George Friedrich Händel (1685-1759) – Concerto Grosso Alexander’s Feast, 3 Oboe Concertos, Sonate a cinque

Como prometido, estarei intercalando outras obras, de outros autores, entre as sinfonias de Haydn. Hoje vamos de Handel (ou Haendel), compositor alemão, contemporâneo de Bach, mas que, ao contrário de nosso pai, viajou bastante, e foi influenciado por diversos outros compositores, fossem italianos, fossem ingleses. E foi na Inglaterra que se estabeleceu, e onde fez maior sucesso, com suas óperas e oratórios.
Apresentarei aqui algumas obras orquestrais, e para solistas. Os intérpretes são o excelente conjunto inglês “The English Concert”, especializado no repertório barroco, e dirigido pelo incansável Trevor Pinnock. Belíssima interpretação para estas belíssimas obras,

George Friedrich Händel (1685-1759) – Concerto Grosso Alexander’s Feast, 3 Oboe Concertos, Sonate a cinque

Concerto grosso Alexander’s Feast in C major, HWV 318
01 – I. Allegro
02 – II. Largo
03 – III. Allegro
04 – IV. Andante, ma non presto

Sonata a cinque in B flat major, HWV 288
05 – I. Andante
06 – II. Adagio
07 – III. Allegro

Concerto No. 1 for Oboe and String Orchestra in B flat major, HWV 301
08 – I. Adagio
09 – II. Allegro
10 – III. Siciliana. Largo
11 – IV. Vivace

Concerto No. 2 for Oboe and String Orchestra in B flat major, HWV 302a
12 – I. Vivace
13 – II. Fuga. Allegro
14 – III. Andante
15 – IV. Allegro

Concerto No. 3 for Oboe and String Orchestra in G minor, HWV 287
16 – I. Grave
17 – II. Allegro
18 – III. Sarabande. Largo
19 – IV. Allegro

The English Concert
Trevor Pinnock – Director
Simon Standage – Violino
David Reichemberg – Oboe

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Sinfonias nº 82, 83 e 84

FDP Bach se propôs a postar as 22 últimas sinfonias de Haydn, que vão do nº 82 até o nº 104. Será um trabalho longo, mas prazeiroso. Obviamente, estarei intercalando outro material entre elas, para não se tornar maçante (claro que ouvir uma sinfonia de Haydn jamais será maçante).
Começo então com as de nº 82 até a nº 84.
Serão vários regentes, e várias orquestras, pra variar um pouco nas interpretações.

Sinfonia nº 82, “L´Ours” in C Major, Hob 1:82
1- Allegro assai
2 – Allegretto
3 – Menuet-Trio
4 – Finale: Vivace

Sinfonia nº 83, “La Poule”, in G Minor – Hob 1: 83
5 – Allegro spirituoso
6 – Andante
7 Menuet – allegretto – Trio
8 – Finale – Vivace

Sinfonia nº 84 in E Flat major – Hob 1:84
9 – Largo – Allegro
10 – Andante
11 – Menuet – allegretto – trio
12 – Finale – vivace

Orchestra of the Age of Enlightenment
Sigiswald Kuijken – Director

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – “Missa Teresa” e “Pequena Missa do Orgão”

Já que nosso querido F.D.P. Bach deixou o nível do blog lá em cima, não serei eu, P.Q.P., que farei a bobagem de cometer uma postagem, digamos, rasante.

Uma gravação notável, cheia de prêmios aqui e ali, um regente com grande vivência em música vocal e uma excelente orquestra. Tudo perfeito para a levar adiante estas grande obras de Haydn. Dizem que suas missas seriam sinfonias disfarçadas, ou que seriam por demais alegres e, portanto, inadequadas, mas será que a religiosidade deve ser sempre sempre triste ou grandiosa ou culpada? Não pode ser alegre e bela? Bom, este decididamente não é nosso tema.

Aproveitem para ouvir este CD primoroso.

Joseph Haydn: Theresienmesse/Kleine Orgelmesse

1. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Kyrie
2. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Gloria: Gloria in excelsis Deo
3. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Gratias agimus tibi
4. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Quoniam tu solus sanctus
5. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Credo: Credo in unum Deum
6. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Et incarnatus est
7. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Et resurrexit
8. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Sanctus
9. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Benedictus
10. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Agnus Dei: Agnus Dei
11. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Dona nobis pacem

12. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Kyrie
13. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Gloria
14. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Credo
15. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Sanctus
16. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Benedictus
17. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Agnus Dei

Conductor: Richard Hickox
Performers: Stephen Varcoe, Pamela Helen Stephen, Janice Watson
Orchestra: Collegium Musicum 90

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Restaurado – Ludwig van Beethoven – Concerto para Piano nº 5, op. 73, Imperador

Para completar a série, eis o cd 3, da integral dos concertos para piano de Beethoven. Eis, finalmente, o tão aclamado Concerto nº5, intitulado com razão “Imperador”. Também estou disponibilizando o booklet da coleção, onde se encontrarão as informações necessárias sobre os concertos.

Ludwig van Beethoven – Concerto para piano e orquestra nº 5, op. 73, “Imperador”.

No. 5, Op. 73 – I. Allegro
No. 5, Op. 73 – II. Adagio un poco moto
No. 5, Op. 73 – III. Rondo. Allegro

Berliner Philarmoniker
Maurizio Pollini – Piano
Claudio Abbado – Director

CD 3 – BAIXE AQUI

[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) Concertos para piano nº 3, op. 37, e nº 4, op. 58

Devido ao sucesso da postagem do primeiro cd desta maravilhosa integral da dupla Pollini/Abbado, estou postando o segundo cd, que tem os concertos de nº 3 e nº4.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concertos para piano nº 3, op. 37 e nº4, op. 58.

1 – No. 3, Op. 37 – I. Allegro con brio
2 – No. 3, Op. 37 – II. Largo
3 – No. 3, Op. 37 – III. Rondo. Allegro
4 – No. 4, Op. 58 – I. Allegro moderato
5- No. 4, Op. 58 – II. Andante con moto
6 – No. 4, Op. 58 – III. Rondo. Vivace

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[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

Anton Bruckner (1824-1896) – Integral das Sinfonias – Sinfonia Nro. 2

A gravação aqui apresentada da Sinfonia n. 2, em dó menor, é versão definitiva de William Carragan [1997].

P.Q.P. Bach encontrou aqui detalhes sobre as versões de todas as sinfonias de Bruckner e copia abaixo os detalhes segunda:

Versão de 1872 (versão da primeira concepção), composta entre 11 de outubro de 1871 e 11 de setembro de 1872. Edição crítica por William Carragan para a Sociedade Bruckner.

Versão de 1873 (versão da primeira execução) preparada para a première em 26 de outubro de 1873 pela Filarmônica de Viena sob a direção de Bruckner. Houve muitas mudanças nesta revisão. A ordem dos movimentos internos foi invertida; o solo de trompa ao final do Adagio foi mudado para um solo de clarinete, e, ainda no Adagio, acrescentou-se um solo de violino. As repetições do Scherzo e do Trio foram canceladas, uma passagem no Finale foi completamente reescrita, e um quarto trombone foi acrescentado nos compassos finais para reforçar a linha do baixo. Versão crítica por William Carragan (ainda inédita).

Versão de 1876, preparada em 1875-76 e executada em 20 de fevereiro de 1876 também pela Filarmônica de Viena dirigida por Bruckner. Desta vez as mudanças foram poucas. No Finale, foi restaurado algum material da versão de 1872 que havia sido cortado em 1873, e foi encurtada a nova passagem acrescentada em 1873, o quarto trombone foi removido dos compassos finais e, em seu lugar, foram introduzidas cordas em uníssono.
Versão de 1877, apresenta mudanças mais significativas. Comparada à versão de 1872, houve um corte no primeiro movimento (embora esse corte possa ter sido feito em 1876). Também houve um corte no Adágio, e o solo de violino foi removido. O Scherzo foi modificado ligeiramente, com alguns compassos sendo repetidos ao término do Scherzo e de sua reprise. No Finale a nova passagem (que fora encurtada em 1876) foi removida e substituída por outra passagem diferente. Os compassos finais foram mais uma vez modificados, principalmente as partes de trompete, e os últimos compassos de primeiro movimento foram um pouco alongados.

Nem a edição de Haas [1938] nem a de Nowak [1965] representam versões puras. Ao contrário do que ainda se diz comumente, Haas não apresentou a versão original, mas baseou-se principalmente na versão de 1877, com alguns elementos da versão de 1872. A edição Nowak é, na realidade, uma aproximação mais exata da versão de 1877, desde que os cortes sejam observados e corrija-se um erro nas partes de trompete ao final do primeiro movimento. A nova edição definitiva de William Carragan [1997] remove da edição de Nowak as anomalias que ela herdara de Haas.

Versão de 1892, com pequenas revisões feitas por Bruckner entre 1891 e 1892. Os compassos finais alongaram-se um pouco mais, e novas partes de trombone, semelhantes às partes de trompete de 1877 foram introduzidas nos últimos momentos do Finale. Esta versão é usada na primeira edição, publicada em 1892 por Doblinger sob a supervisão de Hynais, e depois republicada muitas vezes. A edição de Doblinger foi considerada não autêntica por muito tempo, mas hoje é reconhecida como como sendo uma realização mais acurada da versão de 1877 do que as próprias edições de Haas ou Nowak.

Anton Bruckner
Symphony No. 2 in C minor (1872 version; ed. Carragan)
Performed by:Ireland National Symphony Orchestra
Conducted by:Georg Tintner

I. Ziemlich schnell 20:54
II. Scherzo: Schnell 11:00
III. Andante: Feierlich, etwas bewegt 18:06
IV. Finale: Mehr schnell 21:19

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Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concerto nº 1, op. 15 e nº2 , op. 19

Aqui começo a postar a integral dos concertos para piano de Beethoven, obras fundamentais no repertório pianístico de qualquer intérprete. São daquelas obras ditas essenciais, que estabeleceram padrões na história da música universal.
Vivendo em um período de mudanças, Beethoven melhor que ninguém soube captar e adaptar estas mudanças ás suas obras.
Começando pelo começo, com o perdão da redundância, teremos nesta postagem os Concertos nº 1 e nº 2. Ainda mozartianos/haydnianos em sua concepção, já mostram a faceta do gênio que ira revolucionar o mundo.
Para estas grandes obras, obviamente temos de ter grandes intérpretes. Demorei para decidir qual das integrais de minha coleção iria postar…. Gould, Brendel, Kempff, Arrau… até que caiu-me essa maravilha nas mâos: o grande Maurizio Pollini, um dos maiores intérpretes de Beethoven da atualidade,acompanhado por Claudio Abbado, à frente da Filarmônica de Berlim… para que pedir mais? Mas vamos ao que interessa.

P.S. Pollini se manteve fiel ao mestre: as cadenzas são do próprio Beethoven.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concertos para piano nº 1, op. 15 e nº2, op; 19

1 – No. 1, Op. 15 – I. Allegro con brio
2 – No. 1, Op. 15 – II. Largo
3 – No. 1, Op. 15 – III. Rondo. Allegro
4 – No. 2, Op. 19 – I. Allegro con brio
5 – No. 2, Op. 19 – II. Adagio
6 – No. 2, Op. 19 – III. Rondo. Molto allegro

Maurizio Pollini – piano
Berliner Philarmoniker
Claudio Abbado – Director

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[restaurado por Vassily em 29/5/2020 e 07/08/2024]

Igor Stravinski (1882-1971) – Ebony Concerto e Dumbarton Oaks / Alban Berg (1885-1935)

Copiado com certa liberdade de “Música da Modernidade”, de J. Jota de Moraes, por P.Q.P. Bach.

Dedicado ao Trauriger Hund (Blue Dog).

Alban Berg foi o primeiro músico a ser aceito fora do reduzido círculo que efetivamente compreendia o sentido e o alcance das experiências levadas a cabo pela Segunda Escola de Viena. Durante aquele longo período em que Schoenberg era ridicularizado e tomado apenas como o esforçado inventor de uma rígida escolástica a qual de castrara inteiramente o élan romântico, época em que Webern era encarado apenas como um cerebralista vazio – um “compositor de papel”, já que suas obras, por conterem quase tantos silêncios quanto sons, deveriam preferencialmente ser lidas em partituras e não ouvidas em concertos -, Berg era louvado por revelar algo assim como “a alma humana de um sistema desumano”…

O Concerto de Câmara para Piano, Violino e 13 Instrumentos de Sopro é dominado por preocupações lúdico-numerológicas. Confessando a Schoenberg que “tudo o que é bom vem em três”, Berg explicava que a obra toda concretizava esse velho ditado germânico. Assim, são três os temas mostrados de início – anagramas sonoros correspondentes aos nomes dos integrantes da Segunda Escola de Viena (Arnold SCHoenBErg, Anton wEBErn e AlBAn BerG), a partir dos instrumentos pertencentes a três famílias: teclado (piano), cordas (violino) e sopros (diversos). Todo o restante – número de compassos, reunião dos instrumentos em três maneiras distintas, dodecafonia de retrogradação, inversão e inversão da retrogradação – segue o número três. Só que… é Berg, o talentoso e humano Berg; então, ele fica distante de Schoenberg e Webern ao aplicar à sua obra um extremado virtuosismo instrumental, de raiz nitidamente romântica.

Stravinski passou sua vida dialogando com a história. Seria insensato referir-se à música do século XX sem evocar seu nome. Sua personalidade controvertida, que parecia ver com certa ironia os valores antigos sendo demolidos à sua volta, suas idéias – nem sempre claras ou lógicas, mas sempre vívidas e bem humoradas -, que provocaram tanta repercussão e, sobretudo, sua vasta notável e heterogênea obra, apontam para uma obviedade: sem Stravinski, a história da arte musical do século XX teria sido definitivamente outra. Ele foi moderno, barroco, clássico, primitivo, neoclássico e até dodecafônico, e sempre relevante.

Stravinski dá a impressão de fazer com que a História se manifeste em suas obras enquanto retórica, por meio de uma escritura baseada fundamentalmente na paródia, pois o que é tradição em Stravinski quase nunca aparece citado ou transformado em pastiche, mas comentado, estranhado, profundamente parodiado… E, enquanto forma de reflexão até certo ponto distanciada, esse procedimento não estaria ligado à metalinguagem, à linguagem crítica?

Dumbarton Oaks e Ebony Concerto são obras muitíssimo ilustradoras da “esponja” (conforme um comentarista deste blog) que o compositor era. O barroco e o jazz aparecem subitamente transformados em outra coisa, muito diferente e brilhante. Neste CD absolutamente obrigatório, são as duas obras citadas as que mais me impressionam. Uma peça é fundamental para o neoclássico; a outra, para nossa diversão.

Chamber Concerto, for piano, violin, and 13 wind instruments

Composé par Alban Berg
avec Pinchas Zukerman, Daniel Barenboim
1. kammerkonzert für klavier und gelge mit 13 bläsern : thema scherzoso con variazioni
2. kammerkonzert für klavier und gelge mit 13 bläsern : adagio
3. kammerkonzert für klavier und gelge mit 13 bläsern : rondo ritmico con introduzione

Concerto for chamber orchestra in E flat major (“Dumbarton Oaks”)

Composé par Igor Stravinsky
Joué par InterContemporain Ensemble
avec Michel Arrignon
Dirigé par Pierre Boulez
4. konzert es-dur für kammer-orchester dumbarton oaks : i. tempo giusto
5. konzert es-dur für kammer-orchester dumbarton oaks : ii. allegretto
6. konzert es-dur für kammer-orchester dumbarton oaks : iii. con moto Instrumental

Miniatures (8), for 15 players

Composé par Igor Stravinsky
Joué par InterContemporain Ensemble
avec Michel Arrignon
Dirigé par Pierre Boulez
7. 8 instrumental-miniaturen für fünfzehn spieler – for fifteen players

Ebony Concerto, for clarinet & jazz band

Composé par Igor Stravinsky
Joué par InterContemporain Ensemble
avec Michel Arrignon
Dirigé par Pierre Boulez
8. ebony concerto : allegro moderato – andante – moderato – com moto – moderato – vivo

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Hector Berlioz (1803-1869) – Symphonie Fantastique, op. 14

Agora, teremos uma outra grande gravação de uma obra única: A Sinfonia Fantástica, de Hector Berlioz. Única por vários motivos, mas destacaria o fato de ser a única sinfonia composta por este francês, única na utilização de recursos orquestrais até então inéditos em uma orquestra, e única no genial arranjo orquestral idealizado por Berlioz. A gravação desta sinfonia realmente fantástica estará a cargo de Igor Markevitch, à frente da Orchestre Lamoureux, Paris.

Hector Berlioz (1803-1869) – Symphonie Fantastique, op. 14 ´Episode de la vie d´un artist

1 – Rèveries – passions (Träume – leidenschaften – Sogni – Passioni) – Largo, allegro agitato e appassionato assai.

2- Un bal – Valse. Allegro non troppo.

3 – Scéne aux champs – Adagio

4 – Marche au supplice – Allegretto no troppo

5 – Songe d´une nuit du Sabbat – Larghetto – Allegro

Orchestre Lamoureux, Paris

Igor Markevitch – Director

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.: interlúdio :.

Com a escusa de PQP, FDP e Clara, este interlúdio é, também, um quase-interlúdio do jazz; desvio um pouco para a seara dos colegas e trago, também, um pouco de clássico. Bach! Interpretado, ou relido, por respeitáveis jazzmen.

769851
Keith Jarrett, pianista que começou nos Jazz Messengers de Art Blakey e tocou com Miles Davis no início dos anos 70, firmou-se por incorporar o clássico, o gospel e o blues ao seu estilo de jazz. Um músico diferenciado, criou sua carreira não apenas tocando em conjuntos, mas também lançando diversos álbuns-solo de piano. (De um de seus shows, puro improviso ao instrumento, vem um dos discos mais reverenciados do jazz, The Köln Concert, que certamente figurará neste blog em algum momento.)

Sua relação com a música clássica sempre acompanhou a trajetória jazzística. Desde 1973, compõe e executa para o estilo. Neste disco de 1992, convidou a virtuose dinamarquesa Michala Petri para interpretar sonatas de Bach. Não se trata de um disco de jazz; aqui ele é, antes, uma inspiração para as execuções.

Michala Petri & Keith Jarrett – Bach: Sonatas (192)

Keith Jarrett: cravo
Michala Petri: flauta doceProduzido para Keith Jarrett e Peter Laenger para a BMG/RCA.

download AQUI – 96,2mB
Sonata for Flute and Harpsichord in B minor, BWV 1030
01 I Andante – 08’18
02 II Largo e dolce – 03’28
03 III Presto – 01’25
04 IV Allegro – 04’14
Sonata for Flute and Harpsichord in E flat major, BWV 1031
05 I Allegro moderato – 03’07
06 II Siciliano – 02’02
07 III Allegro – 04’10
Sonata for Flute and Harpsichord in A major, BWV 1032
08 I Vivace – 04’31
09 II Largo e dolce – 02’50
10 III Allegro – 04’13
Sonata for Flute and Harpsichord in C major, BWV 1033
11 I Andante – Presto – 01’35
12 II Allegro – 02’11
13 III Adagio – 01’40
14 IV Menuetto I & II – 02’49
Sonata for Flute and Basso Continuo in E minor, BWV 1034
15 I Adagio ma non tanto – 02’57
16 II Allegro – 02’22
17 III Andante – 03’08
18 IV Allegro – 04’26
Sonata for Flute and Basso Continuo in E major, BWV 1035
19 I Allegro ma non tanto – 02’19
20 II Allegro – 02’52
21 III Sicilano – 03’32
22 IV Allegro assai – 02’57

1172182694 Blues On Bach
O Modern Jazz Quartet foi um dos grupos mais duradouros e originais do jazz; começaram em 1952, tocando bop, e encerraram as atividades no final dos ’70 como expoentes do third stream – estilo que se pretende um ponto de encontro entre jazz e música clássica. Evidentemente, o rótulo (cunhado por Gunther Schuller) é polêmico; já a música do MJQ, não. Sempre vistos como precursores, usaram o barroco e o blues de combustíveis para firmarem-se como visionários. Neste Blues on Bach, de 1973, o grupo intercala quatro composições originais, inspiradas em Bach, à cinco adaptações de trabalhos clássicos do compositor. Respeitosamente: sem improvisos, e usando o cravo ao invés do piano. Milt Jackson, um dos maiores vibrafonistas da música, destaca-se em passagens brilhantes.

Modern Jazz Quartet – Blues on Bach (320)

Milt Jackson: vibrafone
John Lewis: piano, cravo
Percy Heath: baixo
Connie Kay: bateriaProduzido por Nesuhi Ertegun para a Atlantic

download AQUI – 94,7mB
01 Regret? – 2’04
02 Blues in B Flat – 4’56
03 Rise up in the Morning – 3’28
04 Blues in A Minor – 7’53
05 Precious Joy – 3’12
06 Blues in C Minor – 7’58
07 Don’t Stop This Train – 1’45
08 Blues in H (B) – 5’46
09 Tears from the Children – 4’25

Boa audição!

Blue Dog

Antonio Vivaldi (1678-1741) – “La Stravaganza” op. 4

O conjunto de câmara italiano “I Musici” tornou-se mundialmente famoso por suas interpretações do repertório barroco italiano. Suas versões de “As Quatro Estações” de Vivaldi são famosíssimas e muito vendidas. Um de seus principais solistas é Felix Ayo, mas diversos outros já passaram por lá. Não os considero tão radicais em suas interpretações, como o maravilhoso “Il Giardino Armonico”, que pretende seguir á risca o modo de interpretação utilizado à época de Vivaldi, se utilizando de instrumentos de época.

Independente disso, as interpretações deste renomado grupo são referência, com certeza.

FDP Bach estará postando algumas gravações deles da obra de Vivaldi. Começamos por “La Stravaganza”, Trata-se de uma série de 12 concertos para violino e cordas, e catalogados sob o op. 4. Belíssima música, de fácil assimilação, que com certeza encantará a todos àqueles que ainda não a conhecem.. O solista, claro, é Felix Ayo.

Uma pequena observação: quando baixei esta coleção estranhei a forma em que foi “empacotada”: cada concerto é um arquivo. Mas isso não atrapalha em nada a beleza da música e a clareza da interpretação. Além disso, quem fez a conversão optou por seguir outra catalogação das obras de Vivaldi. Para quem se interessar, posso passar um site canadense que relaciona as devidas obras com as respectivas catalogações existentes. São 5 ou 6, não estou bem certo.

Mas vamos ao que interessa: música e de qualidade…

Antonio Vivaldi – Concertos “La Stravaganza” op. 4

Cd 1
Concerto in B Flat, op. 4 nº1
1 – Allegro
2 – Largo e cantibile
3 – Allegro

Concerto in E minor, op. 4 nº2
1 – Allegro
2 – Largo
3 – Allegro

Concerto in G Major, op. 4 nº 3
1 – Allegro
2 – Largo
3 – Allegro assai

Concerto in A minor, op. 4 nº 4
1 – Allegro
2 – Grave e sempre piano
3 – Allegro

Concerto in A major, op. 4 nº 5
1- Alegro
2 -Largo
3 -Alegro

Concerto in G minor, op. 4 nº 6
1 – Alegro
2 – Largo
3 – Allegro

Cd 2

Concerto in C Major, op. 4 nº 7
1 – Largo
2 – Allegro
3 – Largo
4 – Allegro

Concerto in D Minor, op. 4 nº 8
1 – Allegro
2 – Adagio-Presto-Adagio
3 – Allegro

Concerto in F Major, op. 4 nº 9
1 – Allegro
2 – Adagio
3 – Allegro

Concerto in F Major, op. 4 nº 10
1 – Spirituoso
2 – Adagio
3 – Allegro

Concerto in D Major, op. 4 nº 11
1 – Allegro
2 – largo
3 – Allegro assai

Concerto in G Major, op. 4 nº 12
1 – Spirituoso e non Presto
2 – Largo
3 – Allegro

I Musici
Felix Ayo – violino

CD 1 – BAIXE AQUI
CD 2 – BAIXE AQUI

Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music (CD 4 de 11) Piano Quintet in F minor, Op. 34, String Quintet No. 1 in F major, Op. 88

Finalmente, mais um cd da integral da obra de câmera de Brahms. Aqui se destacam os quintetos para piano op. 34 e o op. 88 para cordas. Logo mais postarei o cd 5.
A interpretação está a cargo dos membros do Berlin Philarmonic Octet.

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Quintet in F minor, Op. 34, String Quintet No. 1 in F major, Op. 88

Piano Quintet in F minor, Op. 34 – I. Allegro non troppo
Piano Quintet in F minor, Op. 34 – II. Andante, un poco adagio
Piano Quintet in F minor, Op. 34 – III. Scherzo, Allegro
Piano Quintet in F minor, Op. 34 – IV. Finale.Poco sostenuto-Allegro non troppo
String Quintet No. 1 in F major, Op. 88 – I. Allegro non troppo, ma con brio
String Quintet No. 1 in F major, Op. 88 – II. Grave ed appassionato – Allegretto vivace
String Quintet No. 1 in F major, Op. 88 – III. Allegro energico

Berlin Philarmonic Octet

BAIXE AQUI

Anton Bruckner (1824-1896) – Integral das Sinfonias – Sinfonia Nro. 0 – “Nullte”

Um grande professor que eu tive sempre repetia que a ignorância não gerava dúvidas. Tinha razão, mas digo a vocês que pode ser pior: a ignorância pode gerar certezas!

Foi assim que decidi que a Sinfonia Nro. 00, Study Symphony, era a mesma que Nro. 0. O Leonardo, comentarista deste blog, esclareceu-me. OK, sempre vou poder fazer minha defesa dizendo que dois zeros são o mesmo que um, só que a discussão aqui não é matemática, é de notação (bastante burrinha, por sinal).

Então, eu, P.Q.P. Bach, o aficionado de Bruckner, acabo descobrindo uma nova obra e provando ser um apedeuta. Não que eu tenha pudor ou estaja vexado ao expôr minha ignorância; pelo contrário, fico feliz para ter mais material dos anos de formação do complexo e divertido Anton.

Não escolhi esta gravação dentre outras. Fui visitar a Margarida na Sala dos Clássicos e ela tinha um exemplar Mid Price da Zero com o Daniel Barenboim e a orquestra de Chicago, com seu sempre extraordinário naipe de metais. Ouvi-a várias vezes nos últimos dias e já declaro-me apaixonado.

Pessoal, não há nada que seja menos que o máximo nesta sinfonia, desde sua extraordinária abertura, o belo, tranqüilo e melodioso Andante, um Scherzo que só ouvindo e um Finale para se ouvir a todo volume. Eu disse A TODO VOLUME!!!!

As outras peças são inferiores.

Enjoy Anton!

P.Q.P. Bach

Sinfonia Nro. 0 – “Nullte”
1.: Sinfonie Nr. 0 D – Moll: Allegro
2.: Sinfonie Nr. 0 D – Moll: Andante
3.: Sinfonie Nr. 0 D – Moll: Scherzo. Presto – Trio. Langsamer und Ruhiger
4.: Sinfonie Nr. 0 D – Moll: Finale. Moderato – Allegro Vivace

5.: Helgoland (para coro masculino e orquestra)

6.: Psalm 150 C – Dur (para soprano, coro e orquestra)

Chicago Symphony Orchestra
Daniel Barenboim

Ruth Welting, soprano
Chicago Symphony Chorus

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Fryderyk Chopin (1810 – 1849) – The Waltzes

FDP Bach traz para seus ouvintes/leitores uma grande versão das Valsas de Chopin, nas mãos de seu maior intérprete, Artur Rubinstein. Gravação fundamental em qualquer cdteca. Espero que a apreciem.

Frederick Chopin – The Waltzes

1 – Op. 18 in E-Flat (“Grande valse brillante”)
2 – Op. 34 nº1 in A Flat (“Valse brillante”)
3 – Op. 34 nº 2 in A minor (“Valse brillante”)
4 – Op. 34 nº3 in F (“Valse brillante”)
5 – Op. 42 in A Flat (“The “Two-Four” Waltz”)
6 – Op 64 nº1 in D Flat (“Minute” Waltz”)
7 – Op 64 nº 2 in C-Sharp Minor
8 – Op. 64 nº3 in A Flat
9 – Op. 69 nº1 in A-Flat (“L´Adieu”) (posth.)
10 – Op. 69 nº 2 in B Minor (posth.)
11 – Op. 70 nº 1 in G Flat (posth.)
12 – Op. 70 nº 2 in F minor (posth. )
13 – Op. 70 nº 3 in D Flat (posth.)
14 – In E Minor (posth.)

Artur Rubinstein – Piano

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.: interlúdio :.

Falar de Miles Davis é coisa pra vida toda. Então eu saio de fininho e deixo vocês com a certidão de nascimento de um gênero – o cool jazz, um jeito menos apressado, mais suave de fazer o virtuoso bop/hard bop. Três sessões de estúdio (com Gil Evans como arranjador, o que mostrava o caminho escolhido por Davis) nos inícios de 1949 e 1950; de brinde, apresentações ao vivo, radiofonadas – mostrando as músicas em seu pleno desenvolvimento, como uma peça histórica. (“Ladies and gentlemen, let’s give them a big hand for something new in modern jazz”, diz o apresentador.) O som do noneto – com tuba e french horns! – é macio e empolgante, inclusive por contar com composições do inspirado Gerry Mulligan, outra frente do cool jazz. Grupo de vida curta: a novidade, na contramão do mercado e do público (se ouvia bop, com o Charlie Parker de onde vinha Davis), não duraria muito. Mas as gravações – na verdade, uma coleção de 12 lados de 78rpm, só compilados pela primeira vez em 1957 – firmaram a posição de Miles como músico e de primeira linha.

11450528Miles Davis – The Complete Birth of the Cool (128)

Em estúdio:
Miles Davis (trumpet)
Kenny Hagood (vocals)
Lee Konitz (alto saxophone)
Gerry Mulligan (baritone saxophone)
J.J. Johnson, Kai Winding (trombone)
Junior Collins/Sandy Siegelstein/Gunther Schuller (French horn)
Bill Barber (tuba)
John Lewis/Al Haig (piano)
Al McKibbon/Joe Shulman/Nelson Boyd (acoustic bass)
Kenny Clarke/Max Roach (drums)

Ao vivo:
Miles Davis (trumpet)
Kenny Hagood (vocals)
Lee Konitz (alto saxophone)
Gerry Mulligan (baritone saxophone)
Mike Zwerin (trombone)
Junior Collins (French horn)
Bill Barber (tuba)
John Lewis (piano)
Al McKibbon (bass)
Max Roach (drums)

Produzido por Walter Rivers e Pete Rugolo para a Capitol


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– 63mb
01 Move (Best) – 2’32
02 Jeru (Mulligan) – 3’11
03 Moon Dreams (MacGregor, Mercer) – 3’18
04 Venus De Milo (Mulligan) – 3’10
05 Budo (Davis, Powell) – 2’33
06 Deception (Davis) – 2’47
07 Godchild (Wallington) – 3’08
08 Boplicity (Henry) – 2’59
09 Rocker (Mulligan) – 3’04
10 Israel (Carisi) – 2’16
11 Rouge (Lewis) – 3’13
12 Darn That Dream (DeLange, Van Heusen) – 3’22
• 04/09/1948 – Royal Roost, NY
13 Birth Of The Cool Theme (live) – 0’17
14 Symphony Sid Announces The Band (live) – 1’02
15 Move (live) – 3’40
16 Why Do I Love You (live) – 3’39
17 Godchild (live) – 5’49
• 18/09/1948 – Royal Roost, NY
18 Symphony Sid Introduction (live) – 0’25
19 S’il Vous Plait (live) – 4’23
20 Moon Dreams (live) – 3’05
21 Budo (live) – 3’24
22 Darn That Dream (live) – 4’23
23 Move (live) – 4’47

Boa audição!

Blue Dog

George Gershwin (1898-1937) – An American in Paris, Rapshody in Blue, Concerto in F

Esta postagem é uma perfeita prova de como o jazz se associa ao que convencionamos chamar de música clássica. E ninguém melhor que George Gershwin para ilustrar esta questão. Exímio compositor de standards da música americana, assim como de obras imprescindíveis no repertório de qualquer músico dos últimos 60 anos, Gershwin se coloca como um catalizador de estilos. Inseriu elementos da música negra norte-americana em suas obras consideradas “clássicas”, como o concerto para piano, em “Rapshody um Blue”, “An American in Paris”, entre diversas outras canções, e em sua ópera “Porgy and Bess”, e as tornou imortais e fundamentais no repertório de diversos instrumentistas, sejam músicos de jazz, como Miles Davis, Louis Armstrong, Duke Ellington, e vou parar por aqui porque esta lista vai longe, além de pianistas, regentes e cantores líricos, como Bernstein, Previn, Ozawa, as irmãs Kátia e Marielle Labeque… enfim, a lista é imensa.

Esta gravação que estou postando foi ripada de um dvd. Trata-se de uma apresentação ao vivo da Filarmônica de Berlim, regida pelo Seiji Ozawa, acompanhada por um trio de jazz. Sim, é isso mesmo. O trio é formado pelo pianista Marcus Roberts, cego de nascença, acompanhado por Jason Marsalis na bateria e Roland Guerin no contrabaixo acústico. O repertório é unicamente dedicado a Gershwin. O improviso é regra de ouro aqui. O trio está perfeitamente sincronizado, e Ozawa se delicia com a performance do trio. Não esqueçamos que o mesmo Ozawa há alguns anos atrás participou de um projeto promovido pelo trompetista Wynton Marsalis, irmão do baterista Jason Marsalis, aliás, esta é uma tradicional família de músicos de jazz, originária da cidade que é considerada o berço deste estilo musical, New Orleans. e que também já gravou diversos cds dedicados a compositores eruditos.

Prestem atenção na versatilidade dos músicos, principalmente do trio de jazz, e como a poderosa Filarmônica de Berlim se rende ao ritmo… claro que não podemos esperar deles a ginga e swing americano dos músicos do trio, mas pode-se ver que antes de tudo, eles se divertem. Sugiro aos que puderem comprar que comprem este dvd. Não irão se arrepender.

CD 1

1 – An American in Paris
2 – Rhapsody in Blue

Marcus Roberts Trio
Marcus Roberts – Piano
Jason Marsalis – Bateria
Roland Guerin – Baixo
Orquestra Filarmônica de Berlim
Seiji Ozawa – Regente

CD 2
Concerto in F
1 – Allegro
2 – Andante con Moto
3 – Allegro agitato

4 – Cole after Midnight
5 – Strike up the Band
6 – I got Rhythm
7 – Berliner Luft

Marcus Roberts Trio
Marcus Roberts – Piano
Jason Marsalis – Bateria
Roland Guerin – Baixo
Orquestra Filarmônica de Berlim
Seiji Ozawa – Regente

CD 1 – BAIXE AQUI

CD 2 – BAIXE AQUI

Sergey Prokofiev – Piano Concertos

FDP Bach confessa: relutou muito em postar esta integral de seu compositor favorito do séc. XX, Prokofiev. Sua relutância se deve ao fato de não ser muito fâ de Vladimir Ashkenazy, mas esta incomodação nem diz respeito a esta gravação específica de Prokofiev, mas sim devido à uma Sonata ao Luar abaixo da crítica, que ouviu certa vez.
Mas este Prokofiev tem seus méritos, entre eles uma bela versão do concerto nº 2, isso FDP tem de reconhecer… mas deixemos de lado essa questão e vamos ao que interessa.

Sergey Prokofiev – Piano Concertos

Disc: 1

1. Piano Concerto No. 1 In D Flat Major, Op. 10: 1. Allegro brioso
2. Piano Concerto No. 1 In D Flat Major, Op. 10: 2. Andante assai-
3. Piano Concerto No. 1 In D Flat Major, Op. 10: 3. Allegro scherzando
4. Piano Concerto No. 4 In B Flat Major, Op. 53: 1. Vivace
5. Piano Concerto No. 4 In B Flat Major, Op. 53: 2. Andante
6. Piano Concerto No. 4 In B Flat Major, Op. 53: 3. Moderato
7. Piano Concerto No. 4 In B Flat Major, Op. 53: 4. Vivace
8. Piaon Concerto No. 5 In G Major, Op. 55: 1. Allegro con brio
9. Piaon Concerto No. 5 In G Major, Op. 55: 2. Moderato ben accentuato
10. Piano Concerto No. 5 In G Major, Op. 55: 3. Toccata: Allegro con fuoco
11. Piano Concerto No. 5 In G Major, Op. 55: 4. Larghetto
12. Piano Concerto No. 5 In G Major, Op. 55: 5. Vivo

Disc: 2
1. Piano Concerto No. 2 In G Minor, Op. 16: 1. Andantino
2. Piano Concerto No. 2 In G Minor, Op. 16: 2. Scherzo: Vivace
3. Piano Concerto No. 2 In G Minor, Op. 16: 3. Intermezzo: Allegro moderato
4. Piano Concerto No. 2 In G Minor, Op. 16: 4. Allegro tempestoso
5. Piano Concerto No. 3 In C Major, Op. 26: 1. Andante — Allegro
6. Piano Concerto No. 3 In C Major, Op. 26: 2. Terna con variazioni
7. Piano Concerto No. 3 In C Major, Op. 26: 3. Allegro, ma non troppo

Vladimir Ashkenazy – piano
Andre Previn – Regente
London Symphony Orchestra

CD 1 – BAIXE AQUI
CD 2 – BAIXE AQUI

Franz Schubert (1797-1828) e Dmitri Shostakovich (1906-1975) – A Morte e a Donzela e Chamber Symphony, Op. 110a (Quarteto Nº 8)

A Salzburg Chamber Soloists é a responsável pelo segundo ou terceiro CD mais baixado deste blog: este aqui. Não chega a surpreender. O programa de Vivaldi e Piazzolla é interessante, combina, e a interpretação da orquestra é cheia de intenções…

O segundo CD que possuo deles também é muito original. O regente Lavard Skou-Larsen, numa gravação ao vivo, faz algo estranho, unindo duas obras aparentemente inconciliáveis. Mas só aparentemente.

O que é estranho? Ele escreve um arranjo para orquestra a partir do quarteto de cordas “A Morte e a Donzela”. Pensando bem, não é tão estranho, pois Mahler, Schoenberg, Berg e outros já fizeram o mesmo. Para completar, usa o arranjo de Rudolf Barschai para o quarteto de Shosta e estamos prontos para o velório.

Schubert escreveu dramaticamente numa carta a um amigo, comentando sobre o quarteto: “Pense numa mulher cuja saúde nega-se a melhorar”. Shostakovich escreveu seu quarteto em três dias (!!!!) de 1960, em Dresden, após ver alguns filmes sobre a destruição na ex-Alemanha Oriental e dedicou-o às vítimas.

São duas obras que levam experiências pessoais com a morte e com grandes aflições a uma perspectiva mais ampla. Em sua paixão e revolta, tratam de situações brutais e inexoráveis e, como se fossem Réquiems, possuem o efeito de uma catarse. (Trad. por mim com muuuita liberdade a partir do encarte do CD.)

Curiosamente, Lavard Skou-Larsen é um portoalegrense. Seu pai tocava na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e ele nasceu em solo brasileiro. Skou-Larsen gravou para a Naxos as Sonatas para Violino e Piano de Camargo Guarnieri.

P.Q.P. Bach.

Franz Schubert
Dmitri Shostakovich
Salzburg Chamber Soloists
Lavard Skou-Larsen

Franz Schubert: String Quartet in d Minor D810 „Death and the Maiden“ (arr. for String Orchestra by Lavard Skou-Larsen) Premiere Recording
1. Allegro
2. Andante con moto
3. Scherzo. Allegro molto – Trio
4. Presto

Dmitry Shostakovich: Chamber Symphony Op. 110a (arr. for String Orchestra by Rudolf Barshai)

5. Largo
6. Allegro molto
7. Allegretto
8. Largo
9. Largo

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Atendendo aos pedidos de nosso clientes

Após longa reunião de 3 minutos no MSN, nosso SAC e a diretoria que ora manda e desmanda neste blog decidiu que os autores do mesmo devem seguir postando apenas o que estão ouvindo no momento, acrescido daquilo que lhes der na telha. Isto não significa que ignoraremos os pedidos, significa que os atenderemos em nosso prazo boêmio, sem maiores responsabilidades. Sim, pode acontecer e é até provável de que nunca os atendamos…

Por exemplo, eu, P.Q.P. Bach, juro que cumprirei minha promessa de publicar todos os quartetos de Beethoven e o Réquiem de Mozart assim que tiver vontade.

Juntos, chegamos à conclusão de que o P.Q.P. Bach não pode tornar-se motivo de preocupação e que será menos ansiogênico na medida em que formos mais esquizofrênicos. Isto aqui é puro fun.

Sendo o que tínhamos a proclamar no momento, despedimo-nos atenciosamente,

A Diretoria.

Uma coisinha bem simples

Na Bravo! deste mês, o polêmico maestro John Neschling é entrevistado:

Bravo!: Você escuta muita música?

John Neschling: Muita, constantemente.

B: Clássico?

JN: Clássico e jazz o tempo todo. Primeiro para ouvir coisas novas, para estar sempre atualizado sobre o que está se fazendo tanto no jazz como na música clássica, e para ouvir interpretações…

Neschling está longe de ser meu oráculo, mas também está distante de ser uma besta.

P.Q.P. Bach

.: interlúdio :.

Se muitas vezes se diz, ao ver um músico de jazz tocando com descontração, que “fulano toca como se estivesse brincando” – é preciso afirmar que ninguém se divertiu mais com sua própria música do que Thelonious Monk. Diz-se dele que tinha predileção em fazer as notas erradas soarem corretas. Monk, o compositor, era uma criança irriquieta: alterações de tempo/ritmo e predileções por harmonias dissonantes fizeram-no fundar e, depois, redescobrir o bebop em uma década.

Monk, o pianista, foi dono de um estilo percussivo e de improvisações surpreendentes e irreverentes. Além disso, não raro em uma jam session Monk terminava seu solo e levantava do piano, dançando em círculos. Embriagado da música. Levando pânico a um trompetista que estivesse desconcentrado.

Monk Corners SeloRejeitado em seus primeiros trabalhos por executar um jazz muito difícil, Monk reconciliou-se com público e crítica no seminal “Brilliant Corners”, gravado entre 17 e 23 de dezembro de 1956. Ao lado de ninguém menos do que Sonny Rollins e cercado pela solidez da cozinha de Max Roach e Oscar Pettiford, Monk registrou não apenas composições geniais – deixou um disco de rara variedade em sons, ritmos e texturas, de onde sairiam 4 standards do jazz. (Sendo que a faixa restante já era um deles.)

Brilliant Corners, faixa de abertura homônima ao disco, é considerada uma das mais difíceis composições do jazz de todos os tempos; levou mais de uma dúzia de takes para ser gravada, e a versão do disco foi editada com três deles. É um bebop swingado, cheio de clareiras melódicas para solos em tempos mutantes; um jazz ousado e que parece uma conversa entre bop e blue. E onde mais do que nunca aparecem os talentos do baixista Pettiford e, principalmente, do baterista Roach, cujo timing impecável permite que Monk angule as notas e o ritmo o quanto quiser sem que haja perda da coesão sonora.

Depois do desafio da primeira música, Monk solta o grupo numa jam longa, relaxada e cheia de groove, com tema blues: Moz Screenshot 4Moz Screenshot 5Ba-lue Bolivar Ba-lues-are. O lado B abre com a balada Pannonica, dedicada à “Baronesa do Bebop”, Nica (Rotschild) de Koenigswarter, amiga de Monk, Charlie Parker e diversos músicos do jazz à época. Nesta faixa Monk toca também celesta – em algumas passagens, junto com o piano.

I Surrender, Dear é o standard reinterpretado pelo grupo. Canção mais convencional do disco, onde Monk explora (à sua forma) camadas harmônicas, sincopando e interferindo no andamento normal. E para o final, outra versão para uma música sua já gravada, Bemsha Swing, que cheira a Gillespie e revisita as big bands – muito em parte pelo uso dos tímpanos na percussão.

Monk CornersThelonious Monk – Brilliant Corners (VBR)

Thelonious Monk: piano; celesta
Sonny Rollins: tenor saxophone
Ernie Henry: alto saxophone (faixas 1-4)
Oscar Pettiford: double bass (faixas 1-4)
Max Roach: drums; timpani
Clark Terry: trumpet (faixa 5)
Paul Chambers: double bass (faixa 5)

Produzido por Orrin Keepnews para a Riverside

download AQUI – 67mB
01 Brilliant Corners (Monk) – 7:42
02 Ba-lue Bolivar Ba-lues-are (Monk) – 13:24
03 Pannonica” (Monk) – 8:50
04 I Surrender, Dear (Barris-Clifford) – 5:25
05 Bemsha Swing (Monk-Best) – 7:42

Boa audição!

Blue Dog

Gustav Mahler (1860-1911) – A Sinfonia Nº 10 Reconstruída

Mahler morreu durante a décima, Beethoven fez nove, Bruckner também, Dvorak idem, Schubert escreveu nove e pimba!, bateu as botas, deixando curiosamente a oitava inacabada… Ou seja, há a maldição do número 10, quem quer chegar lá, morre antes!

Claro que sei que Haydn fez 104; Mozart, 40; Shostakovich, 15, etc. Mas deixemos a maldição como algo real, apenas para efeito dramático. Ah, antes que algum ignaro tente me fazer de vítima, digo que Mozart tem mesmo 40, porque a 37 não existe. Sabiam? Pois é. Ela tinha sido atribuída a Mozart, mas hoje sabe-se que é de autoria de Michael Haydn.

Uma das músicas mais belas que conheço é o Adagio desta Sinfonia. Apenas este movimento da décima foi finalizado por Mahler e ele está aqui em toda sua perfeição, o restante ficou inacabado em manuscritos, mas o inglês Joe Wheeler mergulhou nas 171 páginas da sinfonia e remontou-a… Há outras tentativas, como a do alemão Wollschläger, a do americano Carpenter, a do inglês Cooke e a do italiano Mazzetti. Todas elas são raríssimas de se ouvir em CDs, ficando mais na área acadêmica da musicologia. Wheeler fez seu trabalho entre 1952 e 1966. É a sua quarta e última versão que ouvimos aqui.

A gravação da orquestra polonesa é excelente. Coisa rara, portanto. Enjoy!

P.Q.P. Bach

Sinfonia Nº 10 (Versão de Joe Wheeler, de 1966, editada por Robert Olson)

1. Adagio (26min15)
2. Primeiro Scherzo (12min03)
3. Purgatorio ou Inferno (4min30)
4. Segundo Scherzo (12min15)
5. Finale (23min53)

Orquestra Sinfônica da Rádio Nacional da Polônia
Robert Olson

Tempo Total: 78min59

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Sonata para Piano Nº 2 e outras peças para piano solo

Lauro Machado Coelho escreveu 500 páginas sobre Shostakovich – em Shostakóvitch – Vida, Música, Tempo (Ed. Perspectiva, 2006) – e conseguiu não escrever uma linha a respeito desta sonata. Terá sido falha minha? Será que dormi naquela parte? Sei não. É um bom livro para quem quiser uma introdução à música de nosso amigo Shosta.

Otto Maria Carpeaux escreveu Uma Nova História da Música e ignorou um monte de compositores, mas Carpeaux era um diletante em música; na sua História da Literatura Ocidental foi mais memorioso. Acho que Lauro nunca ouviu esta sonata de espetacular terceiro movimento. Talvez o comentarista do encarte do CD tenha razão ao dizer que a culpa é da própria sonata: ela teria saído do repertório por ter sido escrita em 1943 e ser introspectiva, NÃO refletindo a atmosfera da guerra, porém, apesar de admirar o fato de possuirmos uma obra deste porte sobre alguém tão obscuro em nosso país quanto Shosta, acho inadmissível o cara deixar passar uma obra dessas.

O restante do CD é formado por obras menores. Sabidamente, Shosta era um pianista que compôs pouca coisa para quaisquer instrumentos solo, mesmo para o piano; então não há muito mais do que os monumentais 24 Prelúdios e Fugas (já divulgado por este prestigioso blog onde você se encontra) e esta sonata. Mas o restante é divertido. E Konstantin Scherbakov é excelente pianista. É um prazer ouvi-lo.

Ah, os Cinco Prelúdios (excertos) são excelentes. O de nro. 3 é uma linda modernagem.

PQP Bach.

Dmitri Shostakovich

Piano Sonata No. 2 in B minor, Op. 61
1. I. Allegretto 06:54
2. II. Largo 06:01
3. III. Moderato (con moto) – Allegretto con moto – Adagio – Moderato 11:12

Three Pieces (1919-20)
4. No. 1. Minuet 00:50
5. No. 2. Prelude 00:55
6. No. 3. Intermezzo 01:07

A Child’s Exercise Book, Op. 69
7. I. March: in the tempo of a March 00:41
8. II. Valse: in the tempo of a Waltz 00:33
9. III. Sad Tale: Adagio 02:07
10. VI. Merry Tale: Allegro 00:34
11. V. The Bear: Allegretto 00:48
12. VI. Clockwork Doll: Allegretto 00:45
13. VII. Birthday [no tempo indication] 01:12

14. Murzilka 00:49

Five Preludes, Op. 2 (excerpts) (1919-1921)
15. No. 2 in A minor: Allegro moderato e scherzando (Op. 2, No. 5) 02:17
16. No. 3 in G major: Andante (Op. 2, No. 2) 02:17
17. No. 4 in E minor: Allegro moderato 00:55
18. No. 15 in D flat major: Moderato (Op. 2, No. 7 or 8) 01:30
19. No. 18 in F minor: Andantino (Op. 2, No. 6) 01:08

The Limpid Stream, Op. 39 (excerpts) (piano trans. D. Shostakovich)
20. Act I Scene 1: No. 7. Scene and Waltz – Entr’acte: Allegretto 05:56
21. Act I Scene 2: No. 12. Dance of the Milkmaid and the Tractor Driver: Moderato con moto 02:20
22. Act I Scene 2: No. 13. Ballerina’s Waltz: Tempo di valse 02:56
23. Act II Scene 3: No. 23. Tango: Allegro – Andante – Allegro 04:39

Konstantin Scherbakov, piano

Total Playing Time: 46:26

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