Mussorgsky (1839 – 1881) – Rimsky-Korsakov (1844 – 1908) – Borodin (1833 – 1887): Peças Orquestrais Russas Favoritas – Orchestre de Paris & Gennady Rozhdestvensky ֍

Mussorgsky (1839 – 1881) – Rimsky-Korsakov (1844 – 1908) – Borodin (1833 – 1887): Peças Orquestrais Russas Favoritas – Orchestre de Paris & Gennady Rozhdestvensky ֍

Umas das características da música russa é um certo elemento fantástico, de mitos e seres lendários, folclóricos. Isso está presente na primeira peça do disco, também pioneira nesse gênero por lá – Uma Noite no Monte Calvo – que saiu da mente imaginosa de Mussorgsky. Mas, teve que esperar a intervenção (e orquestração) de Rimsky-Korsakov para se firmar no repertório. Tornou-se tão popular que fez parte, em 1940, do filme Fantasia, de Walt Disney.

Outra característica da música russa é a orquestração requintada, um pouco exótica, arte que certamente deve bastante ao já mencionado Rimsky-Korsakov, compositor de duas outras peças do disco, justamente famosas – favoritas do público. A Abertura da Páscoa Russa e o Capricho Espanhol são figurinhas carimbadas em concertos de viés mais popular e justamente, pois encantam pela riqueza das melodias e dos timbres orquestrais.

A quarta faixa do disco, assim como a faixa bônus, as Danças Polovitsianas e Nas Estepes da Ásia Central, são composições de Borodin, outra figura importante da música russa. Eu incluí essa última composição por ser uma das minhas preferidas, desde sempre.

É interessante como esses dois compositores que tanto contribuíram para a música russa tiveram vida profissional dupla. Rimsky-Korsakov foi membro da Marinha Imperial Russa, seguindo a tradição familiar, e Borodin, além de músico, foi médico e químico atuante.

Gennady deu uma passadinha na redação do PQP Bach Press para um chá e um papinho…

Quanto aos intérpretes, o dito nas entrelinhas dos memorandos aqui na repartição é que, para música russa, o melhor é intérprete russo! Assim, para a postagem escolhi um disco que cumprisse, pelo menos em parte, o adágio local. Gennady Rozhdestvensky rege uma orquestra que não é russa, mas é espetacular e conhece o repertório como poucas, dada sua relação com músicos e compositores russos. O disco foi gravado no início da década de 1970, mas tem um produção excelente e é espetacular, a começar pela capa…

Veja a descrição do estilo do maestro: Rozhdestvensky foi considerado um maestro versátil e um músico altamente culto com uma técnica flexível. Ao moldar as suas interpretações, dava uma ideia clara dos contornos estruturais e do conteúdo emocional da peça, combinados com um estilo performático que fundiu lógica, intuição e espontaneidade.

A faixa extra é uma gravação de outra estirpe, Leonard Slatkin regendo a Orquestra de Saint Louis, conjunto e maestro que se conhecem como ninguém.

Eu adoro essa peça, a caravana surgindo no horizonte e passando até se perder de vista novamente. Veja a descrição deixada pelo próprio compositor: No silêncio das monótonas estepes da Ásia Central ouve-se o som desconhecido de uma pacífica canção russa. Ao longe ouvimos a aproximação de cavalos e camelos e as notas bizarras e melancólicas de uma melodia oriental. Uma caravana se aproxima, escoltada por soldados russos, e segue em segurança seu caminho pelo imenso deserto. Ele desaparece lentamente. As notas das melodias russas e asiáticas unem-se numa harmonia comum, que se extingue à medida que a caravana desaparece ao longe.

Modest Mussorgsky (1839 – 1881)

  1. A Night On Bare Mountain (orquestração de Rimsky-Korsakov)

Alexander Borordin (1833 – 1887)

  1. Polovtsian Dances From “Prince Igor”, Act 2 (Orquestração de Rimsky-Korsakov & Glazunov)

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844 – 1908)

  1. Capriccio Espagnol, Op. 34
  2. Russian Easter Festival Overture, Op. 36

Orchestre de Paris

Gennady Rozhdestvensky

Faixa Bônus

Alexander Borordin (1833 – 1887)

  1. In the Steppes of Central Asia

Saint Louis Symphony Orchestra

Leonard Slatkin

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MP3 | 320 KBPS | 154 MB

Seção ‘The Book is on the Table’: Gennadi Rozhdestvensky is the son of two famous musicians. He received his musical education at the Moscow Conservatoire, studying conducting with his father and piano with Lev Oborin. While still a student there, he made his debut at the age of twenty in Tchaikovsky’s Sleeping Beauty at the Bolshoi Theatre. By the time he graduated he was already well known as a conductor both in the USSR and abroad.

Aproveite!

René Denon

Galina Vishnevskaya & Mstislav Rostropovich – Mussorgsky, Shostakovich, Prokofiev

Galina Vishnevskaya & Mstislav Rostropovich – Mussorgsky, Shostakovich, Prokofiev

Andei relapso com os trabalhos neste blog, e começo este post com um breve pedido de desculpas por isso; a vida andou um tanto cheia de afazeres e o tempo, esse danado, voou. Mas cá estamos, e vamos em frente. Para tentar me redimir por essa ausência, voltei com um discaço que me acompanha há muitos anos. Nada mais nada menos que Galina Vishnevskaya e seu marido Mstislav Rostropovich gravados ao vivo em Moscou nos anos 60. O repertório, creio, não deixa nem um tiquinho de decepção para quem, em plena terceira década do terceiro milênio, viaja no tempo para a capital russa com essas preciosas gravações: Mussorgsky (1839-1881), Shostakovich (1906-1975) e Prokofiev (1891-1953).

Um detalhe charmoso deste álbum é que nele podemos ouvir Rostropovich em sua múltiplas frentes de atuação: como regente (Mussorgsky), como violoncelista (Shostakovich, op. 127) e como pianista (Shostakovich 0p. 109 e Prokofiev). Slava – como Rostropovich era carinhosamente conhecido – respirava música, era todo colcheias e semifusas e sustenidos da cabeça aos pés, e esse disquinho é como um prisma que revela suas diferentes faces conforme a luz vai mudando de direção.

Shosta e Slava: mais que amigos, friends

E tem mais, bem mais. Com a palavra, Sigrid Neef, no encarte do disco, em livre tradução deste blogueiro:

“Diversas gravações documentam a aclamada parceria entre Vishnevskaya e Rostropovich, a prima donna do Teatro Bolshoi em Moscou e o grande violoncelista virtuoso. Ainda assim, este CD é uma pequena sensação e um golpe de sorte. Gravações de dois concertos foram descobertas no arquivo da antiga gravadora estatal soviética Melodiya. Um deles incluía a lendária estreia do ciclo de canções de Dmitri Shostakovich a partir de poemas de Alexander Blok, seu opus 127, com Galina Vishnevskaya, Mstislav Rostropovich, David Oistrakh e Moisei Vainberg. Era um ensamble verdadeiramente fenomenal e autêntico, porque o compositor escreveu o ciclo com eles em mente e dedicou a peça a Vishnevskaya. Apesar de tudo isso, a Melodiya arquivou a fita e lançou posteriormente uma nova gravação da obra com artistas menos proeminentes, em 1976. Vishnevskaya e Rostropovich haviam sido proscritos pela burocracia cultural soviética.

O delito deles foi ter abrigado em sua dacha o dissidente Alexander Solzhenitsyn, autor do histórico e monumental Arquipélago Gulag, que seria expulso da União Soviética no ano seguinte, 1974. Mais tarde, naquele mesmo ano, Vishnevskaya e Rostropovich deixaram a URSS. Eles perderam a cidadania em 1978, e essa só lhes foi restituída em 1990.

A espetacular história dessa performance é ofuscada por uma sensacional serenidade interior. A cantora e o violoncelista mostram simpatia, amor, bondade e verdade em um mundo cheio de agressividade, crueldade e mentiras. Eles sentiram sua responsabilidade para com a música e, mais que isso, a Deus. Essa é a fonte desse seu feito singular. Há também um senso de maré alta. Todas as composições de Shostakovich presentes foram escritas para Galina Vishnevskaya e dedicadas a ela. Já para a adaptação de Sergei Prokofiev para Akhmatova, não existem no mundo artistas mais apropriados que Vishnevskaya e Rostropovich.”

Sem mais delongas, portanto. vamos ao disco!

Modest Mussorgsky (1839-1881)
Songs and Dances of Death
(orquestrado por Dmitri Shostakovich – estreia mundial)

1 – I. Lullaby
2 – II. Serenade
3 – III. Trepak
4 – IV. The Field-Marshall

Galina Vishnevskaya, soprano
Gorki State Philharmonic Orchestra
Mstislav Rostropovich, regência

Dmitri Shostakovich (1906-1975)
Seven Romances to Poems by Alexander Blok, op. 127
(estreia mundial)

5 – I. Ophelia´s song
6 – II. Hamayun, the prophetic bird
7 – III. We were together
8 – IV. The city sleeps
9 – V. Storm
10 – VI. Mysterious sign
11 – VII. Music

Galina Vishnevskaya, soprano
David Oistrakh, violino
Mstislav Rostropovich, violoncelo
Moisei Vainberg, piano

Satires, op. 109
Five romances on lyrics by Sasha Chorny

12 – I. To a critic
13 – II. Spring´s awakening
14 – III. The descendants
15 – IV. Misunderstanding
16 – V. The Kreutzer Sonata

Galina Vishnevskaya, soprano
Mstislav Rostropovich, pino

Sergei Prokofiev (1891-1953)
Five Poems by Anna Akhmatova, op. 27

17 – I. The Sun has filled my room
18 – II. True tenderness
19 – III. Memory of the Sun
20 – IV. Greetings
21 – V. The king with grey eyes

Galina Vishnevskaya, soprano
Mstislav Rostropovich, piano

As faixas 1 a 4 foram gravadas ao vivo no auditório da Gorki State Philharmonic Society, em 9 de fevereiro de 1963. As faixas 5 a 21 foram gravadas ao vivo na Grande Sala do Conservatório de Moscou, em 23 de outubro de 1967.

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Vishnevskaya e Rostropovich com as filhas em casa, 1959

Karlheinz

Modest Mussorgsky (1839-1881): Quadros de uma Exposição (ao piano e em versão orquestral, Ashkenazy em ambas)

Modest Mussorgsky (1839-1881): Quadros de uma Exposição (ao piano e em versão orquestral, Ashkenazy em ambas)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu acho este CD extraordinário. Primeiro, Ashkenazy dá sua interpretação aos Quadros no piano, onde dá um show; depois rege a Philharmonia Orchestra numa versão orquestral que não é a de Ravel, é sua. Não tenho a versão de Ravel em meus ouvidos para poder fazer comparações, porém digo que a versão de Ashkenazy é muito boa. Certamente sua versão fica mais próxima ao estilo de Mussorgsky — vide a ópera Boris Godunov cuja sonoridade voltei a ouvir neste Quadros — do que a orquestração também brilhante, mas muito mais limpa e ocidental, de Ravel.

Quadros de uma Exposição foi moda nos anos 70. Foram feitas dezenas de gravações — na versão original e na de Ravel — a partir de um surpreendente trabalho realizado por Emerson, Lake & Palmer. Voltei ao CD do ELP ontem. Tem momentos bastante divertidos.

Modest Mussorgsky (1839-1881): Quadros de uma Exposição (ao piano e em versão orquestral, Ashkenazy em ambas)

1. Pictures at an Exhibition – for Piano – Promenade – Gnomus 4:06
2. Pictures at an Exhibition – for Piano – Promenade – The Old Castle 5:10
3. Pictures at an Exhibition – for Piano – Promenade – The Tuileries – Bydlo 3:48
4. Pictures at an Exhibition – for Piano – Promenade – Ballet of Unhatched chicks – 2 Polish Jews 4:11
5. Pictures at an Exhibition – for Piano – The Market Place at Limoges – The Catacombs 6:36
6. Pictures at an Exhibition – for Piano – The Hut on Fowls Legs – The Great Gate of Kiev 8:28

Vladimir Ashkenazy, piano

7. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – Gnomus 4:02
8. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – The old castle 5:24
9. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – Tuileries – Bydlo 3:54
10. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – Ballet of the unhatched chicks – 2 Polish Jews 4:33
11. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – The Market Place at Limoges 7:03
12. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – The Hut on Fowls Legs – The Great Gate of Kiev 9:09

Philharmonia Orchestra
Vladimir Ashkenazy, regente

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Vladi no piano e na regência
Vladi no piano, na regência e vestindo Sibelius na camiseta

PQP

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition (Emerson, Lake & Palmer)

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition (Emerson, Lake & Palmer)

Após alguns pedidos insistentes, e também consultar o mano PQP Bach, resolvi trazer a versão da banda de rock progressivo inglesa, Emerson, Lake & Palmer para a “Pictures at an Exhibition”, de Mussorgsky. Trata-se de uma visão muito pessoal da obra, e como aqui no PQP estamos abertos a todas as possibilidades, resolvi sair um pouco do meu repertório básico, a saber, barroco, clássico  romântico.

Como para muitos outros, este foi meu primeiro contato com Mussorgsky. Posteriormente caiu-me em mãos a versão do Alfred Brendel para piano, e então pude entender melhor a estrutura da obra. O outro lado deste mesmo LP trazia a versão orquestral, não me lembro com qual regente, mas mesmo assim me apaixonei pela obra.

Os três músicos dessa banda têm formação musical acadêmica, e todos são virtuoses em seus respectivos instrumentos. O próprio Keith Emerson, tecladista, compôs um concerto para piano muito interessante, claramente inspirado em Prokofiev e Stravinsky.

Os discos da banda sempre trouxeram trechos de obras de diversos compositores do século XX, como os já citados Stravinsky, Prokofiev, além de Bártok, Copland, entre diversos outros.

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition (Emerson, Lake & Palmer)

1. Promenade
2. The Gnome
3. Promenade
4. The Sage
5. The Old Castle
6. Blues Variations
7. Promenade
8. The Hut Of Baba Yaga
9.The Curse of Baba Yaga
10. The Hut Of Baba Yaga
11. The Great Gates Of Kiev
12. Nutrocker

Keith Emerson – Keyboards
Greg Lake – Bass, Guitar & Vocals
Carl Palmer – Drums

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Keith, Greg, Carl

FDP Bach

Mariss Jansons / Concertgebouw Orchestra – The Radio Recordings 1990-2014 – CDs 6-9 de 13

É claro que alguns de vocês vão baixar apenas alguns volumes desta caixa de 13 CDs de Jansons com a Orquestra do Concertgebouw de Amsterdam. Alguns terão vontade de ouvir esse grande conjunto atacando Sibelius e Beethoven mas não terão fôlego para a sétima de Mahler. Outros, mais curiosos quanto à música composta nas últimas décadas, vão querer conhecer um pouco mais sobre Berio, Andriessen e Gubaidulina. Essa caixa cheia de raridades deve agradar, pelo menos um pouquinho, a todos os apreciadores da sonoridade sempre elegante dos músicos do Concertgebouw.

Os CDs que trago hoje se iniciam com uma luxuosa gravação da Sinfonia nº 1 de Schumann (a “sinfonia pastoral” desse compositor). É coisa fina mesmo, muito bem gravada ao vivo em 2008 na famosa sala de concertos de Amsterdam. São gravações ao vivo em um só take, sem colagens de outras datas… E em seguida vêm as obras-primas do século XX, das quais faço questão de comentar três delas.

A Música para cordas percussão e celesta é uma das obras mais influentes de Bartók, composta nos anos 1930, mesma época dos quartetos de cordas 5 e 6. Em sua última fase (anos 1940) ele criaria algumas obras com melodias e harmonias mais tradicionais, como os belíssimos Concertos para Orquestra e para piano nº 3. Mas aqui temos o Bartók mais vanguardista e a orquestra do Concertgebouw (ao vivo em Berlim, 2010) acerta em todos os detalhes, além da excelente captura dos engenheiros de som.

O Hino para grande orquestra é uma das primeiras obras de Messiaen. É muito baseado nas ideias que ele tinha sobre colorido orquestral. Messiaen, que confessava ser vítima de (ou privilegiado com) sinestesia – via música nas cores e cores na música – gostava de listar em entrevistas alguns de seus grandes modelos de orquestração: Debussy, Wagner, Stravinsky e, um pouco mais surpreendente, Monteverdi e Villa-Lobos: “Os Choros de Villa-Lobos, que considero maravilhas de orquestração, foram para mim o ponto de partida de algumas justaposições de timbres”. Todos esses compositores, para os peculiares ouvidos de Messiaen, faziam música muito colorida, ao contrário da 2ª escola de Viena:

– Você disse uma vez que a música de certos autores modernos é cinza, associada a um tipo de sentimento pessimista, uma espécie de monotonia, talvez.

O.Messiaen: Bem, bem, pode ser verdade que a escola serial escreveu apenas sobre assuntos mórbidos e obras quase sempre passadas à noite. Não é por acaso que Erwartung de Schoenberg se passa à noite e é um assunto horrível, uma mulher que vê o cadáver de seu amante…

– E podemos adicionar Wozzeck e…

O.M.: Muitas outras que são obras-primas, sem dúvida, mas são obras-primas sombrias.

Messiaen bem jovem, ainda com cabelos (uma semelhança entre Schoenberg, Bartók e Messiaen: a calvície)

Trago essa longa citação para adicionarmos a essa lista de obras-primas sombrias a peça de Schoenberg que Jansons/Concertgebouw gravaram ao vivo em 2012: Um Sobrevivente de Varsóvia, Op. 46 (em inglês: A Survivor from Warsaw) é um oratório para narrador, coro masculino e orquestra. Em estilo dodecafônico, e com apenas cerca de 7 minutos, ela consegue no entanto comunicar inúmeras emoções ligadas aos campos de concentração da Segunda Guerra. É considerada uma das mais importantes obras musicais dedicadas ao holocausto. Milan Kundera, por exemplo, dizia que toda a essência existencial do drama dos judeus do século XX se mantém viva ali, em toda a sua terrível grandeza que não deve ser esquecida.

Schönberg compôs essa obra em 1947, portanto quase 40 anos após Erwartung, mas são várias as semelhanças entre essas duas obras sombrias com uma orquestra fazendo descrições sonoras impressionantes do que uma voz solo vai narrando. Ao menos para mim, essas duas obras de Schönberg com um triste enredo são muito mais interessantes do que as suas obras instrumentais para piano ou quarteto de cordas.

Mariss Jansons / Concertgebouw Orchestra – The Radio Recordings 1990-2014

CD 6:
Robert SCHUMANN
Symphony No. 1 in B flat major, Op. 38, ‘Spring’ (1841)

Jean SIBELIUS
Symphony No. 1 in E minor, Op. 39 (1899)

Baixe aqui – Download here – CD6

CD 7:
Béla BARTÓK
Music for Strings, Percussion and Celesta (1936)

Ludwig van BEETHOVEN
Overture ‘Egmont’, Op. 84 (1810)
Symphony No. 5 in C minor, Op. 67 (1808)

Baixe aqui – Download here – CD7

Arnold Schoenberg. Auto retrato, 1910

CD 8:
Arnold SCHÖNBERG
A Survivor from Warsaw, Op. 46 (1947)
Sergei Leiferkus – narrator
Rundfunkchor Berlin

Modest MUSSORGSKY
Songs and Dances of Death (1877, orch. D. Shostakovich, 1962)
Ferruccio Furlanetto – bass

Leoš JANÁČEK
Taras Bulba (1918)

Sofia GUBAIDULINA
Feast During a Plague (2005)

Baixe aqui – Download here – CD8

CD 9:
Igor STRAVINSKY
Capriccio (1929, rev.1949)
Emanuel Ax – piano

Edgard VARÈSE
Amériques (1921)

Olivier MESSIAEN
Hymne au Saint-Sacrement (1932)

Igor STRAVINSKY
Symphony of Psalms (1930, rev.1948)
Rundfunkchor Berlin

Baixe aqui – Download here – CD9

Royal Concertgebouw Orchestra Amsterdam, Mariss Jansons

Mariss Jansons (1943-2019)

Pleyel

Viva a Rainha! – As Idades de Marthinha: a Oitava Década (2011-2020) [Martha Argerich, 80 anos]

Viva a Rainha! – As Idades de Marthinha: a Oitava Década (2011-2020) [Martha Argerich, 80 anos]

1941-1950 | 1951-1960 | 1961-1970 | 1971-1980 | 1981-1990 | 1991-2000 | 2001-2010 | 2011-2020 | 2021-


Se a década pré-pandêmica de nossa Rainha consolidou práticas das anteriores – raras gravações em estúdio, pouquíssimas aparições solo, prolífico camerismo e generoso incentivo a jovens talentos -, os anos 10 também a viram explorar repertório novo e desempenhar papéis inéditos, alguns ligados a suas raízes bonaerenses, tais como tangueira e Luthier, e outros ainda mais insuspeitos, como acompanhista em Lieder e em cancioneiro iídiche. Notem que essa discografia argerichiana que ora concluímos, e que supomos tão completa quanto a pudemos deixar, não inclui a importante coleção de registros de Marthinha no Festival de Lugano, que nosso colega FDP Bach está a nos trazer aos poucos.


Exceto por uma já tradicional vinda a Buenos Aires na metade do ano, quando dá a seus conterrâneos o privilegiado ar de sua graça, Martha não é lá muito afeita a explorar seu continente. Uma exceção notável foi a turnê por várias capitais do Brasil em 2004, certamente instigada pelo amado amigo Nelson Freire, com quem tocou em duo e autografou um LP do patrão PQP e um CD meu lá em nossa Dogville natal. Outra foi essa breve residência na província de Santa Fe, para a qual foi persuadida por outro amigo, Daniel Rivera, um pianista nascido em Rosario e radicado na Itália há muitas décadas. Cada disco registra a íntegra de uma das noites de Martha no festival, o que explica a repetição de algumas peças. Destaco a interpretação de Scaramouche, cujo movimento Brazileira cita (e, para muitos, plagia) Ernesto Nazareth, marcando, ainda que tangencialmente, uma das muito poucas vezes que a música brasileira passou pelos dedos de nossa deusa (outra delas está aqui). Digna de nota, também, é a substancial participação no repertório de compositores argentinos contemporâneos, especialmente na última noite, na qual a Rainha fez parte dum mui hábil conjunto de tango que incluiu sua primogênita, Lyda, a tocar viola.

Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)
Sonata em Ré maior para piano a quatro mãos, K. 381
1 – Allegro
2 – Andante
3 – Allegro molto

Johannes BRAHMS (1833-1897)
Variações sobre um tema de Joseph Haydn, para dois pianos, Op. 56b
4 – Thema: Andante
5 – Poco più animato
6 – Più vivace
7 – Con moto
8 – Andante con moto
9 – Vivace
10 – Vivace
11 – Grazioso
12 – Presto non troppo
13 – Finale: Andante

Franz LISZT (1811-1886)
Les Préludes, poema sinfônico, S. 97
Transcrição para dois pianos do próprio compositor
14 – Andante maestoso

Daniel Rivera, piano II

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Dmitri Dmitriyevich SHOSTAKOVICH (1906-1975)
Concertino em Lá menor para dois pianos, Op. 94

1 – Adagio – Allegretto – Adagio – Allegro – Adagio – Allegretto

Sergei Vasilyevich RACHMANINOFF (1873-1943)
Suíte para dois pianos no. 2 em Dó maior, Op. 17
2 – Introduction
3 – Valse
4 – Romance
5 – Tarantella

Darius MILHAUD (1892-1974)
Scaramouche, suíte para dois pianos, Op. 165b
6 – Vif
7 – Modéré
8 – Brazileira

Luis Enríquez BACALOV (1933-2017)
9 – Astoreando, para dois pianos

Daniel Rivera, piano II

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Johannes BRAHMS
1-8 – Variações sobre um tema de Joseph Haydn, para dois pianos, Op. 56b

Sergei RACHMANINOFF
9-12 – Suíte para dois pianos no. 2 em Dó maior, Op. 17

Franz LISZT
13 – Les Préludes, poema sinfônico, S. 97
Transcrição para dois pianos do próprio compositor

Johannes BRAHMS (1833-1897)
De Souvenir de Russie, para piano a quatro mãos, Anh. 4/6:
14 – No. 3: Romance de Warlamoff. Con moto (vídeo)

Daniel Rivera, piano II

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Luis BACALOV
1 – “Astoreando”, para dois pianos

Ástor Pantaleón PIAZZOLLA (1921-1992)
2 – “Milonga Del Angel”, para dois pianos, viola, contrabaixo e bandoneón

Aníbal Carmelo TROILO (1914-1975)
3 – “Sur” y “La Última Curda”, para bandoneón

Néstor Eude MARCONI (1942)
e Daniel MARCONI
(1970)
4 – “Gris Se Ausencia” y “Robustango”, para bandoneón

Ástor PIAZZOLLA
5 – “Oblivión” del “Concierto Aconcagua” – “Tema de María” – “Verano Porteño” – Cadencia del “Concierto Aconcagua”-  “La Muerte del Angel” – “Lo Que Vendrá” – “Decarísimo”, para bandoneón

Néstor MARCONI
6 – “Para El Recorrido”, para piano, viola, contrabaixo e bandoneón
7 – “Moda Tango”, para piano, viola, contrabaixo e bandoneón

Ástor PIAZZOLLA
8 – “Libertango”, para piano, viola, contrabaixo e bandoneó
9 – “Tres Minutos Con La Realidad”, para dois pianos, viola, contrabaixo e bandoneón

Néstor Marconi, bandoneón (faixas 3-9)
Enrique Fagone, contrabaixo (faixas 6-9)
Daniel Rivera, piano (faixas 1, 2 e 9)
Gabriele Baldocci, piano (faixa 6)
Martha Argerich (faixas 1, 2, 7-9)
Lyda Chen, viola (faixas 2, 6-9)

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Gravado ao vivo em Rosario, Argentina, entre 19 e 25 de outubro de 2012


Se Martha também é María, e Argerich pela família catalã do pai, ela também é Heller por sua mãe Juanita, filha de judeus russos estabelecidos na província de Entre Ríos. E, se não lhes posso afirmar que o iídiche fez parte de sua infância, não tenho muitas dúvidas de que ele ajudou a aproximá-la de Ver bin Ikh! (“Quem sou eu!”), projeto da atriz e cantora Myriam Fuks. Nascida em Tel Aviv e radicada em Bruxelas, Myriam aqui resgata, com sua profunda voz de contralto, diversas canções judaicas centro-europeias, acompanhada dum prodigioso conjunto de amigos, que inclui o demoníaco Roby Lakatos, Mischa e Lily Maisky, o brilhante Evgeny Kissin (que desenvolve uma belíssima carreira paralela na composição e declamação de poemas em iídiche) e, claro, nossa Rainha, a quem cabe a honra de encerrar o álbum com a parte de piano de Der Rebe Menachem (“O Rabino Menahem”).

VER BIN IKH! – MYRIAM FUKS

1 – Vi Ahin Zol Ikh Geyn (S. Korn-Teuer [Igor S. Korntayer]/O. Strokh)
Evgeny Kissin, piano

02 – Far Dir Mayne Tayer Hanele/Klezmer Csardas de “Klezmer Karma” (R. Lakatos/M. Fuks)
Alissa Margulis, violino
Nathan Braude, viola
Polina Leschenko, piano

3 – Malkele, Schloimele (J. Rumshinsky)
Sarina Cohn, voz
Philip Catherine, guitarra
Oscar Németh, baixo

4 – Deim Fidele (B. Witler)
Lola Fuks, voz
Michael Guttman, violino

5 – Yetz Darf Men Leiben (B. Witler)
Paul Ambach, voz

6 – Greene Bletter (M. Oiysher)
Roby Lakatos, violino

7 – Die Saposhkeler’ (D. Meyerowitz)

8 – Pintele Yid (L. Gilrot/A. Perlmutter-H. Wohl)
Zahava Seewald, voz

9 – ls In Einem Is Nicht Dou Ba Keiner (B. Witler)

10 – Dous Gezang Fin Mayne Hartz (B. Witler)
Myriam Lakatos, voz

11 – Schlemazel (B. Witler)
Édouard Baer, voz

12 – Nem Der Nisht Tsim Hartz (B. Witler)

13 – Hit Oup Dous Bisele Koyer’ (B. Witler)
Michel Jonasz, voz

14 – Schmiele (G. Ulmer)
Mona Miodezky, voz
Roby Lakatos, violino

15 – Ziben Gite Youren (D. Meyerowitz)

16 – Bublitchki (Beygeleich) (Tradicional)
Alexander Gurning, piano

17 – Ver Bin Ikh? (B. Witler)
Mischa Maisky, violoncelo
Lily Maisky, piano

18 – Der Rebe Menachem (A. Gurning/M. Fuks-M. Rubinstein)
Martha Argerich, piano

Myriam Fuks, voz
Aldo Granato, acordeão
Klaudia Balógh, violino
Lászlo Balógh, guitarra
Christel Borghlevens, clarinete
Oscar Németh, contrabaixo

Gravado em Bruxelas, Bélgica, maio de 2014

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Martha sempre teve o costume de acolher, tanto em sua vida pessoal quanto sob as suas protetoras asas artísticas, artistas mais jovens, e um seu modus operandi bem típico nas últimas décadas tem sido o das participações, por óbvio muito especiais, em álbuns de colegas que admira. O pianista russo-alemão Jura Margulis teve o privilégio de ter a Rainha a seu lado para encerrar este volume de suas próprias transcrições para piano, tocando a dois pianos a Noite no Monte Calvo, de Mussorgsky. Eu, que adoro Modest quase tanto quanto amo Marthinha, não só fiquei entusiasmado ao finalmente ouvi-la tocar uma de suas obras, como também passei a sonhar com o dia em que a escutaria a tocar os Quadros de uma Exposição, que certamente ficariam supimpas sob suas mãos. Pode parecer um pedido exagerado a quem já tem oitenta anos e um tremendo repertório, mas não perdi minhas esperanças; muito pelo contrário, eu as vi renovadas quando Martha, em 2020, aprendeu e tocou as partes de piano da maravilhosa Der Hirt auf dem Felsen de Schubert e, para minha maior alegria, de duas das Canções e Danças da Morte de Mussorgsky. Sonhar, enfim, nada custa – ainda.

Johann Sebastian BACH (1685-1750)
Da Matthäus-Passion, BWV 244
1 – Wir setzen uns mit Tränen nieder

Wolfgang Amadeus MOZART
Do Requiem em Ré menor, K. 626
2 – Confutatis maledictis
3 – Lacrimosa

Giacomo PUCCINI (1858-1924)
4 – Crisantemi, SC 65

Franz LISZT
5 – Mephisto-Walzer

Robert SCHUMANN
De Dichterliebe, Op. 48:
6 – No. 4: Wenn ich in deine Augen seh’

Dmitri SHOSTAKOVICH
Da Sinfonia no. 8 em Dó menor, Op. 65
7 – Toccata
8 – Passacaglia

Sayat NOVA (1712-1795)
Transcrição de Arno Babadjanian (1921-1983)
9 – Melodie – Elegie

Modest Petrovich MUSSORGSKY (1839-1881)
10 – Noch′ na lysoy gore (“Noite no Monte Calvo”), para dois pianos

Jura Margulis, piano (1-10) e transcrições (exceto faixa 9)
Martha Argerich, piano II (faixa 10)

“Noite no Monte Calvo” gravada em Lugano, Suíça, junho de 2014

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Uma overdose de genialidade portenha, e praticamente um esculacho de Buenos Aires para com cidades menos dotadas de talentos (i.e., quase todas as outras), foi aquela noite de agosto de 2014 em que Les Luthiers encontraram Daniel Barenboim e Martha Argerich no sacrossanto palco do Teatro Colón. Depois da habitual dose de obras do imerecidamente obscuro Johann Sebastian Mastropiero, o genial quinteto juntou-se a Barenboim para narrar A História do Soldado de Stravinsky, e os seis se somariam a Martha para o Carnaval dos Animais de Saint-Saëns. Nem o vídeo, nem o áudio do memorável encontro foram lançados comercialmente – o que nos obriga a nos contentarmos com o ensaio geral, feito na manhã do concerto, com a plateia repleta de fãs que não tinham conseguido ingressos para a noite:


Martha e Daniel voltariam a se encontrar no Colón no ano seguinte, sem Les Luthiers, para um programa de formato mais familiar a eles. À rara audição dos estudos canônicos de Schumann no arranjo improvável de Debussy, eles fizeram seguir uma obra do próprio Claude-Achille e a irresistível sonata com percussão de Bartók: repertório incomum e – em que pese a ausência de J. S. Mastropiero – nada menos que tremendo.

Robert SCHUMANN

Seis estudos em forma canônica, para piano, Op. 56
Transcrição para dois pianos de Claude Debussy (1862-1918)
1 -Nicht zu schnell
2 – Mit innigem Ausdruck
3 – Andantino
4 – Innig
5 – Nicht zu schnell
6 -Adagio

Claude-Achille DEBUSSY (1862-1918)
En Blanc et Noir, suíte para dois pianos, L. 134
7 – Avec Emportement (À Mon Ami A. Koussevitzky)
8 – Lent. Sombre (Au Lieutenant Jacques Charlot Tué a l’ennemi en 1915, le 3 Mars)
9 – Scherzando (À Mon Ami Igor Stravinsky)

Béla Viktor János BARTÓK (1881-1945)
Sonata para dois pianos e percussão, Sz. 110
10 – Assai lento – Allegro molto
11 – Lento, ma non troppo
12 – Allegro non troppo

Daniel Barenboim, piano II
Lev Loftus e Pedro Manuel Torrejón González, percussão (faixas 10-12)

Gravado ao vivo em Buenos Aires, Argentina, agosto de 2015

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Dezoito anos depois de sua primeira gravação juntos, Martha e Itzhak Perlman reecontraram-se em Paris para novas sessões em estúdio – as primeiras de Martha na década para o repertório de concerto. Às Fantasiestücke de Schumann e a sonata no. 4 de Bach, eles somaram a fatia brahmsiana da sonata F-A-E, completando o álbum com uma sonata de Schumann gravada em 1998 e ainda mantida inédita por falta de pareamento.

“Trabalhar com Martha”, disse Itzhak, “foi uma experiência única para mim… seu brilho e as cores que ela usa quando toca são reconhecíveis tão longo você as escuta – é ela, ninguém mais soa assim… Estou muito feliz com que pudemos de fato gravar novamente… quando surgiu a possibilidade de que ela tivesse um punhado de dias livres para gravar eu disse ‘eu irei a qualquer lugar!!!'”. A julgar pela cumplicidade com que tocaram e pelo olhar curioso de Martha para o bonachão Itzhak na capa do álbum, tenho certeza de que a viagem valeu a pena.

Robert SCHUMANN
Sonata para violino e piano no. 1 em Lá menor, Op. 105
1 – Mit leidenschaftlichem Ausdruck
2 – Allegretto
3 – Lebhaft

Fantasiestücke, para violino e piano, Op. 73
4 – Zart und mit Ausdruck
5 – Lebhaft, leicht
6 – Rasch und mit Feuer

Johannes BRAHMS
Scherzo para violino e piano, WoO 2 (da sonata “F-A-E”, composta em colaboração com Robert Schumann e Albert Dietrich)
7 – Allegro

Johann Sebastian BACH
Sonata para violino e teclado no. 4 em Dó menor, BWV 1017
8 – Siciliano. Largo
9 – Allegro
10 – Adagio
11 – Allegro

Itzhak Perlman, violino

Gravado em Saratoga, Estados Unidos, julho de 1998 (1-3) e Paris, França, março de 2016 (4-11)

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Ainda que a gravação anterior de Martha para o Carnaval dos Animais – aquela com Gidon Kremer – seja mais famosa, eu prefiro essa, com Antonio Pappano no duplo papel de pianista e regente e Annie, filha de Martha com Charles Dutoit, a narrar. Se aquela com Les Luthiers é melhor que essa, jamais saberemos enquanto os detentores da preciosa gravação no Colón não a trouxerem a público. O que sabemos é que Johann Sebastian Mastropiero é um compositor muitíssimo superior a Saint-Saëns e que, por isso, nossa Rainha deveria tocá-lo mais. Fica a dica, Marthinha.

Charles-Camille SAINT-SAËNS (1835-1921)

Sinfonia no. 3 em Dó menor, Op. 78, “com Órgão”
1 – Adagio – Allegro moderato
2 – Poco Adagio
3 – Allegro moderato – Presto
4 – Maestoso – Allegro

Daniele Rossi, órgão

Le Carnaval des Animaux, Grande Fantaisie Zoologique
5 – Introduction et Marche Royale du Lion
6 – Poules et Coqs
7 – Hémiones
8 – Tortues
9 – L’Éléphant
10 – Kangourous
11 – Aquarium
12 – Personnages à Longues Oreilles
13 – Le Coucou au Fond des Bois
14 – Volière
15 – Pianistes
16 – Fossiles
17 – Le Cygne
18 – Finale

Annie Dutoit, narração
Gabriele Geminiani, violoncelo
Libero Lanzilotta, contrabaixo
Antonio Pappano, piano II e regência

Gravado em Roma, Itália, novembro de 2016

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Enquanto se desligava aos poucos do festival centrado sobre si em Lugano, Martha passou a visitar Hamburgo com cada vez mais frequência, até ver um novo festival em torno de si, realizado no mês de junho na soberba Laeiszhalle daquela cidade em que mais chove em toda Alemanha. Este Rendez-vous with Martha Argerich é o tributo fonográfico do impressionante programa do festival em 2018, reunindo um elenco cheio de figuras estelares da galáxia da Rainha – incluindo algumas literalmente familiares, como suas filhas Lyda e Annie e o ex-companheiro Kovacevich. Gosto de todos os discos, repletos que são do elã característico de Marthinha, mesmo quando ela não está de fato a tocar. Meu xodó, no entanto, é o último, com um delicioso Carnaval dos Animais narrado por Annie e uma não menos saborosa seleção de repertório ibérico e latino-americano que se encerra com uma versão tanguera de Eine kleine Nachtmusik que certamente faria Amadeus gargalhar em dois por quatro.

Claude DEBUSSY
De Nocturnes, L. 91
1 – Fêtes (arranjo para dois pianos de Maurice Ravel)

Anton Gerzenberg, piano II

Sonata em Sol menor para violino e piano, L. 140
2 – Allegro vivo
3 – Intermède. Fantasque et léger
4 – Finale. Très animé

Géza Hosszu-Legocky, violino
Evgeni Bozhanov, piano

5 – Prélude à l’après-midi d’un faune, L. 86
(arranjo para dois pianos do próprio compositor)

Stephen Kovacevich, piano I

Sonata em Ré menor para violoncelo e piano, L. 135
6 – Prologue: Lent, sostenuto e molto risoluto
7 – Sérénade: Modérément animé
8 – Finale: Animé, léger et nerveux

Mischa Maisky, violoncelo

Joseph Maurice RAVEL (1875-1937)
9 – La Valse, poème choreographique (arranjo para dois pianos do próprio compositor)

Nicholas Angelich, piano II

Sonata em Ré menor para violino e violoncelo, M. 73
10 – Allegro
11 – Très vif
12 – Lent
13 – Vif, avec entrain

Alexandra Conunova, violino
Edgar Moreau, violoncelo

Sergey Sergeyevich PROKOFIEV (1891-1953)
Sinfonia no. 1 em Ré maior, Op. 25, “Clássica”
Transcrição para dois pianos de Rikuya Terashima
1 – Allegro
2 – Larghetto
3 – Gavotta: Non troppo allegro
4 – Finale: Molto vivace

Evgeni Bozhanov e Akane Sakai, pianos

5 – Abertura sobre temas hebraicos, para piano, clarinete, dois violinos, viola e violoncelo, Op. 34

Pablo Barragán, clarinete
Akiko Suwanai e Alexandra Conunova, violinos
Lyda Chen, viola
Edgar Moreau, violoncelo

Suíte de Cinderella (Zolushka), balé em três atos, Op. 87
Arranjo para dois pianos de Mikhail Vasilyevich Pletnev (1957)
6 – Introduction: Andante dolce
7 – Querelle: Allegretto
8 – L’Hiver: Adagio – Allegro moderato
9 – Le Printemps: Vivace con brio – Moderato – Presto
10 – Valse de Cendrillon: Andante – Allegretto – Poco più animato – Più animato – Meno mosso

Akane Sakai e Alexander Mogilevsky, pianos

11 – Gavotte: Allegretto
12 – Gallop: Presto – Andantino – Presto
13 – Valse Lente: Adagio – Poco più animato – Assai più mosso – Poco più animato – Meno mosso (più animato dell’adagio
14 – Finale: Allegro moderato – Allegro espressivo – Presto – Allegro moderato – Andante

Evgeni Bozhanov e Kasparas Uinskas, pianos

Sonata em Dó maior para dois violinos, Op. 56
15 – Andante cantabile
16 – Allegro
17 – Commodo (quasi allegretto)
18 – Allegro con brio

Tedi Papavrami e Akiko Suwanai, violinos

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Dmitri Dmitriyevich SHOSTAKOVICH (1906-1975)
Concerto em Dó menor para piano, trompete e orquestra de cordas, Op. 35
1 – Allegro moderato – attacca:
2 – Lento – attacca:
3 – Moderato – attacca:
4 – Allegro con brio

Sergei Nakariakov, trompete
Symphoniker Hamburg

Trio para piano, violino e violoncelo no. 2 em Mi menor, Op. 67
5 – Andante – Moderato – Poco più mosso
6 – Allegro con brio
7 – Largo
8 – Allegretto – Adagio

Guy Braunstein, violino
Alisa Weilerstein
, violoncelo

Zoltán KODÁLY (1882-1967)
Duo para violino e violoncelo, Op. 7
9 – Allegro serioso, non troppo
10 – Adagio – Andante
11 – Maestoso e largamente, ma non troppo lento – Presto

Guy Braunstein, violino
Alisa Weilerstein, violoncelo

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Jakob Ludwig Felix MENDELSSOHN Bartholdy (1809-1847)

Trio para violino, violoncelo e piano no. 1 em Ré menor, Op. 49 (transcrição para flauta, violoncelo e piano)
1 – Molto allegro ed agitato
2 – Andante con moto tranquillo
3 – Scherzo
4 – Finale

Susanne Barner, flauta
Gabriele Geminiani, violoncelo

Ludwig van BEETHOVEN
Concerto em Dó maior para violino, violoncelo e piano, Op. 56
5 – Allegro
6 – Largo – attacca:
7 – Rondo alla polacca

Tedi Papavrami, violino
Mischa Maisky, violoncelo
Symphoniker Hamburg
Ion Marin, regência

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Robert SCHUMANN
Fantasiestücke
para violoncelo e piano, Op. 73
1 – Zart und mit Ausdruck
2 – Lebhaft, leicht
3 – Rasch und mit Feuer

Mischa Maisky, violoncelo

04-23 – Dichterliebe, ciclo de canções sobre textos do Lyrisches Intermezzo de Das Buch der Lieder de Heinrich Heine, Op. 48 (edição original de 1840)

Thomas Hampson, barítono

 

Johannes BRAHMS
Sonata para piano e violino no. 2 em Lá maior, Op. 100
1 – Allegro amabile
2 – Andante tranquillo — Vivace — Andante — Vivace di più — Andante — Vivace
3 – Allegretto grazioso (quasi andante)

Akiko Suwanai, violino
Nicholas Angelich, piano

Sergey RACHMANINOV
Sonata em Sol menor para violoncelo e piano, Op. 19
4 – Lento. Allegro moderato
5 – Allegro scherzando
6 – Andante
7 – Allegro mosso

Jing Zhao, violoncelo
Lilya Zilberstein, piano

Camille SAINT-SAËNS
1-30 – Le Carnaval des Animaux, Grande Fantaisie Zoologique

Annie Dutoit
, narração
Jing Zhao, violoncelo
Lilya Zilberstein e Martha Argerich, pianos
Symphoniker Hamburg
Ion Marin, regência

Ernesto Sixto de la Asunción LECUONA Casado (1895-1963)
Quatro danças cubanas, para piano
31 – A la antigua
32 – Al fin te ví
33 – No hables más!
34 – En tres por cuatro

Três danças afro-cubanas, para piano
35 – La Conga de Medianoche
36 – La Comparsa
37 – Danza de los Ñañigos

Isaac Manuel Francisco ALBÉNIZ y Pascual (1860-1909)
Arranjo de Mauricio Vallina (1970)
Da Suíte España, Op. 165
38 – No. 2: Tango

Ángel Gregorio VILLOLDO Arroyo (1861- 1919)
Arranjo de Lea Petra
39 –
El Choclo

Mauricio Vallina, piano

Eduardo Oscar ROVIRA (1925- 1980)
40 – A Evaristo Carriego

Ástor PIAZZOLLA
41 – Triunfal
42 – Adiós Nonino

Wolfgang Amadeus MOZART
43 – Musiquita Noturna (arranjo do Allegro da Eine Kleine Nachtmusik, K. 525)

Jing Zhao, violoncelo (faixa 40)
The Guttman Tango Quartet:
Michael Guttman, violino
Lysandre Denoso, bandoneón
Chloe Pfeiffer, piano
Ariel Eberstein, contrabaixo

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Gravado em Hamburgo, Alemanha, junho de 2018


Entre os protegidos de Martha Argerich, o sul-coreano Dong Hyek Lim é um dos meus favoritos: não são muitos os jovens pianistas que conseguem, na falta de melhor definição, dizer a música sem firulas egocêntricas, nem aparentar qualquer esforço, mesmo nas passagens mais cabeludas do repertório. Aqui ele doma o monstruoso Rach 2 com um som apropriadamente grande e muita precisão, para depois encarar as Danças Sinfônicas de Sergey em companhia de Sua Majestade, que lhe concede o privilégio da especialíssima participação em seu álbum: uma moral e tanto para o pibe.

Sergey RACHMANINOV
Concerto para piano e orquestra no. 2 em Dó menor, Op. 18
1 – Moderato
2 – Adagio sostenuto – Più animato – Tempo I
3 -Allegro scherzando

Dong Hyek Lim, piano
BBC Symphony Orchestra
Alexander Vedernikov

Gravado em Londres, Reino Unido, setembro de 2018

Danças sinfônicas para orquestra, Op. 45
Transcrição para dois pianos do próprio compositor
4 – Non allegro
5 – Andante con moto
6 – Lento assai – Allegro vivace – Lento assai. Come prima – Allegro vivace

Dong Hyek Lim, piano I

Gravado em Berlim, Alemanha, dezembro de 2018

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Mais um Rendez-vous com Martha em Hamburgo, desta vez em 2019, com resultados muito bons, ainda que tão entusiasmantes quanto os do ano anterior. Jamais escreveria isso num tom de queixume, mas a Rainha legou-nos tantas interpretações memoráveis que as revisitas aos itens de seu repertório despertam comparações com as legendárias versões anteriores, num curioso efeito colateral dos setenta anos de carreira e duma magnífica discografia. Refiro-me, principalmente, à gravação do concerto de Tchaikovsky, em que ela brilha como sempre, mas a Sinfônica de Hamburgo não tanto quanto a Royal Philharmonic sob a mesma batuta de Charles Dutoit, décadas antes. E teria havido, enfim, menos elã no notável elenco de intérpretes do que no ano anterior, ou estarei eu tão só blasé depois de tanto escutar gravações antológicas de Marthinha para lhes apresentar sua discografia integral? Só vocês me poderão dizer.

Felix MENDELSSOHN
Trio para piano, violino e violoncelo no. 2 em Dó menor, Op. 66
1 – Allegro energico e con fuoco
2 – Andante espressivo
3 – Scherzo
4 – Finale. Allegro appassionato

Renaud Capuçon, violino
Edgar Moreau, violoncelo

Johannes BRAHMS
Sonata para violino e piano no. 1 em Sol maior, Op. 78
5 – Vivace ma non troppo
6 – Adagio
7 – Allegro molto moderato

Renaud Capuçon, violino
Nicholas Angelich, piano

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Wolfgang Amadeus MOZART
Andante e variações em Sol maior para piano a quatro mãos, K. 501
1 – Thema – Variationen I-V

Stephen Kovacevich e Martha Argerich, piano

Ludwig van BEETHOVEN
Sonata para violino e piano no. 9 em Lá maior, Op. 47, “Kreutzer”
2 – Adagio sostenuto — Presto
3 – Andante con variazioni
4 – Finale. Presto

Tedi Papavrami, violino

Franz Peter SCHUBERT (1797-1828)
Fantasia em Fá menor para piano a quatro mãos, D. 940
5 – Allegro molto moderato
6 – Largo
7 – Scherzo. Allegro vivace
8 – Finale. Allegro molto moderato

Gabriela Montero e Martha Argerich, piano

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Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)
Concerto para piano e orquestra no. 1 em Si bemol menor, Op. 23
1 – Allegro non troppo e molto maestoso
2 – Andantino semplice – Prestissimo – Tempo I
3 – Allegro con fuoco

Symphoniker Hamburg
Charles Dutoit, regência

Igor Fyodorovich STRAVINSKY (1882-1971)
Les Noces, Cenas Coreográficas com Música e Vozes
4 – La tresse
5 – Chez le Marié
6 – Le Départ de la Mariée
7 – Le Repas de Noces

Nicholas Angelich, Gabriele Baldocci, Alexander Mogilevsky e Stepan Simonian, pianos
Europa Choir Akademie Görlitz
Charles Dutoit, regência

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Giuseppe Domenico SCARLATTI (1685-1757)
Sonatas (Esercizi) para teclado:
1 – K. 495 em Mi maior
2 – K. 20 em Mi maior
3 – K. 109 em Lá menor
4 – K. 128 em Si bemol menor
5 – K. 55 em Sol maior
6 – K. 32 em Ré menor
7 – K. 455 em Sol maior

Evgeni Bozhanov, piano

Johann Sebastian BACH
Concerto em Lá menor para quatro pianos e orquestra de cordas, BWV 1065
8 – Allegro
9 – Largo
10 – Allegro

Martha Argerich, Dong Hyek Lim, Sophie Pacini e Mauricio Vallina, pianos
Symphoniker Hamburg
Adrian Iliescu, regência

Robert SCHUMANN
Kinderszenen
, para piano, Op. 15
11 – Von fremden Ländern und Menschen
12 – Kuriose Geschichte
13 – Hasche-Mann
14 – Bittendes Kind
15 – Glückes genug
16 – Wichtige Begebenheit
17 – Träumerei
18 – Am Kamin
19 – Ritter vom Steckenpferd
20 – Fast zu ernst
21 – Fürchtenmachen
22 – Kind im Einschlummern
23 – Der Dichter spricht

Martha Argerich, piano

Fryderyk Francyszek CHOPIN (1810-1849)
Introdução e Polonaise Brilhante em Dó maior, para violoncelo e piano, Op. 3
24 – Largo – Alla polacca

Mischa Maisky, violoncelo

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Sergey PROKOFIEV
Sonata para violino e piano no. 2 em Ré maior, Op. 94a
1 – Moderato
2 – Presto
3 – Andante
4 – Allegro con brio

Tedi Papavrami, violino

Concerto para piano e orquestra no. 3 em Dó maior, Op. 26
1 – Andante – Allegro
2 – Tema con variazioni
3 – Allegro ma non troppo

Symphoniker Hamburg
Sylvain Cambreling, regência

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Wolfgang Amadeus MOZART
Sonata em Ré maior para piano a quatro mãos, K. 381
1 – Allegro
2 – Andante
3 – Allegro molto

Martha Argerich e Akane Sakai, piano

Claude DEBUSSY
Petite Suite, para piano a quatro mãos, L. 65
4 – En bateau
5 – Cortège
6 – Menuet
7 – Ballet

Sergei Babayan e Evgeni Bozhanov, piano

Enrique GRANADOS Campiña (1862-1916)
Transcrição para violino e piano de Fritz Kreisler (1875-1962)
Das Doze danças espanholas, Op. 37
8 – No. 5: Andaluza

Friedrich “Fritz” KREISLER (1875-1962)
9 – Schön Rosmarin

Géza Hosszu-Legocky, violino
Sergei Babayan, piano

Francis Jean Marcel POULENC (1899-1963)
Sonata para dois pianos, FP 165
10 – Prologue
11 – Allegro molto
12 – Andante lyrico
13 – Epilogue

Witold Roman LUTOSŁAWSKI (1913-1994)
14 – Variações sobre um tema de Paganini, para dois pianos

Karin Lechner e Sergio Tiempo, pianos

Sergey RACHMANINOV
Das Seis peças para piano a quatro mãos, Op. 11
15 – No. 4: Valsa

Martha Argerich e Khatia Buniatishvili, piano

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Gravado em Hamburgo, Alemanha, junho de 2019


 

A gravação mais recente de Martha, já sob a égide da Covid-19, foi feita em duo com a pianista grega Theodosia Ntokou, outra de suas muito queridas protegidas. A escolha de uma transcrição da sinfonia “Pastoral” de Beethoven só não é mais curiosa do que a própria versão escolhida: em lugar da mais famosa e autoritativa, feita por Carl Czerny, aluno do próprio renano, elas escolheram o obscuro arranjo do ainda mais obscuro Selmar Bagge. A “Pastoral” foi-me uma grata surpresa, assim como lhes será a bonita leitura que Ntokou entrega da sonata “Tempestade”, depois de se despedir da Rainha. E, já que estamos a falar de despedidas, despeço-me eu aqui por terminar de oferecer-lhes, ao longo de oito capítulos e incontáveis adiamentos, a discografia completa da maior pianista de nosso tempo, num tributo aos seus oitenta anos que, concluído já no caminho de seus oitenta e dois, deseja-lhe a saúde e o fogo de sempre para oferecer ao público que tanto a ama o estupor com que ela o nutre há mais de sete décadas.

Ludwig van BEETHOVEN

Sinfonia no. 6 em Fá maior, Op. 68, “Pastoral”
Transcrição para dois pianos de Selmar Bagge (1823-1896)
1 – Erwachen heiterer Empfindungen bei der Ankunft auf dem Lande. Allegro ma non troppo
2 – Szene am Bach. Andante molto moto
3 – Lustiges Zusammensein der Landleute. Allegro
4 – Gewitter. Sturm. Allegro
5 – Hirtengesang. Frohe und dankbare Gefühle nach dem Sturm. Allegretto

Theodosia Ntokou, piano II

Gravado em Lugano, Suíça, julho de 2020

Das Três sonatas para piano, Op. 31:
No. 2 em Ré menor, “Tempestade”
6 – Largo
7 – Adagio
8 – Allegretto

Theodosia Ntokou, piano

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Desta década da discografia da Rainha vocês já encontravam aqui no PQP Bach as seguintes gravações:

W. A. Mozart (1756-1791): Piano Concerto No.25 K.503 & Piano Concerto No.20 K.466

2013


A Quatro Mãos: Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Franz Schubert (1797-1828) – Igor Stravinsky (1882-1971) – Duos para piano – Martha Argerich e Daniel Barenboim

2014

[Restaurado] Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Abertura de “Le Nozze di Figaro” – Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para piano e orquestra em Dó maior, Op. 15 – Maurice Ravel (1875-1937): Rapsodie Espagnole – Pavane pour une Infante Défunte – Alborada del Gracioso – Boléro – Argerich – Barenboim #BTHVN250

2014


Hiroshima, ano 77 [Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para piano no. 1, Op. 15 – Argerich / Dai Fujikura (1977): Concerto para piano no. 4, “Akiko’s Piano” – Hagiwara]

2015


[Restaurado] BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para piano e orquestra em Dó maior, Op. 15 – Sinfonia no. 1 em Dó maior, Op. 21 – Argerich – Ozawa

2017


[Restaurado] Sergey Prokofiev – Prokofiev for Two – Martha Argerich, Sergei Babayan

2017


Viva a Rainha! – Martha Argerich, 80 anos [Debussy: Fantasia para piano e orquestra]

2018


[Restaurado] BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para piano e orquestra no. 2 em Si bemol maior, Op. 18 – Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Divertimento, K. 136 (excerto) – Edvard Grieg (1843-1907) – Suíte Holberg, Op. 40 – Argerich – Ozawa

2019



Nossa Rainha fala português [e que sdds, Nelson ♥♥♥]

Vassily

Debussy (1862 – 1918) – Chopin (1810 – 1849) – Mussorgsky (1839 – 1881): Peças para Piano – Behzod Abduraimov ֍

Debussy (1862 – 1918) – Chopin (1810 – 1849) – Mussorgsky (1839 – 1881): Peças para Piano – Behzod Abduraimov ֍

Debussy • Chopin

Mussorgsky

Peças para Piano

Behzod Abduraimov

 

Este disco chamou-me a atenção pelo que me pareceu de imediato um inusitado programa. Claro, adoro estas obras, logo eu que gosto de piano, mas confesso não as imaginava reunidas em um mesmo recital. Debussy e Chopin têm uma conexão, é certo, mas, Mussorgsky?

Além disso, havia visto o jovem virtuose, nascido no Uzbequistão, com o para mim estranho nome Behzod Abduraimov, associado a discos com Concertos para Piano do tipo arrasa-quarteirão.

No entanto, uma leitura do livreto trouxe a frase ‘O todo geralmente é maior do que a soma de suas partes’. E mais, nas palavras do próprio pianista: ‘Cada movimento é uma miniatura em si mesmo, e juntos formam um caleidoscópio de todos os tipos de imagens e emoções humanas’.

Uma das críticas compara as interpretações de Behzod com aquelas de pianistas como Pascal Rogé, Jean-Yves Thibaudet e Jean-Efflam Bavouzet, dizendo que estes conseguem mais sofisticação, mas não a mesma inocência infantil que ele consegue na suíte de Debussy. Eu fiquei pensando em quão privilegiados somos de poder contar com tantas opções…

Claude Debussy (1862 – 1918)

[1-6] – Children’s Corner

Frédéric Chopin (1810 – 1849)

[7-30] – Préludes, Op. 24

Modest Mussorgsky (1839 – 1881)

[31-44] – Quadros de uma Exposição

Behzod Abduraimov, piano

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MP3 | 320 KBPS | 415 MB

A Exposição…

Uma crítica bastante favorável na famosa Gramophone explica que as peças têm feito parte dos recitais de Behzod quando em suas turnês e certamente sua interpretação dessas lindas pecinhas que tomadas assim, juntas, somam um universo, transformam a audição do disco o do recital uma agradabilíssima experiência.

Aproveite!

René Denon

Behzod mostrando um diminuendo para o pessoal do PQP Bach…

Se você gostou desta postagem, talvez queira visitar esta aqui…

Frederic Chopin (1810-1849): Préludes, Op. 28 – Eric Lu, piano

Mussorgsky (1839-1881): Quadros de Uma Exposição / Ravel (1875-1937): Ma Mère l’Oye & Rapsódia Espanhola – Carlo Maria Giulini

Mussorgsky (1839-1881): Quadros de Uma Exposição / Ravel (1875-1937): Ma Mère l’Oye & Rapsódia Espanhola – Carlo Maria Giulini

Mussorgsky

Quadros de Uma Exposição

Ravel

Ma Mère l’Oye & Rapsódia Espanhola

Carlo Maria Giulini

 

Nas eternas discussões sobre música que mantínhamos nos encontros ao redor das bancas dos desejados LPs e CDs nas lojas de discos, falávamos de quase tudo. – Leon Fleisher e Szell são imbatíveis neste repertório! – Eu ouvia de um sério senhor de ascendência nipônica, enquanto segurava minha possível compra dos Concertos para Piano de Brahms, com Rudolf Serkin e o mesmo George Szell. Dúvidas abundavam, pois o investimento seria substancial.

Um dos temas que vez por outra entrava em pauta era o que o mesmo senhor chamava de ‘música canalha’. Eu sei, soa pior do que deveria, mas o pessoal era assim, radical. A cada um era permitido gostar de uma peça do gênero. Scheherazade era a queridinha dele. Vaias e apupos se elevavam quando Jardins de Um Mosteiro era mencionado.

Mas o repertório de ‘Música Ligeira’ ou de apelo popular, típico de orquestras como a Boston Pops, reserva grandes surpresas e geralmente traz ótimas lembranças.

Pois minha música de apelo popular preferida é ‘Quadros de Uma Exposição’ e esta é a minha gravação preferida. Sim, este álbum é um dos meus ‘Discos Mais Queridos’!

Carlo Maria Giulini foi um excelente regente, apesar de um repertório relativamente reduzido. Ele começou estudando violino e chegou a ocupar a fileira de violas da Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia. Tocou sob a batuta de grandes regentes, como Bruno Walter, Wilhelm Furtwängler, Victor de Sabata, Otto Klemperer. Esta experiência na orquestra certamente o ajudou a tornar-se um ótimo regente. Ele disse em entrevistas que detestava a abordagem ditatorial e exigente do então diretor musical da orquestra, preferindo a maneira gentil de reger de Bruno Walter. Segundo ele, Walter fazia cada músico sentir-se importante.

Entre as suas gravações mais famosas se encontram peças como ‘La mer’, de Debussy, as Sinfonias Nos. 3 e 5 de Beethoven, algumas das sinfonias de Mahler, as três últimas sinfonias de Bruckner. Óperas também eram importantes em seu repertório e as gravações de Don Giovanni, As Bodas de Fígaro, de Mozart, e Rigoletto e Falstaff de Verdi, vêm facilmente à memória. O Requiem de Verdi é também uma das gemas de sua discografia.

As peças que estão reunidas neste álbum foram lançadas originalmente em diferentes LPs. O denominador comum aqui é a orquestração de Maurice Ravel. A orquestração feita por Ravel do original Os Quadros de Uma Exposição, para piano, de Modest Mussorgsky, era tocada com frequência por Giulini. Realmente, esta peça pode ser usada para convencer pessoas que não têm o hábito de ouvir música ‘erudita’ a se aventurar nestas veredas. O movimento de abertura, Promenade, é uma daquelas músicas que gruda na nossa memória musical e como é repetida ao longo do passeio para vermos os quadros, acaba ficando de vez na nossa mente.

Para completar o programa, a suíte ‘Ma Mère l’Oye’, que nos leva para o mundo dos Contos de Fadas e a magia de Ravel permite nossa imaginação alçar grandes voos. E ainda há espaço para a Rapsódia Espanhola, que nos transporta diretamente para uma Espanha mítica, com seus jardins, perfumes e sons.

As duas orquestras – Chicago Symphony e Los Angeles Philharmonic foram dirigidas por Giulini e essas gravações mostram o quanto foi frutífera essa relação.

Modest Mussorgsky (1839 – 1881)

Quadros de Uma Exposição (Orquestração de Maurice Ravel)

  1. Promenade
  2. Gnomus
  3. Promenade
  4. Il vecchio castello
  5. Promenade
  6. Tuileries
  7. Bydlo
  8. Promenade
  9. Ballet des Petits Poussins dans leurs Coques
  10. Samuel Goldenberg und Schmuyle
  11. Limoges: Le Marché & Catacombae: Sepulchrum Romanum
  12. Cum mortuis in lingua mortua
  13. La Cabane de Baba-Yaga sur des Pattes de Poule & La Grande Porte de Kiev

Chicago Symphony Orchestra

Carlo Maria Giulini

Maurice Ravel (1875 – 1937)

Ma Mère l’Oye

  1. Pavane de la Belle au Bois Dormant
  2. Petit Poucet
  3. Laideronnette, Impératrice des Pagodes
  4. Les Entretiens de la Belle et la Bête
  5. Le Jardin Féerique

Rapsodia Espanhola

  1. Prélude à la Nuit
  2. Malagueña
  3. Habanera
  4. Feria

Los Angeles Philharmonic Orchestra

Carlo Maria Giulini

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MP3 | 320 KBPS | 160 MB

Música fácil, dirão certos puristas, mas com esta qualidade de interpretação, eu quero é mais!!

Para saber um pouco mais sobre a vida deste grande maestro, veja aqui.

Aproveite!

René Denon

Mussorgsky: Quadros de uma Exposição / Tchaikovsky: Sinfonia No. 4 (Sokhiev)

Mussorgsky: Quadros de uma Exposição / Tchaikovsky: Sinfonia No. 4 (Sokhiev)

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IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um belíssimo disco de música romântica russa. Tugan Sokhiev é um craque absoluto e este CD é um primor. Sokhiev pode ser lírico sem açúcar, grandioso sem ser chato, apaixonado sem verbosidade. Sim, sei que há quilos de gravações deste repertório, mas o pessoal da revista Gramophone acertou ao colocar este CD como Editor`s Choice Award. Ouçam porque vale a pena. E é uma gravação de compositores russos concebida por um russo. Não tem erro. A coisa é de primeira linha mesmo.

Mussorgsky: Quadros de uma Exposição / Tchaikovsky: Sinfonia No. 4

Mussorgsky: Quadros de uma Exposição
1. Promenade
2. I. Gnomus
3. Promenade
4. II. Il Vecchio Castello
5. Promenade
6. III. Les Tuileries
7. IV. Bydlo
8. Promenade
9. V. Ballet Of The Unhatched Chicks
10. VI. ‘Samuel’ Goldenberg Und ‘Schmuyle’
11. VII. The Marketplace At Limoges
12. VIII. Catacombae, Sepulchrum Romanum
13. Cum Mortuis In Lingua Mortua
14. IX. The Hut On Fowls’ Legs
15. X. The Great Gate Of Kiev

Tchaikovsky: Sinfonia No. 4
16. Andante Sostenuto. Moderato Con Anima
17. Andantino In Modo Di Canzona
18. Scherzo. Pizzicato Ostinato: Allegro
19. Finale. Allegro Coon Fuoco

Orchestre National Capitol de Toulouse
Tugan Sokhiev

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Tugan Sokhiev
Tugan Sokhiev

PQP

Glinka, Borodin, Rimsky-Korsakov, Khachaturian e Mussorgsky: Russian Orchestral Works

Glinka, Borodin, Rimsky-Korsakov, Khachaturian e Mussorgsky: Russian Orchestral Works

51KAxiC2p-L._SL500_Geralmente posto aquilo que ouço. E desde que este CD me chegou às mãos eu não cesso de ouvi-lo. São obras bastantes conhecidas. Mas identifiquei nele três questões: (1) ele é “todo russo” – orquestra e regente; obras e compositores, (2) ele possui peças que ao meu modo de ver são sublimes como, por exemplo, Nas Estepes da Ásia Central de Borodin, O Capricho Espanhol de Korsakov e a Abertura da ópera Kovantchina de Mussorgsky e (3) todos são compositores russos a que muito admiro. Em suma: o conjunto é maravilhoso e deve ser essa unidade que me cativou. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Mikhail Ivanovich Glinka (1804-1857) – Overture Ruslan and Ludmilla
01. Overture Ruslan and Ludmilla

Aleksandr Porfirevich Borodin (1833-1887) – Danças Polovtsianas da ópera Príncipe Igor – Ato 2
02. Danças Polovtsianas da ópera Príncipe Igor – Ato 2

Nas Estepes da Ásia Central
03. Nas Estepes da Ásia Central

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Capricho Espanhol, Op. 34
04. Alborada
05. Variazioni
06. Alborada
07. Scena e canto gitano
08. Fandango asturiano

Aram Khachaturian (1903-1978) Dança do Sabre
09. Dança do Sabre

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Abertura da Ópera Kovantchina
10. Abertura da Ópera Kovantchina

Uma noite no Monte Calvo
11. Uma noite no Monte Calvo

State Symphony Orchestra of Russian Federation
Evgeny Svetlanov, regente

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19th century landscape paintings | Gradovsky (Russian, 19th Century) - A Winter Landscape
19th century landscape paintings | Gradovsky (Russian, 19th Century) – A Winter Landscape

Carlinus

Balakarev / Borodin / Cui / Mussorgsky / Rimsky-Korsakov: Música Russa para Piano

Balakarev / Borodin / Cui / Mussorgsky / Rimsky-Korsakov: Música Russa para Piano

A pianista inglesa Margaret Fingerhut apresenta um interessante repertório do Grupo dos Cinco nacionalistas russos. São eles Mily Balakirev, Cesar Cui, Alexander Borodin, Modest Mussorgsky e Nikolai Rimsky-Korsakov. Sua música, tão russa, aqui nos chega com um sotaque perfeitamente britânico. É um bom disco para se conhecer história da música, pois o nacionalismo musical fez muita coisa boa antes e depois da virada do século XIX para o XX. Mas Fingerhut tenta transformar esses russos crassos em algo próximo de Beethoven e aí não funciona tão bem quanto deveria. Mas vale muito a audição. Eu curti.

Balakarev / Borodin / Cui / Mussorgsky / Rimsky-Korsakov: Música Russa para Piano

Balakirev
01 Toccata in C sharp minor
02 In the Garden
03 Polka in F sharp minor
Mussorgsky
04 A Teardrop
05 A Children’s Prank
06 In the Village
07 Nanny and I
08 First Punishment
Cui
09 No 9 in E major
10 No 10 in G sharp minor
11 No 2 in E minor
12 No 8 in C sharp minor
Rimsky-Korsakov
13 Sherzino Op 11 No 3
14 A Little Song
15 Novellette Op 11 No 2
Borodin
16 In the Monastery
17 Scherzo in A flat major
18 Nocturne

Margaret Fingerhut, piano

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O Grupo dos Cinco: Milii Balakirev, Cesar Cui, Alexander Borodin, Modest Mussorgsky, Nikolai Rimsky-Korsakov
O Grupo dos Cinco: Milii Balakirev, Cesar Cui, Alexander Borodin, Modest Mussorgsky, Nikolai Rimsky-Korsakov

PQP

Fantasia – Leopold Stokowski and the Philadelphia Orchestra

fantasia-leopold-stokowski-and-the-philadelphia-orchestraFantasia
Walt Disney
Philadelphia Orchestra
Trilha sonora

 

Essa postagem do Marcelo Stravinsky sobre Cartoon Concerto me fez viajar no tempo.

Imediatamente lembrei-me do primeiro desenho animado que assistí no cinema quando era criança: Fantasia, de Walt Disney, produzido em 1940, um marco na história do cinema.

Não me lembro quantas vezes meus pais foram obrigados a me levar ao cinema para assistir Fantasia. Fiquei hipnotizado pelas músicas e deslumbrado em ver na tela e em cores aquilo que eu só conhecia dos gibís.

Stokowski costumava tocar a sua transcrição para a Tocatta & Fugue somente em ensaios da orquestra. Por muitos anos jamais foi tocada em concerto. Quando dispunham de tempo extra no ensaio, dizia para os músicos:” Vocês se incomodam se tocarmos um pouco de Bach?” – e então tocavam a Tocatta & Fugue só para a própria satisfação. Seus amigos da Orquestra de Filadélfia ouviram, gostaram e pela primeira vez ela foi tocada em concerto. O público gostou. Posteriormente foi imortalizada na obra de Walt Disney, Fantasia.

Compartilho com meus amigos esse encantamento musical.

1. Toccata & Fugue In D Minor, BWV 565 – Bach, Johann Sebastian
2. The Nutcracker Suite, Op. 71A;  Dance Of The Sugar Plum Fairy – Tchaikovsky
3. The Nutcracker Suite, Op. 71A;  Chinese Dance – Tchaikovsky
4. The Nutcracker Suite, Op. 71A;  Dance Of The Reed Flutes – Tchaikovsky
5. The Nutcracker Suite, Op. 71A;  Arabian Dance – Tchaikovsky
6. The Nutcracker Suite, Op. 71A;  Russian Dance – Tchaikovsky
7. The Nutcracker Suite, Op. 71A;  Waltz Of The Flowers – Tchaikovsky
8. The Sorcerer’s Apprentice – Dukas, Paul Abraham (1865-1935)
9. The Rite Of Spring – Stravinski
10. Symphony No.6 ‘Pastoral’, Op.68; I.Allegro Ma Non Troppo – Beethoven
11. Symphony No.6 ‘Pastoral’, Op.68; II.Andante Molto Mosso – Beethoven
12. Symphony No.6 ‘Pastoral’, Op.68; III.Allegro- IV.Allegro- V.Allegretto – Beethoven
13. Dance Of The Hours From The Opera ‘la Gioconda’ – Ponchielli, Amilcare (1834-1886)
14. A Night On Bald Mountain – Mussorgsky
15. Ave Maria, Op.52 No.6 – Schubert

Fantasia
Leopold Stokowski and the Philadelphia Orchestra
Remastered Original Soundtrack Edition
1940

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MP3 320 kbps – 270,7 MB – 1,7 horas
powered by iTunes 12.5.1

Boa audição!

mulher

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Modest Mussorgsky (1839-1881): Cenas de Boris Gudonov / Quadros de uma Exposição

Modest Mussorgsky (1839-1881): Cenas de Boris Gudonov / Quadros de uma Exposição

Estas são gravações foram lançadas separadamente em discos de vinil nos anos de 1961 e 68. Totalmente remasterizadas, com som de alta qualidade, elas reapareceram em CD há uns dez anos. A primeira parte do disco é reservada para Boris Godunov. Boris Godunov é uma ópera de Mussorgsky baseada no drama homônimo de Alexander Pushkin. Estreou em 8 de fevereiro de 1874 no Teatro Mariinsky, em São Petersburgo. Sob muitos aspectos, a mais “russa” de todas as óperas, é um espetáculo grandioso e sombrio em que o povo russo, ao mesmo tempo sofredor e invencível, desempenha o papel principal. Mussorgsky investiu enorme energia nessa obra. Escreveu o libreto, que condensou o drama de Pushkin, e fez uma revisão completa da partitura após sua rejeição pelo Teatro Mariinsky. A trama era aceitável aos Romanov por descrever a desordem na Rússia no início do século XVII, muito antes de sua ascensão ao poder. Era também patriótica, retratando a resistência a uma invasão polonesa. Acima de tudo, com seus coros e árias melancólicas permeados por canções folclóricas e cantos ortodoxos, Boris Godunov assemelha-se a um vasto quandro vivo da conturbada história da Rússia e de sua alma torturada. Quadros de uma Exposição é uma suíte escrita para piano. Viktor Hartmann, arquiteto e pintor, grande amigo de Mussorgsky, havia falecido recentemente (1873) aos 39 anos de idade. Em março de 1874, estava acontecendo uma exposição de seus quadros em uma galeria de São Petersburgo. Após visitá-la, o compositor resolveu prestar uma homenagem ao amigo. Escolheu dez dentre os quadros expostos e compôs uma música para cada um deles. Uniu através de um tema comum (“Promenade”) as várias partes da peça. As músicas exploram a corrente folclórica russa e o estilo de piano é inovador em sua austeridade e ausência de tessitura. Composta em uma época em que o piano era instrumento de brilho virtuosístico, a suíte foi durante algum tempo ignorada. Claude Debussy, grande compositor francês, era admirador confesso de Mussorgsky e estudou bastante esta suíte, pelo seu caráter singular. A versão aqui postada é a famosa  transcrição para orquestra feira pelo super orquestrador Maurice Ravel. As interpretações merecem — e como! — o título Great Performances acima.

Modest Mussorgsky (1839-1881): Cenas de Boris Gudonov / Quadros de uma Exposição

Scenes From Boris Godunov
Prologue, Scene 2 (The Square In The Moscow Kremlin)
1 Da Zdrávstvuyet Tsar Boris Feodorovich (Long Live Tsar Boris Fedorovich!) 1:53
2 Uzh Kak Na Nébe Sólntsu Krásnomu (Even As Glory To The Radiant Sun) 2:49
3 Skorbit Dushá! (My Soul Is Torn With Anguish) 3:17
4 Sláva! (Glory!) 1:28
Boris’s Monologue From Act II
5 Dostig Ya Vïsshey Vlasti (I Have Attained The Highest Power) 6:01
Dialogue And Hallucination Scene From Act II
6 Ty Zachém (What Do You Want?) 1:02
7 Velkii Gosudár, Chelóm Byu (Mighty Lord…) 5:52
8 Ne Kázen Strashná, Strashná Tvoyá Nemilost (It Is Not Death That Is Hard To Bear…) 1:45
9 Uf Tyazheló! (God, How Stifling It’s Become!) 3:45
Boris’s Farewell To His Son And Death Of Boris From Act IV, Scene 2
10 Carevicha Skorej! (The Tsarevich, Quickly!) 6:33
11 Zvon!…Pogrebálnyi Zvon! (Listen! It’s Ringing…The Funeral Bell Is Ringing!) 4:20

George London, bass
The Columbia Symphony Orchestra and Chorus
Thomas Schippers

Pictures At An Exhibition
12 Promenade 1:33
13 Gnomus (The Gnome) 2:38
14 Promenade 0:55
15 Il Vecchio Castello (The Old Castle) 4:42
16 Promenade 0:32
17 Tuileries (Children’s Dispute After Play) 1:01
18 Bydlo (Ox-cart) 2:16
19 Promenade 0:42
20 Ballet Des Petits Poussins Dans Leur Coques (Ballet Of The Unhatched Chickens) 1:14
21 Samuel Goldenburg And Schmuyle 2:21
22 Limoges: Le Marché (The Market Place Of Limoges) 1:26
23 Catacombae: Sepulchrum Romanum (Catacombs: A Roman TOmb) 1:41
24 Cum Mortis In Lingua Morta (With The Dead In A Dead Language) 1:43
25 La Cabane Baba-Yaga Sur Des Pattes De Poule (The Hut Of Bba-Yaga On Chickens’ Legs) 3:44
26 La Grande Porte De Kiev (The Great Gate Of Kiev) 4:52

The Philadelphia Orchestra
Eugene Ormandy

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Mussorgão posando para a posteridade
Mussorgão posando para a posteridade

PQP

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition / Uma noite no Monte Calvo / Valsa do Lago dos Cisnes (Tchaikovsky)

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition / Uma noite no Monte Calvo / Valsa do Lago dos Cisnes (Tchaikovsky)

A interessantíssima suíte para piano Quadros de uma Exposição foi composta por Mussorgsky em junho de 1874, inspirada em uma mostra de desenhos do arquiteto e pintor Viktor Hartmann, amigo de Mussorgsky, falecido no ano anterior. A peça coloca cada quadro sob forma musical e há até um tema que descreve a caminhada entre um e outro. É uma visita à exposição. Décadas depois, Ravel realizou sua célebre versão orquestral, presente neste CD.

Modest Petrovich Mussorgsky foi um compositor e milico russo. Foi membro do nacionalista Grupo dos Cinco, ao lado dos músicos Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Nikolai Rimsky-Korsakov. Com a morte de sua mãe, quanfo Modest tinha 26 anos, em 1865, o alcoolismo passou a fazer parte de sua vida. Em 1867 compôs a peça orquestral Uma noite no Monte Calvo, presente neste CD, que Balakirev se recusou a reger em razão de sua modernidade… Aos 29 anos de idade começou a compor Boris Godunov, sua ópera mais conhecida e uma das peças mais importantes da história da música russa, baseada na obra de Pushkin. Utilizando o ritmo da fala dos mujiques ao invés de melodias líricas; com harmonias excêntricas na época, como a harmonia sacra eslava; coros e personagens populares com papéis importantes, Boris Godunov causou grande polêmica, sendo que a versão original de 1870 foi recusada. A estréia ocorreu no Teatro Maryinsky em 1873, após diversas alterações feitas por Mussorgsky e Rimsky-Korsakov. Após uma segunda apresentação de apenas alguns trechos, a ópera deixou de ser encenada. Após 1874 a qualidade de sua música começa a decair. Khovanshchina (1872-1881) é uma ópera em que predominam os motivos líricos. Nos anos que se seguiram, o alcoolismo passa a se intensificar. É dessa época o ciclo Canções e danças da morte (1875-1877), de sabor exótico e oriental. Em 1880 foi demitido de seu posto no serviço governamental por alccolismo. Mussorgsky uma semana após completar 42 anos.

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition / Uma noite no Monte Calvo / Valsa do Lago dos Cisnes (Tchaikovsky)

01. Pictures At An Exhibition : Promenade I
02. Pictures At An Exhibition : Gnomus
03. Pictures At An Exhibition : Promenade II
04. Pictures At An Exhibition : The Old Castle
05. Pictures At An Exhibition : Promenade III
06. Pictures At An Exhibition : Tuileries Gardens
07. Pictures At An Exhibition : Bydlo
08. Pictures At An Exhibition : Promenade IV
09. Pictures At An Exhibition : Ballet Of The Unhatched Chicks
10. Pictures At An Exhibition : Samuel Goldenberg und Schmuÿle
11. Pictures At An Exhibition : The Market At Limoges
12. Pictures At An Exhibition : Catacombae (Sepulchrum Romanum)
13. Pictures At An Exhibition : Cum Mortuis In Lingua Mortua
14. Pictures At An Exhibition : The Hut On Chicken’s Legs
15. Pictures At An Exhibition : The Great Gate Of Kiev

16. Mussorgsky: Night On Bald Mountain

17. Tchaikovsky: Swan Lake Suite, Op.20a : 2. Waltz

Vienna Philharmonic Orchestra
Gustavo Dudamel

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Mussorgsky: como nasciam russos bons no século XIX!
Mussorgsky: como nasciam russos bons no século XIX!

PQP

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera / Modest Mussorgsky (1839-1881): Uma noite no Monte Calvo / Béla Bartók (1881-1945): O Mandarim Miraculoso

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera / Modest Mussorgsky (1839-1881): Uma noite no Monte Calvo / Béla Bartók (1881-1945): O Mandarim Miraculoso

salonen_le_sacre_du_printempsIM-PER-DÍ-VEL !!!

A revalidação desta postagem é uma cortesia com chapéu alheio feita por Ranulfus, que não quer deixar de participar das comemoração dos 100 anos de Sagração de Primavera. Como esta realização pelo regente finlandês mexeu especialmente comigo quando o PQP postou em 15/11/2009, tomo a liberdade de trazê-la para a boca do palco sem nem perguntar ao proprietário. Noto que apesar de gostar muito de Mussorgski e de Bartók, não gosto das duas peças deles incluídas aqui, em particular. Ouvi-las ou não, é com vocês. Mas essa Sagração… ouçam e depois digam se não vale mesmo o atrevimento! (Ranulfus)

Esta gravação ao vivo é a estréia de Esa-Pekka Salonen no Walt Disney Concert Hall como regente titular da Filarmônica de Los Angeles. Foi em 2003. A obra central do concerto é a A Sagração da Primavera. O registro é um verdadeiro milagre na versão original, pois a acústica do teatro é impecável. A gravação capta a energia e a beleza deste trio de músicas agitadas e poderosas.

O finlandês Salonen (1958) dá, é claro, um show. É um grande regente. Certamente ficará, se me entendem.

Mussorgski: Uma noite no Monte Calvo / Bartók: O Mandarim Miraculoso / Stravinski: A Sagração da Primavera

1. Mussorgsky: Night on Bald Mountain (original version)
2. Bartók: The Miraculous Mandarin, op. 19, Sz. 73 (concert version)
3-16. Stravinsky: Le Sacre du printemps (version 1947)

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Salonen: esse é bom!
Salonen: eu emprestaria meu cachorro para ele passear

Apoie os bons artistas, compre sua música!

PQP

Mussorgsky (1839-1881): Quadros de uma Exposição / Ravel (1875-1937): Bolero (Celibidache)

Mussorgsky (1839-1881): Quadros de uma Exposição / Ravel (1875-1937): Bolero (Celibidache)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O romeno naturalizado alemão Sergiu Celibidache (1912-1996) talvez tenha sido o último gênio da regência orquestral a pisar em nosso planeta. Grande ensaiador, estudioso, atento a cada detalhe, teve sua antítese na vulgaridade de seu vizinho HvK. Alguns músicos dizem que nunca houve uma dupla mais perfeita do que a que ele fazia com a Filarmônica de Munique. E aqui ele perfaz, ao vivo, o mesmo itinerário de percorrido por Karajan em uma gravação de estúdio. Quanta diferença! Aqui, nesta gravação ao vivo, cada detalhe é desnudado, sendo resolvido com precisão e clareza. Se vocês desejam ouvir todo o notável talento de arranjador de Ravel, aqui vocês estarão muito bem servidos. Ah, explico: a versão orquestral de Quadros de uma Exposição, peça escrita originalmente para piano solo, é de autoria de Ravel. Abaixo, coloco também um vídeo sobre Celi. Como muitos gênios, ele também tinha certa loucura instalada em seu cérebro. E muito, mas muito humanismo e talento.

https://youtu.be/hG-biP9kwjo

Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition / Ravel (1875-1937): Bolero

1. Applause – Ravel/Mussorgsky
2. Pictures At An Exhibition: Promenade: Allegro Giusto, Nel Modo Russico; Senza Allegrezza, Ma Poco…
3. Pictures At An Exhibition: I. Gnomus: Vivo
4. Pictures At An Exhibition: Promenade: Moderato Comodo E Con Delicatezza
5. Pictures At An Exhibition: II. Il Vecchio Castello: Andante
6. Pictures At An Exhibition: Promenade: Moderato Non Tanto, Pesante
7. Pictures At An Exhibition: III. Tuileries: Allegretto Non Troppo, Capriccioso
8. Pictures At An Exhibition: IV. Bydlo: Sempro Moderato, Pesante
9. Pictures At An Exhibition: Promenade: Tranquillo
10. Pictures At An Exhibition: V. Ballet Des Petits Poussins Dans Leurs Coques: Scherzino: Vivo Leggiero
11. Pictures At An Exhibition: VI. Samuel Goldenberg Un Schmuyle: Andante
12. Pictures At An Exhibition: VII. Limoges: Le Marche: Allegretto Vivo, Sempre Scherzando
13. Pictures At An Exhibition: VIII. Catacombae: Sepulchrum Romanum: Largo
14. Pictures At An Exhibition: Cum Mortuis In Lingua Mortua: Andante Non Troppo, Con Lamento
15. Pictures At An Exhibition: IX. La Cabane De Baba-Yaga Sure Des Pattes De Poule: Allegro Con Brio…
16. Pictures At An Exhibition: X. La Grande Porte De Kiev: Allegro Alla Breve. Maestoso. Con Grandezza
17. Applause
18. Applause
19. Bolero: Tempo Di Bolero Moderato Assai
20. Applause – Ravel/Mussorgsky

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache

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Celibidache: atenção aos detalhes
Celibidache: atenção aos detalhes e loucura instalada

PQP

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Pictures at an Exhibition – Franz Schubert (1797-1828) – Piano Sonata in D Major, op. 53, D. 850 – Alice Sara Ott

51oNjD0FozLEste recente CD traz duas grandes obras para piano nas jovens mãos de Alice Sara Ott. Foi gravado ao vivo no famoso Teatro Mariinsky, em São Petersburgo, diferentemente do que disse na postagem anterior, quando comentei que tinha sido gravado em Moscou.
Ott não se intimidou com o repertório, ao contrário, podemos senti-la confiante, tentando não se assustar com o fato de que estava sendo gravada, tocando uma das principais peças do repertório pianístico russo em solo russo, em uma das principais salas de concerto russa, e claro, encarando uma platéia russa, e para completar, no principal festival de música clássica russo, as “Noites Brancas”.
Neste verdadeiro tour-de-force, Alice Sara Ott ainda encara a Sonata D. 850 de Schubert, outro peso pesado do repertório pianístico. Dificilmente podemos encontrar elementos em comum entre as duas peças, mas, como diz Alice em texto do booklet:
“The only thing the two works have in common is that both are very contemporary. They look toward the future, and are not just expressions of the rules of the time (…)
Enfim, outro belo cd desta jovem pianista, filha de uma japonesa e de um alemão, uma mistura de culturas pouco comum.

01 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Promenade
02 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Gnomus
03 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – [Promenade]
04 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Il vecchio castello
05 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – [Promenade]
06 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Tuileries (Dispute d’enfants apres j
07 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Bydlo
08 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – [Promenade]
09 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Ballet des poussins dans leurs coques
10 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Samuel Goldenberg und Schmuyle
11 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Promenade
12 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Limoges. Le Marche (La Grande Nouvelle)
13 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Catacombae (Sepulcrum romanum)
14 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Cum mortuis in lingua mortua
15 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – La Cabane sur des pattes de poule (B
16 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – La Grande Porte (de l’ancienne capit
17 – Schubert – Piano Sonata in D major Op.53 D 850 – I. Allegro vivace
18 – Schubert – Piano Sonata in D major Op.53 D 850 – II. Con moto
19 – Schubert – Piano Sonata in D major Op.53 D 850 – III. Scherzo. Allegro vivace
20 – Schubert – Piano Sonata in D major Op.53 D 850 – IV. Rondo. Allegro moderato

Alice Sara Ott – Piano

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FDPBach

Modest Mussorgsky – Uma noite no Monte Calvo (Leibowitz) & Quadros de uma Exposição (Ravel) – The Power of the Orchestra

Vocês querem mais uma versão de Uma Noite no Monte Calvo? Na verdade, pra mim, essa versão do Leibowitz, não é apenas mais uma, e sim, a versão definitiva – do caralho mesmo! Extremamente agressiva e sem aquelas trombetinhas chatas , no estilo de cavalaria que só servem para dar uma quebra na ideia da obra (me perdoem os mais conservadores), da versão original. A versão orquestrada por Ravel de Quadros de Uma Exposição, ficou ainda mais interessante nas mãos de René Leibowitz e a Royal Philharmonic Orchestra.

Esclarecimento: Apesar da Amazon apontar Stokowski como o autor do arranjo de Uma noite no Monte Calvo gravado nesse álbum, essa versão é na realidade de René Leibowitz, sendo essa é a mais famosa de suas orquestrações/arranjos. Vide: http://www.angelfire.com/music2/reneleibowitz/rl.html

.oOo.

The Power of the Orchestra
Mussorgsky: Pictures at an Exhibition, Night on Bare Mountain

01 Night on Bare Mountain (arr. Leibowitz)
02-16
Pictures at an Exhibition (arr. Ravel)

Royal Philharmonic Orchestra, René Leibowitz

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Marcelo Stravinsky

Mravinsky Edition – Glazunov, Korsakov, Glinka, Steinberg, Salmanov, Kachaturian, Liadov e Mussorgsky (CDs 3 e 4)

Vamos a mais dois CDs com esta série de 10 discos com Evgeny Mravinsky. Não sei se alguém lembra do último post que fiz com essa série. Todavia, vamos lá! Deixo transparecer todas as vezes que falo sobre Mravinsky, que ele foi o maior regente do século XX. Particularmente, a minha predileção pelo russo surge em decorrência de “um quê” de força e pujança que as peças regidas por ele possuem. É diferente ouvir Mravinsky. É sempre um evento grandioso, de elevação, robusteza e vigor. Nestes dois CDs ora postados, as peças são todas de compositores russos, o que constitui um evento particular. É imperativo ouvir. Boa apreciação!

DISCO 3

Alexander Glazunov (1865-1936) – Sinfonia No. 4 in E-Flat Major, Op. 48
01. Andante – Allegro moderato
02. Scherzo, Allegro vivace
03. Andante – Allegro

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Tale of the Invisible City of Kitezh
04. Prelude – Hymn to Nature
05. Bridal Procession
06. Tartar invasion and Battle of Kerzenets
07. Death of Frevronya and Apotheosis

Mikhail Ivanovich Glinka (1804-1857) – Overture Ruslan and Ludmilla
08. Overture Ruslan and Ludmilla

Osseyevich Maximilian Steinberg (1883-1946) – Dance of the Buffoons
09. Dance of the Buffoons

Dance of Gillina
10. Dance of Gillina

DISCO 4

Vadim Nikolayevich Salmanov (1912-1978) – Sinfonia No. 2 em Sol Maior
01. The Song of the Forest
02. Call of Nature
03. At the Sunset
04. The Forest Is Singing

Aram Khachaturian (1903-1978) – Sinfonia No. 3 em Dó maior (Sinfonia poema)
05. Sinfonia No. 3 em Dó maior (Sinfonia poema)

Anatoly Konstantinovich Liadov (1855-1914) – Baba Yaga Op. 56
06. Baba Yaga Op. 56

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Khovantchina – Dawn on Moskwa River
07. Khovantchina – Dawn on Moskwa River

Leningrad Philharmonic Orchestra
Evgeny Mravinsky, regente

BAIXAR AQUI CD3
BAIXAR AQUI CD4

Carlinus

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Quadros em uma Exposição e Maurice Ravel (1875-1937) – Bolero

Há uma tríade maravilhosa nesta postagem: (1) Sergiu Celibidache. O maestro romeno, morto em 1996, era uma figura formidável do mundo da regência. As interpretações do maestro eram absolutamente pessoais e diversas de quaisquer outras que se conheça. É o que podemos testemunhar neste post maravilhosamente imperdível. Há algo de misterioso e fascinante em seus trabalhos. Há uma força que nos chama, que nos convoca à apreciação. É sempre bom ouvir peças regidas pelo velho Sergiu – filósofo, físico e matemático. (2) Mussorgsky. O russo é um dos meus compositores favoritos. Os Seus Quadros em uma exposição são uma das peças mais conhecidas do repertório erudito de todo o mundo. É música genuinamente russa elevada ao cubo. Os Quadros em uma Exposição buscam retratar musicalmente uma visita à exposição das obras de Hartmann, na qual o ouvinte tem como guia o próprio compositor, simbolizando na obra nas diversas Promenades que separam as diferentes seções. (3) Ravel. Aqui temos o Bolero, uma das peças mais conhecidas e aclamadas do século XX. É sempre agradável ouvir o Bolero de Ravel. A melodia do Bolero é simples, repetitiva e envolvente. É uma música que anda em círculos, em volteios, que vão se intensificando e eivando de complexidade. Somos compelidos a acompanhá-lo em sua ciranda agradável. Em suma: este CD deve ser ouvido para ser entendido. Não deixe de ouvir e apreciar. Boa contemplação!

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Quadros em uma Exposição

01. Applause
02. Promenade
03. Gnomus
04. Promenade
05. Il vecchio castello
06. Promenade
07. Tuileries
08. Bydlo
09. Promenade
10. Ballet des petits poussins dans leurs coques
11. Samuel Goldenberg und Schmuyle
12. Limoges- le marché
13. Catacombae- Sepulchrum Romanum
14. Cum mortuis in lingua mortua
15. La Cabane de Baba-Yaga sur des pattes de poule
16. La Grande Porte de Kiev
17. Applause

Maurice Ravel (1875-1937) – Bolero

18. Applause
19. Tempo di Bolero moderato assai
20 Applause

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Carlinus

Modest Mussórgski (1839-1881) – Quadros de uma exposição, transcrito por Jaime Zenamon

Apesar de eu aderir no título do post à nova convenção da transliteração do russo para o português (Mussórgski, Stravínski, Tchaikóvski), não é preciso modificar as categorias, até porque seria um tanto trabalhoso, por isso fica Mussorgsky, Stravinsky, Tchaikovsky e assim vai.

Esta pitoresca transcrição para violino e violão, feita pelo violonista e compositor boliviano naturalizado brasileiro Jaime Zenamon, pode não ter o poder da obra original para piano, o colorido da orquestração de Ravel ou a subversão da versão de Emerson, Lake and Palmer, mas é digna de nota. O límpido som do violino de Alessandro Borgomanero, italiano radicado no Brasil, colabora para simpatizarmos com a reinstrumentação.

No final do CD há duas peças curtas de Zenamon: a Suíte caricaturas e 3 retratos.

***

1-15. Quadros de uma exposição
Promenade
Gnomus
Promenade
The old castle
Promenade
Tuileries
Bydlo
Promenade
Ballet of the unhatched chicks
Samuel Goldberg and Schmuyle
Limoges
Catacombae
Con mortuis in lingua morta
Baba Yaga
The Bogatyr Gate

16-20. Suíte caricaturas n° 2, op. 8 – Jaime Zenamon
Prelúdio
Calmíssimo
Andante
Dansa – Saltando
Fugadito

21-23. 3 retratos – Jaime Zenamon
Encuentro
Dialogo
Despedida

Jaime Zenamon: violão
Alessandro Borgomanero: violino

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CVL

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an exhibition; Night on Bald Mountain; Sennacherib; Salammbô; Oedipus; Joshua

Baita orquestra, baita coral, baita regente, música expressionista, bem escandalosa e bela. Uma gravação 100% satisfatória. E viva o Inter!

Modest Mussorgsky: Pictures at an exhibition; Night on Bald Mountain; Sennacherib; Salammbô; Oedipus; Joshua

01 Night on Bald Mountain

02 The Destruction of Sannacherib

03 Salammbo – Chorus of Priestesses

04 Oedipus in Athens – Chorus of People in the Temple

05 Joshua

06 Pictures at an Exhibition -I- Promenade
07 Pictures at an Exhibition -II- Gnomus
08 Pictures at an Exhibition -III- Promenade
09 Pictures at an Exhibition -IV- The Old Castle
10 Pictures at an Exhibition -V- Promenade
11 Pictures at an Exhibition -VI- Tuileries
12 Pictures at an Exhibition -VII- Bydlo
13 Pictures at an Exhibition -VIII- Promenade
14 Pictures at an Exhibition -IX- Ballet of the Unhatche Chicks
15 Pictures at an Exhibition -X- Samuel Goldenberg Und Schmuyle
16 Pictures at an Exhibition -XI- The Limoges Market
17 Pictures at an Exhibition -XII- Catacombae; Sepulchrum Romanum
18 Pictures at an Exhibition -XIII- Cum Mortis In Lingua Mortua
19 Pictures at an Exhibition -XIV- The Hut on Chicken’s Legs
20 Pictures at an Exhibition -XV- The Great Gate of Kiev

Prager Philharmonischer Chor
Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado

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PQP

Modest Petrovich Mussorgsky (1839-1881): St. Johns Night on the Bare Mountain, Khovanshchina, Scherzo in B-flat Major, Intermezzo Symphonique in modo classico, Festive March from ‘Mlada’

Sempre fui fascinado pela música de Mussorgsky, mas durante muitos anos, infelizmente, a única obra a que tive acesso era a já tão comentada “Pictures at an Exhibition”, já postada aqui diversas vezes. Mas a obra que mais me impressionou deste compositor foi  “Uma Noite no Monte Calvo”, na versão do Stokowsky para o clássico desenho da Disney, “Fantasia”. Fiquei fascinado pela música, e, depois de muito procurar, e encontrar apenas a versão orquestral, a versão de Rimsky-Korskov, eis que encontro esta fantástica versão do Claudio Abbado, com direito a solista, coro e orquestra. Um cd simplesmente espetacular. Imperdível. Pelo que entendi, esta versão para solista, coro e orquestra é muito rara de ser executada. Mas minha busca terminou. Na verdade, até pouco tempo atrás eu desconhecia esta versão, e quando postei um cd com obras de compositores russos há algum tempo atrás, alguém, não lembro se foi o Exigente, comentou que procurava a outra versão. Fui então atrás, e graças aos recursos da WEB, a encontrei.

Se puderem, ouçam em um volume bem alto, para poderem captar melhor as nuances da obra. Claudio Abbado fez um excepcional trabalho.

Maiores informações sobre a obra podem ser encontradas aqui .

Modest Petrovich Mussorgsky  – St. Johns Night on the Bare Mountain, Khovanshchina,  Scherzo in B-flat Major,  Intermezzo Symphonique in modo classico,  Festive March from ‘Mlada’

1 – St. Johns Night on the Bare Mountain
2 – Khovanshchina, Prelude
3 – Khovanshchina, Aria of Shaklovity
4 – Khovanshchina, The Departure of Prince Golizyn
5 – Khovanshchina, Aria of Maria
6 – Khovanshchina, Dance of the Persian Slave Girls
7 – Scherzo in B-flat Major
8 – Intermezzo Symphonique in modo classico
9 – Festive March from ‘Mlada’

Anatoli Kotcherga – Bass-Baritone
Mariana Tarasova – Mezzo-Soprano
Rundkunkchor Berlin
Südtiroler Kinderchor
Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado – Conductor

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FDP Bach

Mussorgsky / Ravel – Quadros de uma Exposição e Borodin – Sinfonia Nº 2 e Danças Polovetsianas

CD novíssimo. Foi gravado em 29 e 31 de dezembro de 2007 em Berlim e lançado em fevereiro na Europa. Mas P.Q.P. não pode esperar e fez sua compra na Amazon. Uma bela compra de um CD que nasceu clássico. Não vou ficar escrevendo sobre as qualidades – notáveis – que vejo em Rattle e nem que a Orquestra Filarmônica de Berlim permanece a mesma, vou falar de outra coisa: a EMI ficou repentinamente inteligente. Colocando o CD original no micro, podemos ver na Internet os ensaios da Filarmônica de Berlim antes do concerto (gravado ao vivo), depoimentos de Rattle, imagens e entrevistas com os músicos, etc. Isso é agregar inteligentemente valor a um produto qua circula anda por aí gratuitamente. E é um material bem produzido, esclarecedor e longo. Nada como pensar um pouquinho.

Mussorgsky: Pictures at an Exhibition
Borodin: Symphony No. 2,
Borodin: Polowetzer Dances

1. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Promenade
2. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Gnomus
3. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Promenade
4. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – The Old Castle
5. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Promenade
6. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Tuileries
7. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Bydlo
8. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Promenade
9. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Ballet of the Unhatched Chicks
10. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Samuel Goldenberg & Schmuyle
11. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – The Market at Limoges
12. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Catacombae
13. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Cum mortuis in lingua mortua
14. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – The Hut on Fowl’s Legs
15. Mussorgsky: Pictures At An Exhibtion – The Great Gate of Kiev

16. Borodin: Symphony #2 in B minor – I. Allegro
17. Borodin: Symphony #2 in B minor – II. Scherzo: Prestissimo – Allegretto
18. Borodin: Symphony #2 in B minor – III. Andante
19. Borodin: Symphony #2 in B minor – IV. Finale: Allegro

20. Borodin: Polvetsian Dances (from ‘Prince Igor’)

Simon Rattle (Conductor),
Berliner Philharmoniker (Orchestra)

BAIXE AQUI (Parte 1) – DOWNLOAD HERE (Part 1)

BAIXE AQUI (Parte 2) – DOWNLOAD HERE (Part 2)

Modest Petrovich Mussorgsky (1839-1881), Alexander Porfiryevich Borodin (1833-1887), Nikolai Andreyevich Rimsky-Korsakov (1844-1908)

Capa Ausente por alguns dias do blog, devido a compromissos pessoais, FDP Bach está prestes a entrar em férias, mas antes estará disponibilizado mais algumas pérolas da música, escolhidas a dedo.
Esta minha postagem é uma espécie de contraposição à anterior feita pela minha colega Clara Schumann. Enquanto ela se dedica de corpo e alma à causa francesa, FDP continua envolvido com a alma russa. E esse cd que estou postando hoje é, como o de Clara, uma espécie de coletânea também, só que de música russa. Três grandes compositores que souberam captar a alma russa e transmiti-la para sua música. E os três pertencentes ao famoso “Grupo dos Cinco”, grupo de compositores russos nacionalistas, que procuravam produzir uma música especificamente russa.
Sou fã ardoroso de Mussorgsky, principalmente de seus “Quadros de uma Exposição”, já postada aqui em versão para piano, se não me engano. Pois nessa coletânea teremos “Uma Noite no Monte Calvo” (com o perdão da tradução tosca, mas foi a que me pareceu mais adequada). Quem não se lembra do clima sombrio capturado por Walt Disney em seu “Fantasia” ? Eu era um garoto quando assisti pela primeira vez à este clássico da animação, e confesso que fiquei com um certo temor, pela atmosfera conseguida pela interpretação de Stokowsky e as imagens de Disney: uma combinação genial.
Borodin comparece duas vezes, e Rimsky-Korsakov 3 vezes, com sua magnífica “Russian Easter Overture”, obra da qual PQP Bach já se declarou fã, a prova de fogo para qualquer instrumentista, “Flying of the Bumble Bee”, e claro, o indefectível “Capriccio Espanol”, sempre presente nessas coletâneas de música “ligeira”.
André Cluytens é um regente experiente, e consegue capturar e transmitir essa alma russa a que me referi no começo da postagem.
Enjoy it.

Alexander Borodin, Modest Mussorgsky, Rimsky Korsakov – Musique Russe

1 – Modest Mussorgsky: Night on the Bald Mountain
2 – Alexander Borodin: In the Steppes of Central Asia
3 – Nikolai Rimsky-Korsakov: Capriccio Espagnol

Philharmonia Orchestra, André Cluytens (Rec. 1960)

4 – Nikolai Rimsky-Korsakov: Russian Easter, Festival Overture
5 – Nikolai Rimsky-Korsakov: The Flight of the Bumble-Bee
6 – Alexander Borodin: Polovtsian Dances from ‘Prince Igor’
Société des Concerts du Conservatoire

Andre Cuytens – Director
Philharmonia Orchestra, André Cluytens
Société des Concerts du Conservatoire

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE