Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830): Responsórios Fúnebres – Coral Porto Alegre e Orquestra: (Acervo PQPBach)

bjfy45 Responsórios Fúnebres

Pe. José Maurício Nunes Garcia 

Coral Porto Alegre e Orquestra

Determinadas obras só sobreviveram através das cópias. É o caso dos Responsórios Fúnebres (CPM 192). O único exemplar existente encontra-se no arquivo da Orquestra Ribeiro Bastos, na cidade de São João del-Rei,MG, em partes individuais manuscritas, de copista desconhecido e sem datação. Em razão do estado precário dos papéis, a musicóloga Cleofe Person de Mattos realizou o primeiro levantamento da partitura.

Para a presente gravação foi utilizada uma nova partitura, editorada e revista por Aluízio Viegas. Embora o manuscrito mineiro seja a única referência, não podemos deixar de reconhecer que a música e a orquestração são tipicamente mauricianas. O conjunto é formado pelo coro a quatro vozes, uma flauta, duas clarinetas, duas trompas e as cordas. José Maurício optou por não incluir solistas. O coro torna-se então o grande protagonista da obra.

O texto é o do Ofício dos Defuntos, para o qual, aparentemente, José Maurício não compôs música para o lnvitatório. Outra curiosidade está no 9° responsório: no Liber Usualis, consta o Libera me, Domine, de viis infernis. Na cópia manuscrita, encontramos o Libera me, Domine, de morte aeterna, comumente usado na missa de requiem.

Embora não conheçamos as circunstâncias de sua criação, podemos dizer que os Responsórios Fúnebres se apresentam hoje como uma das grandes obras de José Maurício.

(André Cardoso, diretor da Escola de Música da UFRJ. Extraído do encarte)

Palhinha: ouçam 9º Responsório: Libera me Domine

Responsórios Fúnebres
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
1º Responsório: Credo – et in carne – quem visurus – et in carne
2º Responsório: Qui Lazarum – tu, ei, Domine – qui ventures es – tu, eis Domine
3º Responsório: Domine, quando veneris – Quia peccavi – Comissa mea – Requiem aeternam – Quia peccavi
4º Responsório: Memento mei, Deus – nec aspiciat – De profundis – nec aspiciat
5º Responsório: Hei mihi – Miserere mei – Anima mea turbata – Miserere mei
6º Responsório: Ne Reccorderis – dum veneris – Dirige, Domine – Requiem aeternam dum veneris
7º Responsorio: Peccatem – quia in inferno – Deus, i nomine tuo – quia in inferno
8º Responsório: Domine, secundum – ut tu – Amplius – ut tu
9º Responsório: Libera me – Tremens – dum discussio – Dies illa – Requiem aetenam – Kyrie – Requiescat

Responsórios Fúnebres – 2013
Coral Porto Alegre e Orquestra
Maestro Ernani Aguiar

.

2jcbrlsBAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 263,8 MB | HQ Scans 1,0 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 123,2 + 1,0 MB – 51 min
powered by iTunes 11.1.3

.

.

.Boa audição.

Avicenna

Giuseppe Verdi (1813-1901): Réquiem (Maazel)

Giuseppe Verdi (1813-1901): Réquiem (Maazel)

515XYKJpKQLIM-PER-DÍ-VEL !!!

Um Réquiem (do latim requiem, acusativo de requies, “descanso”) ou Missa de Réquiem, também conhecida como “Missa para os mortos” (do latim: Missa pro defunctis) ou “Missa dos mortos” (do latim: Missa defunctorum), é uma Missa da Igreja Católica oferecida para o repouso da alma ou alma de uma ou mais pessoas falecidas, usando uma forma particular do Missal Romano. É frequentemente, mas não necessariamente, celebrada no contexto de um funeral. O termo também é usado para cerimônias semelhantes além da Igreja Católica Romana, especialmente no ramo anglo-católico do Anglicanismo e em certas igrejas luteranas. Um serviço similar, com uma forma de ritual e textos totalmente diferente, existe também na Igreja Ortodoxa e Igrejas Católicas orientais, bem como na Igreja Metodista.

Talvez seja fácil lembrar dos principais Réquiens da música erudita: Brahms, Mozart, Verdi, Fauré, Britten, talvez Saint-Säens. São obras de tal qualidade que já conheci gente devota de cada uma delas. Conheci um velho médico que disse ouvir o Réquiem de Verdi todos os dias… Todos os dias… Verdade ou não, esta gravação de Maazel talvez fizesse sua alegria, apesar de menos “operática” (como disse um comentarista da Amazon) e dramática que o habitual. Eu gostei muito.

Giuseppe Verdi (1813-1901): Réquiem (Maazel)

CD 1
01 – Messa da Requiem, I. Requiem & Kyrie
02 – Messa da Requiem, II. Sequentia- Dies irae – Dies irae
03 – Messa da Requiem, II. Sequentia- Dies irae – Tuba mirum
04 – Messa da Requiem, II. Sequentia- Dies irae – Liber scriptus
05 – Messa da Requiem, II. Sequentia- Dies irae – Quid sum miser
06 – Messa da Requiem, II. Sequentia- Dies irae – Rex tremendae
07 – Messa da Requiem, II. Sequentia- Dies irae – Recordare
08 – Messa da Requiem, II. Sequentia- Dies irae – Ingemisco
09 – Messa da Requiem, II. Sequentia- Dies irae – Confutatis
10 – Messa da Requiem, II. Sequentia- Dies irae – Lacrymosa

CD2
01 – Messa da Requiem, III. Offertorio – Domine Jesu Christe
02 – Messa da Requiem, III. Offertorio – Hostias
03 – Messa da Requiem, IV. Sanctus
04 – Messa da Requiem, V. Agnus Dei
05 – Messa da Requiem, VI. Lux aeterna
06 – Messa da Requiem, VII. Libera me – Libera me
07 – Messa da Requiem, VII. Libera me – Dies irae
08 – Messa da Requiem, VII. Libera me – Libera me

Munchner Philharmoniker Philharmonischer
Chor Munchen
Lorin Maazel

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O túmulo de Alessandro Manzoni, em cuja homenagem Verdi escreveu seu Réquiem.
O túmulo de Alessandro Manzoni, em cuja homenagem Verdi escreveu seu Réquiem.

PQP

Sergey Prokofiev – Piano Concertos – Browning, Leinsdorf, BSO

FrontEstas gravações que vos trago são históricas, injustamente esquecidas, e que merecem ser revistas. O pianista norte americano John Browning as realizou juntamente com o lendário maestro Erich Leinsdorf e a Orquestra Sinfônica de Boston. Este material está disponível na caixa de 10 cds lançados pela Sony, e traz as gravações deste até então, ao menos para mim, desconhecido músico. Estas gravações ocorreram entre 1965 e 1967, quando este que vos escreve era apenas um bebê, morando em uma cidade do interior.

FrontP.S. Não confundir alhos com bugalhos, Não, este pianista não é o fabricante de armas de mesmo nome, que viveu entre a segunda metade do século XIX e início do século XX.

01. Piano Concerto No. 2 in G minor, Op. 16 – I. Andantino – Allegretto – Andantino
02. II. Scherzo Vivace
03. III. Intermezzo Allegro moderato
04. IV. Finale Allegro tempestoso
05. Piano Concerto No. 1 in D-flat major, Op. 10 – I. Allegro brioso
06. II. Andante assai
07. III. Allegro scherzando

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

01. Piano Concerto No. 3 in C major, Op. 26 – I. Andante – Allegro
02. II. Andantino con variazioni
03. III. Allegro ma non troppo
04. Piano Concerto No. 4 in B-flat major, Op. 53 – I. Vivace
05. II. Andante
06. III. Moderato
07. IV. Vivace

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

John Browning – Piano
Boston Simphony Orchestras
Erich Leinsdorf – Conductor

FDPBach

John Browning em pose clássica de galã de filme de Hollywood
John Browning em pose clássica de galã de filme de Hollywood

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 3/7: Brasil en el tiempo de la Colonia

25k1nhfBaroque Music of Latin America
Música del Pasado de América – Vol 3/7
Brasil en el tiempo de la Colonia

Camerata Barroca de Caracas
Collegium Musicum Fernando Silva-Morvan

Maestrina Isabel Palacios

Con el descubrimiento de formidables yacimientos de oro y diamante en Minas Gerais, la música en Brasil tuvo un violento y súbito desarrollo. Portugal, que volvió a ser pobre luego que Venecia se apoderó de su próspero tráfico de especies, pudo reparar con creces su economía. Un segundo factor se hizo presente: la importación en masa de esclavos desde Africa, la cual condujo en pocos años a una población superlativa de mulatos que, en número, llegaron a sobrepasar considerablemente a los habitantes blancos.

Es en este punto que comienza la historia del mulatismo en Minas Gerais y los enormes beneficios que aportó, en lo musical, al mundo. La gran cantidad de niños vagos obligó a las autoridades civiles a ofrecer a las familias establecidas en la capital, Villa Rica, una compensación por su crianza y su cuidado.

Los maestros de música ya establecidos en Minas Gerais, en su mayoría mulatos provenientes del Nordeste, Río de Janeiro y São Paulo, se aprovecharon de esta medida formando sus conservatorios con huérfanos y niños abandonados por sus progenitores. Las dos sangres, la portuguesa y la africana, representaron los factores más propicios para la formación de innumerables talentos en muy poco tiempo. Las numerosísimas hermandades y cofradías rivalizaban entre sí en festividades muy frecuentes, realizadas según las fechas fijadas por el calendario litúrgico, además de las del propio Senado de la Cámara (cuerpo legislativo municipal) que estaba obligado a realizar conmemoraciones oficiales como la llegada de Gobernadores, fechas patrias y las relativas a los Monarcas.

El entrenamiento de los jóvenes era muy riguroso. Se les enseñaba, como era costumbre en Europa a tocar varios instrumentos y, al mismo tiempo, conocer la voz humana. El propio clero estaba obligado a dictar clases de aritmética y de latín, además de otros conocimientos esenciales. Sin hablar de la excelente preparación en materia musical, traída de Portugal, que constituía un poderoso auxilio en el estricto conocimiento del repertorio litúrgico del cual se decía en un viejo proverbio «Quien nace en Minas sabe dos cosas muy bien: solfear y latín».

En esa atmósfera de enseñanza, la música culta religiosa constituida de música homófona, fue la más importante. Sin embargo, aunque había mucho interés por el género vocal y de cámara, la música culta profana no pudo desarrollarse debido a la ausencia de una clase aristocrática que la promoviera con pasión como ha sucedido en Europa. Es muy importante destacar que la creatividad del músico de Minas se mostró posiblemente desde los primeros tiempos; antes, en forma incipiente, pero muy pronto de manera muy intensa. Si la música europea llegaba irregularmente a Brasil, por otro lado él compositor de Minas Gerais tuvo de tal manera estimulado su ingenio que vemos con suma frecuencia el empleo de recursos que sólo más tarde fueron utilizados por compositores de gran alcurnia.

También es muy importante señalar que los creadores de Minas Gerais se emanciparon totalmente del barroco en esa época en boga en América Latina, inclinándose al preclásico y clásico pangermánico, es decir, a la Escuela de Mannheim, y al estilo propio de Praga, Viena, Munich, Salzburgo y de Innsbruck. E este notable hecho, acontecido en la Capitanía de Minas Gerais, es tan único como adopción estilística como lo es la creación de una escuela de compositores mulatos en el Brasil, un hecho que tampoco podrá repetirse jamás.

Los mulatos se supieron hacer indispensables por su condición de «profesores de arte de la música» admirados por su excelsa ejecución y su labor creativa. Intervenían en la música militar de la época fomentada en Minas Gerais con una intensidad sin par en todo el hemisferio americano, formando ya en el siglo XVIII bandas muy completas, tanto en los regimientos de línea, como en los de los mulatos y de los negros. Los de mayor estirpe musical tocaron una banda para los hidalgos. Era la mejor tropa impuesta por las circunstancias por no faltar nación europea dispuesta a invadir tan rico territorio.

De todas maneras hay que anteponer lo siguiente: la maravillosa organización profesional de la hermandad de Santa Cecilia de los Cantores y Músicos de Lisboa de la cual era protector perpetuo el Rey, acompañado por una aristocracia apasionada como él por el arte de la música, fue pronto imitada en Minas Gerais, alrededor de 1740, y no se circunscribió, como en Roma y Lisboa, a una sola ciudad, sino a una vastísima Capitanía provista de una gran distribución de poblados y Villas, hallándose en cada uno de ellos sucursales que se hallaban dignamente representados por la sede central erigida en la capital Villa-Rica. Cuando el Monarca José I envió a Minas Gerais un proyecto Magistrado para que le informara detalladamente sobre la situación de la Capitanía, se permitió incluir una nota artística de alto interés y de enorme sorpresa en el Consejo Ultramarino: «De aquellos mulatos que no se hacen totalmente ociosos, hay muchos que se dedican a la música y de éstos hay muchos más en el Reino».

Debe aclararse que Portugal estaba literalmente lleno de músicos nativos y extranjeros, estos últimos traídos desde que en Lisboa estalló en la Corte la pasión por la ópera. (Francisco Curt Lange, extraído do encarte)

Brasil en el tiempo de la Colonia
Ignacio Parreira das Neves (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1736-1790)
01 – Credo: Patrem Omnipotentem
02 – Credo: Sacramentus
03 – Credo: Et Resurrexit
04 – Credo: Sanctus
05 – Credo: Benedictus
06 – Credo: Agnus Dei

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, hoje Serro, MG, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
09 – Te Deum: Te Dominum
10 – Te Deum: Tibi omnes
11 – Te Deum: Sanctus Dominus
12 – Te Deum: Te Gloriosus
13 – Te Deum: Te Martyrum
14 – Te Deum: Patrem Immensae
15 – Te Deum: Sanctum Quoque
16 – Te Deum: Tu Patris
17 – Te Deum: Tu Devicto Mortis
18 – Te Deum: Judex Crederis
19 – Te Deum: Salvum Fac
20 – Te Deum: Per Singulus Dies
21 – Te Deum: Dignare Domine
22 – Te Deum: Fiat Misericordia
23 – Te Deum: Non Confundar

Música del Pasado de América Vol. 3: Brasil en el tiempo de la Colonia
Camerata Renacentista de Caracas
Collegium Musicum Fernando Silva-Morvan
Isabel Palacios, Directora
Producción: Fundación Camerata de Caracas
Patrocinado por: Dorian Records
Grabado por: Alejandro Rodríguez
1991

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 143,8 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 84,2 MB – 48,8 min
powered by iTunes 11.2.2

Encarte completo e único da coleção
PDF – 29,6 MB
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

4gq461

 

 

 

.

.

.

.Boa audição.

Avicenna

Beethoven: Sinfonia Nr.3 ‘Eroica’ & Coriolan Ouverture – Jordi Savall – 1994

frontLudwig van Beethoven
Sinfonia Nr.3 ‘Eroica
Coriolan Ouverture

Le Concert des Nations
Jordi Savall

A Sinfonia No.3 de Beethoven, intitulada “Eroica”, foi revolucionária em muitos aspectos. Da profundidade e da densidade de seu conteúdo temático ao seu poderoso efeito emocional sobre os ouvintes, a sinfonia foi uma das obras mais inovadoras do período romântico. Esta reedição de Alia Vox apresenta uma performance clássica de Jordi Savall, liderando seu conjunto Le Concert des Nations. (extraído da Amazon e traduzido pelo Avicenna).

Eis, portanto, uma nova apresentação do maestro e músico Jordi Savall, que nos foi presenteada diretamente da Catalunya pelo nosso amigo David. Molt bon, amic!

Beethoven tinha inicialmente a ideia de dedicar a sinfonia a Napoleão Bonaparte. O biógrafo Maynard Solomon relata que Beethoven admirava os ideais da Revolução Francesa, e Napoleão era como se fosse sua personificação. No outono, o compositor começou a repensar sobre a dedicatória. O príncipe Lobkowitz disse que se dedicasse a sinfonia a ele, não precisaria de pagar um imposto. No entanto, ele continuou com a dedicatória a Bonaparte.

Quando Napoleão se proclamou Imperador da França em Maio de 1804, Beethoven se revoltou e foi à mesa onde estava a obra já pronta. Ele pegou a página-título e riscou o nome Bonaparte tão violentamente com uma faca que criou um buraco no papel. Mais tarde ele mudou o nome para Sinfonia eroica, composta per festeggiare il sovvenire d’un grand’uomo (“sinfonia heróica, composta para celebrar a memória de um grande homem”). (Wikipedia)

Palhinha: ouça a integral da Eroica.

01. Sinfonia Nr.3 ‘Eroica’ Op.55 (1803): I. Allegro con brio
02. Sinfonia Nr.3 ‘Eroica’ Op.55 (1803): II. Marcia funebre, Adagio assai
03. Sinfonia Nr.3 ‘Eroica’ Op.55 (1803): III. Scherzo, Allegro vivace
04. Sinfonia Nr.3 ‘Eroica’ Op.55 (1803): IV. Finale, Allegro molto – poco andante – Presto
05. Coriolan Op.62 (1807): Overture

Beethoven: Sinfonia Nr.3 ‘Eroica’; Coriolan Ouverture – Savall
Gravado em 1994 e reeditado em 2016
Le Concert des Nations
Manfredo Kraemer (concertino)
Maestro Jordi Savall

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 192 KBPS | 72,6 MB | 53 min

Boa audição,

7cf8900f50dec776f53051695aca4cc4

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Avicenna

Música Contemporânea – parte 3: Wolfgang Mitterer (1958): Coloured Noise

Música Contemporânea – parte 3: Wolfgang Mitterer (1958): Coloured Noise

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Se existir uma fronteira para música, o compositor austríaco Wolfgang Mitterer está em seu extremo. Coloured Noise é uma sinfonia sem um tempo ou desenvolvimento aparente. Então não fique concentrado demais procurando uma linha condutora, “ah já sei, mais uma daquelas chatices aleatórias”, não senhor, o mundo de Mitterer é muito bem trabalhado (o homem é um organista também, toca Bach o tempo todo), é que o mundo que ele nos apresenta não tem semelhança com nada que guardamos na memória. No entanto, fiz uma interpretação muito pessoal após a terceira audição: São 23 músicos (alguma coisa de jazz é perceptível) e eletrônica que montam uma cidade noturna agitada, com botecos, puteiros, casas de jazz e clubs (bate-estaca embebida em êxtase), cinema com filmes de ação e pornografia barata, pessoas e ruídos característicos e perturbadores. A música de Mitterer é atual, pois o mundo estranho acaba sendo um retrato fiel das metrópoles. Claro que essa minha visão não deve servir de guia, o ouvinte tem que ser corajoso o suficiente para entrar nisso sem suportes. É compensador, saímos enriquecidos da experiência.

Wolfgang Mitterer (1958): Coloured Noise

1 Coloured Noise: I. Langsam 19:43
2 Coloured Noise: II. Scherzo 1 10:36
3 Coloured Noise: III. Scherzo 2 8:38
4 Coloured Noise: IV. Scherzo 3 7:57
5 Coloured Noise: V. Attacca 21:20

Composed By, Organ – Wolfgang Mitterer
Conductor – Peter Rundel
Orchestra – Klangforum Wien

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Mitterer dando uma voltinha pelo parque
Mitterer dando uma voltinha pelo parque

CDF

Claude Debussy – Suite Bergamasque, Danse, Reverie, Pour le piano, Arabesques – Camile Saint-Saens – Etudes – Aldo Ciccolini

51OGOqyRHrL._SX450_Aldo Ciccolini foi um pianista italiano que viveu grande parte de sua vida na França, e se especializou exatamente no repertório francês, com ênfase em Debussy e Satie. Não temo em colocá-lo no mesmo patamar de Michelangeli, outro italiano que foi talvez o maior dos intérpretes de Debussy.

Amo a música desta compositor, seja a orquestral, seja a escrita para piano. E neste CD temos uma das melhores ‘Clair de Lune’ que já ouvi. Trata-se de uma peça muito delicada, sensível, profunda, que nos deixa quase paralisados pela torrente de emoções que ela expõe..  fechem seus olhos enquanto estiverem ouvindo para entenderem do que estou falando. É coisa de louco.

Claude Debussy – Suite Bergamasque, Danse, Reverie, Pour le piano, Arabesques – Camile Saint-Saens – Etudes – Aldo Ciccolini

01. Debussy – Suite bergamasque I.Prelude
02. Debussy – Suite bergamasque II.Menuet
03. Debussy – Suite bergamasque III.Clair de lune
04. Debussy – Suite bergamasque IV.Passepied
05. Debussy – Danse
06. Debussy – Reverie
07. Debussy – Pour le piano I.Prelude
08. Debussy – Pour le piano II.Sarabande
09. Debussy Pour le piano III.Toccata
10. Debussy 1 Arabesque
11. Debussy 2 Arabesque
12. Debussy – Ballade
13. Saint-Saens Etude en forme de valse en re bemol majeur,op.52 n6
14. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n1 Prelude
15. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n2 Alla fuga
16. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n3 Moto perpetuo
17. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135n 4 Bourree
18. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n5 Elegie
19. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n6 Gigue

Aldo Ciccolini – Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 2/7: La Música del Virreinato del Perú

2mzmftjBaroque Music of Latin America
Música del Pasado de América – Vol 2/7
La Música del Virreinato del Perú

Camerata Renacentista de Caracas
Maestrina Isabel Palacios

La Música del Virreinato del Perú está integrado por una selección de la obra de Fray Estéban Ponce de León y Juan de Araujo, dos importantes compositores que representan el desarrollo de la Música Colonial en las Catedrales de América Latina y el Códice del Obispo Baltasar Martínez Compañón y Bujanda.

Del monje agustino Fray Estéban Ponce de León, nacido en Cuzco 1692, y quien fuera Maestro de Capilla de la Catedral de Cuzco, se presenta la ópera-serenata a cuatro voces Venid, venid, deydades, compuesta en 1749 en honor a Fernando Pérez Oblitas cuando fuera nombrado Obispo del Paraguay. Una obra que presenta el importante género del teatro musical desarrollado durante la colonia española y el cual constituía uno de los principales medios de entretenimiento y diversión popular en América Latina.

De Juan de Araujo, nacido en España en 1642 y trasladado a Lima de niño donde su padre trabajaba como funcionario del Virrey del Perú, se presentan un conjunto de villancicos, juguetes, guineos, que muestran parte de la riqueza de la música de este compositor archivada en la Catedral de Sucre, entidad que conserva la mayoría de sus obras religiosas y profanas.
(http://www.cameratadecaracas.com)

La Música del Virreinato del Perú
Fray Esteban Ponce de León (Perú, ca.1692-175¿?)
Cantata “Venid, venid deydades”
01. “Venid, venid deydades”: Coro (Arioso)
02. Yo, que Arequipa soy, madre primera: Recitativo
03. Con tal derecho bien disputo: Aria
04. Viva, viva mi Arequipa: Coro
05. Yo, su madre segunda la ciudad del Cuzco soy: Recitativo
06. Bien lo pregona la voz del clarín: Minuet
07. Luego a mi toca el blasón: Aria
08. Viva, viva el prelado que el Cuzco cría: Coro (Aria Alegre)
09. No se apropie hoy el Cuzco: Coro (Aria)
10. Si en noble competencia: Recitativo
11. Si en tan reñida cuestión: Aria
12. De tanta victoria : Minuet
13. Viva, viva pues triunfante: Coro (Aria Alegre)
14. Y pues se celebra hoy esta memoria: Coro (Grave)

Juan de Araujo (Villafranca, Spain 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712)
15.Dime Amor : Villancico a 4
16. Ay andar, a tocar, a bailar: Juguete al nacimiento del Señor
17. Avecillas sonoras : Dúo
18. Cayósele al alba: Villancico a 3
19. Los Coflades de Estleya: Negrito de navidad del Señor en Guineo

Del Códice del Obispo Baltasar Martínez Compañón y Bujanda (Perú s.XVIII) (Navarra, España 1737-Bogotá, Colombia, 1797)
20. Tonada del chimo
21. Cachua a dúo y a cuatro con violines y bajo al Nacimiento de Cristo Nuestro Señor
22. Cachua a voz y bajo al nacimiento de Nuestro Señor
23. Tonada “El Congo”, a voz y bajo para bailar cantando
24. Baile del Chimo a violín y bajo
25. Tonada “La Donosa” a voz y bajo para bailar cantando
26. Tonada “El Conejo” a voz y bajo para bailar cantando
27. Tonada para cantar “La Celosa” del pueblo de Lambayeque
28. Tonada “La Brujita” para cantar de Guamachuco
29. Tonadilla, llámase “El Palomo”, del pueblo de Lambayeque, para cantar y bailar
30. Lanchas para bailar
31. Tonada “El Diamante” para bailar cantando, de Chachapoyas
32. Tonada “El Tupamaro”, de Caxamarca
33. Cáchua “La despedida”, de Guamachuco
34. Cáchuyta de la montaña, llamádase “El Buen Querer”
35. Tonada “El Huicho”, de Chachapoyas
36. Tonada “La Lata” para bailar cantando
37. Tonada “El Tupamaro”, de Caxamarca
38. Cáchua “Serranita”, nombrada el Huichí Nuevo, que cantaron y bailaron los pallas de Otusco a Nostra Señora del Carmen, de la ciudad de Trujillo
39. Tonada del Chimo

Música del Pasado de América Vol. 2: La Música del Virreinato del Perú
Camerata Renacentista de Caracas
Isabel Palacios, Directora
Producción: Fundación Camerata de Caracas
Patrocinante de la primera edición: Banco Mercantil
Grabado por: Rafael Rondón
Grabado en la Sala José Félix Ribas del Teatro Teresa Carreño
Octubre de 1999

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 338,7 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 153,2 MB – 1 h 13 min
powered by iTunes 11.2.2

Encarte completo e único da coleção
PDF – 29,6 MB
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

34nnyxe

 

 

 

.

.

 

 

.

.

Boa audição.

Avicenna

Pe. João de Deus de Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832) – Vida e obra

Vida e obra de Pe. João de Deus de Castro Lobo.

Há mais de 10 anos o musicólogo Prof. Paulo Castagna vem pesquisando a vida e a obra do Pe. João de Deus de Castro Lobo em 25 acervos diferentes, tendo já registrado mais de 750 manuscritos, alguns em estado precário de conservação. Tal pesquisa ainda não chegou ao fim pois ainda existem muitos acervos a serem vasculhados e estudados.

Não restaram autógrafos de Castro Lobo. Todos, por um interessante motivo, foram destruídos. O que tem chegado até nós são cópias guardadas pela comunidade ao longo dos anos.

Em 20 de abril de 2013 o Prof. Paulo Castagna deu uma entrevista de 2 horas à Rádio Cultura FM de S. Paulo, quando tomamos conhecimento de fatos que marcaram a vida de Castro Lobo, de como eram os usos e costumes da época, dos marcos histórico-socias daquele momento, de características de suas composições, e de vários fatos sobre a História do Brasil.

A partir do áudio dessa entrevista produzimos um vídeo que contém imagens inéditas dos manuscritos de Castro Lobo. São quase duas horas de História do Brasil e de História da Música.

NÃO PERCAM!!

Pe. João de Deus de Castro Lobo: vida e obra, por Paulo Castagna

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
AVI – 778,3 MB – 1h 54 min

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP4 – 564,8 MB – 1h 54 min

Avicenna

Música Contemporânea – parte 2: Christopher Rouse (1949): Iscariot / Clarinet Concerto / Symphony No. 1

Música Contemporânea – parte 2: Christopher Rouse (1949): Iscariot / Clarinet Concerto / Symphony No. 1

Christopher Rouse não pode ser chamado de jovem compositor (nasceu em 1949 em Baltimore), mas foi nesta última década que sua música acabou ganhando maior prestígio. Claro que seu nome ainda é bem conhecido apenas nos Estados Unidos, mas talvez isso esteja mudando. Suas gravações, defendidas por músicos de primeira categoria, vem conquistando os ouvintes e críticos do mundo. Prêmios não faltam no seu currículo. Sua linha de composição é muito independente, apesar de notar a presença de Lutoslawski constantemente e, algumas vezes, um cheiro adocicado (no caso do concerto para flauta).

Aqui temos Iscariot (1989), título derivado do muy amigo de Jesus, Judas Iscariot. Diz o compositor que é sua obra mais autobiográfica (o que será que ele fez?). Uma obra comovente e intrigante, e no finzinho uma citação de Bach. Depois vem a peça que muito me cativou – o Concerto para Clarinete (2000). É a sensação de improviso numa obra formal. Tudo ocorre num único movimento. Deve ter se inspirado no concerto de Copland. No fim encontramos sua Sinfonia No.1 – que pode ser chamado de sinfonia adagio. Christopher Rouse é amante do Rock, escreveu até uma obra dedicada ao baterista do Led Zeppelin, aquele que morreu de pileque. E boa parte das peças anteriores à Sinfonia Nº 1 continham boa dose de rispidez, ritmos desvairados, percussivos… Diz ele que a Sinfonia Nº 1 foi o momento de ir com calma e andar em caminhos menos tortuosos. Por isso a obra toda é um grande adágio. Porém a obra está longe da monotonia, nos deixa com olhos atentos.

Christopher Rouse (1949): Iscariot / Clarinet Concerto / Symphony No. 1

1. – Iscariot
2. – Clarinet Concerto
3. – Symphony No. 1

Martin Frost (Clarinet)
Royal Stockholm Philharmonic Orchestra
Alan Gilbert (Conductor)

BAIXE  AQUI — DOWNLOAD HERE

christopher-rouse

CDF

Bedřich Smetana (1824 – 1884) – Ma Vlast – Jiří Bělohlávek, Czech Philarmonic Orchestra

coverComo hoje é domingo e estou com preguiça de escrever, fiz um crtl+c crtl+v e copiei o texto do booklet desta excepcional gravação de uma obra capital da música ocidental, e que revelou um dos grandes compositores do século XIX, Bedřich Smetana. O regente é o também tcheco  Jiří Bělohlávek, falecido em maio do ano passado. Esta foi uma de suas últimas gravações e com certeza podemos dizer que está no mesmo nível das realizadas por seu conterrâneo Rafael Kubelik.

“Bedřich Smetana’s reputation as the father of Czech music was sealed by the six symphonic poems known as Má vlast (“My Homeland”). The sparkling musical depictions of his beloved Bohemian landscape, of its vibrant culture and proud history, have come to represent the unquenchable spirit of the Czech nation. What gives this recording such power is the fact that the Czech Philharmonic, and their great conductor Jiří Bělohlávek, have this music in their blood. Smetana was born in 1824 in Litomyšl, Bohemia, a province dominated politically, culturally and linguistically by the giant Austrian Empire. Unable to establish a career in Prague, he spent most of his early career in Gothenburg, Sweden, but often wrote of his longing to return. It was Franz Liszt, his teacher and friend, who visited him and kept him in touch with the wider musical world. As the Habsburg grip weakened, the smaller nations started to assert their independence. In 1861 Smetana returned to Prague ready to play a leading role in establishing a national style of composition. His Bohemian themed operas, such as The Bartered Bride, met with public success, but conservatives called him a “dangerous modernist” and insisted that his operas could not be models for Czech national opera because they were tainted by the progressive ideas of Wagner and Liszt. Nevertheless it was a form pioneered by Liszt — the symphonic poem — that turned out to be the ideal vehicle for expressing Smetana’s patriotic sentiments. After early experiments with the form in Sweden, he began Má vlast in 1872, developing a Romantic, distinctively Czech sound-world that captured the rhythm, colour and sounds of Czech life and culture. The first poem,  Vyšehrad, was finished in 1874, with Vltava following a few months later. Vyšehrad is the great rock standing above Prague and the site of a commanding castle that saw triumph and tragedy over the centuries. Smetana describes the story to his publisher: “The harps of the bards begin; a bard sings of the events that have taken place on Vyšehrad, of the glory, splendour, tournaments, and battles, and finally its downfall and ruin. The composition ends on an elegiac note.” Vltava (or Die Moldau, in German) has always been the most popular of the six movements, and it is one of music’s greatest landscape paintings. A masterly evocation of flowing water, it was written after Smetana visited the countryside with his friend, the conductor Mori Anger, to find the exact spot where the two river Vltavas met. His characterful portrait of the river at the heart of his country describes its passage from the hills of South Bohemia, through forests and meadows, passing a hunt, a wedding and a bevy of water-sprites, before making a spectacular arrival in Prague. Smetana brings back the music from the opening poem as the river flows beneath the great rock of Vyšehrad and disappears into the distance to join the Labe (Elbe) river and ultimately the sea. The two movements were performed in Prague in 1875, but sadly Smetana was unable to hear them. He had lost the hearing in both ears after a sudden acute ear infection. In his last decade he threw himself into composition, adding four more movements to Má vlast. Šárka celebrates the legendary Czech warrior princess, who extracts bloody revenge after her lover is unfaithful. By contrast, Zčeských luhů a hájů (From Bohemian Fields and Groves) is a joyful work, full of the sounds and sights of country life, including birdsong and a lusty village polka. The final two movements are linked by subject and musical material, with the chorale “Ktož jsú boží bojovníci” (“Those who are warriors of God”) as the centrepiece of both. Tábor was the stronghold of the Hussite Rebellion, the fifteenth-century political and religious movement dedicated to Bohemian independence. Blaník refers to the White Mountain, a sort of Czech Valhalla where Hussite warriors slumber through the centuries, ready to come to the rescue of the homeland. “Hence, the chorale that was used as the basic motive in Tábor is also used as the foundation of this piece”, wrote Smetana. “It is on the basis of this melody, the Hussite chorale, that the resurrection of the Czech nation, its future happiness and glory, will develop.” The complete work was performed in Prague in 1882, when it was acclaimed as the true representation of Czech national style. “Everyone rose to their feet and the same storm of unending applause was repeated after each of the six parts”, wrote Smetana’s biographer Václav Zelený. Two years later Smetana died in an asylum in Prague and was given a hero’s funeral. His grave is in the Vyšehrad Cemetery, the name a fitting reminder of his greatest work.”
Amanda Holloway

01. Smetana- Má Vlast, JB1-112-1. Vysehrad
02. Smetana- Má Vlast, JB1-112-2. Vltava
03. Smetana- Má Vlast, JB1-112-3. Sarka
04. Smetana- Má Vlast, JB1-112-4. Z ceskych luhu a haju
05. Smetana- Má Vlast, JB1-112-5. Tábor
06. Smetana- Má Vlast, JB1-112-6. Blanik

Jiří Bělohlávek
Czech Philharmonic Orchestra

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Jiri-Belohlavek-Photo-by-Petra-Hajska-1-487x333
Jiri Belohlavek – 1946 – 2017

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 1/7: La Música en las Casas y en las Haciendas

1rvtb6Baroque Music of Latin America
Música del Pasado de América – Vol 1/7
La musica en las casas y en las haciendas

Camerata Renacentista de Caracas
Maestrina Isabel Palacios

Premio Gramophone 2000

Con esta producción discográfica la Camerata Renacentista de Caracas abre el ciclo de la Música del Pasado de América con una rica selección musical que representa el extraordinario mundo estético en el tiempo del barroco y la colonia latinoamericana.

A través de un paseo musical por las Catedrales, Misiones y Capillas de Guatemala, Bolivia, Perú, Bogotá, Caracas y México, la Camerata Renacentista de Caracas inicia un trabajo de investigación y difusión orientado a descubrir el rico e interesante enigma de la música del Nuevo Mundo la cual, aunque cargada del estilo y la escolástica europea, deja entrever el clima, los colores, la textura, dialectos, ritmos, símbolos y personajes de la América Latina.

Obras de destacados autores como Rafael Antonio Castellanos, Juan Mathías, Antonio Durán de la Motta, Juan de Araujo, Tomás de Torrejón y Velasco, Roque Cerruti, Juan Pérez de Bocanegra, Juan de Herrera, José Cascante, Gaspar Fernández, conforman esta interesante selección musical de la música del pasado de América.
(http://www.cameratadecaracas.com)

.
.La música en las casas y en las haciendas
Juan Mathías de los Reyes (músico indígena Oaxaqueño, Mexico, c.1617 – c.1667)
01. Quien sale aqueste día fracaçado
Antonio Durán dela Motta (?- Bolivia, ca. 1716)
02. Dios y Joseph apuestan
Rafael Antonio Castellanos (Guatemala ca. 1725-1791)
03. Ausente del alma
04. Si de Rosa el nombre

Tomás de Torrejón y Velasco (España 1664-Perú 1728)
05. Cuando el bien que adoro
06. A este sol peregrino
07. Desvelado dueño mío

Juan de Araujo (España 1646-Bolivia, Sucre 1712)
08. Recordad jilguerillos
Juan de Herrera (Bogotá 1665-1738)
09. A la fuente de bienes (Villancico a la Señora del Topo, año 1698)
Juan de Araujo (España 1614-Bolivia, Sucre 1712)
10. A recoger pasiones inhumanas
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685-Peru, Lima, 1760)
11. A cantar un villancico
José Francisco Velásquez  “El Viejo” (Venezuela, Caracas, 1755- 1805)
12. Niño mío
Juan Pérez de Bocanegra (Perú, s. XVII)
13. Hanacpachap
Anónimo (Encontrado en la misión de San Ignacio, Bolivia s. XVIII)
14. El día del Corpus
José Cascante (? Colombia, Bogotá, 1702)
15. Villancico al nacimiento
Gaspar Fernández (Portugal, 1570?- Mexico,Puebla, 1629)
16. Tleycantimo choquiliya
17. Dame albricia mano Antón
18. Mano Fasiquiyo

Anónimo Siglo XVI (encontrado en Bolivia, ca. S. XVII).
19. Esta noche yo baila

Música del Pasado de América Vol. 1: La música en las casas y en las haciendas
Camerata Renacentista de Caracas
Isabel Palacios, Directora
Producción: Fundación Camerata de Caracas
Patrocinado por: Dorian Records
Grabado por: Alejandro Rodríguez
Grabado en la Sala de la Asociación Cultural Humboldt
Diciembre de 1992.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 307,4 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 136,8 MB – 48,8 min
powered by iTunes 11.2.2

Encarte completo e único da coleção
PDF – 29,6 MB
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

zmehxh

 

 

 

.

.

.

…….

Boa audição.

Avicenna

Negro Spirituals au Brésil Baroque – XVIII-21 Musique des Lumières (Acervo PQP)

2gvkbxv Negro Spirituals au Brésil Baroque
XVIII-21 Musique des Lumières

A PROPÓSITO DE UM TÍTULO

Além de politicamente incorreto, o título deste CD seria também “musicologicamente incorreto”? Pergunta séria, à qual devemos propor aqui uma resposta, sob pena de sermos acusados de publicidade enganosa. E, depois de ter lido o que segue, talvez se considere nosso caso ainda mais grave, já que, não contentes em insistir e assinar, é com a maior serenidade que assumimos esse título, cujo aspecto provocador será útil se incitar o ouvinte, o leitor, a nos acompanhar nesta comparação de duas expressões musicais muito diferentes, sem dúvida, mas que têm pelo menos o mérito de situar-se na mesma época e de emanarem, ambas, das sociedades negras mais representativas surgidas no Novo Mundo: uma no Brasil, a outra na Nova Inglaterra, que logo se tornaria os Estados Unidos da América.

Lembremos primeiramente alguns números. A estimativa mais aceita sobre a presença africana na América é a de Humboldt, que em 1829 calculou que haveria cerca de 6.433.000 negros no conjunto do continente, dos quais 1.960.000 somente no Brasil e quase o mesmo número (1.950.000) nos Estados Unidos. Isso dá uma relação de forças sem dúvida igual em proporção à que predominou 70 anos antes nas mesmas regiões geográficas. E o que nos interessa agora é tentar compreender como essa presença formidável (70% da população de Minas Gerais ao redor de 1760!) se exprimiu no campo da música sacra, expressão fundamental de uma fé imposta ou aceita.

No Norte, essa fé se exprime no âmbito estrito da liturgia anglicana e reformada. Enquanto no Sul os navegadores e missionários chegavam com os saltérios usados em Sevilha ou em Coimbra e as obras sacras de Palestrina ou Cristobal de Morales, de pura obediência católica romana, na década de 1630 os viajantes do Mayflower ou do Arabella foram portadores, como sabemos, tanto dos Livros de Thomas Morley como do velho livro de salmos (1562) coletados por Sternhold e Hopkins. É também sintomático que o primeiro livro impresso na Nova Inglaterra tenha sido “Whole Book of Psalmes Faithfully Translated into English Metre” (Cambridge, Massachusetts, 1640) [O Livro Completo de Salmos Fielmente Traduzidos em Métrica Inglesa].

Desde então, podemos legitimamente considerar que nada mais aproximaria esses dois universos. De um lado, o da salmodia reformada, cuja apropriação pelas comunidades religiosas negras daria origem, mais tarde, ao negro spiritual como o conhecemos (a primeira compilação de cantos populares sacros para as congregações negras foi editada somente em 1867, com o título de “Slave Songs of the United States” [Canções dos Escravos dos Estados Unidos]). Do outro, uma linguagem decididamente pós-barroca e rococó, que excluía todos os temas da Bíblia e se limitava a servir a liturgia católica romana.
Ainda mais fundamental é a diferença de tratamento dado aos textos sagrados em ambos os lugares. E talvez esse ponto preciso, por si só, permitisse a rigor condenar esta explicação.

Com efeito, no Brasil, assim como em toda a área de influência vaticana, o texto litúrgico não pode sofrer a menor alteração ou o menor acréscimo. Apenas nas obras paralitúrgicas (o villancico é a forma mais difundida) esse processo é admitido e praticado, sob o risco de o texto litúrgico stricto sensu tornar-se uma citação. Assim, a presença do hino Pange Lingua no final do villancico “cuatro plumajes airosos” de Torrejón y Velasco. Parece portanto impossível estabelecer qualquer paralelo entre essa limitação “contornada” pela forma do villancico e o processo do negro spiritual, cuja elaboração consiste exatamente em intercalar versos mais ou menos improvisados que comentam o hinário protestante.

No entanto, depois de ter explicado tudo isso, talvez não devamos nos contentar em analisar as expressões musicais dos negros no Brasil e na América do Norte segundo critérios que, afinal, não passam de sombras projetadas das grandes dissidências religiosas na Europa! E propomos aqui outro olhar sobre sua evolução comparada. Menos, aliás, para justificar um título (qualquer “resumo”, bem o sabemos, é contestável!) do que para abrir novas perspectivas.

Para além das divergências, inúmeras semelhanças nos chamam a atenção. A principal é que, assim no Brasil como nos futuros Estados Unidos, motivos evidentes de organização social e de distribuição demográfica — claramente na mesma época, o último quarto do século 18 — levam as comunidades negras (e mulatas, no Brasil) a assumir plenamente o presente da vida musical religiosa. Assim como no Brasil as ordens terceiras ou confrarias de negros ou mulatos contribuíram para fixar os não-europeus nos quadros da Igreja Católica, gerando o essencial da produção musical até o desaparecimento de José Maurício Nunes Garcia (1836), também a produção musical norte-americana seria definitivamente marcada pelas escolas de canto dos escravos negros.

Evidentemente, nenhuma posteridade será permitida à expressão religiosa brasileira, cuja integração nos cânones estritos da linguagem musical européia condenará qualquer evolução, enquanto os escravos do Norte criarão o ”Gospel” e seus avatares posteriores. Mas podemos nos perguntar se a “modinha” que aparece no século 18 e evoluirá no século seguinte para o “chorinho”, antes de gerar, mais tarde, a bossa nova (sendo cada uma dessas metamorfoses marcada por uma mudança de classe social), é tão diferente da passagem do Gospel para o ragtime e depois o jazz?

Por isso seria profundamente injusto considerar os compositores de Minas Gerais sem levar em conta sua negritude, assim como a importância de seu papel na história cultural do Brasil. Eles constituem o solo que viu florescer a bossa nova e Heitor Villa-Lobos.

Daí nosso título, que soa menos como uma certeza que como uma interrogação
Alain Pacquier. Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves, extraído do encarte

Negro Spirituals au Brésil Baroque
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum
João Rodrigues Esteves (c.1700-Lisbon, after 1751)
02. Magnificat
Anonyme
03. Sonata Chiquitana – 1. Allegro
04. Sonata Chiquitana – 2. Andante
05. Sonata Chiquitana – 3. Minuetto

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
06. Miserere
Carlos de Seixas (1704-1742)
07. Sonata para órgão
Ignacio Parreiras Neves (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1736-1790)
08. Salve Regina
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
09. Magnificat

Negro Spirituals au Brésil Baroque – 2000
XVIII-21 Musique des Lumières
Regência: Jean-Christophe Frisch

Nossos agradecimentos ao HLCJ, que muito gentilmente disponibilizou este CD para difusão.
.
acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – TÉLÉCHARGER ICI
XLD RIP | FLAC 293,8 MB | HQ Scans 4,8 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – TÉLÉCHARGER ICI
MP3 320 kbps – 148,1 MB – 1 hora
powered by iTunes 9.0

 

Boa audição.

2a7cxec

 

 

 

 

.

.

.

Avicenna

Música Contemporânea – parte 1: Olga Neuwirth (Lost Highway, Vampyrotheone…)

Música Contemporânea – parte 1: Olga Neuwirth (Lost Highway, Vampyrotheone…)

É difícil ter noção das coisas quando estamos no meio de um redemoinho. E falar de música contemporânea é pior que isso. Nossa música, muitas vezes, não é necessariamente “moderna”, temos hoje ótimos compositores que pararam em Sibelius. Tem até quem ache Boulez um charlatão ou aqueles que nunca tiveram qualquer afeição com a música de Schoenberg (John Adams, por exemplo). As correntes musicais estão tão fragmentadas que um só compositor pode representar todo um modelo. Alfred Schnittke passou por uma puta crise no início dos anos 1970. O que fazer quando todas as portas já tinham sido abertas? A sua sinfonia n.1 foi mais ou menos a representação dessa situação. O poliestilismo que, fundamentalmente, faz uso de todas as correntes já existentes foi sua única saída. Mas como não cair numa obra que soe como retalhos de outros compositores? Na verdade, não podemos afirmar que este fenômeno é apenas da nossa época: ouvimos Buxtehude na obra de Bach, Haydn na obra de Beethoven, Schumann na obra de Brahms, Wagner em Schoenberg…mas esses compositores tinham um modelo que podiam explorar ou destruir. Hoje não há. Desta maneira, toda música escrita hoje é simplesmente pessoal e dificilmente será taxada de subversiva ou formadora de paradigma daqui pra frente. Depois dos 4´33´´ de Cage, só enfiando os dedos na tomada.

Nesta série vou lançar uma variedade de compositores relativamente jovens que vem se destacando nas salas de concertos e em outros meios. Todos compositores super competentes e que precisam ser conhecidos. Creio que todos eles já superaram esse peso do passado ou mesmo nunca tiveram. Ainda bem, pois tenho ouvido ótima música nesses últimos meses.

A primeira da lista é uma compositora – Olga Neuwirth. Nascida em 1968 na Áustria, Olga é uma mulher bastante competente e muito elogiada, vem fazendo concertos ao redor do mundo e, recentemente, algumas de suas obras vem sendo gravadas. Não diria que é discípula de Boulez, mas é quase isso. No entanto sua influências estão muito próximas também do cinema e da pintura. Escreveu uma semi-ópera baseada no filme de David Lynch – Lost Highway, uma de suas obras mais executadas e discutidas. Esta gravação que disponibilizo foi digerida num mês inteiro, mas as recompensas são enormes. Não vejo a hora de ver isso em vídeo.

Olga é formada também em música eletro-acústica. É criadora de uma espectro sonoro invejável e muitas vezes surpreendente. Sua música é muito visual (não é uma visão bonita de se ver). O segundo disco que trago pra vocês tem a parte instrumental de uma outra ópera – Bählamms Fest. Olga trabalha aqui com a ideia do medo, não necessariamente de algo, mas do medo do próprio medo. É preciso cuidado para ouvir isso aqui, mas não interpretem mal no início, a música te envolve até para mundos mais sutis e ternos. Olga Neuwirth já não é mais uma promessa.

Trago também um filme experimental de Viking Eggeling de 1924 com trilha sonora escrita pela Olga. Muito bacana.

—————————————————————————————-
Faixas (Lost Highway):

Disco 1
1. Lost Highway, opera: Begin
2. Lost Highway, opera: Intro
3. Lost Highway, opera: Scene 1 [Part 1]
4. Lost Highway, opera: Scene 1 [Part 2]
5. Lost Highway, opera: Scene 2 [Part 1]
6. Lost Highway, opera: Scene 2 [Part 2]
7. Lost Highway, opera: Scene 2 [Part 3]
8. Lost Highway, opera: Scene 3 [Part 1]
9. Lost Highway, opera: Scene 3 [Part 2]
10. Lost Highway, opera: Scene 3 [Part 3]
11. Lost Highway, opera: Scene 4
12. Lost Highway, opera: Scene 5 [Part 1]
13. Lost Highway, opera: Scene 5 [Part 2]
14. Lost Highway, opera: Scene 5 [Part 3]
15. Lost Highway, opera: Scene 5 [Part 4]
16. Lost Highway, opera: Scene 5 [Part 5]
17. Lost Highway, opera: Scene 6 [Part 1]

Disco 2
1. Lost Highway, opera: Scene 6 [Part 2]
2. Lost Highway, opera: Scene 6 [Part 3]
3. Lost Highway, opera: Scene 6 [Part 4]
4. Lost Highway, opera: Scene 6 [Part 5]
5. Lost Highway, opera: Scene 7 [Part 1]
6. Lost Highway, opera: Scene 7 [Part 2]
7. Lost Highway, opera: Scene 8 [Part 1]
8. Lost Highway, opera: Scene 8 [Part 2]
9. Lost Highway, opera: Scene 9 [Part 1]
10. Lost Highway, opera: Scene 9 [Part 2]
11. Lost Highway, opera: Scene 9 [Part 3]
12. Lost Highway, opera: Scene 10 [Part 2]
13. Lost Highway, opera: Scene 11 [Part 1]
14. Lost Highway, opera: Scene 11 [Part 2]
15. Lost Highway, opera: Scene 11 [Part 3]
16. Lost Highway, opera: Scene 12

—————————————————————————
Vampyrotheone/Hooloomooloo/Instrumental-Inseln (1 CD)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Olga
A austríaca Olga Neuwirth (1968).

cdf

Johannes Brahms (1833-1897): Ein Deutsches Requiem – Janowitz, Krause, Haitink, Wiener Philharmoniker

Johannes Brahms (1833-1897): Ein Deutsches Requiem – Janowitz, Krause, Haitink, Wiener Philharmoniker

51jOWEyKswL._SS500Após milhares de solicitações, resolvi satisfazer nossos leitores, visto que esta gravação do Réquiem Alemão é meio que unânime.

Sem mais para o momento …

1. 1. Chor: “Selig sind, die da Leid tragen”
2. 2. Chor: “Denn alles Fleisch, es ist wie Gras”
3. 3. Solo (Bariton) und Chor: “Herr, lehre doch mich”
4. 4. Chor: “Wie lieblich sind deine Wohnungen, Herr Zebaoth!”
5. 5. Solo (Sopran) und Chor: “Ihr habt nun Traurigkeit”
6. 6. Solo (Bariton) und Chor: “Denn wir haben hie keine bleibende Statt”
7. 7. Chor: “Selig sind die Toten, die in dem Herrn sterben”

Gundula Janowitz – Soprano
Tom Krause – Bariton
Konzertvereinigung Wiener Staatsopernchor
Wiener Philharmoniker
Bernard Haitink

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Entra, rapaz!
Entra, rapaz!

FDP

Alma Latina: Hesperus – Spain in the New World: Spanish and Native American music from New Spain, 16th to 18th centuries

xndlih Hesperus
Renaissance, Baroque and Native American Music from New Spain

The story of music and culture in the Spanish American colonies is the story of an encounter between two worlds, the results of which exist today in the cultural fabric of the Americas. Spain conquered the indigenous societies of South and Central America both swiftly and fiercely. Columbus landed in 1492; the conquest took place throughout the second and third decades of the 16th century.

Early Franciscan missionaries turned their attention to the spiritual needs of their adopted home. The Flemish friar Pedro de Gante wrote King Philip II a lengthy letter urging the use of music as an indispensable tool in the process of conversion, since it was so important in native life. Juan de Zumarraga, the first bishop of Mexico, approved this willingness to adapt to local custom. The Indians were taught Spanish polyphony and plainsong as well as recorders, shawms, and trumpets, even as the missionaries learned native dialects and encouraged dancing and the use of vernacular in church rituals.

From all accounts, the Indians had an extraordinary aptitude for learning to play and sing the music of the Europeans, as well as a talent for composition and instrument construction. While music always had been an integral part of Native American religious, social and political ceremonies, polyphony was unknown prior to contact with Europeans, as were stringed instruments. By the mid-sixteenth century there was a such an overabundance of native church musicians that officials were forced to limit their number.

The degree to which the Spanish absorbed Indian cultures must surely astound North Americans today. Where, in the English colonies, did the Indians ever play oboes, compose European-style music, make recorders and violins, guitars and harps? When did English missionaries ever compose music in native languages? Can we even imagine walking into a church in Massachusetts or Virginia and seeing the choir loft filled with Algonquins or Shawnees? Nevertheless, these were the ways in which the Spanish created a cultural synthesis in South and Central America, as well as in California, New Mexico, Texas and Florida.

In this recording, HESPERUS has provided a rough cross-section of music from the Spanish Old and New Worlds. The gentle Recercada of Diego Ortiz is an example of the Spanish improvisatory tradition. En un Portaleio is an excerpt of a romanza, a long strophic narrative. Vesame y abraçame, Gentil dama and Cucú are all villancicos, the most popular musical form of Renaissance Spain.

The villancico was enormously popular in the New World as well, where Spanish, French, Italian and Franco-Flemish music was heard in large cathedrals and remote village churches alike. Un ciego, Tararcá, Ay cómo flecha, and Turulu neglo were all written by Spaniards in Mexico and Peru. The New World villancicos betray the ethnic complexity and vitality of the population. Negrillos or negritos imitate the dialects, musical traditions, and rhythms of the large number of blacks in the Spanish Americas. Salazar, a Spanish composer residing in Mexico, in Tarará sets a text stating, “I am Anton, the little boy black from birth…” The rhythms of the blacks come to life in the negrito Turulu neglo.

A distant echo of the music that the Spanish heard upon first contact with the Indians exists in our Inca flute tune. The haunting melody was transcribed by the soloist from a twentieth-century field recording from the town of Apurimac, high in the Andes.

Hanacpachap cussicuinin was published by Juan Perez de Bocanegra in his Ritual Formulario e institucion de curas (Lima, 1631). It has the distinction of not only being written in Quechua, the language of the Incas, but also is the first piece of vocal polyphony known to be published in the New World. Another example of the encounter between Spanish and Indian cultures is the collection of simple songs by the Canichanas Indians of the San Pedro Pueblo in Bolivia. Written in 1790, these songs honor the Spanish monarchs Carlos IV and María Lusia de Borbón, and the newly-appointed Governor of the region, Lázaro de Ribera.

The eighteenth-century works from Guatemala and Mexico demonstrate the mastery with which European and New World musical influences have been integrated; a creative synthesis and a true result of the encounter between two worlds. (Scott Reiss, extraído do encarte)

Sixteenth Century Spain:
Anónimo
01. Vésame y abrácame
Francisco Guerrero (España, 1528 – 1599)
02. Glosas sobre Hermosa Catalina
Diego Ortiz (Toledo, España 1510-Nápoles, Italia, 1570)
03. Recercanda primera
Juan del Ensina (España, 1469 – 1529)
04. Cucú
Gaspar Fernández (Portugal, 1570?- Puebla, Mexico, 1629)
05. En un portalejo
Gaspar Sanz (España, 1640 – 1710)
06. Pavanas
07. Rujero

The New World:
Antonio de Salazar (Sevilha, Espanha c.1650–Cidade do México 1715)
08. Tarará
Juan Cornago (España, c1400 – después 1475)
09. Gentil dama
Indios de Apurimac (Departamento del Perú)
10. Inca flute tune
Anónimo (17th, Perú)
11. Turulu neglo
Indios Canichanas, Bolivia, 1790
12. Nua si hana
13. Bi sa ro mo po
14. Buenas noches
15. En cha en cha
Antonio de Salazar (Sevilha, España c.1650 – Ciudad de México, 1715)
16. Un ciego
Juan Hidalgo (Madrid, 1614 – 1685)
17. Al dichoso
Publ. Juan Pérez de Bocanegra, Peru 1631
18. Hanacpachap
Manuel Blasco, (Sevilla 1750 – 1784) copied 18th c. Colombia
19. Ventezillo
Fraile Francisco de Santiago (Lisboa c1578 – 1644, Sevilla, España)
20. Ay cómo flecha (México)
Manuel Blasco, (España 1750 – 1784) copied 18th c. Colombia
21. Sonata Opus 1, #5 Presto
Manuel José de Quirós (Santiago de Guatemala, ? – 1765)
22. Clarines suaves
Rafael Antonio Castelanos (Guatemala, c1725 – 1791)
23. Oygan una xacarilla
Manuel de Zumaya (México, 1678 – 1755)
24. Oy sube arrebatada

Spain in the New World: Spanish and Native American music from New Spain, 16th to 18th centuries – 1990
Hesperus

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 264,8 MB | HQ Scans 1,1 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 159,0 + 1,1 MB – 1 h 01 min
powered by iTunes 11.2.1

Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

a11d3p

 

 

 

 

 

.

Avicenna

Rossini (1792-1868): Música Sacra Inédita e Rara para Solo, Coro e Orquestra

qozorrTu le sais bien, bon Dieu ...

No campo da música sacra, com exceção da Messa di Gloria de Nápoles, recuperada por Salvatore Accardo, pouca coisa havia sido resgatada da obra sacra de Gioachino Rossini.

A partir da existência, em vários arquivos, dessas obras sacras de estrutura sinfônica, a Editora Paulus resolveu tentar recuperá-las em sua forma mais original possível. Desta forma, reuniu-se mais de 3 horas de música, com clara prevalência de obras escritas durante a sua juventude.

O título da série (Tu le sais bien, bon Dieu…) inspira-se na célebre dedicatória/testamento artístico da Messe Solennelle, e tem a finalidade de salientar a devoção filial de Rossini.

Obras contidas nestas gravações: Do Autógrafo de Milão e Do Manuscrito de Rieti (volume I), Dos Autógrafos de Bolonha e Dos Manuscritos de Paris (volume II) e Dos Manuscritos de Milão (volume III). (extraido do encarte)

Palhinha: ouça a integral Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini

Gioachino Antonio Rossini (Itália, 1792- Paris,1868)
CD1
01. Do autógrafo de Milão: 1. Kyrie
02. Do autógrafo de Milão: 2. Credo
03. Do autógrafo de Milão: 3. Crucifixus
04. Do autógrafo de Milão: 4. Et Resurrexit
05. Do autógrafo de Milão: Glória de Ravenna 1.Gloria
06. Do autógrafo de Milão: Glória de Ravenna 2.Laudamus
07. Do autógrafo de Milão: Glória de Ravenna 3.Gratias Agimus
08. Do autógrafo de Milão: Glória de Ravenna 4.Domine Deus
09. Do autógrafo de Milão: Glória de Ravenna 5.Qui Tollis
10. Do autógrafo de Milão: Glória de Ravenna 6.Quoniam
11. Do autógrafo de Milão: Glória de Ravenna 7.Cum Sancto
12. Do manuscrito de Rieti 1.Tantum Ergo
13. Dos manuscritos de Bolonha 1. Kyrie
14. Dos manuscritos de Bolonha 2. Christe
15. Dos manuscritos de Bolonha 3. Finale
CD2
16. Dos manuscritos de Bolonha . Partes da Missa 1. Benedicta
17. Dos manuscritos de Bolonha . Partes da Missa 2. Ave Maria
18. Dos manuscritos de Bolonha . Partes da Missa 3. Alleluja
19. Dos manuscritos de Bolonha . Partes da Missa 4. Qui tollis
20. Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini 1.Kyrie
21. Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini 2.Gloria
22. Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini 3.Laudamus
23. Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini 4.Gratias
24. Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini 5.Domine Deus
25. Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini 6.Qui Tollis
26. Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini 7.Qui Sedes
27. Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini 8.Quoniam
28. Do manuscrito de Paris. Missa de Rimini 9.Cum Sancto
CD3
29. Do manuscrito de Milão 1. Miserere
30. Do manuscrito de Milão 2. Domine, Lava Me
31. Do manuscrito de Milão 3. Ecce Enim
32. Do manuscrito de Milão 4. Asperges Me
33. Do manuscrito de Milão 5. Auditui Meo
34. Do manuscrito de Milão 6. Cor Mundum
35. Do manuscrito de Milão 7. Domine Labia Mea
36. Do manuscrito de Milão 8. Sacrificium
37. Do manuscrito de Milão 9. Giovanna D Arco
38. Do manuscrito de Milão 10. Quoniam
39. Do manuscrito de Milão 11. Tantum Ergo

Tu le Sais Bien, Bon Dieu… – 1993 – 3 CDs
Orquestra e Coro Filarmônico de Praga. Maestro Eduardo Brizio.
Regente do Coro: Pavel Kühn

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 923,2 MB | HQ Scans 19 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 464,5 + 19 MB – 3,1 h
powered by iTunes 11.0.2

CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Ao meu amigo João Gilberto que mudou para o Céu no sábado 13.04.13 … Tu le sais bien, bon Dieu …

“Que destino é o meu senão o de assistir ao meu Destino…”
(Vinicius de Moraes, A vida vivida)

Avicenna

Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Piano Concertos / Theme and Variations

Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Piano Concertos / Theme and Variations

Hummel não foi genial. Foi um bom compositor que seria mais famoso se não tivesse nascido na época de Haydn, Mozart, Beethoven e outros. Escreveu um belo Concerto para Trompete e Orquestra que está consolidado no repertório de nossa época. Este disco mostra com boa dose de exatidão quem ele foi: um brilhante concertista. Tem que ser bom pianista para interpretar estes concertos que, no entanto, carecem de transcendência. Amigo de Beethoven e aluno de Mozart, Hummel merece ser conhecido, mas não creio que será alvo de grandes paixões.

Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Piano Concertos / Theme and Variations

1 Piano Concerto in F Major, Op. posth. 1: I. Allegro moderato 13:46
2 Piano Concerto in F Major, Op. posth. 1: II. Larghetto 6:31
3 Piano Concerto in F Major, Op. posth. 1: III. Finale: Allegro con brio 8:05

4 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Theme 1:10
5 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 1 1:09
6 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 2 1:09
7 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 3: Sostenuto ed espressivo 2:31
8 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 4 1:03
9 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 5 1:04
10 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 6: Poco larghetto con espressione 3:47
11 Theme and Variations in F Major, Op. 97: Variation 7: Allegretto – Cadenza – Tempo I 4:09

12 Piano Concerto in A Major, WoO 24, S4: I. Allegro 9:43
13 Piano Concerto in A Major, WoO 24, S4: II. Romanze: Adagio 6:34
14 Piano Concerto in A Major, WoO 24, S4: III. Rondo 6:58

London Mozart Players
Howard Shelley, piano e regência

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Howard Shelley: dupla jornada merece salário dobrado. Eu acho.
Howard Shelley: dupla jornada merece salário dobrado. Eu acho.

PQP

Alma Latina: Juan Paris (Cataluña, ca. 1759 – Santiago de Cuba, 1845) – Villancicos de Navidad

95t0clMúsica Catedralícia de Cuba
Villancicos de Navidad de Juan Paris
Cataluña, ca. 1759 – Santiago de Cuba, 1845

Casi nada sabemos de las motivaciones que tuviera el músico catalán Juan Paris (Cataluña, ca. 1759-Santiago de Cuba, 1845) para embarcarse a América e instalarse en la ciudad de Santiago de Cuba a principios del siglo XIX. Su presencia confirmada en la Isla durante el año 1805 es un completo enigma, habiendo arribado quizás en los últimos años del setecientos o en los primeros del ochocientos.

Si intentó conseguir una plaza como músico en la capilla de La Habana, no ha quedado constancia que nos ilustre sobre ello. Parece ser que Paris se trasladó hacia la Catedral de Santiago de Cuba tras la muerte del presbítero Esteban Salas, aprovechando que habría quedado vacante su plaza como director de la orquesta y compositor de manera regular, labores meritoriamente desempeñadas por este último entre 1764 y 1803.

Así debió ingresar Paris en la citada catedral, sin que existan evidencias que indiquen su procedencia y actividad profesional en la Península, aunque con el halo de ser músico y sacerdote español, condiciones muy valoradas para alcanzar algún puesto a inicios del siglo XIX en Cuba.

Siendo un compositor fundamentalmente religioso, los casi sesenta villancicos de Navidad de su autoría, además de su obra litúrgica, dan fe de la función que desempeñara por cuarenta años como maestro de capilla en dicha sede catedralicia. Sus partituras se conservan hoy entre los archivos del Museo Arquidiocesano y de la Biblioteca Elvira Cape, en Santiago de Cuba, y los fondos del Museo Nacional de la Música, en La Habana.

Hasta el momento han sido publicados dos volúmenes con la edición y transcripción de quince villancicos fechados entre 1805 y 1814, reflejo de su primera década de actividad musical en tierra cubana.

(Claudia Fallarero – extraído do encarte)

Palhinha: assista ao vídeo do DVD que acompanha o CD:

Juan Paris (Cataluña, ca. 1759 – Santiago de Cuba, 1845)
01. Oid cielos piadosos (Villancico de Calenda de Navidad, 1809)
02. Valor pueblo escogido (Villancico de Navidad, II nocturno, 1807)
03. Parió Maria en Belén, (Villancico de Navidad, I nocturno, 1814)
04. Respirad mortales (Villancico de Calenda de Navidad, 1807)
05. Produzca la tierra (Villancico de Navidad, III nocturno, 1809)
06. Abre Belén tus puertas (Villancico de Navidad, I nocturno, 1807)
07. Cesen tus gemidos (Villancico de Calenda de Navidad, 1808)
08. Alarma ciudadanos (ca. 1809)

Villancicos de Navidad de Juan Paris – 2013
Camerata Vocale Sine Nomine.
Maestrina Leonor Suárez

Orquesta del Instituto Superior de Arte adjunta al Lyceum Mozartiano de La Habana.
Maestro José Antonio Méndez Padrón

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 339,9 MB | HQ Scans 9,8 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 154,5 + 9,8 MB – 1h 10min
powered by iTunes 11.1.5

Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

Santiago de Cuba, c.1845
Santiago de Cuba, c.1845

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Purcell – The Fairy Queen – Le Concert des Nations, Jordi Savall

Purcell_ The Fairy Queen & The Prophetess - SavallThe Fairy Queen
The Prophetess

Le Concert des Nations
Jordi Savall

The Fairy Queen, composta em 1692, é uma semi-ópera do compositor inglês Henry Purcell. Escrita para uma adaptação cênica livremente baseada em Sonho de uma noite de verão de Shakespeare, a música de Purcell – com seu grande número de canções, danças e música incidental – promove a obra de peça a semi-ópera. Datada dos últimos cinco anos de sua vida como compositor, essa obra em cinco atos contém um misto de canções, masques, balé, marchas e música incidental entremeado por diálogos falados.

A peça foi composta 3 anos antes da morte de Purcell aos 35 anos de idade. Após sua primeira apresentação no Queen’s-Theatre de Londres, em 1692, suas partituras foram perdidas e somente foram encontradas no início do século XX.

A Rainha das Fadas (The Fairy Queen) e A História do imperador Dioclesiano, chamada aqui “A Profetisa” (The Prophetess), de Purcell, são dois exemplos de semi-óperas, um gênero que floresceu na Inglaterra no final do século XVII e início do século XVIII, antes de Händel aparecer com a ópera italiana e conquistar o público. Em contraste com a ópera convencional, a variedade semi-ópera não era composta com árias, recitativos, etc, mas sim tinha música instrumental o tempo todo para acompanhar a ação no palco, como danças, e para acompanhar transições entre atos e cenas. (Os personagens geralmente falavam suas partes, com uma ária ou canção ocasional.)

(extraído de um monte de lugares da internet)

Mais um presente do nosso amigo David, diretamente da Catalunya. !!Gràcies, amic!!

Palhinha: ouça
14. The Second Act Suite: A Prelude
15. The Second Act Suite: ‘A bird’s Prelude’
16. The Second Act Suite: Echo
17. The Second Act Suite: A Fairies Dances

Henry Purcell (Inglaterra, 1659-1695)
The Prophetess
01. First musick
02. Second musik
03. Symphony for Trumpets & Violins
04. Retornella
05. Dance of the Furies  Soft Music-Dance
06. The Chair Dance
07. Retornella

The Fairy Queen
08. The First Act Suite: First music – Prelude
09. The First Act Suite: First Act Tune – Jig
10. The First Act Suite: Second Music Air
11. The First Act Suite: Rondeau
12. The First Act Suite: Ouverture
13. The First Act Suite: First Act Tune – Jig
14. The Second Act Suite: A Prelude
15. The Second Act Suite: ‘A bird’s Prelude’
16. The Second Act Suite: Echo
17. The Second Act Suite: A Fairies Dances
18. The Second Act Suite: A Dance of the Followers of Night
19. The Second Act Suite: Second Act Tune – Air
20. The Third Act Suite: Prelude ‘Love’s a Sweet Passion’
21. The Third Act Suite: Ouverture – Symphony while the swans come forward
22. The Third Act Suite: Dance of the Fairies
23. The Third Act Suite: Dance for the Green men
24. The Third Act Suite: A dance for the Haymakers
25. The Third Act Suite: Third Act Tune – Hornpipe
26. The Fourth Act Suite: Symphony – Prelude, Canzona, Largo, Allegro, Adagio, Allegro
27. The Fourth Act Suite: Entry of Phoebus
28. The Fourth Act Suite: Fourth Act Tune – Air
29. The Fifth Act Suite: Prelude
30. The Fifth Act Suite: Entry Dance
31. The Fifth Act Suite: Symphony
32. The Fifth Act Suite: Monkey’s Dance
33. The Fifth Act Suite: Chaconne – Dance for the Chinese Man and Wowan
34. The Fifth Act Suite: Fifth Act Tune

Purcell: The Fairy Queen & The Prophetess – Savall – 2009
Le Concert des Nations, Jordi Savall
Manfredo Kraemer (concertino)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 192 kbps | 89,4 MB | 1 h 04 min

powered by iTunes 12.5.5

Boa audição!

Henry Purcell, 1659-1695
Henry Purcell, 1659-1695

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Sonatas & Partitas Completas para Violino Solo

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Sonatas & Partitas Completas para Violino Solo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais uma espetacular gravação barroca das Sonatas e Partitas para Violino Solo de Bach. Tão boa quanto as melhores como as de Amandine Beyer (campeã), John Holloway e Christine Busch. Trata-se de excelente performance historicamente informada que vai para a frente de minha fila. Muita imaginação, excelente qualidade de som, tudo aqui é soberbo. O período das interpretações duras com instrumentos originais vai longe e só um desinformado pode querer ouvir as velhas gravações de Menuhin, Szeryng ou Grumiaux. Vocês sabem que eu ouvi muitos registros dessas peças. Achei o som de Podger é muito especial e sua interpretação sublime, hipnotizante. Tudo é quente e convincente. Resumindo, qualquer amante de Bach deve ter esses CD’s em sua coleção.

“Quanto maior o intervalo, maior será o ar entre as notas”.

No clipe abaixo, Rachel Podger orienta Violetta Barrena na leitura do Chaconne da Partita Nº 2 de Bach para violino, trabalhando a articulação de acordo com tratados barrocos sobre interpretação. Gravado no Three Choirs Festival, Hereford. A masterclass completa de 159 minutos está disponível para compra.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Sonatas & Partitas Completas pata Violino Solo

1. Sonata for solo violin No. 1 in G minor, BWV 1001: Adagio
2. Sonata for solo violin No. 1 in G minor, BWV 1001: Fuga
3. Sonata for solo violin No. 1 in G minor, BWV 1001: Siciliano
4. Sonata for solo violin No. 1 in G minor, BWV 1001: Presto

5. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Allemanda
6. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Double
7. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Corrente
8. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Double
9. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Sarabande
10. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Double
11. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Tempo di Bourrée
12. Partita for solo violin No. 1 in B minor, BWV 1002: Double

13. Partita for solo violin No. 2 in D minor, BWV 1004: Allemanda
14. Partita for solo violin No. 2 in D minor, BWV 1004: Corrente
15. Partita for solo violin No. 2 in D minor, BWV 1004: Sarabanda
16. Partita for solo violin No. 2 in D minor, BWV 1004: Giga
17. Partita for solo violin No. 2 in D minor, BWV 1004: Ciaccona

1. Partita for solo violin No. 3 in E major, BWV 1006: Preludio
2. Partita for solo violin No. 3 in E major, BWV 1006: Loure
3. Partita for solo violin No. 3 in E major, BWV 1006: Gavotte en Rondeau
4. Partita for solo violin No. 3 in E major, BWV 1006: Menuet 1, 2
5. Partita for solo violin No. 3 in E major, BWV 1006: Giga

6. Sonata for solo violin No. 2 in A minor, BWV 1003: Grave
7. Sonata for solo violin No. 2 in A minor, BWV 1003: Fuga
8. Sonata for solo violin No. 2 in A minor, BWV 1003: Andante
9. Sonata for solo violin No. 2 in A minor, BWV 1003: Allegro

10. Sonata for solo violin No. 3 in C major, BWV 1005: Adagio
11. Sonata for solo violin No. 3 in C major, BWV 1005: Fuga
12. Sonata for solo violin No. 3 in C major, BWV 1005: Largo
13. Sonata for solo violin No. 3 in C major, BWV 1005: Allegro Assai

Rachel Podger, violino

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Bom dia, D. Rachel, temos ciabatta e ciaccona para o café da manhã
Bom dia, D. Rachel, temos ciabatta e ciaccona para o café da manhã

PQP

Mozart: Requiem K. 626, conclu par Sigismund Neukomm, version "Rio de Janeiro" (Acervo PQPBach)

b8k749Esta postagem apresenta o Requiem K. 626 de Mozart completo, com o “Libera me” composto e incluido por Neukomm. 

Muito embora Süssmayr e Eybler tenham completado a grande obra sacra inacabada de Mozart logo após a morte do compositor, ela permaneceu ainda inconclusa. O Libera me que no rito da Igreja Romana termina a missa para os mortos, estava ausente no Réquiem de Mozart. O Libera Me era o que faltava para conseguir terminar essa obra monumental. No Rio de Janeiro, o compositor Sigismund Neukomm teve a ousadia de enfrentar essa tarefa, compondo o final Libera me Domine para grande orquestra, para fazer sequência ao Requiem de Mozart.

Em 15 de maio de 2012, o Prof. Paulo Castagna apresentou o 11º episódio da série “Alma Latina” na Rádio Cultura FM de São Paulo (103,3 MHz), e teceu os seguintes comentários:

Franz Joseph Haydn dizia que seu melhor aluno havia sido Beethoven, mas seu preferido era Neukomm. Foi esse mesmo Neukomm que viajou para o Rio de Janeiro em 1816, em uma comitiva diplomática destinada a felicitar o novo rei e reatar suas relações com a França, rompidas desde as guerras napoleônicas.

Sigismund Neukomm deveria ficar somente alguns meses, mas acabou se encantando com o Rio de Janeiro e aceitou o convite do ministro do reino para exercer atividades musicais na corte. Uma das novas funções de Neukomm foi ensinar música aos infantes reais, como o Príncipe Dom Pedro e sua esposa Dona Leopoldina.

Poucas casas do Rio de Janeiro daquela época possuíam um piano. As variações sobre um lundu, intituladas “O amor brasileiro”, compostas por Neukomm em 1819 e aqui interpretadas por Rosana Lanzelotte, provavelmente foram destinadas ao ambiente doméstico da corte e das famílias europeias do Rio de Janeiro.

O lundu era uma exceção na elite carioca, que desejava consumir música de caráter essencialmente europeu, apartando da corte a sonoridade de qualquer outra etnia. Os autores referenciais da alta classe da época eram sempre europeus, como Haydn e Mozart.

A presença de Neukomm na corte real era, portanto, emblemática. Esse compositor havia nascido em Salzburg, na casa em frente àquela onde nasceu Mozart. E foi nesse contexto que Neukomm deparou-se com uma tarefa delicada: completar, no Rio de Janeiro, nada mais, nada menos, que o Requiem de Mozart.

Wolfgang Amadeus Mozart trabalhou neste Requiem em Viena, nos meses que antecederam sua morte, em 1791. Mozart estava atendendo a encomenda de um
comprador não identificado, e que hoje se sabe ter sido o Conde Franz Von Walsegg e não o compositor Antonio Salieri, como sugeriu o conhecido filme “Amadeus”, de Peter Shaffer, [cuja trilha sonora já postamos aquí.]

Wolfgang morreu sem terminar a partitura. Para concluí-la e entregá-la ao Conde Walsegg, o que era necessário para receber o pagamento final, Constanze Mozart procurou secretamente a ajuda de dois outros compositores e provavelmente os pagou para terminar a partitura: Joseph von Eybler e Franz Xaver Süssmayr, este último responsável pela orquestração da obra.

Com a edição que a Breitkopf & Hartel fez em 1799, a partir da versão de Eybler e Süssmayr, o Requiem de Mozart começou a circular pela Europa. E foi provavelmente um exemplar dessa edição que Sigismund Neukomm levou ao Rio de Janeiro em 1816.

José Maurício Nunes Garcia teve acesso à partitura naquele mesmo ano e dirigiu, em 1819, a primeira apresentação do Requiem de Mozart fora da Europa, em uma festividade organizada pela Confraria de Santa Cecília do Rio de Janeiro.

Neukomm publicou, no ano de 1820, uma interessante notícia em alemão sobre a estréia carioca do Requiem de Mozart, no Allgemeine Musikalische Zeitung de Leipzig. Seu primeiro parágrafo diz o seguinte:

“Rio de Janeiro – A corporação dos músicos […] comemora anualmente a Festa de Santa Cecília e, alguns dias após, é celebrada uma missa em memória dos músicos falecidos no decorrer do ano. Para esse fim, alguns integrantes da corporação, interessados em boa música, propuseram o Requiem de Mozart, que foi executado em dezembro passado na Igreja do Parto, por uma orquestra numerosa. O mestre da Capela Real, Padre José Maurício, assumiu a direção do conjunto”

O Requiem de Mozart foi reapresentado no Rio de Janeiro em 1821 e, para essa ocasião, Neukomm decidiu completá-lo. Mas este compositor não fez o mesmo que Eybler e Süssmayr fizeram em Viena. Neukomm apenas acrescentou, ao final do Requiem, o Responsório “Libera me”, que não havia sido planejado por Mozart, mas que era previsto na liturgia romana.

Wolfgang estava atendendo a uma encomenda do Conde Walsegg destinada ao aniversário de falecimento de sua esposa, e para esse tipo de ocasião, um Requiem não inclui o “Libera me”, cantado somente nas missas de corpo presente.

Wolfgang Amadeus Mozart (Austria, 1756-1791)
Requiem In D Minor, K 626 – I. Introitus: “Requiem aeternam” / II. Kyrie
Requiem In D Minor, K 626 – IIIa. Sequenz: “Dies irae, dies illa”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIb. Sequenz: “Tuba mirum spargens sonum”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIc. Sequenz: “Liber scriptus proferetur”
Requiem In D Minor, K 626 – IIId. Sequenz: “Quid sum miser dunt dicturus?”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIe. Sequenz: “Rex tremendae majestatis”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIf. Sequenz: “Recordare, Jesu pie”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIg. Sequenz: “Ingemisco tamquam reus”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIh. Sequenz: “Confutatis maledictis”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIi. Sequenz: “Lacrimosa dies illa”
Requiem In D Minor, K 626 – IV. Offertorium: “Domine Jesu Christe, rex gloriae”
Requiem In D Minor, K 626 – V. “Sanctus, sanctus, sanctus, Dominus”
Requiem In D Minor, K 626 – VI. “Agnus Dei”
Requiem In D Minor, K 626 – VII. Communio: “Lux aeterna luceat eis”
Sigismund Ritter von Neukomm (Salzburg, 1778 – Paris, 1858)
Requiem In D Minor, K 626 – VIII. Communio: “Libera me, Domine”

Mozart: Requiem K. 626, conclu par Sigismund Neukomm – 2005
La Grande Écurie et la Chambre du Roy & Kantorei Saarlouis
Direction: Jean-Claude Malgoire

CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
.
acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 285,5 MB | HQ Scans 17,2 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 136,9 + 17,2 MB – 48,8 min
powered by iTunes 12.0.1

.

.

Boa audição.

mt32qc

 

 

 

 

 

 

.

.Avicenna

Alma Latina: Masterpieces of Mexican Polyphony

10x7ok4Masterpieces of Mexican Polyphony

‘If like me, your knowledge of Mexican music was previously, shall we say undeveloped, you may similarly be stunned by the treasures unveiled here’ (The Music Magazine)

‘This is a magnificent recording. Pure Mexican gold’ (Gramophone)

‘Unusual, timely, interesting, and beautiful’ (Fanfare, USA)

A principios del siglo XVII comenzó a darse un cambio en la música española que terminó por influir en la música creada en los territorios conquistados del continente americano.

En España, como en el resto de Europa, hacia finales del siglo XVI y comienzos del XVII tuvo lugar un importante cambio en la música. Hasta hace poco a esa época se le conocía como inicios del barroco, un nombre prestado de las artes plásticas. Pero a diferencia de Italia, en España el cambio ocurrió de modo imperceptible, sin estridencias, por la dinámica interna y la evolución de la música del Renacimiento, que cuando había alcanzado su punto máximo de perfección rompió hacia nuevos derroteros. Este desarrollo alcanzó a la música americana de una forma natural, ya que la vida musical de nuestras catedrales estaba hecha según el modelo de las de España.

2vkde9lEl uso del órgano para el acompañamiento de la polifonía y el desarrollo de una práctica policoral estuvieron asociados, o bien se desarrollaron de manera conjunta. La bicoralidad fue el punto de partida de una práctica que alcanzó proporciones esplendorosas en el siglo XVIII. Durante el siglo XVII, además del órgano, se incorporó el arpa a las capillas musicales catedralicias para realizar el acompañamiento de los villancicos. Aunque desde 1611 se registra la presencia de un arpista en Puebla, el bajo continuo con el arpa se consolidó en todo el ámbito hispanoamericano alrededor de 1630 y este instrumento estuvo vigente hasta finales del siglo XVIII. Muchos de los arpistas que tocaron en los conjuntos catedralicios eran mestizos o indígenas.

Quizá el verdadero aporte de nuestros compositores de la época colonial no está tanto en la música latina como en el villancico o en la canción de alabanza en lengua vernácula. En el siglo XVII, el villancico polifónico se torna en una pieza acompañada con instrumentos que ejecutan el bajo continuo, alcanza rasgos de dramatismo y asume una jerga típica de los negros e indios conversos; aunque en esto suele repetir esquemas provenientes de España, la solución es mucho más típica, mucho más nuestra. Los elementos sustanciales del villancico están planteados en el Cancionero musical, de Gaspar Fernandes, un cuaderno que contiene casi 300 composiciones polifónicas escritas a mano, la mayor parte de ellas firmadas por el mismo Gaspar, el cual logró llegar más o menos completo hasta nuestros días.

(Aurelio Tello, em http://www.mexicodesconocido.com.mx/historia-de-la-musica-en-la-nueva-espana.html)

Hernando Franco (Espana, 1532 – Ciudad de México, 1585)
01. Salve Regina
Juan Gutiérrez de Padilla (Málaga, Espanha c.1590 – Puebla, México, 1664)
02. Deus In Adiutorium
03. Mirabilia Testimonia
04. Lamentation For Maundy Thursday
Francisco Lópes Capillas (México, c1605-1674)
05. Alleluia, “Dic Nobis, Maria”
06. Magnificat Quarti Toni
Juan Gutiérrez de Padilla (Málaga, Espanha c.1590 – Puebla, México, 1664)
07. Salve Regina
Antonio de Salazar (Sevilha, Espanha c.1650–Ciudad de México, 1715)
08. O Sacrum Convivium

Masterpieces of Mexican Polyphony – 1989
Westminster Cathedral Choir
Maestro James O’Donnell

Andrew Watts, bajón
Andrew Lawrence-King, arpa
Iain Simcock, órgano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 287,1 MB | HQ Scans 3,5 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 156,4 + 3,5 MB – 1h 06min
powered by iTunes 11.1.5

Outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

caravela

 

 

 

 

 

.

.

Boa audição.

Avicenna

 

Johannes Brahms (1833-1897): Um Réquiem Alemão, Op. 45 (Klemperer)

Johannes Brahms (1833-1897): Um Réquiem Alemão, Op. 45 (Klemperer)

Confesso que tenho um duplo sentimento em relação ao Réquiem de Brahms: (1) primeiro de felicidade, por se tratar de uma das peças mais belas que existem. A profundidade da abordagem. A linguagem tocante. O clima de contrição. A viagem aos sentimentos mais atemporais e eternos. Impossível não pensar em outro mundo, em outra realidade; na finitude da vida. Nos momentos fugidios da existência. No ir e vir de cada manhã. No fato de estarmos aqui e, de repente, como num passe de mágica, como se fôssemos apagados por uma borracha, deixarmos a vida. Ou como numa das passagens da obra, extraída da carta do apóstolo Pedro, apontando a efemeridade da vida: “Porque toda carne é como a erva e toda a glória do homem é como as flores do campo. A erva seca, e a flor cai”. Segundo os historiadores, Brahms teria sido impulsionado a escrever o seu Réquiem após a morte da mãe, em 1865. O senso estético de uma espiritualidade profunda e densa em mais de uma hora de coros e vozes; massas corais, que duelam com seres angélicos, barítonos e sopranos exaltados. Uma sensação sufocante e terrífica, impingindo uma experiência dúbia de tormento e paz, numa reflexão dura e aziaga sobre a morte, deixam-me num estado de tensão. Mas talvez aí resida toda a sua energia, toda a sua beleza, toda a sua grandeza. Esta é, com certeza, uma das mais monumentais peças já compostas em todos os tempos. Essa gravação com Otto Klemperer, um dos grandes nomes da regência do século XX, estava comigo já há uns três anos. Ouço-a pela primeira vez e a qualidade é inegável. Não deixe de se contristar e meditar sobre a vida. A beleza tem esse poder. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897): Um Réquiem Alemão, Op. 45 (Klemperer)

01. Selig Sind, Die Da Leid Tragen
02. Denn Alles Fleisch, Es Ist Wie Gras
03.  Herr, Lehre Doch Mich
04.  Wie Lieblich Sind Deine Wohnugen
05.  Ihr Habt Nun Traurigkeit
06.  Denn Wir Haben Hie Keine Bleibende Stat
07.  Selig Sind Die Toten

Dietrich Fischer-Dieskau, barítono
Elisabeth Schwarzkopf, soprano
Philharmonia Orchestra et Choeurs
Otto Klemperer, regente

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Brahms contemplando a imortalidade (argh!)
Brahms esperando por Fischer-Dieskau

Carlinus

Nikolai Petrov plays Chopin – Ballades & Scherzi

Nikolai Petrov plays Chopin – Ballades & Scherzi

Existem monstros e monstros. Godzilla e Shreck, Polifemo e King Kong, Stalin e Schostakovich… Sempre fascinantes de uma forma ou de outra, bonzinhos, mauzinhos, travessos, divertidos, gigantescos… Pensemos num monstro musical do tamanho da Mãe Rússia! Que com os seus braços abertos abarcaria toda gama de sons que a percepção e o espirito humano é capaz de reconhecer, suportar e merecer por natureza, nas teclas de um piano. O camarada Petrov (1943-2011) é isso (e um dos pouquíssimos artistas russos a atuarem no exterior durante a chamada Guerra fria). Com suas dimensões que sabem às estepes – em corpo, talento e expressão. Um monstro de habilidade, que começou a brincar nas teclas do piano com ínfimos três aninhos de idade. Lembra até uma novela do H. G. Wells, sobre crianças nutridas com um certo ‘alimento dos deuses’ que as tornava gigantescas. Ora, conhecemos um sem número de gravações das baladas e scherzos do gênio polonês, porém fracamente, nunca ouvi nada igual a isso que aqui tenho a honra de trazer. Basta que se ouça a primeira Balada com atenção para que saibam do que estou falando. Existe um ditado que diz: ‘pelo dedo se vê o gigante’. Cabe perfeitamente no caso do camarada Nikolai – pelos dedos temos não somente o gigante musical, mas também uma nova dimensão que ele acrescenta a estas obras tão conhecidas. Na década de 90, quando da avassaladora crise da música erudita na Rússia, Petrov abdicou de sua possibilidade de emigrar. Preferiu permanecer na Rússia e ajudar jovens músicos – eis o próprio gigante bondoso.

b52u09Chopin, gênio absoluto, música febril, delirante; atmosfera de rosas podres e cartas mofadas; beleza sem fim, talvez o maior melodista da música (para mim o é). Pobre gênio hipocondríaco, cujo amigo Franz Liszt alcunhava maldosamente de ‘o cadáver polonês’, que morreu de úlcera e não de tuberculose. Mal este que possivelmente sequer existisse, uma vez que para se reproduzir o que escrevia, especialmente nos pianos da época, era preciso força – o que um tísico em pandarecos dificilmente conseguiria executar. Mas Chopin chegou até nós como uma espécie de Dama das Camélias do piano. Impressão essa alimentada por filmes do tipo ‘À noite Sonhamos’ com o xaroposo ator húngaro-americano Cornel Wilde. Desventurado Fréderic, exilado de sua pátria, envolvido com as calças de Madame Sand e toda sorte de baixarias familiares em torno da mesma (indico o ótimo livro ‘O funeral de Chopin’, de Benita Eisler). Um dos maiores gênios que já pisaram na face da terra, que sobrevivia a duras penas na Paris de Balzac, que se queixava nas cartas à sua irmã sobre o preço dos coches de luxo que era obrigado a usar para se dirigir às mansões aristocráticas e dar suas aulas às moçoilas descompassadas: se utilizasse uma charrete qualquer, ele sequer passaria da porta. Além das roupas caras – diga-se de passagem, vestia-se com tal esmero que criou ‘moda Chopin’: luvas cor de pérola, cartolas e afins. Que teria no final seu coração retirado, como um faraó, e metido numa urna de prata, tal era a sua obsessão pela catalepsia que poderia enterrá-lo vivo como algum mórbido herói poeano. Mas voltando às estepes sonoras do Sr. Petrov, digo que os compadres melômanos podem não preferir estas interpretações, porém me parecem únicas. Sou muito grato ao velho amigo Newman Sucupira por me haver apresentado este disco nos tempos do vinil. Como o próprio amigo, escritor, fotógrafo e melômano diria, uma gravação com muita “esclepscência” – termo intraduzível. Mas é impossível nesse instante não me reportar ao meu maior amor literário, Anton Pavlovich, meu amado Tchekhov, por falar em estepe. A Estepe, a viagem do pequeno Iegóruchka em companhia do seu tio e de um clérigo numa carroça pelas vastidões das estepes, rumo a uma nova vida numa cidade distante, onde iria estudar. Um road-movie literário, uma viagem sem fim, a busca contínua por um misterioso e poderoso personagem que nunca está onde se espera, a tempestade, a febre…

“Como todos os outros, a melancolia também tomou conta de Iegóruchka. Ele foi para sua carroça, escalou o fardo e deitou lá em cima. Olhou para o céu e pensou no feliz Konstantin e na esposa dele. Para que as pessoas casam? Para que servem as mulheres, neste mundo? Iegóruchka se fazia perguntas obscuras e pensava que, de fato, para o homem, era bom ter sempre por perto uma mulher carinhosa, alegre e bonita. Por algum motivo, lhe veio a lembrança da condessa Dranitskaia e pensou que, com uma mulher assim, sem dúvida, a vida seria muito agradável; provavelmente, ele ficaria muito satisfeito de casar com ela, se não sentisse tanta vergonha. Lembrou-se das sobrancelhas da condessa, das pupilas, da carruagem, do relógio com um cavaleiro em cima… A noite silenciosa e morna baixava sobre ele, sussurrava em seu ouvido e Iegóruchka sentiu como se aquela mulher bonita se curvasse sobre ele, o olhasse com um sorriso e quisesse beijá-lo…”

O resto é música.

Nikolai Petrov plays Chopin – Ballades & Scherzi
1 Balada 1 em Cm
2 Balada 2 em F
3 Balada 3 em Eb
4 Balada 4 em Fm
5 Scherzo 1 em Bb
6 Scherzo 2 em Bbm
7 Scherzo 3 em C#m
8 Scherzo 4 em E

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O gigantesco Nikolai Petrov - senhor absoluto de sua arte pianística.
O gigantesco Nikolai Petrov – senhor absoluto de sua arte pianística.

Wellbach