The Dmitri Shostakovich Edition – CDs 25, 26 e 27 de 27

SÉRIE IM-PER-DÍ-VEL!!! E MAIS UMA SÉRIE FINALIZADA !!!

CD 25

Os quartetos de números 9, 10 e 11 são semelhantes em estrutura e espírito. São os três muito bons e têm em comum o fato de manter por todo o tempo a alternância entre movimentos rápidos e lentos, sendo tais contrastes ampliados pelo fato de o nono e o décimo primeiro serem compostos por movimentos executados sem interrupções. O décimo ainda separa os primeiros movimentos, porém o Alegretto final surge de dentro de um o Adágio. A postura de fazer com que surjam movimentos antagônicos um de dentro do outro é uma particularidade que torna estes quartetos ainda mais interessantes, sendo que o décimo primeiro é um quarteto de 17 minutos com sete movimentos; isto é, Shostakovich brinca com a apresentação de temas que fazem surgir de si outros muito diversos em estilo, como se o compositor estivesse sofrendo de uma incontrolável superfetação (*). É, no mínimo, desafiador ao ouvinte. Melodicamente, são muito ricos, e exploram com insistência incomum os ostinatos, os quais são sempre belíssimos e curiosos. Merecem inteiramente o lugar que modernamente obtiveram no repertório dos quartetos de cordas. É curioso como é fácil confundi-los. Estou ouvindo-os enquanto escrevo e noto quando o CD passa de um para outro, pois têm personalidades muito próprias, mas nunca sei se o que estou ouvindo é o nono ou o décimo. Pode ser uma limitação minha! Já no décimo primeiro, o paroxismo da criação de melodias chega a tal ponto, seus ostinatos são tão alucinados, que é mais fácil reconhecê-lo.

Aliás, o décimo primeiro apresenta aqueles finais tranquilos que constituíram-se uma das assinaturas do Shostakovich final. Esqueçam o gran finale. Sem fazer grande pesquisa, sei que eles podem ser encontrados na 13ª, 14ª e 15ª sinfonias, neste quarteto e no sensacional Concerto para Violoncelo que será comentado a seguir.

(*) Palavra pouco utilizada, não? Significa a concepção que ocorre quando, no mesmo útero, já há um feto em desenvolvimento.

String Quartet No. 5 in B flat major Op. 92 (1952) 
1. Allegro non troppo  10:44 
2. Andante  10:41 
3. Moderato  10:25 

String Quartet No. 11 in F minor Op. 122 (1966) 
4. Introduction (andantino)  2:15 
5. Scherzo (allegretto)  2:57 
6. Recitativo (adagio)  1:18 
7. Etude (allegro)  1:19 
8. Humoresque (allegro)  1:08 
9. Elegy (adagio)  4:15 
10. Conclusion (moderato)  3:41 

String Quartet No. 12 in D flat major Op. 133 (1968) 
11. Moderato  6:41 
12. Allegretto  20:29 
       
Total:  76:15 
 
Rubio Quartet
Dirk van de Velde, violin I
Dirk van den Hauwe, violin II
Marc Sonnaert, viola
Peter Devos, cello

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CD 26

Talvez apenas aficionados possam gostar do esquisito Quarteto Nº 6. Ele tem quatro movimentos, dos quais três são decepcionantes ou descuidados. O intrigante nesta música é o extraordinário terceiro movimento Lento, uma passacaglia barroca que é anunciada solitariamente pelo violoncelo. É de se pensar na insistência que alguns grandes compositores, em seus anos maduros, adotam formas bachianas. Os últimos quartetos e sonatas para piano de Beethoven incluem fugas, Brahms compôs motetos no final de sua vida e Shostakovich não se livrou desta tendência de voltar ao passado comum de todos. Enfim, este quarteto vale por seu terceiro movimento e, com certa boa vontade, pelo Lento – Allegretto final.

String Quartet No. 4 in D major Op. 83 (1949) 
1. Allegretto  4:27 
2. Andantino  6:35 
3. Allegretto  4:07 
4. Allegretto  10:28 

String Quartet No. 6 in G major Op. 101 (1956) 
5. Allegretto  6:42 
6. Moderato con motto  4:56 
7. Lento  5:57 
8. Lento-allegretto  7:44 

String Quartet No. 10 in A flat major Op. 118 (1964) 
9. Andante  4:32 
10. Allegretto furioso  4:16 
11. Adagio  6:13 
12. Allegretto  9:08 
       
Total:  75:18 
 
Rubio Quartet
Dirk van de Velde, violin I
Dirk van den Hauwe, violin II
Marc Sonnaert, viola
Peter Devos, cello

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CD 27

Quarteto de Cordas Nº 14, Op. 142 (1972-73)

Este é quase um quarteto para violoncelo solo e trio de cordas, tal é a proeminência dada àquele instrumento. É um quarteto inspiradíssimo, escrito em três movimentos (Allegretto – Adagio – Allegretto), e que tem seu centro dramático num dilacerante adagio de 9 minutos. Não consigo imaginar uma audição deste quarteto sem a audição em sequência do Nº 15. Eles, que costumam aparecer juntos, seja em vinil ou em CD, formam, em minha imaginação, uma obra só.

Quarteto de Cordas Nº 15, Op. 144 (1974)

Este trabalho, assim como a sonata a seguir, são tidas como obras-primas e seriam os dois principais “réquiens privados” de Shostakovich. Concordo com esta opinião.

O que dizer de um obra escrita em seis movimentos, em que quatro deles são adagio e os outros dois deles são adagio molto, sendo que, destes dois últimos, um é uma marcha funeral e outro um epílogo…? Ora, no mínimo que é lenta. Porém, como estamos falando do Shostakovich final, estamos falando de uma obra que tem como fundo a morte. Há três movimentos realmente notáveis nesta música: a Serenata: Adagio, a Marcha Fúnebre – Adagio Molto e o musicalmente espetacular Epílogo – Adagio Molto. O Epílogo recebeu vários arranjos sinfônicos e costuma aparecer – separadamente ou não do resto do quarteto – em gravações orquestrais.

String Quartet No.1 in C major Op. 49 (1935) 
1. Modearto  3:57 
2. Moderato  4:43 
3. Allegro molto  2:12 
4. Allegro  3:03 

String Quartet No.14 in f sharp major Op.142 (1973) 
5. Allegretto  8:22 
6. Adagio  10:57 
7. Allegretto  8:44 

String Quartet No.15 in E flat minor Op. 144 (1974) 
8. Elegy (adagio)  12:23 
9. Serenade (adagio)  5:15 
10. Intermezzo (adagio)  1:49 
11. Nocturne (adagio)  4:54 
12. Funeral March (adagio molto)  4:38 
13. Epilogue (adagio)  6:40 
       
Total:  78:00 
 
Rubio Quartet
Dirk van de Velde, violin I
Dirk van de Hauwe, violin II
Marc Sonnaert, viola
Peter Devos, cello

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J. S. Bach (1685-1750): As Seis Suítes para Violoncelo Solo

A francesa Anne Gastinel é uma das melhores novidades dos últimos anos. Tem som poderoso, limpo, e, como convém, é musicalmente inquieta. Para esta gravação, ela utilizou o que ela chamou de um “profundo e magnífico instrumento” de Testore (1665 – 1716), projetado em 1690. Gastinel sai-se maravilhosamente bem nos tempos rápidos, acelerando muito as coisas, mas fazendo-o de forma a não cantar os pneus nas curvas nem de os fritar nas desacelerações. Sua proeza é a de exercutar todas as passagens, mesmo as mais rápidas, com facilidade e limpeza. A entonação é consistente, o colorido é variado e a qualidade do som da Naïve é esplêndida. Como disse Gardiner, as danças de Bach têm sido cada vez mais apreciadas e é neste quesito que nossa francesinha dá um show. Não que ela descuide do resto, é que a forma com ele aborda os movimentos de dança é surpreendente.

Como só estou postando CDs, digamos, indiscutíveis, lá vai mais um

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Obs.: Postei os dois CDs num mesmo arquivão.

Johann Sebastian Bach: The Six Cello Suites

CD 1
Cello Suite No. 1 in G major BWV 1007
1) Prélude [2:18]
2) Allemande [5:12]
3) Courante [2:28]
4) Sarabande [3:05]
5) Menuets I & II [3:03]
6) Gigue [1:39]

Cello Suite No. 4 in E flat major BWV 1010
7) Prélude [4:26]
8. Allemande [4:58]
9) Courante [3:24]
10) Sarabande [4:46]
11) Bourrées I & II [5:06]
12) Gigue [3:00]

Cello Suite No. 5 in C minor BWV 1011
13) Prélude [5:46]
14) Allemande [6:46]
15) Courante [2:22]
16) Sarabande [2:45]
17) Gavottes I & II [4:59]
18) Gigue [3:13]

CD 2
Cello Suite No. 2 in D minor BWV 1008
1) Prélude [3:41]
2) Allemande [3:55]
3) Courante [2:11]
4) Sarabande [4:21]
5) Menuets I & II [3:00]
6) Gigue [2:33]

Cello Suite No. 3 in C major BWV 1009
7) Prélude [2:58]
8. Allemande [3:42]
9) Courante [3:09]
10) Sarabande [3:56]
11) Bourrées I & II [3:53]
12) Gigue [3:13]

Cello Suite No. 6 in D major BWV 1012
13) Prélude [4:47]
14) Allemande [7:38]
15) Courante [3:26]
16) Sarabande [5:29]
17) Gavottes I & II [4:21]
18) Gigue [4:10]

Anne Gastinel, Cello

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Cecilia Bartoli e seus castrati: Sacrificium (2009) – REVALIDADO

1. É CD para ser comprado. Ele vem acompanhado de um livrinho de 108 páginas chamado “A-Z of the castrato”, além de 3 bônus tracks que não tenho aqui. Já encomendei o meu.

2. Cecilia Bartoli não é mais uma dessas divas que ficam pegando repertórios mais ou menos óbvios para (re)lançar em suas coletâneas. Ela transformou tais discos em obras de arte. E de tese.

3. Ela é a campeã dentre as mezzo. Este CD vendeu 500.000 cópias nos primeiros 30 dias depois do lançamento. E ela não está cantando Abba nem Beatles, está cantando música rara, de primeira linha, acompanhada de um conjunto fantástico que utiliza instrumentação original. Ou seja, não há embuste ou concessão.

4. Ela é a campeã porque canta divinamente. Ela não sai em revistas de moda, não mostra o umbigo em decotes e passaria desapercebida na rua (apesar de eu achá-la linda).

5. Ela não canta óperas de Wagner. Alega não ter alcance. Não é a mulher perfeita???

6. Ah, a edição de luxo, a das 109 páginas + bonus CD, só importando. Reclamações noutro guichê.

Deixemo-la explicar o CD:

Vejam a louca entrando no palco… (e depois cantando):

E mais um:

Bem, o CD é sobre os castrati, meninos de boa voz que eram castrados a fim de mantê-la intacta. A esmagadora maioria não vingava e acabava prostituída nas ruas. A igreja, na época, impedia as mulheres de cantarem em seus atos religiosos e, bem, alguém tinha que fazer os agudos, né? Mas a absurda história destes mutilados está disponível em todo o lugar. O que me interessa é dizer que trata-se de mais um esplêndido trabalho da cantora preferida das gentes: Cecilia Bartoli.

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Cecilia Bartoli — Sacrificium (2009)

1. Nicola Porpora – Come nave in mezzo [ 4:05] allonde [Siface] [ ]
2. Antonio Caldara – Profezie di me diceste [ 7:38] [Sedecia] [ ]
3. Francesco Araia – Cadro ma qual si mira [ 6:16] [Berenice] [ ]
4. Nicola Porpora – Parto ti lascio o cara [10:48] [Germanico in Germania] [ ]
5. Nicola Porpora – Unsignolo sventuratom [ 5:12] [Siface] [ ]
6. Carl Heinrich Graun – Misero pargoletto [10:08] [Demofoonte] [ ]
7. Nicola Porpora – In braccio a mille furie [ 2:52] [Semiramide riconosciuta] [ ]
8. Leonardo Leo – Qual farfalla [Zenobia in [ 5:29] [Palmira] [ ]
9. Nicola Porpora – Nobil onda [Adelaide] [ 4:56]
10.Carl Heinrich Graun – Deh tu bel Dio [ 3:43] damore [Adriano in Siria] [ ]
11.Leonardo Vinci – Chi temea Giove regnante [ 6:20] [Farnace] [ ]
12.Antonio Caldara – Quel buon pastor son io [10:29] [La morte dAbel fugura di quella…] [ ]

Cecilia Bartoli
Il Giardino Armonico
Giovanni Antonini

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Arcangelo Corelli (1653-1713): Sonate a Violino e Violone o Cimbalo

Esta é outra postagem de CD obscuro e a próxima também será. Certamente, este belo trabalho está fora de catálogo. Também estas sonatas já foram postadas por nós, mas não vejo muito problema em revisitá-las, pois são belíssimas. O trio italiano que as interpreta é bastante bom. Enrico Gatti é um especialista do repertório de Corelli a audição das Sonatas para Violino recuperaram o dia de hoje para mim.

Corelli – Sonate a Violino e Violone o Cimbalo

01. 1. Grave (Sonate I en ré majeur) (3:20)
02. 2. Allegro (Sonate I en ré majeur) (2:29)
03. 3. Allegro (Sonate I en ré majeur) (1:00)
04. 4. Adagio (Sonate I en ré majeur) (2:47)
05. 5. Allegro (Sonate I en ré majeur) (1:39)
06. 1. Preludio: Vivace (Sonate VII en ré mineur) (1:56)
07. 2. Corrente: allegro (Sonate VII en ré mineur) (2:43)
08. 3. Sarabana: Largo (Sonate VII en ré mineur) (2:08)
09. 4. Giga: Allegro (Sonate VII en ré mineur) (2:08)
10. 1. Grave (Sonate II en si bémol majeur) (3:00)
11. 2. Allegro (Sonate II en si bémol majeur) (2:24)
12. 3. Vivace (Sonate II en si bémol majeur) (1:15)
13. 4. Adagio (Sonate II en si bémol majeur) (2:36)
14. 5. Vivace (Sonate II en si bémol majeur) (1:19)
15. 1. Preludio: Largo (Sonate VIII en mi mineur) (4:32)
16. 2. Allemanda: Allegro (Sonate VIII en mi mineur) (1:51)
17. 3. Sarabanda: Largo (Sonate VIII en mi mineur) (2:52)
18. 4. Giga: Allegro (Sonate VIII en mi mineur) (1:53)
19. 1. Adagio (Sonate III en ut majeur) (2:49)
20. 2. Allegro (Sonate III en ut majeur) (2:08)
21. 3. Adagio (Sonate III en ut majeur) (2:59)
22. 4. Allegro (Sonate III en ut majeur) (1:01)
23. 5. Allegro (Sonate III en ut majeur) (2:22)
24. 1. Preludio: Largo (Sonate IX en la majeur) (4:58)
25. 2. Giga: Allegro (Sonate IX en la majeur) (2:34)
26. 3. Adagio (Sonate IX en la majeur) (0:40)
27. 4. Tempo di Gavotta: Allegro (Sonate IX en la majeur) (2:31)

01. 1. Adagio (Sonate IV en fa majeur) (2:16)
02. 2. Allegro (Sonate IV en fa majeur) (2:24)
03. 3. Vivace (Sonate IV en fa majeur) (1:08)
04. 4. Adagio (Sonate IV en fa majeur) (2:16)
05. 5. Allegro (Sonate IV en fa majeur) (2:19)
06. 1. Preludio: Adagio (Sonate X en fa majeur) (2:33)
07. 2. Allemanda: Allegro (Sonate X en fa majeur) (2:12)
08. 3. Sarabanda: Largo (Sonate X en fa majeur) (2:23)
09. 4. Gavotta: Allegro (Sonate X en fa majeur) (0:37)
10. 5. Giga: Allegro (Sonate X en fa majeur) (2:13)
11. 1. Adagio (Sonate V en sol mineur) (3:29)
12. 2. Vivace (Sonate V en sol mineur) (1:53)
13. 3. Adagio (Sonate V en sol mineur) (2:17)
14. 4. Vivace (Sonate V en sol mineur) (1:39)
15. 5. Giga: Allegro (Sonate V en sol mineur) (1:30)
16. 1. Preludio: Adagio (Sonate XI en mi majeur) (2:12)
17. 2. Allegro (Sonate XI en mi majeur) (2:29)
18. 3. Adagio (Sonate XI en mi majeur) (0:41)
19. 4. Vivace (Sonate XI en mi majeur) (1:57)
20. 5. Gavotta: Allegro (Sonate XI en mi majeur) (0:44)
21. 1. Grave (Sonate VI en la majeur) (3:12)
22. 2. Allegro (Sonate VI en la majeur) (2:17)
23. 3. Allegro (Sonate VI en la majeur) (0:59)
24. 4. Adagio (Sonate VI en la majeur) (2:17)
25. 5. Allegro (Sonate VI en la majeur) (2:15)
26. Follia (Sonate XII en ré mineur (11:57)

Enrico Gatti: violin
Gaetano Nasillo: Violoncello
Guido Morini: harpsichord

BAIXE A PARTE 1 AQUI – DOWNLOAD PART 1 HERE

BAIXE A PARTE 2 AQUI – DOWNLOAD PART 2 HERE

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George Philipp Telemann (1681-1767): Obra completa para órgão

Somente nos últimos tempos a importância de Telemann foi reconhecida na história musical: seu papel é mais do que de coadjuvante, ele foi protagonista do século XVIII. Foi da mesma geração de Bach e Handel, e tentou participar da transição estilística do barroco para o galantea seu modo. Junto com mano Carl Philipp Emanuel, realizou a ligação entre Bach e Mozart. Foi compositor de primeira linha.

Este álbum triplo é uma raridade. O som é excelente, mas as infomações são parcas, Encontrei-o durante uma perigosa navegação em alto mar. O nome da gravadora é Da Camera Magna. Famosíssima. Mas editou esta joia IM-PER-DÍ-VEL !!!

Telemann — Obra Completa para Órgão

CD 1

1. Sonate D-Dur für zwei Klaviere und Pedal (Triosonate) Grave-Presto-Andante-Scherzando 9’31”
2. Fantasie D-Dur 3’11”

Choralvorspiele
3. “Nun komm der Heiden Heiland” (4-stimmig) 1’59”
4. “Nun freut euch, lieben Christen gemein” (2 Variationen) 2’51”
5. Fughetta F-Dur 1’45”
6. Fughetta D-Dur 1’43”

Choralvorspiele
7. “Ach Gott vom Himmel sieh darein” (3-stimmig) 3’36”
8. “Ach Gott vom Himmel sieh darein” (2-stimmig) 3’19”
9. “Ach Herr, mich armen Sünder” (3-stimmig) 3’59”
10. “Ach Herr, mich armen Sünder” (2-stimmig) 1’54”
11. “O wir armen Sünder” (3-stimmig) 2’34”
12. “O wir armen Sünder” (2-stimmig) 2’19”
13. “Schmücke dich, o liebe Seele” (3-stimmig) 4’20”
14. “Schmücke dich, o liebe Seele” (2-stimmig) 3’15”
15. “Allein Gott in der Höh sey Ehr” (3-stimmig) 2′ 14″
16. “Allein Gott in der Höh sey Ehr” (2-stimmig) 1’53”
17. “Christus, der uns seelig macht” (3-stimmig) 2’18”
18. “Christus, der uns seelig macht” (2-stimmig) 1’38”

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CD 2 (77 104)

Orgelfugen
1. Fuge 1 1’21”
2. Fuge 2 1’19”
3. Fuge 3 1’49”
4. Fuge 4 1’13”
5. Fuge 5 1’54”
6. Fuge 6 138″
7. Fuge 7 139″
8. Fuge 8 1’24”
9. Fuge 9 1’37”
10. Fuge 10 1’13”
11. Fugeil 1’24”
12. Fuge 12 1’35”
13. Fuge 13 1’18”
14. Fuge 14 1’11”
15. Fuge 15 1’11”
16. Fuge 16 1’38”
17. Fuge 17 1’15”
18. Fuge 18 0’58”
19. Fuge 19 1’28”
20. Fuge 20 1’42”

Choralvorspiele
21. “Alle Menschen müssen sterben” (3-stimmig) 3’30”
22. “Alle Menschen müssen sterben” (2-stimmig) 1’38”
23. “Herr Christ, der einig’ Gottes Sohn” (3-stimmig) 2’47”
24. “Herr Christ, der einig’ Gottes Sohn” (2-stimmig) 1’45”
25. “Christ lag in Todesbanden” (3-stimmig) 2’58”
26. “Christ lag in Todesbanden” (2-stimmig) 1 ’31”

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CD 3

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Franz LÖRCH, órgão

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Gilberto Mendes (1922) – Santos Football Music, Beba Coca Cola e outras obras – reload

Já que o papo deste blog está desviando pro futebol, bora reservar esse cantinho aqui pro assunto e aproveitar pra dar espaço para a mais comentada obra de vanguarda do séc. XX no Brasil: a SFC.

CVL

***

Se Cage ainda dá o que falar com 4’33”, então pingo fogo com a pedra angular da música de vanguarda brasileira: a Santos Football Music, de Gilberto Mendes. Sempre que apresento essa obra a alguns conhecidos, eles riem, torcem o nariz, ficam contrariados, acham uma besteira e por aí vai.

No entanto, não se trata de um compositor sem cabedal, já que suas obras para coral e para piano são muito bem escritas. Não vou comentar muito porque estou guardando anotações para um futuro artigo sobre a obra de Mendes. Estejam à vontade aqui nos comentários.

Consegui o presente CD há muito tempo com um dos caras do blog Música Brasileira de Concerto (a quem devo os créditos pelas obras de Edino Krieger postadas meses atrás e pelos Estudos de Guarnieri, que irão ao ar em breve), que inclui a também “inusitada” Beba Coca Cola, mas quem quiser baixar só a SFM ela vai em outra versão, à parte.

***

Surf, Bola na rede, Um pente de Istambul e a música de Gilberto Mendes (1992)

01 – Motet em ré menor (Beba coca-cola) – 1966
Karmmerchor der Humbolt-Universität zu Berlin
Johannes Garbe, regente

02 – O pente de Istanbul – 1990
Duo Diálogos:
Carlos Tarcha, marimba
Joaquim Abreu, vibrafone

03 – Episódio, sobre poema de Carlos Drummond de Andrade – 1949
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

04 – Lamento, sobre texto do chinês Tchu Iuan – 1956
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

05 – Lagoa, sobre poema de Carlos Drummond de Andrade – 1957
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

06 – Dizei, senhora, sobre poema de Cid Marcus Braga Vasques- 1966
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

07 – A mulher e o dragão, sobre texto de São João (fragmento do Apocalipse) – 1967
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

08 – O meu amigo Koellreutter – 1984
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano
Carlos Tarcha, marimba

09 – Ulysses em Copacabana surfando com James Joyce e Dorothy Lamour – 1988
Renato Alves Corrêa, flauta
Otinilo Pacheco, clarinete
Sérgio Cascapera, trompete
Eduardo Pecci, saxofone alto
Maria Vischnia, violino
Cláudio Cruz, violino
Marcelo Jaffé, viola
Ruy Deutsch, contra-baixo
Edelton Gloeden, violão
José Eduardo Martins, piano
Aylton Escobar, regente

10 – Il neige… de nouveau! – 1985
José Eduardo Martins, piano

11 – Viva Villa – 1987
José Eduardo Martins, piano

12 – Um estudo: Eisler e Webern caminham nos mares do sul – 1989
José Eduardo Martins, piano

13 – Santos Football Music – 1969
Orquestra Sinfônica de Westdeutscher Rundfunk Köln
Piero Bastianelli, regente
Geraldo José de Almeida, narração esportiva

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Santos Football Music
Festival Música Nova, 39a. edição.
Orquestra Sinfônica de Santos, regida por Luís Gustavo Petri

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Rudepoema, por Roberto Szidon e Amaral Vieira

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Aqui vai uma contribuição do nosso visitante Marcos Oliveira Santos, que – após ouvir o Rudepoema na interpretação de Nelson Freire, postado semana retrasada – disse que a peça soava melhor nas mãos de Roberto Szidon e de Amaral Vieira e nos mandou os dois arquivos. Ainda deu de brinde uma gravação em que o Villa fala da peça.

Segue tudo em arquivo único zipado.

BAIXE AQUI

CVL

P. I. Tchaikovski (1840-1893): Sinfonia No. 4 & Capricho Italiano

Foram lançadas gravações sensacionais da Quarta Sinfonia de Tchaikovski, nos últimos anos. Houve Barenboim, Fischer e esta aqui, da Harmonia Mundi, que é a melhor de todas. Gatti aborda o primeiro movimento de forma extremamente rápida — é urgente, apaixonado, mas também adequado. Tem graça, é balé. É uma interpretação emocionante, uma que dá à música um maior impacto, o que justifica ouvi-la novamente.

O modo Gatti também funciona muito bem no segundo movimento, que é interpretado como uma canção que permite que as melodias sejam ouvidas como se tivessem palavras. É bonito. Há virtuosismo das cordas no scherzo, e o final funciona bem, com o ritmo das cordas e sopros em suas trocas. A orquestra e dá o necessário à Gatti, tanto na sinfonia quanto no Capricho Italiano, que nunca se torna vulgar ou simplesmente agitado.

Tchaikovski: Sinfonia No. 4 & Capricho Italiano

1. Symphony No.4 in F minor, Op.36 – I. Andante sostenuto – Moderato con anima
2. Symphony No.4 in F minor, Op.36 – II. Andantino in modo di canzona
3. Symphony No.4 in F minor, Op.36 – III. Scherzo: Pizzicato ostinato – Allegro
4. Symphony No.4 in F minor, Op.36 – IV. Finale: Allegro con fuoco

5. Capriccio Italien, Op.45

Royal Philharmonic Orchestra
Daniele Gatti

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PQP

P. I. Tchaikovski (1840-1893): Concerto para Violino e Souvenir d’un lieu cher – Repostado com divisão de faixas

Este concerto veio pré-instalado em minha mente. Quando me dei por gente, Tchaikovski, Beethoven, Chopin e Mozart já estavam em minha memória. Meu pai realizou a instalação quando eu era um bebê. Ele não parava de ouvir música, mais ou menos como eu comecei a fazer depois… Então, cada nota deste Concerto para Violino é conhecida de mim há décadas e posso asseverar que a gravação da bonitinha Janine Jansen é efetivamente MUITÍSSIMO BOA, como vocês podem ver abaixo. Quando a mulher é gostosa, a gente diz, né? Pois olha, essa aqui não é como aquela pianista francesa. Janine é boa e toca bem… Quero dizer, é bonita e muito boa com os dedos… Ou… É tesuda e hábil. Tem carinha bonita, belos pechos e é sensível. É sexy e eufônica, sinfônica, polifônica, pornofônica, linda. E é um baita disco!

Janine Jansen

Tchaikovski: Violin concerto op.35
1 Allegro moderato
2 Canzonetta (Andante)
3 Finale (Allegro vivacissimo)

Tchaikovski: Souvenir d’un lieu cher
4 Meditation
5 Scherzo
6 Melodie

Janine Jansen (Violin)
Mahler Chamber Orchestra
Daniel Harding

Janine

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PQP

Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893): Sinfonia Manfredo / A Tempestade

(Este post já estava pronto há dias. Agora, com a postagem anterior e seus comentários, vai parecer provocação, mas não é).

PQP Bach não é um grande apreciador de Tchai, mas o que ele deve fazer se as gravações caem em suas mãos? Deve distribuí-las, não? Penso que ele apenas não divulgaria Dvořák, compositor ao qual devota ódio incondicional, pois se até já ouviu e gostou de coisas de Rachmaninov e Tchaikovsky, jamais se satisfez minimamente com o xaropão checo.

A Sinfonia Manfredo, Op. 58, foi escrita por Tchaikovski entre maio e setembro de 1885, baseada no poema Lorde Byron. Teve sua estréia em Moscou, Rússia, dia 23 de março de 1886, regida por Max Erdmannsdörfer e Mily Balakirev.

A música para abertura do drama A tempestade, de Ostrovsky, foi escrita no tempo de miserê de Tchai, antes do sucesso e da sucessão de fracassos com mulheres — falo do pinto de vista sexual, nunca do financeiro.

Tchaikovsky: Sinfonia Manfredo / A Tempestade

1. The Tempest, Op.18 21:44
2. Manfred Symphony, Op.58 – 1. Lento lugubre – Moderato con moto – Andante 15:26
3. Manfred Symphony, Op.58 – 2. Vivace con spirito 9:50
4. Manfred Symphony, Op.58 – 3. Andante con moto 10:17
5. Manfred Symphony, Op.58 – 4. Allegro con fuoco 18:30

Russian National Orchestra
Mikhail Pletnev

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PQP

Feliz na sexta-feira

Na última sexta-feira, P.Q.P. Bach compareceu ao StudioClio a fim de assistir ao quarteto de cordas formado por

Guillaume Tardif e
Rodrigo Bustamante (violinos),
Hella Frank (viola) e
Rodrigo Silveira (violoncelo),

apresentarem um programa como um programa deve ser:

1. Quarteto de Cordas Op. 76 Nº 3 “Imperador”, de F. J. Haydn;
2. Quarteto K. 465 “Das Dissonâncias”, de Mozart e
3. Quarteto Op. 59 Nº 2 “Razumovsky”, de Beethoven.

Em primeiro lugar, analisemos o contexto. Este não é um quarteto que toca regularmente ou que tenha um repertório estabelecido. Não era natural, portanto, a escolha do Quarteto das Dissonâncias e muito menos do massacre representado pelo segundo Razumovsky, uma música dificíl e perigosa para todo quarteto, o que dirá para um recém formado ou formado para apenas uma apresentação. Porém, quando o grupo entrou no pequeno palco do StudioClio, notei aquela eletricidade que muita vontade e alguma raiva — pois três integrantes do quarteto moram numa cidade triste, onde tudo parece ter sido melhor no passado — , criam. Em resposta, a platéia lotava o espaço, desejando que tudo fosse diferente da Orquestra da Desgovernadora, aquela coisa disforme e sem testosterona (desculpe, Hella). Os caras estavam ali para tocar porque são bons músicos e bons músicos preferem a boa música, só desistindo quando veem que a estrutura está ali para fazer com que desistam da música que os tornou músicos, o que os torna deprimidos e sem motivação.

O Haydn foi maravilhoso com Tardif no comando. As Dissonâncias foram ainda melhores com Bustamante no primeiro violino, mas a interpretação do Beethoven foi espantosa, com Tardif de volta ao posto. Cheio de enunciados afirmativos e súbitos silêncios, o primeiro movimento foi levado com absoluto rigor e uma musicalidade raramente ouvida nas gravações que temos em casa. Dou destaque à descoberta de um movimento ao qual não dava grande importância: o segundo (Molto Adagio). Em razão da interpretação cheia de emoção do grupo fui levado a ler a respeito. Sabem o que Beethoven anotou na partitura? Si tratta questo pezzo com molto di sentimento. Esta peça é para ser tratada com muito sentimento. Grande trabalho do violoncelista Rodrigo Silveira. O ritmo do Presto que o segue é para ser russo, mas parece que antes de Mussorgsky e Korsakov era complicado ser autenticamente russo. Se falta Rússia, sobra a música de Beethoven, o que absolutamente não é pouco. O último movimento, cheio de episódios contrastantes, foi levado pelo quarteto já sabendo que a noite estava ganha. Por isso, aqueles diálogos rápidos entre os instrumentos foram feitos com exatidão através de olhares alegres.

O bis veio com a Contraponto Nº 1 de A Arte da Fuga. Bustamante, certamente cansado, entrou meio mole na jogada e desafinou logo na apresentação do tema, talvez no único erro grande cometido; porém, estava todo mundo tão feliz que aquilo apenas fez todo o resto do quarteto e o teatrinho inteiro sorrirem. Minha mulher, ao final do concerto, disse algo curioso:

— Os melhores concertos deveriam terminar sempre com Bach. Não por ser superior, mas por ser marcante, equilibrado, por ser o fundamento. É como o Q.E.D. dos teoremas.

Afirmo, sem medo de errar, que foi o melhor concerto que Porto Alegre assistiu neste ano.

Obs. final: Gosto muito de Hella Frank. Está sempre metida em projetos intessantes, não obstante ser professora universitária.

PQP

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Concerto para Violão com John Williams e “O Trem Caipira”, CD de Egberto Gismonti

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Depois desta enxurrada de postagens de Villa-Lobos, trago minhas duas únicas colaborações, três na verdade, se contar o cd do Duo Assad por mim postado já há algum tempo, enfim, trago dois cds para colaborar: O Concerto para Violão e um cd personalíssimo do grande músico e compositor mineiro Egberto Gismonti totalmente dedicado à Villa-Lobos.

O cd de John Williams traz outros diversos concertos, de Vivaldi, Giuliani e Ponce. É um de meus violonistas favoritos e sua leitura do concerto para viiolão me parece correta, apesar de não a considerá-la tão brilhante quanto suas interpretações de Rodrigo, ou até mesmo de Vivaldi.

Como comentei acima, o cd de Gismonti é uma leitura pessoal da obra de Villa-Lobos, e como sempre o multinstrumentista se utiliza de diversos recursos sonoros, diferentes daqueles indicados pelo compositor, mas jamais se afasta da idéia básica da obra. Para os mais puristas pode parecer blasfêmia, mas aqui a criatividade e inventividade falam mais alto. Meu destaque neste cd sempre vai ser a leitura mais que pessoal da famosa ária das “Bachianas n°5”. Desde que a ouvi pela primeira vez há pelo menos uns vinte anos atrás me apaixonei por esta versão e o som dos teclados ficou fixado em minha cabeça.

Volto a repetir: dois grandes cds, com dois grandes músicos.

John Williams – The Great Guitar Concertos – CD 2
01-Antonio Vivaldi-Concerto for Guitar and String Orchestra in A Major- Allegro non Molto
02-Antonio Vivaldi-Concerto for Guitar and String Orchestra in A Major- Largetto
03-Antonio Vivaldi-Concerto for Guitar and String Orchestra in A Major- Allegro

04-Mauro Giuliani-Concerto for Guitar and String Orchestra- Allegro Maestoso
05-Mauro Giuliani-Concerto for Guitar and String Orchestra- Andantino siciliano
06-Mauro Giuliani-Concerto for Guitar and String Orchestra- Alla polacca

English Chamber Orchestra
John Williams – Guitar & Conductor

07-Heitor Villa-Lobos-Concerto for Guitar and Small Orchestra- Allegro preciso
08-Heitor Villa-Lobos-Concerto for Guitar and Small Orchestra- Andantino e andante_ Cadenza
09-Heitor Villa-Lobos-Concerto for Guitar and Small Orchestra- Allegretto non troppo

English Chamber Orchestra
Daniel Baremboim – Conductor
John Williams – Guitar

10-Manuel Maria Ponce-Concerto del Sur- Allegretto
11-Manuel Maria Ponce-Concerto del Sur- Andante
12-Manuel Maria Ponce-Concerto del Sur-III – Allegro moderato e festivo

London Symphony Orchestra
Andre Previn – Conductor
John Williams – Guitar

Um dedicado leitor/ouvinte se antecipou e botou nos comentários um link para esta gravação do John Williams. Agradeço a atenção, mas estou utilizando um link próprio para o controle de minhas postagens.

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Egberto Gismonti – O Trem Caipira

1 – O Trenzinho do Caipira
2 – Dansa
3 – Bachiana n°5
4 – Desejo
5 – Cantiga
6 – Canção do Carreiro
7 – Prelúdio
8 – Pobre Cega

Músicos Convidados :

Nivaldo Ornelas – Sax Soprano
Bernard Wistrarte – Flautas
Jacques Morelembaum – Cello
Kalimba – Percussão
Assoviador – Pita Filomena
Flautinha do Chaplin – Alexandre do Bico

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FDP

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 6/6

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Sei que muita gente aguardava ansiosamente por esta postagem e é com muito orgulho que encerro esse ciclo de gravações históricas, intitulado Par Lui-Même, com a Orchestre de la Radiodiffusion Française na regência do próprio Villa-Lobos.
Para fechar com chave de ouro, três grandes obras do nosso Villa, que fará, em 17 de novembro, aniversário de 50 anos de morte.
O álbum começa com a famosa fantasia para piano e orquestra, Momoprecoce, composta em 1929 e estreiada na Holanda no mesmo ano com a regência de Pierre Monteaux e Magdalena Tagliaferro, que também, está ao piano nessa histórica gravação. Baseada em pequenos movimentos evocativos de jogos de crianças fantasiadas no carnaval, esta fantasia é uma clara alusão à figura do rei Momo.
A série se encerra com o Concerto para Piano e Orquestra Nº 5 e a épica e triunfante Sinfonia Nº 4 “A Vitória”, que faz uma rápida alusão a Marselhesa em seu segundo andamento.
Aproveito a oportunidade para agradecer mais uma vez a colaboração do nosso amigo Emerson Rodrigues, que nos cedeu gentilmente os arquivos para tornar possível esta série de postagens.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 6/6

01 Momoprecoce, Fantasia pour piano et orchestre (22:13)
sur le carnaval des enfants brésiliens

Concerto Nº 5, pour piano et orchestre
02 I. Allegro Non Troppo (5:35)
03 II. Poco Adagio (6:03)
04 III. Allegretto Scherzando (5:06)
05 IV. Allegro (2:04)

Symphonie Nº 4 “A Vitória”
06 I. Allegro Impetuoso (6:25)
07 II. Andante (5:35)
08 III. Lento (5:53)
09 IV. Allegro (avec fanfare)

01 Magdalena Tagliaferro, piano
02-05 Felicia Blumental, piano
Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction

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Strava

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 5/6

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O penúltimo cd da histórica série Par Lui-Même nos traz o monumental Chôros Nº 11, para piano e orquestra.

Escrito em 1928 e dedicado a Rubinstein, o Chôros Nº 11 foi apresentado pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 1942, sob a direção de Villa-Lobos. Uma obra monstruosa, tanto em duração, mais de uma hora de música, o mais longo da série, como em concepção de massa orquestral, o que talvez explique as poucas apresentações e o tempo entre a composição e estréia, que foi de 15 anos.

Na faixa 4 poderemos apreciar o próprio Villa falando, em francês, sobre os Chôros. Simplesmente maravilhoso!

 

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 5/6

Chôros
Chôros Nº 11, pour piano et orchestre
01 I. Première partie (21:30)
02 II. Deuxième partie (23:25)
03 III. Troisième partie (17:50)

04. Qu’est-ce qu’un Chôros? (Villa-Lobos parle) (9:38)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
Aline Van Barentzen, piano

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Strava

Soirées internationales – Antonio Meneses & Celina Szrvinsk

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Este CD reúne peças para violoncelo e piano de quatro compositores que passaram pela Paris dos anos 20 e 30, ponto irradiador do neoclassicismo na música: Martinu, que se refugiara na França, fugido da então Tchecoslováquia e que viria a se estabelecer nos EUA; Boulanger, mestra de significativa parte dos grandes nomes da composição do séc. XX; Villa-Lobos, que havia absorvido o que a Europa tinha a lhe oferecer (quase nada); e Guarnieri, que deu um pulo na França e teve umas aulas com Koechlin (e parece que com a própria Boulanger).

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Soirées Internationales

Heitor Villa-Lobos
1. Ária (cantilena)
2. O Canto do capadócio (The Song of the capadócio)
3. O Canto da Nossa Terra (The Song of Our Land)
4. O Trenzinho do Caipira (The Little Train of the Caipira)
Camargo Guarnieri – Sonata n° 1
5. 1. Tristonho
6. 2. Apaixonadamente
7. 3. Selvagem
Nadia Boulanger – Três peças
8. 1. Modéré
9. 2. Sans vitesse et à l’aise
10. 3. Vite et nerveusement rythmé
Bohuslav Martinu – Sonata n° 3
11. 1. Poco andante
12. 2. Andante
13. 3. Allegro (ma non presto)

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 4/6

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Chegamos ao 4º volume da série. Esse álbum encerra o ciclo de Bachianas, com as de numéros 8 e 9 e traz alguns dos principais Chôros, obras que se equivalem em importância com as Bachianas Brasileiras. Destaque para o Chôros nº 10 para coro e orquestra que traz o tema do xote “Iara” de Anacleto de Medeiros, que mais tarde receberia uma letra de Catulo da Paixão Cearense, com o título “Rasga o Coração”.
Esta série não traz o ciclo completo de Chôros. Infelizmente o meu amado Chôros nº 7 (Settimino) não está presente nessas gravações históricas.

Mais um vez quero agradecer a colaboração do amigo Emerson Rodrigues, que disponibilizou a série para postagem.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 4/6

Bachianas Brasileiras
Bachianas Brasileiras Nº 8, pour orchestre
01 I. Prélude (5:32)
02 II. Aria (Modinha) (7:53)
03 III. Toccata (Catira Batida) (5:30)
04 IV. Fugue (5:04)

Bachianas Brasileiras Nº 9, pour orchestre à cordes
05 Prélude (vagaroso e mistico) et fugue (poco apressado) (10:54)

Chôros
06 Chôros Nº 2, pour flûte et clarinette (2:26)

07 Chôros Nº 5 “Alma Brasileira”, pour piano  (4:31)

08 Chôros Nº 10 “Rasga o Coração”, pour chœur et orchestre (12:43)

2 Chôros (Bis), pour violon et violoncelle
09 I. Modéré (4:37)
10 II. Lent (4:03)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction

6 Fernand Dufrene, flûte et Maurice Cliquennois, clarinette
7 Aline Van Barentzen, piano
9, 10 Henri Bronschwak, violon
8 Chorale des Jeunesses Musicales de France

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 3/6

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Dando continuidade a coleção Par Lui-Même, Villa por Villa, trago-lhes o terceiro cd da caixa, que contém as Bachianas Brasileiras de 4 a 7.
De todas as Bachianas, a que mais me agrada, como um todo, é a de número 4, com destaque para o maravilhoso Prelúdio, uma das mais belas melodias já compostas; a Cantiga, uma adaptação da canção folclórica nordestina Caicó e a espetacular Dança (Muidinho). Porém, a mais famosa de todas é sem dúvida a Bachiana de número 5, principalmente pela sua Cantilena com a célebre melodia vocal para soprano. As, não menos importantes, Bachianas Brasileiras de números 6 e 7 completam o cd.
É só fechar os olhos e imaginar o nosso mais importante compositor regendo.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 3/6

Bachianas Brasileiras

Bachianas Brasileiras Nº 4, pour orchestre
01 I. Prélude (Introdução) (8:36)
02 II. Choral (Canto do Sertão) (4:08)
03 III. Aria (Cantiga) (6:05)
04 IV. Danse (Muidinho) (3:40)

Bachianas Brasileiras Nº 5, pour soprano et 8 violoncelles
05 I. Aria (Cantilena) (6:16)
06 II. Danse (Martelo) (4:23)

Bachianas Brasileiras Nº 6, pour flûte et basson
07 I. Aria (Chôro) (3:58)
08 II. Fantaisie (5:06)

Bachianas Brasileiras Nº 7
09 I. Prélude (Ponteio) (7:11)
10 II. Gigue (Quadrilha Caipira) (4:26)
11 III. Toccata (Desafio) (8:18)
12 IV. Fugue (Conversa) (7:24)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
05, 06 Victoria de Los Angeles, soprano
05 Fernand Benedetti, violoncelle
07, 08 Fernand Dufrene, flûte
07, 08 René Plessier, basson

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 2/6

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Vamos ao segundo cd de uma série de seis em que temos Villa regendo Villa. Neste começamos a série das Bachianas Brasileiras, já postadas aqui no Blog pelo nosso ilustre PQP, mas em gravações distintas. Há quem diga: “Nada como a regência do próprio compositor”. Não concordo com a colocação, mas isso é assunto para os comentários.
Aqui podemos perceber a real influência de Bach na música de Villa-Lobos, e é sem dúvidas que podemos afirmar que as Bachianas Brasileiras estão entre as duas grandes obras-primas do compositor carioca.
Não vou me estender muito no texto sobre a obras, pois estas já foram bastante comentadas na postagem já citada.
A Bachiana Brasileira nº 1 é uma peça maravilhosa para um conjunto de violocelos que ao meu ver, tem fundamental importância na literatura moderna do instrumento. Aqui sim, encontramos uma verdadeira Fuga.
A Bachiana nº 2 se destaca sobretudo pela Tocata do Trenzinho do Caipira, obra que extrapolou os limites das Bachianas e hoje é executada como peça independente. Ainda sobre a de nº 2, acho espetacular o saxofone do primeiro andamento, talvez por influência de Milhaud e sua Criação do Mundo, pois os dois compositores nutriram estreita amizade.
O cd se completa com a Bachina nº 3, uma verdadeira sinfonia para piano e orquestra.

Agradecimentos ao amigo Emerson Rodrigues que colaborou com essa jóia.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 2/6

Bachianas Brasileiras

Bachianas Brasileiras Nº 1, pour ensemble de violoncelles
01 I. Introduction (Embolada) (6:44)
02 II. Prélude (Modinha) (9:00)
03 III. Fugue (Conversa) (4:24)

Bachianas Brasileiras Nº 2, pour orchestre
04 I. Prélude (Canto do capadócio) (7:02)
05 II. Aria (Canto da nossa terra) (5:37)
06 III. Danse (Lembrança do sertão) (4:55)
07 IV. Toccata (O Trezinho do Caipira) (4:04)

Bachianas Brasileiras Nº 3, pour piano et orchestre
08 I. Prélude (Ponteio) (7:10)
09 II. Fantaisie (Devaneio) (5:57)
10 III. Aria (Modinha) (7:49)
11 IV. Toccata (Picapau) (6:37)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
08 – 11 Manuel Braune, piano

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 1/6

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Para apaziguar os ânimos, quero compartilhar com vocês essa colaboração do nosso leitor Emerson Rodrigues.
Essa fantástica box contém 6 cds com obras orquestrais do nosso Tuhu com a Orchestre National de la Radiodiffusion Française na regência do próprio Villa e que será disponibilizada com um cd por postagem.
Uma das coisas mais interessantes que vejo no homem Villa-Lobos, era a sua simplicidade beirando a rudeza e a maneira descontraída com que chegou a realizar algumas de suas composições. Em meio a algazarra de uma sala de estar, com crianças brincando, pessoas conversando, barulho vindo da rua, ouvindo radionovela, ele fazia tranquilamente suas composições e ainda “se metia” nas conversas vez por outra. Esse era Villa-Lobos, o nosso gênio musical. O Bach do Brasil.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (CD 1/6)

Descobrimento do Brasil (La découverte du Brésil)
PREMIÈRE SUITE
01 Introdução – Alegria (16:24)
DEUXIÈME SUITE
02 Impressão Moura (Canção) (3:50)
03 Adágio Sentimental (6:41)
04 Cascavel (2:09)
TROISIÈME SUITE
05 Impressão Ibérica (10:05)
06 Festas nas selvas (3:44)
07 Ualalocê (2:39)
QUATRIÈME SUITE
08 Procissão da Cruz (Visão dos Navegantes) (14:49)
09 Primeira Missa no Brasil (11:57)
10 Invocação em defesa da Pátria (Invocation pour la défense de la Patrie) – Pour soprano , chœurs et orchestre

10 Maria Kareska, soprano / Chorale des Jeunesses Musicales de France
8, 9 Chœurs de la Radiodiffusion Française / René Alix, Louis Martini, chef des chœurs
Orchestre de la Radiodiffusion Française / Heitor Villa-Lobos, Direction

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Concertos para piano

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Não sei quem mandou ao mano PQP (o qual me repassou) os concertos pra piano de meu pai, mas agradeço pra valer porque, incrivelmente, eu não os conhecia ainda, embora já tivesse ouvido todos os demais concertos dele (os dois pra cello, o pra harpa, o pra violão e o pra gaita). Não são obras tão inspiradas mas, para quem gosta das obras do Villa, são garantia de uma aprazível audição.

***

01-04. Piano Concerto No 1
I Allegro
II Allegro- Poco Scherzando
III Andante & Cadenza
IV Allegro Non Troppo
05-08. Piano Concerto No 2
I Vivo
II Lento
III Quasi Allegro – Cadenza
IV Allegro

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9-12. Piano Concerto No 3
I Allegro
II Andante Con Moto
III Scherzo- Vivace-Cadenza
IV Allegro Vivace (Decisivo)
13-16. Piano Concerto No 4
I Allegro Non Troppo
II Andante Con Moto
III Scherzo- Allegro Vivace – Cadenza
IV Allegro Moderato
17-20. Piano Concerto No 5
I Allegro Non Troppo
II Poco Adagio
III Allegretto Scherzando – Cadenza
IV Allegro

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Royal Philharmonic Orchestra, regida por Miguel Gómez-Martínez
Piano: Cristina Ortiz

CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Fantasia para orquestra de cellos

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A Fantasia para orquestra de cellos é uma das melhores obras de Villa-Lobos. Difícil aceitar que seja tão ignorada. Acredito que essa gravação, realizada pelo próprio mestre, é a única existente (não existe nenhuma outra informação sobre a gravação). Mas apesar do som variar entre ruim e regular, a interpretação é absolutamente vigorosa e emocionante. O segundo movimento está entre as mais lindas páginas da música. O terceiro movimento tem uma força absurda e cheiro de Brasil. Música de primeira categoria.

Além disso, as transcrições de alguns movimentos do cravo bem-temperado de Bach para orquestra de cellos são de arrancar lágrimas.

Um disco imperdível.

CDF

Faixas:
1. Fantasia: 1º Movimento: Alegretto
2. 2º Movimento: Lento
3. 3º Movimento: Allegretto Scherzando – Molto Alegre
4. From Well-Tempered Clavier: Prelúdio Nº 22
5. Fuga Nº 8
6. Prelúdio Nº 14
7. Fuga Nº 1
8. Prelúdio Nº 8
9. Fuga Nº 21

Performed by The Violoncello Society
Villa-Lobos (conductor)

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Carlos Chávez (1899-1978) – Sinfonia Índia (mais Villa-Lobos, Ginastera e Halffter)

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Atendendo a pedidos, a Sinfonia Índia de Carlos Chávez.

Mesmo que ela só tenha um movimento e cerca de doze minutos (mais curta do que, inclusive, muitas sinfonietas), é assim que seu a compositor a nomeou e concebeu, causando dor de cabeça e contrariedade aos estruturalistas mais ortodoxos (quando a escutei pela primeira vez, pensei que se tratava só do primeiro movimento). Na época em que a sinfonia (a segunda das seis de Chávez) foi escrita, 1936, o compositor já havia despontado com outro grande sucesso, também permeado de ritmos nativos: o balé Horse Power (quem tiver uma gravação decente de HP, pode me mandar).

Escrevi certa vez que as duas únicas sinfonias de que gosto de ouvir por completo quando estou de bobeira eram a nona de Dvorák e a segunda de Camargo Guarnieri, mas tenho de acrescentar a Índia de Chávez e a Sinfonia em Cinco Movimentos de Jorge Antunes. Mesmo nos momentos mais calmos, a Índia é belamente melodiosa, sem falar que os instrumentos Yaqui (da tribo homônima, que vivem perto da fronteira com o Arizona) dão um toque único à obra.

Completam o presente CD a famosa suíte de Estância, de Ginastera, o Choros n° 10 (muito bisonho nesta versão) e o concerto para violino do espanhol naturalizado mexicano Rodolfo Halffter (1900-1987) (irmão de outros dois compositores também pouco conhecidos para nós, Ernesto e Cristóbal). Apesar de Rodolfo ter sido o Koellreuter mexicano, introdutor do dodecafonismo em terras astecas, ele só passou a utilizar a técnica dos doze tons na década de 1950 – isso explica porque este concerto, de 1940, é neoclássico.

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1. Sinfonia Índia – Chávez
2-4. Concerto para violino, op. 11 – Halffter
5-8. Suíte Estância – Ginastera
9. Choros n° 10 – Villa-Lobos

Orquestra Sinfônica e coro da RTVE, de Madrid, regida por Enrique García Asensio
Violino: Ángel Jesús García
Diretor do coro: Mariano Alfonso

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Serestas

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Penso que as Serestas do Villa (as doze primeiras de 1925 e as duas últimas de 1943) só têm alguma graça para quem gosta da canção de câmara nacional – pessoalmente só aprecio a quinta. Mesmo assim, para compensar a carência de canções em português aqui no blog, posto esta gravação antiga, da Philips, com Maria Lúcia Godoy e, ao piano, Miguel Proença. Não acho que a voz de MLG seja a perfeita para as Serestas – prefiro-as com um soprano mais jovem ou com um tenor – mas tá valendo. E como vocês podem ver abaixo, os autores dos poemas são de primeira linha.

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Seresta nº 1: Pobre Cega (Álvaro Moreyra)
Seresta nº 2: O Anjo da Guarda (Manuel Bandeira)
Seresta nº 3: Canção da Folha Morta (Olegário Mariano)
Seresta nº 4: Saudades da Minha Vida (Dante Milano)
Seresta nº 5: Modinha (Manuel Bandeira)
Seresta nº 6: Na Paz do Outono (Ronald de Carvalho)
Seresta nº 7: Cantiga do Viúvo (Carlos Drummond de Andrade)
Seresta nº 8: Canção do Carreiro (Ribeiro Couto)
Seresta nº 9: Abril (Ribeiro Couto)
Seresta nº 10: Desejo (Guilherme de Almeida)
Seresta nº 11: Redondilha (Dante Milano)
Seresta nº 12: Realejo (Álvaro Moreyra)
Seresta nº 13: Serenata (David Nasser)
Seresta nº 14: Vôo (Abgar Renault)

Maria Lúcia Godoy, soprano
Miguel Proença, piano

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The essential of Heitor Villa-Lobos

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Esse CD de prateleira de Lojas Americanas é uma compilação (não mencionada nos créditos) do box de CDs Villa-Lobos par lui même, da EMI. Como costumo dizer, vale como registro histórico, porque meu pai regendo era um ótimo jogador de bilhar. Surpresa foi ouvi-lo tocar piano direitinho numa das Modinhas e das Miniaturas.

Para eu não sair lacônico, deixo a título de curiosidade a letra da cantiga nordestina anônima incorporada ao terceiro movimento da quarta Bachianas, gravada por Milton Nascimento, Teca Calazans e outros cantores e que voltou à tona com o filme Orquestra dos Meninos.

Ó, mana, deixa eu ir
ó, mana, eu vou só
ó, mana, deixa eu ir
para o sertão do Caicó

Eu vou cantando
com uma aliança no dedo
eu aqui só tenho medo
do mestre Zé Mariano

Mariazinha botou flores na janela
pensando em vestido branco
véu e flores na capela

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The Essential of Heitor Villa Lobos

1 – Bac. Bras. n° 2 – IV. O trenzinho do caipira
2 – Bac. Bras. n° 5 – I. Cantilena
3 – Bac. Bras. n° 5 – II. Martelo
4 – Miniaturas n° 2 – Viola
5 – Modinhas e canções, vol. 1 n° 3 – Cantilena
6 – Momoprecoce
7 – Bac. Bras. n° 4 – I. Prelúdio (Introdução)
8 – Bac. Bras. n° 4 – II. Coral (O canto do Sertão)
9 – Bac. Bras. n° 4 – III. Ária (Cantiga)
10 – Bac. Bras. n° 4 – IV. Dança (Miudinho)
11 – Choros n° 10

Com a Orchestre National de la Radiodiffusion Française, regida por Villa-Lobos (exceto faixas 4 e 5)
Piano: Heitor Villa Lobos (faixas 4 e 5)
Piano: Magda Tagliaferro (no Momoprecoce)
Soprano: Victoria de los Angeles (na quinta Bachianas)
Violoncelo Solo: Fernando Benedetti (na quinta Bachianas)
Baritono: Frederick Fuller (faixa 5)
Chorale des Jeunesses Musicales de France, regido por Louis Maetini (no Choros n° 10)

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Cello Concertos, Fantasia for cello

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Qual foi o mais importante legado deixado pelo Brasil na música? Bossa Nova? Não creio. Segundo Gilberto Freire: “só existiram três gênios no Brasil, um foi Machado de Assis, o segundo foi Villa-Lobos e o terceiro… a modéstia me impede de dizer”. Villa-Lobos foi mesmo um gênio. Um gênio que pode ter escrito passagens pouco inspiradas, mas o homem parece ter sido mais prolífico que Haydn, escreveu tanto que acabou escorregando aqui e ali. Mas ouvindo recentemente todos seus quartetos de cordas, suas bachianas, choros, concertos para piano, seus poemas sinfônicos, algumas de suas sinfonias, sua magistral obra para piano solo (Rudepoema está entre as cinco melhores obras para piano do século XX), não resta dúvida sobre sua importância. E é uma pena que um país tão pobre de grandes mestres desconheça logo o Villa. Já ouvi da boca de muito catedrático brasileiro: “Villa-Lobos não é aquele do trenzinho caipira?” Mas essa bizarrice só acontece aqui mesmo. Na Europa e Estados Unidos sua música já é razoavelmente gravada e interpretada. Até bem pouco tempo, o compositor que mais ganhava em direitos autorais no Brasil era Villa-Lobos (quer dizer, sua família).

Como o site do PQP já está recheado de pérolas do mestre, gostaria de trazer algo pouco conhecido de Villa-Lobos: os dois concertos para violoncelo e a fantasia para violoncelo. Aqui interpretados com muita dedicação pelo grande músico brasileiro Antônio Meneses. Há uma diferença bem razoável entre os dois concertos. O primeiro escrito em 1915, é menos empolgante e com orquestração inferior ao segundo, mas melodicamente muito bonito. O mestre aqui ainda era um garoto impetuoso, um discípulo da escola francesa. Já o segundo concerto de 1953, o velho compositor já tinha absoluto poder de sua criatividade e sua orquestração é magistral. Não posso deixar de comentar também minha obra favorita no disco – a fantasia para cello e orquestra. A obra é cativante e misteriosa desde o início. Sempre coloco essa peça no meu velho toca-discos.

Enfim, não são obras chaves na história do mestre, mas quem vai ignorá-las?

CDF

Faixas:

1. Cello Concerto n.1: Allegro Con Brio
2. Assai Moderato
3. Allegro Moderato
4. Cello Concerto n.2: Allegro Non Troppo
5. Molto Andante Cantabile
6. Scherzo
7. Allegro Energico
8. Fantasia for cello:adagio
9. Molto Vivace
10. Allegro Espressivo

Performed by Antonio Meneses (Cello),
Galicia Symphony Orchestra
Victor Pablo Pérez (Conductor)

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