ser efetivamente musicada, que geralmente era produzida por escritores profissionais a partir de um livro maior, história, lenda ou mito, e desde o século XVIII começou a ser produzido por escritores (como Metastasio) já em formato destinado à partituração. Essa Partenope foi um desses textos que começou a circular dessa forma e alguns compositores o ‘pegaram’ para compor óperas, entre eles o Sumaya e o Handel. (Prof. Paulo Castagna)

Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Obrigado !!!

Boa audição.

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Avicenna

Juan Crisóstomo de Arriaga (1806-1826): L’Oeuvre Orchestrale

Juan Crisóstomo de Arriaga (1806-1826): L’Oeuvre Orchestrale

O basco Juan Crisóstomo de Arriaga não chegou a completar 20 anos. Morreu alguns dias antes de fazê-lo. Era chamado de o “Mozart Basco” ou “Mozart Espanhol” em razão de sua precocidade. Sua música não é lá tão esplêndida assim. Estilisticamente, está entre a tradição clássica de Haydn e Mozart e o romantismo de Rossini e Schubert. Como sempre, Savall e suas orquestras dão um show de competência. O moço era violinista, como pode-se notar em alguns solos, principalmente na Abertura-Nonetto. Imaginem que sua ópera Os Escravos Felizes (?) foi escrita e produzida quando Arriaga tinha apenas 14 anos!

Juan Crisóstomo de Arriaga (1806-1826): L’Oeuvre Orchestrale

Symphonie à Grand Orchestre En Ré:
1. Adagio-Allegro Vivace-Presto
2. Sym in D: Andante
3. Sym in D: Minuetto: Allegro-Trio
4. Sym in D: Allegro Con Moto

5 Los Esclavos Felices, Ouverture Pastorale

6 Ouverture Opus 1 “Nonetto”

La Capella Reial de Catalunya
Le Concert des Nations
Jordi Savall

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Juan Crisostomo Arriaga: precocidade e vida breve
Juan Crisostomo Arriaga: precocidade e vida breve

PQP

Olivier Messiaen (1908-1992): Obras para órgão, CD 4 de 6

Jennifer Bate escolheu gravar as obras para órgão de Messiaen na Catedral de Beauvais, que sem dúvida tem uma acústica excepcional. É a igreja com o teto mais alto do mundo, 15 metros maior que o da Catedral Notre Dame de Paris. Dedicada a São Pedro, talvez a ideia tenha sido rivalizar com a Basílica do mesmo santo no Vaticano. Começou a ser construída em 1225 e teve seu primeiro grande colapso em 1284 após uma tempestade. Nunca foi acabada devido aos altos gastos e aos problemas estruturais para manter em pé uma igreja tão alta e pesada.

Com a palavra o escritor americano Henry Adams:

A Catedral de Beauvais é a mais surpreendente tentativa de glória arquitetônica de todos os tempos. É um edifício de pedra construído tão alto que não suporta seu próprio peso, então cai de vez em quando, ou é reforçado com vigas de madeira ou com estruturas de ferro. É muito bonito, embora incompleto. Apesar de sua beleza e ambição, muito charmosas, nós sentimos que é uma tentativa fracassada, o que não diminui seu charme, e que é a última palavra do puro Gótico.
(Carta de 1895)

Você deve primeiro tentar livrar-se da ideia tradicional de que o gótico é uma expressão intencional de melancolia religiosa. O que movia os arquitetos góticos era a necessidade de luz. Eles precisavam de luz e sempre mais luz, até que sacrificassem a segurança e o senso comum ao tentar obtê-la. Eles converteram suas paredes em janelas, levantaram os tetos, diminuíram os pilares, até que suas igrejas não pudessem mais ficar em pé. Você verá o limite em Beauvais.

Sabendo por uma enorme experiência precisamente onde as tensões viriam, os arquitetos do século 13 ampliaram a sua escala até o ponto máximo de resistência material, aliviando a carga e distribuindo o fardo até para as calhas e as gárgulas que parecem meros ornamentos. E cada centímetro de material, de cima a baixo, da cripta à abóbada, do homem a Deus, do universo ao átomo, teve sua tarefa, dando suporte onde era necessário o suporte, ou peso onde a concentração se sentia, mas sempre com a condição de mostrar visivelmente as linhas gerais que levavam à unidade e as curvas que controlavam a divergência, de modo que uma única ideia controlava todas as linhas.
(do livro Mont-Saint-Michel and Chartres)

Ou ainda, para o ateu José Saramago: “No interior de uma grande catedral vazia, se levantarmos os olhos para as abóbadas, para as obras superiores, temos a impressão de que ela é mais alta do que a altura a que vemos o céu num campo aberto.”

Órgão de Beauvais, com tubos de 1530 a 1979
Órgão de Beauvais, com tubos de 1530 a 1979

O órgão de Beauvais tem alguns tubos antigos que estão lá desde 1530, outros são de 1827, mas após ser bombardeado em 1940, passou por uma restauração completa em 1979. O instrumento atual é uma mistura de materiais novos e antigos, como a música de Messiaen, aliás.

Ao ouvir, aos 6:08 de Les choses visibles et invisibles (no volume 3, postado semana passada), as notas graves ocupando todo o espaço da catedral, ou ouvindo os cantos de pássaros ecoando por todos os lados como em uma floresta no 4º movimento destas Meditações, só posso elogiar a escolha do órgão e do local para a gravação dessa integral.

No encarte dos álbuns desta integral aparecem em inglês os textos que Messiaen escreveu para explicar em detalhes cada uma de suas obras. Traduzir e resumir cada um dos nove movimentos das Meditações sobre o Mistério da Santíssima Trindade seria tão difícil quanto resumir o dogma católico da Trindade. Ressalto apenas que Messiaen utiliza um tema para o Pai, um para o Filho, um para o Espírito Santo, um para o verbo ser, e por aí vai… Com passagens de canto gregoriano e outras de pássaros. Uma mistura do novo com o antigo, como definido já em 1931 pelo próprio compositor:

“Creio que hoje, ao invés de destruir o sistema tonal, é preciso enriquecê-lo.”

Méditations sur le mystère de la Sainte Trinité
1. Méditation I
2. Méditation II
3. Méditation III
4. Méditation IV
5. Méditation V
6. Méditation VI
7. Méditation VII
8. Méditation VIII
9. Méditation IX

Recorded in 1980/81
Grandes Orgues de la Cathédrale Saint Pierre, Beauvais, France

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Catedral de Beauvais: "ereta, enquanto as tempestades de seis séculos derrubaram todos os outros abrigos sociais, políticos ou jurídicos." (Henry Adams)
Catedral de Beauvais: “ereta, enquanto as tempestades de seis séculos derrubaram todos os outros abrigos sociais, políticos ou jurídicos.” (Henry Adams)

Pleyel

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 6/7: Música Sacra Latinoamericana del Barroco y la Colonia

23k28wnBaroque Music of Latin America
Música del Pasado de América – Vol 6/7
.
Música Sacra Latinoamericana del Barroco y la Colonia

Camerata Barroca de Caracas
Maestrina Isabel Palacios

En este disco compacto la Camerata Barroca de Caracas y el Collegium Musicum Fernando Silva-Morvan, ofrecen una rica selección musical que representa el extraordinario mundo estético en el tiempo del barroco y la colonia en latinoamerica. Un tiempo en el cual muchos de los compositores eran europeos o músicos que, si bien habían nacido en el nuevo continente, aún concebían y escribían la música según los cánones del viejo mundo.
Obras de destacados autores como Doménico Zipoli, Juan de Araujo, Tomás de Torrejón y Velasco, Gaspar Fernández, Juan de la Vega Bastón, Juan de Herrera, José Cascante, Estéban Salas, José Mauricio Nunes García y José Angel Lamas, conforman esta interesante selección musical de la música del pasado de América.(http://www.cameratadecaracas.com)

Música Sacra Latinoamericana del Barroco y la Colonia – 2001
1. Vexilla Regis – Anónimo S. XVIII
Catedral de La Plata (Sucre-Bolivia)

2. Lamentación – Tomás de Torrejón y Velasco (España 1664- Perú 1728)
Archivo del Seminario de San Antonio Abad (El Cuzco-Perú)

3. Salve Regina – Juan de Araujo (Villafranca en León/En Cáceres ca. 1646 – Chuquisaca, 1712)
Catedral de La Plata (Sucre-Bolivia)

4. Deus in adjutorium – Doménico Zipoli (1688-1726)
Archivo de las Misiones de Chiquitos (Concepción-Bolivia)

5. Popule Meus – Juan de la Vega Bastón
Archivo de La Plata (Sucre-Bolivia)

6. Laudate Dominum – Juan de Herrera y Chumacero (Bogotá, 1665-1738)
Catedral de Santafé de Bogotá – Colombia

7. Salve Regina – José Cascante (Bogotá, 1646-1702)
Catedral de Santafé de Bogotá – Colombia

8. Elegit eum Dominus – Gaspar Fernández (Portugal, 1570?- Puebla, 1629)
Catedral de Oaxaca – Mexico

9. Inter Vestibulum – Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
Catedral de Rio de Janeiro – Brasil

10. Ave maris stella – Esteban Salas y Castro (Cuba, 1725 – 1803)
Catedral de Santiago de Cuba – Cuba

11. Popule Meus – José Angel Lamas (Caracas, 1775 – 1814)
Catedral de Caracas- Venezuela

Camerata Barroca de Caracas
Maestrina Isabel Palacios
Producción: Fundación Camerata de Caracas
Lugar: Capilla de la Escuela Experimental de Enfermería de la UCV. Caracas, 2001.

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CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

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Boa audição.

Avicenna

Atelier Vocal et Instrumental de Sarrebourg: Pe. José Maurício Nunes Garcia: Missa Pastoril + Matinas de Natal + Gradual para São Sebastião (Acervo PQPBach)

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
Missa Pastoril
Matinas de Natal
Gradual para São Sebastião

Atelier Vocal et Instrumental de Sarrebourg

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2lwayjrJosé Maurício Nunes Garcia – 2001
Atelier Vocal et Instrumental de Sarrebourg
Regente: Jean-Franck Anselme
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memoria

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Boa audição.

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Avicenna

Gioacchino Rossini (1792-1868): Pequena Missa Solene – Harmonia Mundi – 50 years of music exploration – CD 22 de 29

Gioacchino Rossini (1792-1868): Pequena Missa Solene – Harmonia Mundi – 50 years of music exploration – CD 22 de 29

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A Pequena Missa Solene de Rossini é, em minha opinião, uma das melhores músicas já compostas. Aqui, recebe tratamento especialíssimo de Marcus Creed num dos 29 históricos CDs que foram escolhidos para comemorar os 50 anos da notável gravadora Harmonia Mundi. É para se ouvir de joelhos. Não por Deus, mas pela religião da música mesmo. Escrita para um agrupamento inacreditavelmente pequeno de coro, solistas, 2 pianos e harmônica, a Missa parece destinada ao riso. Mas isto só até a música começar. A abertura, utilizada com notável sensibilidade por Pedro Almodóvar em seu filme A Má Educação (cena das crianças fazendo ginástica na escola, lembram?), é linda e tem a propriedade de instalar-se em nossa cabeça de uma forma difícil de controlar…

Meu amigo Milton Ribeiro escreveu uma pequena história protagonizada por esta música. Durante o conto, ele explica, de forma sucinta, as circunstâncias de sua composição.

Todos os Pecados Perdoados

Dedicado a Fernando Monteiro

Eu estava estudando na Itália, mas o tema de maior interesse, aquele sobre o qual me debruçava com verdadeira afeição, era Antonella, minha pequena e saltitante romana. Um dia, tivemos uma discussão acerca de algumas grosserias que, segundo ela, eu cometera, e ela rompeu nossa ligação.

Dias depois, telefonei-lhe e convidei-a para assistirmos à Pequena Missa Solene de Rossini, que seria apresentada na Parrocchia dell’Assunzione, no Tuscolano. Depois de alguma hesitação e surpresa – ela não esperava uma ligação minha, ainda mais sem referências a nosso impasse -, ela aceitou. Antonella amava a música de tal forma que eu não tinha como saber se a aceitação do convite significava um perdão ou a mera impossibilidade de recusar a Missa de Rossini.

Caminhamos lado a lado, sem nos tocarmos. Tive todo o cuidado em ser verbalmente o mais gentil com ela, já que as circunstâncias não permitiam nada além. Quando a Missa começou, ela se riu. Disse em meu ouvido que achara engraçada a pobre instrumentação que Rossini utilizara. Passaram-se alguns minutos e notei que Antonella estava muito emocionada. Abracei-a e ela apoiou sua cabeça em meu peito. Enquanto lhe acariciava o rosto, sentia suas lágrimas molhando meus dedos. Soube que estava perdoado.

Rossini começou a escrever música muito jovem. Era prolífico e compunha, em média, duas óperas por ano. Então, aos 37 anos – enfadado do freqüente contato com cantores temperamentais e diretores de teatro ainda piores -, parou de trabalhar seriamente com música, tornando-a um divertimento pessoal. Riquíssimo e célebre, dedicou-se ao lazer e a um irônico e gentil convívio com todos, itens nos quais era mestre. Costumava promover freqüentes festas em sua casa. Ali, bebia-se champanhe, vinho, comia-se esplendidamente e ouvia-se música. Às vezes, Rossini apresentava ao piano peças de um certo compositor anônimo… O compositor ressurgiu surpreendentemente aos setenta e poucos anos publicando duas extraordinárias peças sacras – o Stabat Mater e a Petite Messe Solennelle (Pequena Missa Solene) -, além de peças para piano. Tais obras foram agrupadas sob o título genérico de Péchés de vieillesse.

Fomos a meu apartamento, onde nos amamos e dormimos como fazem os casais. Quando acordei, não vi Antonella. Havia somente um bilhete em italiano sobre meu criado-mudo. Meu amigo, fomos engolfados por um dos “pecados da velhice” de Rossini. O que aconteceu não tem relação nenhuma com nossa situação. Não me procure mais. Antonella.

Nunca mais vi minha pequena Antonella. Porém, ontem, recebi de um amigo uma gravação da Missa de Rossini. Comecei a ouvi-la, mas logo certo pudor fez-me interromper a audição. Deixei todos dormirem para religar o aparelho de som. Então, enquanto minha mulher dormia, ouvi toda a gloriosa Missa, imóvel, sentado no escuro, sentindo a presença de minha adorável Antonella e de uma possibilidade perdida.

Gioacchino Rossini – Pequena Missa Solene

1. Kyrie I. Kyrie 2:27
2. Kyrie II. Christe 1:49
3. Kyrie III. Kyrie 2:22
4. Gloria I. Gloria in excelsis Deo 0:37
5. Gloria II. Laudamus te 1:46
6. Gloria III. Gratias 4:45
7. Gloria IV. Domine Deus 5:37
8. Gloria V. Qui tollis 6:21
9. Gloria VI. Quoniam 7:32
10. Gloria VII. Cum Sancto Spiritu 5:33
11. Credo I. Credo in unum Deum 4:14
12. Credo II. Crucifixus 3:18
13. Credo III. Et resurrexit 4:51
14. Credo IV. Et vitam venturi 4:05
15. Prélude religieux (pendant l’Offertoire) 7:38
16. Ritournelle 0:33
17. Sanctus 3:53
18. O salutaris 5:27
19. Agnus Dei 7:25

Artist(s): Krassimira Stoyanova, Birgit Remmert, Steve Davislim, Hanno Müller-Brachmann,
RIAS Kammerchor
Marcus Creed

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Quem não gosta de um pecado, né, seu Rossini?
Quem não gosta de um pecado, né, seu Rossini?

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Sonatas for Violin and Piano arranged for flute and piano by Patrick Gallois – Patrick Gallois & Maria Prinz

8.573033Este cd vale mais como curiosidade, não achei lá grandes coisas. As sonatas para violino de Mozart são obras únicas, belas, delicadas, virtuosísticas, e transcritas para flauta ficam meio sem rumo. Temos algumas gravações destas sonatas disponíveis aqui mesmo no PQPBach. Ouçam, comparem e tirem suas conclusões.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Sonatas for Violin and Piano arranged for flute and piano by Patrick Gallois – Patrick Gallois & Maria Prinz

01. Sonata in F major, K376 – I. Allegro
02. Sonata in F major, K376 – II. Andante
03. Sonata in F major, K376 – III. Rondeau Allegretto grazioso
04. Sonata in B flat major, K570 – I. Allegro
05. Sonata in B flat major, K570 – II. Adagio
06. Sonata in B flat major, K570 – III. Allegretto
07. Sonata in F major, K377 – I. Allegro
08. Sonata in F major, K377 – II. Tema con variazioni
09. Sonata in F major, K377 – III. Tempo di Menuetto Un poco Allegretto
10. Sonata in B flat major, K378 – I. Allegro moderato
11. Sonata in B flat major, K378 – II. Andantino sostenuto e cantabile
12. Sonata in B flat major, K378 – III. Rondeau Allegro

Patrick Gallois – Flute
Maria Prinz – Piano

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FDP

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 5/7: Virreinato de Nueva España

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Música del Pasado de América – Vol 5/7

Virreinato de Nueva España
Música en la Catedral de México, Oaxaca y Puebla de los Ángeles

Camerata Renacentista de Caracas
Maestrina Isabel Palacios

La Música del Virreinato de Nueva España comprende una selección de las formas y ritmos musicales más representativos e impactantes de la música virreinal recopilada en las Catedrales de México, Oaxaca y Puebla de los Ángeles.

Un conjunto de villancicos, negriyas, guineos, ensaladas, un juguete de guaracha y una salve que refleja el desarrollo polifónico del México de la segunda mitad del siglo XVI, dejan constancia del profundo mestizaje que unió a indios, aztecas, negros y europeos para producir una manifestación artística poseedora de una personalidad fuerte, definida y muy distintiva.

En esta producción discográfica la Camerata Renacentista de Caracas presenta un variado repertorio que abarca el espectro de lo académico y lo folklórico en el cual se manifiestan de manera viva las emociones asociadas a la música: desde la alegría y el humos hasta la más profunda religiosidad y ternura.

(http://www.cameratadecaracas.com/nebulart_camerata/site/usuarios/14/view_discografia.php?id=149&file=discografia.php)

Música del Virreinato de Nueva España
Sebastián Durón (Spain,1660 – France, 1716)
01. Negliya Que Quele
Juan Gutiérrez de Padilla (Málaga, Spain c.1590 – Puebla, Mexico, 1664)
02. No Hay Zagal Como Gilillo
03. A Siolo Fasiquiyo

Fray Geronimo Gonzalez fl. c.1633, Mexico City
04. Serenissima Una NocheAntonio de Salazar (Seville, Spain c.1650– Mexico City, Mexico 1715)
05. Tarara Qui Yo Soi Anton

Manuel de Sumaya (Mexico, c. 1678–1755)
06. Aunque Al Sueño
07. Corrientes Que Al Mar

Fray Vicente Ortíz de Zarate
08. Ya Murió Mi Redentor
Gaspar Fernández (Portugal, 1570?- Puebla, 1629)
09. Ensalada De Navidad
10. Xicochi Conetzintle
11. Tantarantan A La Guerra Van
12. Francisquiyo
13. Eso Rigor E Repente

Juan García de Zéspedes (Mexico, ca. 1619 – 5 August 1678)
14. Convidando Esta La Noche
Juan de Lienas (attivo c.1617-54)
15. Códice del Convento del Carmen – Salve de Juan I
16. Códice del Convento del Carmen – Salve de Juan II
17. Códice del Convento del Carmen – Salve de Juan III
18. Códice del Convento del Carmen – Salve de Juan IV

Música del Pasado de América Vol.V: Virreinato de Nueva España
Camerata Renacentista de Caracas
Isabel Palacios, Directora
Producción: Fundación Camerata de Caracas
Lugar: Auditorio del Banco Mercantil, Caracas.
Noviembre de 2000

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CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

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Boa audição.

Avicenna

Música no tempo de Gregório de Mattos (1636-1696) – Música Ibérica e Afro-Brasileira na Bahia dos séculos XVII e XVIII (Acervo PQPBach)

3tumvO TRIÂNGULO ATLÂNTICO: SONS DA IBÉRIA, ÁFRICA E BRASIL DURANTE O PERÍODO COLONIAL

Porém, eu me persuado, que a maior parte destas modas lhes ensina o demônio: porque é ele grande poeta, contrapontista, músico e tocador de viola e sabe inventar modas profanas, para as ensinar àqueles que não temem a Deus. Nuno Marques Pereira (1652-1728)

Para o moralista Nuno Marques Pereira, boa parte dos males que afligiam a colônia portuguesa na América no início do século XVIII devia-se à proliferação das canções profanas no toque dos violeiros da época. A julgar pela temática de grande parte de sua obra literária, Gregório de Mattos e Guerra (1636-1696) encarnava os piores medos de Pereira. E se sua língua ferina granjeou-lhe inimigos e problemas no Brasil e em Portugal, ainda hoje suas profanidades e obscenidades escandalizam muita gente.

Retratando portugueses e baianos de todas as esferas, a obra poética de Gregório de Mattos é uma ótima fonte de informações sobre a música ouvida nas ruas, casas, conventos e bordéis do Brasil seiscentista. Além de comentar e criticar funções musicais e teatrais, de mencionar instrumentistas e cantores, de citar nomes de peças instrumentais e de descrever coreografias, Mattos usava romances e tonos espanhóis como base para novas composições. Cantava e variava também modas profanas em português, ou, no dizer dele próprio, canções que os “chulos” cantavam. Nuno Marques Pereira atribuía tais modas à invenção do demônio—ele próprio um exímio tocador de viola.

E o “Boca do Inferno” também tocava viola. O fato de ser instruído musicalmente dá mais peso aos seus comentários e descrições envolvendo tanto a música da elite quanto aquela que se ouvia nas festas populares e nos bordéis. Mattos ocupa-se também da música das ruas, dos mulatos e negros, a música dos calundus, cerimônias afro-brasileiras que tanto irritavam Pereira.

No século XVIII, outros poetas descreveram o ambiente musical brasileiro e as notáveis interações entre formas e práticas musicais portuguesas, africanas e brasileiras, alguns condenando, outros louvando. Nas Cartas Chilenas, Tomás Antonio Gonzaga descreve a “mulata em trajes de homem [que] dança o quente lundum e o vil batuque”, coreografias que apresentavam a “lasciva umbigada”. Na seqüência, Gonzaga narra como a dança passou das “humildes choupanas” para as “casas mais honestas e palácios”. Enquanto isso, no litoral do sul do Brasil, danças afro-brasileiras vinham interagindo com coreografias e toques de viola açorianos e portugueses, resultando numa mistura que passou a ser conhecida como fandango e que permanece viva em pontos remotos do litoral do Paraná e Santa Catarina.

Tais interações ocorriam também em Portugal. Roendo-se de inveja e em tom abertamente racista, Bocage satirizou em vários versos os modinheiros brasileiros Domingos Caldas Barbosa e Joaquim Manuel da Câmara, presenças constantes nos salões lisboetas. O talento deste último, famoso tocador de machete e compositor de modinhas, foi enfatizado em testemunhos imparciais, como os dos franceses Louis e Rose de Freycinet e do austríaco Sigismund Neukomm. Impressionado, Neukomm compôs variações para piano sobre um tema de Joaquim Manuel e intermediou em Paris a publicação de uma coleção de modinhas do macheteiro.

Grupo Banza

O Grupo Banza empresta o seu nome de um antigo instrumento musical africano bastante comum nas Américas durante o período colonial, o mbanza. Formado em 2003 e tendo sua base em Curitiba, o grupo interpreta a música antiga brasileira em instrumentos históricos e tradicionais da Europa, África Ocidental e Brasil.

O grupo explora as conexões entre a música européia praticada no período colonial e as interações e modificações sofridas no Brasil, que resultou no surgimento de uma verdadeira música popular brasileira em fins do século XVIII. Em seus projetos, o grupo tem trabalhado com o repertório contido em fontes musicais até agora pouco estudadas, tais como a música portuguesa para viola (guitarra barroca) do início do século XVIII e o códice para saltério de Paranaguá, do início do século XIX, sempre procurando equilibrar um forte conteúdo de pesquisa com uma postura interpretativa mais livre, derivada da tradição oral brasileira.

Desde 2003, o grupo tem se apresentado em vários estados brasileiros, com Ademir Mauricio (voz), Ana Paula Peters (flauta-doce e traverso), Orlando Fraga (teorba, bandurra, violas tradicionais e históricas), Paulo Demarchi (percussão, violas tradicionais), Roger Burmester (tiorba e bandurra), Rogerio Budasz (violas tradicionais e direção), e Sandro Romanelli (violino histórico e rabeca). (Extraído do encarte)

Iberian and African-Brazilian Music of the 17th Century
Gregório de Matos e Guerra (Salvador, 1636-Recife, 1695) arranjo de Rogerio Budasz
01. Cumbe Oitavo Tom
02. Marinícolas, Marisapoles Quarto Tom
03. Fantasia Quarto Tom Italiana
04. Pavana Primeiro Tom, Pavana Primeiro Tom Italiana
05. Gagliarda
06. Foi-se Brás da sua Aldeia
07. Tarantela
08. Arromba Quarto Tom
09. Gandum Sétimo Tom
10. Cãozinho de Sofala
11. Sarambeque Segundo Tom
12. Paracumbe Sétimo Tom
13. Cubanco Sétimo Tom
14. Ay Verdades Que En Amor
15. Saltarello
16. Rojão Segundo Tom, Rojão Primeiro Tom
17. Vacas Primeiro Tom
Gregório de Matos Guerra (Salvador, 1636-Recife, 1695) arranjo de Patxi Garcia Garmilla
18. Ay De Ti Pobre Cuidado
Gregório de Matos Guerra (Salvador, 1636-Recife, 1695) arranjo de Rogerio Budasz
19. Vilão Sétimo Tom
20. Canário

Iberian and African-Brazilian Music of the 17th Century – 2004
Banza Ensemble

Este CD pertence ao acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Boa audição.

plantando arvores

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

Beethoven, Brahms, Mozart: Sonatas solo / para Violoncelo e Piano / Concerto

Beethoven, Brahms, Mozart: Sonatas solo / para Violoncelo e Piano / Concerto

Já havia um certo tempo que eu tencionava postar este CD duplo, com peças de Beethoven, Brahms e Mozart, interpretados por Rudolf Serkin. Serkin nasceu na Boêmia, Império Astro-Húngaro. Como mostrava propensões para o piano, foi enviado para Viena aos 9 anos para estudar e aprimorar a sua técnica. Deu seu primeiro concerto aos 12 anos pela Filarmônica de Viena. Chegou a estudar composição com Schoenberg. Após mudar para os Estados Unidos na década de 30, Serkin tornou-se habitué da Filarmônica de Nova York, que tinha como diretor Arturo Toscanini. Segue este CD com uma pequena mostra de seu talento. O pianista morreu em 1991, aos oitenta e oito anos. Boa apreciação desse repertório bem escolhido!

DISCO 1

Ludwig van Beethoven (1770-1827) –
Sonata para piano no. 30 em E maior, Op. 109

01. Adagio espressivo
02. Prestissimo
03. Gesangvoll, mit innigster Empfindung
04. Variation I. Molto espressivo
05. Variation II. Leggiermente
06. Variation III. Allegro vivace
07. Variation IV. Etwas langsamer als das Thema
08. Variation V. Allegro, ma non troppo
09. Variation VI. Tempo l del tema (Cantabile)

Sonata para piano no.31 in A flat maior, Op.110
10. Moderato cantabile molto espressivo
11. Allegro molto
12. Adagio, ma non troppo – Fuga. Allegro, ma non troppo

Sonata para piano no.32 em C menor, Op.111
13. Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
14. Arietta. Adagio molto semplice e cantabile

DISCO 2

Johannes Brahms (1833-1897)
Sonata para piano e violoncelo em E menor, Op.38
01. Allegro non troppo
02. Allegretto quasi menuetto
03. Allegro

*Mstilav Rostropovich, violoncelo

Wolfgand Amadeus Mozart (1756-1791) –
Concerto para piano e orquestra no.16 em D maior, K.451
04. Allegro assai (Cadenza. Mozart)
05. Andante
06. (Rondeau.) Allegro di molto (Cadenza. Mazart)

**Chamber Orchestra of Europe
Claudio Abbado, regente

Rudolf Serkin, piano

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Rudolf Serkin e um apreciador
Rudolf Serkin e um apreciador

Carlinus

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 4/7: Virreinato de Nueva Granada

15wnsq8 Baroque Music of Latin America
Música del Pasado de América – Vol 4/7

Virreinato de Nueva Granada
Música en la Catedral de Santa Fé de Bogotá

Camerata Renacentista de Caracas
Maestrina Isabel Palacios

 
En el cuarto número de la serie dedicada a La Música del Pasado de América, la Camerata Renacentista presenta la música desarrollada en la Catedral de Santa Fe de Bogotá a partir del año 1571 por los destacados compositores Gutierre Fernández Hidalgo, José Cascante, Juan de Herrera, Alonso Torices y Matías Durango.

Del maestro José Cascante, considerado el más importante músico de la Catedral de Santa Fé y quien fuera Maestro de Capilla de la misma, se pueden escuchar el Villancico al nacimiento, Villancico a Santa Bárbara, Letra al Nacimiento, Sabbato Sancto ad Vesperas, Solo a Nuestra Señora de la Soledad y Salve Regina, piezas que sorprenden por la asombrosa versatilidad que muestra el compositor al escribir música de características tan diferenciadas en la misma época.

De Juan de Herrera, sucesor de José Cascante como Maestro de Capilla, se incluye la Misa de Difuntos a cinco voces, una de las obras litúrgicas más importantes de este compositor cuya música religiosa mantenía las características típicas de la música española de ese periodo y A la fuente de bienes, una obra que refleja la influencia de la música popular del momento.

De Alonso Torices se incluye el Villancico de negro de navidad Toca la flauta, género también conocido como guineo y que presenta el exótico idioma llamado negrito que replicaba la forma de hablar e interpretar el español de los negros en la época de la colonia en los países de Latinoamérica. (extraído de http://www.cameratadecaracas.com)

Juan de Herrera nació en Bogotá (Colombia), el Virreinato de Nueva Granada. Se sabe poco de su formación musical. Su nombramiento como maestro de capilla de la Catedral Santa Fé, en sucesión de José Cascante (1702), lo hace visible y relevante en el mundo musical. Juan de Herrera fue maestro de música en el convento de Santa Inés, siendo también capellán alrededor de 1698.

Herrera compuso un poco más de 40 obras, haciéndolo uno de los compositores más prolíficos en la Nueva Granada. Su estilo composicional está vinculado directamente con el estilo renacentista que permea ampliamente su obra, a diferencia de su predecesor José Cascante cuyas obras son más exuberantes.

Las obras maestras de Juan de Herrera son sin duda, sus 3 Misas para la muerte (Requiem o de Difuntos) para 5, 8 y 9 voces, respectivamente, de gran inspiración, además de ser unos de los pocos ejemplos musicales de este género en LatinoAmérica.

El estilo musical de la Misa de Difuntos a 5 voces de Juan de Herrera (la Misa aquí presente), es más bien arcaico, sometido enteramente a los modelos Ibéricos, sin embargo, la nobleza expresiva de ésta y las demás obras de Herrera muestran que deben ser descubiertas y estudiadas profundamente.

Fernández Hidalgo es considerado como el más importante compositor de América del Sur durante el siglo XVI. Su nombre aparece por primera vez en 1584 en la Catedral de Bogotá (Colombia). Poco más se sabe sobre su vida en esta ciudad donde dejó lo más importante de su producción musical: los espléndidos Códices de los Magnificat en los 8 modos y las Salves.

Fué a Quito (Ecuador), para entrar al servicio de su Catedral y del nuevo Seminario Conciliar. A finales de 1589 abandona la ciudad para dirigirse a Cuzco, donde pertenece hasta 1597, año en el que es nombrado Maestro de Capilla de La Plata (luego llamada Sucre), donde muere en 1629. (extraido do excelente canal do Youtube dedicado à “música virreinal, colonial, íbero”: http://www.youtube.com/user/hotkikee)

.Música del Pasado de América Vol. IV: Virreinato de Nueva Granada
José Cascante (Bogotá, 1646-1702)
01. Villancico Al Nacimiento
02. Villancico A Santa Bárbara
03. Letra Al Nacimiento

Alonso Torices (S. XVII)
04. Toca La Flauta
Juan de Herrera y Chumacero (Bogotá, 1665-1738)
05. A La Fuente De Bienes
José Cascante (Bogotá, 1646-1702)
06. Sabbato Sancto Ad Vesperas
Anónimo
07. Domine Ad Adjuvandum
Gutierre Fernández Hidalgo (b ?Talavera de la Reina, c1547; d La Plata [now Sucre], Bolivia, 1623)
08. Magnificat Secundus Tonus
José Cascante (Bogotá, 1646-1702)
09. Salve Regina
Matías Durango de los Arcos (Falces, Spain, 1636-1698)
10. Pues Mi Dios Ha Nacido
José Cascante (Bogotá, 1646-1702)
11. Nuestra Señora De La Soledad
Juan de Herrera y Chumacero (Bogotá, 1665-1738)
12. Misa de Difuntos I: Introitus
13. Misa de Difuntos II: Kyrie
14. Misa de Difuntos III: Graduale
15. Misa de Difuntos IV: Offertorium
16. Misa de Difuntos V: Sanctus
17. Misa de Difuntos IV: Agnus Dei

Música del Pasado de América Vol. IV: Virreinato de Nueva Granada
Camerata Renacentista de Caracas
Maestrina Isabel Palacios
Producción: Fundación Camerata de Caracas
Lugar: Iglesia de Hoff (Moselle) de Sarrebourg, Francia
Mayo de 1997.

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CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

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.Boa audição.

Avicenna